EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª
VARACÍVEL DO JUIZADO ESPECIAL DE CANDEIAS BA
Autos do processo n° 011957297.2021.8.05.0001
VALMIR SETUBAL DOS SANTOS já qualificado na ação de reparação que lhe move
BEATRIZ MASCARENHAS DE OLIVEIRA SANTOS também já qualificada, tendo
em vista o recurso inominado interposto pela parte contrária, vem, por intermédio do
seu advogado abaixo assina (procuração encartada nos autos) apresentar
CONTRARRAZÕES DE RECURSO INOMINADO com fulcro no art 41. §2 da lei
9.0999/95, pelas razões de fato e de direito anexas.
Requer que sejam recebidas as presentes contrarrazões e, após, sejam remetidos os autos
á egrégia turma recursal de Candeias Bahia Brasil.
CONTRARAZÕES DE RECURSO INOMINADO
Processo nº 0119572-97.2021.8.05.0001
Origem: 1ª VARACÍVEL DO JUIZADO ESPECIAL DE CANDEIAS BA
Recorrente: BEATRIZ MASCARENHAS DE OLIVEIRA SANTOS
Recorrido: VALMIR SETUBAL DOS SANTOS
COLENDA TURMA RECURSAL
A sentença do juízo a quo não merece reforma e deve ser mantida em sua integralidade.
DA TEMPESTIVIDADE E DO CABIMENTO
A sentença prolatada foi publicada em 22/05/2022(VINTE E DOIS DE MAIO DE
DOIS MIL E VINTE E DOIS) ocasião em que a recorrente foi devidamente intimada de
forma eletrônica.
Um vez que houve interposição de recurso pela parte contrária, o recorrido temo prazo
de 10 dias UTEIS para apresentar resposta nos termos do art 42§2°da lei 9.099/95.
Tendo sido apresentadas as contrarrazões na presente data, constata-se tempestividade.
DA SINTESE DOS FATOS
BEATRIZ MASCARENHAS DE OLIVEIRA SANTOS intentou uma ação de reparação
de danos contra VALMIR SETUBAL DOS SANTOS, ora recorrido.
Relatou, mediante ação, que o seu marido, ao trafegar por via de trafego veicular, sofreu
abalroamento do seu veículo de pequeno porte, por um caminhão conduzido por
VALMIR, ainda assim, de maneira equivocada e completamente descabida, enfatizou
ter sido alvo de danos promovidos pelo recorrido. Pleiteou ainda a condenação da
parte
THAYNÁ LIVRAMENTO – OAB Nº 65094
Email:
[email protected]/ Telefone: (71) 98866-5122
Assinado eletronicamente por: THAYNA SANTOS DO LIVRAMENTO;
Código de validação do documento: 85d599d8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
recorrida em danos materiais e morais, exigindo uma reparação exígua e completamente
sem fundamentos.
Contudo, ocorre que o recorrido apresentou contestação específica e ideal em prazo
especifico em legislação, mediante o seu direito ao contraditório, a fim isentar a sua
culpabilidade no processo, uma vez que o principal causador do dano em expressão, é a
parte recorrente.
Nesse sentido, em julgamento antecipado a lide, sobreveio em sentença julgando
improcedente todos os pedidos iniciais, sejam eles da parte autora ou ré, onde o juiz
alegou inexistência de comprovações fáticas que pudessem fundamentar, de maneira
direta e objetiva, o verdadeiro ocorrido na situação em evidência.
Outrossim, ainda deixa de apreciar o pleito referente à solicitação de gratuidade de
justiça, em face de termos do art. 54° da lei 9.0999/95, destacando que o acesso a
juizados especiais em primeiro grau, independe de pagamento de custas processuais.
Além disso, rejeita as preliminares postas em destaque pelo requerido, sendo
Nessa conjuntura, o juizado evidencia que, mediante fatos expostos por ambas as partes,
os dois deveriam ser ressarcidos pelo problema, já que inexiste comprovação especifica
que delimite a verdadeira ocasião. Porém, destacando a veridicidade, a vista das versões
excludentes, de uma delas.
