Ana Mendez Ferrell
INIQUIDADE
A sem ente do m al transm itida de geração em geração
Título Original: Iniquity
Copyright © por Voice of The Light Ministries
Publicado de acordo com Voice of The Light Ministries
ISBN: 978-85-99664-49-0
Todos os direitos reservados © à Editora Valente / Propósito Eterno
Valente é um selo da Editora Propósito Eterno
Categoria: Batalha Espiritual - Maldições Hereditárias
Diagramação e editoração: Editora Valente
Tradução: Daniela Sá
Revisão de Texto: Juliana Oliveira
Capa: Editora Valente (adaptação)
Todos os direitos são reservados. Deverá ser pedida a permissão por escrito à Editora
Propósito Eterno para usar ou reproduzir qualquer parte deste livro, exceto por breves
citações, críticas, revistas ou artigos.
Ferrell, Ana Mendez
Iniquidade/ Ana Mendez Ferrell / Rio de Janeiro: Editora Propósito Eterno, 2009.
ISBN: 978-85-99664-49-0
1. Ataques Espirituais 2. Guerra Espiritual 3. Vida Cristã 4. Treinamento 5. Ana Mendez
1 Título
Sumário
INTRODUÇÃO................................................................................................................ 4
1. O QUE É INIQUIDADE? ............................................................................................ 5
2. O CONFLITO ENTRE AS DUAS SEMENTES ..........................................................19
3. AS MORADAS DA INIQUIDADE ............................................................................ 26
4. COMO OPERA E SE MANIFESTA A INIQUIDADE ............................................... 34
5. O PODER DE ATRAÇÃO DAS FORÇAS ESPIRITUAIS .......................................... 67
6. A VERDADEIRA J USTIÇA LIBERTA DA INIQUIDADE ....................................... 72
7. COMO TRATAMOS A INIQUIDADE? ..................................................................... 90
MINHA ORAÇÃO FINAL POR VOCÊ.......................................................................... 96
BIBLIOGRAFIA............................................................................................................ 97
SOBRE A AUTORA....................................................................................................... 97
Dedicatória
Dedico este livro a m eu am ado Pai celestial, a J esus Cristo, m eu
Redentor, e ao Espírito Santo. Tam bém dedico às m inhas am adas irm ás,
à m inha irm ã gêm ea, Mercedes Mendez, e a Cecília Pezet, juntam ente
com m eus sobrinhos, Santiago e Pablo.
INTRODUÇÃO
Tenho sentido um a enorm e inquietação em m inha alm a ao ver
m ilhares e m ilhares de cristãos em grande sofrim ento, passando por
interm ináveis desertos e enferm idades, sem nenhum alívio aparente
diante de tantas m aldições. Isso m e levou a buscar intensam ente a face
de Deus para encontrar um a resposta para tantas perguntas e
questionam entos
Por m uitos anos, Deus tem m e levantado com o pioneira em diversas
áreas, sendo um a delas a guerra espiritual, em nível de libertação pessoal
e territorial. Invadir esses terrenos e enfrentar as forças das trevas m e
perm itiu com preender a justiça de Deus de um a m aneira bem m ais
profunda. A única força capaz de destruir o poder do diabo é a justiça que
foi m anifestada na cruz do Calvário. Esse evento é m uito m ais grandioso
do que um a sim ples "justificação pela graça", com o costum a ser pregado
na m aioria das igrejas.
Por m eio deste estudo, Deus quer nos levar a descobrir os
m aravilhosos tesouros escondidos em J esus Cristo e a entrar em um a
plenitude de vida encontrada apenas nas profundezas do m istério da
cruz. Deus não som ente quer que obtenham os com preensão a cerca da
"iniquidade", um dos m aiores obstáculos para se possuir as riquezas da
Sua glória, m as tam bém que sejam os libertos. Ele quer que saibam os que
a falta de conhecim ento sobre esse assunto nos condenará a fracassos e
nos m anterá presos a m aldições das quais não poderem os sair.
Em Sua Palavra, Deus faz um a distinção específica entre pecado e
iniquidade. A Igreja aborda o tem a do pecado em determ inado nível, m as
quase ninguém fala sobre o vasto problem a da iniquidade. A m aioria dos
cristãos desconhece sua existência e, assim , não tem a m enor ideia de
com o com batê-la. No entanto, a iniquidade é um dos assuntos m ais
relevantes da Bíblia e deixar de conhecer ou com preender esse tem a é
um a das m aiores fontes de fracasso, opressão, derrota e obstáculos na
vida do povo de Deus.
Capítulo 1
O QUE É INIQUIDADE?
Etim ologicam ente, a palavra iniquidade significa "o que é desviado
ou distorcido". A iniquidade é, na verdade, tudo aquilo que se desvia do
cam inho reto e perfeito de Deus.
A origem da iniquidade pode ser encontrada na queda de Lúcifer,
que ocorreu no m om ento em que esse arcanjo, cheio de beleza e
perfeição, deu lugar a um pensam ento desalinhado com os de Deus e
passou a acreditar em coisas alheias à justiça divina. Assim com o a fé é a
"substância" do que se crê e o poder que ativa o m undo invisível dos céus,
esse conceito distorcido no coração do arcanjo tam bém produziu um a
determ inada substância espiritual — a iniquidade — que é a origem da
m aldade.
"Você era inculpável em seus cam inhos desde o dia
em que foi criado até que se achou m aldade em você."
Ezequiel 28:15
"Por m eio dos seus m uitos pecados e do seu
com ércio desonesto você profanou os seus
santuários." Ezequiel 28:18a
As palavras "iniquidade" e "m aldade", m uitas vezes em pregadas um a
no lugar da outra, são fundam entais para se com preender a raiz da
grande m aioria dos problem as que sofrem os.
A "m aldade" é a sem ente diabólica da qual toda perversidade se
origina, transm itida ao hom em no nascim ento, im pregnando seu coração
com pensam entos e intenções que se opõem à justiça, à verdade, ao am or
e a tudo o que Deus é. A "iniquidade" se refere a esses pensam entos
distorcidos ou a som a de toda a m aldade da hum anidade.
A iniquidade im pregna o espírito do hom em no m om ento da sua
concepção. E nesse exato instante que todos os dados espirituais — a
herança espiritual da m aldade — são estabelecidos na pessoa.
A iniquidade opera com o um "cordão um bilical espiritual" que
transm ite o DNA espiritual da m aldade de um a geração para a seguinte.
É assim que o legado pecam inoso e distorcido do hom em é carim bado e
transm itido a seus filhos; os quais, por sua vez, irão distorcê-los ainda
m ais com seus próprios pecados e transm iti-los com o um cadeia de
m aldições à geração seguinte.
"O pecado de Judd está escrito com estilete de ferro,
gravado com ponta de diam ante nas tábuas dos seus
corações e nas pontas dos seus altares." J erem ias 17:1
A iniquidade é o que a Bíblia cham a de corpo do pecado. À m edida
que avançarm os neste estudo, verem os com o a iniquidade se tornou
parte intrínseca do corpo espiritual do hom em , afetando seu
com portam ento, o fundam ento do seu processo m ental e até m esm o sua
saúde física.
O corpo do pecado se origina no espírito e invade a alm a e o corpo,
com o um lodo que suja tudo o que alcança.
A iniquidade está intrinsecam ente ligada ao m undo espiritual das
trevas e é lá onde o diabo ata as m aldições que herdam os dos nossos
antepassados. É tam bém nesse local que estão as raízes das bases legais
das doenças que passam de pai para filho e destes para os netos. É aqui
que Satanás tem direito legal de nos roubar, destruir e m atar. Nossa
iniquidade nos im pede de receber a plenitude das bênçãos de Deus.
Essa é a porta que o diabo tem sobre a vida de um ser hum ano,
crente ou incrédulo. É através da iniquidade que o "m aligno" perm eia o
coração do hom em para infligir todo tipo de desejos perversos e
pecam inosos, tam bém conhecidos com o lascívia ou concupiscência.
Depois de transm itida, a herança do m al m olda a alm a a ponto de fazê-la
ter atração pelo pecado. Trata-se de um a força tão irresistível que é capaz
de levar pessoas boas a com eterem os m ais abom ináveis pecados.
É por isso que filhos de alcoólatras, depois de certa idade, com eçam
a ter um desejo incontrolável por bebida. Às vezes, são filhos de cristãos
ou pastores que, sem nenhum a razão aparente, com eçam a desenvolver
tais inclinações pecam inosas. A razão disso se deve ao fato de a
iniquidade continuar com suas raízes intactas.
"Cada um , porém , é tentado pelo próprio m au
desejo, sendo por este arrastado e seduzido. Então
esse desejo, tendo concebido, dá à luz o pecado, e o
pecado, após ter se consum ado, gera a m orte." Tiago
1:14-15
O diabo não é o único que interfere na vida do hom em através da
iniquidade, m as Deus tam bém julga a iniquidade, um a vez que ela se
opõe à justiça divina e causa constante atrito em relação ao Senhor. A
justiça, com o parte de Sua essência, julga tudo que se opõe a ela e o
propósito dos juízos de Deus é alinhar todas as coisas com Sua vontade e
justiça. Assim , se existirem cam inhos distorcidos, a justiça divina —
com o um ato contínuo de Deus — trará provações, tribulações, etc. com o
um esforço para alinhar novam ente a pessoa com o Senhor.
"Porque eu, o SEN HOR, o teu Deus, sou Deus
zeloso, que castigo os filhos pelos pecados de seus pais
até a terceira e quarta geração daqueles que m e
desprezam ." Êxodo 20 :5b
Por favor, observe que Deus não está falando para ím pios, m as a Seu
povo, e diz que o pecado não é castigado, m as sim a iniquidade. O pecado
é fruto da iniquidade, um a parte superficial e visível de algo
profundam ente arraigado no ser hum ano. O pecado pode ser descrito
com o os galhos, o exterior de um a grande árvore que cresce e fica cada
vez m ais robusta ao longo das gerações. A iniquidade, nessa ilustração, é
a raiz onde devem os lançar o m achado.
A grande m aioria dos crentes confessa seus pecados a Deus, m as
nunca Lhe pede para rem over suas iniquidades e é por isso que
continuam sofrendo suas consequências, tais com o m aldições
financeiras, doenças de fam ília incuráveis, divórcios, acidentes e
tragédias que não deveriam ocorrer sob a proteção de um Deus Todo-
Poderoso.
D e u s e s tabe le ce d ife re n ça e n tre in iqu id a d e e p e cad o
Com o disse antes, o fruto não é igual à raiz. A origem é diferente do
que acaba se tornando visível. J esus não só veio derrotar o pecado em
nossa vida, m as tam bém destruir todas as obras do diabo.
Quando Moisés clam a a Deus para ver Sua glória, o Senhor Se
m anifesta a ele e diz:
"SEN HOR, SEN HOR, Deus com passivo e
m isericordioso, paciente, cheio de am or e de
fidelidade, que m antém o seu am or a m ilhares e
perdoa a m aldade, a rebelião e o pecado. Contudo,
não deixa de punir o culpado" Êxodo 34:6b-7a
Um princípio que precisam os entender, com o fonte de grande
libertação em nossa vida, é que Deus não trata o m al de form a genérica.
Ele é extrem am ente específico e devem os agir da m esm a form a em
relação ao reino das trevas.
Um a das tragédias que vejo no Corpo de Cristo é com o as pessoas se
conform am com orações genéricas. "Senhor, perdoa todos os m eus
pecados", ou "Senhor, qualquer coisa que eu tenha feito no passado", ou
talvez "Senhor, perdoe-m e por todo pecado na área sexual". Apesar de
Deus ouvir a intenção do nosso coração e nos perdoar e nos conceder a
salvação, as bases legais em operação não sofrem qualquer alteração com
tais orações genéricas.
Deus quer que sondem os nosso coração e tenham os com preensão da
m aldade e de suas consequências nas m esm as dim ensões que Ele tem e
não quer que o diabo tenha o m enor direito legal de nos atacar. J esus
m orreu por nossa total e com pleta libertação e Sua paixão e cada parte da
cruz foram planejadas especificam ente para que alcançássem os a
com pleta plenitude com Ele. J esus não som ente pagou o preço pelo
perdão dos nossos pecados, m as a cruz representa um a obra com pleta na
qual cada parte do nosso espírito, alm a e corpo é redim ida.
"Certam ente ele tom ou sobre si as nossas
enferm idades e sobre si levou as nossas doenças;...
Mas ele foi transpassado por causa das nossas
transgressões1 foi esm agado por causa de nossas
iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava
sobre ele, e pelas suas feridas fom os curados.
Contudo, foi da Vontade do SEN HOR esm agá-lo e
fazê-lo sofrer, e, em bora o SEN HOR tenha feito da
vida dele um a oferta pela culpa, ele verá sua prole e
prolongará seus dias, e a vontade do SEN HOR
prosperará em sua m ão. Depois do sofrim ento de sua
alm a, ele verá a luz e ficará satisfeito; pelo seu
conhecim ento m eu servo justo justificará a m uitos, e
levará a iniquidade deles." Isaías 53:4a-5,10 -11
Nessa passagem de Isaías, vem os Seu sacrifício na cruz abrangendo
áreas das quais devem os nos libertar. Um a grande parte do corpo de
Cristo se lim ita a receber a salvação pelos pecados, m as continua com a
vida cheia de dores físicas e em ocionais. Estão cativos em prisões da alm a
e do espírito, acim a de tudo, padecendo do fardo de carregar suas
iniquidades. J esus realizou um a obra com pleta para que pudéssem os
viver um a vida de plenitude nEle, m as nunca verem os Seu total triunfo
em nossa vida caso não com preendam os que tem os nos contentado com
m enos do que a vitória absoluta conquistada para nossa alm a, corpo e
espírito.
Vem os claram ente Deus fazendo distinção entre iniquidade e pecado
na cerim ônia de expiação no Antigo Testam ento, que era com plexa e um a
tipificação de J esus no Calvário.
"Então colocará as duas m ãos sobre a cabeça do
bode vivo e confessará todas as iniquidades e
rebeliões dos israelitas, todos os seus pecados, e os
porá sobre a cabeça do bode. Em seguida enviará o
bode para o deserto aos cuidados de um hom em
designado para isso." Levítico 16:21
Deus está especificam ente purificando Seu povo por m eio da
revelação detalhada das três form as de corrupção da condição hum ana.
Tip o s d e In iqu id ad e
Iniquidade voluntária
Trata-se da prática do m al de form a voluntária, com todo
conhecim ento de causa e desejo de praticá-lo.
Iniquidade consciente
Trata-se da m aldade consciente que está em operação, produzindo
um a luta interna que leva a cair em pecado ou a praticá-lo. É a raiz dos
pecados que com etem os em algum m om ento da vida e que ainda nos
tentam .
Há ocasiões em que o crente busca seguir a Deus de todo coração,
m as há um incôm odo do qual está consciente e não sabe com o lutar
contra ele. No m elhor dos casos, consegue suprim i-lo, m as sabe que pode
ser um problem a no futuro.
Iniquidade inconsciente
Há iniquidade que vem de nossas gerações passadas e que está
latente dentro de nossa herança espiritual, m as não é fácil de ser
detectada. Esse tipo de iniquidade é um a bom ba-relógio que, m ais cedo
ou m ais tarde, pode causar um a queda repentina ou algum tipo de
calam idade. Por isso vem os servos de Deus que com eçaram seus
m inistérios com grande am or pelo Senhor e, de repente, se envolvem
com pecados indescritíveis.
A iniquidade consciente pode ser a causa de m uitos problem as,
enferm idades ou m ales que vêm sobre a vida de um a pessoa, atribuídos
— em m uitos casos — a ataques do diabo ou a causas inexplicáveis.
Para detectá-la, é im portante analisar a possível existência de
pecados e situações nos quais nossos passados estiveram envolvidos.
Tam bém é recom endável prestar atenção aos sonhos e ver de que form a a
cultura na qual fom os criados está arraigada em nossa vida.
In iqu id ad e : Parte d o e s p írito d o h o m e m
O homem é composto de espírito, alma e corpo
Os seres hum anos são extrem am ente com plexos e, ao m esm o tem po,
um a m aravilhosa m áquina viva. Um estudo dos sistem as e órgãos do
nosso corpo nos deixa m aravilhados e espantados com a obra de Deus.
Das três partes do nosso ser — espírito, alm a e corpo —, a m ais fácil
de se entender é o corpo, no entanto, foram necessários centenas de anos
para que a m edicina pudesse com preendê-lo e, ainda em nossos dias,
existem m uitos m istérios não solucionados.
O hom em deve ser entendido de m aneira integral, com binando as
três partes de sua com posição. Ignorar um a delas conduz ao erro e é
justam ente por isso que a ciência não é capaz de com preender as
conexões entre o corpo e o espírito, pois este últim o é totalm ente
desconhecido para ela.
O corpo, com o sabem os, é com posto de inúm eros com ponentes que
o fazem funcionar de form a apropriada. Da m esm a m aneira, a alm a e o
espírito são com plexos; corpos invisíveis que precisam ser
com preendidos se quiserm os receber a vitória que J esus conquistou para
nós. O erro de m uitos cristãos é resultado da falta de conhecim ento
dessas duas partes fundam entais do nosso ser.
Algum as teologias ensinam que a alm a é com posta da m ente, da
vontade e das em oções; enquanto o espírito engloba a com unhão, a
intuição e a consciência. Tanto a alm a quanto o espírito representam
duas enorm es áreas praticam ente desconhecidas, assuntos profundos
que a m aioria dos cristãos ignora a fim de fugir de determ inadas
com plicações. Infelizm ente, essa atitude m antém m ilhões de pessoas
presas em desertos e tribulações dos quais não conseguem fugir.
Outros são m ais experientes no estudo dessas áreas, em um a
tentativa de explicar a opressão dem oníaca dos crentes, com param o
hom em tripartite ao tabernáculo de Moisés, fazendo um a analogia do
corpo com o os "átrios do tem plo", a alm a com o o "santo lugar" e o
espírito com o o "santíssim o lugar". Usando esse m odelo, um cristão pode
estar am arrado ou opresso por dem ônios em seu corpo, da m esm a form a
que ím pios adentravam os átrios do tem plo. Essa ilustração explica os
espíritos de enferm idade que afligem o corpo físico.
Concluem que os espíritos dem oníacos podem afligir a alm a com
dem ônios de m edo, depressão, ira, etc. No entanto, o espírito do hom em
som ente pode ser possuído por Deus ou pelo diabo e, assim que o
Espírito Santo sela o espírito de um a pessoa, ele se torna absolutam ente
puro. A partir desse ponto, os problem as passam a residir som ente na
alm a e/ ou no corpo.
Creio que Deus está nos levando a um a investigação ainda m ais
profunda de locais no espírito ainda não revelados.
Descrever o espírito com o um a com binação de três partes com postas
tam bém de três outras partes — com unhão, intuição e consciência —
seria o m esm o que ensinar que o corpo hum ano é apenas cabeça, tronco
e m em bros.
Paulo m enciona, em sua prim eira carta aos coríntios, que há um
corpo natural e um corpo espiritual (I Coríntios 15:44), am bos com postos
de um a com plexidade de órgãos e de sistem as que os conecta entre si,
possibilitando que o corpo fique em suas próprias dim ensões: o corpo
físico no m undo m aterial e o corpo espiritual na arena espiritual, apesar
dos dois estarem ligados.
Meu entendim ento é diferente da crença de que o espírito é puro
porque Deus habita nele. Citarei alguns versículos bíblicos que sustentam
m inha posição:
"Am ados, visto que tem os essas prom essas,
purifiquem o-nos de tudo o que contam ina o corpo e o
espírito, aperfeiçoando a santidade no tem or de
Deus" II Coríntios 7:1
"Que o próprio Deus da paz os santifique
inteiram ente. Que todo o espírito, a alm a e o corpo de
vocês sejam preservados irrepreensíveis na vinda de
nosso Senhor Jesus Cristo" Tessalonicenses 5:23
Aqui vem os que há um a contam inação espiritual da qual devem os
ser purificados e que Deus exige a santificação em todas as três partes de
nosso ser.
Sem um estudo exaustivo do que é o espírito, o qual exigiria um livro
inteiro, vejam os do que é com posto nosso espírito e algum as de suas
diferentes partes.
As p a rte s d o e s p írito Co m u n h ão
Essa parte do nosso espírito está unida a Deus através da sem ente de
Seu filho im plantada em nós. É o órgão que determ ina se um espírito
está vivo ou m orto em relação a Deus.
Trata-se de um dos com ponentes pelo qual a voz de Deus pode ser
ouvida com clareza. É onde fica a gloriosa intim idade que sentim os com o
Espírito Santo e o senhorio de Cristo é estabelecido, governando nossa
vida. É aqui que as visões e revelações do Espírito de Deus se m anifestam
de m aneira visível.
A com unhão é a parte central do corpo espiritual e o "santíssim o
lugar" de nosso tem plo, o qual é possuído pelo príncipe das trevas
naqueles que ainda não vieram a Cristo. Eis o que a Palavra diz:
"Para abrir-lhes os olhos e convertê-los das trevas
para a luz, e do poder de Satanás para Deus..." Atos
26:18a
Os Céus e a Terra convergem em nós quando nos subm etem os ao
senhorio de Cristo. E assim que o Reino de Deus se estabelece em nosso
m eio. É através da com unhão que podem os ver e penetrar o m undo
espiritual e, então, Deus pode nos transform ar à Sua im agem e nos
entregar os tesouros escondidos da Sua glória.
A vida de Deus é concebida nesse local, com eçando com o novo
nascim ento e culm inando em um a nova criatura. E aqui que a
regeneração tem início e som os vivificados pelo Espírito da ressurreição.
A com unhão está conectada a outras partes do nosso espírito e
funciona com o a área governante do nosso ser espiritual, assim com o o
coração é a essência do hom em interior.
A com unhão tam bém é um a das partes que o espírito utiliza para se
com unicar com a alm a, principalm ente com o coração e as em oções. A
Bíblia diz:
"Acim a de tudo, guarde o seu coração, pois dele
depende toda a sua vida." Provérbios 4:23
In tu ição
Apesar de essa palavra não ser m encionada na Bíblia, é reconhecida
pelo dicionário e por alguns teólogos com o parte do espírito.
A intuição representa as antenas que conectam o m undo natural ao
espiritual. Você já teve a sensação de estar sendo observado por alguém ?
Trata-se da intuição rastreando o m undo espiritual com o um radar
cósm ico.
Às vezes tem os a convicção sobre algo sem qualquer explicação
lógica; com o um forte sentim ento, alguns dizem . Sim plesm ente sabem os
que alguém que am am os e que está longe está bem ou passando por
problem as.
