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Educação e Cidadania

Este documento discute educação e cidadania. Ele fornece conceitos sobre educação e cidadania, explora fatores ligados a esses temas como a escola e a família, e discute dimensões da educação para a cidadania. O objetivo geral é compreender a importância da educação e cidadania para o desenvolvimento da ética profissional.
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Educação e Cidadania

Este documento discute educação e cidadania. Ele fornece conceitos sobre educação e cidadania, explora fatores ligados a esses temas como a escola e a família, e discute dimensões da educação para a cidadania. O objetivo geral é compreender a importância da educação e cidadania para o desenvolvimento da ética profissional.
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Índice

Introdução...................................................................................................................................................3
Objectivos...................................................................................................................................................3
Geral:...........................................................................................................................................................3
Específicos:.................................................................................................................................................3
Metodologia................................................................................................................................................3
1.Educação e cidadania...............................................................................................................................4
1.1.Conceitos Básicos sobre a Educação e Cidadania..................................................................................4
1.1.1.Educação............................................................................................................................................4
1.1.2.Cidadania............................................................................................................................................4
1.2.Diferentes Factores Ligados a Educação e Cidadania............................................................................6
1.2.1.A Escola e a Cidadania.......................................................................................................................6
1.2.2.Família e Cidadania............................................................................................................................7
1.3.Educação para Cidadania.......................................................................................................................7
1.4.Dimensões da educação para a cidadania.............................................................................................9
Conclusão..................................................................................................................................................13
Bibliografia................................................................................................................................................14
3

Introdução
A ética no ambiente de trabalho é de fundamental importância para o bom funcionamento das
actividades da empresa/instituição e das relações de trabalho entre os colaboradores. A ética
profissional é um conjunto de atitudes e valores positivos aplicados no ambiente de trabalho. As
vantagens repercutem-se no maior nível de produção na Organização, no favorecimento para a
criação de um ambiente de trabalho harmonioso, respeitoso e agradável, bem como no aumento
do índice de confiança entre os colaboradores.

Ter ética profissional e adequar-se às normas de conduta de uma Organização são condições
cada vez mais valorizadas no reconhecimento dos trabalhadores e no processo seletivo de novos
colaboradores.

No presente trabalho pretende-se falar sobre a educaçao e cidadania onde far-se-á uma descrição
minuciosa sobre a educaçao e cidadania, sobretudo aspectos ligados as características do
comportamento ético e os padrões do código de conduta organizacional e social.

Objectivos

Geral:
 Compreender a importancia da educação e cidadania no desenvolvimento da ética e
deontologia profissional.

Específicos:
 Destacar os conceitos de educação e Cidadania;
 Rerlacionar os conceitos de educação e Cidadania;
 Identificar a importância destes para a vida social e profissional.

Metodologia
Para a materializaçao do presente trabalho foi necessário uma busca exaustiva de diferentes
obras relacionadas com o tema em apreço. Ou seja, usou-se a revisão bibliográfica.
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1.Educação e cidadania
1.1.Conceitos Básicos sobre a Educação e Cidadania
À partida, mostra-se necessário buscar a definição dos termos cidadania e educação, sendo
imperioso reconhecer que ambos constituem conceitos polissémicos.

1.1.1.Educação
Segundo VIANNA, (2008:45) a “educação, em sentido amplo, representa tudo aquilo que pode
ser feito para desenvolver o ser humano e, no sentido estrito, representa a instrução e o
desenvolvimento de competências e habilidades”.
O sentido amplo abrange a educação ao longo da vida do ser humano, enquanto, o sentido estrito
corresponde às ações educativas que ocorrem na sala de aulas entre o professor e os alunos.
Dentre as várias perspectivas da concepção de educação, evidenciamos três fundamentais cuja
classificação tem como critério a forma como se dá a aprendizagem, seja ela por recepção, por
autoconstrução ou por construção guiada, tais formas por sua vez se alicerçam respectivamente
nas teorias psicológicas comportamentalista (Skinner), humanista (Rogers) ou pisco –
construtivista (Piaget) e sócio – construtivista (Vygotsky).
Os fundamentos psicológicos da educação constituem o ponto de partida em que se deduzem
uma determinada teoria de ensino e sua prática consequente, eles governam todo o processo de
ensino, implicando a necessidade de “encaixar de forma justa e coerente teorias de aprendizagem
e prática
Pedagógica”