Logo, deixa claro que nenhum das partes apresenta prova do alegado, onde todas se
limitam a fotografias e boletim de ocorrência com versão unilateral do condutor do
veículo
Ademais, ainda deixa claro que os pontos de impactos determinados no RAT respaldam
ambas as versões, inexistindo qualquer parâmetro de definição de culpabilidade. Além
de não existir qualquer documento que comprove a existência do evento danoso,
circunstâncias da via, posição do veículo, ponto de repouso após colisão, existência de
obra em movimento a frente do local de abalroamento, além de evidencias especificadas
e concretas de avarias causadas ao veículo menor da parte autora.
Assim, inconformado com a sentença, a parte recorrente apresentou interposição de
recurso inominado, onde sustentou, de início, ter Direito à gratuidade de justiça,
expressando, mesmo que erroneamente, a sua hipossuficiência. Com efeito, ainda
evidencia a pugnação de dispensa do preparo recursal (peça fundamental do processo),
explicando a suspeita hipossuficiência e, tenta, mesmo que de forma superficial,
destacar os pressupostos de admissibilidade, enfatizando que o juiz ainda seria
irresponsável, pouco atencioso e despreocupado, por não analisar devidamente a
documentação e ignorar os depoimentos, o que se demonstra improvável, a vista da sua
importante execução laboral. Isto, apenas porque a decisão não foi ao seu favor, visto
que se caso fosse, não buscaria expressar nenhuma “apresentação”
Além disso, o recorrente ainda questiona a legitimidade da decisão com seus
“prejuízos”, e explana que o acidente é incontroverso, com responsabilidade dos réus.
THAYNÁ LIVRAMENTO – OAB Nº 65094
Email:
[email protected]/ Telefone: (71) 98866-5122
Assinado eletronicamente por: THAYNA SANTOS DO LIVRAMENTO;
Código de validação do documento: 85d599d8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
A parte recorrente, também, busca apresentar fotografia que vem a tentar “comprovar’ o
momento do acidente e evidenciar uma obra a frente da faixa e retrovisor á posicionado
a frente, mesmo não demonstrando na petição inicial e esboçando uma foto
completamente diferente da destacada na ação reparatória do começo, o que, quando
visto nos autos, pode-se observar a dobradura do retrovisor para trás, o que demonstra a
tentativa do recorrente de ultrapassagem.
Ainda assim, o recorrente destaca, equivocadamente, o arrastamento do veículo e giro
por alguns metros, rodando a traseira, o que não é comprovado e nem evidenciado por
nenhuma prova documental, sendo acrescentado apenas em audiência, o que demonstra
uma diferença de explanações entre documento e oralidade.
Demonstra ainda que o réu trocou telefonemas com o autor, enfatizando que o mesmo
assumiu a responsabilidade.
Ora julgador, como mesmo identificado pelo autor do fato, o réu como homem-médio e
honesto, ao perceber a situação, buscou se solidarizar e trocou telefonema para que
ambos pudessem resolver a situação e consolidar, de forma autocompositiva, uma
maneira de melhoria, sem necessidades judiciais, demonstrando ainda altruísmo com o
autor, mesmo este sendo motivo direto causador do fato.
Dessarte, evidencia sofrimento de danos patrimoniais e imateriais, além de destacar
imprudência e imperícia do réu durante o abalroamento, mesmo de maneira equivoca,
expressando reparo no valor de 5.627,00(CINCO MIL SEISCENTOS E VINTE E
SETE REAIS).
Isto, sendo afastado pelo juízo de direito, a vista da inexistência de comprovação fática
pelo autor, onde este rejeitou todos os pedidos, de modo óbvio, sem cabimento.
Em síntese, os fatos.
PRELIMINARES
I. DA JUSTIÇA GRATUITA
De exórdio, é fundamental destacar que o acesso a justiça de modo proporcional é
essencial àqueles que apresentam hipossuficiência e não tem condições de custear um
processo, a vista de todos os acessórios necessários para o seu andamento, o que não se
sobrepõe no caso em exposição, já que ocorre responsabilidade solidária entre os
autores nas custas processuais, uma vez que o veículo estava sob condução de Luciano
brito( marido) sendo o veículo da sua esposa, o que demonstra sua renda salarial
posteriormente..
Nesse diapasão, destaca o §2 do Art 98 do CPC/15, no que tange à gratuidade
de justiça. In verbis:
THAYNÁ LIVRAMENTO – OAB Nº 65094
Email:
[email protected]/ Telefone: (71) 98866-5122
Assinado eletronicamente por: THAYNA SANTOS DO LIVRAMENTO;
Código de validação do documento: 85d599d8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira,
com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas
processuais e os honorários advocatícios tem direito à
gratuidade da justiça, na forma da lei.