Em m inhas experiências de organizar eventos para m inistrar, posso
sentir obstáculos se levantando no m undo espiritual a fim de frustrar o
que está sendo planejado. Com o consequência, busco im ediatam ente ao
Senhor para com preender os m otivos de tal resistência.
Às vezes, sabem os o resultado de um a entrevista antes m esm o que
ela aconteça ou detectam os quando alguém tem a intenção de nos trair.
Talvez as palavras ou atos de um a determ inada pessoa pareçam ser
corretos, m as algo em nosso espírito nos adverte do perigo.
Através da intuição recebem os as revelações da parte de Deus.
Muitas palavras proféticas, recebidas de form a pessoal, em anam dessa
parte do nosso espírito. Os dons do Espírito Santo, tais com o palavra de
conhecim ento e profecia, são m anifestados nessa parte do nosso espírito.
Co n s ciê n cia
Essa parte de nosso espírito é onde residem o tem or e a sabedoria de
Deus. É o local em que nosso ser sabe a diferença entre o certo e o errado
sem nunca m esm o ter lido a Bíblia.
"(De fato, quando os gentios, que não têm a Lei,
praticam naturalm ente o que ela ordena, tornam -se
lei para si m esm os, em bora não possuam a Lei; pois
m ostram que as exigências da Lei estão gravadas em
seu coração. Disso dão testem unho tam bém a sua
consciência e os pensam entos deles, ora acusando-os,
ora defendendo-os.) Isso tudo se verá no dia em que
Deus julgar os segredos dos hom ens, m ediante Jesus
Cristo, conform e o declara o m eu evangelho."
Rom anos 2:14-16
A consciência, a com unhão e outras partes do espírito estão
intim am ente ligadas ao coração do hom em . A m ente ainda não renovada,
juntam ente com seus pensam entos, está conform ada com este m undo, e
é por isso que m uitas vezes o coração deseja algo e a m ente outra coisa.
Essa foi a parte do espírito despertada quando o hom em se alim entou do
conhecim ento do bem e do m al.
Se um hom em peca continuam ente, essa parte de Deus conectada à
sua consciência, cham ada de "tem or de Deus", é então separada,
tornando a consciência endurecida, m enos sensível à vontade de Deus e,
por fim , produzindo a "cauterização do coração".
"O Espírito diz claram ente que nos últim os tem pos
alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos
enganadores e doutrinas de dem ônios. Tais
ensinam entos vêm de hom ens hipócritas e
m entirosos, que têm a consciência cauterizada e
proíbem o casam ento e o consum o de alim entos que
Deus criou..." I Tim óteo 4:1-3ª
A mente do espírito
É com posta de diversas partes: entendim ento, inteligência espiritual
e sabedoria de Deus. E na m ente do espírito que reside o conhecim ento
de Deus. Um a pessoa pode receber, de m aneira sobrenatural, o
conhecim ento de coisas que Deus antes nunca ensinou. Essa parte do
espírito recebe a m ente de Cristo, trazendo luz e nos perm itindo ter
com preensão e entendim ento. Deus revela os grandes m istérios da
ciência tanto aos justos quanto aos ím pios. Paulo ora para que os olhos
do conhecim ento espiritual sejam abertos para o entendim ento das
riquezas da glória de Deus.
"Peço que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o
glorioso Pai, lhes dê espírito de sabedoria e de
revelação, no pleno conhecim ento dele. Oro tam bém
para que os olhos do coração de vocês sejam
ilum inados, afim de que vocês conheçam a esperança
para a qual ele os cham ou, as riquezas da gloriosa
herança dele nos santos e a incom parável grandeza
do seu poder para conosco, os que crem os, conform e a
atuação da sua poderosa força" Efésios 1:17-19
Nessa passagem , vem os várias partes do espírito em operação e
Paulo orando para despertar e ativar diferentes partes do nosso espírito.
O conhecim ento de Deus adentra por nossa intuição enquanto os olhos
do nosso entendim ento ilum inam a m ente do espírito. A região da nossa
herança espiritual, a qual discutirem os m ais tarde, é o local da nossa
genética espiritual. Acredito que o poder da ressurreição de Cristo resida
no que cham o de m orada do poder de Deus. E nessa área do
entendim ento onde se estabelece a luz de Deus e onde podem os crescer
tam bém na luz.
Os s e n tid o s e s p iritu ais
Da m esm a m aneira que tem os sentidos físicos no m undo natural,
tem os sentidos espirituais a fim de m anterm os contato com o m undo
invisível. Eles nos ajudam a detectar a origem das palavras que im pactam
nosso espírito, algo conhecido com o discernim ento espiritual.
"E caíram , é im possível que sejam reconduzidos ao
arrependim ento; pois para si m esm os estão
crucificando de novo o Filho de Deus, sujeitando-o à
desonra pública." Hebreus 6:6
Todo espírito hum ano possui visão, audição, paladar, tato e olfato.
Visões e êxtases são observados através dos nossos olhos espirituais.
Toda voz espiritual pode ser transm itida através de nossos ouvidos
espirituais. A experiência do apóstolo J oão ilustra o livro que era doce em
sua boca e am argo em seu estôm ago.
"Assim m e aproxim ei do anjo e lhe pedi que m e
desse o livrinho. Ele m e disse: 'Pegue-o e com a-o! Ele
será am argo em seu estôm ago, m as em sua boca será
doce com o m el*. Peguei o livrinho da m ão do anjo e o
com i. Ele m e pareceu doce com o m el em m inha boca;
m as, ao com ê-lo, senti que o m eu estôm ago ficou
am argo." Apocalipse 10 :9-10
O tato espiritual talvez seja o sentido m ais desenvolvido em m uitos
de nós e ocorre, por exem plo, quando sentim os a presença do Espírito
Santo; com o se Deus estivesse nos abraçando. Muitas vezes, durante a
guerra espiritual, sentim os a presença do espírito de m orte com o um frio
percorrendo nosso corpo, m esm o o clim a estando bem quente. Muitas
vezes, um espírito desenvolvido poderá até m esm o perceber fragrâncias
espirituais, com o arom as provenientes da presença de Deus ou o m au
cheiro de espíritos im undos.
Os sentidos do espírito estão conectados aos sentidos da alm a e um
com plem enta o outro.
A m o ra d a d e p o d e r
Nosso espírito possui um local no qual o poder de Deus reside. É
através dessa parte do nosso espírito que se m anifestam os dons de
m ilagres, curas e prodígios, ou seja, é a força m otriz do espírito. Era
nesse lugar que Sansão recebia a força que tinha e de onde em anava o
poder residente na m ão de Moisés, capaz de abrir o Mar Verm elho. São
extensões das m ãos de Deus em nós, com o disse o profeta Habacuque:
"Seu esplendor era com o a luz do sol; raios
lam pejavam de sua m ão, onde se escondia o seu
poder. 1 Habacuque 3:4
Paulo disse:
"Contudo, o m ediador representa m ais de um ;
Deus, porém , é um " Efésios 3:20
Os apóstolos receberam o Espírito de Deus quando J esus soprou
sobre eles antes de Sua ascensão. No entanto, ele lhes disse:
"Mas receberão poder quando o Espírito Santo
descer sobre vocês, e serão m inhas testem unhas em
Jerusalém , em toda a Judéia e Sam aria, e até os
confins da terra." Atos 1:8
Isso m ostra que o Espírito Santo pode preencher diferentes áreas do
espírito, ativando um a em específico, até se alcançar a plenitude
espiritual. Por isso observam os crentes que possuem um a área do
espírito m ais desenvolvida que outras. Há cristãos profetas com grande
intuição, m as ineficientes quando se trata de poder. Os dons do Espírito
se m anifestam em diferentes partes de nosso ser espiritual,
desenvolvendo a área correspondente a cada dom .
Há um princípio que afirm a que, assim com o é no natural, tam bém é
no espiritual. Da m esm a m aneira que, em nossa existência física, tem os
dons naturais que se m anifestam em diversas áreas da alm a e do corpo,
assim acontece com o corpo espiritual. Alguns desenvolvem dons
m entais, com o em ciências, idiom as ou outras profissões. Muitos se
inclinam para as artes ou para os esportes; outros, um a com binação de
tudo isso.
A h e ran ça
Nosso corpo m aterial arm azena inform ação genética nos
crom ossom os das células, os quais se assem elham a um cordão
transparente cham ado DNA, no qual todos os dados da nossa herança
física se encontram . Sim ilar a um m icrochip de com putador, todos os
nossos sistem as ou configurações estão localizados nesse cordão
transparente. É o DNA que determ ina se nascem os com os olhos do avô,
com a boca da m ãe, com a cor do cabelo do bisavô ou com altura do pai,
pois toda essa inform ação é transm itida fisicam ente de geração em
geração. Quando as células do em brião se m ultiplicam no ventre da m ãe,
o corpo é criado e form ado segundo essas inform ações.
Esse m esm o m odelo pode ser encontrado no corpo espiritual e o
DNA espiritual é sim ilar a um cartão de placar que transm ite as
inform ações registradas de um a geração para a seguinte, inform ações
essas conhecidas com o iniquidade.
Deus nos providenciou um a herança redim ida, no Espírito de Cristo,
a qual deve suplantar nossa herança de m aldição. Infelizm ente, por este
ser um assunto raram ente m encionado nas igrejas, m uitos continuam a
sofrer as consequências dessa parte do nosso espírito.
Observe com o o próprio Deus atribui ao espírito do hom em a
responsabilidade por sua m aldade:
Eu odeio o divórcio', diz o SEN HOR, o Deus de
Israel, 'e tam bém odeio hom em que se cobre de
violência com o se cobre de roupas' diz o SEN HOR dos
Exércitos. Por isso, tenham bom senso; não sejam
infiéis." Malaquias 2:16
Ainda que este livro não pretenda ser um estudo exaustivo do nosso
espírito, no entanto, acredito ser im portante com preendê-lo o m áxim o
possível, em aspectos gerais, para que possam os entender algum as das
características principais do nosso ser. Características essas que podem
ser críticas para acessarm os a liberdade conquistada por nós através de
Cristo J esus e entrar na verdadeira posse da nossa herança.
Capítulo 2
O CONFLITO ENTRE AS DUAS SEMENTES
A in iqu id ad e é u m co rp o d e p e ca d o
Com o vim os no capítulo anterior, a iniquidade é um a sem ente
diabólica gerada no espírito do hom em e responsável por toda a atividade
pecam inosa com etida durante sua vida. A Bíblia fala sobre duas sem entes
em constante conflito um a com a outra.
"Então o SENHOR Deus declarou à serpente: 'Um a
vez que você fez isso, m aldita é você entre todos os
rebanhos dom ésticos e entre todos os anim ais
selvagens! Sobre o seu ventre você rastejará, e pó
com erá todos os dias da sua vida. Porei inim izade
entre você e a m ulher, entre a sua descendência e o
descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe
ferirá o calcanhar." Gênesis 3:14-15
Essas sem entes representam duas naturezas, um a dem oníaca e a
outra divina, que é J esus, e na qual se encontra a prom essa que Deus fez
a Abraão:
"Assim tam bém as prom essas foram feitas a
Abraão e ao seu descendente. A Escritura não diz: 'E
aos seus descendentes, com o se falando de m uitos,
m as: Ao seu descendente, dando a entender que se
trata de um só, isto é, Cristo." Gálatas 3:16
A sem ente divina é concebida em nosso espírito quando nos
subm etem os a Cristo e aceitam os o que Ele fez por nós na cruz. Naquele
m om ento teve início um conflito interno entre a "carne" (ou "alm a não
renovada") e a sem ente divina recém - plantada. A carne é alim entada
pela iniquidade e lutará com toda força para prevalecer. A vida de Cristo
lutará contra a carne e nos im pulsionará a viverm os pelo Espírito.
A Carn e
O que é a carne? E um a estrutura construída pelo diabo em nossa
alm a usando blocos de iniquidade. Assim que nascem os, a iniquidade é
im plantada em nosso espírito e com eça a contam inar nosso coração,
nosso raciocínio e até m esm o o que crem os a cerca de nós m esm os. A
carne é um a estrutura com plexa. E a nossa casa com o seres caídos. E a
m anifestação da nossa herança espiritual através da obra da iniquidade.
Através dela, o diabo nos afasta da justiça de Deus e nos destrói por m eio
do egoísm o e do orgulho.
"Será que vocês, poderosos, falam de fato com
justiça? Será que vocês, hom ens, julgam retam ente?
Não! No coração vocês tram am a injustiça, e na terra
as suas m ãos espalham a violência. Os ím pios erram
o cam inho desde o ventre; desviam - se os m entirosos
desde que nascem ." Salm os 58:1-3
O rei Davi reconhecia esse conflito interior que o com pelia em
direção ao m al, a ponto de fazê-lo cair em adultério com Batseba. Ele
tinha um entendim ento bastante claro do que lhe acontecera e orava para
resolver a questão pela raiz. A luz do Altíssim o lhe fizera ver a diferença
entre iniquidade, rebelião e pecado. Ele com preendia o m otivo do seu
com portam ento pecam inoso, tanto que escreveu:
"Tem m isericórdia de m im , ó Deus, por teu am or;
por tua grande com paixão apaga as m inhas
transgressões. Lava-m e de toda a m inha culpa e
purifica-m e do m eu pecado. Pois eu m esm o reconheço
as m inhas transgressões, e o m eu pecado sem pre m e
persegue. Contra ti, só contra ti, pequei efiz o que tu
reprovas, de m odo que justa é a tua sentença e tens
razão em condenar-m e. Sei que sou pecador desde
que nasci, sim , desde que m e concebeu m inha m ãe. Sei
que desejas a verdade no íntim o; e no coração m e
ensinas a sabedoria." Salm os 51:1-6
Vim os que a iniquidade é im plantada no nascim ento e, caso não seja
extirpada do nosso ser, nos tornará inim igos de Deus.
Essas duas sem entes perm anecerão em conflito até que um a das
duas m orra. Se a iniquidade não for destruída, ela causará bem m ais
transtornos do que um a m era luta interior, com o verem os m ais tarde.
A iniquidade vem do espírito do hom em e a carne recebe seu poder e
nutrição a partir dessa estrutura. A iniquidade se m anifesta na alm a,
criando um denso véu que im pede o desenvolvim ento de qualquer vida
espiritual. Trata-se de um a força que aprisiona nossa m ente e nosso
coração, tornando- nos dependentes de form as de pensar contrárias às de
Deus.
A carne é a m anifestação da iniquidade, conform e ilustrado em
Gálatas 5:
"Ora, as obras da carne são m anifestas:
im oralidade sexual, im pureza e libertinagem ;
idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúm es, ira,
egoísm o, dissensões, facções e inveja; em briaguez,
orgias e coisas sem elhantes. Eu os advirto, com o
antes já os adverti: Aqueles que praticam essas coisas
não herdarão o Reino de Deus. " Gálatas 5:19-21
São apenas frutos, evidências externas de um a estrutura, de hábitos
e paradigm as que têm controlado nossa vida por anos e que som ente
podem os destruir pelo poder do Espírito. Elim inar o fruto é m eram ente
um trabalho externo. Um exem plo disso é um alcoólatra que recebe a
Cristo e para de beber; m as se nunca confrontar as raízes de dor,
am argura e rebelião que o controlam , inevitavelm ente, a iniquidade — o
poder por trás do pecado - irá com peli-lo a outros com portam entos
pecam inosos. No coração dele está gravado: "Você precisa de fugas ou
não suportará a dor". Esse decreto, feito por ele m esm o, é alim entado
pela iniquidade e, im placavelm ente, irá pressionar a sua carne. Ele por
fim cairá em um a vida de m entira, adultério, ou irá atrás de pornografia
na Internet. Essa pessoa pode até acreditar que está livre do alcoolism o,
m as, na realidade, tudo o que fez foi apenas cortar um fruto visível, sem
nunca ter chegado à raiz do problem a.
Apenas podar a parte superficial ou o pecado aparente pode ser um a
tentativa de se buscar a santificação, m as não basta. É por isso que há
tanta frustração, condenação e hipocrisia em nossas igrejas. Deus quer
que tenham os luz em nosso entendim ento para que alcancem os nossa
verdadeira herança: a vida abundante conquistada por Jesus.
Em intensa oração, Deus m e revelou que apenas poucos em Seu
povo com preendem o que significa andar no Espírito. Esse tipo de vida
não é encontrada ao frequentar a igreja aos dom ingos — nem m esm o
todos os dias —, decorando versículos bíblicos ou trabalhando na igreja.
Andar no Espírito é algo que desenvolve todas as partes do nosso ser
espiritual. Trata-se de um andar sobrenatural, totalm ente conduzido pelo
Espírito de Deus. E a m anifestação visível de Cristo em nós e a total
destruição do corpo de pecado conhecido com o iniquidade.
Não é a vontade do hom em o que destrói as obras da carne, m as o
Espírito de Deus, ou seja, é a sem ente de Deus trazendo m orte à sem ente
diabólica na carne. Isso som ente é alcançado entendendo a vida do
Espírito e passando tem po em intim idade com Deus.
A carne se disfarça de espiritualidade, atraindo terríveis espíritos de
religiosidade. A religião controla a carne e se preocupa apenas com os
hábitos externos, que pareçam justos. A religião, com suas regras e
legalism os, não pode afetar a parte in terna do nosso ser, a qual som ente
pode ser alcançada quando nosso espírito se torna um com o Espírito de
Deus.
O religioso tem prazer em praticar aos olhos de todos coisas
piedosas, porém , aquele que é do Espírito Santo não se preocupa com
praticar, m as em ser. É de vital im portância entenderm os que esforços e
sacrifícios são insignificantes caso não sejam conduzidos pelo Espírito.
Apenas nos tornarem os cansados e desgastados com atividades
relacionadas à igreja. É por isso que encontram os tanta gente esgotada
nas igrejas, desprovidas de qualquer força e sem a certeza do que m ais
poderiam fazer ou que direção seguir.
O plano do diabo é perm ear a Igreja Santa de J esus Cristo com
religiosidade, controlada pela iniquidade, e assim m atar a vida do
Espírito.
Ministrar ao coração de Deus é algo que só pode ser feito sob a
direção do Espírito Santo. Muitas igrejas possuem um a program ação que
inclui leitura bíblica, oração e cânticos, m as nada sob o com ando do
Espírito Santo. Fazer as coisas dessa m aneira é consequência da
iniquidade e im pede nosso desenvolvim ento espiritual e o verdadeiro
relacionam ento com o Senhor.
Na grande m aioria das igrejas, há pouca ou nenhum a ênfase em se
adorar nas profundezas do Espírito, im possibilitando um genuíno fluir
de intim idade com Deus. Isso é o que deve preparar os crentes para o
progresso espiritual.
Há um a tendência em dar prioridade à program ação do hom em , em
vez de priorizar a liberdade em Deus, o que tem produzido um a vida
cristã carnal (estruturada no hom em ), desprovida de eficácia espiritual
em grande parte dos crentes da igreja.
E relativam ente fácil criar um sistem a religioso de regras e fórm ulas
que todos possam seguir, pois m uitos têm m edo de adentrar os cam inhos
desconhecidos do Espírito, um a vez que não controlam o que ali acontece
nem conseguem explicá-los em palavras hum anas; sendo m ais fácil
elim inar as coisas do Espírito, as quais não com preendem os, e gerenciar
aquilo que nos é fam iliar. Infelizm ente, essa atitude tem tom ado conta da
igreja, tornando-a em grande parte ineficaz, desprovida de poder e
m orta.
No entanto, Deus está novam ente batendo à nossa porta a fim de
com preenderm os as verdades de um a m aneira nova. Ele deseja nos
encher com Seu poder, sabedoria e autoridade — e fará isso para que
nossa carne seja verdadeiram ente crucificada.
"Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a
carne, com as suas paixões e os seus desejos." Gálatas
5:24
A carne, intim am ente ligada à iniquidade, serve à lei do pecado e da
m orte e se opõe à vida do Espírito.
No livro aos rom anos, vem os a luta entre as duas sem entes, cujo
resultado dessa luta determ inará nosso destino final.
"Portanto, agora já não há condenação para os que
estão em Cristo Jesus, porque por m eio de Cristo
Jesus a lei do Espírito de vida m e libertou da lei do
pecado e da m orte." Rom anos 8:1-2
Observe que nessa passagem Deus deixa bem claro que não há
condenação para os que andam segundo o Espírito; porém , Ele não diz
que não há condenação para os que dizem "Senhor, Senhor", m as
som ente para os que não andam segundo a carne. Depois disso, o
apóstolo m enciona duas leis, opostas entre si: a lei do espírito, governada
por Cristo, e a lei do pecado e da m orte, operada pelo diabo através da
iniquidade.
Enquanto a iniquidade não for erradicada, o crente será prisioneiro
da carne. Por um lado, ele tentará viver um a vida espiritual, pois am a a
J esus; m as inevitavelm ente acabará cedendo à carne, tom ando decisões
baseadas em sua m ente e em suas em oções. Muitas vezes, sua opinião
sobre algum as questões espirituais é controlada por pensam entos
religiosos, resultando em um desenvolvim ento espiritual bastante lento.
Ele será um a pessoa negativa, cheia de altos e baixos na fé - se houver
qualquer fé. A iniquidade criará sentim entos de culpa, m edo e
preocupação em relação à m orte.
O objetivo da iniquidade é nos m anter focados nas coisas deste
m undo. Ela é inim iga da cruz. Costum o receber convites para pregar nos
quais sou especificam ente proibida de falar sobre a cruz ou qualquer
outra coisa que possa perturbar o conforto da igreja. E óbvio que jam ais
aceito convites assim .
Ensinam em m uitos sem inários que, para se alcançar um a igreja
grande, deve-se falar o m ínim o possível em cruz ou pecado. Muitos
pastores estão presos na iniquidade, tendo apenas um a aparência de
espiritualidade, m as buscando afam a deste m undo, alm ejando
m inistérios de alcance m undial. Desejam o reconhecim ento de grandes
m inistérios e o favor dos hom ens. Quando a pregação da Palavra e a
liberdade do Espírito são com prom etidos, a iniquidade se m anifesta com
as pessoas tem endo m ais o hom em do que a Deus.
"Irm ãos, sigam unidos o m eu exem plo e observem
os que vivem de acordo com o padrão que lhes
apresentam os. Pois, com o já lhes disse repetidas
vezes, e agora repito com lagrim as, ha m uitos que
vivem com o inim igos da cruz de Cristo. O destino
deles é a perdição, o seu deus é o estôm ago e eles têm
orgulho do que é vergonhoso; só pensam nas coisas
terrenas" Filipenses 3:17-19
O hom em espiritual apenas se sente satisfeito quando Deus é
agradado. Para ele não faz diferença ter um m inistério grande ou
pequeno, o que m ais lhe im porta é fazer a vontade de Deus, m esm o que
para ele isso custe perder todo o resto para garantir a entrada no Céu.
