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Minhas Doenças Sem Limites

1) A erisipela é uma infecção da pele causada pelo estreptococo do grupo A, caracterizada por lesão cutânea eritematosa e dolorosa. 2) A escabiose é uma parasitose da pele transmitida pelo contato direto, causada por um ácaro e caracterizada por lesões em forma de vesículas ou papulas. 3) O furúnculo é uma infecção cutânea localizada causada pelo Staphylococcus aureus, caracterizada por nódulo eritematoso e doloroso que pode supurar.

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Bizeiro Ângelo
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Minhas Doenças Sem Limites

1) A erisipela é uma infecção da pele causada pelo estreptococo do grupo A, caracterizada por lesão cutânea eritematosa e dolorosa. 2) A escabiose é uma parasitose da pele transmitida pelo contato direto, causada por um ácaro e caracterizada por lesões em forma de vesículas ou papulas. 3) O furúnculo é uma infecção cutânea localizada causada pelo Staphylococcus aureus, caracterizada por nódulo eritematoso e doloroso que pode supurar.

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Patologias Dermatologicas

Erisipela
É uma infecção da pele que envolve a derme e o tecido subcutaneo, que é
caracterízado por febres, anorexia, calafrios e outros sintomas gerais, leucocitose
e lesão cutanea em placa eritematosa, edematosa e dolorosa.
Etiologia: estreptococos beta hemoliticos do grupo A.
Reservatorio: é o homem.
Modos de transmissão: penetração do estreptococos na pele por meio de perda
de solução da pele, e não é transmitida de pessoa para pessoa.
Periodo de incubação: de 1 a 3 dias.
Complicações: linfedema ou elefantiase.
Diagnostico: é clinico ou laboratorial sendo este Ultimo desnecessario.
Tratamento: repouso com elevação da parte afetada, uso de farmacos como
penicilina procaina, penicilina cristalizada, penicilina benzantinica e eritromicina.
Imagem da erisipela

Escabiose ou Sarna: é uma parasitose da pele causada por um acaro cuja a


penetração na pele deixa lesões em forma de vesiculas, papula ou pequenos
sulcos nos quais deposita os ovos. Sendo mais visualizados em regiões como os
espaços interdigitais, punhos (face anterior), axilas (pregas anteriores), região
peri-umbilical, sulco intergluteo, orgãos genitais externos nos homens. Em
crianças e idosos tambem podem aparecer no couro cabeludo nas Palmas e
plantas do pé. O prurido é intenso principalmente no periodo noturno, por este see
o periodo no qual há a reprodução e deposição dos ovos.
Etiologia: sarcoptes scabiei.
Reservatorio: é o homem.
Transmissão: contacto directo com ddoente e fomites.
Periodo de incubação: é de 1 a 6 semanas.
Complicações: infeção Secundaria pela coçadura, em imunodeprimido as lesões
formam crostas rxpessas ou dermatite genetalizada, com intensa descamação
essa forma tambem pode ocorrer nos idosos, nos quais o prurido é menor ou não
existe. A forma crostosa ou genetalizada é chamada de Sarna norueguesa ou
Sarna crostosa.
Diagnostico: é clinico ou laboratorial, neste Ultimo por meio da biopsia.

Tratamento: medidas de higiene pessoal, é a principal forma de tratamento da


mesma, sendo em alguns casos usados o ivermectina VO, e permetrina a 5%
creme,
Imagens da Sarna ou Escabiose

Furunculo
O tecido celular subcutâneo próximo. Caracteriza-se por nódulo eritematoso,
pustuloso, quente e doloroso que acaba por flutuar e romper-se eliminando
conteúdo necrótico (carnegão) e purulento. A concomitância a de vários furúnculos
em múltiplas localizaçõs denomina-se furunculose, e pode ser decorrente de
complicaçõesde dermatoses secundariamente infectadas, como a pediculose e
escabiose. A ocorrência de vários furúnculos na mesma localização denomina-se
antraz. Recorrênciasde furúnculo podem ocorrer por meses ou anos tonando-se
problema de difícil resolução clínica. São mais freqüentes na face, pescoço, axilas,
coxas e nádegas que são áreas mais pilosas e sujeitas a sudorese mais intensa.
SINONÍMIA: frunco, leicenço.
ETIOLOGIA: Staphylococcus aureus.
RESERVATÓRIO: o homem, em raras ocasiões, os animais.
MODO DE TRANSMISSÃO: contato com indivíduos com lesão purulenta (fonte
mais comum de Propagação epidêmica) ou portadoras sintomático. As mãos são
o meio mais importante para Transmitir a infecção. 20 a 30% da população geral é
portadora nasal de Staphylococcus positivos Para a coagulase. A auto infecção é
responsável por um terço das infecções. A fonte mais comum De propagação
epidêmica são as lesões supurativas.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: variável e indefinido. Em geral 4 a 10 dias.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: enquanto houver Staphylococcus na
lesão ou na orofaringe dos Portadores assintomáticos.
COMPLICAÇÕES: infecção destrói os anexos da pele e deixa cicattriz,
principalmente quando as Lesões são “espremidas para tirar o carnegão.”
Raramente septicemias podem ocorrer.
DIAGNÓSTICO: baseia-se na história clínica e exame dermatológico. Exames
complementares Como bacterioscopia e cultura são desnecessários.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:hidradenite-infecção crônica supurativa com
períodos de remissão e exacerbaçõesgeralmente e maxilas e região inguino-crural
Miíase: o nódulo causado pela Penetração da larva é menos inflamatório e tem na
parte central um orifício por onde a larva saia pós atingir a maturidade. Foliculite
necrotizante:as lesões são menores, em grande número No couro cabeludo e
áreas seborréicas.
TRATAMENTO:

⇒TÓPICO: os antibióticos como a neomicina bacitracina, mupirocina ou ácido


fusídico e a Drenagem quando a lesão apresenta flutuação, são curativos.

⇒SISTÊMICO:eritromicina na dose de 30 a 40mg/kg/dia, dividida de 6 em 6 horas,


tetraciclinas na dose de 20 a 40mg/kg/dia,dividida de 6 em 6 horas ou 2g/dia para
adultos, Sulfametoxazol + trimetropina-800 mg e 160 mg respectivamente a cada
12 horas em adultos. EmEm crianças a dose é 20 a 30/mg/kg/diacalculada em
relação ao sulfametaxazol. Em Furunculoses de repetição recomenda-se ou so de
mupirocinató pico durante sete dias na Cavidade nasal, na região retro-auricular,
nos sulcos interdigitais dos pés e mãos, axilas, Períneo e na região peri-anal.

⇒OUTROS: sabonetes antibacterianos e antibióticos tópicos no nariz e unhas


podem ser Empregados no tratamento da furunculose recidivante, para evitar a
colonização de Portadores assintomáticos.
Imagens do furunculo

Gonorrea
DESCRIÇÃO: doença infecciosa do trato urogenital, de transmissão por via
sexual, que pode Determinar desde infecção assintomática até doença manifesta,
com alta morbidade. Após contato Sexual suspeito e vencidas as barreiras
naturais da mucosa, ocorrerá a evolução para a doença. Instaura-se um processo
localizadoque poderá desenvolver complicações no próprio aparelho Urogenitalou
à distância, provocando alteraçõessistêmicas. Clinicamente, a gonorréia apresenta
se de forma completamente diferente no homemen e na mulher. Há uma
proporção maior de casos em homens sendo que, em 70%dos casos femininos,a
gonorréia é assintomática.

⇒GONORRÉIA NO HOMEM: não complicada é representada por um processo


inflamatório da Uretra anterior. Inicia com prurido discreto junto ao meato urinário
e fossa navicular, com o desenvolvimento de um eritema localizado; logo após,
surge um corrimento inicial claro que, ggradativamente torna-se purulento.O
corrimento é acompanhado de ardor e urgência miccional.
⇒GONORRÉIA NA MULHER: o quadro é oligossintomático, caracterizado por um
corrimento escasso, leitoso, muitas vezes não percebido pela paciente, chegando
a mais de 70% o número de portadoras assintomáticas. O canal endocervical é o
local prioritário da infecção gonocócica. A presença de diplococos intra e extra
celulares se la o diagnóstico, mas, nas mulheres, é necessário o cultivo em meios
especiais, como o Thayer-Martin modificado. Os sintomas podem se confundir
com as infecções do trato genital inferior e caracterizam-se pelo aumento da
freqüência urinária, disúria e secreção vaginal mucóide ou francamente
purulenta.O colo apresenta-se edemaciado, com ectopia acentuada.O corrimento
torna-se irritativo, podendo levar ao edema de grandes e pequenos lábios e,
conseqüentemente, dispareunia. Os recém- nascidos de mães doentes ou
portadoraspodem apresentar conjuntivite gonocócicapor contaminação no canal
de parto.
ETIOLOGIA: Neisseria gonorrhoeae, diplococo gram negativo.
RESERVATÓRIO: o homem.
MODO DE TRANSMISSÃO: contato sexual.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: geralmente, entre 2 e 5 dias.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: pode durar de meses a anos, se o
paciente não for tratado. O Tratamento eficaz rapidamente interrompe a
transmissão.
COMPLICAÇÕES: no homem, dependendo da extensão da infecção às glândulas
anexas, poderão ocorrer complicações, como balanopostite, colpite, prostatite,
epididimite orquite. A orqui-epididimite poderá provocar a diminuição da
fertilidade, levando até a esterilidade. Poderá também evoluir para quadros
sistêmicos, caracterizando a gonococcemia com todas as suas manifestações,
como a artrite gonocócica, a síndrome de Fitz-Hugh-Curtis (peri-hepatite
gonocócica) e complicações cardíacas e nervosas. Na mulher, quando a gonorréia
não é tratada, a infecção ascendente de trompas e ovários pode caracterizar a
chamada doença inflamatória pélvica (DIP), que é a mais importante complicação
da infecção gonocócicana mulher. A DIP pode estar relacionada com endometrite,
salpingite, peritonite.Alteraçõestubárias podem ocorrer como complicação dessa
infecção, levando 10%dos casos à oclusão tubária e à infertilidade. Naqueles em
que não há obstrução, o risco é o desenvolvimento de gravidez ectópica.
Gonorréiadisseminada: cerca de 2%dos pacientes não tratados vão evoluir com
disseminação da infecção, manifestando artralgia, mialgia, artrite simétrica e
lesões dermatológicas características. Inicialmente, ocorrem vasculites sépticas
que progridem para pústulas necróticas, com preferência pelas extremidades. A
febre é baixa e a alteração mais freqüente é a poliartrite; em alguns casos pode
ocorrer tenos sinovite do lcações, como endocardite e meningite.
DIAGNÓSTICO: clínico, epidemiológico e laboratorial. Este último é feito através
do isolamento do agente, ou pela coloração com gram ou pelos métodos de
cultivo. No exame bacterioscópio dos esfregaços, devem ser observados cocos
gram negativos, arranjados aos pares. A cultura também é útil.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: uretrite não gonocócica por Chlamydia, urea
plasma, tricomoníase, Infecção do trato urinário, vaginose por Gardnerella, artrite
séptica bacteriana.
TRATAMENTO: deve ser utilizada uma das opções a seguir:
ofloxacina,400mg,VO,dose única; tianfenicolgranulado,2,5g, VVO ciprofloxacina,
500mg, VO; ceftriaxona, 250mg, IM; cefotaxima, 1g, IM; espectinomicina, 2mg, IM.
Deve-se estar atento ao aumento gradual da resistênciada Neisseria gonorrhea às
penicilinas. No Brasil, são escassos os estudos realizados sobre esse aspecto. No
mundo, há evidênciasde altos índices de resistência desse agente à
antibioticoterapia convencional. O Ministério da Saúde recomenda tratar
simultaneamente gonorréia e clamídia, com ciprofloxacina-500mg, dose única
mais azitromicina-1g, dose única, ou doxiciclina-100mg, de 12/12 horas, por sete
dias.

Imagens da gonorrea
Herpes simples
DESCRIÇÃO: as infecções pelo herpes simples vírus apresentam-se como
desafios, cada vez maiores, para diversas áreas da medicina, por ser em dotadas
de várias peculiaridades. Dentre elas, citam-se a capacidade do vírus de
permanecer em latência por longos períodos de tempo, podendo sofrer
reativaçãoperiódica, gerando doença clínica ou sub-clínica. O herpes simples vírus
é comumente associado a lesões de membranas mucosas e pele, ao redor da
cavidade oral (herpes oro labial) e da genitália (herpes ano genital). O vírus do
herpes simples determina quadros variáveis benignos ou graves. Há dois tipos de
vírus: o tipo-1, responsável por infecções na face e tronco, e o tipo-2, relacionadas
às infecções na genitália e de transmissão geralmente sexual. Entretanto, ambos
os vírus podem infectar qualquer área da pele ou das mucosas. As manifestações
clínicas são distintas e relacionadas, ao estado imunológico do hospedeiro. A
lesão elementar é vesículas sobre base eeritematoosa geralmente agrupadas em
cacho. A primo-infecção herpética é, em geral, sub-clínica e passa despercebida;
o indivíduo torna-se portador do vírus sem apresentar sintomas. Em pequena
porcentagem de indivíduos, a infecção é grave e prolongada, perdurando por
algumas semanas. Após a infecção primária, o vírus pode ficar em estado de
latência em gânglios de nervos cranianos ou da medula. Quando reativado por
várias causas, o vírus migra através de nervo periférico, retorna à pele ou mucosa
e produza erupção do herpes simples recidivante.

