SP 07
A água corporal total do corpo humano, de modo geral, se divide em dois
grandes compartimentos: o intracelular e o extracelular.
Em média 62% pertencem ao líquido intracelular e 38% ao extracelular.
A água que dá origem à transpiração vem do plasma, que é pertencente
ao líquido celular.
Se pensarmos no efeito agudo do exercício físico, o líquido do plasma é
desviado temporariamente para espaços intersticial e intracelular em
consequência de uma pressão aumentada no sistema circulatório.
Mas se pensarmos no efeito crônico do exercício físico, com o aumento da
massa muscular, haverá um maior percentual de água no compartimento
intracelular. Vale ressaltar que o volume plasmático sofrerá redução quando
houver uma perda de líquido de 2% a 3% da massa corporal decorrente da
transpiração.
A ingestão de água deve ser diária de aproximadamente 2,5 litros para um
adulto sedentário em ambiente termoneutro, uma vez que a excreção diária
de água é de aproximadamente 2,5 litros mantendo assim o equilíbrio hídrico
no corpo humano. Porém deve-se ter cautela em aumentar a ingestão de
água durante o exercício físico intenso no calor, pois nessas condições o
indivíduo adulto pode ter uma perda hídrica de até 6,3 litros. Caso não haja
uma reidratação adequada o indivíduo sofre uma desidratação podendo chegar
a uma hipo hidratação.
Hidratação
O conceito de hidratação se refere ao estado do indivíduo em relação ao
equilíbrio hídrico em relação à variação diária de água corporal.
De acordo com o estado de hidratação o indivíduo pode estar:
Reidratado: variação diária normal de água;
Hiperidratado: estado estável, porém com maior conteúdo de água;
Hipoidratado: estado estável, porém com menor conteúdo de água;
O processo de desidratação é caracterizado pela perda hídrica, passando do
estado Reidratado para o hipoidratado ou ainda do hiperidratado para o
Reidratado. Já o processo de reidratação se trata do ganho de água, onde o
indivíduo sai do estado de hipoidratação para reidratação.
Causas de desidratação
A desidratação ocorre se a água eliminada pelo organismo através da
respiração, suor, urina, fezes e lágrimas, não for reposta adequadamente. Isso
pode acontecer quando a ingestão de líquidos é insuficiente, nos quadros de
vômitos, diarreias e febre, nos dias de muito calor por causa da transpiração
excessiva, nos portadores de diabetes em função do aumento do número de
micções e pelo descontrole no uso de diuréticos.
No caso de Sr Gilberto:
Devido seu trabalho na construção civil, ofício que exigia enorme esforço físico e o submetia,
em dias de verão, a horas de exposição ao sol intenso – apesentava o quadro de desifratação
severa (a pele e lábios secos, sede intensa, diminuição da diurese, urina de cor amarela escura)
- a pele e lábios secos se dão devido o aumento da osmolaridade causada pela queda do
volumo vindo da desidratação causa pela exposição ao sol e esforço físico. Como mecanismo
compensatório da queda do volume e aumento da osmolaridade no líquido extracelular se tem
a diminuição das secreções corpóreas- no caso dele da saliva e pele – o que causou a pele e
lábios seco – induzindo a sede intensa
aumento da osmolaridade no líquido extracelular → diminui a secreção de
saliva → causando boca seca e dando a sensação de sede
a diminuição da diurese se dá devido a capacidade dos rins de impedir a eliminação de
grandes quantidades de liquido pela urina mediante a uma baixa ingestão de liquido. –
o corpo compensa a diminuição de volume reabsorvendo mais agua – logo excretando
menos – mas ao mesmo tempo, mantem a excreção de metabolitos e de substancia
toxicas ao corpo. Então quando se excreta menos água, a urina fica mais concentrada
desses metabolitos causando a cor amarela escura
checar hepatograma –
primeiro compensar o que mata ele – hipercalemia
depois na d de base
MECANISMO DA SEDE:
Sede/Dipsia: percepção da necessidade de ingerir liquidos
-Mecanismo Regulatório essencial na homeostase - hidrica
-Pode ser originada por habitos, estilo de vida, alterações psicologicas mas no
geral se da por alterações hidricas nos compartimentos corporeos -
intracorporeos (volume e concentração)
-em condições basais eliminamos água pelas secreções intestinais, suor,
saliva
-ainda, perdemos pelo vômito, diarreia e hemorragia
→ Disparado por neurônios (osmorreceptores): a percepção da necessidade de
ingerir volume vem por neurônios - logo: envolve sistema nervoso central
