A formiga e a pomba A GALINHA E OS OVOS DE OURO

Uma formiga foi à margem do rio para beber

UM CAMPONÊS E SUA ESPOSA POSSUÍAM UMA GALINHA
água e, sendo arrastada pela forte correnteza,
estava prestes a se afogar. QUE PUNHA TODO DIA UM OVO DE OURO.

Uma pomba que estava numa árvore sobre a SUPONDO QUE DEVIA HAVER UMA GRANDE QUANTIDADE
água, arrancou uma folha e a deixou cair na
DE OURO EM SEU INTERIOR, ELES A MATARAM PARA QUE
correnteza perto dela. A formiga subiu na folha e
flutuou em segurança até a margem. PUDESSEM PEGAR TUDO.

Pouco tempo depois, um caçador de pássaros ENTÃO, PARA SURPRESA DELES, VIRAM QUE A GALINHA EM
veio por baixo da árvore e se preparava para NADA ERA DIFERENTE DAS OUTRAS GALINHAS.
colocar varas com visgo perto da pomba que
repousava nos galhos alheia ao perigo. O CASAL DE TOLOS, DESSE MODO, DESEJANDO FICAREM
A formiga, percebendo sua intenção, deu-lhe RICOS DE UMA SÓ VEZ, PERDERAM O GANHO DIÁRIO QUE
uma ferroada no pé. Ele repentinamente deixou TINHAM ASSEGURADO.
cair sua armadilha e, isso deu chance para que a
pomba voasse para longe a salvo. MORAL: QUEM TUDO QUER ACABA FICANDO SEM NADA.

Moral: quem é grato de coração sempre AUTOR: ESOPO

encontrará oportunidades para mostrar sua
gratidão.

Autor: Esopo
 A LEBRE E O CÃO DE CAÇA
A MULHER E SUA GALINHA
UM CÃO DE CAÇA ESPANTOU UMA LEBRE PARA
FORA DE SUA TOCA, MAS DEPOIS DE LONGA UMA MULHER POSSUÍA UMA GALINHA QUE LHE
PERSEGUIÇÃO, ELE PAROU A CAÇADA.
DAVA UM OVO TODO DIA.
UM PASTOR DE CABRAS VENDO-O PARAR
RIDICULARIZOU-O DIZENDO: ELA PENSAVA CONSIGO MESMA COMO PODERIA
OBTER DOIS OVOS POR DIA AO INVÉS DE APENAS
_AQUELE PEQUENO ANIMAL É MELHOR UM. E FINALMENTE, PARA ATINGIR SEU PROPÓSITO,
CORREDOR QUE VOCÊ.
DECIDIU DAR A GALINHA RAÇÃO EM DOBRO.
O CÃO DE CAÇA, RESPONDEU:
A PARTIR DAQUELE DIA A GALINHA TORNOU-SE
_VOCÊ NÃO VÊ A DIFERENÇA ENTRE NÓS: EU GORDA E PREGUIÇOSA E NUNCA MAIS BOTOU
ESTAVA CORRENDO APENAS POR UM JANTAR, NENHUM OVO.
MAS ELE, POR SUA VIDA.
MORAL: O GANÂNCIA HUMANA É UMA DOENÇA
MORAL: O MOTIVO PELO QUAL REALIZAMOS
QUE CEDO OU TARDE ACABA SE VOLTANDO CONTRA
UMA TAREFA É QUE VAI DETERMINAR SUA
SEU POSSUIDOR.
QUALIDADE FINAL.
AUTOR: ESOPO
AUTOR: ESOPO
 A MULA
UMA MULA, FOLGADONA DEVIDO À A RAPOSA E AS UVAS
AUSÊNCIA DE TRABALHO E POR CAUSA DA
GRANDE QUANTIDADE DE MILHO QUE RECEBIA,
GALOPAVA DE UM LADO PARA O OUTRO DE UM
MODO EXTRAVAGANTE E ARROGANTE. VAIDOSA UMA RAPOSA PASSOU EMBAIXO DE
E MUITO CONFIANTE, DIZIA PARA SI MESMO: UMA PARREIRA CARREGADA DE LINDAS
_MEU PAI COM CERTEZA ERA UM VALOROSO UVAS.
E BELO RAÇA PURA. EU SOU SUA PRÓPRIA
IMAGEM EM VELOCIDADE, RESISTÊNCIA, FICOU COM MUITA VONTADE DE COMER
ESPÍRITO E BELEZA. AQUELAS UVAS.
POUCO TEMPO DEPOIS, SENDO LEVADO A DEU MUITOS SALTOS, TENTOU SUBIR
UMA LONGA JORNADA COMO BURRO DE CARGA,
E SENTINDO-SE MUITO CANSADO, EXCLAMOU NA PARREIRA, MAS NÃO CONSEGUIU.
EM TOM DESCONSOLADO: DEPOIS DE MUITO TENTAR FOI-SE
_ACHO QUE COMETI UM ERRO. MEU PAI, EMBORA, DIZENDO:
AFINAL DE CONTAS DEVE TER SIDO APENAS UM
SIMPLES ASNO. — EU NEM ESTOU LIGANDO PARA AS
UVAS. ELAS ESTÃO VERDES, MESMO…
MORAL: AO DESEJARMOS SER O QUE NÃO
SOMOS, ESTAMOS PLANTANDO EM NÓS A
MORAL: É FÁCIL DESDENHAR DAQUILO QUE
SEMENTE DA FRUSTRAÇÃO.
NÃO SE ALCANÇA.
AUTOR: ESOPO