§ 2º A concessão de gratuidade não afasta a
responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais
e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua
sucumbência.
Ainda assim, mediante Art. 99 §2º, 100 e 102 parágrafos únicos, do próprio Código de
Processo Civil de 2015, destaca a possibilidade de indeferimento do pedido de
gratuidade, seu tramite no processo em epigrafe, e seus desdobramentos. In verbis:
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado
na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de
terceiro no processo ou em recurso.
§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos
autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos
legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de
indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do
preenchimento dos referidos pressupostos
Art. 100. Deferido o pedido, a parte contrária poderá
oferecer impugnação na contestação, na réplica, nas
contrarrazões de recurso ou, nos casos de pedido superveniente
ou formulado por terceiro, por meio de petição simples, a ser
apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, nos autos do próprio
processo, sem suspensão de seu curso.
Parágrafo único. Revogado o benefício, a parte arcará com
as despesas processuais que tiver deixado de adiantar e pagará,
em caso de má-fé, até o décuplo de seu valor a título de multa,
que será revertida em benefício da Fazenda Pública estadual ou
federal e poderá ser inscrita em dívida ativa.
Art. 102. Sobrevindo o trânsito em julgado de decisão que
revoga a gratuidade, a parte deverá efetuar o recolhimento de
todas as despesas de cujo adiantamento foi dispensada,
inclusive as relativas ao recurso interposto, se houver, no
prazo fixado pelo juiz, sem prejuízo de aplicação das sanções
previstas em lei.
THAYNÁ LIVRAMENTO – OAB Nº 65094
Email:
[email protected]/ Telefone: (71) 98866-5122
Assinado eletronicamente por: THAYNA SANTOS DO LIVRAMENTO;
Código de validação do documento: 85d599d8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Parágrafo único. Não efetuado o recolhimento, o
processo será extinto sem resolução de mérito, tratando-se
do autor, e, nos demais casos, não poderá ser deferida a
realização de nenhum ato ou diligência requerida pela parte
enquanto não efetuado o depósito.
Assim, a vista da legislação exposta, observa-se mera declaração de hipossuficiência
por papel assinado superficialmente pela responsável pela inicialização do recurso, a
qual pode ser feita a qualquer momento e de qualquer maneira por qualquer pessoa.
Outrossim, a parte requerente ainda apresenta carteira de trabalho com assinatura antiga
(2019), o que esta sob possibilidade de ser escaneado também, a qualquer momento, em
qualquer hora pela parte, onde pode, ainda, esconder a atividade laboral atual. Conforme
explanado nos fatos.
Ademais, excelência, cabe ressaltar que a emanação do valor de imposto de renda, bem
como o pagamento das suas despesas cotidianas, sendo elas vividas e aproveitadas de
maneira constante, com aluguel de condomínio com valor relativamente excedente à
quem é hipossuficiente R$906,89 (NOVECENTOS E SEIS REAIS E OITENTA E
NOVE CENTAVOS), contas de luz no valor de R$ 305,55(TREZENTOS E CINCO
REAIS E CINQUENTA E CINCO CENTAVOS), plano de saúde no valor de R$318,43
(TREZENTOS E DEZOITO REAIS E QUARENTA E TRES CENTAVOS) - mesmo
com o SUS à disposição - conforme exposto nos autos, só comprovam a desnecessidade
de concedimento do benefício de justiça gratuita.
Logo, requer que seja mantida a sentença proferida e, como antes consolidado, seja
promovido o afastamento da gratuidade de justiça, conforme a comprovação especifica
expressa pelos próprios recorrentes.
II. DA INTEMPESTIVIDADE DO RECURSO INOMINADO
No que tange a necessidade de cumprimento prazo recursal em âmbito processual, é
fundamental salientar que este deve respeitar os 15 dias expostos pelo Novo Código de
Processo Civil de 2015, em que a parte recorrente, após sentença, deve prover inicio ao
recurso.
Conforme expressa os artigos 219,994, 1003 §§ 5 e 6
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por
lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente
aos prazos processuais.
Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos:
I - apelação;
THAYNÁ LIVRAMENTO – OAB Nº 65094
Email:
[email protected]/ Telefone: (71) 98866-5122
Assinado eletronicamente por: THAYNA SANTOS DO LIVRAMENTO;
Código de validação do documento: 85d599d8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
IV - embargos de declaração;
V - recurso ordinário;
VI - recurso especial;
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data
em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia
Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são
intimados da decisão.
§ 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para
interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze)
dias.
§ 6º O recorrente comprovará a ocorrência de feriado
local no ato de interposição do recurso.
Nesse diapasão, ocorre que a parte recorrente, além de não realizar comprovação de
qualquer fator impeditivo para a interposição do recurso de sentença proferida por juíza,
ultrapassa o prazo de 15 dias úteis, ferindo a legislação processual, promovendo a
exclusão do seu Direito de apresentação recursal.
Ocorre que houve o indeferimento e postagem da sentença no dia 22 de maio de 2022,
com apresentação do recurso apenas no dia 19 de junho de 2022, assim, contabilizando
i20 dias úteis a partir do prazo de expressão de sentença, que deveria ser contado em 15
dias.
O recorrente ainda destaca que tomou conhecimento e iniciou a interposição a partir da
data da ciência da sentença. Contudo, excelência, qual seria a data dessa apresentação?
Se nem no próprio recurso inominado há essa fonte explicativa, pelo recorrente.
Ainda assim, destaca que “O JUIZO A QUO OLVIDOU-SE DE ANALISAR COM O
DEVIDO CUIDADO A PROVA QUE GUARNECE OS AUTOS E AS
CIRCUNSTÂNCIAS PROCESSUAIS QUE ENVOLVEM A LIDE”. Entretanto,
excelência, essa afirmativa se apresenta como uma enorme falta de respeito e
entendimento sobre o exercício do cargo da juíza em exposição, uma vez que a mesma,
por estar onde está, tem a plena capacidade de exercício do cargo, bem como, mediante
inúmeros outros processos, age com afinco e de maneira detalhista, a respeito da tomada
de decisão.
Isso porque, um processo, além de promover a garantia dos Direitos, criam, também,
novas Diretrizes, sendo elas precedentes, estes responsáveis por fundamentar decisões
futuras. Logo, questiona-se: “ Como pode, mediante a necessidade de delicadeza na
análise do caso concreta, decidir sem o devido cuidado, o juizado, já que este será um
THAYNÁ LIVRAMENTO – OAB Nº 65094
Email:
[email protected]/ Telefone: (71) 98866-5122
Assinado eletronicamente por: THAYNA SANTOS DO LIVRAMENTO;
Código de validação do documento: 85d599d8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
instrumento de recriação de um novo direito, em que pode perturbar possíveis decisões
futuras, como um efeito dominó?”.
Dessa forma, é completamente equivocada a afirmativa esboçada pelo recorrente, no
que tange à capacidade de análise processual do juizado, sendo necessário o seu
afastamento.
Assim destaca o artigo 10 e 11 do NCPC/15, destacando a fundamentação( a qual foi
expressa pelo juiz em sentença) e a sua capacidade e capacitação para proferir, deferir
ou indeferir a resolução do litigio. In verbis:
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição,
com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado
às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de
matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário
serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de
nulidade.
Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser
autorizada a presença somente das partes, de seus advogados,
de defensores públicos ou do Ministério Público.
Logo, requer que seja conhecido e mantido a sentença, já que há intempestividade no
presente recurso inominado.
DO MERITO
Acaso não seja acolhido as preliminares, o que não se espera, passamos a defender a
parte de mérito.
A sentença proferida por juizado é adequada ao caso em questão, sendo ainda ideal caso
haja em benefício do recorrido, uma vez que o abalroamento foi, definitivamente,
causado pelo próprio autor da ação de reparação, este, responsável principal por sua
negligencia no trânsito, bem como arrastamento do próprio veículo pela lateral do
caminhão do réu, que promoveu a declinação do retrovisor para trás, o que pode ser
comprovado na foto inicial da petição principal.
