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Bioestimuladores,
Sculptra e
Skinbooster
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SUMÁRIO
BIOESTIMULADORES ........................................................................................ 3
SCULPTRA ........................................................................................................ 11
SKINBOOSTER ................................................................................................. 18
REFERÊNCIAS.................................................................................................. 34
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BIOESTIMULADORES
Os bioestimuladores ganharam popularidade no mercado dermatológico,
tendo como principal objetivo melhorar o aspecto cutâneo, agindo de forma ativa
nas camadas mais profundas da pele, além de também devolver o volume facial
perdido, através do estímulo a formação de novo colágeno dérmico. Os
bioestimuladores são classificados quanto à durabilidade e a absorção. Existe os
biodegradáveis, que tem sua absorção através de mecanismos fagocitários, existe
os semipermanentes, que possuem duração entre 18 meses e 5 anos.
Dentro dessa categoria estão o ácido Poli-L-láctico (PLLA), hidroxiapatita
de cálcio (CaHA), e a policaprolactona (PCL) e também existe o bioestimulador
classificado como não biodegradável, que não é fagocitado e permanece
indefinidamente no organismo. Nessa categoria está o polimetilmetacrilato
(PMMA).
ÁCIDO – POLI – L- LÁCTICO O PLLA (Sculptra® ou New-Fill®) é um polímero
biocompatível injetável, totalmente sintético composto por microparticulas
biodegradáveis e reabsorvíveis, que estimula a neogênese do colágeno.
COLÁGENO ELASTINA ÁCIDO HIALURÔNICO
O ácido-poli-l-láctico é um polímero sintético produzido a partir da
fermentação do açúcar proveniente do milho. É composto por micropartículas de
PLLA, que medem entre 40-63 μm de diâmetro. O ingrediente ativo do produto;
carboximetilcelulose de sódio, age como um emulsificante para melhorar a
reidratação e o manitol não pirogênico, ajuda na liofilização das partículas. O
mecanismo de ação do ácido poli-l-láctico para estimular a neocolagênese
começa com uma resposta inflamatória localizada. Uma vez injetado, as partículas
de PLLA através dessa inflamação atraem os macrófagos, linfócitos e fibroblastos.
Uma cápsula é formada em torno de cada microesfera à medida que o PLLA é
metabolizado, resultando no aumento da deposição das fibras de colágeno pelos
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fibroblastos, tendo como resultado final um aumento subsequente da espessura
dérmica. Após a aplicação, mudanças são visualizadas, correspondentes ao
volume do diluente, no entanto, as mudanças desaparecerão em 2-3 dias, até
absorção completa do diluente. Isto acontece porque o PLLA não é um
preenchedor, e sim um estimulador de colágeno do próprio hospedeiro.
As principais características do PLLA são:
✓ ele é imunologicamente inerte e biocompatível;
✓ é classificado como um preenchedor semipermanente; seus resultados
duram aproximadamente 24 meses;
✓ é um produto de degradação por hidrólise não enzimática, onde os
polímeros poliláticos - monômeros de ácido lático - dióxido de carbono
(CO2) e água (H2O), são eliminado totalmente do corpo através da urina,
fezes e sistema respiratório, é imunologicamente inerte e biocompatível
pois possuímos esse produto naturalmente no nosso organismo.
O PLLA é apresentado comercialmente como um pó liofilizado (sem
partículas de água) em frasco estéril. O fabricante recomenda usar 5 mL de água
destilada para cada frasco, e manter em repouso por pelo menos 2 horas lá um
estudo feito por Schierle e Casas (2011), e Rendon (2012), recomendam tempo
de repouso e diluições maiores, para redução na nodularidade, injeção mais fácil,
distribuição mais uniforme do produto e menor risco de obstrução da agulha.
O plano de aplicação deve ser selecionado corretamente, para o sucesso
do tratamento – supraperiosteal, subdérmico e subcutâneo. É aplicado no plano
supraperiosteal em áreas com suporte ósseo, no subcutâneo onde não houver
alicerce ósseo, e subdérmico em casos de frouxidão da pele.
O resultado de um tratamento varia entre quatro e seis meses. Sendo
assim, deve-se usar a regra de “tratar, esperar e avaliar”, devendo respeitar
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intervalos de 4 a 6 semanas entre as sessões, para diminuir o risco de efeitos
adversos.
As principais indicações de uso do PLLA são:
✓ lipoatrofia facial associada ao Vírus da Imunodeficiência Humana
(HIV);
✓ harmonização orofacial;
✓ cicatrizes de acne;
✓ pacientes que precisam de uma bioestimulação tridimensional e que
buscam resultados sutis, com aspecto natural.
Algumas áreas da face não são indicadas para aplicação do PLLA: lábios,
regiões perioral, periorbitária e frontal, pois são locais de grande mobilidade
muscular, acarretando o acúmulo do produto. A aplicação do PLLA pode gerar
hematomas, eritema, edema no local da injeção, nódulos e pápulas são mais
frequentes, mas relativamente pequeno, estando relacionados a considerações
técnicas, como acúmulo do material, devido reconstituição inadequada, técnica de
injeção em um plano superficial, localização ou falta de cuidados pós-
procedimento. Todo profissional que trabalha com PLLA deve lembrar sempre de
não fazer associação com preenchedores permanentes pois a mesma é
contraindicada devido grande risco de formação de granulomas.
HIDROXIAPATITA DE CALCIO
A hidroxiapatita de cálcio (CaHA) é um bioestimulador de colágeno injetável
sintético, conhecido no Brasil pelos nomes comerciais (Radiesse®) e (Rennova®
Diamond Lido) ambos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa).