"Quem vive segundo a carne tem a m ente voltada
para o que a carne deseja; m as quem vive de acordo
com o Espírito, tem a m ente voltada para o que o
Espírito deseja. A m entalidade da carne é m orte, m as
a m entalidade do Espírito é vida e paz; a m entalidade
da carne é inim iga de Deus porque não se subm ete à
Lei de Deus, nem pode fazê-lo." Rom anos 8:5-7
Algo claram ente ilustrado nas Escrituras é que ninguém pode ser do
Espírito e da carne ao m esm o tem po. Ou se é de um , ou do outro.
Ser do Espírito im plica em um tipo de com portam ento e seus
objetivos são diferentes dos deste m undo. O conceito de que se pode
viver na carne e no Espírito porque a justiça de Deus justifica
independente dos atos da pessoa tem criado um a igreja cheia de pecado,
enferm idades, religião e m orte espiritual. A igreja não tem a m enor ideia
do que significa segundo o Espírito.
Creio que Deus está nos cham ando para parar e rever m uitas das
doutrinas que tem os aceitado e exam iná-las à luz dos resultados que têm
produzido.
Capítulo 3
AS MORADAS DA INIQUIDADE
"Então o SEN HOR Deus form ou o hom em do pó da
terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o
hom em se tornou um ser vivente. Ora, o SEN HOR
Deus tinha plantado um jardim no Éden, para os
lados do leste, e ali colocou o hom em que form ara".
Gênesis 2:7-8
"Deus os abençoou, e lhes disse: Sejam férteis e
m ultipliquem - se! Encham e subjuguem a terra!
Dom inem sobre os peixes do m ar, sobre as aves do
céu e sobre todos os anim ais que se m ovem pela
terra." Gênesis 1:28
A alm a de Adão foi criada para m orar em Deus, em um a m orada
celestial, no jardim do Éden, revestida com a luz de Cristo. Todo
conhecim ento, sabedoria, inteligência, conselho, poder e tem or de Deus
constituíam essa m orada espiritual. Através dela, Adão podia governar a
Terra com o pensam ento e a m ente do seu Criador.
Essa m orada era um a fortaleza inexpugnável, o que significa que não
podia ser penetrada por nenhum m al. Era a m orada do próprio Deus no
hom em . Nosso Criador tam bém lhe dera um a ferram enta para reinar, a
qual deixou sob sua total posse:
"O 'livre-arbítrio', tam bém conhecido com o vontade". Nele, ninguém
podia interferir, nem m esm o Deus e m uito m enos o diabo.
Satanás então seduz a m ente da m ulher, a qual usou sua própria
vontade para adentrar o terreno proposto pelo diabo. Isso teve com o
consequência para o hom em a perda da sua m orada celestial, o Éden.
Com o resultado, sua alm a foi separada de Deus e o hom em perdeu sua
vida eterna e sua m ente se reduziu a 2% de sua capacidade e, no m elhor
dos casos, a som ente 10 %.
A alm a do hom em e seus pensam entos m ergulharam na escuridão e
na confusão, passando a ser a voz do diabo a única que os alim entava. A
partir de então, o inim igo seria o provedor de todo tipo de pensam entos
inferiores, carnais, soberbos, pecam inosos, lim itados e de m edo que
constituem o m aterial com que a alm a caída edifica sua m orada
espiritual. Isso é o que a Bíblia cham a de "m oradas da m aldade" ou
"tendas da iniquidade".
"Melhor é um dia nos teus átrios do que m il noutro
lugar; prefiro ficar à porta da casa do m eu Deus a
habitar nas tendas da iniquidade". Salm o 84:10
A Terra está cheia de gente que literalm ente m ora em um a m orada
espiritual e alm ática totalm ente oposta ao Éden. Essas estruturas de
iniquidade controlam , dom inam , afetam e enchem de m ales as
sociedades nas quais o hom em caído vive.
"Tenta para a tua aliança, porque os lugares
tenebrosos da terra estão cheios de m oradas de
violência". Salm o 74:20
Depois da queda, Deus desejou governar a Terra através de Seus
filhos, que agora é governada pela m orte e pelo diabo, por interm édio da
iniquidade. O reflexo do Sheol se torna visível ao edificar nos hom ens
todo tipo de pensam entos de m orte e m edo, os im pedindo de avançar.
"Com o ovelhas são destinados à sepultura, e a
m orte se alim entará deles. Os retos terão dom ínio
sobre eles ao rom per da m anhã; a sua form osura na
sepultura se consum irá, longe de suas m oradas."
Salm o 49:14
A iniquidade m olda a m ente do hom em , criando fortalezas que
literalm ente determ inam o nosso com portam ento. Vem os no caso do rei
Nabucodonosor com o Deus julgou seu orgulho e sua iniquidade e ele
adotou um a m entalidade de anim al na qual ficou confinado. O
com portam ento do hom em se m olda conform e sua m orada.
"Serás tirado de entre os hom ens, e a tua m orada
será com os anim ais do cam po, e te farão com er erva
com o os bois, e serás m olhado do orvalho do céu;
passar-se-ão sete tem pos por cim a de ti, até que
conheças que o Altíssim o tem dom ínio sobre o reino
dos hom ens, e o dá a quem quer." Daniel 4:25
Observe nessa passagem com o o m undo espiritual de trevas e de
m orte m olda as circunstâncias do hom em no m undo natural. Essas
m oradas são estruturas espirituais, m entais e em ocionais segundo as
quais operam os e a partir das quais tom am os toda decisão que não
provém de Deus.
Tudo o que não está edificado em Deus é edificado na iniquidade, o
m aterial proveniente das trevas. Tem os construído esse tipo de m orada
ao redor de nossa alm a. Um a m orada é, por assim dizer, um m olde
invisível que rodeia nossa alm a, dando-lhe form a, personalidade e
identidade.
Essas estruturas são feitas por um conjunto de pensam entos que
regem tudo o que som os e determ inam que fruto produzim os.
"Pois com o im aginou na sua alm a, assim é...
Provérbios 23:7
O hom em é um reflexo da m orada de sua alm a. Um a alm a edificada
por Deus pensará, agirá e produzirá fruto segundo Deus. O hom em
natural ou cristão que não foi edificado espiritualm ente pensará, agirá e
produzirá frutos segundo um a m ente lim itada e estruturada pela cultura
e pelas circunstâncias.
Essa estrutura ou m orada da alm a é o lugar de sua segurança ou
insegurança no qual ele m esm o se colocou. Trata- se de um a m entira
edificada em seu interior e que dita o que ele deve ser. E o lugar onde
estão edificadas todas as suas lim itações e o que faz com que um a pessoa
pense de um a m aneira ou de outra. Essas estruturas de pensam entos e
em oções são erguidas em sua m ente e em seu coração desde pequeno e
são produtos da iniquidade, não sendo desfeitas sim plesm ente com a
declaração "Senhor, Senhor, vem viver em m eu coração".
Essas m oradas devem ser descartadas pelo poder de Deus, por nossa
determ inação em derrubá-las e pela fé, substituindo a m entira pela
verdade ilim itada de Deus. Não se trata de repetir versículos, m as de
passar a crer de m aneira diferente a respeito de nós m esm os. Significa
nos ver com toda a grandeza e poder com que Deus nos vê e agir de
acordo com essa realidade, não dando nenhum lugar à dúvida.
Essas estruturas são, em geral:
Moradas de tem or
Moradas de aflição
Moradas de enferm idade
Moradas de escassez e de pobreza
Moradas religiosas e babilônicas
Moradas culturais
Moradas de estresse
Moradas de incredulidade
Moradas de orgulho e egocentrism o
Moradas de negligência
Moradas de vício
Moradas de rejeição
Moradas de hábitos destrutivos
Moradas de luxúria
Moradas de com placência
Cada um dos pecados em que nos envolvem os edificou em nós um a
m orada. Para derrubá-las, prim eiro tem os de saber quais existem e estão
controlando nossas vidas, atraindo para si aquilo que projetam . Por
exem plo, um a pessoa pode ir à igreja a vida toda e viver em m oradas de
pobreza, m edo, enferm idade, pânico de rejeição, etc. Essas m oradas
exercem um poder que atrai pobreza, enferm idade e rejeição, pois a alm a
está estabelecida e fundam entada em regiões de trevas de onde reinam a
pobreza, a enferm idade e a rejeição. Não im porta o quanto a pessoa
proclam e com a boca determ inada verdade bíblica, as m entiras em sua
alm a continuarão estabelecidas com essas estruturas de pensam ento
anulando o poder de Deus em sua vida; e ela jam ais alcançará êxito nessa
área. Suas m oradas internas se tornam um a tradição, um a form a de vida,
um a prisão que não perm ite que a pessoa veja as coisas de form a
diferente. Depois que ela aceita determ inada m entira, viverá assim até
que esta seja destruída por com pleto, pois a iniquidade form ou um a
fortaleza que necessita ser derrubada.
"Assim vocês anulam a palavra de Deus, por m eio
da tradição que vocês m esm os transm itiram . E fazem
m uitas coisas com o essa. Jesus cham ou novam ente a
m ultidão para junto de si e disse: Ouçam -m e todos e
entendam isto: Não há nada fora do hom em que, nele
entrando, possa torná-lo 'im puro'. Ao contrário, o que
sai do hom em é que o torna im puro." Marcos 7:13-15
O que tem os edificado desde a infância, nossa form a lim itada e
tradicional de ver e entender o m undo, é o que nos contam ina; ou seja,
tudo aquilo que projetam os, falam os e vivem os constantem ente.
É por isso que hoje tem os tantos cristãos enferm os, pobres,
oprim idos, sem poder e com profundos problem as de caráter e pecado.
Eles nunca destruíram as m oradas de iniquidade form adas em sua alm a.
Além disso, não foram estabelecidos nas m oradas celestiais. Muitas
pessoas voltam a cair nos m esm os pecados porque um lado delas deseja
esse estilo de vida e, por m ais que tenham se afastado do pecado por um
tem po, nunca rem overam a iniquidade nem destruíram a m orada que
edificou esse pecado em sua alm a.
Conhecem os o caso de um alcoólatra que caiu nesse cativeiro por
causa de abusos que sofrera no passado. Sua alm a fora edificada sobre
um a estrutura de escape e fuga, usando o álcool com o saída. Por fim , esse
hom em se voltou para Deus e entregou a bebida nas m ãos do Senhor,
sendo liberto dos espíritos de alcoolism o, m as nunca das estruturas de
fuga. Cedo ou tarde, o diabo usará essa edificação para conduzi-lo a
novas form as de escape através de algum outro pecado, com o
pornografia, violência verbal ou qualquer outra coisa.
O m esm o acontece com a pobreza e a escassez. Por diversas
gerações, as pessoas vêm edificando dentro de si pensam entos de
pobreza, incapacidade e lim itações sem fim . Quando vêm ao Senhor,
enchem a cabeça de Bíblia, até m esm o se tornam servas de Deus, m as
nunca destroem essas m oradas. Tratam -se de m oradas de m aldade, que
não foram edificadas por Deus, m as que fazem com que esses servos
vivam lim itados continuam ente em suas finanças. Por m ais que sem eiem
no Reino de Deus, não prosperam na m edida em que Deus planejou para
eles, pois sua alm a está rodeada de estruturas que atraem pobreza ao seu
redor.
Com a boca confessam a Deus, m as seus pensam entos tom am
decisões conform e suas lim itações financeiras. Se vão construir um a
igreja, a im aginam cheia de rachaduras e no fundo de um a oficina. DEUS
NÃO PENSA ASSIM. Tudo o que Deus pensa e projeta para nós é
grandioso. Som ente serão aquilo que constitui a essência de sua m orada
espiritual: quer sejam m oradas de Deus ou m oradas de iniquidade.
O principal trabalho da igreja é edificar a m orada de Deus em cada
crente, não decorar a Bíblia ou seguir fórm ulas hum anas que negam a
eficácia do poder de Deus.
"Edificados sobre o fundam ento dos apóstolos e dos
profetas, tendo Jesus Cristo com o pedra angular, no
qual todo o edifício é ajustado e cresce para tornar-se
um santuário santo no Senhor. N ele vocês tam bém
estão sendo edificados juntos, para se tornarem
m orada de Deus por seu Espírito. " Efésios 2:20 - 22
J esus veio restaurar o que fora perdido e um a dessas coisas é
justam ente a m orada de Deus na alm a e no espírito do hom em . O rei
Davi adentrou a beleza e o poder dessas m oradas, m as não podia
estabelecê-las em seu interior porque isso só seria possível após a vinda
do Espírito Santo no Pentecostes. No entanto, o Pai o perm itiu adentrá-
las, desfrutá-las tem porariam ente e ver sua m agnificência; a herança de
J esus para nós.
"Aquele que habita no abrigo [lugar secreto] do
Altíssim o e descansa à som bra do Todo-poderoso
pode dizer ao SEN HOR: 'Tu és o m eu refúgio e a
m inha fortaleza, o m eu Deus, em quem confio" Ele o
livrará do laço do caçador e do veneno m ortal. Ele o
cobrirá com as suas penas, e sob as suas asas você
encontrará refugio; a fidelidade dele será o seu
escudo protetor. Você não tem erá o pavor da noite,
nem a flecha que voa de dia, nem a peste que se m ove
sorrateira nas trevas, nem a praga que devasta ao
m eio-dia. Mil poderão cair ao seu lado, dez m il à sua
direita, m as nada o atingirá. Você sim plesm ente
olhará, e verá o castigo dos ím pios. Se você fizer do
Altíssim o o seu abrigo, do SEN HOR o seu refugio,
nenhum m al o atingirá, desgraça algum a chegará à
sua tenda. Porque a seus anjos ele dará ordens a seu
respeito, para que o protejam em todos os seus
cam inhos; com as m ãos eles o segurarão, para que
você não tropece em algum a pedra. Você pisará o
leão e a cobra; pisoteará o leão forte e a serpente.
\ Porque ele m e am a, eu o resgatarei; eu o protegerei,
pois conhece o m eu nom e. Ele clam ará a m im , e eu lhe
darei resposta, e na adversidade estarei com ele; vou
livrá-lo e cobri-lo de honra. Vida longa eu lhe darei, e
lhe m ostrarei a m inha salvação" Salm o 91:1-16
Com o são m aravilhosas as m oradas de Deus! São opostas às
m oradas do diabo nas quais as pessoas vivem cheias de insegurança,
tem or, carência, enferm idade e assaltos de terror a cerca de um futuro
im previsível e devido à sua fragilidade hum ana. As m oradas de Deus são
verdadeiram ente seguras, inexpugnáveis, repletas de saúde, de
abundância e de tranquilidade em relação a um futuro planejado e
guardado por Deus. No entanto, isso tam bém não se edifica em um
instante sim plesm ente porque repetim os a "oração do pecador". Tem os
de edificar as m oradas de Deus com m aterial do Céu, com ouro, prata e
pedras preciosas provenientes do Espírito Santo de Deus.
Aquele que edificou sua m orada espiritual em Deus viverá em paz,
em segurança e na tranquilidade de que nenhum a tragédia repentina lhe
sobrevirá. Quem edifica em Deus será próspero todos os dias de sua vida,
pois sua alm a prospera desde o terreno até o celestial.
Derrubar as m oradas da m aldade depende prim eiram ente de
subm eter nossa vontade a Deus para efetivam ente com eçarm os a
substituir a m entira pela verdade do Senhor. Precisam os saber, não
som ente crer, que nada pode se apoderar de nossa vontade e que essa é a
ferram enta m ais poderosa para se entrar no Reino de Deus e em Sua
herança.
A m aior m entira do diabo tem levado os filhos de Deus a acreditar
que ele pode se apoderar da vontade do hom em . Deus deu ao hom em o
"livre-arbítrio" e nada, nem Deus nem o diabo podem tocar em nossa
vontade. Deus a selou para que ela fosse nossa, pois por ela serem os
julgados.
Aquele que com preender isso poderá ser plenam ente liberto e
arrebatará todas as riquezas que Cristo com prou com Seu precioso
sangue. Em Cristo J esus, sou e tenho, m e atrevendo a ser e a possuir Seu
Reino. Ele já nos disse que todas as coisas pertencem à vida e à justiça.
Ele já nos deu Seu Reino, o que significa que o Reino é aqui e agora, pois
só os que se apoderam dele o possuem . Minha vontade unida ao poder de
Deus é o instrum ento necessário para derrubar as m oradas da m aldade
que por anos têm governado nossa vida.
Por nossa vontade podem os decidir dedicar tem po e am or para
edificar o nosso interior e nos colocar face a face com J esus até obterm os
a vitória.
"Por isso lhes digo: Peçam , e lhes será dado;
busquem , e encontrarão; batam , e a porta lhes será
aberta." Lucas 11:9
Frases tais com o "O diabo não m e deixa orar" e "N ão posso cum prir
a vontade de Deus porque o diabo não deixa" são a m ais absoluta
m entira. Você é o dono de sua própria vontade e nem Deus nem o diabo
podem nos forçar a nada.
Tem os em nossa vontade o poder para tom ar decisões radicais de
m udança. Alguns podem insistir, m as você somente você — pode decidir
lutar com Deus para alcançar a vitória ou se entregar ao diabo para
perder. A DECISÁO É SUA!
Quando Adão deixou a m orada de Deus, ele se encontrava nu e sua
alternativa foi se esconder e se cobrir com folhas de figueira. Deus então
lhe perguntou: Onde você está?. Hoje, Deus continua fazendo a m esm a
pergunta: Onde você está? De que m orada você está operando? Qual é a
sua condição de vida? O que está produzindo em cada aspecto da vida?
Com o é a sua relação com os outros? E a sua saúde? E suas finanças? E
sua m issão celestial? Quando o mundo observa você, o que vê? A
realidade das verdades celestiais está sendo m anifestada em sua vida?
Você vive um a suposta devoção a Deus, m as sua realidade está cheia de
lim itações e de m oradas estabelecidas no território derrotado do diabo?
Deus está cham ando todos nós para buscarm os a verdadeira
realidade das m oradas das quais operam os. Está nos cham ando para
serm os agressivos contra tudo o que nos im pede de entrar nas
m aravilhosas dim ensões de Suas m oradas. Ele está nos cham ando para
abandonar a passividade e o conform ism o de um a Igreja que se m ove na
m ediocridade e que não está se constrangendo em relação à sabedoria
deste m undo.
Deixarem os atônitos e hum ilhados os poderosos e sábios deste
m undo quando a enferm idade não puder m ais nos tocar e não tiverm os
m ais de pedir em prestado, m as sim passarm os a serm os os m aiores
doadores do m undo. Isso acontecerá quando form os o exem plo
encarnado do am or de Deus na Terra e o m undo perdido puder ver a
m orada de Deus se m anifestando em cada um de nós.
Capítulo 4
COMO OPERA E SE MANIFESTA A INIQUIDADE
Se pudéssem os visualizar o corpo da iniquidade, veríam os algo
sem elhante a um cordão negro torcido em nosso espírito, com posto de
centenas de nós, os quais parecem trapos sujos repletos de inform ações e
pactos que se acum ularam ao longo das gerações. Ele seria sem elhante a
um véu que bloqueia ou im pede a vida de passar do espírito para a alm a e
desta para a m ente.
A in iqu id ad e p ro d u z s u rd e z e s p iritu al
Muita gente tem o ouvido espiritual obstruído e não consegue ouvir
a voz de Deus.
"Os ím pios erram o cam inho desde o ventre;
desviam -se os m entirosos desde que nascem . Seu
veneno é com o veneno de serpente; tapam os ouvidos,
com o a cobra que se faz de surda para não ouvir a
m úsica dos encantadores, que fazem encantam entos
com tanta habilidade." Salm os 58:3-5
O plano de Deus é que todos possam os ouvir Sua voz, o que não deve
se restringir aos profetas ou aqueles que receberam o dom de profecia. As
instruções do Espírito Santo dependem da nossa capacidade de ouvir a
voz do Senhor. Existem denom inações inteiras que têm se fechado para
essa verdade essencial da vida cristã, professando que Deus não fala m ais
nos dias de hoje. Não existe m aior m entira que essa. J esus disse: "As
m inhas ovelhas ouvem a m inha voz; eu as conheço, e elas m e seguem "
(J oão 10 :27). Quando disse isso, o Novo Testam ento ainda nem havia
sido escrito. J esus tam bém ensinou que o Espírito Santo seria enviado
para nos ensinar todas as coisas. Na prim eira carta de J oão está escrito:
"Mas vocês têm um a unção que procede do Santo, e
todos vocês têm conhecim ento." I João 2:20
A unção fala às nossas vidas e nos traz a revelação da Palavra de
Deus.
O Pai planejou que o espírito do hom em fosse capaz de ouvir Sua voz
e, de fato, todo espírito está equipado para ouvir um a variedade de vozes
oriundas do m undo espiritual. Pelo m enos você precisa concordar que
todos já ouvim os a voz do diabo. J á escutam os vozes de m edo, ansiedade,
depressão, negativism o, etc., o que dem onstra claram ente nossa
capacidade de ouvir o m undo espiritual.
Um a das m aiores m entiras do diabo é que não som os capazes de
ouvir a voz de Deus. Que tipo de pai seria Deus se tivesse planejado um a
fam ília que pudesse som ente ouvir a voz do diabo?
Na verdade, se nosso entendim ento for aberto aos poucos,
perceberem os que Deus falou conosco em diversos m om entos da vida. E
com o um daqueles im pulsos que nos im pede de viajar em um
determ inado avião e depois ficam os sabendo que ele caiu. Ou então um a
noite m al dorm ida que nos im pede de irm os trabalhar no dia seguinte e
então descobrim os posteriorm ente um vazam ento no carro que não teria
sido percebido se tivéssem os saído correndo para o trabalho e que
poderia ter causado algum acidente. Esses são exem plos de Deus falando
com nosso espírito e que, por sua vez, se m anifestam em diversas partes
da nossa alm a.
A voz de Deus se torna nítida ou confusa dependendo do nível da
presença ou da ausência da iniquidade em nossa vida.
"Vejam ! O braço do SEN HOR não está tão
encolhido que não possa salvar, e o seu ouvido tão
surdo que não possa ouvir. Mas as suas m aldades
separaram vocês do seu Deus; os seus pecados
esconderam de vocês o rosto dele, e por isso ele não os
ouvirá." Isaías 59:1-2
Observe que estam os nos referindo a iniquidades, ou seja, áreas das
quais um a pessoa foi trem endam ente tratada por Deus e para a qual ouve
claram ente que direção tom ar. Mas há outras em que existe
continuam ente um conflito e ela não sabe com o resolver a questão devido
a um a forte frieza espiritual, causando um acúm ulo de iniquidade que
obstrui seus ouvidos espirituais. Vejam os alguns exem plos.
