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Geografia e Práxis Ruy Moreira

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No rumo da praxis transformadora, ndo podemos ignorar nossa. principal frente de luta, a luta tedrica. Enfim, devemos lembrar do que Lénin escre- veu: “... 0s dirigentes, em particu- lar, deverao instruirse cada vez mais sobre todas as questées tedricas, i- bertar-se cada vex mais da influéncia das frases tradicionais, pertencentes us concepgdes obsoletas do mundo, § fe jamais se esquecer que o socialis. mo, desde que se transformou numa ciéncia, exige ser tratado, isto 6, es- tudado, como uma ciéncia. A tarefa consistiré, a seguir, em difundir com zelo cada’ vez maior entre as classes operdrias, as concepgées sempre mais claras, assim adquiridas, e em con- solidar de forma cada vez mais po- derosa a organizaio do partido e dos sindicatos”, * Porque: “... sem teoria revolucioné- ria nfo ha movimento revolucionsrio. Nao seria demasiado insistir sobre essa idéia em uma época, onde 0 en- tusiasmo pelas formas mais limita das da aco pratica aparece acompa- nhado pela propaganda em voga do oportunismo”."* BIBLIOGRAFIA RUY MOREIRA GEOGRAFIA E “PRAXIS”: ALGUMAS QUESTOES “0 problema ideotéoico parece estar no cerne 9 problema epistemotogien da Geografia Yves Lacoste (A Geogratia) “A Linguagem do oprimido tem como objetivo 4 transformacdo, @ linguagem do opressor, a ternioacao” Roland Barthes (Otolesias) CINCO isos de retiexio do espaco indicam em nossos dias 0 desen: volvimento de uma vertente marxista no pensamento geogrifico: ‘ais, no 0 tad *Geoyatin @ Reside © marxismo Ihes serve de plano co: mum, 20 menos, enquanto método (materialismo dialético e histérico) & concepeaio de mundo (filosofia mar- xista). Cada elxo nfio é mais que o ponto de partida para chegarse & to- talidade social. Por isso, combinam-se notavelmente, abrindonos o vislum- bre, afinal, dos fundamentos defini- tivos de uma teoria marzista de Geografia. Impéese, pois, mais que nunca A Geo- “Os fildsofos interpretaram 0 mundo de varias maneiras, resta agora trans- formé-lo”.* Em outros termos, a ques- tio de sua “praxis”, cuja definicio * abre 0 elenco de questdes que sus- cita toda revolueio no pensamento, mesmo que parcial, do saber cien: titieo, Por decorréncia, os termos como se coloca cada uma das questées desse elenco. Vejamos sumariamente esta tematica, 1, A QUESTAO DA “PRAXIS”: servir & “prixis” da transformacao radical da soci A questo central de uma ciéncia é a do cardter de sua “préxis”.* Se a produgio cientifica néo visar uma “préxis” social transformadora, visardé © fim oposto. Em uma sociedade de classes nia hd oportunidade para esi yocos: ou_a ciéncia serve As classes dominantes, para acumular ainda mais em_suas_mfos capital e poder, ou serve as classes dominadas, para ¢arem_em suas Iufas por uma soci dade nova, sem classes e opressio. Que tema imediato esta questio cen- tral das ciéncias poe & Geogratia? Uma particularmente: sera a Geogra- fin uma ciéncia fativel de servir a “préxis" social_transformadora, ou, como sempre apregoaram’ seus tedricos mais ilustres, é “por sua natureza” um saber conservador e mesmo apolitico? Sendo uma ciéncia voltada para o homem, relativamente a seus modos de consecucdo dos meios de sobrevi- vénela e de progresso, a Geografia 6 por isso uma ciéncia social. Tal co! as demais ciéncias sociais, mas del diferindo, e cada uma das demai quanto & forma especitica como che ga ao conhecimento da dialética dos processos sociais. O conhecimento que produz, como qualquer conhecimen- to, tanto pode servir ao poder, como para colocé-lo em questo; tanto pode servir aos propdsitos das classes do- minantes, quanto aos das classes dominadas. Na verdade, uma anélise atenta da historia do’ pensamento geogrético, revela vir_sendo_a_Geografia_uma “préxis"_mergulhada, dominantemen- ‘te, nos femas da afirmacio das estru- turas socials de dominagio de uma_ GIasse-sobre as demais. Uma “praxis” fa servigo da afirmacdo do poder das classes domi da_negacio _de reais mudangas sociais, aquelas capa- 28 de por-lhes os privilégios em ques- tio; da dominagio do capital sobre © conjunto da_sociedade; da_repro- diigo das rélagées capitalistas de pro ducio; da_escamoteagio da realidade. Toda a historia do pensamento geo- grafico registrado nos textos consa- grados 6 a historia dessa “préxis” da dominacio, a historia do diseurso que impregna mesmo aqueles ge6grafos mais combativos, e que