A composição da CaHA consiste em: 30% de microesferas sintéticas e
uniformes de hidroxiapatita de cálcio, variando seu tamanho entre 25 e 45 μm de
diâmetro, e 70% de um gel transportador aquoso, composto por
carboximetilcelulose de sódio, água estéril e glicerina. Quando realizado o
procedimento há uma correção imediata no local, onde o gel carreador começa a
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ser dissipado de forma gradual cerca de 2 a 3 meses após a aplicação, deixando
apenas as microesferas, as quais além de induzirem a uma resposta fibroblástica,
estimulando a formação de novo colágeno, atuam como um arcabouço de
sustentação para os novos tecidos formados. A Hidroxiapatita de Calcio é
produzida naturalmente no corpo humano. Encontrada nos dentes e ossos, e por
esse motivo é considerada um produto biocompatível, com alto grau de
segurança, devido baixa resposta inflamatória. CaHA apresenta alta
viscoelasticidade, o que significa que após a aplicação o material preenchedor
permanecerá no local da injeção, sem que haja migração para outras áreas.
É considerada um preenchedor semipermanente – com duração média de
12 a 18 meses, podendo ser observado até 24 meses. Além dessas
características, é um produto biodegradável, sendo eliminado pelo organismo
através da fagocitose por macrófagos, que decompõem as microesferas em íons
de cálcio e fosfato, eliminando na urina.
A hidroxiapatita de cálcio é comercializada pronta para uso, em seringas
descartáveis de 0,8 mL e 1,5 mL, não necessitando de manuseio especial, sendo
recomendado pelo fabricante a homogeneização do produto. Alguns fabricantes
recomendam que no momento da homogeinização feito com seringa e torneirinha
de três vias seja acrescentado lidocaína 2% sem vaso para tornar a aplicação
mais agradável e solução fisiológica a 0,9% estéril e injetável. Essa
homogeneização é realizada com o auxílio de um conector Luer Lock, sendo
recomendado no mínimo de 15 a 20 movimentos de mixagem. CaHA, deve ser
injetada na derme média ou profunda, sendo assim injeções dérmicas
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intradérmicas ou superficiais não são recomendadas, devido grande risco de
causarem nódulos visíveis na derme superficial.
Os resultados devem ser alcançados de forma gradual ao longo de várias
sessões. As principais indicações de uso da hidroxiapatita de cálcio são:
✓ criar volumes e preencher locais que necessitam de reparo.
✓ Rugas e dobras nasolabiais,
✓ Lipoatrofia facial associada ao HIV;
✓ Correção de sulcos moderados a graves na área da face, área nasal,
comissura labial, rugas peribucais, malar/ zigomático, contorno mandibular, região
temporal, terço médio da face, prega mentoniana, mento e mãos.
✓ Cicatrizes de acne. As regiões de contraindicação são: glabela, área
periorbicular e lábios.
Por possuir uma tendência de mover-se facilmente em áreas de extrema
mobilidade, é muito comum a formação de nódulos não inflamatórios na região do
músculo orbicular da boca e músculos orbiculares dos olhos. CaHA não é indicada
para combinações de tratamentos com preenchedores permanentes, como
silicone e polimetilmetacrilato. Após a aplicação é possível o aparecimento de
hematomas, edema, eritema e dor, os quais são resolvidos espontaneamente em
1 a 5 dias, estando relacionados à injeção. Formação de nódulos, granulomas,
celulite e necrose foram relatados, e assim como em todos os preenchedores
dérmicos, parte desses eventos adversos podem ser evitados com planejamento
e técnica adequada.
HIALURONATO DE SÓDIO
O ácido hialurônico (AH) é um glicosaminoglicano de cadeia linear,
hidrofílico, poliiônico de elevado peso molecular. É encontrado na matriz
extracelular de diversos tecidos conjuntivos, incluindo a cartilagem articular e o
liquido sinovial. Há, portanto, fragmentos de colágeno e proteoglicanos, além de
leucotrienos e citocinas dispersos no fluido articular. Isso gera uma resposta
inflamatória na membrana sinovial e no ligamento capsular, o que leva a uma
limitação de movimento articular, podendo ou não ser seguida de dor. É o principal
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glicosaminoglicano da MEC. Possui como funções principais manutenção da
Hidratação cutânea (responsável pelo viço e o turgor da pele); O ácido hialurônico,
assim como a síntese de colágeno e elastina, diminuiu progressivamente no
decorrer da vida e isto é a causa de várias das manifestações clinicas do
envelhecimento da pele. Há mais de uma década, utiliza-se um ácido hialuronico
cross-lonkado (reticulado) para realização de preenchimentos e aumentos
volumétricos faciais temporários. O efeito deste deve-se justamente ao poder
higroscópio do AH; Desde 2008, com inicio na Europa, passou se a usar o ácido
Hialurônico não reticulado intradérmico, não com a finalidade de preenchimento
cutâneo, mas sim de reposição deste constituinte dérmico imprescindível. A
aplicação do ácido hialurônico não reticulado para bioestimulo de colágeno pode
gerar: ✓ reações inflamatórias, ✓ pequenos hematomas e/ou equimoses, ✓
abscessos nos sítios de aplicação, ✓ edema persistente e granulomas, que
podem ser causados por alergia ao material ou por resposta imunológica aos
componentes proteicos presentes nas preparações de ácido hialurônico, e podem
ser tratados com injeção local de hialuronidase.
SILICIO ORGÂNICO
Entende-se que o silício é o oligoelemento responsável por regularizar o
metabolismo celular e está presente no colágeno, que juntamente com a elastina
e as glicoproteínas são responsáveis pela sustentação da derme. Com o passar
dos anos, o silício deixa de ser sintetizado pelo organismo, o que resulta na
necessidade de reposição pelas áreas farmacêutica e cosmética. O oligoelemento
silício é capaz de regenerar os tecidos, recobrando seu tônus e sua elasticidade,
pois possui o elemento catalisador necessário para relançar o fibroblasto.
Também é capaz de estimular e acelerar a síntese de colágeno e elastina.
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Associações de ácido hialurônico não reticulado com Silício orgânico são muito
utilizadas para bioestímulo.
MATERIAIS UTILUZADOS
Para trabalhar com bioestimuladores além dos descartáveis e da
clorexidine para antissepsia precisamos ter:
✓ Seringa de 1 e 3 ml
✓ Lidocaína 2% sem vaso.