1.1.2.Cidadania
A cidadania não é definida de uma forma onsensual, porém tida como um dos fundamentos da
República e, no que concerne à educação, é tida como um de seus fins. Como destaca
MIRANDA, (2002:300-304.) “cidadania significa, ainda, mais vincadamente, a participação em
Estado democrático”, esclarecendo que esta noção foi difundida após a Revolução francesa.
Assim, segundo o autor, a cidadania relaciona-se à participação na vida jurídica e política de um
Estado, e ao benefício dos direitos que decorrem desta condição, de modo que a cidadania
apresenta-se como status e objeto de um direito fundamental das pessoas.

Admitindo o dilema quanto à definição de cidadania, CUNHA, (2014:236) nos conduz, com
exemplos, a um conceito:
5

“A cidadania é uma expressão de novo na moda. Como aliás a dignidade. Mas


as confusões (e as corrupções) imperam – mas onde não imperam?
A cidadania não é apenas essa qualidade de ser cidadão – não se confunde,
desde
logo, com a nacionalidade… Obviamente.
Ser cidadão também não é ser livre porque obediente às leis.
(…) A cidadania é, por um lado, cívica participação na vida pública, é o ‘sentar-
se
na primeira fila’ nas conferências e nas reuniões comunitárias, participar dos
clubes,
das agremiações, interessar-se pela sua terra, votar, etc. E nesse sentido, o bom
cidadão é o que cumpre, e pelo exemplo (e até por uma inteligente e benévola
vigilância e uma atenta pedagogia: por exemplo sobre os mais novos) faz
cumprir as
determinações da cidade – leis, sentenças, etc.”

Do exposto, depreende-se que a cidadania não se vincula à nacionalidade e, apesar de guardar


relação com o exercício dos direitos políticos, a ele não se resume. A cidadania no sentido que
entendemos que a CRFB/88 lhe confere ao mencionar uma educação que capacite para o
exercício da cidadania – consiste em utilizar os direitos políticos de maneira consciente,
conscientização sobre os direitos e deveres correspondentes à vida em sociedade (com o uso e a
exigência daqueles, e respeito a estes), interesse e efetiva participação nas questões que
envolvem a vida pública e a democracia. Ademais, a noção de cidadania possui íntima relação
com o princípio democrático, (SILVA,2008:35), o que nos conduz à necessidade de densificação
do termo “democracia”.

Nesta perspectiva, a cidadania pode ser definida simplesmente como o gozo de direitos civis e o
cumprimento de deveres de acordo com as leis de determinada sociedade. É um conceito que
pode deixar certas pessoas confusas não só pela sua complexidade, como também em relação ao
seu uso, principalmente em sociedades onde as necessidades básicas, como o alimento, nem
sempre são satisfeitas. Este é o caso da sociedade moçambicana, onde esta situação pode
envergonhar muitos daqueles em que a cidadania é melhor realizada. Esta emoção de vergonha é
parte também do verdadeiro cidadão que se preocupa com a sociedade e sente-se solidário para
com aqueles que estão nesse imenso “barco continental”.
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1.2.Diferentes Factores Ligados a Educação e Cidadania

1.2.1.A Escola e a Cidadania


A escola é um locus fundamental de educação para a cidadania, de uma importância cívica
fundamental, não como uma «antecâmara para a vida em sociedade» mas constituindo o primeiro
degrau de uma caminhada que a família e a comunidade enquadram (MARTINS, 1992: 41).