Outrossim, o recorrente ao firmar que o recorrido ultrapassou, em seu recurso, o seu
veículo por ter avistado uma obra, é completamente infundável, visto que um veículo de
grande porte, caso venha a tentar ultrapassar, ao visualizar uma obra a frente, estaria sob
risco de acidente e potencial morte, por ter um porte maior e apresentar impactos que
seriam completamente prejudiciais a sua integridade e saúde, visto que seria um contato
THAYNÁ LIVRAMENTO – OAB Nº 65094
Email: [email protected]/ Telefone: (71) 98866-5122
Assinado eletronicamente por: THAYNA SANTOS DO LIVRAMENTO;
Código de validação do documento: 85d599d8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
impactante direto que perturbaria o seu exercício profissional também, já que o mesmo
é condutor do veículo.
FOTOGRAFIA DO ABALROAMENTO E COMPROVAÇÃO DO
RETROVISOR VOLTADO PARA TRAS, O QUE COMPROVA A TENTATIVA
DE ULTRAPASSAGEM PELO AUTOR. SENDO ESTES REGISTROS
APRESENTADOS PELO MESMO NA INICIAL, COM UMA NOVA
APRESENTAÇÃO EM RECURSO POSTERIOR.
Assim, como o recorrido não tem a objeção de criar um acidente voluntário e arriscar a
sua própria vida, além de ter discernimento total sobre a preservação da sua existência e
dos demais que te rodeiam, pela lógica absoluta e conformidade com a sua sanidade
mental e respeito com os integrantes a sua volta, pedestres e motoristas de outros
veículos, principalmente no trânsito, fundamenta-se esta confirmação do recorrente
como algo equivocado, o que foi colocado apenas para contribuir com seu recurso
ineficaz e indevido.
Ora, excelência, cabe ressaltar também que, é devida a afirmativa do recorrido quando
evidência o deslocamento do retrovisor do recorrente para trás, a vista da sua tentativa
de ultrapassagem do veículo do réu.
Isso pode ser comprovado, tanto pela visualização direta da parte frontal do veículo,
como exposto na imagem acima, quanto na visualização traseira, onde pode se observar
o retrovisor atrás de parte plástica do veículo do réu, com seu espelho voltado pra parte
de
THAYNÁ LIVRAMENTO – OAB Nº 65094
Email:
[email protected]/ Telefone: (71) 98866-5122
Assinado eletronicamente por: THAYNA SANTOS DO LIVRAMENTO;
Código de validação do documento: 85d599d8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
dentro do carro, sendo perceptível, ainda assim, o reflexo do interior do automóvel, o
que comprova que o retrovisor do carro está direcionado pra dentro, sendo deslocado
para trás,, por tentativa de ultrapassagem do recorrente pela lateral, o que gerou
abalroamento
.Além disso, é nítido uma parte específica quebrada do retrovisor, confirmando, mais
uma vez o seu deslocamento/ direcionamento/ contorno para trás.
Reflexo do espelho do retrovisor.
Ainda assim, excelência, em fase dos fatos do caso concreto, cabe questionar também:
“Se, como afirma o recorrente, o recorrido ultrapassou o seu veículo e arrastou-o por
alguns metros, fazendo com que girasse, por que nas fotos apresentadas, os carros estão
colados?”
Ainda assim: “Por qual motivo o autor do processo, não realizou fotografias das marcas
de pneu no chão, já que ‘houve’ um abalroamento pelo réu e este arrastou o seu veículo
pela via?“
THAYNÁ LIVRAMENTO – OAB Nº 65094
Email:
[email protected]/ Telefone: (71) 98866-5122
Assinado eletronicamente por: THAYNA SANTOS DO LIVRAMENTO;
Código de validação do documento: 85d599d8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
E por fim:” Como pode o recorrido ultrapassar o veículo do recorrente, se o retrovisor
está voltado para trás e não para frente, além de apresentar uma quebra que confirma
esse direcionamento e “empuxo” pra parte de dentro do veículo do recorrido, bem como
um reflexo que explana, nitidamente, as partes internas do veículo do autor do processo.
Nesse diapasão, é completamente equivocada as afirmações, uma vez que as mesmas
não tem uma fundamentação precisa e apresentam instabilidade em suas alegações.
Nesse aspecto, o recorrente foi o único causador da lesão, visto que foi o principal
responsável por, imprudentemente, violar o Direito de outrem, no caso, o Recorrido.