AUTOR: ESOPO
 As lebres e as rãs

As árvores e o machado As lebres, animais tímidos por natureza, se sentiam

oprimidas por causa da sua excessiva timidez, e, cansadas
Um homem foi à floresta e pediu as arvores que de viverem em constante alerta, temendo a tudo e a todos, o
estas lhe doassem um cabo para o seu machado. O tempo todo.
conselho das árvores concordou com o seu pedido e deu
Então, em comum acordo resolveram por fim às suas
a ele uma jovem árvore para este fim.
vidas e a todos os seus problemas, saltando do alto de um
penhasco para as águas profundas de um lago abaixo.
Logo que o homem colocou o novo cabo no
machado, começou a usá-lo e em pouco tempo havia Assim que elas correram, todas de uma só vez, para
derrubado com seus potentes golpes as mais nobres e colocar em prática sua decisão, as rãs que repousavam nas
maiores árvores da floresta. margens do lago escutaram o barulho dos seus pés, e,
desesperadas e tomadas de pânico, fugiram para o fundo da
Um velho carvalho, lamentando quando a destruição água em busca de segurança.
dos seus companheiros já estava bem adiantada, disse a
Ao ver o desespero das rãs em fuga, uma das lebres
um cedro seu vizinho: rogou aos seus companheiros:

_o primeiro passo foi a perdição de todas nós. Se _fiquem meus amigos. Não façam isso que estão
tivéssemos respeitado os direitos daquela jovem árvore, pretendendo. Vimos agora que existem criaturas que vivem
poderíamos ainda ter preservado nossos próprios mais aterrorizadas que nós.

privilégios e ficarmos de pé por muitos anos. Autor: Esopo

Autor: Esopo
 O asno, a raposa e o leão O asno e o velho pastor
O asno e a raposa tendo feito um acordo de Um pastor observava tranquilo seu asno pastando
em uma verde pradaria.
proteção mútua, entraram na floresta em busca
de alimento. De repente ouviu ao longe os gritos de uma tropa
inimiga que se aproximava rapidamente.
Não foram muito longe e encontraram um
Ele rogou ao animal para que este corresse levando-
leão.
o na garupa, o mais rápido que pudesse, a fim de que
A raposa, vendo o perigo iminente, aproximou- não fossem ambos capturados. O asno com calma,
falou:
se do leão e propôs um acordo onde iria ajudá-
lo a capturar o asno, se este desse sua palavra _Por que eu deveria temer o inimigo? Você acha
de honra que ele próprio não seria molestado. provável que o conquistador coloque em mim, além dos
dois cestos de carga que carrego, outros dois?
Diante do compromisso assumido do leão, a
_Não. _respondeu o pastor.
raposa atraiu o asno a uma profunda gruta e o
convenceu a entrar lá dentro. _Então _disse o animal _contanto que eu carregue
os dois cestos que já possuo, que diferença faz a quem
O leão vendo que o asno já estava estou servindo?
assegurado, imediatamente agarrou a raposa e
Moral: Ao mudar o governante, para o pobre, nada
quando achou mais conveniente, também atacou muda além do nome do seu novo senhor.
o asno.
Autor: Esopo
Autor: Esopo
 O BOI E A RÃ O CACHORRO E SUA SOMBRA

UM BOI INDO BEBER ÁGUA NUM CHARCO PISOU UM CACHORRO, AO CRUZAR UMA PONTE
EM UMA NINHADA DE RÃS E ESMAGOU UMA SOBRE UM RIACHO CARREGANDO UM
DELAS. PEDAÇO DE CARNE NA BOCA, VIU SUA
PRÓPRIA IMAGEM REFLETIDA NA ÁGUA E
A MÃE DAS RÃS VEIO, E, DANDO PELA FALTA PENSOU QUE FOSSE OUTRO CACHORRO
DE UM DOS SEUS FILHOS, PERGUNTOU AOS SEUS COM UM PEDAÇO COM O DOBRO DO
IRMÃOS O QUE HAVIA ACONTECIDO COM ELE. TAMANHO DO QUE CARREGAVA.