Deve proporcionar a «cultura do outro» como «necessidade de compreensão de singularidades e


diferenças» (MARTINS,1992: 41), a responsabilidade pessoal e comunitária, o conhecimento
rigoroso e metódico da vida e das coisas e a compreensão de culturas, de nações, do mundo.

A escola fornece um horizonte mais amplo no qual a criança ou o jovem inscrevem as suas vidas.
Daí a importância de uma educação da responsabilidade e do compromisso e, decorrentemente, a
necessidade do compromisso social. Segundo MARTINS (1992: 41) a escola, «agente de
mudança e factor de desenvolvimento (…) tem que se assumir basicamente não só como um
potenciador de recursos, mas também como um lugar de abertura e de solidariedade, de justiça e
de responsabilização mútua, de tolerância e respeito, de sabedoria e de conhecimento.

O papel da escola pública parece-nos de crucial importância na educação para a cidadania: é que
a escola pública, por definição, acolhe todos, é parte integrante da vida da cidade democrática.
DEWEY, (1859) afirma que grande parte da nossa educação falha porque esquece o princípio
fundamental da escola
como modo de vida comunitária.

SARMENTO (2006) corrobora estas ideias afirmando ser a escola o primeiro pilar da
«socialização pública » e CANÁRIO & CABRITO (2005) sublinham a importância da
construção da experiência escolar pelos próprios actores sociais como importante factor de
aprendizagem da cidadania.. Simultaneamente há que sublinhar, numa perspectiva de educação e
formação ao longo da vida, a importância estratégica da educação não-escolar, da educação não-
formal, da educação de adultos, especificando a importância educativa de instituições não
escolares tais como os meios de comunicação, a publicidade, as redes sociais, o bairro, as igrejas,
os grupos e associações de pertença, os movimentos de pressão, etc.
7

1.2.2.Família e Cidadania
A família é o primeiro espaço de afecto, de segurança e de alteridade. Daí constituir-se num
primeiro espaço de educação para a cidadania porque é a instância matriz da socialização na vida
das crianças, (MARTINS,1992: 41).

Tomamos aqui família num sentido muito amplo, enquanto «comunidade de destinos», podendo
assumir as formas mais diversas: famílias tradicionais, famílias monoparentais, famílias de
acolhimento (…) O que é importante é que a família seja exemplo de participação na vida cívica,
de atenção ao que a cerca, de abertura e solidariedade.

No entanto, as famílias podem também ser lugares problemáticos, de exploração e de


vitimização. Os jornais inundam-nos diariamente com notícias a esse respeito, ultrapassando
classes sociais e condições sócioeconómicas. Encontramos também famílias fechadas sobre si
mesmas, isoladas socialmente, que não têm condições para se tornar espaços de cidadania.

1.3.Educação para Cidadania


Assim, a educação afigura-se um relevante instrumento para fomentar o interesse dos cidadãos
pelas questões relativas à política (não sendo de facto suficiente a mera instituição de uma
disciplina de educação para a cidadania, como lembra (NETO, 2015:70), com a finalidade de
capacitá-los para debate público e político, o que exige uma transformação na vida cultural, não
se restringindo a uma matéria académica.

Falar de uma educação para a cidadania, segundo entendemos, implica, necessariamente,