⇒GENGIVO ESTOMATITE HERPÉTICA PRIMÁRIA: é de observação mais


comum em criança, podendo variar de um quadro ddiscreto com algumas lesões
vésico-erosivas e sub febril, até quadros graves, com erupção vesiculosa, febre
alta,adenopatias e comprometimento do estado geral. Com o rompimento das
vesículas, formam-se exulcerações, a gengiva edemacia-se e a alimentação é
dificultada. A faringe pode ser atingida. Eventualmente, a primo-infecção em
crianças ocorre na região genital (vulvo-vaginite herpética).O quadro dura de 2 a 6
semanas, com tendência à cura, sem deixar seqüelas.

⇒HERPES RECIDIVANTE: é de observação mais comum em adultos, surgindo as


lesões em qualquer área da pele ou mucosa, onde ocorreu a inoculaçãoprimária.
O aparecimento das lesões é, em geral, precedido de horas ou dias de discreto
ardor ou prurido local; surgem em seguida as lesões características, vesículas
agrupadassobre base eritematosa, que se tornam pústulase se ulceram. A
localização mais freqüente é nos lábios, desencadeado por traumas, exposição ao
sol, tensão emocional,menstruação e infecções respiratórias.

⇒HERPES GENITAL a primo-infecção em adulto surge 5-10 dias após o contato,


em geral pelo Herpes Simples Tipo-2. Vesículas agrupadasdolorosas aparecem
no pênis, vulva ou ânus, sendo o quadro acompanhado de cefaléia, febre e
linfadenopatia. O herpes recidivante genital é freqüente e perdura de 5 a 10 dias.

⇒CERATO CONJUNTIVITE HERPÉTICA: a primo-infecção pode ser no olho,


com vesículas e erosões na conjuntivae córnea. Após a regressão,podem surgir
as recidivas, que determinam ulcerações profundas, eventualmente causando
cegueira.

⇒HERPES SIMPLES NEONATAL: ocorre quando a parturiente apresenta herpes


genital com contaminação do neonato durante o parto. São vesículas e bolhas que
se erosam e são recobertaspor crostas, sendo na maioria dos casos causadas
pelo herpes simples tipo-2. O herpes simples neonatal é grave e muitas vezes
fatal. Dos sobreviventes, 50%têm seqüelas neurológicas ou oculares.

⇒PANARÍCIO HERPÉTICO: infecção herpética recidivante atingindo os dedos


das mãos e dos pés. Na primo-infecção, o quadro inicial é de vesículas que
coalescem, podendo formar uma única bolha, com adenopatia e eventualmente
febre. Após a cura da primo-infecção, ocorrem recidivas locais.

⇒DOENÇA NEUROLÓGICA: o acometimento neurológico é comum, uma vez que


o herpes Simples é um vírus neurotrópico. As complicações do sistema nervoso
central são: meningite, encefalite, radiculopatia, mielite transversa.

⇒HERPES SIMPLES EM IMUNODEPRIMIDOS:o herpes simples em latência


surge freqüentemente pela imunodepressão, impetigos, micose fungóide,
leucemias, mieloma, transplantes e doenças c É uma das complicações mais
freqüentes na Aids, podendo com maior freqüência causar encefalite.Em todos os
paciente imunodeprimidos que apresentam úlceras genitais e/ou anais deve-se
pensar na possibilidade de herpes.
ETIOLOGIA:o herpes simples é causado pelo Herpes vírus hominus tipo-1 e 2.
São vírus DNA, da Família Herpes viridae.
RESERVATÓRIO:o homem.
MODO DE TRANSMISSÃO: por contato íntimo com indivíduo transmissor do
vírus, a partir de superfíciemucosa ou de lesão infectante.O HSV é rapidamente
inativado em temperatura ambiente e após secagem, logo, a disseminação por
aerossóis ou fômites é rara. O vírus ganha acesso através de escoriações na pele
ou de contato direto com a cérvix uterina, uretra, orofaringe ou conjuntiva. A
transmissão assintomática também pode ocorrer, sendo mais comum nos
primeiros 3 meses após a doença primária, quando o agente etiológico é o HSV-2
e na ausência de anticorpos contra o HSV-1. Pode haver transmissão fetal durante
o parto.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: de 1 a 26 dias, em média 8 dias.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: variável de 4 a 12 dias após o
aparecimento dos primeiros sintomas. Nas infecções assintomáticas, orais e
genitais, pode haver disseminação transitória do vírus.
DIAGNÓSTICO: eminente mente clínico. O laboratório pode auxiliar nos casos
atípicos. O método usualmente utilizado é acito diagnosede Tzanck. As técnicas
sorológicas também podem ser realizadas,como a imunofluorescência e o teste
enzimático, além do PCR.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: afta, eczema de contato, estomatite por Candida
e impetigo perioral. A gengivo estomatiteherpética deve ser diferenciada da
candidose, aftose, síndrome de Stevens- Johnson e infecções bacterianas. As
ulcerações genitais, com sífilis, cancróide, linfogranuloma venéreo, candidíase,
ulcerações traumáticas. A encefalite herpética, principalmente no portador de Aids,
deve ser diferenciada de: meningitebacteriana, meningoencefalite criptocócica,
meningoencefalite tuberculosa e neurotoxoplasmose.
TRATAMENTO: para todas as formas de herpes simples utiliza-se: aciclovir, na
dose de 200mg, 5 vezes ao dia, por 5 dias, podendo ser estendida nas primo-
infecções. Em imunocomprometidos, a dose pode ser duplicada.Em formas
graves, hospitalização, adequadahidratação e aplicação de aciclovir por via
intravenosa, podem ser indicadas,utilizando-se a dose de 5mg/kg,IV,a cada 8
horas. Nas infecções primárias,o aciclovir, o valaciclovir e o panciclovir diminuem
a duração dos sintomas, apresentando os dois últimos comodidade posológicaem
relação ao aciclovir. O panciclovirestá indicado na dose de 125 mg de 12 em 12
horas. Em pessoas com recorrências freqüentes (mais de 4 episódios por ano), a
profilaxia pode ser indicada, geralmente com aciclovir, 200mg, 3 vezes ao dia, por
6 a 12 meses. Gravidez: deve ser considerado o risco de complicações
obstétricas, particularmente se a primo-infecção ocorrer durante a gravidez. A
infecção primária materna no final da gestação oferece maior risco de infecção
neonatal do que o herpes genital recorrente. As complicações do herpes na
gestação são numerosas.Entretanto, a transmissão fetal transplacentária é rara,
sendo em uma a cada 3.500 gestações. A infecção do concepto intra-útero, nos
primeiros meses da gestação, culmina, freqüentemente, em aborto. O maior risco
de transmissão do vírus ao feto dar-se-á no momento da passagem desse pelo
canal de parto, resultando em, aproximadamente, 50%de risco de contaminação.
Mesmo na forma assintomática, poderá haver a transmissãodo vírus por meio do
canal de parto. Recomenda-se, portanto, a realização de ccesariana toda vez que
houver lesões herpéticas ativas. EssaEssa conduta não traz nenhum benefício
quando a bolsa amniótica estiver rota há mais de 4 horas. O tratamento das
lesões herpéticas no decorrer da gestação com o aciclovir poderá ser feito nos
casos de primo-infecção: 200mg, VO, 5 vezes ao dia, durante 10 dias. A infecção
herpética neonatal é grave, exigindo cuidados hospitalaresespecializados.
Tratamento neonatal: aciclovir, 5mg/dia, IV, de 8/8 horas, durante 7 dias. Cuidados
gerais: na fase aguda evitar alimentos quentes, salgados, doces e ácidos. Em
casos muito dolorosos, utilizar xilocaina 2% pomada cinco minutos antes das
refeições.
Imagens de Herpes simles
HPV (papiloma virus humano)
DESCRIÇÃO:doença viral que, com maior freqüência, manifesta-se como infecção
sub-clínica nos genitais de homens e mulheres. Clinicamente, as lesões podem
ser múltiplas, localizadas ou difusas e de tamanho variável; ou podem aparecer
como lesão única. A localização ocorre no pênis, sulco bálano-prepucial, região
perianal, na vulva, períneo, vagina e colo do útero.
MorfologicamenteMorfologicamente, são pápulas circunscritas,hiperquerotósicas,
ásperas e indolores com tamanho variável. Condiloma gigante (Buschke e
Lowestein), assim como papulose bowenóide, são raros.
SINONÍMIA: infecção pelo Papiloma Vírus Humano, verruga genital, cavalo de
crista, crista de galo, condiloma acuminado.
ETIOLOGIA: papiloma vírus humano (HPV). Vírus DNA não cultivável da família
do Papovavirus. Com mais de 70 sorotipos. Esses agentes ganharam grande
importância epidemiológica e clínica por estarem relacionadosao desenvolvimento
de câncer. Os grupos dos sorotipos com maior pode ser de oncogenicidade são o
16, 18, 31 e 33, quando associados a outros fatores.
RESERVATÓRIO: o homem.
MODO DE TRANSMISSÃO: geralmente por contato direto. Pode haver auto-
inoculação e infecção por fômites.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: de 1 a 20 meses, em média 3 meses.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: desconhecido. Entretanto,
hávtransmissão enquanto houver lesão viável.
COMPLICAÇÕES: cancerização, que é mais freqüente na mulher, com
localização em colo uterino. Nos imunodeficientes, pode haver dificuldade
terapêutica,calém do aparecimento de Papiloma e Laringe, que também pode
ocorrer em lactentes, por contaminação no canal de parto.
DIAGNÓSTICO: clínico, epidemiológico e laboratorial, observando as diversas
formas abaixo:

⇒INFECÇÃO CLÍNICA: através da visão desarmada, geralmente representado


pelo condiloma acuminado.

⇒INFECÇÃO SUB-CLÍNICA: através da peniscopia, colpocitologia e colposcopia


com biópsia. A Peniscopia pode ser falso-positiva.

⇒INFECÇÃO LATENTE: através dos testes para detecção do HPV-DNA.


DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:condiloma plano da sífilis (sorologia e pesquisa do
T.pallidum em Campo escuro); carcinoma espinocelular do pênis e da vulva e a
doença de Bowen (carcinoma insitu); nesses, a correlação o clínico-
histopatológica é de enorme valia para o diagnóstico.
TRATAMENTO: o objetivo do tratamento é a remoção das lesões condilomatosas
visíveis e sub-clínicas, visto que não é possível a erradicação do HPV. Recidivas
são freqüentes, mesmo com o tratamento adequado. A escolha do método de
tratamento depende do número e da topografia das lesões, assim como da
associação ou não com neoplasia intra-epitelial. Podem ser utilizadas as
alternativas:acidotricloroacético (ATA), a 90%,nas lesões do colo, vagina, vulva,
períneo, região peri-anal e pênis; a aplicação deve ser realizada no serviço de
saúde, direcionada apenas ao local da lesão, 1 a 2 vezes por semana. Não devem
ser feitas “embrocações” vaginais nas lesões difusas. Podofilina, a 25%(solução
alcoólica ou em benjoim): somente deve ser utilizada nas lesões da vulva, períneo
e região peri-anal; lavar após 2 a 4 horas. A aplicação deve ser realizada no
serviço de saúde, 2 a 3 vezes por semana. Eletrocauterização ou crioterapia: pode
ser utilizada em lesões de qualquer localização genital e na gestação. Exérese
com Cirurgia de Alta Freqüência (CAF/LEEP):pode ser utilizada em lesões de
qualquer localização genital e na gestação. Apresenta como vantagem sobre os
outros métodos a retirada do tecido viável para estudo anatomo-patológico. Nas
lesões exofíticas queratinizadas, pode ser utilizada a combinaçãodo ácido tricloro
acético, a 90%,epodofilina,a 25%(solução alcoólica ou em benjoim).

⇒GRAVIDEZ: as lesões condilomatosas poderão atingir grandes proporções, seja


pelo marcado aumento da vascularização, seja pelas salterações hormonais e
imunológicas que ocorrem nesse período. A escolha do tratamento vai basear-se
no tamanho e número das lesões (nunca usar nenhum método químico durante
qualquer fase da gravidez); pequenas, isoladas e externas: termo ou
criocauterização em qualquer fase da gravidez; pequenas colo, vagina e vulva:
termo ou criocauterização, apenas a partir do 2º trimestre; grandes e externas:
ressecção com eletrocautério ou cirurgia de alta freqüência; se o tamanho e
localização das lesões forem suficientes para provocar dificuldadesmecânicas
e/ou hemorragias vaginais, deve-se indicar o parto cesáreo; o risco da infecção
nasofaríngeano feto é tão baixa que não justifica a indicação eletiva de parto
cesáreo; mulheres com condilomatose durante a gravidez deverão ser
acompanhadas por meio de citologia oncológica e colposcopia,após o parto.