_ELE FOI MORTO MÃE; AINDA A POUCO UMA ELE ENTÃO LARGOU SUA CARNE, E,
GRANDE BESTA COM QUATRO ENORMES PÉS VEIO FEROZMENTE ATACOU O OUTRO CACHORRO
À LAGOA E PISOU EM CIMA DELE COM SUA PATA PARA TOMAR-LHE AQUELE PEDAÇO QUE ERA
QUE ERA RACHADA NO MEIO. BEM MAIOR QUE O SEU.

A MÃE SE INFLOU TODA E PERGUNTOU: AGINDO ASSIM ELE PERDEU AMBOS;

AQUELE QUE TENTOU PEGAR NA ÁGUA, POIS
_A BESTA ERA MAIOR DO QUE ESTOU AGORA? ERA APENAS UM REFLEXO; E O SEU PRÓPRIO
QUE CAIU NO RIACHO E FOI LEVADO PELA
_PARE MÃE, PARE DE SE INFLAR _DISSE O SEU CORRENTEZA.
FILHO _E NÃO FIQUE ABORRECIDA POR TENTAR,
EU LHE ASSEGURO, VOCÊ EXPLODIRIA ANTES QUE MORAL: QUEM DESISTE DO CERTO PELO
CONSEGUISSE IMITAR O TAMANHO DAQUELE DUVIDOSO É UM TOLO DUAS VEZES
MONSTRO. IMPRUDENTE.

AUTOR: ESOPO AUTOR: ESOPO

 CÃO RAIVOSO
O CAVALO E O SEU TRATADOR
UM CACHORRO COSTUMAVA ATACAR
SORRATEIRAMENTE E MORDER OS CALCANHARES UM ZELOSO CAVALARIÇO (EMPREGADO DE
DE QUEM ENCONTRASSE PELA FRENTE.
UMA COCHEIRA) COSTUMAVA PASSAR DIAS
SEU DONO ENTÃO, PENDUROU UM SINO EM INTEIROS LIMPANDO E ESCOVANDO UM CAVALO
SEU PESCOÇO POIS ASSIM ELE ALERTAVA AS
PESSOAS DE SUA PRESENÇA ONDE QUER QUE QUE ESTAVA SOB SEUS CUIDADOS, NO
ESTIVESSE. ENTANTO, AO MESMO TEMPO, ROUBAVA OS
O CACHORRO CRESCEU ORGULHOSO, E, GRÃOS DE AVEIA DA ALIMENTAÇÃO DO POBRE
VAIDOSO DO SEU SINO CAMINHAVA TILINTANDO-O
ANIMAL E OS VENDIA PARA OBTER LUCRO.
PELA RUA.

UM VELHO CÃO DE CAÇA ENTÃO LHE DISSE: _QUE PENA, _DISSE O CAVALO _SE O SENHOR

_POR QUE VOCÊ SE EXIBE TANTO? ESTE SINO DE FATO DESEJASSE ME VER EM BOAS
QUE CARREGA NÃO É, ACREDITE, NENHUMA CONDIÇÕES, ME ACARICIAVA MENOS E ME
HONRA AO MÉRITO, MAS AO CONTRÁRIO, UMA
MARCA DE DESONRA, UM AVISO PÚBLICO PARA ALIMENTAVA MAIS.
QUE TODAS AS PESSOAS O EVITEM POR SER
PERIGOSO. MORAL: DEVEMOS DESCONFIAR DAQUELES
QUE VIVEM PREGANDO E PROMOVENDO SUA
MORAL: ENGANA-SE QUEM PENSA QUE
NOTORIEDADE É FAMA. PRÓPRIA AUSTERIDADE.

AUTOR: ESOPO
AUTOR: ESOPO
 O CERVO DOENTE
O CEGO E O FILHOTE DE LOBO
UM CEGO ESTAVA ACOSTUMADO A
UM CERVO DOENTE REPOUSAVA QUIETO
DISTINGUIR DIFERENTES ANIMAIS
EM UM PEQUENO PEDAÇO DE PASTO.
TOCANDO-OS COM SUAS MÃOS.
SEUS COMPANHEIROS VIERAM ENTÃO
UM FILHOTE DE LOBO FOI ENTÃO TRAZIDO EM GRANDE NÚMERO PARA SABER DE SUA
ATÉ ELE COM A ORIENTAÇÃO DE QUE SAÚDE, E, CADA UM DELES, SERVIA-SE A
DEVERIA APALPÁ-LO, E, DIZER O QUE ERA. VONTADE DA ESCASSA COMIDA DAQUELE
REDUZIDO PASTO QUE LÁ ESTAVA PARA
ELE CORREU AS MÃOS SOBRE O ANIMAL E SEU PRÓPRIO SUSTENTO.
ESTANDO EM DÚVIDA, DISSE:
ASSIM ELE MORREU NÃO DA DOENÇA,
_EU COM CERTEZA NÃO SEI SE ISTO É O MAS POR FALTA DE ALIMENTO.
FILHOTE DE UMA RAPOSA OU O FILHOTE DE
UM LOBO; MAS DE UMA COISA EU TENHO MORAL: MÁS COMPANHIAS SEMPRE
TRAZEM MAIS INFORTÚNIOS QUE
CERTEZA, ELE JAMAIS SERIA BEM VINDO
ALEGRIAS.
DENTRO DE UM CURRAL DE OVELHAS.