a manutenção da homeostase hídrica funciona como uma balança:
perdemos em média 2,5L por dia de água a partir da urina e secreções
corpóreas normais, urina, fezes
resgatamos esse volume pela bebida, comida e reações metabólicas formando
uma balança
esses processos que envolvem perda d’água no geral envolve os processos:
diminuição de volume do sangue e aumento da osmolaridades
ex: no suor perdemos água e sais - porém não funciona na mesma proporção,
pois não se perde soluto da mesma forma que solvente - logo, não perdemos
sais como água - aumentando a osmolaridade
mecanismo de balanço: diminuição da perda (o rim reabsorve mais água) e
aumento na ingestão (pois a diminuição da perda não dá conta de restabelecer
o volume)
LOGO: ao diminuir volume → estimula osmorreceptores (neurônios que
percebem alterações osmóticas - o aumento da osmolaridade causa a
sensação de sede) no centro hipotalâmico da sede
aumento da osmolaridade no líquido extracelular → diminui a secreção de
saliva → causando boca seca e dando a sensação de sede
todo esse mecanismo acontece no hipotálamo - na parede do terceiro ventrículo - essa
região possui células capacitadas de receber estímulos centrais ou periféricos que dão
a entender que o corpo precisa restabelecer volume - dando a percepção da
necessidade de ingerir líquido LOGO: sede
- esses estímulos são:
osmorreceptores: percepção do aumento da tonicidade
estímulos periféricos:
hormônios: como angiotensina 2, peptídeo atrial natriurético (ANP), galaxina -
hormônios circulantes que ou estimulam ou inibem a sensação de sede - no caso anp
angiotensina 2: liberado em situações de hipovolemia
anp: liberado em situações de hipervolemia - precisando inibir a sede pois já tem
volume demais
Células que são
estimuladas em
situações de
alto/baixo
Circulação
volume/concentração
sanguinea
encefalo
quando se possui uma diminuição do volume plasmático – o rim entende que esta
filtrando menos – menos sangue – logo: libera renina que converte angiotensinogenio
em angiotensina 1 (eca) angiotensina 2 que é um potente vasocronstritor afim de
aumentar a pressão – geralmente da arteríola eferente pois essa possui receptores de
angiotensina 2 – receptores AT1
logo: angiotensina 2 está ligada a uma baixa filtração glomerular – que está ligado a
um baixo volume sanguíneo – portanto a angiotensina 2 exerce essa função de lá no 3
ventriculo estimular a sensação de sede
outras coisas que possuem a mesma função extimulatorias:
barorreceptores arteriais – neurônios que recebem estímulos pressorios na artéria –
quando a pressão cai indica que há uma queda de volume – estimulando a sede para
aumentar esse volume
receptores cardiopulmonares são capacitados de diminuir queda do volume –
indicando necessidade de beber água
osmoreceptores viscerais: aumento da tonicidade – diminuição do volume sede
LOGO: aumento da concentração – diminuição de volume – aumento da pressão:
todos eles são estímulos perceptíveis por neurônios que detectam essas variações e
avisam o SNC que precisa acionar o centro da sede hipotalamico
AINDA: quando os líquidos extracelulares estão aumentados o próprio SNC pode
detectar porque o hipotálamo tem contato com sangue – não precisando
necessariamente dos avisos periféricos – pode ser perceptível pelo central
DE MANEIRA CONTRARIA: ANP é liberado quando há a distensão do átrio direito
devido o aumento do volume – então o excesso de volume indica ainibição da sede
para que não se aumente ainda mais o volume
Galaxina: hormonio ovariano de gestação que atua como estimulador da sede – então
nota-se um aumento da sede durante a gestação
Em idosos: nota-se uma diminuição da sensação de sede – pode estar relacionado
pela diminuição do sistema renina-angiotensina-aldosterosa e aumento do ANP que já
foi visto em idosos
Nota-se várias áreas ativas no cérebro
durante a sede máxima e 3min após
ingerir líquidos uma diminuição da
atividade cerebral
Áreas em amarelo e vermelho indica
atividade alta
Os Rins e a Regulação da Pressão Arterial
O aumento de líquido intravascular aumenta a pressão arterial. A presença de sódio
na circulação sanguínea produz aumento da volemia por aumentar a
osmolalidade. O aumento da osmolaridade estimula o centro da sede no
hipotálamo e aumenta produção de hormônio anti-diurético. A estimulação do
centro da sede faz o indivíduo beber água em quantidade suficiente para diluir o sal
até a concentração normal.