✓ Soro fisiológico 0,9%
✓ Agulha 22 G para pertuito
✓ Agulha 30G para aplicar lidocaína.
✓ Cãnula 22 -25 G
✓ Torneira de 3 vias para homogeneizar.
TECNICA DE APLICAÇÃO
Para aplicação do PLLA e da hidroxiapatita de cálcio utilizamos a Técnica
de Leque com cânula e para associação do Ácido hialurônico com o silício
utilizamos a técnica de pápulas superficiais.
REFERENCIAS
BOGART, Bruce I, ORT, Victória H. Anatomia e Embriologia. Rio de Janeiro,
Elsevier, 2008.
HANSEN, John T. Netter Anatomia Para Colorir. Rio de Janeiro, Elsevier, 2010.
HARRIS, Maria I. DE C. Pele do nascimento a maturidade. São Paulo: Senac,
2016.
Miranda LHS. Ácido poli-L-lático e hidroxiapatita de cálcio: melhores indicações.
In: Lyon S, Silva RC. Dermatologia estética: medicina e cirurgia estética. Rio de
Janeiro: MedBook; 2015. p. 267-80.
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Monteiro EO, Parada MOB. Preenchimentos faciais – parte um. Rev Bras Med.
2010 jul;67(Suppl 4):6-4.
Sharabi SE, Hatef DA, Koshy JC. Mechanotransduction: the missing link in the
facial aging puzzle? Aesth Plast Surg. 2010;34(5):603-11. doi: 10.1007/s00266-
010-9519-5
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SCULPTRA
Introdução
O envelhecimento cutâneo é um processo contínuo que afeta a função da
pele e aparência. Neste processo, ocorre a modificação do material genético e a
proliferação celular diminui, resultando em perda da elasticidade, diminuição do
metabolismo e da replicação dos tecidos. Uma das principais razões apontadas
pelos pesquisadores como, responsável pelo processo de envelhecimento é o
desequilíbrio do mecanismo de defesa antioxidante do organismo humano.
O processo de envelhecimento cutâneo compreende a uma série de
modificações que atuam em conjunto, resultando em várias alterações na
arquitetura facial diminuindo progressivamente a capacidade de homeostase do
organismo, resultantes de fatores intrínsecos e extrínsecos.
O envelhecimento intrínseco pode também ser chamado de verdadeiro ou
cronológico, sendo aquele já esperado e inevitável. As alterações desse
envelhecimento estão diretamente ligadas ao tempo de vida do ser humano.
Ocorre por fatores genéticos e mudanças hormonais (menopausa), gerando
atrofia da pele, ressecamento, flacidez, alterações vasculares, rugas e diminuição
da espessura da pele.
Já o extrínseco pode ser denominado também de fotoenvelhecimento, no
qual as alterações surgem em longo prazo e se sobrepõe ao envelhecimento
intrínseco. Esse processo ocorre tanto em decorrência à exposição solar e a ação
dos raios ultravioleta, quanto por hábitos alimentares e vícios (fumo, álcool e/ou
drogas ilícitas). O processo de fotoenvelhecimento é decorrência da radiação UV,
a qual propicia a formação de radicais livres no organismo, causando um estresse
oxidativo, alterando o metabolismo, que por consequência favorece a degradação
das fibras de colágeno e elastina, gerando um envelhecimento precoce,
aumentando também as chances de lesões malignas ou não.
O envelhecimento não pode ser avaliado por rugas exclusivamente, porém,
estas, com certeza demonstram o início do processo. Além deste fator podemos
observar também a perda do viço e alteração da tonalidade da pele, diminuição
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da elasticidade devido à redução do número de fibras elásticas e de outros
componentes do tecido conjuntivo. Esteticamente, o processo de envelhecimento
cutâneo é bastante significativo. As agressões externas danificam o manto
hidrolipídico e o fator natural de hidratação da pele, deixando por consequência a
pele desprotegida, acelerando o processo de envelhecimento, causando perda e
reposicionamento da gordura facial, gerando o aparecimento de rugas.
Podemos observar também algumas outras alterações morfológicas no
processo de senescência:
− Diminuição da substância fundamental (proteínas);
− Engrossamento das fibras colágenas e uma alteração nas fibras elásticas;
− Atrofia do tecido adiposo cutâneo;
− Atrofia muscular;
− Diminuição das glândulas sebáceas em número e função;
− Camada córnea fica mais permeável;
− Atrofia dos melanócitos;
- Perda óssea.
O rejuvenescimento facial mudou do simples apagamento de rugas e
estiramento cirúrgico para um enfoque em que se faz o relaxamento muscular e
volumização com restauração do contorno facial.
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O que são bioestimuladores
Bioestimuladores são substâncias que são capazes de aumentar a
produção do colágeno natural, melhorando assim a aparência e textura da pele
da face e corpo.
O colágeno é uma proteína que torna a pele mais firma e aumenta a sua
elasticidade; a medida que envelhecemos, a produção de colágeno diminui e isso
acaba culminando no aparecimento de rugas e flacidez.
Os bioestimuladores podem ser utilizados na face e corpo, em diversas
regiões como pescoço, colo, abdômen, coxas, braços, glúteos e também no
tratamento das celulites.
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Os bioestimuladores são indicados para pessoas com pele fina e frágil,
para pessoas com o rosto com aspecto encovado e emagrecido (como pessoas
que malham bastante, devido a dietas ou pacientes pós bariátricos), pacientes
que querem melhorar a flacidez corporal ou celulite (FEG).
Os bioestimuladores tornam a pele mais espessa e firme, produzindo
resultados naturais. Seus efeitos podem ser observados até 2 anos depois da
última aplicação. É importante que o paciente receba massagens vigorosas após
a aplicação, e o produto sempre deixara um inchaço nas áreas aplicadas, que irá
progredir e dará espaço a produção de fibras de colágeno e elastina,
restabelecendo os volumes iniciais.
Ácido Poli-L-Lático (Sculptra®)
O ácido poli-l-lático, conhecido comercialmente como Sculptra® é um
preenchimento que provoca reações nos fibroblastos da pele que iniciam um
processo de formação de colágeno, ocorrendo reconstrução de substância
fundamental da derme.