MORAL: AS MÁS TENDÊNCIAS SÃO

MOSTRADAS JÁ NA INFÂNCIA. AUTOR: ESOPO

AUTOR: ESOPO
 O CORVO E O JARRO

UM CORVO QUE ESTAVA SUCUMBINDO

COM MUITA SEDE ENCONTROU UM JARRO, E,
O galo de briga e a águia
NA ESPERANÇA DE ACHAR ÁGUA, VOOU ATÉ Dois galos estavam disputando em feroz
ELE COM MUITA ALEGRIA. luta, o direito de comandar o galinheiro de
uma chácara. Por fim um pôs o outro para
QUANDO O ALCANÇOU, DESCOBRIU PARA
correr.
SUA TRISTEZA QUE O JARRO CONTINHA TÃO
POUCA ÁGUA EM SEU INTERIOR QUE ERA O galo derrotado afastou-se e foi se
IMPOSSÍVEL TIRÁ-LA DE DENTRO. recolher num lugar sossegado.

ELE TENTOU DE TUDO PARA ALCANÇAR A O vencedor, voando até o alto de um muro,
ÁGUA QUE ESTAVA DENTRO DO JARRO, MAS bateu as asas e exultante cantou com toda
TODO SEU ESFORÇO FOI EM VÃO. sua força.

POR ÚLTIMO ELE PEGOU TANTAS PEDRAS Uma águia que pairava ali perto se lançou
QUANTO PODIA CARREGAR, E COLOCOU-AS sobre ele e com um bote certeiro levou-o
UMA A UMA DENTRO DA JARRA, ATÉ QUE O preso em suas poderosas garras.
NÍVEL DA ÁGUA FICASSE AO SEU ALCANCE E
O galo derrotado saiu do seu canto, e, daí
ASSIM SALVOU SUA VIDA.
em diante reinou absoluto livre de disputa.
MORAL: A NECESSIDADE É A MÃE DAS
Moral: o orgulho e a arrogância é o
INVENÇÕES.
caminho mais curto para a ruína.
AUTOR: ESOPO
Autor: Esopo
 O GALO DE BRIGA E A ÁGUIA

DOIS GALOS ESTAVAM DISPUTANDO EM

FEROZ LUTA, O DIREITO DE COMANDAR O O galo e a pedra preciosa
GALINHEIRO DE UMA CHÁCARA. POR FIM UM
Um galo que procurava no terreiro alimento
PÔS O OUTRO PARA CORRER.
para ele e suas galinhas encontrou uma pedra
O GALO DERROTADO AFASTOU-SE E FOI SE
RECOLHER NUM LUGAR SOSSEGADO. preciosa de grande beleza e valor, ao que
exclamou:
O VENCEDOR, VOANDO ATÉ O ALTO DE UM
MURO, BATEU AS ASAS E EXULTANTE CANTOU
COM TODA SUA FORÇA. _Se seu dono tivesse te encontrado ao invés
de mim, ele com certeza iria dançar e pular de
UMA ÁGUIA QUE PAIRAVA ALI PERTO SE
LANÇOU SOBRE ELE E COM UM BOTE alegria e também decerto iria te louvar; no
CERTEIRO LEVOU-O PRESO EM SUAS
entanto eu te achei e de nada me serves. Teria
PODEROSAS GARRAS.
preferido achar um simples grão de milho que
O GALO DERROTADO SAIU DO SEU CANTO,
E, DAÍ EM DIANTE REINOU ABSOLUTO LIVRE todas as joias do mundo!
DE DISPUTA.