relacioná-la com dois outros vectores: a educação para os direitos humanos e a educação para a
diferença, vertentes educacionais que não se excluem e cuja complementação mútua é essencial
para possibilitar a sua plena efetivação. Segundo preleciona NETO, (2015:70), a educação
intercultural compreende uma formação que objetive desenvolver atitudes mais adaptadas à
diversidade cultural, promovendo uma melhor compreensão e interação entre as culturas nas
sociedades modernas, por meio da compreensão, por exemplo, de mecanismos sociopolíticos que
usualmente acarretam racismo. Assim, ainda segundo a autora, a educação intercultural
relaciona-se, necessariamente, com a educação para a cidadania, na medida em que esta “ajuda a
forjar sociedades mais inclusivas, tolerantes, justas e pacíficas”.
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Dessa forma, a educação para a convivência solidária, como destaca LATAPÍ, (1994:56) “está
no centro de uma educação para a paz e os direitos humanos (ou até mesmo o conceito de
democracia)”, sendo a orientação pluralista intercultural uma “dimensão da educação para a
cidadania democrática fundamental na formação dos atuais e futuros cidadãos, porque advoga e
aprofunda os princípios democráticos de justiça social”.

Portanto, uma educação voltada para o pluralismo intercultural valoriza as diferenças, a fim de
construir uma sociedade mais justa, onde todos possam contribuir para uma identidade e um
destino comuns.

FRITZSCHE, (2007:35) destaca que, embora a educação para os direitos humanos e a educação
para a cidadania estejam relacionadas, são distintas, destacando, entre outras diferenças, que a
primeira informa sobre a igualdade de direitos para participação, ao passo que a segunda
demonstra a responsabilidade na prática deste direito.

Deve-se reconhecer, contudo, que a educação para a cidadania pode reforçar a educação para os
direitos humanos, mediante a demonstração de que estes, por vezes, são apenas reivindações
políticas ainda não concretizadas, e de que alguns direitos, como a participação política, não são
exercidos.

É nessa perspetiva que entendemos que a educação para os direitos humanos, para a cidadania e
para a diferença se complementam, sendo que uma educação que fortaleça os conhecimentos
sobre os direitos humanos e promova a compreensão das diferenças entre os indivíduos,
mediante o exercício da empatia e solidariedade, é a base para se fortalecer o regime
democrático, no qual o pluralismo é uma característica permanente. A efetivação das perspetivas
de educação ora abordadas implicam, assim, uma educação que, embora “axiologicamente
imparcial”(NETO, 2015:129) transmita valores, como enumerados, de “coesão social, aceitação
da diversidade cultural, igualdade de oportunidades e equidade, participação crítica na vida
democrática”

A educação para a cidadania visa contribuir para a formação de pessoas responsáveis,


autónomas, solidárias, que conhecem e exercem os seus direitos e deveres em diálogo e no
respeito pelos outros, com espírito democrático, pluralista, crítico e criativo, tendo como
referência os valores dos direitos humanos.
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A prática da cidadania constitui um processo participado, individual e colectivo, que apela à


reflexão e à acção sobre os problemas sentidos por cada um e pela sociedade. O exercício da
cidadania implica, por parte de cada indivíduo e daqueles com quem interage, uma tomada de
consciência, cuja evolução acompanha as dinâmicas de intervenção e transformação social. A
cidadania traduz-se numa atitude e num comportamento, num modo de estar em sociedade que
tem como referência os direitos humanos, nomeadamente os valores da igualdade, da democracia
e da justiça social.

Enquanto processo educativo, a educação para a cidadania visa contribuir para a formação de
pessoas responsáveis, autónomas, solidárias, que conhecem e exercem os seus direitos e deveres
em diálogo e no respeito pelos outros, com espírito democrático, pluralista, crítico e criativo.

A escola constitui um importante contexto para a aprendizagem e o exercício da cidadania e nela


se refletem preocupações transversais à sociedade, que envolvem diferentes dimensões da
educação para a cidadania, tais como: educação para os direitos humanos; educação
ambiental/desenvolvimento sustentável; educação rodoviária; educação financeira; educação do
consumidor; educação para o empreendedorismo; educação para a igualdade de género;
educação intercultural; educação para o desenvolvimento; educação para a defesa e a
segurança/educação para a paz; voluntariado; educação para os media; dimensão europeia da
educação; educação para a saúde e a sexualidade