O ácido poli-l-láctico, a forma cristalina do ácido poliláctico, é um polímero
sintético injetável da família dos alfa-hidroxiácidos, de natureza anfifílica,
biocompatível e biodegradável; o polímero é utilizado há muitos anos em fios de
sutura absorvíveis e em nanopartículas para controle de liberação de fármacos.
Seus efeitos clínicos se devem ao estímulo de uma respostainflamatória
controlada desejada, que leva à lenta degradação do material e culmina com a
deposição de colágeno no tecido.Uma vez injetado na pele, ocorre resposta
inflamatória local subclínica, com recrutamento de monócitos, macrófagos e
fibroblastos. Uma cápsula é formada em torno de cada microesfera
individualmente. À medida que o ácido poli-l-láctico é metabolizado, permanece a
deposição aumentada de colágeno produzida pelo fibroblasto, com consequente
aumento da espessura dérmica.
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A degradação lenta do produto em glicose e CO 2 permite planejar melhor
o tratamento. Os efeitos estéticos perduram por 18 a 24 meses. O ácido poli-l-
láctico é degradado por hidrólise, seguida pelo processo de oxidação do ácido
láctico, que por sua vez é convertido em ácido pirúvico. Na presença da acetil-
coenzima A, ocorre liberação de CO2 e, consequentemente, decomposição em
citrato, que é incorporado ao ciclo de Krebs e resulta na formação de CO2 e água,
podendo sua eliminação ser feita através da urina, fezes e respiração. Nenhuma
quantidade significativa de resíduos da degradação é encontrada em órgãos
vitais, e o produto é completamente eliminado em cerca de 18 meses.
O produto é indicado para:
- Flacidez facial;
- Flacidez corporal de regiões como: braços, glúteos, coxas, axilas, flacidez de
mãos, flacidez abdominal (após perda grande de peso e gravidez);
- Flacidez de pescoço e colo;
- Tratamento de sulcos nasogenianos e labiomentual (bigode chinês e marionete);
- Tratamento de celulite (FEG);
- Perda notável de gordura subcutânea do rosto (emagrecimento facial) e da
região temporal, devido a dietas, acidente ou doenças crônicas (inclusive HIV).
O produto é um pó liofilizado branco e deve ser reconstituído 2 horas a 72
horas da utilização, utilizando água para injetáveis estéril.
As aplicações podem ser realizadas em leque ou pontuais, devem ser sempre
aplicados em derme profunda. Não é recomendado realizar super correções pois
o produto irá expandir em até 14 dias, caso seja necessário retoque, deve ser feito
de 3 a 5 semanas após a aplicação inicial.
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Os efeitos imediatos as aplicações incluem dor no local, inchaço, eritema e
possíveis hematomas. É recomendado realizar massagens leves por 5 dias (3 a
5 vezes por dia) na região aplicada para evitar formação de nódulos palpáveis.
As contraindicações são:
- Gravidez ou amamentado;
- Pacientes portadores de artrite reumatóide e suas variantes;
- Lupus Eritematoso Sistêmico;
- Esclerodermia;
- Dermatomiosite / Polimiosite;
- Síndrome de Sjogren;
- Infecção na região a ser tratada;
- Distúrbios de coagulação sanguínea;
- Uso habitual de tratamentos que contenham anticoagulantes;
- Uso habitual de AAS, aspirina, ibuprofeno, ginkgobiloba durantes os últimos 7
dias.
Os principais efeitos adversos após a aplicação:
- Pápulas, nódulos e granulomas;
- Infecções;
- Fenômenos vasculares.
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REFERÊNCIAS
AZULAY, D. R.; AZULAY, R. D. Dermatologia. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2004.
BADIN, AZD. Cirurgia da face e procedimentos ancilares. In: Cirurgia plástica.
São Paulo: Atheneu; 2005.
FONSECA, A.; SOUZA, M. E. Dermatologia clínica. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1984.
KUSZTRA, E.J.; Rejuvenescimento Facial Não Cirúrgico Básico. Rio Grande
do Sul: Graffoluz, 2017.
MAIO, M. Tratado de medicina estética. v.1 e v.3, São Paulo: Roca, 2004.
YAMAGUCHI, C. Procedimentos estéticos minimamente invasivos. ed.
Santos, 2005.
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SKINBOOSTER
O processo de envelhecimento e atrofia da pele
O envelhecimento cutâneo é um processo contínuo que afeta a função da
pele e aparência. Neste processo, ocorre a modificação do material genético e a
proliferação celular diminui, resultando em perda da elasticidade, diminuição do
metabolismo e da replicação dos tecidos. Uma das principais razões apontadas
pelos pesquisadores como, responsável pelo processo de envelhecimento é o
desequilíbrio do mecanismo de defesa antioxidante do organismo humano.
O processo de envelhecimento cutâneo compreende a uma série de
modificações que atuam em conjunto, resultando em várias alterações na
arquitetura facial diminuindo progressivamente a capacidade de homeostase do
organismo, resultantes de fatores intrínsecos e extrínsecos.
O envelhecimento intrínseco pode também ser chamado de verdadeiro ou
cronológico, sendo aquele já esperado e inevitável. As alterações desse
envelhecimento estão diretamente ligadas ao tempo de vida do ser humano.
Ocorre por fatores genéticos e mudanças hormonais (menopausa), gerando
atrofia da pele, ressecamento, flacidez, alterações vasculares, rugas e diminuição
da espessura da pele.
Já o extrínseco pode ser denominado também de fotoenvelhecimento, no
qual as alterações surgem em longo prazo e se sobrepõe ao envelhecimento
intrínseco. Esse processo ocorre tanto em decorrência à exposição solar e a ação
dos raios ultravioleta, quanto por hábitos alimentares e vícios (fumo, álcool e/ou
drogas ilícitas). O processo de fotoenvelhecimento é decorrência da radiação UV,
a qual propicia a formação de radicais livres no organismo, causando um estresse
oxidativo, alterando o metabolismo, que por consequência favorece a degradação
das fibras de colágeno e elastina, gerando um envelhecimento precoce,
aumentando também as chances de lesões malignas ou não.