Diante disso, a vista da decisão judicial, fica exposto a necessidade de mantimento da
sentença ou benefício do réu, VALMIR, já que este sofreu a tentativa de sobreposição
ao seu Direito, agindo de maneira contraditória, como o seu Direito, a fim de garantir a
sua integridade e preservação da sua conduta honrosa e ideal.
Dessa forma, cabe destacar que inexistem qualquer sentença que venha a caber danos
materiais e pagamento no valor de R$5.627,00 (CINCO MIL SEISCENTOS E VINTE
E SETE REAIS), uma vez que o recorrente, é o único e principal responsável pela má
conduta veicular e problematização no transito.
Assim, no que tange à violação dos Direitos de outrem, o código civil de 2002 em seu
artigo 186 e 927 destaca. In verbis:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do
dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Dessarte, cabe ainda, a titulo de declaração, que o recorrido apenas está agindo
conforme a veridicidade dos fatos, uma vez que não foi este o principal causador da
problemática, mas sim o recorrente, que, inconformado com a sentença, sendo ela,
destacada pelo juiz após analise, como ideal a ser promovida, buscou reivindicar
novamente a decisão, com novas provas produzidas após a decisão judicial e fotos que
deveriam ser demonstradas no momento inicial.
Sobre isso, cabe o Direito ao Contraditório como fundamento inicial da proteção dos
Seus direitos e principio fundamental do Processo Civil. Assim, explana os artigos 7º e
8º do Código de Processo Civil de 2015. In verbis:
THAYNÁ LIVRAMENTO – OAB Nº 65094
Email:
[email protected]/ Telefone: (71) 98866-5122
Assinado eletronicamente por: THAYNA SANTOS DO LIVRAMENTO;
Código de validação do documento: 85d599d8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Art. 7º É assegurada às partes paridade de tratamento em relação
ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de
defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções
processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.
Art. 8º Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos
fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e
promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a
proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e
a eficiência.
Outrossim, a condenação em danos morais também não merece reforma, eis que tal
situação, pela parte recorrente, se assenta em meros aborrecimentos, visto que inexiste
qualquer meio que comprove as perturbações psicológicas, físicas ou morais causada
pelo requerido inicialmente, deixando, apenas, prejuízos extremos e danos
diversificados ao réu, ora recorrido, que deveria, de certo modo ser ressarcido pelos
danos proporcionados pelo recorrente e toda problematização causada, uma vez que
promoveu a necessidade do recorrido de buscar advogado, se deslocar, perder dias de
trabalho, perder atividades que deveriam ser realizadas com urgência, para então
direcionar atenção e simplesmente se proteger do processo, indeferido, incitado pelo, a
princípio, autor.
Ademais, é de extrema importância destacar, no que tange à
CEDIMAR, a afirmativa errônea equivocada explanada pelo
recorrente, quando se trata da revelia. O mesmo expõe:
“ É dizer ainda que ante a revelia aplicada quanto ao réu
Cedimar, há confissão da matéria fática, o que importa dizer que
1) o acidente é incontroverso, 2) a responsabilidade dos réus,
pelo acidente, também é incontroverso.”
Nesse contexto, cabe expressar o próprio artigo que trata sobre a revelia, sendo ele 344
do CPC. In verbis:
344. Se o réu não contestar a ação, será
considerado revel e presumir-se-ão
verdadeiras as alegações de fato formuladas
pelo autor.
Ora, excelência, como afirma a própria letra da lei, só é considerado Revel aquele em
que não contesta a ação. Contudo, é perceptível, partindo do próprio código de processo
civil e síntese processual, que de maneira expressamente nítida, o réu CEDIMAR,
Demonstrou contestação em tempo devido mediante o assentamento de iniciativa de
Valmir, já que a pluralidade de réus, recai no aproveitamento, e ainda assim, dentro do
seu direito de solicitação, já que trata de reconvenção, por ser incluído,
involuntariamente, no processo iniciado pela recorrente.
Bem como exposto no artigo 343 do Código do processo Civil, in verbis:
THAYNÁ LIVRAMENTO – OAB Nº 65094
Email:
[email protected]/ Telefone: (71) 98866-5122
Assinado eletronicamente por: THAYNA SANTOS DO LIVRAMENTO;
Código de validação do documento: 85d599d8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
NCPC Art. 343
“ Na contestação, é lícito ao réu propor
reconvenção para manifestar pretensão
própria, conexa com a ação principal ou
com o fundamento da defesa. “
Nesse sentido, compreende-se como reconvenção a ação do réu contra o autor, haja
vista o processo em determinação, não sendo defesa, mas sim ataque. Esta, ampliando o
processo de maneira objetiva, apresentando um pedido novo à ação.”