Às vezes, um a pessoa no m inistério pode ouvir claram ente o que
Deus deseja para Sua igreja, m as estar tendo dificuldades na vida
financeira. Esse problem a pode ser consequência do seu passado ou de
seus ancestrais, no qual algum a atividade pecam inosa possa ter sido
praticada na área financeira. Talvez alguns negócios fraudulentos tenham
lesado pessoas inocentes e, enquanto isso não for confessado com o
pecado e iniquidade, criará um bloqueio em seus ouvidos espirituais,
assim com o atrairá problem as financeiros.
E extrem am ente im portante fazer um a análise detalhada de atos
nossos e dos antepassados para identificar qualquer traço de iniquidade.
É claro que isso é algo im possível sem a revelação do Espírito Santo.
Devem os expressar ao Espírito Santo que querem os elim inar toda
iniquidade do nosso ser, pedindo-Lhe para nos m ostrar as raízes da
iniquidade em nossa vida.
Às vezes, nossos ouvidos espirituais estão obstruídos e precisam os
da ajuda de um m inistro de Deus para nos auxiliar nas áreas de
iniquidade. E m uito fácil cair em preguiça e im prudência espirituais.
"Deixe que os outros ouçam por nós, já que não conseguim os ouvir
nada", um sinal da iniquidade em ação.
Isso tam bém acontece em outras áreas da alm a, com o em nossas
em oções. Aqueles que não conseguem ouvir a voz de Deus podem ser
consum idos por sonhos sexuais e aberrações. Eles oram , pedem perdão
por seus sonhos ou fantasias, m as parecem nunca se libertar. A razão
disso tudo é iniquidade não confessada.
A grande m aioria das pessoas faz confissões genéricas, tais com o:
"Senhor, perdoa todo pecado sexual que eu e m eus ancestrais
com etem os". Infelizm ente, isso não ajuda m uito. Pode até funcionar no
caso de um a confissão no leito de m orte, m as não é o suficiente para o
resto de nós.
No m undo espiritual, cada pecado provém de um a raiz de
iniquidade, por isso é tão im portante fazer um a lista detalhada, com o
auxílio do Espírito Santo, e pedir perdão por cada um dos atos.
Existem pessoas que enchem um caderno inteiro anotando cada um
dos seus pecados. Se você reservar tem po para fazer isso, será totalm ente
liberto e viverá um a vida de paz. Isso tam bém é m uito im portante para os
casados, os quais são atorm entados por culpa devido a sonhos e fantasias
sexuais que costum am m inar a vida sexual do casal.
Querido leitor, Deus não abandonou você, m as saiba que a
iniquidade é um obstáculo m uito m aior do que podem os im aginar.
A in iqu id ad e p ro d u z ce gu e ira e s p iritu a l
Da m esm a m aneira que Deus planejou que tivéssem os ouvidos
espirituais, Ele tam bém projetou que tivéssem os olhos espirituais. Eles
são os olhos do entendim ento, os quais nos perm item ver com clareza as
verdades de Deus e os gloriosos tesouros de Suas riquezas. Nossos olhos
espirituais nos perm item ver o m undo invisível e serm os transform ados
de glória em glória.
Todos podem ver o m undo espiritual? Certam ente que sim , m as
para poderm os agir segundo um a determ inada verdade, precisam os
com preender com o ela se aplica em nossa vida.
Antes do nosso encontro pessoal com Cristo, não sabíam os que Deus
podia nos usar para curar enferm os ou expulsar dem ônios. Talvez até
m esm o tenham os aprendido que essas coisas não valem m ais nos dias de
hoje.
Em m eu caso, quando li na Palavra: "Essas coisas seguirão aqueles
que creem em J esus", acreditei de todo coração e a Palavra se tornou
viva. O m esm o aconteceu quando percebi que podia ver o reino de Deus e
que isso não estava restrito apenas a algum as pessoas, m as a todo aquele
que se converteu de verdade.
"Mas quando alguém se converte ao Senhor; o véu
é retirado. Ora, o Senhor é o Espírito e, onde está o
Espírito do Senhor, ali há liberdade. E todos nós, que
com a face descoberta contem plam os a glória do
Senhor, segundo a sua im agem estam os sendo
transform ados com glória cada vez m aior, a qual
vem do Senhor, que é o Espírito." II Coríntios 3:16-18
Claram ente, quando o Espírito de Deus está presente, Ele nos
perm ite ver Sua glória.
Essa é um a realidade que m ilhares de pessoas vivem . A pergunta é:
por que nem todos conseguem vê-la? Na m aioria dos casos, há duas
razões. Prim eiro, seu véu de iniquidade não foi plenam ente
com preendido ou rem ovido de seus sentidos espirituais. Segundo, os que
já são m aduros no Senhor sim plesmente ainda não desenvolveram sua
visão espiritual, nunca creram que isso era preciso ou sim plesm ente
jam ais pensaram que era algo im portante. Outros podem não reconhecê-
la com o necessária, em com paração a outros dons.
Mas foquem os na prim eira causa: os véus de iniquidade. O apóstolo
Paulo m ostra que um dos objetivos do diabo é causar cegueira espiritual.
"O deus desta era cegou o entendim ento dos
descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da
glória de Cristo, que é a im agem de Deus." II
Coríntios 4:4
"Na verdade a m ente deles se fechou, pois até hoje o
m esm o véu perm anece quando é lida a antiga
aliança. Não foi retirado, porque é som ente em Cristo
que ele é rem ovido. De fato, até o dia de hoje, quando
Moisés é lido, um véu cobre os seus corações. Mas
quando alguém se converte ao Senhor, o véu é
retirado." II Coríntios 3:14-16
Agora, m esm o que claram ente o apóstolo esteja se referindo aos que
nunca vieram a Cristo, ele tam bém está falando daqueles que carregam
incredulidade. Milhares de cristãos creem em J esus com o seu Salvador,
m as em m uitas áreas da vida continuam incrédulos.
A razão disso é que ainda estão com o coração contam inado com
iniquidade, form ando um véu de diferentes intensidades que produz
cegueira espiritual. Para rem ovê-lo, é necessário identificar as áreas do
nosso coração que ainda não se renderem ao senhorio de Cristo. Quando
essas áreas estiverem convertidas, os véus que produzem a cegueira serão
rem ovidos.
Som ente a presença do Espírito Santo pode transform ar nosso
coração. Ele é o único capaz de libertar os cativos das prisões do coração
e da m ente que têm estado em trevas. Por isso é tão im portante passar
tem po com o Senhor, na m edida necessária para que Sua glória
transform e nossa vida, e então verem os a luz que pode nos transform ar à
Sua im agem .
Cristo é a im agem do Deus invisível e é a Sua im agem em nós que
nos perm ite ver com rosto descoberto a glória de Deus. J esus disse:
"Dentro de pouco tem po o m undo não m e verá
m ais; vocês, porém , m e verão." João 14:19a
"Assim com o m e enviaste ao m undo, eu os enviei ao
m undo." João 17:18
J esus foi enviado cheio do Espírito Santo e era capaz de ver e ouvir
tudo o que fazia o Pai. Da m esm a form a, Ele nos envia, vendo e ouvindo o
que Ele faz.
"Eu lhes digo verdadeiram ente que o Filho não
pode fazer nada de si m esm o; só pode fazer o que vê o
Pai fazer, porque o que o Pai faz o Filho tam bém faz.
Pois o Pai am a ao Filho e lhe m ostra tudo o que faz."
João 5:19-20 a
A m aioria dos filhos de Deus não se m ove nessa liberdade porque a
iniquidade os enche de incredulidade e culpa, o que não passa do véu de
trevas com o qual o diabo tem cegado a Igreja. Seu objetivo é que a Igreja
perm aneça sem poder para se m over na plenitude do que J esus com prou
com Seu sangue.
Ver o Reino de Deus e contem plar Sua glória é a coisa m ais
m aravilhosa que poderia nos acontecer. Vale a pena fazer tudo o que for
necessário para alcançar isso e o preço é purificar nosso coração da
iniquidade.
A in iqu id ad e p ro d u z d o e n ça e d o r
A iniquidade é a principal causa de doenças. Apesar de ter sua
origem no espírito hum ano, ela atravessa a alm a e resulta em um a
m anifestação física que destrói o corpo.
A ciência reconhece algo cham ado de doenças psicossom áticas.
Segundo os m édicos, esse tipo de doença se origina na m ente e produz
reações quím icas no organism o, sendo em grande parte um a reação do
nosso corpo a sentim entos com o ódio, am argura, ressentim ento,
vergonha, etc.
A realidade é que esse problem a é m uito m ais profundo do que um a
m era reação quím ica. Trata-se de um a questão espiritual resultante da
iniquidade transm itida de geração em geração. É algo tão profundo que
afeta toda a inform ação genética do nosso corpo físico.
A iniquidade com a qual nascem os se intensifica à m edida que
contam inam os nosso coração com o pecado.
J á vim os com o o espírito, a alm a e o corpo estão intim am ente
entrelaçados e com o a condição dos dois prim eiros determ inará a de todo
o organism o. O apóstolo J oão diz em sua terceira epístola:
"Am ado, oro para que você tenha boa saúde e tudo
lhe corra bem , assim com o vai bem a sua alm a" III
João 1:2
Um espírito cheio da presença de Deus e com um coração puro e
livre de toda iniquidade resultará em um corpo saudável. O contrário
tam bém é verdade para os que estão cheios de iniquidade.
"Ele vestia a m aldição com o um a roupa: entre ela
em seu corpo com o água e em seus ossos com o óleo."
Salm o 10 9:18
O salm o fala de um hom em perverso ou de alguém cheio de
iniquidade. A iniquidade form a um tipo de líquido tóxico que se acum ula
nos órgãos, deteriorando o estado geral de saúde do indivíduo.
A iniquidade tam bém reside nos ossos, enfraquecendo-os, fazendo o
m esm o com o sangue. A vida é encontrada no sangue, segundo a Bíblia, e
é na m edula óssea onde ele é produzido. Toda doença no sangue se
origina de iniquidade, com o diabetes, leucem ia, pressão alta ou baixa,
lupus, etc.
Infelizm ente, essa realidade, que não é culpa de Deus, produz m orte
(II Coríntios 7:10 b). A m orte se adere à iniquidade e penetra os ossos.
"Misericórdia, SEN HOR! Estou em desespero! A
tristeza m e consom e a vista, o vigor e o apetite.
Minha vida é consum ida pela angústia, e os m eus
anos pelo gem ido; m inha aflição esgota as m inhas
forças, e os m eus ossos se enfraquecem ." Salm os 31:9-
10
As doenças existentes nos ossos e nas juntas, tais com o osteoporose,
artrite e dores reum áticas, são resultado de um a contínua im pregnação
de secreções oriundas da iniquidade.
A form ação de tum ores e dores m usculares agudas podem ser
resultados da reação do corpo físico a essa herança espiritual.
"Ninguém pleiteia sua causa com justiça, ninguém
faz defesa com integridade. Apóiam -se em
argum entos vazios e falam m entiras; concebem
m aldade e geram iniqüidade. Chocam ovos de cobra e
tecem teias de aranha. Quem com er seus ovos m orre,
e de um ovo esm agado sai um a víbora." Isaías 59:4-5
Muitas vezes o Senhor tem nos m ostrado, enquanto m inistram os
libertações, com o a iniquidade penetra na form a desses ovos, originando
tum ores e cânceres que se m ultiplicam causando m etástases (expansão
para outros órgãos). Tam bém são criadas teias de aranha que se
entretecem nos m úsculos e trazem fortes dores e decadência física.
A in iqu id ad e co n tra o co rp o
A iniquidade, com o vim os, se origina no espírito, e então passa para
a alm a, form ando estruturas de com portam ento, e por últim o para o
corpo, deixando-o enferm o e destruindo suas funções. Lem bre-se de que
a iniquidade é com o um a bagagem cada vez m ais deform ada que se
transm ite de um a geração para geração.
No entanto, todo hábito destrutivo contra o corpo hum ano está
relacionado com iniquidade. Vícios e distúrbios podem vir de nossas
gerações passadas ou ser desenvolvidos por nós m esm os. Por exem plo, o
avô pode ter sido fum ante, então o pai não som ente é fum ante, m as
tam bém alcoólatra; o filho adiciona a esses vícios a m aconha, enquanto o
neto tam bém consom e cocaína, heroína e crack desde m uito jovem . Essa
é um a cadeia que vai se deform ando até que a alguém a interrom pa e
redim a a linhagem geracional com o sangue de J esus Cristo, lim pando a
linhagem de sangue da iniquidade. E im portante realçar que enquanto os
pais não reconhecerem a causa do problem a dos filhos, eles nunca terão o
poder e a autoridade para ajudá-los.
Outro exem plo de iniquidade contra o corpo é o consum o de
rem édios. Nos dias atuais, o consum o de drogas farm acológicas é aceito
socialm ente. Assim , a igreja, por exem plo, não vê nenhum problem a no
uso de m edicam entos, pois I m aioria de seus m em bros consom e diversos
rem édios, nem sem pre diagnosticados por um m édico. A pergunta é:
Qual a origem disso? A m edicina alopata praticada hoje teve sua origem
na alquim ia na Idade Média. Seu nom e em grego era "pharm akeia" e era
regida pelos deuses Esculápio (nom e em grego), Asclépio (nom e rom ano)
e Hígia, cujos sím bolos hoje representam a ciência m édica (o caduceu
com duas serpentes enroscadas).
A palavra "pharm akeia" é utilizada na Bíblia para descrever
bruxaria, m as tam bém poderia ser utilizada para descrever
toxicodependência, tabagism o (nicotina), alcoolism o e consum o de
rem édios (drogas).
J esus Cristo levou nossas enferm idades na cruz da m esm a m aneira
que levou o pecado e a iniquidade; então, o verdadeiro cristão deve
cam inhar em direção à libertação da dependência de m edicam entos. A
m aturidade em Cristo deve nos conduzir a depender 10 0 % de Sua obra
redentora.
Além disso, a m edicina não tem poder para curar, som ente Deus
pode trazer a verdadeira cura, essa é a verdade tam bém conhecida pelos
m édicos e pelas indústrias farm acêuticas. A m edicina é igual à bruxaria;
pode até am enizar tem porariam ente um m al, m as inevitavelm ente trará
outro.
Com isso não estou condenando aquele que acredita que precisa
tom ar determ inado m edicam ento, apenas quero apresentar um cam inho
m elhor. Por exem plo, m e encontro com m uitos pais que possuem um
arm ário cheio de rem édios e que oram para que seus filhos fiquem longe
das drogas. Não deve ser surpresa quando não virem nenhum resultado.
Seus filhos estão fugindo da dor em ocional através das drogas, enquanto
seus pais solucionam suas dores físicas e em ocionais fazendo uso de
rem édios.
A "pharm akeia" é um a form a de iniquidade que m ina as células do
corpo e inutiliza o sistem a im unológico. Por outro lado, a m aioria de nós
não sabe o que contém essas pílulas sedutoras receitadas pelos m édicos,
cheias de nom es estranhos nos quais passam os a confiar. Você conhece o
verdadeiro poder destrutivo da m edicina? Por que todos os rem édios
produzem efeitos colaterais, m as todos preferem ignorar isso?
Se realm ente nos com prom etem os com J esus Cristo para depender
do poder curador do Seu Espírito que em nós habita, não acredita que
terem os resultados m elhores e sem efeitos colaterais? Não apenas digo a
você que SIM, FUNCIONA, m as você então terá autoridade para alcançar
a vitória tanto em sua saúde quanto na daqueles que você m ais am a.
A iniquidade se m anifesta tam bém no corpo através de distúrbios
alim entares. Há pessoas que com em exageradam ente, ignorando que
pecam contra o próprio corpo, destruindo o tem plo do Espírito Santo.
Nos Estados Unidos, por exem plo, há praticam ente 4 m ilhões de pessoas
com m ais de l40 kg, além de outras 40 0 m il acim a de 18 0 kg. A razão que
leva alguém a com er dem asiadam ente é a iniquidade. Trata-se de um a
raiz de autodestruição, em geral hereditária, que deve ser tratada para se
poder alcançar libertação nessa área. Portanto, é im portante reconhecer
a glutonaria com o iniquidade, que ofende a Deus e traz horríveis
consequências ao corpo.
Talvez alguém entre os seus antepassados destruiu o próprio corpo
por m eio de suicídio, tabagism o, uso de drogas e essa iniquidade está se
m anifestando agora em sua vida, destruindo seu corpo com a com ida.
A in iqu id ad e e o cative iro d a alm a
Com o vim os anteriorm ente, a iniquidade se m anifesta no corpo
físico com o um a água negra que deixa o corpo doente, no entanto, a
origem dessa substância está no espírito do hom em .
A iniquidade dentro do ser hum ano afeta todo o am biente.
É com o um a fonte que flui do seu ser interior, com posta de águas
lam acentas que contam inam tudo que tocam . Essas águas criam
pântanos espirituais nos quais a alm a fica atolada (aprisionada). É por
isso que pessoas justas pecam sem qualquer m otivo ou explicação com o
se estivessem presas em um poço sem saída. Vejam os isso na Palavra:
"Mas os ím pios são com o o m ar agitado, incapaz de
sossegar e cujas águas expelem lam a e lodo." Isaías
57:20
Observe neste próxim o versículo com o os justos são aprisionados
pelo acúm ulo de iniquidade:
"As nossas transgressões estão sem pre conosco, e
reconhecem os as nossas iniqüidades: rebelar-nos
contra o SENHOR e traí- lo, deixar de seguir o nosso
Deus, fom entar a opressão e a revolta, proferiras
m entiras que os nossos corações conceberam . Assim a
justiça retrocede, e a retidão fica à distância, pois a
verdade caiu na praça e a honestidade não consegue
entrar. Não se acha a verdade em parte algum a, e
quem evita o m al é vítim a de saque. Olhou o SEN HOR
e indignou-se com a falta de justiça. " Isaías 59:12b-15
Espiritualm ente, as lam as de iniquidade são lançadas sobre as
pessoas através de palavras perversas e violentas, am eaças, calúnias,
acusações injustas e pressões. As pessoas com essa lam a possuem
espíritos controladores oprim indo, castrando e m anipulando, além de
poluir os lugares onde residem .
Problem as psicológicos, tais com o claustrofobia, originam se desse
tipo de am biente espiritual. Muitas vezes, m esm o que a condiçáo tenha
m udado, a alm a perm anece cativa no passado e a libertação se torna
necessária.
Estar rodeado por essas águas pode gerar pânico, pesadelos e grande
desespero. O rei Davi, m uitas vezes, encontrou-se rodeado dessas "águas
lam acentas" que literalm ente o afogavam .
"Diante do barulho do inim igo, diante da gritaria
dos ím pios; pois eles aum entam o m eu sofrim ento e,
irados, m ostram seu rancor. O m eu coração está
acelerado; os pavores da m orte m e assaltam . Tem or e
trem or m e dom inam ; o m edo tom ou conta de m im ."
Salm os 55:3-5
Essa m esm a condição vem os quando a alm a do salm ista é assolada
por m ales, a iniquidade é lançada sobre ele e sua alm a entra em cativeiro:
"Salva-m e, ó Deus!, pois as águas subiram até o
m eu pescoço. N as profundezas lam acentas eu m e
afundo; não tenho onde firm ar os pés. Entrei em
águas profundas; as correntezas m e arrastam .
Cansei-m e de pedir socorro; m inha garganta se
abrasa. Meus olhos fraquejam de tanto esperar pelo
m eu Deus. Os que sem razão m e odeiam são m ais do
que os fios de cabelo da m inha cabeça; m uitos são os
que m e prejudicam sem m otivo, m uitos, os que
procuram destruir-m e. Sou forçado a devolver o que
não roubei." Salm os 69:1-4
Essa lam a é real no m undo espiritual e causa um a sensação de andar
sobre areia m ovediça da qual apenas se consegue sair com o poder de
Deus. Essas situações são frustrantes porque parecem não ter saída. Não
há nada em que possam os nos segurar e quanto m ais lutam os, m ais
afundam os.
Encontram os essa diferença na alm a do salm ista, perturbada pelo
m al. A iniquidade fora lançada sobre ele e sua alm a entrou em cativeiro:
"Tenho sofrido tanto que a m inha vida está à beira
da sepultura" Salm os 88:3,6 e 8b
Quando enxergam os o m undo espiritual, podem os ver essa areia
m ovediça com o um local onde o diabo aprisiona parte da alm a, lançando
sobre ela opressão e calam idade.
A alm a é m antida em cativeiro com o consequência da iniquidade,
além de traum as e graves acusações por parte de ím pios, que a
fragm entam a aprisionam .
O rei Davi clam ou a Deus em situações com o essas nas quais ele
estava sendo terrivelm ente oprim ido pela iniquidade de seus inim igos.
"As cordas da m orte m e enredaram ; as torrentes
da destruição m e surpreenderam . As cordas do Sheol
m e envolveram ; os laços da m orte m e alcançaram "
Salm os 18:4-5
"Já que, sem m otivo, prepararam contra m im um a
arm adilha oculta e, sem m otivo, abriram um a cov a
para m im " Salm os 35:7
J ó tam bém fala desses fossos:
Vocês seriam capazes de pôr em sorteio o órfão e de
vender um am igo por um a bagatela?' Jó 6:27
Aqueles que carregam iniquidade, ódio e m aldições não apenas
causam aprisionam entos nas trevas, m as nossas próprias escolhas nos
prendem em lugares de grande aflição.
"Assentaram -se nas trevas e na som bra m ortal,
aflitos, acorrentados, pois se rebelaram contra as
palavras de Deus e desprezaram os desígnios do
Altíssim o. Tornaram -se tolos por causa dos seus
cam inhos rebeldes, e sofreram por causa das suas
m aldades. Sentiram repugnância por toda com ida e
chegaram perto das portas da m orte. " Salm os
10 7:10 -11; 17-18
Aqueles que não dão glória a Deus tam bém são aprisionados nesses
locais de cativeiro:
"Escutem e dêem atenção, não sejam arrogantes,
pois o SEN HOR falou. Dêem glória ao SEN HOR, ao
seu Deus, antes que ele traga trevas, antes que os pés
de vocês tropecem nas colinas ao escurecer. Vocês
esperam a luz, m as ele fará dela um a escuridão
profunda; sim , ele a transform ará em densas trevas.