MORAL: O ORGULHO E A ARROGÂNCIA É Moral: A necessidade de cada um é o que

O CAMINHO MAIS CURTO PARA A RUÍNA.
determina o real valor das coisas.
AUTOR: ESOPO
Autor: Esopo
 O GATO E O GALO O LEÃO E O RATO

UM GATO CAPTUROU UM GALO, E, FICOU UM LEÃO FOI ACORDADO POR UM RATO QUE
PASSOU CORRENDO SOBRE SEU ROSTO. COM UM
IMAGINANDO COMO ACHAR UMA DESCULPA SALTO ÁGIL ELE O CAPTUROU E ESTAVA PRONTO
PARA MATÁ-LO, QUANDO O RATO SUPLICOU:
QUALQUER PARA QUE O FATO DE QUE ESTE IA
COMÊ-LO FOSSE JUSTIFICADO. _SE O SENHOR POUPASSE MINHA VIDA, TENHO
CERTEZA QUE PODERIA UM DIA RETRIBUIR SUA
BONDADE.
ACUSOU ELE ENTÃO DE CAUSAR
O LEÃO DEU UMA GARGALHADA DE DESPREZO E
ABORRECIMENTOS AOS HOMENS JÁ QUE O SOLTOU.
CANTAVA À NOITE E NÃO OS DEIXAVA DORMIR. ACONTECEU QUE POUCO DEPOIS DISSO O LEÃO
O GALO SE DEFENDEU DIZENDO QUE FAZIA ISSO FOI CAPTURADO POR CAÇADORES QUE O
AMARRARAM COM FORTES CORDAS NO CHÃO.
EM BENEFÍCIO DOS HOMENS E ASSIM ELES
O RATO, RECONHECENDO SEU RUGIDO, SE
PODIAM ACORDAR CEDO E IREM PARA O APROXIMOU, ROEU AS CORDAS E LIBERTOU-O
DIZENDO:
TRABALHO.
O GATO RESPONDEU; "APESAR DE VOCÊ TER _O SENHOR ACHOU RIDÍCULO A IDEIA DE QUE EU
JAMAIS SERIA CAPAZ DE AJUDÁ-LO. NUNCA
UMA BOA DESCULPA EU NÃO POSSO FICAR SEM ESPERAVA RECEBER DE MIM QUALQUER
COMPENSAÇÃO PELO SEU FAVOR; MAS AGORA SABE
JANTAR." E ASSIM COMEU O GALO. QUE É POSSÍVEL MESMO A UM RATO CONCEBER UM
FAVOR A UM PODEROSO LEÃO.
MORAL: QUEM É MAU CARÁTER SEMPRE VAI MORAL: OS PEQUENOS AMIGOS PODEM SE
ACHAR UMA DESCULPA PARA LEGITIMAR SUAS REVELAR GRANDES ALIADOS
AÇÕES.
AUTOR: ESOPO
AUTOR: ESOPO
 O LEÃO, O URSO E A RAPOSA
O leão e os três touros
Um leão e um urso capturaram um cervo e
Três touros pastavam juntos e tranquilos disputavam sua posse em feroz luta.
desde longa data.
Após terem lutado, e já muito feridos e
Um leão, escondido no mato, os espreitava fracos devido aos ferimentos, eles caíram no
chão completamente exaustos.
na esperança de fazer deles seu jantar, mas,
estava receoso de atacá-los enquanto Uma raposa, que estava nas redondezas e a
estivessem juntos. tudo observada a uma distância segura, vendo
ambos estirados no chão, e, o cervo
Finalmente, por meio de ardilosos e abandonado entre eles, correu entre os dois e
agarrando a presa desapareceu no meio do
traiçoeiros discursos ele conseguiu separá-los. mato.
E tão logo eles pastavam sozinhos atacou-os
sem medo, e, devorou-os um após o outro à O leão e o urso vendo aquilo, mas incapazes
de impedir, disseram:
sua própria vontade.
_Ai de nós, que nos ferimos um ao outro
Moral: União é força. apenas para garantir o jantar da raposa!

Moral: Algumas vezes acontece de alguém

Autor: Esopo fazer todo trabalho pesado e outro levar todo o
lucro.

Autor: Esopo
 O LOBO E A OVELHA
O LOBO E A GARÇA
UM LOBO, MUITO FERIDO POR MORDIDAS DE
UM LOBO, TENDO SE ENGASGADO COM UM
CACHORROS, REPOUSAVA DOENTE E MUITO
PEDAÇO DE OSSO, CONTRATOU UMA GARÇA
MACHUCADO EM SUA TOCA.
POR UMA GRANDE SOMA EM DINHEIRO, PARA
ELA COLOCAR A CABEÇA DENTRO DA SUA COMO ESTAVA COM FOME, ELE CHAMOU
GARGANTA E DE LÁ RETIRAR O OSSO. UMA OVELHA QUE IA PASSANDO POR PERTO, E
PEDIU-LHE PARA TRAZER UM POUCO DA Á GUA
QUANDO A GARÇA RETIROU O OSSO E
DE UM REGATO QUE CORRIA AO LADO DELA.
PEDIU O PAGAMENTO QUE TINHAM
COMBINADO, O LOBO, RANGENDO OS _ASSIM, - FALOU O LOBO - SE VOCÊ ME
DENTES, EXCLAMOU: TROUXER Á GUA, EU FICAREI EM CONDIÇÕ ES DE
_ORA, ORA! VOCÊ JÁ FOI RECOMPENSADA. CONSEGUIR MEU PRÓ PRIO ALIMENTO.
AO SER PERMITIDO QUE SUA CABEÇA SAÍSSE _CLARO, - RESPONDEU A OVELHA - SE EU
A SALVO DE DENTRO DA BOCA E LEVAR Á GUA PARA VOCÊ , VOCÊ SEM DÚ VIDA
MANDÍBULAS DE UM LOBO VOCÊ FOI PAGA. FARÁ DE MIM UMA PROVISÃ O DE COMIDA
MORAL: AO SERVIR A ALGUÉM DE MÁ TAMBÉ M.
ÍNDOLE, NÃO ESPERE RECOMPENSAS, AO
MORAL: AS PALAVRAS DE UM HIPÓ CRITA
CONTRÁRIO, AGRADEÇA SE ELE LHE VIRAR
SÃ O FÁ CEIS DE RECONHECER.
AS COSTAS E FOR EMBORA.
AUTOR: ESOPO