⇒RECOMENDAÇÃO: na gestante, tratar apenas as lesões condilomatosas. As


lesões sub clínicas serão acompanhadas com colpocitologia durante a gestação e
reavaliadas para tratamento após 3 meses do parto.
Imagens de Condiloma

Inpedigo
DESCRIÇÃO: doença comum da infância causada por Staphylococcus ou
Streptococcus e de alta
transmissibilidade.
⇒IMPETIGO BOLHOSO: vesículas e bolhas desenvolvem-se em pele normal,
sem eritema ao redor. As lesões localizam-se no tronco, face, mãos, áreas
intertriginosas, tornozelo ou dorso dos pés, coxas e nádegas. O conteúdo seroso
ou sero-pustulento desseca-se, resultando em crosta amarelada que é
característica do impetigo. Quando não tratada tem tendência à disseminação. A
lesão inicial muitas vezes é referida como se fosse uma bolha de queimadura de
cigarro.

⇒IMPETIGONÃO BOLHOSO: geralmente inicia-se com lesões eritematosas


seguida da formação de vesículas e pústulas que se rompem rapidamente
formando áreas erosadas com as típicas crostas de coloração amarelada.
Localizam-se preferencialmente na face, braços, pernas e nádegas. É comum a
presença de lesões satélites que ocorrem por auto-inoculação. As lesões do
impetigo duram dias ou semanas. Quando não tratadas podem envolver a derme
o que constitui o eectima com ulceração extensa e crosta hemorrágica.
ETIOLOGIA:Staphylococcus aureus (plasmo-coagulase positivo) e Streptoccocus
ppyogenes isoladas ou associadas.
RESERVATÓRIO: o homem e em raras ocasiões, os animais.
MODO DE TRANSMISSÃO: a partir dos focos de colonização das bactérias nas
narinas do próprio paciente ou de portador assintomático; 20 a 30% da população
geral é portadora de estafilococos coagulase positiva. As mãos são o meio mais
importante para transmitir a infecção. A fonte mais comum de propagação
epidêmica são as lesões supurativas.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: variável e indefinido. Em geral quatro a dez dias.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: enquanto houver Streptococcus,
Staphylococcus e/ou lesão, ou Staphylococcus na nasofaringe dos portadores
assintomáticos.
COMPLICAÇÕES: glomerulonefrite, septicemias.
DIAGNÓSTICO: clínico e epidemiológico.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: iododerma e bromoderma, varicela, queimadura e
herpes simples.
TRATAMENTO: remoção e limpeza, duas a três vezes ao dia, das crostas com
água e sabão, ou Água Da libour ou permanganato de potássio 1: 40.000, ou água
boricada a 2%. Em seguida, aplica-se pomada de antibióticos tipo neomicina,
mupirocina, gentamicina. Se necessário introduzir eritromicina via oral na dose de
40 mg/kg/dia dividida de seis em seis horas; cefalexina 30 a 50mg/kg/dia dividida
em quatro tomadas.
Larva migrans
DESCRIÇÃO: erupção linear, serpiginosa, eritematosa, discretamente elevada, e
muito pruriginosa Conseqüente do deslocamento da larva na pele. As áreas
afetadas são pés As áreas mais afetadas são os pés, pernas e nádegas.
AlgumasAlgumas vezes observa-se quadro eritemato-papulosoque dificulta o
diagnóstico.
SINONÍMIA: dermatite serpiginosa, bicho geográfico.
ETIOLOGIA: larvas das espécies Ancylostoma caninum,Ancylostoma brasiliensise
Strongiloides stercoralis.
RESERVATÓRIO:cães e gatos.
MODO DE TRANSMISSÃO: adquiridapelo contato da pele com solo contaminado
por fezes de animais.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: não há.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: não há transmissão pessoa a pessoa.
COMPLICAÇÕES: impetiginização com infecção secundária.
DIAGNÓSTICO: clínico e epidemiológico.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: eczema de contato e alergia a picada de insetos.
Piodermites e Tinha dos Pés: principalmente nas formas papulosas e
eczematizadas o diagnóstico é difícil.
TRATAMENTO: uma ou poucas lesões: usa-se a pomada de Tiabendazol a
5%três vezes ao dia, durante 10 dias. Muitas lesões: usar o tiabendazol
sistêmicona dose de 25 mg/kg de peso, duas vezes ao dia, 5 a 7 dias. Albendazol
400mg/dia em dose única ou repetido durante três dias consecutivos. Ivermectina
na dose única de 200mg/kg.
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS: pode ocorrer em surtos em creches,
escolas. Freqüente em praias.
OBJETIVOS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: não é objeto de vigilância
epidemiológica.
NOTIFICAÇÃO: não é doença de notificação com pulsória.
MEDIDAS DE CONTROLE: proibir cães e gatos em praias. Evitar áreas
arenosas,sombreadas e úmidas. Nas escolas e creches, as areias para diversão
devem ser protegidas contra os dejetos de cães e gatos.
Imagens de impedigo

Miíase
DESCRIÇÃO: zoodermatose caracterizada pelo acometimento da pele ou orifícios
por larvas de moscas. Classificam-se em Primáriase Secundárias.

⇒MIÍASEPRIMÁRIA FURUNCULÓIDE:caracteriza-se por lesão nodular que surge


como desenvolvimento da larva, apresentando orifício central de onde sai
secreçãoserosa. A lesão é dolorosa e o paciente sente a sensaçãode “ferroada”.
Como complicações podem surgir abscessos, linfangitee raramente tétano.
⇒MIÍASE SECUNDÁRIA: a infestação ocorre na pele ou mucosasulceradase nas
cavidades. Os locais mais atingidossão as fossas e os seios nasais, os
condutosauditivos e os globos oculares. A gravidadedo quadro depende da
localização e do grau de destruição.
SINONÍMIA: berne, bicheira.
ETIOLOGIA

⇒MIÍASEPRIMÁRIA FURUNCULÓIDE OU BERNE: causada pela larva de


Dermatobia hominis ou raramente pela Callitrogaamericana.

⇒MIÍASE SECUNDÁRIA: causada por larvas de Callitrogamaceláriae espéciesdo


gênero Lucília.
RESERVATÓRIO: mosca doméstica.
MODO DE TRANSMISSÃO: deposição da larva da mosca na pele e em feridas.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: até duas semanas.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: não há transmissão pessoa a pessoa.
COMPLICAÇÕES: infecção secundária, destruição tecidual, fístulas, destruição
óssea.
DIAGNÓSTICO: clínico.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: furúnculos, abscessos de glândula sudorípara,
hordéolos, otites, rinites, corpo estranho e impetigos.
TRATAMENTO: no berne, utiliza-se oclusão com vaselina pastosa ou esmalte de
unha, o que Impede que a larva respire, e com sua imobilização, retirá-la com
pinça ou expressão manual. Pode-se fazer retirada cirúrgica de larva.
Localizações peri-orificiais em geral requer avaliação do especialista. Na miíase
secundária, utiliza-se extraçãomanual das larvas, ou a Ivermectina
sistêmica,200mg/kgem dose única (aproximadamente 1 comprimido para cada
35kg/peso). A Ivermectina causa morte das larvas, que deverão ser
retiradasmanualmente ou com pinça.
Molusco contagioso
DESCRIÇÃO: doença viral, freqüentena infância, principalmente, em crianças
atópicas.Consiste de pápulas, lisas, brilhantes, de cor róseada ou da pele normal,
apresentando depressão central característica (pápula umbilicada). Localizam-se
de preferência nas axilas, face lateral do tronco, regiões genitais, perianal e face.
No adulto, a localização facil a sugere a possibilidade de HIV.
ETIOLOGIA: vírus do gênero Poxvirus.
RESERVATÓRIO:o homem.
MODO DE TRANSMISSÃO: contato direto (sexual ou não) com pessoas
contaminadas. Auto inoculação.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: sete dias a seis meses.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: enquantopersistir e mas lesões.
COMPLICAÇÕES: disseminação em pacientes imunodeprimidos.
DIAGNÓSTICO: clínico, epidemiológico e histopatológico.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: verrugas planas e vulgares, criptococos e
cutânea em pacientes imunodeprimidos.
TRATAMENTO: curetagem ou expressão manual ou com pinça das lesões,
seguida de pincelagem com tinturas de iodo.
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS: mais freqüenteem crianças e de
distribuição universal. OcorreOcorre também em adultos portadores de infecção
pelo HIV, com localização predominante na
face.
OBJETIVOS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: não se aplica.
NOTIFICAÇÃO: não é doença de notificação compulsória.
MEDIDAS DE CONTROLE: informar quanto à etiologia e à natureza benigna da
doença; orientar para evitar traumas, coçaduras e tratamentos intempestivos
devido auto inoculação; evitar contato pele a pele, principalmente entre crianças;e
incentivaroutros familiarese contatos extra- domiciliares com quadro semelhante
para uma consultamédica.