1.4.Dimensões da educação para a cidadania

Na perspectiva da Direção-Geral da Educação, (2013:1-5) as diversas dimensões da educação


para a cidadania são já objeto de trabalho em muitas escolas, quer transversalmente, quer através
de ofertas curriculares específicas e de projectos. As dimensões para as quais já foram
elaborados ou estão em elaboração documentos orientadores para as escolas são, nomeadamente:

A Educação Rodoviária, que se assume como um processo de formação ao longo da vida que
envolve toda a sociedade com a finalidade de promover comportamentos cívicos e mudar hábitos
sociais, de forma a reduzir a sinistralidade rodoviária e assim contribuir para a melhoria da
qualidade de vida das populações, (NETO, 2015:134)
10

A Educação para o Desenvolvimento, que visa a consciencialização e a compreensão das


causas dos problemas do desenvolvimento e das desigualdades a nível local e mundial, num
contexto de interdependência e globalização, com a finalidade de promover o direito e o dever de
todas as pessoas e de todos os povos a participarem e contribuírem para um desenvolvimento
integral e sustentável.

A Educação para a Igualdade de Género, que visa a promoção da igualdade de direitos e


deveres das alunas e dos alunos, através de uma educação livre de preconceitos e de estereótipos
de género, de forma a garantir as mesmas oportunidades educativas e opções profissionais e
sociais. Este processo configura-se a partir de uma progressiva tomada de consciência da
realidade vivida por alunas e alunos, tendo em conta a sua evolução histórica, na perspectiva de
uma alteração de atitudes e comportamentos.

A Educação para os Direitos Humanos, que está intimamente ligada à educação para a
cidadania democrática, incidindo especialmente sobre o espectro alargado dos direitos humanos
e das liberdades fundamentais, em todos os aspetos da vida das pessoas, enquanto a educação
para a cidadania democrática se centra, essencialmente, nos direitos e nas responsabilidades
democráticos e na participação ativa nas esferas cívica, política, social, económica, jurídica e
cultural da sociedade.

A Educação Financeira, que permite aos jovens a aquisição e desenvolvimento de


conhecimentos e capacidades fundamentais para as decisões que, no futuro, terão que tomar
sobre as suas finanças pessoais, habilitando-os como consumidores, e concretamente como
consumidores de produtos e serviços financeiros, a lidar com a crescente complexidade dos
contextos e instrumentos financeiros, gerando um efeito multiplicador de informação e de
formação junto das famílias.

A Educação para a Segurança e Defesa Nacional, que pretende evidenciar o contributo


específico dos órgãos e estruturas de defesa para a afirmação e preservação dos direitos e
liberdades civis, bem como a natureza e finalidades da sua atividade em tempo de paz, e ainda
contribuir para a defesa da identidade nacional e para o reforço da matriz histórica de
Moçambique, nomeadamente como forma de consciencializar a importância do património
11

cultural, no quadro da tradição universal de interdependência e solidariedade entre os povos do


Mundo.

A promoção do Voluntariado, que visa o envolvimento das crianças e dos jovens em atividades
desta natureza, permitindo, de uma forma ativa e tão cedo quanto possível, a compreensão que a
defesa de valores fundamentais como o da solidariedade, da entreajuda e do trabalho, contribui
para aumentar a qualidade de vida e para impulsionar o desenvolvimento harmonioso da
sociedade. A criação de uma cultura educacional baseada na defesa destes mesmos valores
reforça a importância do voluntariado como meio de promoção da coesão social.

A Educação Ambiental/Desenvolvimento Sustentável, que pretende promover um processo de


consciencialização ambiental, de promoção de valores, de mudança de atitudes e de
comportamentos face ao ambiente, de forma a preparar os alunos para o exercício de uma
cidadania consciente, dinâmica e informada face às problemáticas ambientais atuais, (VIANNA,
2008:34).