Considerando-se estes fatores e acrescentando-se que a eliminação renal de sódio é
mais lenta que a eliminação renal de água, fica fácil compreender porque a ingestão
excessiva de sal aumenta mais a pressão arterial do que a ingestão de grandes
quantidades de água.
Sempre que há um aumento no volume de líquido extracelular a pressão arterial sobe
e os rins iniciam um mecanismo que aumenta a diurese (eliminação de água através
da urina) e a natriurese (eliminação de sódio através da urina) com a finalidade de
fazer a pressão voltar ao normal. Este é o mecanismo básico de controle da pressão
arterial pelos rins.
Outros mecanismos mais refinados que surgiram durante a evolução, porém,
permitiram aos rins o controle a longo prazo da pressão arterial, destacando-se o
sistema renina- angiotensina. A importância da hipertensão arterial está relacionada à
idéia de que, mesmo em indivíduos com hipertensão moderada, a expectativa de vida
está sensivelmente diminuída.
Entre os danos causados pela hipertensão destacam-se a possibilidade de surgimento
de uma doença cardíaca congestiva, a ruptura de vasos cerebrais e a formação de
lesões renais.
O sistema renina-angiotensina inicia-se com a liberação de renina na circulação pelos
rins, iniciando uma série de reações que produz angiotensina I e angiotensina II. A
angiotensina II é um potente vasoconstritor, causando vasoconstrição periférica e
aumento da pressão arterial. Além de causar vasoconstrição periférica, a angiotensina
II também atua nos rins diminuindo a excreção de sal e água.
A ativação do sistema renina-angiotensina aumenta a secreção de aldosterona que
atua na reabsorção renal de água e, principalmente, de sódio. Uma importante função
do sistema
renina-angiotensina é permitir a ingestão de pequenas ou grandes quantidades de sal
sem alterar significativamente a pressão arterial.
Mecanismos de Controle para os Líquidos Corporais e seus Constituintes
Para que as células do corpo funcionem adequadamente, devem estar
banhadas pelo líquido extracelular com uma concentração relativamente
constante de eletrólitos e outros solutos. O rim normal tem a extraordinária
capacidade de variar as proporções relativas de solutos e de água na urina em
resposta a várias situações de desafio. Através desse mecanismo, os rins
excretam o excesso de água através da formação de urina diluída. O nível do
hormônio antidiurético ou vasopressina constitui o sinal que indica aos rins a
necessidade de excretar urina diluída ou concentrada.
Quando surge um déficit de água no organismo, o rim forma urina
concentrada através da excreção contínua de solutos, enquanto a
reabsorção de água aumenta, com a consequente diminuição do volume
de urina formada.
Embora múltiplos mecanismos controlem a quantidade de sódio e água
excretada pelos rins, os principais sistemas de controle são o sistema do ADH
e o mecanismo da sede.
O aumento da osmolaridade do líquido extracelular provoca a contração de
células nervosas especiais localizadas no hipotálamo anterior. A contração das
células osmorreceptoras provoca a emissão de sinais para a hipófise posterior.
Estes potenciais de ação estimulam a liberação de ADH, que penetra na
corrente sanguínea e é transportado até os rins, onde aumenta a
permeabilidade dos túbulos distais, túbulos coletores e ductos coletores à
água. Por conseqüência, a água é conservada no corpo, enquanto o sódio e
outros solutos continuam a ser excretados na urina.
Esse processo provoca diluição dos solutos no líquido extracelular, corrigindo,
assim, o líquido extracelular excessivamente concentrado. A seqüência oposta
de eventos é observada quando o líquido extracelular torna-se muito diluído
(hiposmótico). Os rins minimizam a perda de líquido durante déficits de água
através do sistema de feedback osmorreceptor-ADH. Todavia, a ingestão de
líquido é necessária para contrabalançar sua perda, o que pode ocorrer através
da sudorese, da respiração e pelo trato gastrintestinal.
A mesma área ao longo da parede ântero-lateral do terceiro ventrículo que
promove a liberação de ADH também estimula a sede através do centro da
sede. Os neurônios do centro da sede respondem a injeções de soluções
hipertônicas de sal, estimulando o comportamento da ingestão de água.
HEMATOCRITO AUMENTADO:
O aumento do hematócrito pode acontecer principalmente devido à diminuição da
quantidade de água no sangue, havendo o aumento aparente da quantidade de
hemácias e hemoglobina, sendo essa situação consequência de desidratação.