Pediculoses (Piolhos)
PEDICULOSIS CAPITISE CORPORIS (CID-10: B85.1)
DESCRIÇÃO: dermatose pruriginosa produzida por piolhos. A
principalmanifestação é o prurido intenso, principalmente nas regiões retro
auricular e se occipitais (pediculosis capitis), encontrando-se pequenosgrãos
brancos aderidos aos cabelos (lêndeas).Na pediculose corporal há lesões papulo
urticariformes e hemorrágicas preferencialmente no tronco, abdomene
nádegas,podendo haver escoriações, liquenificação, hipercromia, caracterizando a
chamada “doença do vagabundo”.
SINONÍMIA: piolho.
ETIOLOGIA: causada pelo Pediculushumanuscapitis e
Pediculushumanuscorporis.
RESERVATÓRIO:o homem.
MODO DE TRANSMISSÃO: contato direto com a pessoa infectadaou com objetos
usados por esta.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: sete dias até três semanas.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: enquantohouver piolhos vivos na pessoa
infectadaou nos fômites. Os piolhos podem viver até dez dias nos utensíliosdo
hospedeiro.
COMPLICAÇÕES: piodermite do couro cabeludoe corpo.
DIAGNÓSTICO: clínico.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: escabiose, pitiríasis capitis (caspa), piodermite do
couro cabeludo.
TRATAMENTO: escabicidas utilizadosem aplicaçãoúnica durante 6 horas e, após,
lavar o couro cabeludo.Repetir a aplicaçãoapós 7 dias, ou usar xampu de
Permetrina (1%) ou deltametrina (0.02%), deixar por 5-10minutose
enxaguar.Repetir após 7 dias. As lêndeas devem ser retiradas com pente fino
após aplicaçãode vinagre 1: 1 em água morna. Ivermectina, na dose de
100mg/kgem dose única, repetida após uma semana efetiva para matar os
piolhos. As lêndeas devem ser retiradas.
Pitriase versicolor
DESCRIÇÃO: micose superficial extremamente comum, mais freqüentenas
regiões quentes eúmidas. Caracteriza-se por manchashipocrômicas, eritematosas
ou acastanhadas, com descamação fina (furfurácea) que aparecemmais
freqüentemente no pescoço, tórax e raízes dos membrossuperiores. A
descamação fica mais evidente ao se passar a unha na lesão (sinal da unha) ou
realizar estiramento da pele lesional (sinal de Zileri).
SINONÍMIA: pano branco, pano, titinga.
ETIOLOGIA: é causada pelo fungo Malasseziaspp.
RESERVATÓRIO:natureza e homem.
MODO DE TRANSMISSÃO: parece haver predisposição constitucional do
indivíduo.Admite-se que o fungo seja comensalda epidermee as lesões
apareçampor esta prédisposição constuticional. A TransmissãoTransmissão
pessoa-a-pessoa não é freqüente.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: não determinado.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: enquantohouver lesão habitada.
COMPLICAÇÕES: não há.
DIAGNÓSTICO: clínico, epidemiológico e laboratorial.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: hanseníase indeterminada, eczemátide. Pitiríase
rósea de Gibert: erupção em placas eritematosas com descamação central, com
prurido ausente ou discreto. As lesões predominam no tronco posterior em
distribuição em “árvore de natal”. Geralmente, poupa a face e as regiões palmo-
plantares.Precedendo em alguns dias o rash, ocorre lesão única-“medalhão”-em
geral maior e que desaparece espontâneamente.
TRATAMENTO: há que tratar a pele e o couro cabeludo.Sulfeto de Selênio sob a
forma de xampu por 30 dias, enxaguarapós 5 minutos, o mesmo é também
aplicado na pele; ou, associado a Antimicóticos tópicos, cetoconazol creme 2 a 3
vezes ao dia, até o desaparecimento das lesões. A opção de uso sistêmicoé o
Cetoconazol, 15mg/kg/dia por 10 dias e no adulto Cetoconazol- 200mg/dia, por 10
dias.
Rubeola
DESCRIÇÃO: doença exantemática viral aguda, caracterizada por
exantemamáculo-papular, que se inicia na face, couro cabeludoe
pescoço,espalhando-se para o tronco e membros. Apresenta febre baixa e
linfodenopatia generalizada, principalmente subocciptal, pós-auricular e cervical
posterior,geralmente precedendo o exantema, em 5 a 10 dias. Adolescentes e
adultos podem apresentar poliartralgia, poliartrite, conjuntivite, coriza e tosse.
SINONÍMIA: sarampo alemão.
ETIOLOGIA: vírus RNA, gênero Rubivírus, família Togaviridae.
RESERVATÓRIO:o homem.
MODO DE TRANSMISSÃO: direto, através do contato com secreções
nasofaríngeas de pessoas infectadas.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: de 14 a 21 dias, com duração média de 17 dias,
podendo variar de 12 a 23 dias.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: de 5 a 7 dias antes do início do
exantemae de 5 a 7 dias após.
DIAGNÓSTICO: é clínico, laboratorial e epidemiológico. Leucopenia é um achado
freqüente. O diagnóstico sorológico pode ser realizadoatravés da detecçãode
anticorpos IgM específicos para rubéola, desde o Início até o 28 o dia após o
exantema. A sua presença indica infecção recente.Adetecçãode anticorpos IgG
ocorre, geralmente, após o desaparecimento do exantema,alcançando pico
máximo entre 10 e 20 dias, permanecendo detectáveis por toda a vida. São
utilizadasas seguintestécnicas: inibição da hemaglutinação, que apesar do baixo
custo e simples execução, seu uso vem sendo substituído por outras técnicas
mais sensíveis, como a glutinação do látex, imunofluorescência, hemaglutinação
passiva, ensaio imuno enzimático (ELISA). Os laboratórios de referênciapara o
diagnóstico da rubéola, realizam de rotina, somente a pesquisade anticorpos IgM,
pelo método ELISA, no caso de rubéola pós natal. A conduta para gestantesé
diferenciada.
TRATAMENTO: de suporte.
Sarampo
DESCRIÇÃO: doença infecciosa aguda, de naturezaviral, transmissível e
extremamente contagiosa, muito comum na infância.Avermelhada decorrente da
infecçãoprovoca uma vasculitegeneralizada responsável pelo aparecimento das
diversas manifestações clínicas. A evolução apresenta três períodos bem
definidos:
a) Período prodrômico ou catarral: tem duração de 6 dias; no início da doença
surge febre, acompanhada de tosse produtiva, corrimento sero mucoso do nariz
edor nos olhos, conjuntivite e fotofobia.Os linfonodos estão pouco aumentados na
região cervical e, algumas vezes, os intra-abdominais dão reações dolorosas no
abdome. Nas últimas 24 horas do período, surge na altura dos pré-molares,na
região gemiana,o sinal de Koplik- peequenas manchasbrancas com halo-
eritematoso, consideradas sinal patognomônico do sarampo;
b) Período exantemático: ocorre a acentuação de todos os sintomas já descritos,
com prostração Importante do pacientee surgimento do exantema característico. O
rash exantemático é máculo-papular, de cor avermelhada, com distribuição em
sentido céfalo-caudal. No primeiro dia, surge na região retro-auriculare face: no
tronco, no segundodia: e no terceiro dia, nas extremidades, persistindo por 5-6
dias;c) Período de convalescença ou de descamação furfurácea: as manchas
tornam-se escurecidas e surge descamação fina, lembrando farinha, daí o nome
furfurácea.
ETIOLOGIA: é um vírus RNA. Vírus do sarampo,pertencente ao gênero
Morbillivirus, família Paramyxoviridae.
RESERVATÓRIO E FONTE DE INFECÇÃO: o homem.
MODO DE TRANSMISSÃO: é transmitido diretamente de pessoa a pessoa,
através das secreções nasofaríngeas, expelidasao tossir, espirros, falar ou
respirar.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: geralmentedura 10 dias (variandode 7 a 18 dias),
desde a datada exposição até o aparecimento da febre, e cerca de 14 dias até o
início do exantema.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: é de 4 a 6 dias antes do aparecimento do
exantema, até 4 dias
após. O período de maior transmissibilidadeocorre 2 dias antes e 2 dias após o
início do
exantema. O vírus vacinal não é transmissível.
COMPLICAÇÕES: pneumonias, encefalites, otites médias, laringites,
laringotraqueobronquites,
diarréias,dentre outras.
DIAGNÓSTICO: clínico, epidemiológico e laboratorial. Este pode ser feito por:
a) ELISA(IgM
eIgG); Fixação do complemento; inibição de hemaglutinação ou
imunofluorescência indireta;
b) Isolamento do vírus em cultura de células,apartir de materialcolhido na
orofaringe (até
O 3º dia), sangue e na urina (até o 7º dia), apartir do início do exantema.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: doençasexantemáticas febris agudas: rubéola,
exantema súbito,
dengue, enteroviroses, e sífilis secundária, evento adverso à vacina anti-sarampo.
TRATAMENTO: o tratamento é sintomático, podendoser utilizadosanti-
térmicos,hidratação oral,
Terapia nutricional com incentivoao aleitamento materno e higiene adequada dos
olhos, da
Pele e das vias aéreas s As complicações bacterianas do saramposão tratadas
Especificamente com antibióticos adequados para o quadro clínico e, se
possível,com a
Identificação do agente bacteriano. Nas populações onde a deficiência de
vitaminaA é um
problemareconhecido, a OMS e UNICEF recomendam o uso de uma dose elevada
e única de
vitaminaA nas pessoasacometidas pelo sarampoe suas complicações, nos
indivíduos com
imunodeficiências,com evidênciade xeroftalmia, desnutrição e problemas de
absorçãointestinal.
A suplementação de vitaminaA é indicadana seguintedosagem:
a) criançasde 6 a 12 meses:
100.000UI, VO, em aerossol;b) criançasde 1 ano ou mais: 200.000UI, VO, em
cápsula ou
aerossol.Quando se detectar xerodermia, repetir a dose de VitaminaA, no dia

seguinte.

Sifilis/ Sifilis congenita


DESCRIÇÃO

⇒SÍFILISA DQUIRIDA: a sífilis é uma doença infecto-contagiosa, sistêmica, de


evoluçãocrônica,
Com manifestações cutâneastemporárias, provocadas por uma espiroqueta. A
evoluçãoda
Sífilis é dividida em recente e tardia. A transmissão da sífilis adquiridaé sexual e
na área
gênito-anal, na quase totalidade dos casos. Na sífilis congênita, há infecção fetal
via
hematogênica, em geral apartir do 4º mês de gravidez.
•Sífilis adquiridarecente: esta forma compreende o primeiro ano de evolução,
período de
Desenvolvimento imunitário na sífilis não-tratada e inclui sífilis primária,secundária
e latente.
A sífilis primária caracteriza-se por apresentar lesão inicial denominada cancro
duro ou
Protos sifiloma, que surge em 1 a 2 semanas, ocorrendo adenitesatélite. O cancro
duro,
usualmente, desaparece em 4 semanas, sem deixar cicatrizes. As reações
sorológicas para
sífilis tornam-se positivasentre a 2ª e a 4ª semanasdo aparecimento do cancro. A
sífilis
secundária é marcadapela disseminação dos treponemas pelo organismo. Suas
manifestações
ocorrem de 4 a 8 semanasdo aparecimento do cancro. A lesão mais precoce
éconstituída
por exantema morbiliforme não pruriginoso: a roséola. Posteriormente, podem
surgir lesões
papulosas e pápulo-escamosas palmo-plantares, placas mucosas, adenopatia
generalizada,
alopéciaem clareira e os condilomas planos. As reações sorológicas são sempre
positivas.
No período de sífilis recentelatente, não existemmanifestações visíveis,mas há
treponemas
Localizados em determinados tecidos. Assim, o diagnóstico só é obtido pelas
reações
sorológicas. Pode ocorrer com freqüência polimicroadenopatia, particularmente de
linfonodos cervicais,e pitrocleanose inguinais.
•Sífilis adquiridatardia: é considerada tardia após o primeiro ano de evoluçãoe
ocorre
Em doentes que não receberam tratamento adequado ou que não foram
tratados.Suas
Manifestações clínicas surgem depois de um período variável de latência e
compreendem
As formas cutânea,óssea, cardiovascular, nervosa e outras. As reações
sorológicas são
positivas.A sífilis tardia cutânea caracteriza-se por lesões gomosase nodulares, de
caráter
destrutivo. Na sífilis óssea, pode haver osteíte gomosa,periostiteosteíte
esclerosante,
artralgias, artrites, sinovitese nódulos justa-articulares. O quadro mais freqüentede
comprometimentocardiovascular é a ortite sifilítica (determinando insuficiência
aórtica),
aneurisma e estenosede coronárias. A sífilis do sistema nervoso é assintomática
ou
sintomática com as seguintes formas: meningo-vascular,meningite aguda, gomado
cérebro
ou da medula, crise epileptiforme, atrofia do nervo óptico, lesão do sétimo par,
paralisia
geral e tabesdorsalis.

⇒SÍFILISCONGÊNITA: é conseqüente à infecçãodo feto pelo Treponema


pallidum,por via
placentária. A ransmissão faz-se no período fetal apartir de 44 a 5 meses de
gestação. Antes
dessa fase, a membrana celular das vilosidades coriais parece constituirobstáculo
intransponível para o treponema. Após sua passagem transplacentária, o
treponema ganha
os vasos do cordão umbilicale se multiplicarapidamente em todo o organismo
fetal.
•Sífilis congênita precoce:é aquela em que as manifestações clínicas se
apresentam logo
Após o nascimento ou pelo menos durante os primeiros2 anos. Na maioria dos
casos,
Estão presentes já nos primeirosmeses de vida. Assume diversosgraus de
gravidade,
Sendo sua forma mais grave a sepse maciça com anemia intensa, icterícia e
hemorragia.
Apresenta lesões cutâneo-mucosas, como placas mucosas, lesões palmo-
plantares, fissuras
Radiadasperiorificiais e condilomas planosa no genitais; lesões ósseas,manifestas
por
Periostitee osteocondrite, lesões do sistema nervoso central e lesões do aparelho
respiratório, hepato esplenomegalia, rinites sanguinolentas, pseudo-paralisiade
Parrot
(paralisiados membros), pancreatite e nefrite.
•Sífilis congênita tardia: é a denominação reservada para a sífilis que se declara
após o
Segundoano de vida. Corresponde, em linhas gerais, à sífilis terciária do adulto,
por se
Caracterizar por lesões gomosasou de esclerose delimitada a um órgão ou a
pequenonúmero
De órgãos: fronte olímpica,mandíbula curva, arco palatino elevado, tríade de
Hutchinson
(dentes de Hutchinson + ceratite intersticial + lesão do VIII par de nervo craniano),
nariz
Em sela e tíbia em lâmina de sabre.
SINONÍMIA:lues,doença gálica, lues venérea,mal gálico, sifilose, doença
britânica,mal venéreo,
Peste sexual.
ETIOLOGIA: Treponema pallidum,um espiroqueta de alta patogenicidade.
RESERVATÓRIO:o homem.
MODO DE TRANSMISSÃO:da sífilis adquiridaé sexual, na área genital, em quase
todos os casos.
O contágioextra genital é raro. Na sífiliscongênita, há infecção fetal por via
hematogênica, em
Geral apartir do 4º mês de gravidez.A transmissão não sexual da sífilis é
excepcional, havendo
Poucos casos por transfusões de sangue e por inoculação acidental.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: geralmente, de 1 a 3 semanas.
DIAGNÓSTICO: clínico, epidemiológico e laboratorial.

DIAGNÓSTICO DDIFERENCIA

⇒CANCRO PRIMÁRIO: cancro mole, herpes genital, linfogranuloma venéreo e


donovanose;

⇒LESÕES CUTÂNEAS NA SÍFILIS SECUNDÁRIA: sarampo,rubéola, ptiríase


rósea de Gibert, eritema
polimorfo, hanseníase virchowiana e colagenoses.

⇒SÍFILISTARDIA:se diferencia de acordo com as manifestações de cada


iindivíduo.

⇒SÍFILISCONGÊNITA: outras infecçõescongênitas (toxoplasmose, rubéola,


citomegalovírus e
herpes).
TRATAMENTO

⇒SÍFILISADQUIRIDA: sífilis primária:penicilinaG benzatina, 2.400.000 UI, IM,


dose única
(1.200.000, IM, em cada glúteo); sífilis secundária: penicilinaG benzatina,
2.400.000 UI, IM, 1
Vez por semana,2 semanas(dose total 4.800.000 UI); sífilis terciária:penicilinaG
benzatina,
2.400.000UI, IM, 1 vez por semana,3 semanas(dose total 7.200.000 UI).
⇒SÍFILISCONGÊNITA NO PERÍODO NEONATAL: para todos os casos, toda
gestante terá VDRL à
Admissão hospitalar ou imediatamente após o parto; todo recém-nascido cuja mãe
tenha sorologia
Positiva para sífilis deverá ter VDRL de sangue periférico;nos recém-nascidosde
mães com
Sífilis não tratada ou inadequadamente tratada (terapia não penicilínica, ou
penicilínica incompleta,
Outra tratamento penicilínico dentro dos 30 dias anteriores ao parto),
independentemente do
Resultadodo VDRL do recém-nascido, realizar RX de ossos llongos punção
lombar (se for
impossível, tratar o caso como neurosífilis) e outros exames quando clinicamente
indicados. Se
houver alterações clínicas e/ou sorológicas e/ou radiológicas, o tratamento deverá
ser feito com
penicilinacristalinana dose de 100.000U/kg/dia, IV, em 2 ou 3 vezes, dependendo
da idade, por
7 a 10 dias; ou penicilinaG procaína,50.000U/kg, IM, por 10 dias; se houver
alteraçãoliquórica,
Prolongar o ratamento por 14 dias com penicilinaG cristaliinana dose de
150.000U/kg/dia, IV,
Em 2 ou 3 vezes, dependendo da idade. Se não houver alterações clínicas,
radiológicas, liquóricas
E a sorologiafor negativano recém-nascido,dever-se-á procederao tratamento com
penicilina
benzatina, IM, na dose única de 50.000U/kg. Acompanhamentoclínico e com
VDRL (1 e 3
meses).Nos recém-nascidosde mães adequadamente tratadas:VDRL em sangue
periféricodo
RN; se for reagenteou na presençade alterações clínicas, realizar RX de ossos
longos e punção
lombar. Se houver alterações clínicas e/ou radiológicas, tratar com
penicilinacristalina,na dose de
100.000U/kg/dia, IV, em 2 ou 3 vezes, dependendo da idade, por 7 a 10 dias; ou
penicilinaG procaína,50.000U/kg, IM, por 10 dias. Se a sorologia(VDRL) do recém-
nascido for 4 vezes
Maior (ou seja 2 diluições)que a da mãe, tratar com penicilinacristalinana dose de
100.000U/kg/
dia,IV,em2ou3vezes,dependendodaidade,por7a10dias,oupenicilinaGprocaína,50.0
00U/
kgIM,por10dias.Sehouveralteraçãoliquórica,prolongarotratamentopor14diascompe
nicilina
Gcristalina,nadosede150.000U/kg/
dia,IV,em2ou3vezes,dependendodaidade.Senão
houveralteraçõesclínicas,radiológicas,liquóricaseasorologiafornegativanorecém-
nascido,
acompanharopaciente,masnaimpossibilidade,tratarcompenicilinabenzatina,IM,nad
oseúnica
de50.000U/
kg.Observações:Nocasodeinterrupçãopormaisde1diadetratamento,omesmo
deveráserreiniciado.Emtodasascriançassintomáticas,deveráserefetuadoexameoftal
mológico
(fundodeolho).Seguimento:ambulatorialmensal;realizarVDRLcom1,3,6,12,18e24
meses,interrompendoquandonegativar;diantedaselevaçõesdetítulossorológicosoun
ão-
negativaçãodessesatéos18meses,reinvestigaropaciente.

