100% acharam este documento útil (1 voto)
179 visualizações24 páginas

Fosseis Do Parana

O documento descreve fósseis encontrados no estado do Paraná, Brasil. Ele detalha os principais períodos geológicos representados no estado, incluindo o Pré-Cambriano, Devoniano, Permiano e Quaternário, e os tipos de fósseis encontrados em cada período, como estromatólitos pré-cambrianos e trilobitas devonianos. O documento também fornece contexto sobre a Bacia Geológica do Paraná onde muitas das rochas sedimentares fossilíferas estão localizadas.

Enviado por

Robb Junior
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
100% acharam este documento útil (1 voto)
179 visualizações24 páginas

Fosseis Do Parana

O documento descreve fósseis encontrados no estado do Paraná, Brasil. Ele detalha os principais períodos geológicos representados no estado, incluindo o Pré-Cambriano, Devoniano, Permiano e Quaternário, e os tipos de fósseis encontrados em cada período, como estromatólitos pré-cambrianos e trilobitas devonianos. O documento também fornece contexto sobre a Bacia Geológica do Paraná onde muitas das rochas sedimentares fossilíferas estão localizadas.

Enviado por

Robb Junior
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 24

Fósseis do Paraná

Fernando A. Sedor

Museu de Ciências Naturais


MCN - SCB - UFPR
Autor: Fernando A. Sedor (MCN - SCB - UFPR)
Revisão Técnica: David Dias da Silva (UFRGS)
Eliseu Vieira Dias (UNIOESTE - Cascavel)
Erasto Villa-Branco Jr. (Dep. Genética - UFPR)
Rafael Costa da Silva (CPRM - RJ)
Sibelle Trevisan Disaró (CEM - UFPR)
Ilustrações: Renata Cunha
Fotografias: Eliseu Vieira Dias
Fernando A. Sedor
Marcelo Luis Korelo
Rafael Costa da Silva
LAMIR - UFPR - Laboratório de Análise de Minerais e Rochas
Diagramação: Eduardo Shiichi Suzuki

Impressão: WL Impressões Ltda.

Ficha Catalográfica Digital

S449f Sedor, Fernando A., 1960-


Fósseis do Paraná / Fernando A. Sedor. –
Curitiba : Museu de Ciências Naturais, 2014.
Recurso digital.

Formato: PDF
ISBN 978-85-66631-14-2 (recurso digital)

1. Fósseis – Paraná. 2. Paleontologia –


Paraná. I. Museu de Ciências Naturais (Curitiba,
PR). II. Título.

CDD – 560.98162

Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Lioara Mandoju CRB-7 5331

Capa: Trilobita da Formação Ponta Grossa


Foto: Fernando A. Sedor
As evidências mais antigas de vida na Terra

O
datam de cerca de 3,85 bilhões de anos.
s fósseis são objetos de estudo da
Paleontologia, que é a área do conhecimento
que se ocupa com o estudo da vida desde
seus primeiros registros na Terra. Os fósseis são
restos ou vestígios de organismos pré-históricos
preservados principalmente em rochas sedimentares
(argilitos, arenitos, siltitos, calcários etc.). Estas rochas
se formam a partir do endurecimento de sedimentos
e usualmente se apresentam em camadas (fig. 1).

Foto: Fernando A. Sedor

B
Fig.1. Afloramento de rochas sedimentares da Formação Rio do
Rasto, na região da Serra do Cadeado.
ilhões de anos de Evolução da vida estão
documentados nas rochas sedimentares. Os
fósseis podem se apresentar sob a forma de
impressões, moldes, esqueletos, conchas, carapaças,
1
troncos vegetais, entre outros, ou podem ser evidências
de atividades desses organismos como fezes, rastos,
pegadas, escavações, perfurações, ovos etc. Para
um objeto ser considerado fóssil convencionou-se
que é preciso ter idade superior a 12.000 anos,
portanto pré-histórico e, geralmente, ter passado

E
por um processo de mineralização denominado de
fossilização.
xistem diferentes formas de fossilização que
dependem da constituição do organismo e das
condições ambientais onde se encontravam
ao ser encobertos pelos sedimentos. As alterações
geológicas sofridas pelas rochas sedimentares ao
longo do tempo podem alterar e até destruir os fósseis
após sua formação. A chance de um organismo ser
preservado como fóssil é muito pequena, e apenas
uma mínima parte dos seres vivos que existiram foi
fossilizada. Assim, cada fóssil é único e de extrema
importância por fornecer informações sobre os