AUTOR: ESOPO
 A RAPOSA E A CEGONHA
A LEBRE E A TARTARUGA
A RAPOSA E A CEGONHA MANTINHAM BOAS
RELAÇÕES E PARECIAM SER AMIGAS SINCERAS. A LEBRE ESTAVA SE VANGLORIANDO DE
CERTO DIA, A RAPOSA CONVIDOU A CEGONHA SUA RAPIDEZ PERANTE OS OUTROS ANIMAIS:
PARA JANTAR E, POR BRINCADEIRA, BOTOU NA _NUNCA PERCO DE NINGUÉM. DESAFIO A
MESA APENAS UM PRATO RASO CONTENDO UM TODOS AQUI A TOMAREM PARTE NUMA
POUCO DE SOPA. PARA ELA, FOI TUDO MUITO CORRIDA COMIGO.
FÁCIL, MAS A CEGONHA PODE APENAS MOLHAR A _ACEITO O DESAFIO! DISSE A
PONTA DO BICO E SAIU DALI COM MUITA FOME. TARTARUGA CALMAMENTE.
_ISTO PARECE BRINCADEIRA. PODERIA
_SINTO MUITO, DISSE A RAPOSA, PARECE QUE DANÇAR À SUA VOLTA, POR TODO O CAMINHO,
VOCÊ NÃO GOSTOU DA SOPA. RESPONDEU A LEBRE.
_NÃO PENSE NISSO, RESPONDEU A CEGONHA. _GUARDE SUA PRESUNÇÃO ATÉ VER
ESPERO QUE, EM RETRIBUIÇÃO A ESTA VISITA,
QUEM GANHA. RECOMENDOU A TARTARUGA.
VOCÊ VENHA EM BREVE JANTAR COMIGO.

NO DIA SEGUINTE, A RAPOSA FOI PAGAR A A UM SINAL DADO PELOS OUTROS

VISITA. QUANDO SENTARAM À MESA, O QUE HAVIA ANIMAIS, AS DUAS PARTIRAM. A LEBRE SAIU A
PARA O JANTAR ESTAVA CONTIDO NUM JARRO TODA VELOCIDADE. MAIS ADIANTE, PARA
ALTO, DE PESCOÇO COMPRIDO E BOCA ESTREITA, DEMONSTRAR SEU DESPREZO PELA RIVAL,
NO QUAL A RAPOSA NÃO PODIA INTRODUZIR O DEITOU-SE E TIROU UMA SONECA.
FOCINHO. TUDO O QUE ELA CONSEGUIU FOI
LAMBER A PARTE EXTERNA DO JARRO. A TARTARUGA CONTINUOU AVANÇANDO,
COM MUITA PERSEVERANÇA. QUANDO A LEBRE
_NÃO PEDIREI DESCULPAS PELO JANTAR, DISSE ACORDOU, VIU-A JÁ PERTINHO DO PONTO
A CEGONHA, ASSIM VOCÊ SENTE NO PRÓPRIO FINAL E NÃO TEVE TEMPO DE CORRER, PARA
ESTÔMAGO O QUE SENTI ONTEM. CHEGAR PRIMEIRO.  
MORAL: QUEM COM FERRO FERE,
COM FERRO SERÁ FERIDO.
MORAL: COM PERSEVERANÇA, TUDO SE ALCANÇA

AUTOR: ESOPO
AUTOR: ESOPO
 O cão e o osso O vento e o sol
“O Vento e o Sol estavam disputando qual dos dois
Um dia, um cão, carregando um osso
era o mais forte. De repente, viram um viajante que
na boca, ia atravessando uma ponte. vinha caminhando.
Olhando para baixo, viu sua própria _Sei como decidir nosso caso. Aquele que
imagem refletida na água. Pensando ver conseguir fazer o viajante tirar o casaco, será o mais
forte. Você começa, propôs o sol, retirando-se para
outro cão, cobiçou-lhe logo o osso que este
trás de uma nuvem.
tinha na boca, e pôs-se a latir. Mal, porém, O vento começou a soprar com toda a força.
quando abriu a boca, seu próprio osso caiu Quanto mais soprava, mais o homem ajustava o
na água e perdeu-se para sempre. casaco ao corpo. Desesperado, então o vento
retirou-se.
O sol saiu de seu esconderijo e brilhou com todo
Moral: Mais vale um pássaro na mão do o esplendor sobre o homem, que logo sentiu calor e
que dois voando. despiu o paletó."