Mas, se vocês não ouvirem , eu chorarei em segredo
por causa do orgulho de vocês. Chorarei
am argam ente, e de lágrim as os m eus olhos
transbordarão, porque o rebanho do SEN HOR foi
levado para o cativeiro." Jerem ias 13:15-17
Devem os ter um a direção bem clara do Espírito Santo antes de
tentar resgatar alm as desses poços. Precisam os ter a perm issão de Deus
antes de rem over as pessoas desses lugares. Devem os pedir a Ele que nos
m ostre pelo Espírito a causa do cativeiro antes de tudo. O Senhor nos
m ostrará, através dos dons do Espírito, com o essas situações costum am
acontecer, então, devem os pedir perdão por todo nosso pecado,
iniquidade ou rebelião. Devem os perdoar aqueles que nos fizeram m al e,
por fim , determ inar que as alm as cativas sejam "libertas". Àqueles que
habitam nas regiões das trevas, devem os dizer: "Saiam das trevas e
venham para a luz".
"Assim diz o SEN HOR' N o tem po favorável eu lhe
responderei, e no dia da salvação eu o ajudarei; eu o
guardarei e farei que você seja um a aliança para o
povo, para restaurar a terra e distribuir suas
propriedades abandonadas, para dizer aos cativos:
Saiam , e àqueles que estão nas trevas: Apareçam !
Eles se apascentarão junto aos cam inhos e acharão
pastagem em toda colina estéril" Isaías 49:8 -9
Em sessões de libertação, há vezes em que devem os puxá- los pela
m ão e rem ovê-los desse poço. Espiritualm ente, tanto o libertador quanto
quem está sendo liberto podem experim entar um a sensação de vitória e
liberdade. Então, pedim os a Deus para colocar essa alm a nas regiões
celestiais para que seja cuidada pelo Espírito Santo. As consequências de
um a libertação desse gênero são tão m aravilhosas que é im possível
descrever.
Recom endo a leitura do m eu livro "Regiões de Cativeiro" (Editora
Valente) para m aior entendim ento sobre esse tem a.
A in iqu id ad e e a s to rre n te s d e p e rve rs id ad e
Com o vim os no item anterior, a iniquidade se m anifesta no m undo
espiritual com o um lodo lam acento lançado sobre um a pessoa, justa ou
não, e que m uitas vezes causa profunda opressão.
"Ouve-m e e responde-m e! Os m eus pensam entos
m e perturbam , e estou atordoado diante do barulho
do inim igo, diante da gritaria dos ím pios; pois eles
aum entam o m eu sofrim ento e, irados, m ostram seu
rancor. O m eu coração está acelerado; os pavores da
m orte m e assaltam . "Salm o 55:2-4
Esses lodos chegam a ser pântanos espirituais ou torrentes de
perversidade enviadas pelo diabo para destruir um a pessoa ou afundá-la
em circunstâncias desfavoráveis. Em raras ocasiões, o rei Davi se viu
rodeado por essas águas lam acentas que literalm ente o afogavam .
"Salva-m e, ó Deus!, pois as águas subiram até o
m eu pescoço. N as profundezas lam acentas eu m e
afundo; não tenho onde firm ar os pés. Entrei em
águas profundas; as correntezas m e arrastam .
Cansei-m e de pedir socorro; m inha garganta se
abrasa. Meus olhos fraquejam de tanto esperar pelo
m eu Deus. Os que sem razão m e odeiam são m ais do
que os fios de cabelo da m inha cabeça; m uitos são os
que m e prejudicam sem m otivo... "Salm o 69:1 -4
Esse lodo lam acento é real no m undo espiritual e cria poços, dos
quais apenas é possível sair com o poder de Deus. Essas são situações nas
quais nos sentim os desesperados porque parece não haver saída,
nenhum a form a de escapar e, quanto m ais nos esforçam os para sair,
m ais afundam os. Pessoas com grandes dívidas estão nesses pântanos,
bem com o aquelas que se envolveram em um negócio que acabou em
falência ou ação judicial ou em um processo que am eaça destruir tudo.
Gente que tende a m entir facilm ente cai presa em situações que se
com plicam cada vez m ais, afogando-se em um a torrente de perversidade.
Essas torrentes tam bém se m anifestam quando o m aligno envia calúnias
para destruir totalm ente alguém .
O rei Davi clam ou a Deus em um a situação sem elhante em que
estava sendo terrivelm ente oprim ido pela iniquidade de seus inim igos:
"As cordas da m orte m e enredaram ; as torrentes
da destruição m e surpreenderam . As cordas do Sheol
m e envolveram ; os laços da m orte m e alcançaram .
''Salm o 18:4-5
Nesse texto, vem os com o se levantou um rio de am eaças e
estratégias de m orte que m antinha o rei Davi preso de terror.
Isso tam bém vem os quando alguém justo se encontra aprisionado
em um m eio corrupto que deseja elim iná-lo. Bruxos e feiticeiros enviam
essas torrentes de destruição contra igrejas e m inistérios para derrubá-
los e destruí-los.
"Desde o poente os hom ens tem erão o nom e do
SENHOR, e desde o nascente, a sua glória. Pois ele
virá com o um a inundação im pelida pelo sopro do
SEN HOR." Isaías 59:19
Glória a Deus que tem os um Pai no Céu m ais poderoso do que todo o
m al que queira se levantar contra nós.
"Assim diz o Senhor, o seu redentor, que o form ou
no ventre: Eu sou o Senhor, que fiz todas as coisas,
que sozinho estendi os céus, que espalhei a terra por
m im m esm o, que atrapalha os sinais dos falsos
profetas e faz de tolos os adivinhadores, que derruba
o conhecim ento dos sábios e o transform a em loucura,
que executa as palavras de seus servos e cum pre as
predições de seus m ensageiros, "que diz acerca de
Jerusalém : Ela será habitada, e das cidades de Judá:
Elas serão construídas, e de suas ruínas: Eu as
restaurarei, que diz às profundezas aquáticas:
Sequem -se, e eu secarei seus regatos... "Isaías 44:24-
27
Quero que observe um a estratégia divina nessa passagem para
quando estiver passando por um a situação sem elhante em relação à sua
saúde, finanças, m inistério ou fam ília.
Prim eiro Deus coloca a palavra em sua boca, o que significa que Ele
o unge para desfazer as obras do diabo que o estão afogando. Então o
Senhor desfaz essas torrentes e rios de perversidade usando nossa voz
para ordenar que esses poços sequem desde sua superfície até suas
profundezas.
Quando você entender com o atua a iniquidade e com o rem ovê-la de
sua vida e dos seus cam inhos, a glória de Deus resplandecerá e Ele fará
um a aliança com a sua descendência.
"O Redentor virá a Sião, aos que em Jacó se
arrependerem dos seus pecados", declara o Senhor.
Quanto a m im , esta é a m inha aliança com eles", diz o
SEN HOR. "O m eu Espírito que está em você e as
m inhas palavras que pus em sua boca não se
afastarão dela, nem da boca dos seus filhos e dos
descendentes deles, desde agora e para sem pre, diz o
Senhor. "Isaías 59:20 -21
A in iqu id ad e p ro d u z ru ín a e e s cas s e z fin an ce ira
A iniquidade com eça em Lúcifer, originando-se no pensam ento
distorcido que penetrou seu coração, fazendo-o crer que poderia ser
sem elhante a Deus. Isso aconteceu por causa da abundância de suas
riquezas. Nos capítulos 27 e 28 de Ezequiel, a Bíblia descreve o poder dos
acordos com erciais e se refere a ele com o o Rei de Tiro, a capital do
com ercio na época.
A queda de Satanás está intim am ente ligada ao com ércio e às
riquezas. É do am or às riquezas que surge a Babilônia, a cidade espiritual
da qual ele governa os reinos do m undo.
"Então o anjo m e levou no Espírito para um
deserto. Ali vi um a m ulher m ontada num a besta
verm elha, que estava coberta de nom es blasfem os e
que tinha sete cabeças e dez chifres. A m ulher estav a
vestida de azul e verm elho, e adornada de ouro,
pedras preciosas e pérolas. Segurava um cálice de
ouro, cheio de coisas repugnantes e da im pureza da
sua prostituição. Em sua testa havia esta inscrição:
MISTÉRIO: BABILÔNIA, A GRAN DE; A MÁE DAS
PROSTITUTAS E DAS PRÁTICAS REPUGN AN TES
DA TERRA. A m ulher que você viu é a grande cidade
que reina sobre os reis da terra." Apocalipse 17:3-5,18
Há um a parte do com ércio e das riquezas que é justa e necessária
para os povos da Terra, m as, de form a sutil, a iniquidade — a sem ente do
diabo — utiliza esse terreno fértil para cultivar sua sem ente m aligna.
Todas as nações participaram dessa sedução e, antes que percebessem ,
foram aprisionadas em suas redes.
"Pois todas as nações beberam do vinho da fúria da
sua prostituição. Os reis da terra se prostituíram com
ela; à custa do seu luxo excessivo os negociantes da
terra se enriqueceram . Então ouvi outra voz dos céus
que dizia: Saiam dela, vocês, povo m eu, para que
vocês não participem dos seus pecados, para que as
pragas que vão cair sobre ela não os atinjam "
Apocalipse 18 :3-4
O com ércio e as riquezas chegam a ter um esplendor, que se
transform ou na porta pela qual a iniquidade entra. Esse esplendor é um a
glória que não provém de Deus, mas um sentim ento de segurança e
poder artificiais que se torna cada vez m aior, tom ando o lugar de Deus. E
um brilho que fascina e seduz o m undo.
A riqueza produziu no coração de Lúcifer um a obsessão, fazendo-o
crer que o poder de suas riquezas o tornaria igual ao Altíssim o.
"Por m eio do seu am plo com ércio, você encheu-se
de violência e pecou. Por isso eu o lancei, hum ilhado,
para longe do m onte de Deus, e o expulsei, ó
querubim guardião, do m eio das pedras fulgurantes.
Seu coração tom ou-se orgulhoso por causa da sua
beleza, e você corrom peu a sua sabedoria por causa
do seu esplendor. Por isso eu o atirei à terra; fiz de
você um espetáculo para os reis. " Ezequiel 28:16-17
A iniquidade se form ou no coração de Lúcifer por causa da beleza e
do esplendor de seus tesouros. Tudo foi distorcido nele, a ponto de, em
sua m ente, o Criador se tornar m enos valioso do que ouro e pedras
preciosas. Essa distorção é a m esm a sem ente satânica plantada no
coração do hom em no m om ento do seu nascim ento.
Desde o com eço dos tem pos, o hom em , por causa da iniquidade, tem
preferido buscar ouro em vez de buscar a Deus. O com ércio está
im pregnado com iniquidade de todas as form as possíveis. De certa
form a, essa herança está na linhagem de sangue de quase todos os
hom ens.
O am or às posses tem criado nas pessoas todo tipo de m alefício. Ao
longo dos séculos, o ouro cada vez m ais se m anchou com sangue,
indicando que aquele que m ais o possuía, m ais poder tinha! Esse é o
lem a de toda a civilização ocidental.
Em quase todas as culturas pagãs, o ouro tem sido oferecido a seus
deuses. Ele tam bém foi o sím bolo de poder nos reinos da Europa. Quase
todas as m ais abom ináveis seitas e grupos crim inosos são resultantes do
am or às riquezas.
Infelizm ente, até m esm os os cristãos passam m ais tem po buscando
as riquezas do que buscando a Deus. Quando as pessoas são consum idas
pelos bens e confortos deste m undo, as igrejas refletem essa iniquidade;
abandonando e esquecendo os pobres, os sem -teto e as viúvas.
Certam ente estão cheias de iniquidade quando se torna m ais prioritário
se sacrificar e lutar pelas coisas deste m undo do que sacrificar a vida para
se alcançar níveis m ais elevados em Deus. Estam os cheios de iniquidade.
Quando nossas posses, salários ou negócios se tornam nossa
segurança, e não Deus, caím os nos m esm os acordos com erciais que
destruíram Lúcifer.
A econom ia do m undo está cheia de iniquidade e derram am ento de
sangue. Guerras são travadas por causa de dinheiro. Arm as são vendidas
a terroristas. Nações inteiras m orrem de fom e para se m anter o preço de
m ercado. Os sistem as bancários são corruptos e os governos vendem sua
integridade por causa de dinheiro. A justiça é facilm ente corrom pida com
ouro, sendo silenciada até m esm o em casos de hom icídio e na defesa dos
desam parados. Fraudes são praticadas com o dinheiro dos cidadãos, em
um sistem a cheio de im undície, fornicação, roubo, m entira e engano.
Não creio estar errada quando digo que a m aioria dos pecados tem o
dinheiro com o seu denom inador com um .
O diabo tece vendas para cegar e justificar todo tipo de pecado na
área financeira. Deus é roubado por todos os lados nos dízim os e nas
ofertas. Há aqueles que não têm dinheiro e encontram justificativas para
roubar e enganar o próxim o. É fácil alguém tom ar dinheiro em prestado
com um am igo e não pagar a dívida, pois o dinheiro se tornou m ais
im portante do que a am izade.
E na área das finanças que m enos tenho observado o tem or do
Senhor. As pessoas não percebem que estão sendo consum idas pelo
dinheiro e se tornar servo dele significa fazer um pacto com a m orte.
Observe com o a iniquidade relacionada às riquezas está intim am ente
ligada a espíritos de m orte:
"Por que deverei tem er, quando vierem dias m aus,
quando inim igos traiçoeiros m e cercarem , aqueles
que confiam em seus bens e se gabam de suas m uitas
riquezas? Este é o destino dos que confiam em si
m esm os, e dos seus seguidores, que aprovam o que
eles dizem . [Pausa] Com o ovelhas, estão destinados a
sepultura, e a m orte lhes servirá de pastor. Pela
m anhã os justos triunfarão sobre eles! A aparência
deles se desfará na sepultura, longe das suas
gloriosas m ansões. Mas Deus redim irá a m inha vida
da sepultura e m e levará para si." Salm o 49:5-
Sheol é o lugar dos m ortos, porém , nesse Salm o, esse lugar exerce
influência e poder sobre os vivos. Da m esm a form a que o céu exerce seu
poder sobre os justos e os injustos, a m orte tam bém aprisiona e governa
os que estão em iniquidade, rebelião e pecado.
"Então ouvi outra voz dos céus que dizia: Saiam
dela, vocês, povo m eu, para que vocês não participem
dos seus pecados, para que as pragas que vão cair
sobre ela não os atinjam " Apocalipse 18:4.
O dinheiro deve ser um instrum ento em nossas m ãos, não a fonte de
segurança que tem os feito dele. Deus já com eçou a julgar o sistem a da
Babilônia, o qual é essa estrutura financeira.
"Vocês se vangloriam , dizendo: 'Fizem os um pacto
com a m orte, com a sepultura fizem os um acordo.
Quando viera calam idade destruidora, não nos
atingirá, pois da m entira fizem os o nosso refugio e na
falsidade tem os o nosso esconderijo'. Farei do juízo a
linha de m edir e da justiça o fio de prum o; o granizo
varrerá o seu falso refugio, e as águas inundarão o
seu abrigo." Isaías 28:15,17
Confiar nas riquezas não é um "privilégio" apenas dos ricos, m as
todo aquele que confia ou deposita sua fé no dinheiro, em vez de em
Deus, está servindo a Mam on. A iniquidade financeira atrai para si juízos
de ruína.
"Portanto, ó nação de Israel, eu os julgarei, a cada
um de acordo com os seus cam inhos. Palavra do
Soberano, o SEN HO R. Arrependam -se! Desviem -se
de todos os seus m ales, para que o pecado não cause a
queda de vocês." Ezequiel 18:30
J á vi isso m uitas vezes, tanto de form a individual quanto coletiva.
Em m inha fam ília, particularm ente, todos, desde os m eus avós, tinham
um a posição financeira m uito boa, m as term inaram a vida em grande
ruína financeira. Quando m e tornei cristã, eu possuía pouco dinheiro e,
sem pre que recebia um a bênção financeira especial do Senhor, logo eu
era roubada pelo diabo. Até m esm o a herança dos m eus pais m e fora
tom ada de form a injusta.
Não conseguia com preender porque estava perdendo m inha herança
financeira até que com ecei a entender a iniquidade. Um dia, pedi ao
Senhor que m e m ostrasse a iniquidade financeira em m inha linhagem ,
então tive um sonho no qual vi um dos m eus avós com etendo um a fraude
contra um dos seus sócios. Esse hom em o am aldiçoou e todas as suas
gerações foram afetadas com ruínas financeiras.
Na m anhã seguinte, a prim eira coisa que fiz foi pedir perdão pela
iniquidade e pecado do m eu avô e cancelar qualquer m aldição, colocando
o sacrifício de Cristo entre m eu avô e seus descendentes. Então com ecei a
verificar outras áreas nas quais havia pecado ao depositar m inha
confiança nas riquezas ou qualquer outro pecado na área financeira que
pudesse ter com etido. Pedi perdão por tudo isso e, daquele dia em diante,
Deus m e restituiu tudo o que o diabo havia m e roubado, assim com o as
bênçãos do Senhor são sobre m inha vida.
Foram as riquezas e os acordos com erciais que produziram orgulho
e, por fim , a queda de Lúcifer; por isso é tão im portante analisar a origem
e a m otivação por trás de cada transação com ercial que fazem os para
detectar qualquer conexão com iniquidade que, m ais cedo ou m ais tarde,
trará ruína.
Por exem plo, m uitos negócios são consagrados a ídolos. Em alguns
casos, alguém pode ter com prado um negócio de m aneira injusta, tendo
causado abusos ao antigo dono. Ou o negócio pode ter sido m ontado com
dinheiro ilícito ou em sociedade com um a pessoa inescrupulosa, o que
afetará o negócio por causa dos pecados. Existem ainda transações
com erciais ilegais ou que resultam na exploração do em pregado. Todo
tipo de suborno a fim de obter determ inadas licenças tam bém causará
problem as. As vezes, alguém pode vender um produto fraudulento ou
anunciar um nível de qualidade e entregar um produto de qualidade
inferior. As possibilidades são m uitas, m as cada um a delas m erece ser
analisada.
Muitos podem pensar que Deus quer abençoá-los financeiram ente,
não im portando os m eios. Tenho visto m uitas transações ilícitas feitas
com descrentes por pessoas que se denom inam cristãs, respaldando-se
em Provérbios 13:22, que diz que o dinheiro dos pecadores será
transferido para as m ãos dos justos.
Hoje, m uitas estratégicas de m arketing estão repletas de m entiras e
engano, tudo para capturar o cliente. Deus leva tudo isso m uito a sério, o
que tam bém acaba im pedindo que Ele ouça as nossas orações.
"Vejam ! O braço do SEN HOR não está tão
encolhido que não possa salvar, e o seu ouvido tão
surdo que não possa ouvir. Mas as suas m aldades
separaram vocês do seu Deus; os seus pecados
esconderam de vocês o rosto de lei e por isso ele não
os ouvirá. Pois as suas m ãos estão m anchadas de
sangue, e os seus dedos, de culpa. Os seus lábios falam
m entiras, e a sua língua m urm ura palavras ím pias.
N inguém pleiteia sua causa com justiça, ninguém faz
defesa com integridade. Apóiam -se em argum entos
vazios e falam m entiras; concebem m aldade e geram
iniquidade." Isaías 59:1-4
Ao questionar a Deus sobre a iniquidade, encontre algum as coisas
que possam parecer nobres ou com uns, m as cuja origem é im pura. Com o
dissem os anteriorm ente, com prar e vender ou ter um negócio não é m al
algum , m as quando está se projetando um ganho desm edido causando
inflação, isso é iniquidade. Ao se fazer isso, a pessoa está sendo
conduzida pela ganância, fazendo com que um produto necessário seja
difícil de ser adquirido pelo povo de Deus ou pela população em geral.
Há cristãos que prom ovem cam panhas de diversos níveis e desejam
fazer da igreja a fonte de suas ganâncias. Essas pessoas não se
relacionam com as outras por am or ou para servir a Deus, m as sim
porque elas representam um fluxo de receita, e isso é iniquidade. O
problem a está em m udar o propósito da com unhão dos santos para lucro
pessoal. Deus quer nos abençoar e o fará na m edida em que som os a
resposta para ajudar e solucionar os problem as do nosso próxim o.
Para sair dessa situação, é necessário confessar nosso pecado e nossa
iniquidade e, em caso de ter prejudicado alguém , tam bém é preciso
restituí-lo na m edida do possível, apesar de isso ser im possível em alguns
casos. No caso de você estiver envolvido em algum a coisa ilícita, é preciso
que a abandone im ediatam ente, irá destruir você e seus descendentes.
A in iqu id ad e e a in jú ria
A injúria é um a injustiça feita a um a pessoa que fica em desonra ou é
lesada. Trata-se de um ataque de injustiça que afeta o âm ago do ser
hum ano, que fica m arcado por um a ofensa que destrói partes essenciais
do seu "coração". E com o um a injeção de iniquidade no m ais íntim o do
seu ser.
A presença da injúria em um a pessoa atua com o um ím ã, atraindo
ofensas e injustiças. Um a das form as da iniquidade se m anifestar é
através da língua, por m eio de calúnias e fofocas. Nossa língua determ ina
m uitas das m aldições ou bênçãos que recebem os.
"A língua tem poder sobre a vida e sobre a m orte;
os que gostam de usá-la com erão do seu fruto"
Provérbios 18:21
A língua expressa o que está dentro do coração, com o ilustrado pelo
apóstolo Lucas:
"O hom em bom tira coisas boas do bom tesouro que
está em seu coração, e o hom em m au tira coisas m ás
do m al que está em seu coração, porque a sua boca
fala do que está cheio o coração." Lucas 6:45b
Um coração cheio de iniquidade continuam ente falará m al das
outras pessoas. Esse indivíduo não possui qualquer tato na m aneira de se
expressar, pronunciando de profanações a m aldições,
descontroladam ente. Criam divisões e ofendem os outros com o se
tivessem adagas na boca. São pessoas negativas, cheias de ira e am argura
interior que tam bém são fruto de m últiplas ofensas e injustiças que
continuam ente caíram sobre elas. Esse tipo de iniquidade produz um
ciclo vicioso de destruição e autodestruição.
Aqueles que foram profundam ente rejeitados parecem atrair cada
vez m ais rejeição, em parte porque estão aprisionadas em redes de
iniquidade e por causa de um a lei espiritual que continuará em operação
até que a iniquidade seja rem ovida de sua linhagem .
Os que foram abusados de algum a form a, quer incestuosa ou
psicológica, tam bém se tornam vítim as de injustiça, com o se carregassem
um alvo circular nas costas.