a critica re- cente expressivamente vem denomi- nando “a Geografia oficial”. a his- toria do pensamento depurado de toda postura critica e de qualquer props- sito de servir as classes dominadas. * Tal papel a “Geografia oficial” tem cumprido por um lado como ideolo- gia, isto é, como invertida e acritica caso, seus veiculos sio ) as escolas © as midias; no segundo caso, as instituigdes de pesquisas e planejamento. * Enraizada na mente de geragoes de homens como a imagem da Geogra- , essa “Geografia dos opressores” 6 um discurso secularmente defini \ estruturado, sistematizado e popul \zado. Tudo, 20 contrério e desat Yloramente, est por ser feito pary uma “Geografia dos oprimidos”. / 2. A QUESTAO DO DISCUR: forjar um discurso teérico claro e critico Se pretendermos uma “préxis” social de tipo novo, voltada para a trans- formacao da’ sociedade a partir de suas bases, impdese como uma con- dicdo necessaria a produgio das ferra- mentas tedricas apropriadas. © discurso tedrico produzido para de- fesa e reproducao da dominagio de classes nio serve como instrumento le luta contra esta dominagio. O dis- curso a favor do capital deve, antes e radicalmente, ser posto em sua or- inversa, e bombardeado pela cri- ica de suas determinagbes de classe. A historicizacéo do pensamento geo- gréfico 6 um passo fundamental nesse sentido. Significa anal em seu proceso de formacao e desenvolvi mento, suas teses e conceitos funds- mentais, na teia de relacées de clas- ses de cada época, isto 6, no con- texto histérieo das lutas ideoldgicas No passo da in- cial realizar 0 res- gate dos trabathos fragmentdrios de gedgrafos de vanguarda, como Reclus © tantos andnimos, que ousaram por 4 Geografia a servico da luta contra 0 iardam sob 0 peso da poeira e da wrginalizacio ricos subsidios a uma Geografia critica e atuante, A critica dos fundamentos epistemo- Igicos € outro passo fundamental, porquanto a simples proclamagio no ymna a Geografia uma “préixis” soci ‘ansformadora, ou um instrumento as-\ tres questées gerais, postas pela eis. temologia as ciéncias: a Geogratia, jPata_que sere” e “para = A seguir, desdobré-las epistemolégico, e, portanto, » questio fundamental das’ trés, a Ultima das questdes gerais (“para quem serve”) encontra-se escamoteada na capa da neutralidade em que os gedgrafos es: condem seu incomodo papel. Tais pontos de conduzidos na tilo essencial do que se pretende: a de sua linguagem. 3. A QUESTAO DA LINGUAGEM: elaborar uma linguagem que seja propria expresso do real Sem uma linguagem revolucionada, pouco so andard na direcio de um discurso de tipo novo. Assim como marcha de uma ciéncia nova na direcdo de uma sociedade nova ficars bloqueada se realizada no interior de um discurso teérico velho, um dis- curso tedrico renovado que mio seja a expressio da propria realidade so serviré para esconder os propdsitos de impedir mudancas reais,‘ A linguagem evidencia-se como ponto nevrélgico de um discurso te6rico, porquanto é com ela que o cientista capta © exprime a realidade captada. Ela ¢, a0 mesmo tempo, um instru mento de captacio da realidade e uma arma para sua transformacio, Por conseguinte, quanto melhor re- produza a realidade, quanto mais com ela confunda-se, maior o poder que confere de intervenclio. Da linguagem depende a ordenacio e clareza do pensamento. Seu papel para a ciéncia vai além de servir como meio de comunica- Jo entre os homens. cféneia um corpo preciso de conc categoria um vocab e amplo.” Servindo social transformador, me sa_ser“precisa, incisiva, clara_¢, Emibora nao se mude uma nao se muda uma cléncia se nio se muda sua linguagem. Sendo uma ciéncia que tem por real © social, dele ¢ que deve emanar a linguagem do discurso geografico, por- quanto toda ciéncia tem por fonte Uingitistica a propria natureza do real que visa apreender. Consegilentemen- te, a_raiz_da_linguagem _geogr: sio_as_muiltiplas _determiiagoe: Seu_real: as determinacdes soci © “modo de producio” dessa gem combina-se & pritica da gacio. Consiste em converter as de- terminagoes sociais em categorias de andlise, para, com estas categorias, compor um corpo tedrico que, sain- do do real, a ele reverta como trumento de investigacao, numa findével dialética em que ciéncia e jdade social se aproximem pro- gressivamente. Decorréncia importante desse “modo de producio” da linguagem nova é que, sendo as multiplas determina. Ges de uma sociedade as mesmas para todas as ciéneias sociais, as ca- tegorias de andlise s&o-Ihes 