Diante os fatos expostos, observa-se a pluralidade de réus, estes que foram acionados no
processo pelo recorrente, haja vista os acontecimentos incrédulas em questão, sendo
eles VALMIR SETUBAL DOS SANTOS e CEDIMAR DOS SANTOS ARAUJO ME.
Nesse
sentido, percebe-se que o tratamento como revel é inaceitável, uma vez que a parte ré,
tendo em vista a apresentação de contestação por VALMIR SETUBAL DOS SANOTS,
outro que esteve envolvido na parte demandada, encontrasse protegido contra possíveis
atos de revelia e obtém a possibilidade de reaproveitamento de contestação, visto que
existe a ineficiência da produção do efeito do tratado como revel, havendo apresentação
de contestação, tendo em vista a pluralidade dos réus, assim como mencionado
anteriormente.
Assim, expõe o CPC, em seu artigo 345, I, invalidando o art.344 do mesmo e
consequentemente, inibindo o tratamento como revel evidenciado pelo autor.
Art.345. A revelia não produz o efeito mencionado
no art.344 se:
I- Havendo pluralidade de réus, algum deles
contestar a ação;
II- O litigio versar sobre direitos indisponíveis;
III- a petição inicial não estiver acompanhada de
instrumento que a lei considere indispensável à
prova do ato;
IV -As alegações de fato formuladas pelo autor
forem inverossímeis ou estiverem em contradição
com prova constante nos autos.
A não produção de efeito, diz respeito à consideração de revel, expresso no art. 344 do
CPC, in verbis:
Art.344. Se o réu não contestar a ação, será
considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as
alegações de fato formuladas pelo autor
THAYNÁ LIVRAMENTO – OAB Nº 65094
Email:
[email protected]/ Telefone: (71) 98866-5122
Assinado eletronicamente por: THAYNA SANTOS DO LIVRAMENTO;
Código de validação do documento: 85d599d8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
É nítido na jurisprudência, similaridades no que diz respeito à inexistência de produção
de efeitos de revelia, assim exposto:
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL – RÉU REVEL-
PLURALIDADE DE RÉUS- APRESENTAÇÃO
DE CONTESTAÇÃO POR UM DELES-NÃO
OCORRENCIA DOS EFEITOS DE REVELIA –
ART. 345 DO CPC- INEXISTÊNCIA DE
NEGOICO JURIDICO VALIDO ENTRE AS
PARTES- ILEGITIMIDADE PASSIVA-
EXXTINÇÃO DO PROCESSO DE RESOLUÇÃO
DO MERITO- ART 485. VI DO CPC- RECURSO
PROVIDO- Conforme disposto no art. 345 do
CPC, a revelia não produz os efeitos do art. 344 se
houver pluralidade de réus e um deles contestar a
ação- Não restando comprovado vinculo jurídico
entre o autor e a parte apelante, impõe-se o
reconhecimento de ilegitimidade passiva da
requerida- Nos termos do artigo 485, VI do NCPC,
o processo deve ser extinto, sem resolução do
mérito, quando restar configurada a ilegitimidade
de uma das partes – Recurso provido.
(TJ -MG- AC: 10000180701492001 MG Relator:
José Eustáquio: Lucas pereira. Data de Julgamento:
18/03/2021. Câmaras Cíveis/15ª CÂMARA
CÍVEL, Data de publicação: 24/03/2021)
Assim, excelência, é de fundamental necessidade e obrigatoriedade o afastamento da
consolidação de revelia solicitado pelo recorrente, bem como a reconvenção, o que é
anulado pelo artigo 345 Do Código de Processo Civil, que deixa claro a licitude da
inibição de situação de revel, mediante a pluralidade de réus, o que ocorreu, de fato, no
caso em exposição.
Num outro contexto, cabe fundamentar, também, que a parte recorrente ainda destaca a
confissão da matéria fática pelo autor. No entanto, mais uma vez, realiza uma afirmativa
equivocada e dotada de inveracidade, onde não demonstra qualquer documento
comprobatório do caso em exposição, ficando apenas no caráter oral da explanação.