O
organismos e os caminhos da evolução ao longo do
Tempo Geológico.
s fósseis fazem parte do patrimônio do
Brasil e sua comercialização no território
brasileiro é ilegal. Assim, a sua coleta e
coleção é permitida apenas por instituições de pesquisa
científica e ensino (museus, institutos, universidades
etc.), com a devida autorização do Departamento
Nacional de Produção Mineral (DNPM).
2
A maioria das rochas sedimentares do Estado
do Paraná situa-se na Bacia Geológica do Paraná
(fig. 2), que corresponde a uma antiga e ampla
depressão preenchida por rochas sedimentares
e vulcânicas que ocupam a região centro-sul do
Brasil, chegando ao nordeste da Argentina, leste
do Paraguai e ao norte do Uruguai, ocupando uma
área de aproximadamente 1,5 milhão de km². Esta
depressão começou a receber sedimentos durante a

BRASIL

PARAGUAI

URUGUAI

ARGENTINA

BACIA DO PARANÁ

Fig. 2. Mapa da América do Sul ilustrando a localização da


Bacia Geológica do Paraná.
3
Era Paleozoica (ver tabela abaixo), até o final da Era
Mesozoica.
Eon Era Período Época Tempo
presente
Holoceno
Quaternário
Pleistoceno
~ 2.600.000 anos
Cenozoico

Plioceno
Neógeno
Mioceno
~ 23.000.000 anos
Oligoceno
Paleógeno Eoceno
Paleoceno
~ 66.000.000 anos
Fanerozoico

Cretáceo
Mesozoico

Jurássico
Triássico
~ 252.000.000 anos
Permiano
Carbonífero
Paleozoico

Devoniano ~ 393.000.000 anos


Siluriano
Ordoviciano
Cambriano
~ 541.000.000 anos
“Pré-Cambriano”
Termo informal para divisões do Tempo Geológico que
antecedem o Período Cambriano
~ 4.600.000.000 anos
Tabela simplificada do Tempo geológico.
Quase 1/3 da superfície do Estado do Paraná é

O
constituída por rochas sedimentares formadas em
diferentes períodos geológicos (fig.3).
Paraná apresenta extensas áreas onde
afloram rochas sedimentares fossilíferas,
sendo que algumas são muito antigas, com
quase 1 bilhão de anos, e outras foram formadas
há apenas poucos milhares de anos. Dentre os
períodos geológicos, quatro deles (Pré-Cambriano,
Devoniano, Permiano e Quaternário) estão bem
representados no Estado do Paraná.
4
Mesozoico

Paleozoico
Pré-Cambriano

Fig. 3. Mapa geológico simplificado do Estado do Paraná: rochas


pré-cambrianas; rochas paleozoicas e rochas mesozoicas.
Pequenos depósitos sedimentares cenozoicos ocorrem em várias
regiões do estado.
Pré-Cambriano (4.600 Ma - 541 Ma)
Os fósseis brasileiros mais antigos tem idade
pré-cambriana. Apesar das rochas dessa idade
ocorrerem em mais da metade do território nacional,
seus fósseis são pouco variados e ainda pouco
estudados. Nas rochas calcárias aflorantes na região
metropolitana de Curitiba ocorrem fósseis de grandes
colônias de antigos microrganismos (cianobactérias).
Estas estruturas são denominadas de estromatólitos
(figs. 4 e 5) e se formaram através do acúmulo de
finas camadas de carbonato de cálcio depositadas
pelas cianobactérias. São os fósseis mais antigos
encontrados em nosso estado, com idade aproximada
a 1 bilhão de anos.
Na região de Campo Largo ocorrem rochas da
Formação Camarinha com estruturas interpretadas
5
como corpos de organismos (Beltanelliformis) de
afinidade incerta relacionados à Biota de Ediacara,
com idade aproximada de 541 Ma (fig. 6).
a

5 cm 5 cm

Foto: LAMIR
Fig. 4. Estromatólitos da Formação Capiru, da região de
Colombo: a) em secção longitudinal e b) em secção transversal.

Fig. 5. Estromatólitos atuais de SharkBay, Austrália.