⇒SÍFILISCONGÊNITAAPÓSOPERÍODONEONATAL:fazeroexamedoLCReiniciaro
tratamento
compenicilinaGcristalina,100.000a150.000U/kg/dia,administradaacada4a6horas,
durante10a14dias.


⇒SÍFILISEAIDS:aassociaçãodesífiliseaidsérelativamentefreqüente.Deacordocomo
gruposocial,essaassociaçãopodeocorrerem25%dosdoentes.Sãopoucasasdocume
ntações
sobreesteassunto.NamaioriadosdoentescomsífiliseinfecçãopeloHIV,aslesõesdo
secundarismopodemsernumerosaseextensas,comfácilsangramentoetempode
cicatrizaçãomaior,sugerindoumquadroqueocorrianopassado,denominadodesífilis
malignaprecoce.OstítulossorológicospeloVDRLpodemsermaiselevadosnosdoentes
co-
infectadospeloHIV,dependendodograudeimunosupressãoéaconselhávelqueestes
pacientesfaçamsorologiadolíquor.

Tinha do corpo
DESCRIÇÃO:micosesuperficialquecomprometeaepidermedaface,troncoemembros
.Freqüente
emcrianças.Caracteriza-sepelosurgimentodelesõespápulo-
vesiculosas,decrescimentocentrífugo
edescamaçãocentraleposteriormentetambémnaperiferiadalesão.Podemserisoladas
ou
múltiplas,porvezesconfluentes.Estasmanifestaçõessãoacompanhadasdeprurido.
SINOMÍMIA:impingem.
ETIOLOGIA:causadaporespéciesdosgênerosTricophyton,MicrosporumeEpidermop
hyton.
RESERVATÓRIO:animais(cãesegatos)ehumanos.
MODODETRANSMISSÃO:contatoscomanimaisepessoaapessoaporcontatodiretoo
uindireto
atravésdeobjetoscontaminados.
PERÍODODEINCUBAÇÃO:4a10dias.
PERÍODODETRANSMISSIBILIDADE:enquantoexistirlesõeshabitadas,osfungosviv
emlongotempo
nomaterialcontaminado.
COMPLICAÇÕES:infecçõessecundárias.
DIAGNÓSTICO:clínico,epidemiológicoelaboratorial.
DIAGNÓSTICODIFERENCIAL:dermatiteseborréica,pitiríaseróseadeGilbert,psorías
e,granuloma
anular,eritemaanularcentrífugoesífilissecundária.
TRATAMENTO:respondembemaantimicóticostópicos.Noscasosrebeldesouextenso
s,
tratamentooralcomGriseofulvinanadosede10a20mg/kgdepesodurante30dias.Outra
opçãoéaTerbinafinanadosede250mg/dia,seacimade40kg;125mg/diaseentre20-
40kg;e
62,5mg/diaseabaixode20kg,por15dias.
MEDIDASDECONTROLE:tratarosdoentes,lavagemadequadaderoupaspessoais,de
banhoe
decamacomáguaquenteoupassararoupacomferroquente.Limpezadebanheiroscolet
ivos
comfungicidas.Identificaçãoetratamentodeanimaisdomésticosinfectantes.
DESCRIÇÃO:micosesuperficialqueatingeocourocabeludocaracterizadaporlesõeser
itematosas,
escamosasealopeciatonsurante.Inicia-
secompequenalesãoeritematosa,escamosa,folicular.
Oquadroédeevoluçãocrônicacomosurgimentodetonsura.Alesãopodeserúnicaoumúl
tipla.
Éraranoadulto,acometeprincipalmenteascrianças.
SINONÍMIA:pelada.
ETIOLOGIA:causadaporespéciesdeTricophytonouMicrosporum.Umaformamuitorar
aem
nossomeioéatineafavosa,ocasionadapeloTrichophytonSchoenleinii.Oagentemaisco
mum
éoM.canis,transmitidopelocãoougatodoméstico.Outrapossibilidadeéainfecçãopelo
T.rubrum,detransmissãointerhumana.
RESERVATÓRIO:animais(cãesegatos).
MODODETRANSMISSÃO:deanimaiscontaminadosparaohomem,depessoaapesso
a,porcontato
diretoouindiretoatravésdemáquinadecortarcabeloeartigosdetoucador.
PERÍODODEINCUBAÇÃO:10a14dias.
PERÍODODETRANSMISSIBILIDADE:enquantohouverlesãohabitada,ofungovivee
mmaterial
contaminadoporlongoperíododetempo.
COMPLICAÇÕES:podesurgirumaformaagudacomintensareaçãoinflamatóriaeforma
çãode
pústulasemicroabcessos-ochamadoKerionCelsi.
DIAGNÓSTICO:clínico,epidemiológicoelaboratorial.
DIAGNÓSTICODIFERENCIAL:dermatiteseborréica,psoríase,alopéciaareata(pelad
a),impetigo
efoliculite.MiíaseFurunculóide:provocadaporlarvasdemoscasecaracterizadaporlesõ
es
nodularescomaberturacentral,porondedrenasecreçãoserosaeondepodeservistoo
movimentodalarva.
TRATAMENTO:Griseofulvina:15mg/kgdepeso/
dia,porumperíodode30a60diasouatéa
regressãodaslesões,ouTerbinafinanasseguintesdoses:emcriançasabaixode20kgéd
e
62,5mgpordia(metadedeumcomprimidode125mg);de20a40kgumcomprimidode
125mgaodia;eacimade40kg,250mgpordia.Emadultosadoseéde250mgpordia.O
tempodetratamentoédenomínimo30diasouatéacuraclínica.Comomedidacompleme
ntar,
antifúngicoslocais.NoKerionCelsi,utilizarcompressasdepermaganatodepotássio1:4
0.000
eGriseofulvinaoral.
Tinha dos pés
DESCRIÇÃO:infecçãofúngicaqueacometeosespaçosinterdigitaiseregiõesplantares.
Aslesões
podemserintensamentepuriginosas,descamativasemaceradasnosespaçosinterdigit
ais,
podendoocorrerfissuração.
SINONÍMIA:frieira,pé-de-atleta.
ETIOLOGIA:EpidermophytonfloccosunediversasespéciesdeTrichophyton.
RESERVATÓRIO:ohomem.
MODODETRANSMISSÃO:contatodiretocompessoascontaminadasouindiretoatrav
ésdeobjetos
episoscontaminados.
PERÍODODEINCUBAÇÃO:desconhece-se.
PERÍODODETRANSMISSIBILIDADE:enquantoexistirlesõeshabitadas,osfungosviv
emlongotempo
nomaterialcontaminado.
COMPLICAÇÕES:fissuraseinfecçõessecundárias.
DIAGNÓSTICO:clínico-epidemiológicoelaboratorial.
DIAGNÓSTICODIFERENCIAL:candidíase,psoríase,dermatitedecontato,disidroses.
TRATAMENTO:antimicóticostópicos,ouGriseofulvinaviaoral-10a20mg/kg/
diacomdose
máximade500mg/diapor30dias.ATerbinafinaviaoral,250mg/diapor30diaspodeser
usada.Paraevitarrecaidas,tomarbanhocalçandosandáliasdededo,colocartênisaosol
e
polvilharotênisouocalçadocompóantifúngico.

Tungiase
DESCRIÇÃO:dermatoseparasitáriaondeétípicooencontrodepápulasamareladas(bat
ata)
commaisoumenos0,5cm,dediâmetrocompontonegrocentral(parasitanasuaparte
posterior).Inicialmente,hápruridoseguidopordorquandohouverinfecçãosecundária.
Localizaçõesmaiscomuns:aoredordasunhasdosdedosdospés,plantasecalcanhares.
SINONÍMIA:bicho-de-pé.
ETIOLOGIA:provocadapelaTungapenetrans,quehabitalugaressecosearenosos.
RESERVATÓRIO:animaisdezonaruralquevivememchiqueirosecurrais.
MODODETRANSMISSÃO:contatodiretocomsolocontaminado.
PERÍODODEINCUBAÇÃO:umadoisdias.
PERÍODODETRANSMISSIBILIDADE:nãoétransmitidapessoaapessoa.
COMPLICAÇÕES:osferimentosprovocadosconstituemportadeentradaparabactéria
sefungos.Infecção
bacterianaoutétanosãocomplicaçõesdealtorisco.
DIAGNÓSTICO:clínicoeepidemiológicocomvisualizaçãodoparasita.
DIAGNÓSTICODIFERENCIAL:abcessosdaregiãoplantar,verrugaplantar,calosidad
e.
TRATAMENTO:consistenaretiradadoparasitacomauxíliodeagulhadesinfetada,deve
ndotodo
oparasitaserretirado.Emseguida,usa-
setinturadeiodoououtroantissépticonolocal.Havendo
infecçãosecundária,tratarcomantibioticoterapiatópicaousistêmica.

Urticaria
DESCRIÇÃO:dermatosecaracterizadaporpápulaseritematosasagudas,decarátersú
bitoeduração
efêmera.Manifesta-
seporlesõeseritêmatoedematosasdetamanhoseformasdiversasdesde
puntiformesatégrandesplacas,comaspectosbizarros,localizadasougeneralizadas.C
aracterística
marcanteéoprurido.Quandoaslesõesaparecememáreasdetecidofrouxoounadermep
rofunda,
resultamemedemaintensooulocalizado-AngioedemaouEdemadeQuinke.
SINONÍMIA:fervordosangue,líquenurticado.
ETIOLOGIA:ocasionadaporreaçãoimunológicaounãoimunológicacomliberaçãodes
ubstâncias
vasoativas,principalmenteahistamina.
RESERVATÓRIO:nãoseaplica.
MODODETRANSMISSÃO:nãoseaplica.
PERÍODODEINCUBAÇÃO:nãoseaplica.
PERÍODODETRANSMISSIBILIDADE:nãoseaplica.
COMPLICAÇÕES:escoriaçõeseinfecçõessecundárias;edemadeglote,angioedemas
eurticárias
gigantes.
DIAGNÓSTICO:clínico.
DIAGNÓSTICODIFERENCIAL:hanseníase,eritemapolimorfo,sífilis,estrófuloemasto
cistose.
TRATAMENTO:investigaçãodacausa.Lembrarqueurticárianemsempreéumdiagnóst
ico,
podendoserumsinaldedoençasistêmica.Medidasprofiláticas:afastarfatoresdesenca
deantes,
atravésdedietasdeexclusão.Sintomático:antihistamínicos;corticóidesistêmicosenec
essário.
Adrenalinasub-cutâneanosangioedemaseurticáriasgigantes.

Varicela/ herpes zoster


DESCRIÇÃO

⇒VARICELA:éumainfecçãoviralprimária,aguda,caracterizadaporsurgimentodeexan
tema
deaspectomáculo-papular,dedistribuiçãocentrípeta,que,apósalgumashoras,adquire
aspectovesicular,evoluindorapidamenteparapústulase,posteriormente,formandocro
stas
em3a4dias.Podeocorrerfebremoderadaesintomassistêmicos.Aprincipalcaracterístic
a
clínicaéopolimorfismodaslesõescutâneas,queseapresentamnasdiversasformasevol
utivas,
acompanhadasdeprurido.Emcrianças,geralmente,éumadoençabenignaeauto-
limitada.