Neste contexto, é importante que os alunos aprendam a utilizar o conhecimento para interpretar e
avaliar a realidade envolvente, para formular e debater argumentos, para sustentar posições e
opções, capacidades fundamentais para a participação ativa na tomada de decisões
fundamentadas no mundo atual.

A Educação para os Media, que pretende incentivar os alunos a utilizar e decifrar os meios de
comunicação, nomeadamente o acesso e utilização das tecnologias de informação e
comunicação, visando a adoção de comportamentos e atitudes adequados a uma utilização crítica
e segura da Internet e das redes sociais.

A Educação para a Saúde e a Sexualidade, que pretende dotar as crianças e os jovens de


conhecimentos, atitudes e valores que os ajudem a fazer opções e a tomar decisões adequadas à
sua saúde e ao seu bem-estar físico, social e mental. A escola deve providenciar informações
rigorosas relacionadas com a proteção da saúde e a prevenção do risco, nomeadamente na área
da sexualidade, da violência, do comportamento alimentar, do consumo de substâncias, do
sedentarismo e dos acidentes em contexto escolar e doméstico, (SILVA, 2008:45).
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A Educação para o Empreendedorismo, que visa promover a aquisição de conhecimentos,


capacidades e atitudes que incentivem e proporcionem o desenvolvimento de ideias, de
iniciativas e de projetos, no sentido de criar, inovar ou proceder a mudanças na área de atuação
de cada um perante os desafios que a sociedade coloca.

A Educação do Consumidor, que pretende disponibilizar informação que sustente opções


individuais de escolha mais criteriosas, contribuindo para comportamentos solidários e
responsáveis do aluno enquanto consumidor, no contexto do sistema socioeconómico e cultural
onde se articulam os direitos do indivíduo e as suas responsabilidades face ao desenvolvimento
sustentável e ao bem comum.

A Educação Intercultural, que pretende promover o reconhecimento e a valorização da


diversidade como uma oportunidade e fonte de aprendizagem para todos, no respeito pela
multiculturalidade das sociedades atuais. Pretende-se desenvolver a capacidade de comunicar e
incentivar a interação social, criadora de identidades e de sentido de pertença comum à
humanidade. 

.
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Conclusão
Após as leituras feitas concluiu-se que a educação é fundamental para o desenvolvimento da
cidadania. Quando se fala de educação não se restringe apenas às escolas, referimo-nos de um
todo geral, isto é, o conjunto de práticas sociais que visam a construção da identidade humana.

Contudo, percebeu-se que os colaboradores que conseguem construir relações de qualidade entre
os colegas e conquistar a confiança dos líderes, com uma postura de trabalho adequada e
resultados concretos, são aqueles que possuem ética e deontologia profissional, e
consequentementes este obtêm maior sucesso no desenvolvimento das suas carreiras.
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Bibliografia
MIRANDA, Jorge. Teoria do Estado e da Constituição. Coimbra: Coimbra editora, 2002.

CUNHA, Paulo Ferreira da. Política mínima – Manual de Ciência Política. Lisboa: Quid Juris,
2014.

NETO, Luísa. Educação e(m) democracia. Porto: U.Porto, 2015.

LATAPÍ, Pablo. ¿Educación para la tolerancia? Equívocos, requisitos y possibilidades, in


Educación para la paz y los derechos humanos. Distintas miradas, AMNU, El Perro sin Mecate,
Universidad de Aguascalientes, México, 1994.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa [Recurso


eletrónico]. São Paulo: Paz e Terra, 2011.

FRITZSCHE, K. Peter. “What Do Human Rights Mean for Citizenship Education?” in Journal
of Social Science Education, 2-2007, Volume 6, Number 2, December 2007, Transformation and
Citizenship Education.

VIAN.NA, C.E.S. Evolução histórica do conceito de educação e os objetivos constitucionais


da educação brasileira, Janus.2008.

SILVA, José Afonso da. Comentário Contextual à Constituição. São Paulo: Malheiros, 2008.

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