Autor: Esopo Moral: O amor constrói, a violência arruína.

Autor : Esopo.
 A MOÇA E A VASILHA DE LEITE OS LADRÕES E O GALO

"Uma moça ia ao mercado equilibrando, na cabeça, a

UMA VEZ UNS LADRÕES ENTRARAM
NUMA CASA, MAS NÃO ENCONTRARAM NADA
vasilha do leite. No caminho, começou a calcular o lucro
QUE VALESSE A PENA ROUBAR, A NÃO SER
que teria com a venda dele.
UM GALO.
_Com este dinheiro, comprarei muito ovos.
Naturalmente, nem todos estarão bons, mas, pelo menos, O COITADO DO GALO DISSE A ELES
de três quartos deles sairão pintinhos. Levarei alguns para TUDO O QUE UM GALO É CAPAZ DE DIZER
vender no mercado. Com o dinheiro que ganhar, PARA TENTAR SALVAR A PELE. DISSE QUE
ELES NÃO ESQUECESSEM COMO ELE ERA
aumentarei o estoque dos ovos. Tornarei a pô-los a chocar
IMPORTANTE PARA AS PESSOAS COM SEU
e, em breve, terei uma boa fazenda de criação. Ficando
CANTO QUE ACORDAVA A TODOS NA HORA
rica, os homens, me pedirão em casamento. Escolherei,
DE IR TRABALHAR.
naturalmente, o mais forte, o mais rico e o mais bonito.
Como me invejarão as amigas! Comprarei um lindo vestido – OLHE SEU GALO – DISSE UM DOS
de seda, para o casamento e, também, um bonito véu. LADRÕES –, É MELHOR PARAR COM ESSAS
Todos dirão que sou a noiva mais elegante da cidade.  CONVERSA. VOCÊ PASSA O TEMPO
ACORDANDO AS PESSOAS E O RESULTADO
Assim pensando, sacudiu a cabeça, de contentamento. A
É QUE NÃO CONSEGUIMOS ROUBAR
vasilha do leite caiu ao chão, o leite esparramou-se pela
SOSSEGADOS.
estrada e nada sobrou para vender no mercado."

Moral: não se deve contar com o ovo quando ele ainda

MORAL: NEM O QUE TEMOS DE MELHOR
está dentro da galinha.
AGRADA A TODO MUNDO.

Autor: Esopo AUTOR: ESOPO

 O LOBO E O BURRO O GATO, O GALO E O RATINHO
UM BURRO ESTAVA COMENDO QUANDO VIU UM UM RATINHO VIVIA NUM BURACO COM SUA
LOBO ESCONDIDO ESPIANDO TUDO O QUE ELE MÃE. DEPOIS DE SAIR SOZINHO PELA
FAZIA. PERCEBENDO QUE ESTAVA EM PERIGO, O PRIMEIRA VEZ, CONTOU A ELA:
BURRO IMAGINOU UM PLANO PARA SALVAR A PELE.
FINGIU QUE ERA ALEIJADO E SAIU MANCANDO COM A _MÃE, VOCÊ NÃO IMAGINA OS BICHOS
MAIOR DIFICULDADE. QUANDO O LOBO APARECEU, O ESTRANHOS QUE ENCONTREI! UM ERA
BURRO TODO CHOROSO CONTOU QUE TINHA PISADO
BONITO E DELICADO, TINHA UM PÊLO MUITO
NUM ESPINHO PONTUDO.
MACIO E UM RABO ELEGANTE, UM RABO QUE
_AI, AI, AI! POR FAVOR, TIRE O ESPINHO DE SE MOVIA FORMANDO ONDAS. O OUTRO ERA
MINHA PATA! – IMPLOROU. – SE VOCÊ NÃO TIRAR, UM MONSTRO HORRÍVEL! NO ALTO DA
ELE VAI ESPETAR SUA GARGANTA QUANDO VOCÊ ME CABEÇA E DEBAIXO DO QUEIXO ELE TINHA
ENGOLIR. PEDAÇOS DE CARNE CRUA, QUE
BALANÇAVAM QUANDO ELE ANDAVA. DE
O LOBO NÃO QUERIA SE ENGASGAR NA HORA DE
REPENTE OS LADOS DO CORPO DELE SE
COMER SEU ALMOÇO, POR ISSO QUANDO O BURRO
LEVANTOU A PATA ELE COMEÇOU A PROCURAR O SACUDIRAM E ELE DEU UM GRITO
ESPINHO COM TODO O CUIDADO. NESSE MOMENTO APAVORANTE. FIQUEI COM TANTO MEDO QUE
O BURRO DEU O MAIOR COICE DE SUA VIDA E FUGI CORRENDO, BEM NA HORA QUE IA
ACABOU COM A ALEGRIA DO LOBO. ENQUANTO O CONVERSAR UM POUCO COM O SIMPÁTICO.
LOBO SE LEVANTAVA TODO DOLORIDO, O BURRO
GALOPAVA SATISFEITO PARA LONGE DALI. _AH, MEU FILHO! – RESPONDEU A MÃE. –
ESSE SEU MONSTRO ERA UMA AVE
MORAL: CUIDADO COM OS FAVORES INOFENSIVA; O OUTRO ERA UM GATO FEROZ,
INESPERADOS. QUE NUM SEGUNDO TERIA TE DEVORADO.
AUTOR: ESOPO
MORAL: JAMAIS CONFIE NAS
APARÊNCIAS.

