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AULA 03 - Instalações Elétricas Industriais - PARTE III

O documento discute fatores importantes para a formulação de projetos elétricos industriais, incluindo a determinação da demanda de potência, formação de curvas de carga, e fatores como fator de demanda, fator de carga, fator de perda e fator de simultaneidade.

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AULA 03 - Instalações Elétricas Industriais - PARTE III

O documento discute fatores importantes para a formulação de projetos elétricos industriais, incluindo a determinação da demanda de potência, formação de curvas de carga, e fatores como fator de demanda, fator de carga, fator de perda e fator de simultaneidade.

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Professor Msc.

Gustavo Schröder

Contato: [email protected]

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

PARTE III
FORMULÇÃO DE UM
PROJETO ELÉTRICO
 Antes de iniciar um projeto de uma instalação industrial, o
projetista deve planejar o desenvolvimento de suas ações
de forma a evitar o retrabalho, desperdiçando tempo e
dinheiro.

FORMULAÇÃO DE UM PROJETO ELÉTRICO


 Fatores de projeto;

 Determinação de demanda de potência;

 Formação das curvas de carga;

 Tensão de fornecimento de energia;

 Sistema tarifário brasileiro;

 Conceito de tarifa média;

FORMULAÇÃO DE UM PROJETO ELÉTRICO


 FATOR DE DEMANDA;

 FATOR DE CARGA;

 FATOR DE PERDA;

 FATOR DE SIMULTANEIDADE;

 FATOR DE UTILIZAÇÃO;

FATORES DE PROJETO
É a relação entre a demanda máxima do sistema e a carga
total conectada (potência instalada) a ele, durante um
intervalo de tempo considerado.

O fator de demanda é, usualmente, menor que a unidade.

 Seu valor somente é unitário se a carga conectada total for ligada


simultaneamente por um período suficientemente grande, tanto
quanto o intervalo de demanda.

FATORES DE PROJETO – FATOR DE DEMANDA


 Por exemplo, para uma carga instalada (Pinst) de 1.500 kW e
demanda máxima (Dmáx) de 680 kW → Fd = 0,45.

FATORES DE PROJETO – FATOR DE DEMANDA


FATORES DE PROJETO – FATOR DE DEMANDA
NÚMERO DE MOTORES EM OPERAÇÃO FATOR DE DEMANDA (%)

1 – 10 70 – 80

11 – 20 60 – 70

21 – 50 55 – 60

51 – 100 50 – 60

ACIMA DE 100 45 - 55

FATORES DE PROJETO – FATOR DE DEMANDA


O fator de carga, normalmente, refere-se ao período de carga
diária, semanal, mensal e anual.

 Quanto maior é o período de tempo ao qual se relaciona o fator de


carga, menor é o seu valor; isto é, o fator de carga anual é menor que
o mensal, que, por sua vez, é menor que o semanal, e assim
sucessivamente.

FATORES DE PROJETO – FATOR DE CARGA


O fator de carga é sempre maior que zero e menor ou igual à
unidade.

O fator de carga mede o grau no qual a demanda máxima foi


mantida durante o intervalo de tempo considerado; ou ainda, mostra
se a energia está sendo utilizada de forma racional por parte de uma
determinada instalação.

FATORES DE PROJETO – FATOR DE CARGA


 Manter um elevado fator de carga no sistema significa obter os
seguintes benefícios:
 Otimização dos investimentos da instalação elétrica;

 Aproveitamento racional da energia consumida pela instalação;

 Redução do valor da demanda pico.

É a razão entre a demanda média, durante um determinado


intervalo de tempo, e a demanda máxima registrada no mesmo
período.