6
10 cm

Fig. 6. Fósseis (Beltanelliformis)


da Formação Camarinha, da
região de Campo Largo.
Foto: Rafael Costa da Silva

Período Devoniano (419 Ma - 359 Ma)


Este período está representado por rochas de
origem marinha, pois durante todo o Devoniano
a recém originada Bacia do Paraná era ocupada
por águas marinhas. Em áreas dos municípios de
Ponta Grossa, Jaguariaíva e Tibagi são comuns
afloramentos rochosos contendo fósseis de
invertebrados marinhos, algas e plantas. Este conjunto
de rochas é denominado de Formação Ponta Grossa,
representada principalmente por argilitos, siltitos e
arenitos. As rochas com estrutura laminar fina são
denominados de folhelhos e neles são comuns fósseis
de invertebrados. Dentre eles encontram-se trilobitas
que são animais artrópodes com corpo dividido
em três lóbulos longitudinais (ver figura da capa),
braquiópodes que são animais providos de concha
7
bivalve (figs. 7, 8 e 9), moluscos, equinodermos
como lírios-do-mar e estrelas-do-mar (fig. 10),
anelídeos, cnidários entre outros.

1 cm

Foto: Fernando A. Sedor


Fig. 7. Molde interno de braquiópode (Australospirifer iheringi),
procedente da região de Ponta Grossa.

1 cm
Foto: Fernando A. Sedor
Fig. 8. Valvas de braquiópodes lingulídeos, procedentes da
região de Ponta Grossa.

1 cm

Foto: Fernando A. Sedor


Fig. 9. Moldes e contra-moldes de braquiópodes (Australocoelia
tourteloti), procedentes da região de Ponta Grossa.
8
1 cm
Foto: Fernando A. Sedor
Fig. 10. Impressões de equinodermos da região entre Ponta
Grossa e Palmeira.
Período Permiano (299 Ma - 252 Ma)
Durante o Permiano a Antártida, a América do Sul,
a África, Madagascar, a Índia e a Oceania estavam
unidos, formando um supercontinente no hemisfério
sul, denominado Gondwana (Fig. 11).
América do Sul
África
Antártida
Índia
Gondwana Austrália

Fig. 11. Representação simplificada do grande continente


austral denominado Gondwana.
No início deste período, a Bacia do Paraná
estava ocupada por um mar raso (epicontinental),
evidenciado pela presença de fósseis de peixes,
crustáceos e répteis aquáticos. Posteriormente este
mar regrediu, depositando sedimentos associados a
ambientes continentais, demonstrado pela ocorrência
9
de fósseis de plantas, principalmente gimnospermas
e esfenófitas, e de animais terrestres (répteis e
anfíbios).
Há cerca de 280 Ma um grande mar interno se
formou ocupando mais de 1 milhão de km2, incluindo
a porção sul da América do Sul e a parte sul do
atual continente africano. Neste ambiente aquático
viviam pequenos répteis aquáticos, conhecidos como
mesossauros (figs. 12 e 13).

cm
Foto: Fernando A. Sedor
Fig. 12. Espécime de mesossaurídeo preservado em carbonato,
encontrado na região de Guapirama.
Estes animais atingiam um pouco mais de 1
metro de comprimento, apresentavam o corpo
longo e esguio, com uma longa cauda utilizada
como órgão propulsor, mãos e pés dotados de
membranas interdigitais, cabeça pequena e afilada
com boca munida de longos e finos dentes para
captura de pequenos crustáceos. No Brasil, fósseis
de mesossauros foram primeiramente encontrados
em rochas escuras, betuminosas, na região do
atual Município de Irati. A espécie mais comum de
10
Figs. 13. Messosauros: a) reconstituição
de Mesosaurus tenuidens e b) “pegadas”
subaquáticas.
a

Foto: Fernando A. Sedor 5 cm

mesossaurídeo no Estado do Paraná é denominada


de Mesosaurus tenuidens, que também ocorre
no continente africano. Por ocorrerem tanto na
América do Sul como na África, eles foram um dos
primeiros fósseis utilizados como evidência de que
a América do Sul esteve ligada à África (teoria da
Deriva Continental).
Ao final deste período depositaram-se sedimentos
11
continentais fluviais de ambientes associados a
grandes deltas que apresentam grande variedade
de plantas, invertebrados, peixes, anfíbios e répteis.
Dentre as rochas mais fossilíferas estão as das
formações Terezina e Rio do Rasto. A Formação
Terezina é conhecida por seus fósseis de plantas (fig.
14) e acúmulos de conchas (fig. 15).