'basica- mente as mesmas, e confundem-se as suas expressOes. Por conseguinte, as expresses perdem e feudalidade po- sitivista que as compartimenta em ‘campos rigidamente demarcados, a0 modo das corporacées medievais. Co- ‘mo linguagem de ciéncia social, nada que se refira & sociedade ou que ex- primam as demais ciéncias socials é estranho & linguagem geografica. Sio geograficas, como sociol6gicas, histo- riograficas, econdmicas, antropoldgi- cas, toda expressao que reproduza a sociedade e toda categoria que dé conta de seu conhecimento. Nesta questo, cabe a critica a “Geografia oficial”, como certa concepgio posi- tiviste de marxismo, que atribui & his- toria a propriedade do materialismo , compartithandoa com a so- , evidentemente, a economia importante, 6 a definitiva da “fronteira” do social thes seja em comum 0 objeto do conhecimento € intervencao. 4, A QUESTAO DA EPISTEMOLOGIA: Apés a critica de Lacoste, tornouse consenso entre grande parte dos geé- grafos reconhecer-se que a Geogratia encontra-se ainda em sua fase pré- cientifica. Por conseguinte, sem haver realizado seu “corte opistemol6gico”. © tema da epistemologia, no entan- to, pressupde o tema da ideologia, fundamentalmente articulando-se nes- ta questo teoria, epistemologia e ideologia. Os fundamentos de um discurso te6- rico derivam da perspectiva ideol6- gica em que este se ponha. Contudo, qualquer discurso s6 contribui com a realizagio de suas propostas ideo- quando fundado em sélida istemoldgica. Teoria e episte- mologia geram-se mutuamente, e, nis: fazemos nossas as palavras de yn Santos: “Acreditamos que uma que nio gera, ao mesmo tem: po, a sua propria epistemologia, & imitil porque nao ¢ operacional, do mesmo modo que uma epistem que nao seja baseada numa teoria é maléfica, porque oferece instrumen- tos de aniilise que desconhecem ou deformam a realidade”.* Mas, embora niio decorram da ideologia, ‘teorin © epistemologia nela se enraizam for- temente. Um “corte epistemol6gico” 56 se ope: ra radicalmente em uma se emerge de fundo mergulho critico nos proprios fundamentos em que a cién- cia est apoiada. No caso da Geogra- , © naturalismo e o historicismo Linear, ‘Naturalismo e historicismo linear sio duas formas de reducionismo que se impuseram as sobretudo na uma guinada na evolucao da fia e da ciéneia, em face do novo caréter que adquirem as lutas de clas: ses a partir da ascenséo da burguesia ao poder. Maream um retrocesso nos debates em toro da natureza do mé todo cientifico das “ciéncias huma- nas” e da evolucio das sociedades, dominantes no ambiente intelectual da época. Herdeiros do mater mecanicista e do idealismo ol Tedwem a noha da determinagao do determinismo e concorrem para ssvaziar a concepgio de movimento sociedade de todo seu carter dia- -0, contribuindo para despojar as critica mais radical. A Goografia 6 atingida_duplamente. lesemboes no-deteriniismo ratzelia. na_institui¢ho_da_“Geografia ‘A_vertente historicista, redu- 10 os —fendmenos_sociais a_leis \éricas ngarsssemone no pos- segunda na “escola francesa” de Geo- jrafig. Uma e outra constituirao as matrizes do pensamento geogrifico mundial até o final da primeira dé cada do século XX. Nascida_nesse_processo, a Geogratia moderna” foi provayelmente_a unica ciéneis social que acele nao se rebela. Ciencia posta_a servico do-poder, a Geografia_teria que afirmarse_acri- tica_a_partir de si mesma, virtude de tal filiacgio, a Geo- Ha firmase como um discurso de pares dialéticos sem an- sm contradigBes, como: ho- 0, regio e nagio, campo lade e politica, ciéncia e politica, es- pago e tempo, sintese ¢ andlise...Um repertério inesgotavel! rlosamente, seus teéricos prot mam a sintese como seu propési etre George, na mais sdlida e cons- lana, afirma ser tese e de que? Bintese dos conecimentos « “pareiais”, “resultados parciais” das “ciéncias de andlise”. Derivando desta func&o totalizadora de resultados par- ciais, 0 método da Geografia emerge da totalizagdo dos métodos das cién- cias que “coordena”. No pode haver maior malabarismo. ‘Mas que importincia podem ter in- congruéncias de método e de episte- mologia para um saber cientifico que optou por ser uma ideologia ou um ‘mapa detalhado e completo? Para tan- to, bastam uma boa colagem, para a fungio ideoldgica, e 0 dominio da es- tatistica e da matemética, para a fun- cdo cartogratica. Nao ha receita mais racional ¢ pratica. Todos os “abstra- tos” problemas das ciéncias, verda- deira perda de tempo, resolvemse na Geografia