O envelhecimento não pode ser avaliado por rugas exclusivamente, porém,
estas, com certeza demonstram o início do processo. Além deste fator podemos
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observar também a perda do viço e alteração da tonalidade da pele, diminuição
da elasticidade devido à redução do número de fibras elásticas e de outros
componentes do tecido conjuntivo. Esteticamente, o processo de envelhecimento
cutâneo é bastante significativo. As agressões externas danificam o manto
hidrolipídico e o fator natural de hidratação da pele, deixando por consequência a
pele desprotegida, acelerando o processo de envelhecimento, causando perda e
reposicionamento da gordura facial, gerando o aparecimento de rugas.
Podemos observar também algumas outras alterações morfológicas no
processo de senescência:
− Diminuição da substância fundamental (proteínas);
− Engrossamento das fibras colágenas e uma alteração nas fibras elásticas;
− Atrofia do tecido adiposo cutâneo;
− Atrofia muscular;
− Diminuição das glândulas sebáceas em número e função;
− Camada córnea fica mais permeável;
− Atrofia dos melanócitos.
O rejuvenescimento facial mudou do simples apagamento de rugas e
estiramento cirúrgico para um enfoque em que se faz o relaxamento muscular e
volumização com restauração do contorno facial.
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Radicais Livres
No que diz respeito ao envelhecimento, o inimigo número um não é o tempo,
mas, sim as ocupadíssimas e destruidoras moléculas chamadas radicais livres. A
produção de radicais livres está vinculada à quebra da paridade da órbita externa
das moléculas por agentes externos (poluição, raios ultravioletas, raios X, etc.),
ou por reações internas do organismo. Na reparação desses danos causados
pelos radicais livres o organismo providência neutralizações através de enzimas
específicas. Chamamos de antioxidantes, existindo uma ampla categoria dos
mesmos, que podem ser relacionados, como os polifenóis, vitamina C, E e A,
selênio, cobre, zinco, coenzima Q10. Existindo muitos desses elementos na
natureza, embora hoje a indústria farmacêutica já disponha de muitas substâncias
e ativos utilizados como suplementos com o objetivo de prevenir o aparecimento
de patologias. A formação dor radicais livres ocorre no interior de nossas células,
através de reações bioquímicas do organismo (metabolismo), sendo estes,
verdadeiros produtos de descarte. Os radicais livres são perigosos porque
representam moléculas altamente instáveis (não estão equilibradas do ponto de
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vista dos elétrons) e reativas em relação às moléculas normais. E na tentativa de
manter sua estabilidade roubam o elétron de outras moléculas ou átomos, como
gorduras, proteínas, DNA, causando muitos danos.
Avaliação clínica do envelhecimento
As rugas são os sinais mais evidentes do envelhecimento facial; são
depressões dermo-epidérmicas, causadas principalmente pelo sol
(fotoenvelhecimento), envelhecimento intrínseco e pela influência de fatores
como: força gravitacional, movimentos musculares repetidos da mímica facial,
desorganização de fibras colágenas e elásticas e pela perda progressiva de
glicosaminoglicanos.
O envelhecimento cutâneo começa a ser observado com a presença de
rugas finas a partir dos 30 anos. Além do fator cronológico, as exposições
prolongadas ao sol aceleram o processo de envelhecimento. As áreas mais
expostas da pele aos raios ultravioletas, sem a utilização de fator de proteção,
apresentam manchas de hiperpigmentação. Verificamos também a diferença na
cor rosada e vigorosa da pele normal de encontro com a pele envelhecida, que é
seca, escamosa, amarelada e apresenta rugas.
Esses sinais são consequências do processo fisiológico de declínio das
funções do tecido conjuntivo. Esse declínio faz com que as camadas de gordura
sob a pele não consigam manter-se uniformes e a degeneração das fibras
elásticas, aliada à menor velocidade de troca e oxigenação dos tecidos provoca a
desidratação da pele resultando em rugas.
2 – Conceito e tipos de Skinbooster
O termo booster significa intensificador ou impulsionador, o conceito do
skinbooster foi desenvolvido com o objetivo de repor na pele o colágeno e o ácido
hialurônico, além de outras substâncias e fibras responsáveis pela firmeza, tônus,
elasticidade e hidratação da pele que diminuem com a idade, sendo que a perda
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dessas substâncias é responsável pelo surgimento de rugas finas e pela perda do
viço na pele.
O skinbooster veio com uma proposta de atingir e repor em quantidades
suficientes essas perdas nas camadas mais profundas na pele, já que os cremes
e loções usados para este fim tem um limite de penetração inferior ao skinbooster,
que é injetado na pele, promovendo uma hidratação de dentro para fora, graças a
aplicação de ácido hialurônico presente na sua formulação.
O skinbooster foi especialmente desenvolvido para a hidratação da pele e os
diferentes tipos desse preenchedor de ácido hialurônico irão aumentar e repor o
volume perdidos.
Porém, é importante ressaltar que os skinboosters não aumentam o volume e
nem preenchem sulcos, mas devolvem o brilho, a maciez e a hidratação da pele,
além de suavizar linhas finas e de áreas especiais, como pescoço, pálpebras e
dorso das mãos.
As diferenças de tipos de skinbooster estão relacionados quanto a composição
do produto.
Tipos de Skinbooster
Dentre os tipos de skinbooster, temos disponível no mercado produtos
somente a base de ácido hialurônico, hialuronato de sódio ou conjugado a outros
fatores.