FATORES DE PROJETO – FATOR DE CARGA


O fator de carga diário pode ser calculado pela Equação:

O fator de carga mensal pode ser calculado pela Equação:

 CkWh - consumo de energia elétrica durante o período de tempo


considerado;
 Dmáx - demanda máxima do sistema para o mesmo período, em kW;
 Dméd - demanda média do período, calculada pela integração da curva de
carga

FATORES DE PROJETO – FATOR DE CARGA


 Por exemplo, para um consumo de energia elétrica de 232.800
kWh, calcule o Fator Diário e Mensal:

 Fator de Carga Diário:

 Fato de Carga Mensal:

FATORES DE PROJETO – FATOR DE CARGA


 Dentre as práticas que merecem maior atenção em um
estudo global de economia de energia elétrica está na
melhoria do fator de carga, que pode, simplificadamente, ser
resumida em dois itens:

 Conservar o consumo e reduzir a demanda.

 Conservar a demanda e aumentar o consumo.

FATORES DE PROJETO – FATOR DE CARGA


 Conservar o consumo e reduzir a demanda:

 indústrias que iniciam um programa de conservação de energia,


mantendo a mesma quantidade do produto fabricado → qualquer
produto fabricado, está contida uma parcela de consumo de energia
elétrica, isto é, de kWh, e não de demanda, kW.

 Logo, MANTIDA a produção, deve-se atuar sobre a REDUÇÃO de


demanda → deslocamento da operação de certas máquinas para
outros intervalos de tempo de baixo consumo na curva de carga da
instalação.

FATORES DE PROJETO – FATOR DE CARGA


 Conservar a demanda e aumentar o consumo:

 é destinado aos casos, por exemplo, em que determinada indústria deseja


implementar os seus planos de expansão e esteja limitada pelo
dimensionamento de algumas partes de suas instalações, tais como as
unidades de transformação, barramento etc.

 Sem necessitar de investir na ampliação do sistema elétrico → poderá


aproveitar da formação de sua curva de carga e implementar o novo
empreendimento no intervalo de baixo consumo de suas atuais atividades →
contribuirá significativamente com a melhoria de seu fator de carga,
reduzindo substancialmente o preço da conta de energia cobrada pela
concessionária

FATORES DE PROJETO – FATOR DE CARGA


Éa relação entre a perda de potência na demanda média e a perda de
potência na demanda máxima, considerando um intervalo de tempo
especificado.

O fator de perda nas aplicações práticas é tomado como uma função


do fator de carga:

FATORES DE PROJETO – FATOR DE PERDA


 Enquantoo fator de carga se aproxima de zero → o fator de perda
também o faz. Quando o fator de carga se aproxima de 1,0 → o fator de
perda segue a mesma trajetória.

 Assim,quando o sistema elétrico está operando com o seu fator de


carga mínimo, as perdas elétricas são mínimas. Por outro lado, quando o
fator de carga atingir o seu valor máximo, as perdas elétricas nessa
condição são máximas.

FATORES DE PROJETO – FATOR DE PERDA


É a relação entre a demanda máxima do grupo de aparelhos
e a soma das demandas individuais dos aparelhos do mesmo
grupo, num intervalo de tempo considerado.

O fator de simultaneidade resulta da coincidência das


demandas máximas de alguns aparelhos do grupo de carga,
devido à natureza de sua operação.

O seu inverso é chamado de fator de diversidade.

FATORES DE PROJETO – FATOR DE SIMULTANEIDADE


A aplicação do fator de simultaneidade em instalações
industriais deve ser precedida de um estudo minucioso, a fim
de evitar o subdimensionamento dos circuitos e
equipamentos.

A taxa de variação do decréscimo do fator de


simultaneidade, em geral, depende da heterogeneidade da
carga.

O fator de simultaneidade é sempre inferior à unidade,


enquanto o fator de diversidade é sempre superior a 1.