com meios “concretos”: a entrevista, as técnicas quantitativas eas técnicas cartograficas. Se a teoria tornarse uma necessidade, resolve-se a questo com a “teoria dos mode- los” e a “tooria dos sistemas”. Com- pletese com uma boa tintura de marxismo. “Sistema de dicotomias”, a Geogratia possi uma estrutura interna forte. mente desintegrada. Por sua extrema diviséo interna, necesséria ao abarca- mento da totalidade da “relacio ho- mem-meio”, a Geografia mais parece a propria interdisciplinaridade. Orga- nizada segundo o exemplo mais ilus- tre de concepgio positivista de cién- cia, a Geogratia lembra um armério, repleto de gavetas. Um armédrio taxo- nOmico. Cada gaveta é um sub-ramo, cada qual contendo os “dados” cata- Iogados sob seu rotulo. No seu todo, essa Geografia-armario é um conjunto de rotulos, um completo e rigoroso sistema de classificacio. 5, A QUESTAO DA CRITICA HISTORICA: criticamente samento geografico” Nenhum campo de saber ‘opera um salto qualitativo em seus fundamen tos epistemoldgicos, se este salto nio for 0 produto de um mergulho cri- tico em seus fundamentos histéricos. ai quadros das lutas sociais de van- guarda de nosso tempo. A busca de uma_Geografia critica e afuante deve dade. Deve ser parte organica desses movimentos sociais, ao mesmo tem- lpo produto e instrumento deles. O encontro de uma “Geografia Nova” 86 pode vir da luta por um espaco novo numa sociedade nova. Talvez esteja aqui a razio maior da vitalidade encontrada nas demais cias sociais, como a histéria, a socio- Jogia e a economia politica. Incor- poradas &s lutas burguesas dos sécu- los XVII ao XIX, ¢ as lutas opersrias € socialists dos’ séculos XIX e XX, em tals ciéncias desenvolveram-se ¢ apuraramse discursos de vanguarda, As classes sociais em luta, num tem- po, 0 “terceiro estado” contra a aris. ia feudal, e, em nosso tempo, es trabalhadoras contra a bur instrumentos ideoldgico e cientifico de combate. Em cada uma desenvolvem-se, em permanente luta, duas vertentes a partir da segunda metade do século XIX: a que se volta contra a continuidade do processo de revolucéo social encabecado pela Durguesia, que agora procura fredlo uma vez tornada classe dominante, ea que, herdando este passado, pugna pelo avanco da revolugio social para além do limite democritico-purgués, na direco do socialism. ‘A segunda vertente nao desenvolveu- se na Geografia, a nfio ser muito Enquanto nas demais iais verificase o salto da fase socialista utépica e anarquista para a fase do marxismo, acompa- nhando a evolugao do socialismo en- quanto movimento e concepeio de sociedade, em Geografia ficamos na primeira fase, com os trabalhos de Reclus e Kropotkine.* m desafia a critica do pensamento gt grafico, a Geogratia perfilou semy a0 lado das classes de retagual lutas socials vol. ( Quando se poo a sorvico da burgue: tadas para_a_transformagio da socie- | esta é jé uma classe em clara past gem para a contrarevolugaio social. Na historia dessa “Geogratia dos *, trés importantes fases istram 0 que afirmamos manancial de informagdes.sele- adas sobre producio, fas de recursos e forcas de resis: ise distinguese das demais em fungéo e reproduz nesta funcao srminagdes histricas da época, 1 fase reflete o baixo nivel aria e cataloga informagées sobre| espacos territoriais e seus pov que as classes dominantes se ser ‘em seu exereicio de conquistas butagio aos povos dominados, e de acumulacdo de capital por via da tro- ca de produtos e eseravos. O advento do capitalismo impéethe substan mudanca. Em um primeiro momento, © da imediata passagem do colonia lismo para 0 imperialis juas demais refletem a mundial pfogressiva do modo de pro- ialista. AS duas_primeiras wduzem a estrutura social propria, 0s -modos de produgio _précapita: , nos quais ha dominineia das inelassuperestruturais sobre _o junto da _sociedade, reservando-se_ stnela econdmica 0 papel de ul- determinacéo, Enquanto a ter. celta_fase reproduz a estrutura™ 80: al do modo de producéo capitalista, qual a instincia, econémica soma infneia e determinacio sobre .o junto da Sociedade] ‘surge, ilustrando 0 pFimetro correspondendo ao periodo em © capital nio detém ainda 0 con- Gireto da produgio. £ 0 perio da acumulacao primit a sua realizagio o capital neces a controlar a produgdo pela via da ler da circulagéo. Este controle direto, externo, m japel das insténeias superestruta- "a. Em um segundo mo- , fornece os argum sagio da dominacao e exploracio pelos burgueses europeus aos demais povos, em especial cada no determinismo, fornece 0 gumento e a estratégia da domi ‘a ideoldgica como a juridico- a ica, como condicéo de ‘subordi- igo da produc&o 4 realizacio_da lagdio do capital.