No caso de incesto (relações sexuais com um m em bro da fam ília), a
iniquidade é tão forte que atrai m uitos tipos de maldições, com o as
descritas em Deuteronôm io 28. A pessoa que sofreu abuso precisa
perdoar e pedir perdão pelos pecados de seus antepassados, pois deve
haver m uitos casos sem elhantes nas linhagens de sua fam ília, os quais
podem ser a raiz que influenciou o pai ou parente a com eter tal
aberração.
"Será que os m alfeitores não aprendem ? Eles
devoram o m eu povo com o quem com e pão, e não
clam am a Deus? Salm o 53:4
Para interrom per esse ciclo de injustiça e injúria, devem os tam bém
sondar nosso coração, tentando identificar ocasiões nas quais com etem os
injustiças. Então, caso não consiga identificar situações que possam ter
gerado esse pecado ou iniquidade, peça a revelação de Deus e perdão a
Ele por toda iniquidade de seus antepassados nessa área.
Caso sua língua tenha caluniado ou causado injúria a alguém , e se
tais abusos geraram dor e profundas feridas a outras pessoas, é
necessário fazer restituição. O prim eiro passo deve ser se arrepender
diante de Deus, mas isso não rem overá a sem ente de iniquidade que
tenha sido plantada contra você m esm o. Peça perdão por todas as form as
pelas quais possa ter prejudicado outras pessoas e procure fazer o bem a
elas na tentativa de desfazer o m al que causou.
"Lavem -se! Lim pem -se!Rem ovam suas m ás obras
para longe da m inha vista! Parem de fazer o m al,
aprendam a fazer o bem ! Busquem a justiça, acabem
com a opressão. Lutem pelos direitos do órfão,
defendam a causa da viúva." Isaías 1:16-
A in iqu id ad e e o e s p írito d e p ro s titu ição
A adoração a ídolos é um a das obras de iniquidade que Deus m ais
detesta. Na Am érica Latina, os deuses tom am form as esculpidas, já na
Europa e na Am érica do Norte, os ídolos são o dinheiro, o conforto e a
cultura, através de im agens que tam bém são adoradas.
Infelizm ente a idolatria é o com eço de um a série de pecados,
dirigidos pelo espírito de prostituição. Hoje as nações estão sendo
varridas com forte libertinagem e depravação sexual. Até m esm o na
Igreja, com o consequência de pouco ou nenhum tem or a Deus, os
pecados de adultério, pornografia e fornicação estão se proliferando.
Meu coração se incom oda ao ver igrejas com conhecim ento da
Palavra, unção, profecia e outros dons de Deus; m as, ao m esm o tem po,
cheia de cristãos tão endurecidos, irredutíveis a qualquer m udança. E
claro que existem pessoas verdadeiram ente em Cristo, santas e cheias do
tem or de Deus, m as a grande m aioria não possui qualquer tem or, pois
vem os as nações cheias da iniquidade de idolatria.
Na grande m aioria dos casos, as pessoas, pelo m enos na Am érica
Latina, têm abandonado os ídolos de m adeira, m as continuam presas ao
espírito de prostituição, im pedidas de conhecer a Deus em plenitude.
A prostituição, ao vinho velho e ao novo,
prejudicando o discernim ento do m eu povo. Eles
pedem conselhos a um ídolo de m adeira, e de um
pedaço de pau recebem resposta. Um espírito de
prostituição os leva a desviar-se; eles são infiéis ao
seu Deus. Sacrificam no alto dos m ontes e queim am
incenso nas colinas, debaixo de um carvalho, de um
estoraque ou de um terebinto, onde a som bra é
agradável. Por isso as suas filhas se prostituem e as
suas noras adulteram . Não castigarei suas filhas por
se prostituírem , nem suas noras por adulterarem ,
porque os próprios hom ens se associam a m eretrizes e
participam dos sacrifícios oferecidos pelas prostitutas
cultuais um povo sem entendim ento precipita-se à
ruína! Suas ações não lhes perm item voltar para o
seu Deus. Um espírito de prostituição está no coração
deles; não reconhecem o SEN HOR." Oséias 4:11-
14;5:4
Onde há ou houve idolatria, o espírito de prostituição corre solto. E
im portante arrancar a iniquidade com profundidade e precisão. O
arrependim ento genérico é superficial, pois a raiz e a essência do
problem a perm anecem sem ser tratados. Mais cedo ou m ais tarde, os
pecados sexuais se m anifestarão.
A prostituição não é som ente física, m as tam bém um a condição do
coração infectado com iniquidade. Isso im pede as pessoas de conhecerem
a Deus com intim idade e de aceitá-lO de todo coração, além de se
m anifestar naqueles que desejam experiências agradáveis com o Espírito
Santo. Desejam o calor da relação, m as não querem um com prom isso de
casam ento com Deus.
Esse tipo de iniquidade leva as pessoas a serem continuam ente
perseguidas por sonhos sexuais e pensam entos m alignos e obscenos.
Conheci pessoas que queriam desesperadam ente fugir de situações
assim , m as que não tinham a m enor ideia do que precisavam fazer para
serem libertas.
A solução é pegar caneta e papel e fazer um a lista detalhada dos
ídolos adorados por você ou seus fam iliares. Tam bém é preciso
m encionar todos os pactos feitos com essas im agens ou espíritos, além de
prom essas ou oferendas. Peça a Deus para perdoar você e seus
antepassados por essa iniquidade e ordene que ela seja arrancada de sua
vida.
Além disso, é preciso identificar todas as situações nas quais você
teve relações sexuais fora do casam ento, com o fornicação, pornografia,
m asturbação, incesto, adultério, etc. E de extrem a im portância ser
específico ao m áxim o. Se você teve um a vida prom íscua, será difícil se
lem brar de todos os nom es, no entanto, toda essa inform ação está
registrada em seu espírito e o Espírito Santo pode lem brá-lo de cada um
dos seus parceiros. Talvez você tenha de fazer isso m ais de um a vez e
pode ser que dure algum as sem anas. Não há problem a. O im portante é
ser feito e só então poderem os desfrutar de total liberdade e de um a
poderosa intim idade com nosso querido Senhor.
Um a vez concluída a tarefa, é im portante declarar a m esm a
libertação a nossos descendentes.
A in iqu id ad e e a d e s o lação d a s cid a d e s
A iniquidade não afeta apenas a vida de um indivíduo, m as cidades
inteiras são destruídas com o consequência desse assassino invisível.
Desde a queda do hom em , a iniquidade se tornou parte do seu ser e a
terra absorveu essa sem ente do m al e se tornou am aldiçoada.
"E ao hom em declarou: Visto que você deu ouvidos
à sua m ulher e com eu do fruto da árvore da qual eu
lhe ordenara que não com esse, m aldita é a terra por
sua causa; com sofrim ento você se alim entará dela
todos os dias da sua vida." Gênesis 3:17
Desde então toda a criação gem e por ver a gloriosa m anifestação dos
filhos de Deus. O Senhor deu a terra ao hom em e, apesar deste ter
perdido o senhorio sobre ela, ainda § nossa responsabilidade declarar sua
redenção através do sacrifício de J esus. Se fom os culpados por
am aldiçoar a terra, o contrário tam bém é verdadeiro, ou seja, podem os
ser um a bênção e com er dela em paz e alegria.
Com o se não bastasse a terra ter sido am aldiçoada ao adentrá-la no
m om ento da queda, nossa iniquidade tam bém continua a contam iná-la.
"Será que vocês, poderosos, falam de fato com
justiça? Será que vocês, hom ens, julgam retam ente?
Não! No coração vocês tram am a injustiça, e na terra
as suas m ãos espalham a violência." Salm os 58:1-2
Cidades inteiras são fundadas através de consagrações territoriais a
deuses pagãos, desenhos m açônicos, geom etria m ística e horrendos
sacrifícios e derram am entos de sangue. Tudo isso causa repercussões,
tornando necessário redim ir a cidade.
"Ai daquele que edifica um a cidade com sangue e a
estabelece com crim e" Habacuque 2:12
Da m esm a m aneira que a iniquidade abre covas para aprisionar a
alm a das pessoas, cidades inteiras são m antidas cativas nas trevas, na
violência e na corrupção.
"Caíram as nações na cova que abriram ; os seus
pés ficaram presos no laço que esconderam . " Salm os
9:15
É m uito im portante que os justos orem e trabalhem para levar cura
às cidades.
"Mas, se confessarem os seus pecados e os pecados
dos seus antepassados, sua infidelidade e oposição a
m im , que m e levaram a opor-m e a eles e a enviá-los
para a terra dos seus inim igos; se o seu coração
obstinado b se hum ilhar; e eles eu m e lem brarei da
m inha aliança com Jacó, da m inha aliança com
Isaque, e da m inha aliança com Abraão, e tam bém
m e lem brarei da terra" Levítico 26:40 -42
A in iqu id ad e e a s m ald içõ e s
Tanto as bênçãos com o as m aldições são leis espirituais que buscam
onde se instalar, tal com o um pássaro voando que procura um lugar para
estabelecer seu ninho e cum prir seus propósitos.
"Com o o pardal que voa em fuga, e a andorinha
que esvoaça veloz, assim a m aldição sem m otivo o
justo não pega." Provérbios 26:2
Ao m esm o tem po encontram os em Deuteronôm io 28:
"Todas estas bênçãos virão sobre vocês e os
acom panharão, se vocês obedecerem ao SEN HOR, o
seu Deus. Entretanto, se vocês não obedecerem ao
SEN HOR, o seu Deus, e não seguirem
cuidadosam ente todos os seus m andam entos e
decretos que hoje lhes dou, todas estas m aldições
cairão sobre vocês e os atingirão. Deuteronôm io
28:2,15
Muitas vezes encontro pessoas que, depois que leem livros ou ouvem
ensinos sobre m aldições, anulam e cancelam as existentes em sua vida,
m as que retornam a "invocá-las" depois de um tem po. A razão disso é
que, pelo poder do Espírito, elas foram afastadas por um determ inado
tem po dessas m aldições, no entanto, elas de fato nunca foram arrancadas
pela raiz, que é a iniquidade.
Um a form a de tentar vislum brar a form a da iniquidade é
im aginando um cordão negro e retorcido dentro de nós, composto de
centenas de nós, em cam adas, que o tornam bastante grosso. Essas
cam adas são com o trapos de im undície, cheios das inform ações e pactos
que foram acum ulados ao longo das gerações. Um a quantidade enorm e
de m aldições está registrada nesse cordão, assim com o os decretos feitos
por nós e por nossos antepassados.
"O pecado de Judá está escrito com estilete de ferro,
gravado com ponta de diam ante nas tábuas dos seus
corações e nas pontas dos seus altares." Jerem ias 17:1
O corpo da iniquidade contém os registros de todos os pecados
com etidos pelas gerações anteriores e é precisam ente dessas inform ações
que o pecado se nutre e m anifesta. Tais inform ações não são
sim plesm ente rem ovidas por m eio de um a oração genérica, tal com o
"Senhor, apague todas as m inhas iniquidades". O pecado, a rebelião e a
iniquidade exigem a observação e a análise do nosso coração.
Quando acontece um a conversão genuína, J esus recebe nosso
coração arrependido e nos entrega a salvação, ainda que não tenham os
confessado todos os nossos pecados. No entanto, a partir desse
m om ento, o Espírito Santo com eça a reform ar nossa consciência,
ilum inando nosso entendim ento sobre pecados que nunca sequer
achávam os que eram transgressões. Ele nos levará a nos arrependerm os
de coisas em nossas vidas que das quais não tínham os a m enor
consciência. Se nos renderm os ao Senhor, Ele nos conduzirá ao
arrependim ento em todas as áreas necessárias para a nossa santificação.
Ele lida com nossas iniquidades da m esm a form a, um a vez que ela é
a origem dos nossos problem as e onde as tram as dem oníacas são tecidas.
"Com o é feliz aquele a quem o SEN HOR não atribui
culpa e em quem não há hipocrisia! Enquanto eu
m antinha escondidos os m eus pecados, o m eu corpo
definhava de tanto gem er. Pois dia e noite a tua m ão
pesava sobre m im ; m inhas forças foram -se
esgotando com o em tem po de seca. [Pausa] Então
reconheci diante de ti o m eu pecado e não encobri as
m inhas culpas. Eu disse: Confessarei as m inhas
transgressões ao SENHOR e tu perdoaste a culpa do
m eu pecado." Salm o 32:2-5
A obra redentora de Deus vai até as profundezas da questão, ao local
onde o pecado foi originado. Se lidarm os com o pecado apenas de
m aneira superficial, o corpo da iniquidade continuará a crescer.
Para estudar a iniquidade em relação às m aldições, é necessário
identificar por m eio de oração a raiz da iniquidade que produziu tais
m aldições, e então arrancá-la de um a vez por todas.
O qu e é u m a m ald ição ?
Gosto da definição dada pelo apóstolo J ohn Eckhardt em seu livro
Identificando e Rom pendo as Maldições: "Um a m aldição é a penalidade
dada por Deus a um a pessoa e seus descendentes com o consequência de
sua iniquidade.
"Dá-lhes o que m erecem , SEN HOR, conform e o que
as suas m ãos têm feito. Coloca um véu sobre os seus
corações e esteja a tua m aldição sobre eles. Persegue-
os com fúria e elim ina-os de debaixo dos teus céus, ó
SEN HOR. " Lam entações 3:64-66
As m aldições podem ser identificadas através de vários sintom as
recorrentes e brotam de raízes específicas de iniquidade.
Problem as financeiros crônicos, pobreza e m iséria, terra que
não produz fruto, negócios que se secam sem razão aparente.
Causas: Roubo, fraude, bruxaria, idolatria, confiar no hom em
em vez de Deus, roubar Deus nos dízim os e ofertas (Malaquias
3:8-9), jurar em falso em nom e de Deus (Zacarias 5:4).
Problem as ginecológicos (nas m ulheres): fluxo contínuo de
sangue, distúrbios de m enstruação crônicos, esterilidade,
abortos espontâneos.
Causas: Incesto, adultério, divórcio, perversão sexual, aborto,
pornografia, fornicação, abuso sexual, rebeldia e desobediência
(Gênesis 3:16).
Enferm idades crônicas ou diversas, um a após a outra.
Causas: Idolatria, feitiçaria, derram am ento de sangue
(Deuteronôm io 28 :27 e 35).
Problem as de fungos na pele ou unhas, febres e calam idades.
Causas: Feitiçaria, práticas im puras, m aldições lançadas
alguém (Deuteronôm io 28:22).
Propensão a acidentes.
Causas: Hom icídio, m orte, derram am ento de sangue, culto aos
m ortos, espiritism o, feitiçaria, idolatria e satanism o
(Deuteronôm io 28 ).
Problem as conjugais, divórcio, deslealdade com o cônjuge.
Causas: Divórcio, deslealdade, idolatria, feitiçaria, incesto e
adultério (Deuteronôm ios 28:30 ).
Morte prem atura e suicídio.
Causas: Hom icídio, derram am ento de sangue, idolatria,
feitiçaria e am or ao dinheiro (Provérbios 2:22, Salm o 37:28).
Problem as de contínuos roubos, fraudes, heranças presas,
perda total de casas ou propriedades.
Causas: Roubo, fraude, tráfico ilegal de m ercadoria, tráfico de
escravos (Zacarias 5:3-4).
Problem as m entais, loucura, m al de Alzheim er, dem ência
senil.
Causas: Orgulho, altivez, confiança nas riquezas e teim osia
(Daniel 4:32, Deuteronôm io 28:18).
Destruição de diferentes tipos.
Causas: Hom icídio, violência, bebedeira, drogas, bruxaria,
idolatria e suicídio (Deuteronôm io 28 :20 ).
Injúrias e abusos de todo tipo.
Causas: Estupros, abusos, calúnia e língua m aledicente (Salm o
53:4).
Tornar-se errante, andarilho ou vagabundo, ser expulso de seu
próprio país, viver com o ilegal em país estrangeiro.
Causas: Hom icídio e confiança nas riquezas (Gênesis 1 4.12 e
Salm o 10 9:10 ). Pecado sexual e desobediência a Deus.
Derrota diante dos inim igos.
Causas: Idolatria, feitiçaria e rebelião (Deuteronôm io 28 :25).
Quando alguém detectar que está sob m aldição, a prim eira coisa que
deve fazer é identificar a causa, que pode se encontrada na pessoa em si
ou em sua linhagem . Em geral, está presente em am bas. As vezes,
podem os precisar do Espírito Santo para revelar certas coisas do
passado, com o no caso que relatei sobre m eu avô.
Em seguida, devem os nos __________________________
arrepender da iniquidade e então arrancá-
________
la do nosso espírito por m eio de um a declaração. Depois disso feito,
_________________________________________________
devem os cancelar e anular as m aldições, quebrando seu poder em nossa
vida. Para concluir, devem os ________________________________________
proclam ar sobre nossa vida a vitória de
J esus na cruz, na qual Ele m esm o Se fez m aldição para nos libertar.
_____________
"Cristo nos redim iu da m aldição da Lei quando se
tom ou m aldição em nosso lugar, pois está escrito:
'Maldito todo aquele que for pendurado num
m adeiro'. Isso para que em Cristo Jesus a bênção de
Abraão chegasse tam bém aos gentios, para que
recebêssem os a prom essa do Espírito m ediante a fé."
Gálatas 3:13-14
A in iqu id ad e e a o bs tin a ção
"Pois a rebeldia é com o o pecado da feitiçaria, e a
arrogância com o o m al da idolatria. Assim com o você
rejeitou a palavra do SEN HOR, ele o rejeitou com o
rei. Pequei, disse Saul. Violei a ordem do SEN HOR e
as instruções que tu m e deste. Tive m edo dos soldados
e os atendi. Agora eu te im ploro, perdoa o m eu
pecado..." I Sam uel 15:23-24
O orgulho foi o pecado que introduziu a iniquidade no coração de
Lúcifer, e ele anda de m ãos dadas com a obstinação. Um a pessoa
obstinada ou teim osa faz de sua própria opinião um ídolo. Sua opinião é
tão forte quando se trata de algum a tradição ou form a teológica de
pensar e literalm ente não deixa Deus sequer intervir. Esse é o caso dos
fariseus e dos religiosos dos nossos dias, que fizeram de suas opiniões e
doutrinas hum anas ídolos que os têm deixado cegos e surdos para a voz
de Deus.
O Senhor está continuam ente revelando novas coisas e dando-nos
luz sobre outras que conhecíam os parcialm ente. Métodos e revelações
que foram gloriosas no passado talvez o início de um grande avivam ento,
talvez o Senhor queira m odificar ou com pletar nos dias de hoje. Se
estam os presos a um a form a de pensar ou a um a revelação ou doutrina
que não perm itim os que Deus toque, estam os em um caso de iniquidade
por obstinação e precisam os de arrependim ento.
Deus tem de ser soberano em todos os m inutos de nossa vida.
J am ais devem os perder a hum ildade que perm ite que Deus nos m olde e
nos use com o queira.
A in iqu id ad e cu ltu ral
Há iniquidade proveniente de nossas culturas e atos coletivos de
m aldade indiretam ente ficam arraigadas na alm a e no espírito do povo.
Podem ser genocídios, com o os com etidos pelos espanhóis e portugueses
contra os índios latinoam ericanos, ou os terríveis m assacres praticados
pelos ingleses enquanto conquistavam os Estados Unidos. Podem os
incluir tam bém a Inquisição Espanhola ou as inúm eras m ortes causadas
pelas cruzadas na Europa e no Oriente Médio.
Todo esse sangue derram ado é um a iniquidade que tem estado
im pregnada em nossa herança espiritual. Por outro lado, tem os tam bém
a iniquidade inerente à idiossincrasia (pensam ento nacional) de um a
nação. A corrupção e a negligência na Am érica Latina, juntam ente com a
irresponsabilidade e a form a fraudulenta de se praticar tantas coisas, são
exem plos disso, pois estão arraigadas e se tornaram tão com uns que nem
sequer reparam os que se tratam de iniquidade.
Pensam entos com o "O fim justifica os m eios", "Tem os de dançar
conform e a m úsica", "Eles nem vão perceber" e tantos outros com o esses
refletem o quanto nossa sociedade está distorcida. A m entira, o engano e
a vingança fazem parte da iniquidade de m uitas nações.
As pessoas fazem pactos de iniquidade com o diabo sem sequer
perceberem que cham am o bem de m al e o m al de bem . Outro caso é
quando aceitam os com o parte da cultura os ritos abom ináveis a deuses
pagãos e até m esm o com pram os estatuetas de civilizações antigas
infestadas de dem ônios. Celebrações — com o o dia dos m ortos,
Halloween (dia das bruxas), as saturnais rom anas disfarçadas de
natividade, a páscoa infestada de sincretism os com coelhos e ovos — são
m anifestações desses ritos.
A lista de exem plos nos quais podem os identificar iniquidade na
cultura de povos é interm inável. Cada um de nós, de acordo com o país
de origem , deve pedir perdão pela nação e rem over de sua vida todo
pacto e iniquidade presente em seu sangue por causa de sua cultura e
raça.
A in iqu id ad e re ligio s a
As religiões estão carregadas de iniquidade, pois são um a obra da
carne. Todo sistem a religioso é em essência babilônico e se opõe ao único
Deus verdadeiro. Os que provêm de qualquer tipo de contexto religioso
precisam rem over de si a iniquidade que neles adentrou através desses
rituais ou tradições religiosas.
Aqueles oriundos do sistem a babilônico rom ano devem rom per todo
vínculo com a idolatria, a m agia e o ocultism o. Não basta apenas
abandonar suas práticas, tem os de lim par a iniquidade im pregnada em
nosso espírito. Fizem os pactos com deuses pagãos disfarçados de virgens
e santos, bebendo assim da taça de suas abom inações.
"Um dos sete anjos que tinham as sete taças
aproxim ou-se e m e disse: Venha, eu lhe m ostrarei o
julgam ento da grande prostituta que está sentada
sobre m uitas águas, com quem os reis da terra se
prostituíram ; os habitantes da terra se em briagaram
com o vinho da sua prostituição. '' Apocalipse 17:1-2
Devem ser rom pidos todos os pactos com esses dem ônios:
"Portanto, que estou querendo dizer? Será que o
sacrifício oferecido a um ídolo é algum a coisa? Ou o
ídolo é algum a coisa? N ão! Quero dizer que o que os
pagãos sacrificam é oferecido aos dem ônios e não a
Deus, e não quero que vocês tenham com unhão com
os dem ônios. Vocês não podem beber do cálice do
Senhor e do cálice dos dem ônios; não podem
participar da m esa do Senhor e da m esa dos
dem ônios. Porventura provocarem os o ciúm e do
Senhor? Som os m ais fortes do que ele?" Coríntios
10 :19-22
Não som ente as religiões pagãs estão cheias de iniquidade, m as
infelizm ente todo o cristianism o atual. Ao escrever m eu livro sobre a
m açonaria "Os segredos obscuros do G.A.D.U" (Editora Valente), m e dei
conta de que há um a enorm e quantidade de pastores, bispos e m em bros
da igreja evangélica tradicional envolvida com essa ordem (batistas,
m etodistas e presbiterianos). A m aioria deles está no engano e ignora o
que acontece nas altas esferas da ordem , m as isso não os isenta de suas
m aldições e das torrentes de perversidade presentes em sua vida.