FATORES DE PROJETO – FATOR DE SIMULTANEIDADE


NÚMERO DE APARELHOS
APARELHOS
2 4 5 8 10 15 20 50

Motores: 3/4
0,85 0,80 0,75 0,70 0,60 0,55 0,50 0,40
a 2,5 cv
Motores: 3 a
0,85 0,80 0,75 0,75 0,70 0,65 0,55 0,45
15 cv
Motores: 20 a
0,80 0,80 0,80 0,75 0,65 0,60 0,60 0,50
40 cv
Acima de 40
0,90 0,80 0,70 0,70 0,65 0,65 0,65 0,60
cv

Retificadores 0,90 0,90 0,85 0,80 0,75 0,70 0,70 0,70

Soldadores 0,45 0,45 0,45 0,40 0,40 0,30 0,30 0,30

Fornos
1,00 1,00 - - - - - -
resistivos
Forno de
1,00 1,0 - - - - - -
indução

FATORES DE PROJETO – FATOR DE SIMULTANEIDADE


É o fator pelo qual deve ser multiplicada a potência nominal do aparelho
para se obter a potência média absorvida por ele, nas condições de
utilização.

 Na falta de dados mais precisos, pode ser adotado um fator de utilização


igual a 0,75 para motores, enquanto, para aparelhos de iluminação, ar
condicionado e aquecimento, o fator de utilização deve ser unitário

FATORES DE PROJETO – FATOR DE UTILIZAÇÃO


APARELHOS FATOR DE UTILIZAÇÃO

Fornos a resistência 1,00

Secadores, caldeiras, etc 1,00

Fornos de indução 1,00

Motores de 3/4 a 2,5 cv 0,70

Motores de 3 a 15 cv 0,83

Motores de 20 a 40 cv 0,85

Acima de 40 cv 0,87

Soldadores 1,00

Retificadores 1,00

FATORES DE PROJETO – FATOR DE UTILIZAÇÃO


 Cabe ao projetista a decisão sobre a previsão da demanda da
instalação, a qual deve ser tomada em função das características
da carga e do tipo de operação da indústria.

 Há instalações industriais em que praticamente toda carga


instalada está simultaneamente em operação em regime normal,
como é o caso de indústrias de fios e tecidos.

 No entanto, há outras indústrias em que há diversidade de operação


entre diferentes setores de produção.

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA


É de fundamental importância considerar essas situações no
dimensionamento dos equipamentos.

 Em um projeto de instalação elétrica industrial, além das áreas de


manufaturados, há as dependências administrativas, cujo projeto deve
obedecer às características normativas quanto ao número de tomadas
por dependência, ao número de pontos de luz por circuito etc.

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA


 Nessas condições, a carga prevista em um determinado projeto deve
resultar da composição das cargas dos setores industriais e das instalações
administrativas

 Quando o projetista não obtiver informações razoáveis sobre a operação


simultânea ou não dos setores de carga, sugerem-se as seguintes
precauções:

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA


 Considerar a carga de qualquer equipamento de utilização na potência
declarada pelo fabricante ou calculada de acordo com a tensão nominal
e a corrente nominal, expressa em VA, ou multiplicar o resultado anterior
pelo fator de potência, quando se conhecer, sendo, neste caso, a
potência dada em W.

 Sea potência declarada pelo fabricante for a universal fornecida pelo


equipamento de utilização, como ocorre no caso dos motores, deve-se
considerar o rendimento do aparelho para se obter a potência absorvida,
que é o valor que se deve utilizar para determinar o valor da carga
individual demandada.

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA


 ILUMINAÇÃO

A carga de iluminação deve ser determinada por meio de


critérios normativos, especialmente os da NHO 11.

 Considerar
a potência das lâmpadas, as perdas e o fator de
potência dos equipamentos auxiliares (reator) quando se tratar
de lâmpadas de descarga.

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA –


CONSIDERAÇÕES GERAIS
 PONTOS DE TOMADA

 Emsalas de manutenção e salas de equipamentos, tais como casas de


máquinas, salas de bombas, barriletes e locais similares, deve ser previsto,
no mínimo, um ponto de tomada de uso geral a que deve ser atribuída
uma potência igual ou superior a 1.000 VA.