(A fase de cién- a Surge em face da mudanca dos ros da acumulagao capitalista. Cor- ssponde a0 momento em que, do pelo salto nas forcas produ- fas verificado com o surgimento da jlogia industrial, o capital passa controle direto da produco, co: mandando-a a partir de suas proprias idrio, ideolagia © cléncin tais so as fases sucessivas da téria da Geografia como instrumento das classes dominantes. A_ps de_uma_a outra fase é um salto dado no interior de um mesmo espago_de ias_classes_dominan. Tes, Se ontem ‘a Geografia serve a ‘ominacao pelos senhores de eser vos, serve hoje & dominagio pelo pital. Em todos estes momentos a tiria da inventariagdo-catalogagio mantém-se embutida nas de ideologia @ cignela. A fungio ideoldgica serve ara esconder 0 cardter de classes Ga sociedade capitalista ea explore co da mais-valia ao trabalhador. A ungio de ciéncia serve como fores produtiva, As tnés serve a acumt Tngio. do capital, AGeogratia presta seis servigos.as_classesdominantes melhor talvez que as demais_cién- soclais, realizando-os_em_todos— ‘os nivels da estrutura da sociedade: como cartografia_(instincia_juridieo~ politica), como. “coneepeio de_mun— do” Gnsiancia {deolsica) e como for- ca_produtiva_(instancia_econémica), Como um saber de tamanha expres sfo politica fleou divorciado tanto ~ tempo dos movimentos sociais de van- guarda e dos demais sabores? Como 0s ativistas politicos mais conscientes movimentos puderam desco: se na prética prescindiram de seu uso e com ele se bateram? que o gedgrafo revela pela pela sociedade e pelas cién- iais 0 mesmo desprezo que 0 a sociedade e os cientistas sociais ‘revelam pela Geografia. Tal divoreio decorre por conseguinte, ao menos parcialmente, da alienagio do geégrafo e da Geografla para com as Tutas das classes dominadas. Al cdo @ primeira vista incompreensiv: se considerarmos que a relagio ciedadenatureza, tida como a prépria esséncia da Geografia, 6 igualmente a esséncia de qualquer reflexio mais profunda sobre os destinos do homem. 6. A QUESTAO DO NATURAL: rever os conceitos de natureza @ sociedade e de relagéo homemmeio Observa Marx que a historia dos ho- mens é inseparavel da histéria da natureza, pela mesma razio que a historia da natureza é inseparavel da historia dos homens. A razio esta wa um mesmo plano histéria dos homens segunda, a forma-sociedade, que 20 historia da natureza mesmno tempo contém e nega a pr A este tema Marx dedicou imimeras meira. O processo do trabalho, ex paginas, sobretudo da Ideotogia le. presso na divisso social de trabalho, ind, dos Manuscritos de i814 ¢ do 6 0 agente real desse movimento. Grundrisse. © tamoso 0 texto de En- Portanto, a histéria dos homens é a gels A Transformacéo do macaco em historia da transformacio permanen- homem pelo trabalho e sua Dialétioay tee continua da natirezi em socie- da Natureza. * ‘dade, pela _via_do_processo_do_traba: Por conseguinte, a relagio homem-” Iho, B a histéria da converstio das meio 6 na verdade uma relacio so- formas naturais em formas socia ciedadenatureza, yodemos concebé- nO processo da qual dé-se a homini- la como uma idade estruturada zacio do homem. Freqtientemente nos de relagées. Dialeticamente complexa esquecemos de que uma mesa, uma e determinada historicamente, cada construgo, um piio, uma estrada, um forma de relacio sociedadenstureza, trator, um aparelho doméstico 'e 0 encontrada variando no espago eno proprio homem, nfo sfio mais que tempo, reproduz seu tempo histérico, formas socializadas da natureza. s6 podendo ser definida em sua con’ Evidentemente, a transmutagio nio cretude histérica, € uma evolugdo direta e linear. A Suponhamos uma fragio de territério mudanca de forma 6 uma mudanca de delerminadas caracteristicas natu. de estrutura. A porgio de territé ais, em um ponto qualquer do pla que nos serviu de exemplo, defines neta. Oogue af jedemos deno- primitivamente como uma fofalidade ‘imeira natureza,)Tmaginemos estruturada natural, organizadora_de agora um gFIpO-de omens atuando um espacofisiog. Sua incorporagio nela, para transformié-la em meios de pela histérla humana converte-a em. produgdo e de subsisténcia, Este ato uma totalidade estruturada sob deter- de transformagao 6 um processo or minagdia_social, organizadora_de_um giniado e permanente de trabalho espago socal. O CURED permane® 6 coletivo, implicando em travamento faesmp, mas’. espago” modifica de relagdes sociais 4 exemplo da di- por isso, diferenciamse territério e visio social de trabalho, Teremos com tsyaco, TerritOrlo.