⇒HERPESZOSTER:geralmente,édecorrentedareativaçãodovírusdavaricelaemlatê
ncia,
ocorrendoemadultosepacientesimunocomprometidos,comoportadoresdedoenças
crônicas,neoplasias,aidseoutras.Oherpeszostertemquadropleomórfico,causandode
sde
doençabenignaatéoutrasformasgraves,comêxitoletal.Apósafasededisseminação
hematogênica,emqueatingeapele,caminhacentripetamentepelosnervosperiféricosa

osgângliosnervosos,ondepoderápermanecer,emlatência,portodaavida.Causasdiver
sas
podemlevaraumareativaçãodovírus,que,caminhandocentrifugamentepelonervo
periférico,atingeapele,causandoacaracterísticaerupçãodoherpeszoster.Excepciona
lmente,
hápacientesquedesenvolvemherpeszosterapóscontatocomdoentesdevaricelae,até
mesmo,comoutrodoentedezoster,oqueindicaapossibilidadedeumareinfecçãoem
pacientejápreviamenteimunizado.Étambémpossívelumacriançaadquirirvaricelapor
contatocomdoentedezoster.Oquadroclínicodoherpeszosteré,quasesempre,típico.A
maioriadosdoentesrefere,antecedendoàslesõescutâneas,doresnevrálgicas,alémde
parestesias,ardorepruridolocais,acompanhadosdefebre,cefaléiaemal-estar.Alesão
elementaréumavesículasobrebaseeritematosa.Aerupçãoéunilateral,raramente
ultrapassandoalinhamediana,seguindootrajetodeumnervo.Surgemdemodogradual,
levandode2a4diasparaseestabelecerem.Quandonãoocorreinfecçãosecundária,as
vesículassedissecam,formam-
secrostaseoquadroevoluiparaacuraem2a4semanas.As
regiõesmaiscomprometidassãoatorácica(53%doscasos),cervical(20%),trigêmeo(15
%)
elombossacra(11%).Empacientesimunossuprimidos,aslesõessurgememlocalizaçõ
es
atípicase,geralmente,disseminadas.OenvolvimentodoVIIparcranianolevaauma
combinaçãodeparalisiafacialperiféricaerashnopavilhãoauditivo,denominadosíndro
me
deHawsay-
Hurt,comprognósticoderecuperaçãopoucoprovável.Oacometimentodonervo
facial(paralisiadeBell)apresentaacaracterísticadedistorçãodaface.Lesõesnapontae
asadonarizsugeremenvolvimentodoramooftálmicodotrigêmiocompossível
comprometimentoocular.NospacientescomHerpesZosterdisseminadoe/
ourecidivanteé
aconselhávelfazersorologiaparaHIV,alémdepesquisarneoplasiasmalignas.
SINONÍMIA:catapora,“tatapora”,fogoquesalta(varicela).Cobreiro(herpeszoster).
ETIOLOGIA:éumvírusRNA.VírusVaricella-Zoster,famíliaHerpetoviridae.
RESERVATÓRIO:ohomem.
MODODETRANSMISSÃO:pessoaapessoa,atravésdecontatodiretoouatravésdesec
reções
respiratóriase,raramente,atravésdecontatocomlesões.Transmitidaindiretamenteatr
avés
deobjetoscontaminadoscomsecreçõesdevesículasemembranasmucosasdepacient
es
infectados.
PERÍODODEINCUBAÇÃO:entre14a16dias,podendovariarentre10a20diasapósoco
ntato.
Podesermaiscurtoempacientesimunodeprimidosemaislongoapósimunizaçãopassiv
a.
PERÍODODETRANSMISSIBILIDADE:variade1a2diasantesdaerupçãoaté5diasapó
sosurgimento
doprimeirogrupodevesículas.Enquantohouvervesículas,ainfecçãoépossível.
COMPLICAÇÕES:infecçãobacterianasecundáriadepele:impetigo,abcesso,celulite,
erisipela,
causadasporS.aureus,Streptococcuspyogenes,quepodemlevaraquadrossistêmicos
desepse,
comartrite,pneumonia,endocardite.Encefaliteoumeningiteeglomerulonefrite.Podeoc
orrer
SíndromedeReye,caracterizadaporquadroneurológicoderápidaprogressãoedisfunç
ão
hepática,associadoaousodeácidoacetil-
salicílicoprincipalmenteemcrianças.Infecçãofetal,
duranteagestação,podelevaràembriopatia,comsíndromedavaricelacongênita(varice
la
neonatal,emrecémnascidosexpostos,commicrooftalmia,catarata,atrofiaópticaedosi
stema
nervosocentral).Imunodeprimidospodemteraformadevariceladisseminada,varicela
hemorrágica.Nevralgiapós-
herpética:definidacomodorpersistentepor4a6semanasapósa
erupçãocutânea.Suaincidênciaéclaramenteassociadaàidade,atingindocercade40%
dos
indivíduosacimade50anos.Émaisfreqüenteemmulhereseapóscomprometimentodotr
igêmeo.
DIAGNÓSTICO:principalmenteatravésdoquadroclínico-
epidemiológico.Ovíruspodeserisolado
daslesõesvesicularesduranteosprimeiros3a4diasdeerupçãoouidentificadoatravésd
e
célulasgigantesmultinucleadasemlâminaspreparadasapartirdematerialraspadodale
são,
pelainoculaçãodolíquidovesicularemculturasdetecido.Aumentoemquatrovezesdatit
ulação
deanticorpospordiversosmétodos(imunofluorescência,fixaçãodocomplemento,ELIS
A),
que,também,sãodeauxílionodiagnóstico.OPCRtemsidoempregado.
DIAGNÓSTICODIFERENCIAL:varíola(erradicada),coxsackioses,infecçõescutânea
s,dermatite
herpetiformedeDuringBrocq,riquetsioses.
TRATAMENTO:sintomático.Antihistamínicossistêmicosparaatenuaropruridoebanh
osde
PermanganatodePotássionadiluiçãode1:40.000.Havendoinfecçãosecundária,reco
menda-
seousodeantibióticossistêmicos.Varicelaemcriançaséumadoençabenigna,emgeraln
ão
sendonecessáriotratamentoespecífico.

⇒TÓPICO:compressasdepermanganatodepotássio(1:40.000)ouáguaboricadaa2%,
várias
vezesaodia.

⇒ESPECÍFICO:antivirais:aciclovir-emcrianças,quandoindicado,20mg/kg/
dose,VO,4vezesao
dia,dosemáxima800mg/
dia,durante5dias.Adultos:aciclovir,emaltasdoses,800mg,VO,5
vezesaodia,durante7dias.Seuusoestáindicadoapenasparacasosdevariceladeevolu
ção
moderadaouseveraemmaioresde12anos,comdoençacutâneaoupulmonarcrônica.N
ãoestá
indicadoseuusoemcasosdevaricelanãocomplicada,sendodiscutívelautilizaçãoemge
stantes.
Criançasimunocomprometidasnãodevemfazerusodeacicloviroral.Aciclovirintraveno
soé
recomendado,empacientesimunocomprometidosouemcasosgraves,nadosagemde
10mg/
kg,acada8horas,infundidoduranteumahora,durante7a14dias.Seuusoestáindicado,c
om
restrições,emgestantescomcomplicaçõesgravesdevaricela.Outrosantiviraistêmsidoi
ndicados.
Anevralgiapós-
herpética(NPH)éumacomplicaçãofreqüente(até20%)dainfecçãopeloherpes
zoster,quesecaracterizapelarefratariedadeaotratamento.Aterapiaantiviralespecífica
,iniciada
dentrode72horasapósosurgimentodorash,reduzaocorrênciadaNPH.Ousode
corticosteróides,nafaseagudadadoença,nãoalteraaincidênciaeagravidadedoNPH,p
orém
reduzaneuriteaguda,devendoseradotadaempacientessemimunocomprometimento.
Uma
vezinstaladaaNPH,oarsenalterapêuticoéenorme,porémnãoháumadrogaeficazparas
eu
controle.Sãoutilizados:cremedecapsaicina,0,025%a0,075%;lidocaínagel,a5%;amitr
iplina,
emdosesde25a75mg,VO;carbamazepina,emdosesde100a400mg,VO;benzodiazep
ínicos;
rizotomia,termocoagulaçãoesimpatectomia.
CARACTERÍSTICASEPIDEMIOLÓGICAS:avaricelaéumadoençabenigna,masalta
mentecontagiosa,
queocorreprincipalmenteemmenoresde15anosdeidade.Émaisfreqüentenofinaldo
invernoeiníciodaprimavera.Indivíduosimunocomprometidos,quandoadquiremvaricel
a
primáriaourecorrente,possuemmaiorriscodedoençagrave.Ataxadeataqueparasíndr
ome
devaricelacongênita,emrecém-
nascidosdemãescomvaricelanoprimeirosemestredegravidez,
é1,2%;quandoainfecçãoocorreuentrea13ªe20ªsemanasdegestaçãoéde2%.Recém-
nascidosqueadquiremvaricelaentre5a10diasdevida,cujasmãesinfectaram-
secincodias
antesdopartoedoisdiasapósomesmo,estãomaisexpostosàvaricelagrave,comaletalid
ade
podendoatingir30%.Ainfecçãointrauterinaeaocorrênciadevaricelaantesdos2anosde
idadeestãorelacionadasàocorrênciadezosteremidadesmaisjovens.HerpesZostereAi
ds:
apartirde1981,oherpeszosterpassouaserreconhecidocomoumainfecçãofreqüentee
m
pacientesportadoresdeHIV.Posteriormente,observaçõesepidemiológicasdemonstra
ramser
umamanifestaçãoinicialdeinfecçãopeloHIV,cujaocorrênciaépreditivadesoropositivid
ade
paraHIV,empopulaçõesderisco.Aincidênciadeherpeszosterésignificativamentemaio
r
entreindivíduosHIVpositivosqueentreossoronegativos(15vezesmaisfreqüentenos
primeiros).Aincidênciacumulativadezosterpor12anosapósainfecçãopeloHIVfoide
30%,ocorrendosegundoumataxarelativamenteconstante,podendosermanifestação
precoce
outardiadainfecçãopeloHIV.Complicações,comoretinite,necroseagudaderetinaeenc
efalite
progressivafatal,têmsidorelatadascommaisfreqüênciaempacientesHIVpositivos.
MEDIDASDECONTROLE


⇒VACINAÇÃO:indicações:nãofazpartedocalendáriobásicodevacinações,maspode
ser
utilizadaentre1e13anosdeidade.Apósessafaixaetária,oseuusoestárestritoaindivíduo
s
comriscoelevadodeformasgravesdadoença.Utilizadaatétrêsdiasapósaexposição,po
de
preveniraocorrênciadedoençanocontato.Criançasde12mesesa12anos:doseúnicade
0,5ml,viasubcutânea.Acimade12anos:deveseradministradaemduasdosesde0,5ml,
comintervalode4a8semanas,viasubcutânea.

Contra-indicações:pacientesimunodeprimidoscomoimunode-
ficiênciacongênita,discrasias
sangüíneas,leucemia,linfomas,infecçãoHIV,usodecorticosteróides,gravidez,história
de
reaçãoanafiláticaàneomicina.Sódeveráseradministrada5mesesapósusodeimunoglo
bulinas
outransfusõessangüíneas.

⇒IMUNOGLOBULINAHIPERIMUNEANTIVARICELAZOSTER:125UI,IM,paracada1
0kgdepeso.A
dosemáximaé625UI.Indicadaparaindivíduossusceptíveissobaltoriscodedesenvolver
varicelasevera,nasseguintescondições:recém-nascidosexpostosàmãecomvaricela
adquirida5diasdiasantesdopartooudoisdiasapós;gestantessemhistóriaanteriorde
varicela,devendoseraplicadaaté96horasapósaexposição.Nãoéefetivaapós
estabelecimentodadoença.Criançasimunocomprometidas,emusodedrogas
imunossupressoras.


⇒MEDIDASGERAIS:lavarasmãosapóstocarlesõespotencialmenteinfecciosas.

⇒MEDIDASESPECÍFICAS:isolamento:criançascomvaricelanãocomplicadapodemr
etornarà
escolano6ºdiaapósosurgimentodorushcutâneo.Criançasimunodeprimidasouque
apresentamcursoclínicoprolongadosódeverãoretornaràsatividadesapósotérminoda
erupçãovesicular.Pacientesinternados:isolamento.Desinfecção:concorrentedosobj
etos
contaminadoscomsecreçõesnasofaríngeas.