 Quando for previsto um ponto de tomada de uso específico, deve-se


atribuir uma potência igual à potência nominal do equipamento ou à
soma das potências dos equipamentos que devem utilizar o respectivo
ponto de tomada.
 Quando não for possível conhecer as potências exatas dos equipamentos a
serem ligados nesse ponto de tomada, devem ser adotados os seguintes
critérios:

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA –


CONSIDERAÇÕES GERAIS
 PONTOS DE TOMADA

 Atribuir
ao ponto de tomada a potência nominal do equipamento ou a
soma dos equipamentos que podem ser alimentados por ele.
 Alternativamente, pode ser atribuída ao ponto de tomada a
capacidade do circuito projetado, a partir da tensão do circuito e da
corrente de projeto.
 Os pontos de tomada de uso específico devem ser localizados, no
máximo, a 1,5 m do ponto onde está prevista a localização dos
respectivos equipamentos.
 Os pontos de tomada destinados à alimentação de mais de 1 (um)
equipamento devem ser providos de uma determinada quantidade de
tomadas adequada ao número de equipamentos a serem utilizados.

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA –


CONSIDERAÇÕES GERAIS
 ILUMINAÇÃO

 Emcada cômodo ou dependência de unidades habitacionais deve ser


previsto pelo menos um ponto de luz fixo no teto, com potência mínima
de 100 VA, comandado por interruptor de parede.

 Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m2 deve-se


prever uma carga mínima de 100 VA.
 Em dependências com área superior a 6 m2 deve-se prever uma carga
mínima de 100 VA para os primeiros 6 m2 de área, acrescendo-se 60 VA para
cada 4 m2 ou fração.

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA – CARGAS


EM LOCAIS USADOS COMO HABITAÇÃO
 PONTOS DE TOMADAS

 Em banheiros, pelo menos uma tomada junto ao lavatório.


 Em cozinhas, copas e copas-cozinhas, no mínimo, uma tomada para cada 3,50 m ou
fração de perímetro, acima de cada bancada, e devem ser previstas pelo menos duas
tomadas de corrente no mesmo ponto ou em pontos distintos.
 Em varandas, deve ser previsto, no mínimo, um ponto de tomada.
 Em cada um dos demais cômodos ou dependências de habitação, devem ser adotados
os seguintes procedimentos:

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA – CARGAS


EM LOCAIS USADOS COMO HABITAÇÃO
 PONTOS DE TOMADAS

 Preverum ponto de tomada quando a área do cômodo ou dependência


for igual ou inferior a 2,25 m2, permitindo que o ponto de tomada seja
externamente posicionado até 80 cm da porta de acesso à área do
cômodo ou dependência.
 Prever um ponto de tomada se a área for superior a 2,25 m2 e igual ou
inferior a 6 m2.
 sea área for superior a 6 m2, prever uma tomada para cada 5 m ou
fração, de perímetro, espaçadas tão uniformemente quanto possível.

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA – CARGAS


EM LOCAIS USADOS COMO HABITAÇÃO
 PONTOS DE TOMADAS

 Às tomadas de corrente devem ser atribuídas as seguintes potências:


 Para tomadas de uso geral, em banheiros, cozinhas, copas, copas-
cozinhas e áreas de serviço, no mínimo 600 VA por tomada, até 3 (três)
tomadas e 100 VA por tomada para as excedentes, considerando os
referidos ambientes separadamente.
 Paraas tomadas de uso geral, nos demais cômodos ou dependências, no
mínimo, 100 VA por tomada.

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA – CARGAS


EM LOCAIS USADOS COMO HABITAÇÃO
 Seguiráas orientações anteriores e complementadas com as
seguintes regras:
 Em dependências cuja área seja igual ou inferior a 37 m2, a determinação do
número de tomadas deve ser feita segundo as duas condições a seguir,
adotando-se a que conduzir ao maior valor:
 Uma tomada para cada 3 m ou fração de perímetro da dependência.
 Uma tomada para cada 4 m2 ou fração de área da dependência.

 Em dependências cuja área seja superior a 37 m2, o número de tomadas


deve ser determinado de acordo com as seguintes condições:
 Oito tomadas para os primeiros 37 m2 de área.
 Três tomadas para cada 37 m2 ou fração adicional.

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA – CARGAS


EM LOCAIS USADOS COMO ESCRITÓRIO E COMÉRCIO
 Utilizar um número arbitrário de tomadas destinadas ao uso de vitrines,
demonstração de aparelhos e ligação de lâmpadas específicas.