Ácido hialurônico é um polissacarídeo essencial que forma parte da matriz
extracelular (MEC) e se encontra abundantemente no cordão umbilical,
articulações e no humor vítreo dos olhos. É sintetizado predominantemente por
células mesenquimais e é o único entre a família dos glicosaminoglicanos que não
está unido covalentemente a proteínas. O ácido hialurônico nativo existe como um
polímero de alto peso molecular e se une a proteoglicanos para proporcionar a
integridade dos tecidos e forma uma matriz para a migração celular. O ácido
hialurônico também é encontrado em áreas de inflamação, angiogênese e
cicatrização em forma de polímeros de menor tamanho. Por isso é importante
conhecer o tamanho do ácido hialurônico para interpretar sua funcionalidade.
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- Hialuronato de sódio é um polissacarídeo ou polímero estável que forma parte
do grupo dos glicosaminoglicanos e se difere do ácido hialurônico a nível
molecular, pois o hialuronato é unido a sal de sódio, podendo ser chamado de sal
sódico de ácido hialurônico e no organismo são praticamente iguais. Uma das
características e propriedades desta substância é que o corpo absorve
normalmente duram entre 25 e 30 dias a partir do momento em que é
administrada. A sua absorção seja qual for a via pela qual ele entrou acaba sendo
assimilado sem efeitos colaterais .
- NCTF é uma fórmula exclusiva de ácido hialurônico não reticulado mais 55 ativos
nutritivos para a derme. O ácido hialurônico tem ação higroscópica por meio da
fixação de uma grande quantidade de água através da criação de hidrogênio e
ligações de água mais ação sobre a proliferação celular e angiogênese. O ácido
hialurônico é um elemento indispensável para o equilíbrio viscoelástico da derme
e epiderme. Além disso possui 13 vitaminas (vitamina A, B, C e E), 23 aminoácidos
(ação sobre a síntese protéica pelos fibroblastos), 6 coenzimas (ação catalítica no
organismo frente as reações metabólicas, reduzindo a energia necessária para as
reações; estes ativadores bioquímicos aumentam a velocidade de construção dos
tecidos), 5 ácidos nucléicos (permitem comandar e regular a síntese de proteínas),
6 minerais (ação de íons em centenas de reações enzimáticas que são essenciais
para as funções celulares) e 2 agentes redutores (são substâncias que podem
facilmente perder um ou mais elétrons, portanto interrompem as reações de
oxidação de radicais livres da derme e células da epiderme.
- MMI (MonometilTrissilanol) é um estimulador do tecido conjuntivo e
modificador qualitativo e quantitativo da elastina. Tem ação inibitória sobre os
ácidos graxos insaturados, sobre os peróxidos e sobre a destruição do colágeno
e da elastina. Importante se atentar a pacientes alérgicos a salicilatos, pois é a
principal contra-indicação.
- Volite®: é um ácido hialurônico injetável produzido usando a exclusiva
tecnologia Vycross™ e é um tratamento injetável projetado para melhorar a
qualidade da pele por até 9 meses. Vycross™ é uma que tecnologia utiliza uma
combinação inovadora de ácido hialurônico de baixo e alto peso molecular para
melhorar a eficiência de ligação cruzada de cadeias de ácido hialurônico.
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Composição e mecanismo de ação
O ácido hialurônico é um glicosaminoglicano constituído por resíduos de ácido
glucurônico e N-acetilglucosamina. Os glicosaminoglicanos são polissacarídeos
complexos, moléculas muito ácidas, que possuem numerosas cargas negativas e
atraem grandes quantidades de sódio e ao mesmo tempo de água; mediante este
processo aumenta a turgência da matriz extracelular, ou seja, aumenta o volume
da matriz extracelular. São os responsáveis pela capacidade de hidratação da
derme e também da turgência e elasticidade da pele.
O ácido hialurônico é diferente de outros polissacarídeos porque não tem
forma definida, mas que formam malhas que são encarregadas de reter grande
quantidade de água. Se extende aleatoriamente ocupando um volume muito
grande devido à repulsão eletrostática de seus grupos carboxila, motivo pelo qual
clinicamente cada pilar de ácido hialurônico favorece a nutrição dos limites da pele
tratada.
O ácido hialurônico tem uma rápida troca no tecido dos mamíferos cuja
eliminação depende, em parte, do sistema linfático e de um receptor tipo
scavenger (HARE) para sua degradação pelas células endoteliais. A nível celular
há um equilíbrio entre a produção de ácido hialurônico por sintetasas específicas
e sua destruição por hialuronidasas.
A enzima hialuronidase é responsável por hidrolisar o ácido hialurônico,
reduzindo assim a viscosidade da substância fundamental dos tecidos.
O ácido hialurônico se utiliza em sua forma entrecruzada e está indicado para
correção de linhas, rugas, sulcos, aumento de lábios, entre outros. Durante o
período de tempo que permanece no organismo, ativa e nutre as fibras de
colágeno, melhorando clinicamente a flacidez e o tônus da pele.
Quando se utiliza o ácido hialurônico em sua forma linear, sua indicação
específica é para revitalização cutânea, recuperando porcentagens altas de ácido
hialurônico endógeno na derme envelhecida. Neste caso se aplica na derme
superficial e média, mediante técnica de pápula.
O processo de síntese de ácido hialurônico denominado NASHA (No Animal
StabilizedHyaluronicAcid) consiste na estabilização da molécula de ácido
hialurônico, que fica menos de 1% de diferença da molécula naturalmente
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encontrada no corpo humano, aumentando sua biocompatibilidade e prolongando
sua durabilidade. O maior diferencial do NASHA em relação aos produtos
similares é que estes utilizam o ácido hialurônico reticulado, em que o grau de
modificação varia de 18% a 25%. Quanto mais alto esse percentual, maior a
probabilidade de reações adversas ao implante.
NASHA elimina a possibilidade de transmissão de doenças autoimunes, o que
não acontece com os ácidos hialurônicos de origem animal, e torna possível que
o implante tenha efeito por mais tempo. Ao contrário do resto da gama de NASHA
que tem diferentes tamanhos de partículas tendo de ser aplicado em planos
anatômicos específicos para diferentes níveis de correção o Skinbooster é uma
formulação sem partículas.
Mecanismo de ação
O ácido hialurônico injetado tem uma característica bioquímica fundamental:
higroscopia. Ele “puxa” água do meio externo e hidrata intensamente a pele. A
ponto de suavizar linhas de expressão de maneira acentuada.