Cancro Mole
DESCRIÇÃO:doençadetransmissãosexual,muitofreqüentenasregiõestropicais.Car
acteriza-
seporapresentarlesõesmúltiplas(podendoserúnica,habitualmentedolorosas).Iniciac
om
pápulaoupústulaquerapidamentesetransformaemulceraçãodebordairregular,comco
ntornos
eritemato-edematososefundocobertoporexsudatopurulentoe/
ounecrótico,decoloração
amareladaeodorfétido.Quandooexsudatoéremovido,revelatecidodegranulaçãocom
sangramentofácil.Nohomem,aslocalizaçõesmaisfreqüentessãonofrênuloenosulcob
álano
prepucial;namulher,nafúrculaenafaceinternadosgrandeslábios.Nocolouterinoena
paredevaginal,podemaparecerlesõesqueproduzemsintomasdiscretos.Nasmulheres
,a
infecçãopodeserassintomática.Lesõesextragenitaistêmsidoassinaladas.Em30a50
%dos
pacientes,oslinfonodossãoatingidos,geralmente,inguino-
crurais(bubão),sendounilaterais
em2/3doscasos;observadosquasequeexclusivamentenosexomasculinopelascaract
erísticas
anatômicasdadrenagemlinfática.Noinício,ocorretumefaçãosólidaedolorosa,evoluind
o
paraliquefaçãoefistulizaçãoem50%doscasos,tipicamentepororifícioúnico.
SINONÍMIA:cancróide,cancrovenéreosimples.
ETIOLOGIA:Haemophilusducrey,bastonetegramnegativo.
RESERVATÓRIO:ohomem.
MODODETRANSMISSÃO:sexual.
PERÍODODEINCUBAÇÃO:de3a5dias,podendoatingir14dias.
PERÍODODETRANSMISSIBILIDADE:semtratamento,semanasoumeses(enquanto
duraremas
lesões).Comantibioticoterapia,1a2semanas.
DIAGNÓSTICO:clínico,epidemiológicoelaboratorial.Feitoporexamedireto:pesquisa
emcoloração,
pelométododeGram,emesfregaçosdesecreçãodabasedaúlceraoudomaterialobtidop
or
aspiraçãodobulbão.Observam-
se,maisintensamente,bacilosgramnegativosintracelulares,
geralmenteaparecendoemcadeiasparalelas,acompanhadosdecocosgrampositivos(f
enômeno
desatelismo).Cultura:éométododiagnósticomaissensível,porémdedifícilrealizaçãop
elas
característicasdobacilo.
DIAGNÓSTICODIFERENCIAL:cancroduro,herpessimples,linfogranulomavenéreo,
donovanose,
erosõestraumáticasinfectadas.NãoéraraaocorrênciadocancromistodeRollet(multieti
ologia
comocancrodurodasífilis).
TRATAMENTO:Azitromicina,1g,VO,doseúnica;sulfametoxazol,800mg+trimetoprim,
160mg,
VO,de12/12horas,por10diasouatéacuraclínica;tianfenicol,5g,VO,emdoseúnicaou
500mgde8/8horas;estereatodeeritromicina,500mg,VO,de6/6horas,por,nomínimo,1
0
diasouatéacuraclínica;tetraciclina,500mg,VO,de6/6horas,por,nomínimo,10dias.O
tratamentosistêmicodeveseracompanhadodemedidasdehigienelocal.Recomendaç
ões:o
acompanhamentodopacientedeveserfeitoatéainvoluçãototaldaslesões;éindicadaa
abstinênciasexualatéaresoluçãocompletadadoença;otratamentodosparceirossexua
isestá
recomendadomesmoqueadoençaclínicanãosejademonstrada,pelaexistênciadeport
adores
assintomáticos,principalmenteentremulheres;émuitoimportanteexcluirapossibilidad
eda
existênciadesífilisassociada,pelapesquisadeTreponemapallidumnalesãogenitale/
oupor
reaçãosorológicaparasífilis,nomomentoe30diasapósoaparecimentodalesão.Aaspir
ação,
comagulhasdegrossocalibre,dosgânglioslinfáticosregionaiscomprometidospodeseri
ndicada
paraalíviodelinfonodostensosecomflutuação;écontra-
indicadaaincisãocomdrenagemou
excisãodoslinfonodosacometidos.
MEDIDASDECONTROLE:a)Interrupçãodacadeiadetransmissãopelatriagemereferê
nciados
pacientescomDSTeseusparceirosparadiagnósticoeterapiaadequados;b)Aconselha
mento
(confidencial):orientaçõesaopaciente,fazendocomqueelediscrimineaspossíveissitu
ações
deriscopresentesemsuaspráticassexuais;desenvolvaapercepçãoquantoàimportânci
ado
seutratamentoedeseusparceirossexuaisepromoçãodecomportamentospreventivos;
c)
Promoçãodousodepreservativos-
métodomaiseficazparaareduçãodoriscodetransmissão
doHIVeoutrasDST;d)Conviteaosparceirosparaaconselhamentoepromoçãodousode
preservativos(deve-
seobedeceraosprincípiosdeconfiabilidade,ausênciadecoerçãoeproteção
contraadiscriminação);e)Educaçãoemsaúde,demodogeral.Observação:Asassociaç
ões
entrediferentesDSTsãofreqüentes,destacando-
se,atualmentearelaçãoentreapresençade
DSTeaumentodoriscodeinfecçãopeloHIV,principalmentenavigênciadeúlcerasgenita
is.
Dessemodo,oprofissionaldesaúdedeveorientaropacienteesolicitarsorologiaparadet
ecção
deanticorposanti-
HIV,quandododiagnósticodeumaoumaisDST.Portanto,todadoença
sexualmentetransmissívelconstitui-seemeventosentinelaparabuscadeoutraDSTe
possibilidadedeassociaçãocomoHIV.Énecessário,ainda,registrarqueoMinistériodaS
aúde
vemimplementandoa“abordagemsindrômica”aospacientesdeDST,visandoaumentar
a
sensibilidadenodiagnósticoetratamentodessasdoenças,paraalcançarmaiorimpacto
noseu
controle.

Hanseniase ou Lepra
DESCRIÇÃO:doençainfecto-
contagiosa,crônica,curável,causadapelobacilodeHansen.Esse
baciloécapazdeinfectargrandenúmerodepessoas(altainfectividade),maspoucosado
ecem,
(baixapatogenicidade).Opoderimunogênicodobaciloéresponsávelpeloaltopotencial
incapacitantedahanseníase.
DEFINIÇÃODECASO:umcasodehanseníase,definidopelaOrganizaçãoMundialdeS
aúde-OMS,
éumapessoaqueapresentaumoumaisdoscritérioslistadosaseguir,comousemhistória
epidemiológicaequerequertratamentoquimioterápicoespecífico:lesão(ões)depeleco
malteração
desensibilidade;espessamentodenervo(s)periférico(s),acompanhadodealteraçãode
sensibilidade;ebaciloscopiapositivaparabacilodeHansen.Obs:abaciloscopianegativ
anão
afastaodiagnósticodehanseníase.Osaspectosmorfológicosdaslesõescutâneaseclas
sificação
clínicanasquatroformasabaixodevemserutilizadosporprofissionaisespecializadosee
m
investigaçãocientífica.Nocampo,aOMSrecomenda,parafinsterapêuticos,aclassifica
ção
operacionalbaseadanonúmerodelesõescutâneas.Oquadroabaixosintetizaasformas
clínicas
dehanseníase,comsuasprincipaiscaracterísticas.
SINONÍMIA:maldeHansen;antigamenteadoençaeraconhecidacomolepra.
ETIOLOGIA:baciloálcool-
ácidoresistente,intracelularobrigatório,denominadobacilodeHansen
ouMycobacteriumleprae.
RESERVATÓRIO:ohomeméreconhecidocomoúnicafontedeinfecção,emboratenha
msido
identificadosanimaisnaturalmenteinfectados.
MODODETRANSMISSÃO:contatoíntimoeprolongadocompacientesbacilíferosnãotr
atados.
PERÍODODEINCUBAÇÃO:emmédia5anos,podendoirdemesesamaisde10anos.
PERÍODODETRANSMISSIBILIDADE:ospacientesmultibacilarespodemtransmitirha
nseníase,antes
deiniciarotratamentoespecífico.Aprimeira
dosederifampicinaécapazdeeliminarascepas
viáveisdobacilodeHansenematé99,99%dacargabacilardeumindivíduo.
COMPLICAÇÕES:quandoodiagnósticoéprecoceeotratamentoquimioterápicodopaci
enteé
adequadamenteseguido,comorientaçõesdeauto-
cuidadoparaprevenirincapacidades,geralmente,
ahanseníasenãodeixaseqüelaseoucomplicações.Umgrupodepacientespodedesenv
olverepisódios
reacionais,quesãointercorrênciasdareaçãoimunológicadohospedeiro.Estaspodems
urgirno
diagnóstico,duranteotratamentoespecífico,ouapósaaltadopaciente.Nesseúltimocas
o,não
requerareintroduçãodapoliquimioterapia.Asreações(ouepisódiosreacionais)sãoagr
upadasem
2tipos:oTipo1:tambémchamadoreaçãoreversa.Ocorremaisfreqüentementeempacie
ntescom
hanseníasetuberculóideedimorfa.Caracteriza-seporeritemaeedemadaslesõese/
ouespessamento
denervoscomdoràpalpaçãodosmesmos(neurite).Aneuritepodeevoluirsemdor(neurit
e
silenciosa).ÉtratadocomPrednisona,VO,1-2mg/kg/
dia,comreduçãoemintervalosfixos,conforme
avaliaçãoclínica.Sãotambémindicaçãodeusodecorticosteróidesairite/
iridocicliteeaorquite
(consultaroGuiaparaoControledaHanseníase,daCoordenaçãoNacionaldeDermatol
ogia
Sanitária/
MinistériodaSaúde).OTipo2,cujamanifestaçãoclínicamaisfrequenteéoeritema
nodoso:ospacientescomhanseníasevirchowianasãoosmaisacometidos.Caracteriza
-se
pornóduloseritematosos,dolorosos,maispalpáveisquevisíveisemqualquerpartedoco
rpo.
Podeevoluircomneurite.Trata-secomtalidomida,VO,nadosede100a400mg/
dia,somente
empacientedosexomasculino(éproibidoousoemmulheresemidadefértil,devidoà
possibilidadedeocorrênciadeteratogenicidade);ouprednisona,VO,1-2mg/kg/
dia.Aredução
tambéméfeitaemintervalosfixos,apósavaliaçãoclínica.
DIAGNÓSTICO:clínico,baseadonadefiniçãodecaso.Abaciloscopiaeahistopatologia
podem
serúteiscomoapoiodiagnóstico.
DIAGNÓSTICODIFERENCIAL:eczemátide,nevoacrômico,pitiríaseversicolor,vitiligo
,pitiríase
róseadeGilbert,eritemapolimorfo,eritemanodoso,granulomaanular,eritemaanular,
lúpus,farmacodermias,pelagra,sífilis,alopéciaareata,sarcoidose,tuberculose,xanto
mas,
esclerodermias.
TRATAMENTO:nãoéeticamenterecomendáveltrataropacientedehanseníasecomum

medicamento.
TEMPODETRATAMENTO

⇒PAUCIBACILARES:6dosesmensais,ematé9mesesdetratamento.

⇒MULTIBACILARES:12dosesmensais,ematé18mesesdetratamento.
Casosmultibacilaresqueiniciamotratamentocomnumerosaslesõese/
ouextensasáreasde
infiltraçãocutâneapoderãoapresentarumaregressãomaislentadaslesõesdepele.Ama
ioria
dessesdoentescontinuarámelhorandoapósaconclusãodotratamentocom12doses.É
possível,
noentanto,quealgunsdessescasosdemonstrempoucamelhoraeporissopoderãonece
ssitar
de12dosesadicionaisdePQT-MB.
CARACTERÍSTICASEPIDEMIOLÓGICAS:ahanseníaseémaiscomumempaísessub
-desenvolvidose
emdesenvolvimento.Tembaixaletalidadeebaixamortalidade,podendoocorreremqual
quer
idade,raçaougênero.
OBJETIVOSDAVIGILÂNCIAEPIDEMIOLÓGICA:reduzirocoeficientedeprevalênciap
aramenosde
umdoenteemcada10.000habitantes.Estametaseráalcançada,diagnosticando-se
precocementeoscasos,tratando-os,interrompendo,assim,acadeiadetransmissão.
NOTIFICAÇÃO:doençadenotificaçãocompulsórianoBrasil.
MEDIDASDECONTROLE:diagnósticoprecocedoscasos,atravésdoatendimentoded
emanda
espontânea,debuscaativaedeexamedoscontatosparatratamentoespecífico,quedev
eser
feitoemníveleminentementeambulatorial.
PREVENÇÃODEINCAPACIDADES:todopacientedehanseníasedeveserexaminado
minuciosamentee
orientadoquantoaosauto-
cuidadosparaevitarferimentos,calos,queimaduras(quepodemocorrer
devidoàhipoestesiae/ouanestesia),oqueprevineaparecimentodeincapacidades.Obs
ervarquea
melhorformadeprevení-
laséfazerotratamentopoliquimioterápicodemodoregularecompleto.
Ratifica-seaindaqueodiagnósticoprecocedoacometimentoneural,comousemreação
hansênicaeseutratamentoadequadoémedidaessencialnaprevençãodeincapacidade
s.
VIGILÂNCIADECONTATOS:contatointradomiciliarétodapessoaqueresidaoutenhar
esidido
comopacientenosúltimos5anos.Examinartodososcontatosdecasosnovos;osdoentes
devemsernotificadoscomocasonovoetratados.Oscontatossãosdevemreceberduasd
oses
davacinaBCG-ID.QuandohouveracicatrizporBCG-ID,considerarcomo1
adoseeaplicara
2
adose.Quandonãohouveracicatriz,aplicara1
adoseea2
aapós6meses.Paralelamente,os
contatossãosdevemserorientadosquantoaossinaisesintomasdahanseníase.
RECIDIVA:deve-sesuspeitarderecidiva,combasenosseguintesparâmetros.