 Deve-se atribuir a potência de 200 VA para cada tomada.

 Em ambientes industriais, o número de tomadas a ser adotado é função de cada


tipo de setor.

 Para facilitar o projetista na composição do Quadro de Carga, pode considerar


as potências nominais dos próprios aparelhos.

 Como regra geral, a determinação da demanda pode ser assim obtida:

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA – CARGAS


EM LOCAIS USADOS COMO ESCRITÓRIO E COMÉRCIO
 A) Demanda dos aparelhos:
 Os condutores dos circuitos terminais dos aparelhos devem ser dimensionados
para a potência nominal dos aparelhos.

 B) Demanda dos Quadros de Distribuição Parcial:


 Entende-se por Quadro de Distribuição Parcial os Quadros de Distribuição de
Luz (QDL) e os Centros de Controle de Motores (CCM).

 C) Demanda do Quadro de Distribuição Geral:


 É obtida somando-se as demandas concentradas nos Quadros de
Distribuição Parcial e Centro de Controle de Motores e aplicando-se o fator
de simultaneidade adequado.

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA – CARGAS


EM LOCAIS USADOS COMO ESCRITÓRIO E COMÉRCIO
 A) Demanda dos aparelhos:

 Os condutores dos circuitos terminais dos aparelhos devem ser


dimensionados para a potência nominal dos aparelhos.

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA – CARGAS


EM LOCAIS USADOS COMO ESCRITÓRIO E COMÉRCIO
 B) Demanda dos Quadros de Distribuição Parcial:

 Inicialmente,
determina-se a demanda dos aparelhos individuais
multiplicando-se a sua potência nominal pelo fator de utilização ou
rendimento.
 No caso de motores, deve-se considerar os seus respectivos fatores de
serviço, de utilização e rendimento.

A demanda é então obtida somando-se as demandas individuais


dos aparelhos e multiplicando-se o resultado pelo respectivo fator
de simultaneidade entre os aparelhos considerados.

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA – CARGAS


EM LOCAIS USADOS COMO ESCRITÓRIO E COMÉRCIO
 Tratando-sede projeto de iluminação utilizando lâmpadas à descarga, é
conveniente admitir um fator de multiplicação sobre a potência nominal
das lâmpadas, a fim de compensar as perdas próprias do reator e as
correntes harmônicas resultantes.

 Esse
fator pode ser considerado igual a 1,8 (para reatores eletrônicos de
baixo fator de potência, acrescido da corrente de alto conteúdo
harmônico e da corrente obtida considerando o rendimento da
lâmpada) ou outro valor inferior, em conformidade com a especificação
do fabricante dos aparelhos.

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA – CARGAS


EM LOCAIS USADOS COMO ESCRITÓRIO E COMÉRCIO
 Alternativamente, pode-se determinar a potência absorvida pelo
conjunto lâmpada-reator considerando-se a potência nominal da
lâmpada (W), a perda ôhmica nominal do reator (W), o fator de potência
do reator e o rendimento médio do conjunto lâmpada-reator no valor
médio de 0,85.

 A potência final absorvida pelo conjunto lâmpada-reator é determinada pela


Equação a seguir:

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA – CARGAS


EM LOCAIS USADOS COMO ESCRITÓRIO E COMÉRCIO
 Onde:

 Pnl - potência nominal da lâmpada, em W;


 Pnr - perda ôhmica nominal do reator, em W;
α - ângulo do fator de potência do reator; em valores médios, tem-se:
 α = 66° - para reatores eletromagnéticos não compensados: fator de potência igual a
0,40;
 α = 23° - para reatores eletromagnéticos compensados: fator de potência igual a
0,92;
 α = 60° - para reatores eletrônicos com fator de potência natural: fator de potência
igual a 0,50;
 α = 14° - para reatores eletrônicos com alto fator de potência: fator de potência igual
a 0,97.