O skinbooster é um ácido hialurônico de tecnologia gel NASHA, aplicado na
derme para rejuvenescer e melhorar a qualidade da pele como: hidratação,
firmeza e estímulo de colágeno.
O ácido hialurônico, componente natural e abundante de nossa pele, restaura
e mantém o equilíbrio hídrico da pele, melhora a elasticidade e estrutura da pele
envelhecida. Algumas marcas de skinboosters agem como um reservatório de
hidratação intensa e duradoura, dentro da pele, deixando-a suave e macia, com
brilho e turgor.
Se a necessidade é suavizar as marcas de expressão, atenuar linhas e
sulcos, suavizar rugas ou melhorar o contorno facial, pescoço, colo, lábios ou até
dorso das mãos, o skinbooster pode ser a opção eficaz e em pouco tempo (1-2
meses) é perceptível evidente melhora e longa duração.
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Melhora progressiva da pele após aplicação do skinbooster.
Indicações
O skinbooster é um produto estéril, de uso único, indicado para aplicação na
derme superficial ou na junção dermo-epidérmica, a ser efetuada por profissional
habilitado capacitado, com a finalidade de promover a hidratação da pele.
O skinbooster se apresenta numa forma de gel injetável, indicado para
promover reidratação do tecido cutâneo e a correção da elasticidade da pele,
podendo ser aplicado no rosto, pescoço, colo e dorso das mãos.
Também irá atuar na suavização de linhas de expressão que acusam o
envelhecimento, dando um aspecto mais jovem através da aplicação na região
desejada. Usado também para suavizar olheiras e amenizar as cicatrizes de acne.
Vantagens
• Benefício para pacientes que não querem ser tratados com implantes
injetáveis permanentes;
• Procedimento rápido, de não mais de 30 minutos, que dispensa internação;
• Resultados perceptíveis imediatamente com injeção de pequenos volumes;
• Não é necessário afastar-se das atividades habituais e pode ser realizado
em qualquer época do ano.
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Locais de Aplicação
As áreas a serem tratadas são geralmente rosto, pescoço, colo e dorso das
mãos.
Os Skinboosters até podem suavizar os vincos e pequenas rugas, bem
finas, principalmente ao redor dos lábios e ao redor dos olhos. Eles possuem
partículas menores e menor concentração do que os preenchedores de ácido
hialurônico usados para preenchimento de sulcos e terço médio da face.
Pele antes do skinbooster Pele depois do skinbooster
Métodos de aplicação
O produto deve ser aplicado por profissional habilitado e capacitado. O
volume de aplicação varia de acordo com o procedimento e o paciente.
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O tratamento consiste em uma sequencia de aplicações na derme
superficial ou na junção dermo-epidérmica. A quantidade de aplicações é definida
de acordo com a área a ser tratada ou conforme critério do profissional.
O produto deve ser aplicado na pele íntegra, isenta de inflamações e
previamente desinfetada. Pode ser aplicado creme anestésico no local da
aplicação para melhor conforto do paciente.
O produto pode vir pronto para utilização na seringa, não sendo necessária
diluição, ou em frasco para aspiração e posterior utilização (pronto para utilizar,
sem necessidade de diluições). Deve-se selecionar a agulha (13x30) a ser
utilizada conforme local de aplicação; afixá-la correta e firmemente na seringa
contendo o produto.
Proceder com a assepsia da pele no local da aplicação; retirar a tampa de
proteção da agulha e retirar o ar contido na mesma, pressionando
cuidadosamente o êmbolo até que seja visível uma gotícula de produto na ponta
da agulha.
Não é recomendado dobrar a agulha para evitar que a mesma quebre no
momento da aplicação no paciente.
O produto deve ser aplicado na derme superficial ou na junção dermo-
epidérmica. Se realizada injeção superficial ou de um volume elevado, poderá
ocorrer inchaço no local do tratamento (pápula). Deve-se ter cuidado, pois uma
injeção demasiadamente profunda pode causar o depósito do produto na gordura
epidérmica.
- Dérmico superficial: só entra a lança do bizel da agulha
Pode ser aplicado utilizando essa técnica de micro-injeções (ou nappage) ou
micro pápulas. Para o rosto é recomendado a utilização da técnica de micro
pápulas, através de uma série dupla de injeções paralelas, sendo as duas séries
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perpendiculares entre si. Em regiões mais desidratadas, é possível realizar
injeções em micro pápulas, injetando pequenos volumes (importante comunicar o
paciente que estas micro pápulas podem persistir por 2 a 3 dias).
O produto também pode ser aplicado nas linhas de expressão ou rugas no
método de retroinjeção, visando promover uma melhora na aparência estética e
suavizando a mesma.
- Dérmico profundo: entra a agulha toda num ângulo aproximado de quase 0°.
Método utilizado para linhas de expressão, como sulco nasogeniano.
Após a aplicação pode ser realizado uma leve massagem no local para
distribuir bem o produto.
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Teste de Hipersensibilidade
O teste de hipersensibilidade ou teste de alergia cutâneo pode ser feito para
detectar alergia em qualquer pessoa e pode ser realizado antes de iniciar o
tratamento no paciente para que o mesmo não sofra com efeitos colaterais.
O teste aqui apresentando é bem simples e tem como objetivo resguardar o
paciente de reações alérgicas frente aos ativos utilizados e também assegurar o
profissional do tratamento mais indicado e que não irá trazer prejuízos ao
paciente. O teste de alergia e desensibilização completos só devem ser realizados
por médicos alergologistas, porém o teste aqui apresentado pode ser realizado
por profissional da área da saúde.
Para a realização do teste de alergia, deve ser informado ao paciente que o
mesmo só pode ser feito caso o mesmo não esteja fazendo tratamento com
medicação anti-histamínica (por no mínimo duas semanas sem utilizar a
medicação), pois pode interferir nos resultados, impedindo a reação da substância
à que é alérgico e também não aplicar cremes na pele no dia da realização do
teste, pois pode levar a um resultado errado.