€-o-lugar ou tots. 8 transmmutagio © que podemos deno- fied de nee rminar Gequnda naluresa) Sendo assim, estruturaglo do espago. NiO s° con- a segunda ‘Tabireza uma naturest funde om 0 espago fisico e com 0 Teza original conquanto seja.a menna 20800, social, embara cemporte am a natureza que temos, porquanto os ‘bow, Qs tmrsitorio, 4,,0 , assentamento homens nao a fizeram desaparecer: 0, espace, eeomrstica, Deve ficar claro que 0 espago tis transformaranm-na s6 se geografiza quando hi soci A primeira natureza permanece em er Ra zagio da natureza, Ha tempos atras esséncia na segunda natureza, numa fusio dialética em que passam a ser @ comum em Geogratia 0 emprego ea nfoser, a um s6 tempo, a mesma da linguagem culturalista da “escola ‘Antes que dois lados de uma americana” de Geografia, cujo expoen- temos pois uma unidade dia- te foi Carl Sauer. Seu propdsito era entre sociedade ¢ natureza. 0 de, pela reconstituigio do proceso por meio do qual a “paisagem fisica” se transforma em “paisagem hume- jue uma soma matemdtica de dois lados, temos uma mudanca qua- m mecgpeenl ae eget ot tad as duas formas de paisagem am 0 proceso da evolucio, uma concepefio errOnea, por: © que estd em curso é um ‘eso de conversio da natureza sociedade. O processo de trans 6, antes, um proceso social. formas que a natureza ad- formas sociais, antes que ar claro ainda que a con- cima de espaco geo- 1a estrutura demarca de vista a teoria lo- uma teoria do espaco. que a teoria tocacio ria de lugares, enquan- espaco é uma teoria de relacdes de classes : os lugares definem- ing dela, e nao o inverso, teoria do’ espaco prescinde no se reduz a eles, mes- 08 em seu conjunto, ia de natureza metodo deve tirar ainda de tudo sxposto: 0 papel regente das jes sociais sobre a natu ide © 0 espaco. Pode-se um “sistema” de determina- ybando num todo integrado jes naturais e determina. com 0 primado destas \S as determinacGes do ‘iam. a um $6 tempo, mas . Oposicdes de contrarios. rigor, podese falar do de determinagées como um de contradicoes. Se oe dee eee) do das miultipias determinagdes. Elo de um sistema de transportes, a os- trada 6 uma correia de transmissao de uma estrutura espacial de relagées. ‘Uma vez brotada da transmutaco do espaco fisico em espaco social, a es: trada atua como instrumento de con- tinuidade do processo, ela mesma, determinacio. tornandose, 7. A QUESTAO DO SOCIAL: formular uma teoria do espaco que seja uma teoria da sociedade © proceso de socializagio da_natu: reza materializase em uma totatidade estruturada de relagées com determi. nantes sociais, Temos, entio, a tota- lidade estruturada e as miiltiplas de terminagdes, uma brotando da outra, numa dialética em que ora a totali- dade estruturada tornase determina- clo, ora as milltiplas determinagdes tornamse totalidade estruturada. Sendo um todo organizado, a totali- dade adquire em cada canto e para cada tempo feigdes proprias, expri- midas sob diferentes formas ‘sociais. Todavia, sendo estruturas em movi. mento, estas formas sociais sio for- ‘magées sociais. Face 20 papel de de- terminagéo em wltima instancia do econdiico no conjunto das ml determinagées da totalidade : falase das formagies sociais como formagées econémico-sociais. Desse modo, 0 processo de socializacio da natureza é um processo de producéo de formacées _econémico-sociais. Expresso. material visfvel do pro- cesso de socializagio da natureza, a forma do arranjo espacial é por con- seguinte a forma material visivel da estrutura da formagio econémico-so- cial. Em seu todo, o espaco_geogrs- fico € uma formagiio sdcioespacial, {sto 6, uma expressfio fenomenica da formagio econdmico-social. Na base da estrutura global de cada formagio econdmico-social esté @ ar- ticulagao de diferentes modos de pro- 5 lagio, um modo de produgio hege- moniza os demais, tecendo # unidade do todo da formacao econdmico-so- cial. Esta unidade, 0 modo de produ- do hegem6nico tece por intermédio de suas relacdes de producéo, que atuam interligando as relagdes de pro- dugio dos demais modos de producio por meio da organizacio e canaliza- go do fluxo das diferentes formas de excedentes. Articulando a unidade da formacéo econdmico-social, as re- lagées de producéo do modo de pro- ducéo hegem6nico dominam e regem © todo. Sao elas as relagées de pro- ductio dominantes e que exercem a determinagio em ultima instancia so- bre o todo da formacio econémico- social. Cada modo de produc particular zase por uma estrutura social global, derivada diretamente da natureza de suas relagdes de produciio. Nas con- digdes da apropriagio privada dos meios de producio, esta estrutura social € uma estrutura de classes sociais, porque se compori, basica- mente, das relacdes entre donos niodonos dos meios de producio, ineluindose a propria forga de tra. balho. Da natureza da relaco de pro- priedade, derivaré a natureza de es- trutura de classes, jogando papel im- portante nessa diferenciacdo de estru. tura social a forma da propriedade da forca de trabalho e da sua com: Dinacio com a propriedade das de- mais foreas produtivas (meios de pro- duo). No modo de producio escra- vista, a forea de trabalho pertence a0 senhor de escravos, junto com 0 res- tante das forgas produtivas; no modo de producio asiitico, pertence & co- munidade, junto com o restante das forcas produtivas; no modo de pro- ducio feudal, pertence ao camponés, junto com. 0 restante das forgas pro. dutivas @ excec&o da terra, sobre a qual tem a posse mas nfo a proprie- dade; no modo de producio capita- lista, pertence ao proletario, separan- 26 A estrutura social em todos est modos de produgio expressa-s forma de relagdes de dominanci uma classe sobre as demais, exercer do 0 conflito entre dominantes © d minados 0 papel de motor princips dos processos sociais. Ao se articularem em uma formacii econdmico-social as relagdes de pr dugio de cada modo de producio, articulam-se as classes sociais pr prias a cada um. Ao nivel da form: do econdmico-social a estrutura classes é una e complexa, enfeixand uma complexa gama de contradi sociais. Estas explodem nfo mais ap is entre dominantes e dominados; nas mesmo no selo das classes Expresso fenoménica da formacé econémico-social, 0 espaco geogréfic contém toda sua delicada trama, GOes de classes e ao mesmo temp determinandoas, Sua organizagio ¢| movimentos tem na base os antag nismos de classes que esto na base| da organizagaio e movimentos da fo1 magio econOmico-social, Sem grand precistio e rigor, a dialética do espa-| co pode assim ser resumida: tese = classes dominantes; antitese = clas} inadas; sintese = arranjo| sdades de classes 0 espaci Se organiza segundo a estrutura de classes do lugar, e, uma vez assim| organizado, reverte sobre a estrutura| de classes, sobredeterminando.a." As| lutas de classes regem a dialética d espago, e a dialética do espago as lutas de classes, Cade classe 5 define seu espaco proprio de téncia, estampando seu cardter naj morfologia e organizacio desse espa- lades de estratificagio} lasses socials definem-se or seus lugares geogrificos, e estes| elas classes que nele organizam sua| éncia, Nas sociedades mais dem« craticas, 0 espaco caracteriza-se pelo relagdes antagonicas de classes que m a dialética do espaco, nio sio les socials. S6 srvagio critica devassa a dissi- mostrando que mesmo nes- que 0 originam. Emergindo a rutura de classes da natureza das \gOes de produgio, estas € que 10 na origem da estrutura e mo. 10s do espaco, determinando-o . Mas hé aqui uma a _compreensio lade: aquela en- jrutura e conjuntura. Podemos ressiclas nos seguintes termos: € a ra da formacao sdcioespacial que comanda seus movimen- rocessos e formas. de classes sio correlacoes que tecem uma conjuntura a. Embora tenha a estrutura ise e origem, a conjuntura poli- m face da ‘continua alteraclo lagao de forcas entre as clas- Js em conflito, caracterizase jor intensidade de movimen- Adquire, por esta razio, a pro- de de, através dela, poderse lar a propria estrutura que Ihe na base. Papel que Marx e En- expressam na clissica assercio: lutas de classes so 0 motor da 1e leitura da formacao econdmico- Todavie, como “toda ciéncia sublinha Marx, é preciso aprender a fazer a leitura, O arranjo espacial — nfo a confundamos com a morfolo- gia do espaco, com a paisagem pura e simples —, como tudo mais em uma formacSo sécio-espacial organi- zada com base em antagonismos de classes sociais, tende a produzir-se sob a determinacéo da ideologia da classe dominante. Se, por um lado, 0 gedgrafo pode e dove resgatar o arranjo espacial como leitura da formagio econdmico-social, por outro lado, ndo pode perder de vista a adverténcia de José de Souza Martins: “... a funcao da forma é a de revestir de coeréncia aquilo que € contraditério