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA – CARGAS


EM LOCAIS USADOS COMO ESCRITÓRIO E COMÉRCIO
 Por exemplo, uma lâmpada fluorescente tubular de 110 W,
utilizando reator eletrônico com fator de potência natural e
perdas ôhmicas nominais de 15 W, absorve da rede de energia
elétrica uma potência de:

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA – CARGAS


EM LOCAIS USADOS COMO ESCRITÓRIO E COMÉRCIO
 C) Demanda do Quadro de Distribuição Geral:

É obtida somando-se as demandas concentradas nos Quadros de


Distribuição Parcial e Centro de Controle de Motores e aplicando-se o
fator de simultaneidade adequado (quando não for conhecido esse fator
deve-se adotar o valor unitário).

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA – CARGAS


EM LOCAIS USADOS COMO ESCRITÓRIO E COMÉRCIO
É conveniente informar-se, junto aos responsáveis pela indústria,
dos planos de expansão, a fim de prever a carga futura,
deixando, por exemplo, reserva de espaço na subestação ou
reserva de carga do transformador.

 De posse do conhecimento das cargas localizadas na planta


de layout, pode-se determinar a demanda de cada carga,
aplicando-se os fatores de projeto adequados:

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA – CARGAS


EM LOCAIS USADOS COMO ESCRITÓRIO E COMÉRCIO
 A) Motores Elétricos;

 B) Iluminação administrativa e industrial;

 C) Outras cargas.
A demanda deve ser calculada considerando as
particularidades das referidas cargas, tais como fornos a arco,
máquinas de solda, câmaras frigoríficas etc.

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA – CARGAS


EM LOCAIS USADOS COMO ESCRITÓRIO E COMÉRCIO
 A) Motores Elétricos:

 Cálculo da potência no eixo do motor


 Pn - potência nominal do motor, em cv;
 Fum - fator de utilização do motor;
 Peim - potência no eixo do motor, em cv.

 Demanda solicitada da rede de energia


 Fp - fator de potência do motor;
 η - rendimento do motor.

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA – CARGAS


EM LOCAIS USADOS COMO ESCRITÓRIO E COMÉRCIO
 B) Iluminação de administrativa e industrial

A demanda é determinada pela seguinte equação


 Nl - quantidade de cada tipo de lâmpadas;
 Pablr - potência absorvida por tipo de lâmpada de acordo com o projeto de
iluminação;
 Pabto - potência absorvida pelas tomadas, de acordo com o projeto de
iluminação.

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA – CARGAS


EM LOCAIS USADOS COMO ESCRITÓRIO E COMÉRCIO
 Exemplo 01:
 Considere uma indústria representada na Figura 01, sendo os motores (1) de
75 cv, os motores (2) de 30 cv e os motores (3) de 50 cv.
 Determinar as demandas dos CCM1, CCM2, QDL e QGF e a potência
necessária do transformador da subestação.
 Considerar a carga de iluminação administrativa e industrial indicada na
planta baixa da Figura 01 em questão.
 Todos os motores são de indução, rotor em gaiola e de IV polos.
 Foram utilizados reatores eletrônicos com fator de potência natural e perda
ôhmica de 8 W para as lâmpadas de 32 W.
 Para as lâmpadas de 400 W, vapor metálico, foram utilizados reatores
eletromagnéticos compensados com perda de 26 W.

DETERMINAÇÃO DE DEMANDA DE POTÊNCIA – CARGAS


EM LOCAIS USADOS COMO ESCRITÓRIO E COMÉRCIO
 Figura 01:
EXEMPLO 01

 RESOLUÇÃO:

 A) Demanda dos Motores;

 B) Demanda dos Quadros de Distribuição;

 C) Demanda de potência do Quadro de Distribuição de Luz ou QDL;

 D) Demanda no Quadro de Distribuição Geral ou QGF (demanda


máxima);

 E) Potência nominal do transformador;

 F) Cálculo do fator de demanda.