Ainda assim, excelência é fundamental destacar a jurisprudência, em vista da
similaridade ao caso concreto, para consolidar o entendimento a cerca da situação fática
e efetivação da recusa ao recurso interposto pelo recorrente.
Assim explana, In verbis:
RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR
DANOS MATERIAIS DECORRENTE DE ACIDENTE DE
THAYNÁ LIVRAMENTO – OAB Nº 65094
Email:
[email protected]/ Telefone: (71) 98866-5122
Assinado eletronicamente por: THAYNA SANTOS DO LIVRAMENTO;
Código de validação do documento: 85d599d8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
TRÂNSITO VEÍCULOS QUE TRAFEGAVAM NO MESMO
SENTIDO DA PISTA. TENTATIVA DE CONVERSÃO À
DIREITA PELAS PARTES. ABALROAMENTO LATERAL.
FEITO JULGADO IMPROCEDENTE. DINÂMICA DO
ACIDENTE NÃO ESCLARECIDA. DÚVIDA SOBRE QUEM
DEU CAUSA AO EVENTO DANOSO. FATO CONSTITUTIVO
DO AUTOR NÃO COMPROVADO. SENTENÇA MANTIDA
POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO
DESPROVIDO.
(TJPR - 2ª Turma Recursal - 0040912-64.2017.8.16.0182 –
Curitiba Rel.: JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO EDUARDO
RESSETTI PINHEIRO MARQUES VIANNA - J.04.12.2020) TJ-
PR - Recurso Inominado RI 00409126420178160182 Curitiba
0040912- 64.2017.8.16.0182 (Acórdão) (TJ-PR)
RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR
DANO MATERIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE
DE TRÂNSITO. VEÍCULOS NO MESMO SENTIDO.
ABALROAMENTO LATERAL. AUTOR QUE TRAFEGAVA
PELA PISTA DA DIREITA E QUE FOI ABALROADO POR UM
CAMINHÃO QUE SAIU DA ESQUERDA EM SUA DIREÇÃO.
INVASÃO DE PISTA SEM OBSERVÂNCIA DAS REGRAS
CONTIDAS NO ART. 34 E 36 DO CTB SENTENÇA
CONFIRMADA. CONSIDERAÇÃO AO PRINCÍPIO DA
IMEDIATIDADE DA PROVA. RECURSO DESPROVIDO.
(Recurso Cível N° 71007243801, Quarta Turma Recursal Cível,
Turmas Recursais, Relator: Luis Antonio Behrensdorf Gomes da
Silva, Julgado em 23/03/2018). TJ-RS - Recurso Cível
71007243801 RS (TJ-RS)
Logo, requer o mantimento da sentença, ou, caso alterada, em benefício do recorrido, já
que este é a principal vítima as perturbações ocasionadas pelo recorrente.
DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer o acolhimento das preliminares de VALMIR para que não seja
reconhecido o recurso inominado
Acaso superadas, requer que seja mantida integralmente a sentença, afim de manter as
condenações imputadas à recorrente, negando provimento ao recurso inominado.
THAYNÁ LIVRAMENTO – OAB Nº 65094
Email:
[email protected]/ Telefone: (71) 98866-5122
Assinado eletronicamente por: THAYNA SANTOS DO LIVRAMENTO;
Código de validação do documento: 85d599d8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
Requer, seja a recorrente condenado no pagamento de todas as despesas, custas
processuais e honorários advocatícios, nos termos do art. 55 da lei 9.099/1995.
Ainda assim, requer o afastamento da solicitação de danos morais e patrimoniais
expostas pelo recorrente, bem como o afastamento da possibilidade da condenação da
parte recorrida.
Requer ainda, a concessão do benefício da justiça
gratuita Nestes termos, pede deferimento.
Candeias, BA 04/07/2022
DRA. THAYNA LIVRAMENTO
OAB/BA 65094
VICTOR CIRILO RAMOS ROCHA
Estagiário de Direito
THAYNÁ LIVRAMENTO – OAB Nº 65094
Email:
[email protected]/ Telefone: (71) 98866-5122
Assinado eletronicamente por: THAYNA SANTOS DO LIVRAMENTO;
Código de validação do documento: 85d599d8 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.