Foto: Fernando A. Sedor


Fig. 14. Tronco vegetal (lenho) silicificado, da Formação
Terezina, encontrado na região do Município de Ribeirão Claro.

5 cm

Foto: Fernando A. Sedor


Fig. 15. Coquina, rocha constituída por acúmulo de conchas de
moluscos bivalves, da Formação Terezina, da região de Santo
Antônio da Platina.
12
A Formação Rio do Rasto foi depositada durante o
final do período Permiano e constitui-se de siltitos,
argilitos e arenitos finos (fig. 1). Estas rochas ocorrem
numa grande extensão da região sul, principalmente
nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande
do Sul. A fauna da Formação Rio do Rasto inclui
moluscos, plantas (fig. 16), peixes ósseos primitivos
(paleoniscídeos, fig. 17), tubarões (fig. 18), anfíbios
(figs. 19 e 20) e répteis extintos com suas pegadas
(fig. 21).

5 cm

Foto: Fernando A. Sedor


Fig. 16. Impressão de folha de Glossopteris da Formação Rio
do Rasto, da região de Jacarezinho.

cm

Foto: Eliseu Vieira Dias


Fig. 17. Peixe ósseo primitivo (Paranaichthys longianalis) da
Formação Rio do Rasto, da região de Santo Antônio da Platina.
13
5 cm
Foto: Fernando A. Sedor
Fig. 18. Espinho de nadadeira de tubarão esfenacantídeo, da
Formação Rio do Rasto, procedente da região de Jacarezinho.

Foto: Fernando A. Sedor


Fig. 19. Crânio de Australerpeton cosgriffi, anfíbio da Formação
Rio do Rasto, durante o processo de coleta pela equipe de
paleontologia do MCN, na região de São Jerôniomo da Serra.

5 cm

Foto: Eliseu Vieira Dias


Fig. 20. Crânio de Australerpeton cosgriffi, anfíbio da Formação
Rio do Rasto, procedente da região da Serra do Cadeado.
14
5 cm
Foto: Fernando A. Sedor
Fig. 21. Pegadas de répteis da Formação Rio do Rasto,
procedentes da região de São Jerônimo da Serra.

Período Quaternário (2,59 Ma – até o presente)


Épocas: Pleistoceno (2,59 Ma – 11,7 mil anos) e
Holoceno (11,7 mil anos até o presente)
O homem (Homo sapiens) chegou à América do
Sul durante o final do Pleistoceno e provavelmente
encontrou a América povoada por grandes animais
que viveram no último milhão de anos, denominados
de Megafauna. Até o presente, foram encontrados
no Paraná restos de grandes bichos-preguiças,
toxodontes, mastodontes, cavalos e cachorros
extintos, entre outros.
Fósseis de mamíferos extintos ocorrem tanto em
pequenas bacias sedimentares no segundo e terceiro
planaltos, como no interior de cavernas. Pelo menos
três esqueletos parciais de Eremotherium, preguiças
gigantes terrícolas (fig. 28c), que atingiam mais de
4 metros e pesavam mais de 4 toneladas, foram
coletados no Paraná, sendo que o último deles foi
15
encontrado na região de Ribeirão Claro. Preguiças
menores, como Glossotherium (fig. 22) e Catonyx
cuvieri (fig. 23), que atingiam mais de 3 metros
e pesavam próximo de 1,5 tonelada, foram
encontradas em cavernas da região metropolitana de
Curitiba e Adrianópolis, respectivamente.

Fig. 22. Reconstituição de um glossotério (Glossotherium sp.),


uma grande preguiça terrícola, encontrada em cavernas da
região de Rio Branco do Sul, que atingiu 3,5 metros e mais de
1,5 tonelada.