• Teste de alergia no antebraço: demarcar regiões no antebraço do
paciente a fim de identificar cada substância; realizar algumas picadas
subcutâneas com a solução injetável ou espalhar um pouco do creme ou
gel (em casos de indicação de produtos home care) em uma região e
aguardar 20 minutos para verificar se o paciente faz reação. A reação
positiva consiste na formação de uma bolha avermelhada (como uma
picada de mosquito), que leva ao inchaço (edema) e coceira local.
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Recomendações
É recomendado que o tratamento seja realizado em ciclos, com 3 tratamentos
realizados em intervalo de 2 a 4 semanas. De forma geral, os resultados duram
de 4 a 6 meses, sendo o ciclo de manutenção iniciado neste período. A duração
do ciclo pode variar de acordo com os resultados e as preferências do paciente
ou de acordo com o critério do profissional.
Alguns protocolos sugerem que a primeira etapa do tratamento seja realizado
uma aplicação a cada mês, num total de 3 aplicações (3 meses seguidos) e o
tratamento de manutenção se inicie a partir do quarto mês (um mês depois da
sequência do tratamento inicial), com 1 aplicação a cada 4 meses.
É recomendado aplicar em uma mesma região anatômica 1mL no máximo
2 mL. Caso seja necessário um pouco mais de produto, é prudente aguardar e
fazê-lo no retoque, dentro de alguns dias, pois devido as características
anatômicas da derme e a facilidade do ácido hialurônico de unir-se a água, é muito
frequente o rápido aparecimento de edema que impede na maioria das vezes
avaliar novamente a região durante a sessão, pois pode-se perder o parâmetro
anatômico de referência e corrigir defeituosamente a região.
Reações adversas
Os eventos adversos são possíveis e estes devem ser informados ao paciente,
antes do tratamento.
Após a aplicação poderão ocorrer reações comuns associadas a injeção, tais
como eritema, inchaço, dor, prurido, equimose ou sensibilidade no local da
injeção. Em geral, estas desaparecem espontaneamente alguns dias após a
aplicação do produto.
Pequenas hemorragias podem ocorrer no momento da injeção, as quais
desaparecerão espontaneamente após seu término.
Pode ocorrer, no momento ou após tratamento, edema local e um ligeiro
eritema, associado por vezes a prurido na zona tratada, estas reações podem
persistir durante uma semana, ou também coloração na zona tratada.
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De modo geral, as reações diminuem em poucos dias, sendo os benefícios do
tratamento evidenciados. É aconselhado ao paciente a comunicar qualquer efeito
indesejado que se prolongue por mais de uma semana, para que seja possível
prescrever o tratamento mais adequado.
Intercorrências e Complicações
O ácido hialurônico não é espécie específico, ou seja, não varia sua
composição entre espécies, pois estudos de hipersensibilidade efetuados,
independente de sua origem, não mostram reatividade cutânea, portanto,
atualmente, é um dos únicos materiais mais seguros para tratamentos estéticos,
especialmente faciais. Porém, tem o inconveniente de seu efeito ser temporário,
precisando de aplicações repetidas, para que seja mantido o efeito estético
desejado.
Este polissacarídeo pode ser sintetizado, purificado e estabilizado por métodos
bioquímicos, dando origem a um produto final susceptível de ser empregado como
material de preenchimento a nível cutâneo. A origem não animal do produto facilita
seu uso devido a quase inexistência de reações alérgicas, não sendo necessárias
provas de sensibilidade como as que se deviam realizar, por exemplo, com o
colágeno bovino purificado.
Para atrasar o tempo de reabsorção do ácido hialurônico, aumentar sua
viscosidade e estabilidade, os preparados utilizados com finalidade estética além
do ácido hialurônico contêm um agente polimerizante (BDDE: 1,4
butandioldiglicerileter, ou DVS: divinilsulfona) e às vezes se inclui no preparado
um anestésico local como lidocaína.
Com a recente chegada do ácido hialurônico variedade NASHA (No Animal
StabilizedHyaluronicAcid) para substituir a polimerização química e com essa
estabilização do ácido hialurônico se obtém gerando pontes de carbono cada 2-
500 unidades de dissacarídeos contendo cada cadeia final aproximadamente
umas 100000 unidades.
Visto que o ácido hialurônico é um material inerte, algumas das reações
adversas utilizadas podem ser atribuídas as trocas estruturais do ácido hialurônico
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polimerizado, aos agentes polimerizantes, anestésicos locais, ou restos de
proteínas animal, especialmente do ácido hialurônico obtido de aves.
A região glabelar merece muita atenção a ser tratada, pois o produto deve ser
aplicado de forma que não seja profundo, evitando assim que atinja um vaso
importante que pode chegar a produzir complicações visuais importantes e até
cegueira.
Quando o produto é aplicado muito superficialmente, pode-se produzir
irregularidades ou necrose da epiderme com extrusão do material aplicado.
Em geral, essas complicações aparecem com maior frequência quando se
utiliza um ácido hialurônico que não tem a finalidade de skinbooster, ou seja,
possui maior reticulação e portanto maior viscosidade, e quando aplicado no plano
dérmico, pode se concentrar na região e formar além de grandes edemas, nódulos
e os demais efeitos citados.
Contraindicações
O skinbooster não deve ser utilizado em casos de hipersensibilidade ao ácido
hialurônico ou outros componentes da formulação, doença autoimune, diabetes,
angina de repetição, endocardite (doença de Osler), susceptibilidade aos
queloides, mulheres grávidas ou amamentando, jovens menores de 18 anos,
pacientes em tratamentos com laser ou peeling, ou ainda pacientes com
enfermidades cutâneas no local ou perto da região da aplicação, inflamações ou
infecções. Não deve ser aplicados nos vasos sanguíneos, nos ossos, tendões,
ligamentos, músculos ou nervos.
Deve ser observado o tipo de produto e sua composição para informar ao
paciente sobre possíveis casos de alergias.
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REFERÊNCIAS
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