EXEMPLO 01

 A) Demanda dos Motores;

 Motores Tipo 1 (75 cv → Fum = 0,87, η = 0,92, fp = 0,86)

 Potência no eixo: 𝑃𝑒𝑖𝑚 = 𝑃𝑛 𝑥 𝐹𝑢𝑚 = 75 𝑥 0,87 = 65,25 𝑐𝑣 (potência no eixo de 1


motor)

𝑃𝑒𝑖𝑚 𝑥 0,736 65,25 𝑥 0,736


 Demanda (rendimento): 𝐷𝑚 = = = 52,2 𝑘𝑊
η 0,92

𝑃𝑒𝑖𝑚 𝑥 0,736 65,25 𝑥 0,736


 Demanda (fato de potência): 𝐷𝑚 = = = 60,7 𝑘𝑉𝐴
η 𝑥 𝑓𝑝 0,92 𝑥 0,86
EXEMPLO 01

 De modo análogo:

𝑃𝑒𝑖𝑚 𝑥 0,736 25,5 𝑥 0,736


 Motores Tipo 2 (30 cv): ): 𝐷𝑚 = = = 25,1 𝑘𝑉𝐴
η 𝑥 𝑓𝑝 0,90 𝑥 0,83

𝑃𝑒𝑖𝑚 𝑥 0,736 43,5 𝑥 0,736


 Motores Tipo 3 (50 cv): ): 𝐷𝑚 = = = 40,4 𝑘𝑉𝐴
η 𝑥 𝑓𝑝 0,92 𝑥 0,86
EXEMPLO 01

 B) Demanda dos Quadros de Distribuição

 CCM 1:

 𝐷𝑐𝑐𝑚1 = 𝑁𝑚1 𝑥 𝐷𝑚1 𝑥 𝐹𝑠𝑚1 = 10 𝑥 60,7 𝑥 0,65 = 394,5 𝑘𝑉𝐴

 CCM2:

 𝐷𝑐𝑐𝑚2 = 𝑁𝑚2 𝑥 𝐷𝑚2 𝑥 𝐹𝑠𝑚2 + 𝑁𝑚3 𝑥 𝐷𝑚3 𝑥 𝐹𝑠𝑚3 = 10 x 25,1 0,65 +


5 x 40,4 x 0,70 = 304,5 kVA
EXEMPLO 01

 C) Demanda de potência do Quadro de Distribuição de Luz ou QDL

 Lâmpadas Fluorescente

 Lâmpadas de descargas:

 Tomadas monofásicas da área administrativa (200 W)

 Tomadas monofásicas da área da subestação (200 W)

 Tomadas monofásicas da área industrial (200 W)

 Tomadas trifásicas da área industrial (30 A ou 20 kW)

 Demanda Final do sistema


EXEMPLO 01
 Lâmpadas Fluorescente:

 Lâmpadas de descargas:

 Tomadas monofásicas da área administrativa (200 W)


EXEMPLO 01
 Tomadas monofásicas da área da subestação (200 W)

 Tomadas monofásicas da área industrial (200 W)

 Tomadas trifásicas da área industrial (30 A ou 20 kW)


EXEMPLO 01
 Demanda Final do Sistema
EXEMPLO 01

 D) Demanda no Quadro de Distribuição Geral ou QGF


(demanda máxima)
EXEMPLO 01

 E) Potência nominal do transformador

 Podem-se ter as seguintes soluções:


1 transformador de 1.000 kVA.
2 transformadores de 500 kVA, em operação em paralelo.
EXEMPLO 01

A primeira solução é economicamente a melhor, considerando-se tanto o


custo do transformador e dos equipamentos necessários à sua operação,
bem como o das obras civis. A principal restrição é quanto ao nível de
contingência devido à queima do transformador, já que não é facilmente
encontrada esta potência em qualquer estabelecimento comercial
especializado, principalmente em locais distantes dos grandes centros
urbanos, ficando, neste caso, a instalação sem condições de operação.

A segunda solução é mais cara, porém a queima de uma unidade de


transformação permite a continuidade do funcionamento da indústria,
mesmo que parcialmente. Além do mais, são transformadores mais
facilmente comercializados.
EXEMPLO 01

 F) Cálculo do fator de demanda

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