. A desidratação causa um maior nível de hematócrito junto com um maior volume de
sangue e plasma porque há menos líquido no corpo para diluir o sangue, por isso é muito
importante que estejamos bem hidratados para que os níveis de hematócrito não disparem.
Aumente a ingestão de líquidos na sua dieta diária para evitar que isso ocorra.
Quando temos um nível alto de hematócrito, o sangue torna-se mais espesso,
podendo formar coágulos.
nível alto de hematócrito, porque a nossa medula óssea produz
mais glóbulos vermelhos para compensar o nível baixo de oxigênio
soluto x solvente:
se tem x de sal – que seria o hematócrito
y de agua – pensa como o sangue no geral
se tira essa agua o sal fica mais concentrado -logo – a desidratação
causa o aumento do hematócrito devido o aumento da
concentração – não necessariamente pelo produção como foi dito
na abertura – e sim pela falta de agua e proporcionalmente fica
maior no exame laboratorial
HIPERVENTILAÇÃO SR GILBERTO:
Pode ser dado por 2 causas:
- a falta do aporte ocasiona na hiperventilação como mecanismo
compensatório – quando a troca alvéolo-capilar está ruim ocorre a
hiperventilação afim de suprir a demanda de oxigênio para as
células – então nesse caso a hiperventilação se dá pela
hipovolemia
Pois o corpo vai tentar de todas as formas aumentar o aporte
O mais importante nesse caso é aumentar a PA senão o
paciente, no caso Gilberto, vai ter um choque hipovolêmico e
a hipercalemia que é perigosa devido o disturbio no eletro
sendo a primeira coisa as ser compensado
– Regulação do Equilíbrio Ácido-Básico
A regulação do equilíbrio dos íons hidrogênio é, em alguns aspectos, semelhante à
regulação de outros íons no organismo. Além do controle feito pelos rins, existem
outros mecanismos de tamponamento ácido-básico envolvendo o sangue, as células e
os pulmões, que são essenciais para a manutenção das concentrações normais dos
íons hidrogênio nos líquidos extra e intracelular. O pH normal do sangue arterial é de
7,4, enquanto o pH do sangue venoso e dos líquidos intersticiais é de cerca de 7,35
devido ao dióxido de carbono liberado dos tecidos para formar ácido carbônico.
O indivíduo apresenta acidose quando o pH cai abaixo de 7,4 e alcalose quando o pH
aumenta de 7,4. Três sistemas primários regulam as concentrações de íons hidrogênio
para evitar o desenvolvimento de acidose ou alcalose: os sistemas químicos de
tampões ácido-básicos dos líquidos corporais; o centro respiratório que regula a
remoção de dióxido de carbono e, portanto, de ácido carbônico; e os rins, que têm a
capacidade de excretar urina ácida ou alcalina durante a acidose ou a alcalose.
Um tampão é qualquer substância capaz de ligar-se reversivelmente a íons
hidrogênio. O gás carbônico e a água combinam-se reversivelmente para formar ácido
carbônico, em um
sistema de equilíbrio químico com a presença da enzima anidrase carbônica. Existe
uma relação matemática definida entre a proporção das concentrações dos elementos
ácidos e
básicos de cada sistema tampão e o pH da solução. Essa relação para o sistema
tampão bicarbonato é dada pela equação de Henderson-Hasselbalch. As proteínas
são importantes
tampões intracelulares, como a hemoglobina nos eritrócitos.
Na regulação respiratória, o aumento na ventilação elimina o gás carbônico do líquido
extracelular, o que reduz a concentração de íons hidrogênio. Inversamente, a
diminuição da ventilação aumenta o gás carbônico e, assim, também aumenta a
concentração de íons hidrogênio no líquido extracelular.
Conseqüentemente, o aumento na concentração de íons hidrogênio estimula a
ventilação alveolar através da sensibilização do centro respiratório. Os rins regulam a
concentração de íons hidrogênio do líquido extracelular através de três mecanismos
básicos: secreção de íons hidrogênio, reabsorção de íons bicarbonato filtrados e
produção de novos íons bicarbonato.
Na acidose, há excreção aumentada de íons hidrogênio e adição de íons bicarbonato
ao líquido extracelular. Na alcalose, há secreção tubular diminuída de íons hidrogênio
e aumento da excreção de íons bicarbonato.
HIPERCALEMIA:
MECANISMO CONTRACORRENTE