AUTOR: ESOPO
 O SAPO E O BOI A RAPOSA E O CORVO
UM DIA UM CORVO ESTAVA POUSADO NO GALHO
HÁ MUITO, MUITO TEMPO EXISTIU UM BOI IMPONENTE. UM DIA O BOI
DE UMA ÁRVORE COM UM PEDAÇO DE QUEIJO NO
ESTAVA DANDO SEU PASSEIO DA TARDE QUANDO UM POBRE SAPO TODO BICO QUANDO PASSOU UMA RAPOSA. VENDO O
CORVO COM O QUEIJO, A RAPOSA LOGO COMEÇOU
MAL VESTIDO OLHOU PARA ELE E FICOU MARAVILHADO. CHEIO DE INVEJA
A MATUTAR UM JEITO DE SE APODERAR DO QUEIJO.
DAQUELE BOI QUE PARECIA O DONO DO MUNDO, O SAPO CHAMOU OS COM ESTA IDEIA NA CABEÇA, FOI PARA DEBAIXO DA
ÁRVORE, OLHOU PARA CIMA E DISSE:
AMIGOS.
– OLHEM SÓ O TAMANHO DO SUJEITO! ATÉ QUE ELE É ELEGANTE, MAS _QUE PÁSSARO MAGNÍFICO AVISTO NESSA
ÁRVORE! QUE BELEZA ESTONTEANTE! QUE CORES
GRANDE COISA; SE EU QUISESSE TAMBÉM ERA.
MARAVILHOSAS! SERÁ QUE ELE TEM UMA VOZ SUAVE
DIZENDO ISSO O SAPO COMEÇOU A ESTUFAR A BARRIGA E EM POUCO PARA COMBINAR COM TANTA BELEZA! SE TIVER, NÃO
HÁ DÚVIDA DE QUE DEVE SER PROCLAMADO REI
TEMPO JÁ ESTAVA COM O DOBRO DO SEU TAMANHO NORMAL.
DOS PÁSSAROS.
– JÁ ESTOU GRANDE QUE NEM ELE? – PERGUNTOU AOS OUTROS
OUVINDO AQUILO O CORVO FICOU QUE ERA PURA
SAPOS. VAIDADE. PARA MOSTRAR À RAPOSA QUE SABIA
– NÃO, AINDA ESTÁ LONGE!- RESPONDERAM OS AMIGOS. CANTAR, ABRIU O BICO E SOLTOU UM SONORO
"CRÓÓÓ!”. O QUEIJO VEIO ABAIXO, CLARO, E A
O SAPO SE ESTUFOU MAIS UM POUCO E REPETIU A PERGUNTA. RAPOSA ABOCANHOU LIGEIRO AQUELA DELÍCIA,
– NÃO – DISSERAM DE NOVO OS OUTROS SAPOS -, E É MELHOR VOCÊ DIZENDO:

PARAR COM ISSO PORQUE SENÃO VAI ACABAR SE MACHUCANDO. _OLHE MEU SENHOR, ESTOU VENDO QUE VOZ O
MAS ERA TANTA VONTADE DO SAPO DE IMITAR O BOI QUE ELE SENHOR TEM. O QUE NÃO TEM É INTELIGÊNCIA!

CONTINUOU SE ESTUFANDO, ESTUFANDO, ESTUFANDO – ATÉ ESTOURAR. MORAL: CUIDADO COM QUEM MUITO ELOGIA.
MORAL: SEJA SEMPRE VOCÊ MESMO.
AUTOR: ESOPO
AUTOR: ESOPO