e tenso. E por isso negacio mediadora das relagies que expressa”."' Revestida da ideologia dominante, toda forma no entretanto pode ser convertida em instrumento de conhecimento da esséncia, seguin- do a proposta de Marx de “... des- cobrir a esséncia na aparéncia...”, como também pode ser uma “men- na feliz expressfio de © caminho seguro do método é 0 da insergio do arranjo espacial (das for mas) no jogo das suas determinagdes miltiplas, sobretudo as determina. ‘Ges de classe, para desvendar as con- tradigSes sociais que atuam como motor da histéria de dada formacao econdmico-social. Sendo 0 arranjo espacial a expressiio fenoménica da estrutura da formacao econémico-social, o conhecimento das contradigées sociais que o regem em sua organizagio e movimentos nos pOe no conhecimento da propria dia- ética social da formacao econémico- social. As contradigoes que regem 0 espaco_siio_as que regem a socie- dade. Sob este modo de conceber 0 espaco, © conhecimento das formas sociais’¢ processos sociais do espaco € em si 0 conhecimento das formas e processos da sociedade, e 0 pro. eesso de conhecimento do espaco é am © que 6 preciso ¢ combater-se a falsa ‘questo “conhecer 0 espaco ou a so- ciedade?”, que conduz ao método erra- do e mal esconde errénea concepcio de espaco. $6 0s que dicotomizam espago e sociedade a tomam por te- ma, Dessa concepgio dicotémica do espaco, 56 resulta a inversio do mé todo, porquanto, de um instrumento de conhecimento das contradicées so- ciais determinantes dos processos so- ciais, a anilise do espaco se trans- forma em mais um biombo para a ele chegarse. Sob a concepgio dico- tomica do espaco, o método também se dicotomiza, desdobrando a anilist do espaco em dois momentos: prime’ ro, conhecer 0 espago; a seguir, pas- sar-se ao conhecimento da sociedade. Antes de uma questio de método, sobreleva'se uma questiio de concep: co tedrica, Nio se trata de “enten- dendo-se 0 espaco, entenderse a so- ciedade”, porquanto o espaco é a propria ‘sociedade, sua forma feno- ménica. O espaco geografico é um espago-sociedade, um espago social, uma forma s6cio-espacial. A reflexio do espaco ¢ em si a reflexio da so- ciedade. Uma teoria do espaco é uma teoria da sociedade. ‘Mas a dicotomia “espaco e sociedade” serve a duplo propésito. De um lado, deforma a natureza social do espag sua natureza de formagio econdmico- social, numa reedicio refinada da di- cotomia “homem e meio”. Por outro lado, desvia do processo do conhe- cimento 0 fato de o homem ser 0 sujeito e 0 objeto de sua histéria, porquanto separa o espaco de seu processo de produeéo pelo trabalho social. A diferenca dessa “Geografia de dico- tomias”, que volta 0 conhecimento para 0 fortalecimento da dominacio de classes ¢ para a dissimulacio das contradigdes sociais aos olhos das classes dominadas, uma “Geografia da dialética social” tem por propé- sito voltar 0 conhecimento para a mm estrutural da sociedade a favor Ges para seus problemas. E que s pode ser obra deles. JOAO MARIANO DE OLIVEIRA REVENDO CRITICAMENTE A GEOGRAFIA into 0 tempo tem sido desde ha mutto ‘de longas e profundas reflexbes filo is © epistemoldgicas, a reflexio sobre ‘par, 0 espaco, parece Ygnorada nfo so- wente pelos filésojos, mas mesmo por aque- ‘cuja projissio é estudar-the 0 contedo 08 gedgratos" A. Lipietz (A. perspectiva que ora so delineia nao se reveste de um cariter trangiiilo e pacifico, Pensar a Geo- ainda, é a proposicao tendo em vista a perspectiva de pen- nte. De modo mais suldade nfo se coloca critica, e sim, naquela dé~ehegar a uma proposta nascida da reflexao que permitiu empreender a. critica. Embora a colaboracio nossa possa ser simplista, é bom lembrar que a Geografia tem sido, continuamente, apresentada como uma rea de conhe- cimento, que poder-se‘ia dizer “amplo © complexo”. Por um lado, se ex pressa como um prolongamento das cigncias voltadas para a natureza, abrangendo os mais variados ramos de estudo das ciéneias naturais. “Seu necer um quadro, mais exatamente uum volume, no interior do qual se inserem os fatos econdmicos e so- ciais” (Pierre George, 1966). Por ou- tro lado, ela também se apresenta ‘turais apenas como fatores da orga- nizagio da vida econdmica e social, e atribuilhes especificamente como objeto de estudo das diferentes for- mas de submissio ou de dominacao dos homens em relagdo a0 meio na- tural que eles ocupam e controlam, de conformidade com as téenicas ¢ as 29

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