A m açonaria é um culto aberto a Lúcifer e todas as ovelhas que estão
debaixo de um pastorado m açônico estão recebendo a iniquidade
procedente dessa "sociedade secreta". (Recom endo a leitura do m eu livro
"Os segredos obscuros do G.A.D.U" para que você aprenda a se libertar
dos pactos e m aldições da m açonaria). Porém , quero deixar claro que
nem todas as igrejas tradicionais se encontram nessa situação.
Por outro lado, há pessoas que participaram de religiões praticadas
por seus antepassados, com seus ritos e deuses, e isso necessariam ente
tem de ser quebrado e será preciso libertação.
Capítulo 5
O POD ER D E ATRAÇÃO D AS FORÇAS ESPIRITU AIS
Tanto a justiça quanto a iniquidade são forças espirituais que criam
um a enorm e força de atração. A prim eira está de form a intrínseca ligada
ao trono de Deus, enquanto a outra ao trono do diabo. A justiça é um
atributo do Senhor que alinha todas as coisas com o Reino de Deus. A
iniquidade é um a força oposta que tudo distorce e perverte, criando
separação em relação aos planos de Deus.
J esus, querendo nos ensinar um a poderosa verdade, nos diz em Sua
Palavra:
"Portanto eu lhes digo: N ão se preocupem com sua
própria vida, quanto ao que com er ou beber; nem
com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. N ão é a
vida m ais im portante que a com ida, e o corpo m ais
im portante que a roupa? Portanto, não se preocupem ,
dizendo: 'Que vam os com er? ou 'Que vam os beber?'
ou 'Que vam os vestir?'Pois os pagãos é que correm
atrás dessas coisas; m as o Pai celestial sabe que vocês
precisam delas. Busquem , pois, em prim eiro lugar o
Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes
serão acrescentadas. " Mateus 6:25,31-33
Ao nos aproxim arm os do Reino de Deus e da Sua justiça, é
produzida um a força de atração que atrai todas as coisas do Seu reino até
nós.
A justiça de Deus contém em si m esm a um a força poderosa que
continuam ente julga a iniquidade, com batendo-a com o propósito de
alinhar todas as coisas em relação a Deus. Por um lado, essa força atrai
tudo que tenha a ver com o reino dos céus, trazendo bênçãos do alto, ou
seja, todas as riquezas espirituais e m ateriais. E por isso que a justiça está
intim am ente ligada à glória de Deus. Elas passam de m ão em m ão,
m anifestando-se de form a sim ultânea.
"Os céus proclam am a sua justiça, e todos os povos
contem plam a sua glória." Salm o 97:6
Isaías fala desse poder m agnético e com o ele se m anifesta no crente
que está estabelecido na glória de Deus e se tornou um vaso de honra.
"Levante-se, refulja! Porque chegou a sua luz, e a
glória do SENHOR raia sobre você. Olhe! A escuridão
cobre a terra, densas trevas envolvem os povos, m as
sobre você raia o SEN HOR, e sobre você se vê a sua
glória. As nações virão à sua luz e os reis ao fulgor do
seu alvorecer. Olhe ao redor, e veja: todos se reúnem
e vêm a você; de longe vêm os seus filhos, e as suas
filhas vêm carregadas nos braços. Então o verás e
ficarás radiante; o seu coração pulsará forte e se
encherá de alegria, porque a riqueza dos m ares lhe
será trazida, e a você virão as riquezas das nações"
Isaías 60 :1-5
Observe que todas as bênçãos são atraídas para onde a glória de
Deus é vista. Sendo que essa glória som ente se m anifesta quando a
justiça já com eçou a operar seu poder transform ador na vida de um filho
de Deus. Isso vai m uito além de sim plesm ente ser justificado pela graça.
Essa justificação, pela fé, é nosso passaporte para o céu, m as para que a
glória exerça seu poder de atração em relação a todas as bênçãos e
atributos do reino dos céus, é necessário que a justiça tenha rem ovido a
iniquidade do nosso ser.
A glória de Deus é bem diferente da unção, pois nos subm erge em
tudo o que Deus é, não se tratando de um a sensação boa. A unção tem a
capacidade de nos encher de alegria e am or, já a glória é o fogo
consum idor de Deus, que queim a e destrói tudo que nos separa dEle.
Muitos querem as dim ensões da glória de Deus sem nunca haver
identificado ou arrancado o im enso peso da iniquidade de dentro deles.
Sofrim entos extrem os ou prolongados podem ser as consequências de se
aproxim ar da glória de Deus dessa m aneira.
No entanto, passar pelo fogo é um passo necessário nos cam inhos do
Senhor. Sem Sua glória e justiça, jam ais poderem os possuir nossa
herança de bênçãos, encontradas em Seu reino. Antes de tudo, a
iniquidade deve ser identificada e elim inada com o parte fundam ental da
vitória na cruz.
Duas das virtudes do Todo-Poderoso, justiça e glória, são os
fundam entos do Seu Reino e não som ente irão nos polir, m as trarão juízo
sobre os nossos inim igos.
"O SENHOR reina! Exulte a terra e alegrem -se as
regiões costeiras distantes. Nuvens escuras e espessas
o cercam ; retidão e justiça são a base do seu trono.
Fogo vai adiante dele e devora os adversários ao
redor. " Salm o 97:1-3
É im portante com preender que, assim com o o am or de Deus não
pode ser interrom pido, tam bém não pode Sua justiça. Em term os
divinos, os juízos de Deus são enviados para estabelecer Sua J ustiça. Os
juízos do Senhor estão todos alinhados com Sua perfeita vontade e
essência e, nesse processo, Ele faz uso de juízos de correção, de revelação
e, em casos extrem os, de destruição.
O que a justiça julga? A iniquidade, pois é nela que se encontra tudo
o que tem pervertido os cam inhos de Deus. Onde quer que se encontre a
iniquidade, tam bém encontrarem os os juízos de Deus em contínua
m anifestação.
Da m esm a m aneira que a justiça e a glória exercem um poder
m agnético sobre tudo o que pertence ao reino de Deus, a iniquidade
exerce esse m esm o poder, m as com resultados totalm ente opostos. A
iniquidade atrairá para si, com o um ím ã, tudo o que tem a ver com m orte
e trevas.
A iniquidade é a base legal que o diabo utiliza para lançar o m al
sobre o ser hum ano, principalm ente contra os crentes. Agora você é
capaz de entender o quanto este assunto é im portante, pois atua com o
um alvo circular para as bom bas do diabo e para os juízos de Deus.
D e u s e s tabe le ce Su a ju s tiça co m m is e ricó rd ia p a ra aqu e le s qu e
O bu s ca m
Falar sobre os juízos de Deus assusta a m aioria das pessoas. E errado
pensar que Deus sem pre age dessa m aneira, considerando que algo
terrível nos acontecerá.
Em m eu livro "Assentados nos Lugares Celestiais", (Editora Valente)
discuto esse assunto. A prim eira coisa que devem os nos lem brar é que
Deus nos am a profundam ente, sem pre pensando no bem de Seus filhos e
desejando que Sua glória e justiça se estabeleçam em nossa vida. Dessa
m aneira, todas as Suas bênçãos virão até nós e viverem os em
abundância, com paz e alegria, desfrutando do nosso am ado Pai celestial.
Deus atua através de juízos de m isericórdia sobre os que O tem em e
buscam Sua justiça.
"Am o os que m e am am , e quem m e procura m e
encontra. Com igo estão riquezas e honra,
prosperidade e justiça duradouras. Meu fruto é
m elhor do que o ouro, do que o ouro puro; o que
ofereço é superior à prata escolhida. Ando pelo
cam inho da retidão,pelas veredas da justiça,
concedendo riqueza aos que m e am am e enchendo os
seus tesouros." Provérbios 8:17-21
Logo, trata-se de um a grande bênção de Deus enveredar tudo o que
há de distorcido, errado e m al-estruturado em nossa vida. Para que isso
aconteça, o Senhor operará através de juízos de m isericórdia. Tratam -se
de todas as circunstâncias, palavras que Ele libera à nossa vida, sonhos e
m om entos de lucidez divina que nos perm item ver nossos erros e
endireitar nossos cam inhos.
Minha vida foi endireitada por causa dos juízos de Deus. Tudo o que
estava fora de Sua perfeita vontade foi corrigido com am or. Esses juízos
se m anifestaram em circunstâncias, palavras ditas em m inha vida,
sonhos e m om entos de lucidez divina. A poderosa obra de Deus em nossa
vida nos estabelecerá com o "justos" sobre a Terra, com todos os
privilégios que isso im plica.
Existe um a diferença entre ser declarado "justo" pela graça através
do sacrifício de Cristo e ser estabelecido em justiça. Bênçãos, honras e
riquezas não fluem em nós depois do batism o, m as à m edida que som os
enraizados e alicerçados em justiça.
O rei Davi com preendia com clareza esse princípio e sabia que suas
vitórias dependiam da justiça que Deus estabelecesse sobre ele.
"Levanta-te, SEN HOR, na tua ira; ergue-te contra
o furor dos m eus adversários. Desperta-te, m eu Deus!
Ordena a justiça! O SEN HOR é quem julga os povos.
Julga-m e, SEN HOR, conform e a m inha justiça,
conform e a m inha integridade.
Deus justo, que sondas as m entes e os corações, dá
fim à m aldade dos ím pios e ao justo dá segurança.
"Salm os 7:6,8-9
Ele tam bém com preendia que os juízos de Deus eram agradáveis e
m aravilhosos porque o levavam para m ais perto do Seu am ado Senhor.
Quando se am a a Deus de todo o coração e força, tudo o que im pede
a com unhão com Ele parece insuportável e querem os que seja rem ovido
o m ais rápido possível. Há coisas das quais tem os ciência e outras que
perm anecem em oculto.
"Os preceitos do SEN HOR são justos, e dão alegria
ao coração. Os m andam entos do SEN HOR são
lím pidos, e trazem luz aos olhos. O tem or do SENHOR
é puro, e dura para sem pre. As ordenanças do
SENHOR são verdadeiras, são todas elas justas. São
m ais desejáveis do que o ouro, do que m uito ouro
puro; são m ais doces do que o m el, do que as votas do
favo. " Salm o 19:8-10
Deus revelou ao profeta Malaquias, J esus Se assentando e nos
refinando em am or. O Senhor quer fazer um a obra perfeita em todos nós
e, para isso, precisam os nos purificar e polir.
"Mas quem suportará o dia da sua vinda? Quem
ficará em pé quando ele aparecer? Porque ele será
com o o fogo do ourives e com o o sabão do lavandeiro.
Ele se assentará com o um refinador e purificador de
prata; purificará os levitas e os refinará com o ouro e
prata. Assim trarão ao SEN HOR ofertas com justiça."
Malaquias 3:2-3
A tribo de Levi representa o sacerdócio da casa de Deus, os
sacerdotes santos que todos fom os constituídos por J esus. O sim ples fato
dEle Se assentar para nos refinar significa para m im um a obra feita com
cuidado, dedicação e am or. Deus nos purifica dessa m aneira, m as nem
todos têm o am or e a m ansidão necessários, os quais perm item que essa
obra seja realizada.
Deus disciplina alguns com o um pai corrige seus filhos e,
infelizm ente, Ele os punirá para corrigir seus com portam entos e salvá-los
da m orte.
É im possível ter as bênçãos de Deus e participar de Sua glória sem
que o Senhor prim eiro confronte a iniquidade.
Capítulo 6
A VERDADEIRA JUSTIÇA LIBERTA DA INIQUIDADE
Os princípios fundam entais da fé expostos neste capítulo são m ais
profundos do que aqueles que costum am ser pregados nos dias de hoje.
São princípios desenvolvidos a partir de um a perspectiva profética e de
um entendim ento apostólico, capazes de sustentar o crescente avanço da
glória de Deus.
Ju s tiça: o fo co d e u m a n o va re fo rm a ap o s tó lica
É im possível falar sobre iniquidade e libertação sem um a
com preensão clara da cruz de Cristo. interpretações inadequadas desse
tópico fundam ental têm resultado em m ilhões de pessoas acreditando
que alcançaram a salvação quando isso, na realidade, não aconteceu.
Deus está restaurando todas as coisas antes de Seu retorno e um a
das m ais im portantes é a pregação do evangelho verdadeiro de J esus
Cristo, em todo o seu poder e glória.
Creio profundam ente na obra com pleta da cruz. Ela é a m inha vida e
a razão do m eu viver. Creio em seu absoluto poder de justificação,
redenção e cura. Creio que som os salvos pela graça por m eio da fé; um a
fé capaz de produzir obras poderosas em Deus.
Tam bém creio que tem os diluído de tal form a a pregação do
verdadeiro evangelho, buscando atrair as pessoas, que, em grande parte,
nunca chegam os a entender os princípios básicos da salvação, e
reduzim os um evangelho transform ador — e ao m esm o tem po
confrontador - em um a sim ples e doce "oração do pecador", tornando-o
vazio de realidade e com prom isso espirituais. Um enorm e núm ero de
pessoas que fazem essa oração não possui o m enor convencim ento de
pecado nem o desejo de se afastar deste m undo e seguir a J esus.
Oferecem os a elas prom essas m aravilhosas, levando-as a acreditar
que as bênçãos de Deus são delas porque o Senhor agora as considera
"justas", ainda que tenham a vida cheia de pecado e injustiça. A grande
m aioria da Igreja vive em com pleta derrota, em desertos interm ináveis,
declarando estar viva em Cristo, m as, na verdade, está totalm ente m orta.
A justificação por m eio da fé é alcançada depois que eu creio de todo
coração que J esus tom ou m eus pecados na cruz. Isso engloba todas as
áreas da m inha vida. A justificação acontece conform e eu tom o a decisão
de deixar para trás m inha velha vida e com preendo que foram m eus atos
que levaram à crucificação de J esus.
A união com Cristo é com o um casam ento. Na verdade, Paulo faz
essa com paração em sua epístola aos gálatas. Quando um hom em se
casa, ele deixa para trás sua antiga form a de vida de solteiro, a casa dos
pais e se une em com prom isso à sua esposa. A m esm a coisa acontece
quando nos unim os a Cristo. Deixam os para trás nossa antiga m aneira de
viver e nos unim os em um m esm o espírito com o Senhor.
Hoje, em m uitas instâncias, vivem os um evangelho sem
com prom isso, com o se a velha estrutura de pecado em nossa vida não
precisasse m udar. Muitos cristãos professos vivem sob a crença de que
foram justificados pela graça e entrarão no Reino dos Céus independente
do que fizerem , pois um dia disseram com seus lábios: "Senhor, vem
habitar em m eu coração". Trata-se de um a perigosa m entira.
Apesar de a graça ser um favor im erecido e proveniente da
m isericórdia de Deus, e a salvação não exigir qualquer obra do hom em , a
única form a de entrar no Reino dos Céus é pela cruz.
Ela não é um a opção; é a porta estreita que conduz à salvação. Ela
ocorre quando o cristão de coração arrependido entrega sua antiga vida a
fim de com eçar um a nova, abandonando a prática do pecado.
"Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e
am plo o cam inho que leva à perdição, e são m uitos os
que entram por ela. Com o é estreita a porta, e
apertado o cam inho que leva à vida! São poucos os
que a encontram ." Mateus 7:13-14
O qu e s ign ifica in vo car o n o m e d o Se n h o r?
Invocar o nom e de J esus é algo extrem am ente poderoso, m as que
exige um a atitude da nossa parte. Invocar significa "cham ar, atrair", ou
seja, convidar o Espírito do Deus vivo para dentro de nós e Se unir ao
nosso espírito. Esse passo indispensável da salvação deve ser segundo a
ordem de Deus, para que o fundam ento da nossa fé seja verdadeiro...
"Entretanto, o firm e fundam ento de Deus
perm anece inabalável e selado com esta inscrição: 'O
Senhor conhece quem lhe pertence' e 'afaste-se da
iniqüidade todo aquele que confessa o nom e do
Senhor'." II Tim óteo 2:19
Esse ponto é essencial para m im , então peço a você que abra seu
coração para com preender essa verdade básica, pois é algo que tem sido
tratado com m uita leviandade pela Igreja dc hoje.
A prim eira coisa que tem os de entender sobre o Espírito de Deus vir
habitar em nós é que a decisão de rem over a iniquidade deve ser nossa.
Todos querem ser selados pelo Espírito da prom essa, m as som ente
som os selados depois que invocam os a verdade em nom e de Cristo. Isso
não é feito com um a m era oração, ignorando seu real significado, m as
com plena convicção. Só então podem os decidir, de todo coração, m udar
nossos cam inhos, rem ovendo de nós a iniquidade a fim de viverm os em
justiça.
"Pois com o coração se crê para justiça, e com a
boca se confessa para salvação." Rom anos 10 :10
Devem os crer com o coração, não com a m ente.
Crer com o coração im plica a determ inação de andar na justiça de
Deus, ser sustentado por Sua graça em todo o poder que necessitam os
para estarm os em conform idade com Sua justiça.
Não podem os dizer "Eu creio em Deus" e fazer tudo o que querem os
só porque Deus nos cham a de "justos". O apóstolo Tiago se refere a esse
tipo de crença com o um a fé ineficaz, um a vez que ela não vem
acom panhada de obras. Ele diz:
"Você crê que existe um só Deus? Muito bem ! Até
m esm o os dem ônios crêem — e trem em ! Insensato!
Quer certificar-se de que a fé sem obras é inútil"
Tiago 2:19-20
É em nosso coração que encontram os o sistem a de crenças do nosso
ser e som ente ele tem a força interior para m udar a direção da nossa
vida. A m ente reflete e aceita, m as ela não tem poder para quebrar
determ inados padrões de com portam ento.
As decisões da nossa vida som ente podem ser tom adas com o
coração.
Watchm am Nee, fam oso teólogo chinês do início do século passado,
escreveu em seu livro "O Hom em Espiritual':
"Tudo que pertence ao hom em natural, com o, por
exem plo, o eu do crente, deve passar pela m orte da
cruz. Se sim plesm ente um a idéia ou um conceito disso
for apresentado, talvez a m ente o aceite, porém , se for
algo que deve ser colocado em prática, a m ente
im ediatam ente o rejeitará" (Volum e 2).
Apenas o coração pode decidir entrar pela porta da cruz, hum ilhar-
se, obedecer, renunciar aos prazeres e princípios deste m undo. O Dr. Nee
tam bém afirm ou no m esm o livro:
"Muitas pessoas se denom inam cristãs, m as o que
creem é som ente filosofia, ética e doutrinas acerca da
verdade, ou alguns fenôm enos sobrenaturais. Crer
dessa form a não produz nenhum novo nascim ento,
nem lhes dá um novo espírito" (Volum e 2).
Se crem os apenas com a m ente, podem os recitar a Bíblia, ou "a
profissão de fé", m as nada disso resultará em um novo nascim ento para
nós.
Pre cis am o s aban d o n ar o an tigo e s tilo d e vid a p e cam in o s o
O apóstolo J oão confirm a o que estam os dizendo, enfatizando que
andar na iniquidade e crer levianam ente que estam os justificados é um
terrível engano. Lem bre-se, a iniquidade e a justiça são opostas entre si, e
caso co-existam na vida de algum suposto crente, ele perm anecera em
um lam entável estado de juízo ao longo de toda sua existência, pois,
inevitavelm ente, a justiça julgará a iniquidade.
"Todo aquele que nele perm anece não está no
pecado. Todo aquele que está no pecado não o viu
nem o conheceu. Filhinhos, não deixem que ninguém
os engane. Aquele que pratica a justiça é justo, assim
com o ele é justo. Aquele que pratica o pecado é do
Diabo, porque o Diabo vem pecando desde o
princípio. Para isso o Filho de Deus se m anifestou:
para destruir as obras do Diabo. Todo aquele que é
nascido de Deus não pratica o pecado, porque a
sem ente de Deus perm anece nele; ele não pode estar
no pecado, porque é nascido de Deus. Desta form a
sabem os quem são os filhos de Deus e quem são os
filhos do Diabo: quem não pratica a justiça não
procede de Deus, tam pouco quem não am a seu irm ão.
" João 3:6-10
Um efeito profundo acontece no coração do hom em que invoca o
nom e de J esus. Cristo Se levanta em grande poder a fim de desfazer toda
iniquidade e as obras do diabo que ainda existem na vida do verdadeiro
crente. J oão, com preendendo a ação da sem ente divina, sabe, sem
dúvida, o que a presença de Cristo no espírito e no coração de um hom em
faz em relação ao pecado. O diabo não poderá tocar em um verdadeiro
filho de Deus, não sem Sua perm issão.
"Sabem os que todo aquele que é nascido de Deus
não está no pecado; aquele que nasceu de Deus o
protege, e o Maligno não o atinge." João 5:18
O evangelho cham a para um a genuína conversão, a qual literalm ente
nos transporta do reino das trevas para o da luz.
Quando o apóstolo Paulo se converteu, no cam inho de Dam asco, o
Senhor falou de m aneira bastante clara com ele acerca do seu cham ado,
dizendo:
"Eu lhe apareci para constituí-lo servo e
testem unha do que você viu a m eu respeito e do que
lhe m ostrarei. Eu o livrarei do seu próprio povo e dos
gentios, aos quais eu o envio para abrir-lhes os olhos
e convertê-los das trevas para a luz." Atos 26:16b-18ª
O Senhor usa a palavra "converter" ["transladar", em algum as
versões], o que im plica em um a m udança de lugar e significa que não se
pode estar em dois lugares ao m esm o tem po. "Converter" significa m udar
de direção e aqueles que querem o m undo e a Cristo ao m esm o tem po
nunca foram "convertidos" nem jam ais resistiram ao poder de Satanás.
Se pudéssem os ter os olhos abertos e ver a real condição de nossa
alm a em relação a Deus, decidiríam os deixar as trevas e ser convertidos
para a luz.
To d o s o s qu e s e d ize m s alvo s re alm e n te o s ã o ?
O verdadeiro evangelho é o autêntico poder de Deus capaz de nos
libertar de um estilo de vida carnal, pecam inoso e vazio, produzindo
genuinam ente novas criaturas cheias de poder e da glória de Deus.