5 cm
Foto: Fernando A. Sedor
Fig. 23. Fragmento do osso da mandíbula de preguiça
gigante (Catonyx cuvieri), procedente de caverna na região de
Adrianópolis.
Fósseis de mastodontes (Notiomastodon platensis,
fig. 28a), parentes próximos dos atuais elefantes,
foram coletados em Chopinzinho, Icaraíma e
16
Mangueirinha. Estes animais atingiam o porte de
um elefante atual e ultrapassavam 5 toneladas. Os
toxodontes (Toxodon platensis, fig. 28d), eram
ungulados nativos da América do Sul, com aparência
de hipopótamos, que atingiam mais de uma tonelada
e seus restos foram encontrados em uma caverna
da região de Rio Branco. Em cavernas do Município
de Doutor Ulysses, foi encontrado um cachorro
extinto (Protocyon troglodytes, figs. 25 e 28b)
com proporções semelhantes de um lobo atual, bem
como restos de cervídeos (fig. 26) e antas. Ainda
na região dos municípos de Adrianópolis e Doutor
Ulysses, foram encontrados fósseis de uma espécie
extinta de porco-do-mato e duas ainda viventes, o
catitu e o pecari (fig. 24).

Foto: Marcelo Luis Korelo 5 cm

Fig. 24. Ossos da mandíbula de um porco-do-mato (Tayassu


pecari), procedente de caverna da região de Adrianópolis.
17
5 cm
Foto: Fernando A. Sedor
Fig. 25. Crânio de cachorro extinto (Protocyon troglodytes),
parcialmente incrustrado por carbonato de cálcio, encontrado
em caverna na região de Doutor Ulysses.

5 cm

Foto: Fernando A. Sedor


Fig. 26. Crânio de cervídeo (Mazama sp.) completamente
incrustado por carbonato de cálcio, encontrado em caverna na
região de Doutor Ulysses.
Na área da atual Represa Hidrelétrica Governador
Ney Aminthas de Barros Braga, em Mangueirinha,
foram coletados restos de um cavalo extinto (Equus
(Amerhippus) neogeous, fig. 27) associados a
preguiças gigantes e mastodontes. Os cavalos eram
comuns na paisagem pleistocênica sul-americana,
mas se extinguiram ao final do Pleistoceno, sendo
introduzidos pelo homem bem mais recentemente.
18
5 cm
Foto: Fernando A. Sedor
Fig. 27. Osso da mandíbula de cavalo extinto – Equus
(Amerhippus) neogeous – coletado na região da Represa
Hidrelétrica Governador Ney Aminthas de Barros Braga,
Município de Mangueirinha.
Esta megafauna foi contemporânea de outros
animais da fauna sul-americana, no entanto, grande
parte dela foi extinta no final do Pleistoceno e início
do Holoceno.

ª¬¬ ¬¬ª

Museu de Ciências Naturais - SCB - UFPR


Este museu mantém uma pequena exposição
permanente da área de Ciências Naturais para a
visitação da comunidade em geral e atividades de
extensão direcionadas a alunos da rede pública e
privada de Ensino Fundamental e Médio. Mantém,
ainda, coleções científicas de Zoologia, Osteologia
e Paleontologia (vertebrados, invertebrados,
paloebotânica e icnologia) que podem ser visitadas e
consultadas por pesquisadores das respectivas áreas.
19
Fig. 28. Reconstituição de uma paisagem
paranaense durante o final da época pleistocênica,
ilustrando animais da megafauna: a. Mastodonte
(Notiomastodon platensis), um dos proboscídeos
sul-americanos; b. Cachorros extintos da
espécie Protocyon troglodytes; c. Megatério
(Eremotherium), preguiça gigante terrícola; d.
Toxodontes (Toxodon platensis), animais do
grupo dos ungulados.

a
d d
c

b b
MUSEU DE CIÊNCIAS NATURAIS
MCN - SCB - UFPR
Endereço: Universidade Federal do Paraná
Campus do Centro Politécnico / Setor de Ciências Biológicas
Museu de Ciências Naturais
Rua Coronel Francisco Heráclito dos Santos, no 100
Caixa Postal 19031
Bairro Jardim das Américas
Curitiba - PR / CEP 81.531-990

Contato e agendamento de visitações:


Telefone: (41) 3361-1628
E-mail: [email protected]
Home Page: www.mcn.ufpr.br

Horário de atendimento ao público:


de segunda a sexta-feira
9:00 às 12:30 h
13:30 às 17:00 h
MUSEU DE CIÊNCIAS NATURAIS

Patrocínio:
Apoio ao Programa Ciência Vai à Escola

Colaboradores:

ISBN 978-85-66631-14-2

Você também pode gostar