⇒PAUCIBACILARES:pacienteque,apósaltaporcura,apresentar:doremnervonãoafet
ado
anteriormente,novaslesõese/
ouexacerbaçõesdelesõesanterioresquenãorespondamà
corticoterapiarecomendadaparatratarepisódiosreacionaisdotipo1,nasdosesindicada
s.

⇒MULTIBACILARES:pacienteque,após5anosdealtaporcura,continuarapresentand
oepisódios
reacionaisquenãocedemàterapêuticacomcorticosteróidee/outalidomida,nasdoses
recomendadasparatratarepisódiosdotipo2.Considerar,narecidiva,aconfirmação
baciloscópica,ouseja,apresençadebacilosíntegroseglobias.
Observações:1)Aocorrênciadeepisódioreacionalapósaaltadopacientenãosignificare
cidiva
dadoença.Acondutacorretaéinstituirapenasterapêuticaantirreacional(prednisonae/
ou
talidomida);2)Todocasoderecidivadeve,apósconfirmação,sernotificadocomorecidiv
ae
reintroduzidonovoesquematerapêutico;3)Ahanseníasenãoconfereimunidade.Ospar
âmetros
paradiferenciarrecidivaereinfecçãonãoestãoclarosnaliteratura.

Verrugas
DESCRIÇÃO: proliferações benignas contagiosas que surgem apartir de uma
infecção viral na
Epiderme ou na mucosa. As lesões são geralmente assintomáticas, porém
algumas, como as
Lesões plantares, podem ser dolorosas.Podem cursar com o aumento de número
e tamanho das
lesões, apresentar infecção bacteriana secundária e involuir espontâneamente.
Classificam-se
as verrugas de acordo com sua localizaçãoe morfologia. Há 5 diferentes tipos:
vulgar, plantar,
filiforme, plana e genital.

⇒VERRUGA VULGAR: representam 70%de todas as verrugas e se manifestam


por pápulas com
Hiperceratoses que aparecemem qualquer lugar, sendo mais comuns nos dedos
(peri ungueais)
E dorso das mãos.

⇒VERRUGA PLANTAR: representam 24%dos casos de verrugas e manifestam-


se por pápulas
Arredondadas com hiperceratose de crescimento endofitico evidenciando uma
área central
Irregular envolta por um anel hiperceratótico, denominado vulgarmentede “olho de
peixe”. Normalmente não ultrapassam a superfície da pele porque a pressão do
corpo
durante a deambulação vai achatando-as e empurrando-a para o interior, ficando
a área
ao redor amarelada e muito dolorosa, dificultando a deambulação. Esse tipo de
verruga
profunda é chamado de mirmécia. As lesões podem se agrupar formando placas
com
hiperceratoses, verrugas em mosaico: geralmente apresentam pontos negros que
são
vasos sangüíneos.

⇒VERRUGA PLANA: observada em cerca de 3,5%dos casos de verrugas:


apresentam-se como
Pápulas planas pequenas, com pouca hiperceratose, em geral múltiplas e de
localização
Preferencial na face de crianças, dorso das mãos de adultos, área da barba
(homens) e pernas
(mulheres).

⇒VERRUGA FILIFORME: representam 2%dos casos de verrugas: em geral são


lesões isoladas,
Ou pouco numerosas, semelhantes a espículas que surgem perpendicularmente
ou
Obliquamente à superfície cutânea. Áreas de predileção: face, pescoço e
comissurasda boca.

⇒VERRUGA ANO GENITAL: também chamada condiloma acuminado são


pápulas vegetantes, não
ceratósicas, rosadas e úmidas, que aumentam em número e coalescem formando
placas
vegetantesna mucosa da genitália masculina e feminina e ao redor do ânus.
Podem durar de poucas semanas a muitos anos. Até 70% das infecções genitais
pelo HPV podem ser
sub clínicas.

⇒EPIDERMO DISPLASIA VERRUCIFORME: é forma rara, causada por alguns


tipos de HPV em
Indivíduos com defeito na imunidade celular. Com o resultado, há disseminação
das lesões
verrucosas,em geral planas, e pela ação oncogênica dos vírus, desenvolvimento
de carcinomas,
principalmente em áreas expostas ao sol. Em cerca de 25%dos casos há
ocorrência familiar.
Inicia-se na infância ou na adolescência.

⇒CONDILOMA ACUMINADO GIGANTE DE BUSCHKEELOE WENSTEIN:ocorre


pelo crescimento
Exuberante das lesões, formando massas vegetantes em torno da glande, às
vezes obstruindo
A vulva e ou o ânus. Histologicamente, geralmente é um carcinoma espinocelular
bem
Diferenciado.
ETIOLOGIA:osvírusquecausamverrugaspertencemàfamíliaPapillomavirushumano
HPV(existemmaisde60tipos).

⇒VERRUGAVULGAR:HPV1,2,4,26-29.

⇒VERRUGAPLANTAR:HPV1,4e63.


⇒VERRUGAPLANA:HPV2,3,10,26-29e41.

⇒VERRUGAFILIFORME:HPV2,3,10,23-29e41.

⇒VERRUGAANOGENITAL:HPVnãoassociadosadisplasia6,11,30,43,44e55.HPVa
ssociados
aocâncer16,18,31,32,33,35,39,42,51-54.
RESERVATÓRIO:ohomem.
MODODETRANSMISSÃO:omododetransmissãoéatravésdocontatoentrepessoase,
algumas
vezes,indiretamente:tambémpodeserporautoinoculação.Pequenostraumatismospr
edispõem
àinfecção.Acredita-
sequecadanovalesãosejaresultadodeautoinoculação.0graudeinfectividade
éaltonasverrugasgenitais,emborahajapoucosvírusnessaslesõese,baixo,nasverruga
scomuns
eplantares,emboraasplantaresapresentemumagrandequantidadedevírus.Sãoconsi
derados
fatoresderisco:dermatiteatópica,imunossupressão,promiscuidade.Agravidezestimul
ao
crescimentodeverrugasecondilomaspré-
existentes.Parecehavertransmissãonousodepiscinas.
PERÍODODEINCUBAÇÃO:variade2a6meses.
PERÍODODETRANSMISSIBILIDADE:desconhece-se.Imagina-
sequeenquantohouverlesão.
COMPLICAÇÕES:disseminaçãoempacientessuscetíveiseimunodeprimidos.
DIAGNÓSTICO:clínico,epidemiológicoelaboratorial(Colpocitologia-
testedoacidoacético5%
-aplicadonaáreagenital,opacificaoepitéliodisplásicooumetaplásico-
imunohistoquímica:
tipagemviralatravésdabiópsiadepeleeempregodetécnicasdebiologiamolecular-
histopatologia).
DIAGNÓSTICODIFERENCIAL

⇒VERRUGASGENITAIS
•Condilomaplano:formalesõespápulo-erosivas,hipertróficasemaceradas,cordapele,
emáreasgenitaisouperianais.CausadapeloTreponemapallidumfazendopartedoperío
do
secundáriodasífilis.NessescasosoVDRLépositivo.
•Moluscocontagioso:dermatovirosequesemanifestaporpápulasperoladascom
depressãocentral.
•Carcinomaespinocelular:inicia-seporumapápulaquasesemprecomsuperfície
ceratásica,podendoevoluirparaumaúlceraouerosão,ouaindacomoumalesãovegetan
te
ouúlcero-vegetante.
•Papulosebownóide:clínicamenteaslesõesparecembenignasmasaoexame
histopatológico,encontram-
seatipiascelularesnaepiderme,estandofortementeassociada
aoHPV16.Sãopápulaspequenas,usualmentemúltiplas,àsvezespigmentadas,presen
tes
nassuperfíciescutâneasoumucosasdaregiãoanogenital:namaioriadasvezesháhistóri
a
detratamentoanteriordeverrugasgenitaiscompodofilina,quepossivelmenteestimula
aaçãooncogênicadosHPV.Aevoluçãoparacarcinomaéobservadaemmenosde5%do
s
casos.
•Coroahirsutadopênis(pápulasperoladas):minipápulas,hemisféricas,cônicasou
aplanadas,àsvezesfiliformes,localizadasnosulcobálano-
prepucialounacoroadaglande;
assintomáticas,rarasnacriançaefreqüentesnoadulto;nãonecessitamdetratamento.

⇒VERRUGASPLANAEVULGAR
•Líquenplano:pápulaspoligonais,achatadas,desuperfícielisa,brilhanteecorvermelho
violácea.Nasuperfícieháestriasoupontuaçõesesbranquiçadasemrede(estriasde
Wickham),geralmentetemdistribuiçãosimétrica;aslesõesmucosasocorremem11%
doscasos;podehaverprurido.
•Ceratoseseborréica:pápulascircunscritas,ligeiramenteelevadas,verrucosas,cujacor
variadocastanhoclaroaoescuro,recobertasporescamasaderentes,córneasegraxenta
s
que,quandoretiradas,mostramsuperfíciemamilonadaousulcada.
•Ceratoseactínica:lesõesmáculo-
papulosas,recobertasporescamasaderentes,secas,
duras,desuperfícieáspera,decoramarelaacastanhoescura,freqüentesnasáreasexpo
stas
àluzsolardepessoasidosasouadultosdemeia-idadedepeleclara.
•Carcinomaespinocelular:podeseapresentarcomoúlceraoucomolesãodecresciment
o
irregular,refratáriaaotratamentoparaverruga.
•Dermatosepapulosanigra:variantedaceratoseseborréica,ocorremaisemmulheres
negras,representadaporpápulaspretas,ligeiramenteelevadas,localizadasnaface,
particularmentenaregiãomalar.

⇒VERRUGASFILIFORMES
•acrocórdon:geralmentesurgenameia-
idade,quasesempreemmulhereseprincipalmente
noperíodopós-gravidez;pápulasfiliformesdacordapeleoucastanho-preta,
principalmentenopescoço,porçãosuperiordotroncoeaxilas.
TRATAMENTO

⇒OBSERVAÇÕESGERAIS:evitartratamentosagressivosquepodemresultaremdore
cicatrizes
inestéticas.Expectativadesucessode60-
90%,emqualquerformadetratamento,nãohavendo
nenhumestudonaliteraturamédicaatualquedemonstreaformamaisefetivadetratamen
to.


⇒TRATAMENTOTÓPICO
•Ceratolíticos:utilizadosparaverrugasvulgares,planas,palmareseplantares,
periungueais.Podemcausardor,ardor,erosãoouinflamação.
-
Ácidosalicilíco:principalagentequeratolíticoutilizadoemDermatologia,queexerce
essaaçãoemconcentraçõessuperioresà4%.Quandoemexcesso,absorvidopelapele,
podeproduzirquadrotóxico:nauseas,vômitos,dispnéia,tinidosealucinações.a)Ácido
salicílico16%:aplicarcompressascomáguamornaelixar;protegerapeleaoredorda
lesãocomvaselina,aplicaromedicamentoecobrircomesparadrapo.Aplicaçãodiária
atédesaparecimentodaslesões;b)Ácidosalicílico27'%:maisutilizadaparalesões
palmo-plantareseperiungueais;c)Ácidosalicílico40%:“patches”quesãoaplicados
sobrealesãocomcurativooclusivo,devendoserremovidosapós48h.Maisutilizado
paraverrugasplantares.
-
Podofilina:indicadaparacondilomasacuminados(verrugagenital)emsoluçãoalcoólica
a25%.Éumantimitóticoenãodeveserusadoemgestantes.
•Cáusticosquímicos:ácidonítricofumegante,ácidotricloroacético-50-75%.
•Eletrocauterização:combisturielétrico.
•Criocirurgia:comnitrogêniolíquido.
Observação:Excisãoesuturadaslesõesdevemserevitadaspeladisseminaçãodovírus.

⇒CIRÚRGICO:opçãoterapêuticaparacasosespecíficos(falhaterapêutica,verrugasfili
formes
eperiorificiais)edevemserreservadasparausononívelsecundárioouterciário.
CARACTERÍSTICASEPIDEMIOLÓGICAS:asverrugassãoencontradasem7a10%da
populaçãoe
podemocorreremqualqueridade,porémsãomaisfreqüentesemcriançaseadultosjoven
s.
OBJETIVOSDAVIGILÂNCIAEPIDEMIOLÓGICA:nãoseaplica.
NOTIFICAÇÃO:nãoédoençadenotificaçãocompulsória.
MEDIDASDECONTROLE:explicaraetiologiadadoença,enfatizandoquealgumaspes
soassão
maissusceptíveis.Orientarospacientesquantoaousoadequadodomedicamento(quan
dofor
possívelousodomiciliar)portratar-sedesubstânciacáustica.Orientarquantoaoriscoda
auto-
inoculação.Incentivarquefamiliarescomquadrosemelhanteprocuremoatendimento.
Desestimularusodeprodutospopularesagressivos,chamandoatençãoparaocaráter
auto-
limitadodadoença.Evitarusodepiscinas.Deveserexplicadoqueodesaparecimentoda
lesãonãosignificaaerradicaçãocompletadadoença.Asrecidivassãofreqüentes.Pacie
ntesdo
sexofemininocomverrugasgenitaisouparceirasdepacientesmasculinoscomverrugas
genitais
devemsermonitoradasanualmenteatravésdeexamecolpocitológicoeexameginecoló
gico
devidoaoriscodecâncerdotratogenitalcausadoporalgunstiposdevírus.Emcriançasco
m
lesõesanogenitais,deveserlevantadaapossibilidadedeabusosexual.

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