Quando Deus com eçou a liberar Sua unção apostólica em m inha
vida, passei a ver coisas na Palavra que nunca vira antes. O Senhor
com eçou um a reform a em m eu interior para que eu pudesse preparar
Sua Igreja para Sua segunda vinda. Ele m e instruiu a reler toda a Bíblia,
reestruturando verdades que antes eu havia aceito de form a pragm ática,
conform e m e foram ensinadas. Eu nunca as havia questionado até que a
evidência de um a Igreja consum ida em pecado m e com peliu a estudar as
Escrituras de form a com pletam ente nova, com um novo am or
transbordando em m im .
A sem ente de Deus e a vida do Espírito não se m isturam com a
iniquidade e a prática do pecado. Sei disso porque é isso que vivo.
Hoje nós (a Igreja) aceitam os de bom grado aqueles que recitam as
prom essas de Deus, m as que nunca se arrependeram de verdade, com o
fazem os herdeiros da salvação. São pessoas que querem "o m elhor dos
dois m undos", ou seja, as bênçãos de Deus e, ao m esm o tem po, todos os
prazeres deste m undo. Hoje a Igreja rotula de "filhos de Deus, nascidos
de novo" os fornicadores, os adúlteros, os hom ossexuais, os enganadores,
os ladrões, os orgulhosos, os que veem pornografia, os que com etem
abusos e os m entirosos. Hoje aplicam os term os com o "batizados no
Espírito" a pessoas cheias de lascívia, engano, feitiçaria e idolatria.
"Vocês não sabem que os perversos não herdarão o
Reino de Deus? N ão se deixem enganar: nem im orais,
nem idólatras, nem adúlteros, nem hom ossexuais
passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem
alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros
herdarão o Reino de Deus." I Coríntios 6:9- 10
Esses versículos foram escritos pelo m esm o apóstolo Paulo que
tam bém escreveu um dos versículos m ais citados sobre a salvação:
"Se você confessar com a sua boca que Jesus é
Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou
dentre os m ortos, será salvo." Rom anos 10 :9
O evangelho não se trata de um a posição teológica, m as de um a
prática genuína da santidade conquistada por J esus para nós na cruz. A
Igreja Prim itiva crescia no tem or de Deus e em Sua justiça. Eles
honravam o que J esus havia feito, vivendo um a vida que glorificava a
Deus.
"Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à
com unhão, ao partir do pão e às orações. Todos
estavam cheios de tem or..." Atos 2:42-43ª
Era claro para eles que não era possível ser da carne e ser do Espírito
sim ultaneam ente, com o praticado hoje em m uitas igrejas. Paulo faz essa
distinção de form a bem clara com o parte básica da "doutrina dos
apóstolos":
"Porque, aquilo que a Lei fora incapaz de fazer por
estar enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando
seu próprio Filho, à sem elhança do hom em pecador,
com o oferta pelo pecado. E assim condenou o pecado
na carne, a fim de que as justas exigências da Lei
fossem plenam ente satisfeitas em nós, que não
vivem os segundo a carne, m as segundo o Espírito."
Rom anos 8:3-4
A verdadeira conversão transporta o crente para um a vida no
Espírito. Observe a passagem de Rom anos que acabo de citar, a justiça de
Deus se cum pre som ente depois de se abandonar a vida carnal de pecado,
quando o crente passa a viver pelo Espírito.
Quando Cristo verdadeiram ente entra no espírito do hom em , sua
vida é radicalm ente transform ada. Cristo vivendo em nós é um a
realidade espiritual que abala toda nossa estrutura interior,
desm oronando todo sistem a m undano e pecam inoso em nós. Ele tom a
nosso coração, reveste-o com Seu poder e o subm ete à Sua luz. Passam os
a ter fom e e sede som ente pelas coisas do Céu. Nada m ais que este
m undo oferece nos atrai. A sem ente de vida, Cristo em nós, é repleta de
força, fogo e ressurreição. Não se trata de qualquer sem ente, m as do
Deus Vivo habitando em nós.
Quando Deus habita de verdade em alguém , essa pessoa não
consegue m ais perm anecer em pecado. Algo extrem am ente poderoso
acontece quando o Criador do Universo entra no coração de um hom em
ou m ulher.
"Entretanto, vocês não estão sob o dom ínio da
carne, m as do Espírito, se de fato o Espírito de Deus
habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de
Cristo, não pertence a Cristo." Rom anos 8:9
O apóstolo Paulo diz que a evidência do Espírito de Deus habitando
de fato em um a pessoa é ela vivendo segundo o Espírito, abandonando
seus cam inhos pecam inosos de vida e passando a ser conduzida pelo
Espírito de Cristo.
"Porque todos os que são guiados pelo Espírito de
Deus são filhos de Deus." Rom anos 8:14
Ser guiado por Deus significa ouvir Sua voz por m eio da nossa
consciência, de Sua Palavra, dos nossos sonhos ou por algum a palavra
profética. Ser conduzido por Deus significa ter "tem or do Senhor",
seguindo Seus cam inhos e m andam entos.
O poderoso evangelho de J esus Cristo é um cham ado para O
seguirm os, nada tendo a ver com um a fórm ula ou oração feita na
ignorância, sem qualquer com prom isso.
A salvação se estabelece na resposta da pessoa ao sacrifício de Cristo
e a transform ação pelo Seu poder som ente ocorre quando rendem os
nossa vida e abandonam os nossas práticas antigas. Enquanto isso não
estiver estabelecido em nosso coração, é sinal de que ainda não
recebem os a salvação. Podem os até estar cam inhando para essa direção,
m as não estarem os selados até que nossa vida esteja totalm ente rendida
à cruz de Cristo.
Alguns O seguem , rendendo a vida de m aneira radical, através de
um a sim ples oração feita do m ais profundo de seu ser e são selados nesse
m om ento. Outros se aproxim am dEle aos poucos até que estejam com o
coração totalm ente entregue para receber a salvação. Outros apenas têm
um a oportunidade de fazer um a oração antes de m orrer e isso basta para
que Deus os salve.
O tem po e o coração de cada hom em são diferentes. Não podem os
estabelecer um a fórm ula e esperar que todos se encaixem nela.
"Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a
carne, com as suas paixões e os seus desejos." Gálatas
5:24
O texto não diz, com o costum a ser pregado hoje, que eles irão
crucificar a carne aos poucos. A salvação não é encontrada unicam ente
nos versículos de Rom anos 10 :8-9, m as em todo um profundo
entendim ento do Novo Testam ento. Ela é parte de um a série de verdades
que a com plem enta e lhe dá sustentação, conteúdo e form a. Usar esse
versículo com o um a oração isolada a fim de obter "crentes de
m icroondas" para encher as igrejas de m em bros é um erro m onum ental
que Deus quer ver corrigido.
Deus está restaurando não apenas a pregação do Seu evangelho, m as
tam bém o entendim ento que tem os a cerca dele, para que o
considerem os um a "pérola de grande valor". A m aneira com o vivem os é
com o o corpo de Cristo deve exaltar e honrar Seu Nom e com o ele m erece,
m as nós o desonram os quando m antem os em nossa vida topo tipo de
injustiça.
H á d ife re n ça e n tre s e r "p e cad o r" e u m cris tão im atu ro ?
A Bíblia considera "pecador" aquele que vive na prática do pecado —
conform e os princípios e paixões deste m undo —, que peca
consistentem ente com o um estilo de vida, ignorando o sacrifico de J esus.
Nenhum dos apóstolos que escreveram o Novo Testam ento considerou
alguém vivendo na prática do pecado com o "nascido de novo", m uito
m enos "cheio do Espírito".
A Bíblia faz um a diferença clara entre ser um pecador e um cristão
im aturo. Um a coisa é ser carnal e criança em Cristo, dizendo, por
exem plo: "Eu sou de Paulo" ou "Sou de Apolo" (I Coríntios 3:1-7). Outra
bem diferente é ser adúltero, ladrão, enganador ou adivinho.
Um a coisa é não ter a m ente renovada e se m agoar quando alguém o
ofende. Outra bem diferente é com eter fraudes ou ver pornografia n a
Internet. Todo pecado contam ina a alm a e o espírito, m as há pecados de
m orte e pecados de im aturidade.
"Se alguém vir seu irm ão com eter pecado que não
leva à m orte, ore, e Deus dará vida ao que pecou.
Refiro-m e àqueles cujo pecado não leva à m orte. Há
pecado que leva à m orte; não estou dizendo que se
deva orar por este. Toda injustiça é pecado, m as há
pecado que não leva à m orte. Sabem os que todo
aquele que é nascido de Deus não está no pecado;
aquele que nasceu de Deus o protege, e o Maligno não
o atinge." João 5:16-18
Há teólogos que sugerem que essa passagem diz respeito à blasfêm ia
contra o Espírito Santo; entretanto, em todo o contexto da carta, J oão
não m enciona esse assunto. O que é contundente em todo o m anuscrito
do apóstolo é a profunda revelação que ele tinha quanto aos que são de
Deus e os que não são. Ele continuam ente m ostra, ao longo de toda a
carta, a im portância de não praticar o pecado. Isso m e leva a deduzir que
J oão se refere a todo pecado conform e a lei de Moisés, pecados que todos
sabem os que são pecados.
Manter-se santo, sem praticar pecado, não significa ser legalista nem
"viver segundo a lei". Trata-se de "viver segundo o Espírito" e de ser
dirigido pelo Espírito de Deus. O próprio J esus disse:
"N ão pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas;
não vim abolir, m as cum prir. Pois eu lhes digo que se
a justiça de vocês não for m uito superior à dos
fariseus e m estres da lei, de m odo nenhum entrarão
no Reino dos céus." Mateus 5:17,20
Não estou dizendo que não podem os tropeçar e pecar, pois a Palavra
descreve isso m uito bem :
"Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que
vocês não pequem . Se, porém , alguém pecar, tem os
um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo." I
João 2:1
Refiro-m e à vida de pessoas que se denom inam cristãs, m as que
continuam am ando o m undo e na prática do pecado. Acreditam que irão
para o Céu pela graça, m esm o sem nunca terem tido um encontro
verdadeiro com o sacrifício de Cristo em sua vida. Creem que estão salvas
sim plesm ente porque repetiram um a oração que alguém lhes ditou.
Veja com o Paulo estabelece a diferença entre o "pecador" e o "cristão
carnal ou im aturo". Lendo com atenção suas cartas aos coríntios,
observam os que os crentes dessa igreja eram bastante im aturos, cheios
de divisão, contendas e ciúm es; no entanto, não estavam envolvidos na
prática de pecados de m orte. A prova disso é o relato de um único
hom em que com eteu incesto, algo tão m arcante que, em duas de suas
epístolas, ele m encionou o fato com o algo sem precedentes.
"Mas agora estou lhes escrevendo que não devem
associar-se com qualquer que, dizendo-se irm ão, seja
im oral, avarento, idólatra, caluniador, alcoólatra ou
ladrão. Com tais pessoas vocês nem devem com er.
Deus julgará os de fora. Expulsem esse perverso do
m eio de vocês." I Coríntios 5:11,13
Em sua segunda carta, Paulo lhes escreve com um forte pesar pelo
tal hom em :
"Se um de vocês tem causado tristeza, não a tem
causado apenas a m im , m as tam bém , em parte, para
eu não ser dem asiadam ente severo, a todos vocês. A
punição que lhe foi im posta pela m aioria é suficiente."
II Coríntios 2:5-6
Observe que isso não era um denom inador com um na Igreja. Todos
ficaram bastante entristecidos porque um a pessoa entre eles havia caído
em pecado.
J esus jam ais com prom eteu Seus princípios para ganhar alm as e ter
m ais seguidores. Ao jovem rico, que se aproxim ou dEle e Lhe perguntou
com o poderia entrar no Reino dos Céus, Ele respondeu com palavras que
o chocaram e o fizeram se afastar de J esus com tristeza.
"Eis que alguém se aproxim ou de Jesus e lhe
perguntou: Mestre, que farei de bom para ter a vida
eterna? Respondeu-lhe Jesus: Por que você m e
pergunta sobre o que é bom ? Há som ente um que é
bom . Se você quer entrar na vida, obedeça aos
m andam entos. Quais?, perguntou ele. Jesus
respondeu: 'N ão m atarás, não adulterarás, não
furtarás, não darás falso testem unho, honra teu pai e
tua m ãe e Am arás o teu próxim o com o a ti m esm o'.
Disse-lhe o jovem : A tudo isso tenho obedecido. O que
m e falta ainda? Jesus respondeu: Se você quer ser
perfeito, vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos
pobres, e você terá um tesouro nos céus. Depois,
venha e siga-m e. Ouvindo isso, o jovem afastou-se
triste, porque tinha m uitas riquezas." Mateus 19:16-
22
J esus não diluiu o evangelho para seduzir a alm a do jovem e fazê-lo
se converter. Nem falou aos fariseus com a "sabedoria evangélica" de hoje
para recrutá-los. J esus queria lhes m ostrar a real condição do coração
deles, para que assim pudessem se arrepender e segui-Lo.
Nos dias de hoje, o jovem rico teria ouvido: "Não se preocupe. Tudo
bem se não quer dar seu dinheiro (ou sua am ante, seu ídolo, seu
alcoolism o, seu ódio etc.), J esus o am a m esm o assim e entregou Sua vida
por você. Perm ita-m e fazer um a oração com você e, hoje m esm o, J esus
virá habitar em seu coração". Acredita m esm o nisso? SELAH.
O que estam os fazendo com um evangelho que tem poder para
salvar? O verdadeiro am or com que Deus nos am a é um am or que, com
grande m isericórdia, m ostra nossa real condição interior para que nos
reconciliem os com o Pai. Esse é o propósito de J esus Cristo: a
reconciliação. Para que isso aconteça, precisam os com preender quanta
dor nosso pecado causa ao Pai.
O pecado fere profundam ente o coração de Deus e dilacerou o corpo
e a alm a de J esus. Não podem os continuar pregando um evangelho que
evita qualquer tipo de confrontação.
Ch am ad o s p ara s e r u m a n o va criatu ra e m Cris to
Deus deseja que conheçam os o profundo significado de ser um a
nova criatura em Cristo. Esse é um dos fundam entos m ais im portantes
da nossa nova vida e Deus está trazendo um a luz nova sobre esse
assunto.
Esse talvez veja um dos assuntos m ais pregados nas igrejas, no
entanto, tam bém é um dos m enos com preendidos, então, abra seu
coração porque quero que você receba essa poderosa verdade à luz de
um a nova reform a apostólica.
"Portanto, se alguém está em Cristo, é nova
criação. As coisas antigas já passaram ; eis que
surgiram coisas novas" II Coríntios 5:17
O qu e n ão é s e r u m a n o va criatu ra
Ser um a nova criatura em Cristo não significa ser m em bro de um a
igreja; um a m udança de religião, denom inação ou hábitos; nem
frequentar a igreja diariam ente. Tam bém não significa abandonar os
am igos do m undo e só se relacionar com am igos cristãos, 1er a Bíblia ou
se m atricular em algum curso de teologia.
Tudo isso pode ser feito sem alguém ter de fato se tornado um a nova
criatura em Cristo. Na verdade, todo sistem a religioso que faz uso do
nom e de J esus exige essas coisas. Instituições com o a Igreja Católica
Rom ana, os Testem unhas de J eová, os Mórm ons ou a Maçonaria exige
instruções e educação em seu sistem a de crença.
A religião é a alternativa que o diabo oferece para nos fazer acreditar
que estam os alinhados com Deus. A religião nos faz crer que a form a
externa do m undo é capaz de suplantar a essência do Espírito.
Isso é tão sutil que tem enganado a m ilhões de pessoas que se
consideram cristãs. E por isso que o Espírito diz o seguinte:
"Ao anjo da igreja em Sardes escreva: 'Estas são as
palavras daquele que tem os sete espíritos de Deus e
as sete estrelas. Conheço as suas obras; você tem
fam a de estar vivo, m as está m orto'" Apocalipse 3:1
Esses hom ens são rochas subm ersas nas festas de
fraternidade que vocês fazem , com endo com vocês de
m aneira desonrosa. São pastores que só cuidam de si
m esm os. São nuvens sem água, im pelidas pelo vento;
árvores de outono, sem frutos, duas vezes m ortas,
arrancadas pela raiz." Judas 12
A n o va criatu ra é a re s s u rre içã o d o n o s s o e s p írito
A nova criatura nada tem a ver com o que fazem os através da
religião, m as no que nos convertem os. Converter-se não se trata de
adotar um a nova filosofia, m as um a transform ação na essência do ser.
Quando isso acontece, algo novo e m aravilhoso com eça a operar
dentro de nós, algo que não existia nem poderia ser fabricado por nós
m esm os. Um a criatura espiritual, diferentem ente da nossa alm a, nasce
com o consequência da ressurreição de Cristo concebida em nosso
espírito, agora vivo e cheio de poder.
Se a carne é a estrutura m oldada pelos princípios da natureza caída,
a nova criatura é a estrutura espiritual m oldada pela natureza divina.
Co m o s u rge a n o va cria tu ra?
Precisam os entender que o espírito do hom em natural está m orto
com o resultado do pecado. "O salário do pecado é a m orte". Isso significa
que a vida de Deus não se encontra em nosso espírito. Essa m orte é a
separação existente entre Deus e o hom em .
O espírito da grande m aioria dos seres hum anos se encontra em
estado de letargia, dorm indo e sem a m enor interação com a alm a. No
entanto, em alguns, esse espírito já foi despertado por espírito das travas
para ser utilizado em diversas form as de ocultism o, seja na Nova Era, no
Zen Budism o, na contem plação ascética, no controle da m ente ou nas
drogas alucinógenas. É por isso que pessoas envolvidas nessas praticas
têm experiências espirituais.
Em alguns casos m uito específicos, o próprio Deus despertou o
espírito de alguém que ainda não conhecia a J esus Cristo, com o
aconteceu com Cornélio, o prim eiro gentio a receber o evangelho. O
m esm o aconteceu com algum as outras pessoas que nunca haviam ouvido
falar do Senhor. Deus costum a despertar nosso espírito para que nos
reconciliem os com Ele.
O espírito é a parte m ais poderosa do hom em , e o diabo sabe m uito
bem que para controlar o m undo espiritual ele precisa ativar essa área
em seus seguidores.
A única parte eterna no homem é o seu espírito. A alm a apenas está
unida ao espírito, acom panhando-o até seu destino final. A alm a do
hom em passou a ser controlada pelo diabo depois da queda, governando
todo nosso ser, m as o espírito do hom em é a essência de cada pessoa,
quer viva, m orta, dorm indo ou acordada.
É por isso que a salvação ou a condenação acontece no nível do
espírito. Independente do quanto nossa alm a esteja viva, seu destino
final depende da condição do espírito.
Um espírito que não foi trazido à vida por Cristo m orrerá. A única
coisa que pode reconciliar o hom em com Deus é Cristo e som ente no
espírito a ponte entre Deus e o hom em é restabelecida. A alm a não possui
vida ou m orte (em um sentido eterno) sozinha, sendo apenas um
instrum ento que nos ajuda a operar no m undo m aterial.
O hom em é espírito, ou seja, quem ele de fato é, e som ente nele é
possível receber a salvação. Ela e o novo nascim ento não acontecem por
um a prática intelectual, m as unicam ente no espírito, que deve ser
im pregnado por Deus.
"Contudo, aos que o receberam , aos que creram em
seu nom e, deu-lhes o direito de se tom arem filhos de
Deus, os quais não nasceram por descendência
natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade
de algum hom em , m as nasceram de Deus." João 1:12-
13
Não é a vontade da carne, com o acabam os de ler, que produz essa
concepção, m as Deus. A sem ente preciosa de vida do Senhor é sem eada
em nosso espírito. Isso acontece quando com um coração sincero e
arrependido nós nos rendem os a Deus e som os batizados.
"Arrependam -se, e cada um de vocês seja batizado
em nom e de Jesus Cristo para perdão dos seus
pecados, e receberão o dom do Espírito Santo. Os que
aceitaram a m ensagem foram batizados, e naquele
dia houve um acréscim o de cerca de três m il pessoas."
Atos 2:38,41
No Novo Testam ento, a verdadeira evidência de sua fé era
dem onstrada no batism o im ediato.
"Quem crer e for batizado será salvo, m as quem
não crer será condenado." Marcos 16:16
É no batism o que o Espírito de Deus e o do hom em se fundem para
que a nova criatura espiritual possa crescer à im agem de Deus.
A vida de Deus é a vida de ressurreição. O poder que ressuscitou
J esus Cristo dos m ortos agora habita em nosso espírito.
O batism o não se trata apenas de entrar nas águas em nom e de
J esus, m as da decisão de m orrer para nossa vida de pecado e renascer
nEle. Trata-se de crucificar este m undo com seus desejos e paixões da
m esm a form a que J esus fez.
"Portanto, fom os sepultados com ele na m orte por
m eio do batism o, a fim de que, assim com o Cristo foi
ressuscitado dos m ortos m ediante a glória do Pai,
tam bém nós vivam os um a vida nova. Se dessa form a
fom os unidos a ele na sem elhança da sua m orte,
certam ente o serem os tam bém na sem elhança da sua
ressurreição. Pois sabem os que o nosso velho hom em
foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado
seja destruído, e não m ais sejam os escravos do
pecado." Rom anos 6:4-6
Fica bem claro que Cristo é o m odelo a ser seguido para se descobrir
o significado do batism o e é por isso que enfatizo sem pre a expressão "à
im agem de Cristo". O m odelo diz: prim eiro a m orte, depois a
ressurreição. Se não entrarm os nas águas com a firm e convicção de
m orrer para o pecado, o resultado será apenas ficar todo m olhado. A
água em si não tem poder algum para salvar, isso tem de ser feito de
coração e com o m aior entendim ento possível.
Muitas pessoas passam pelas águas sim plesm ente para cum prir um
requisito religioso, sem um a convicção genuína de seguir a J esus Cristo
com todo o ser, talvez por um a necessidade de ser aceito ou querer fazer
parte de um grupo para se sentirem integradas na com unidade.
Sei de casos nos quais alguns foram batizados som ente porque
queriam conquistar o coração de um a bela jovem na igreja. Outros se
batizaram porque se sentiam frustrados com suas carreiras ou
fracassaram nos negócios e queriam ver se a "sorte" m udaria com essa
nova proposta de "cristianism o".
Há tam bém aqueles que entram para a igreja porque são preguiçosos
dem ais e querem que os "irm ãos bonzinhos" resolvam todos os seus
problem as. Outros se batizam porque alguém da igreja os convenceu no
últim o m inuto no dia m arcado para os batism os daquele m ês. Poderia
citar m uitas outras situações que fiquei conhecendo depois de m inistrar a
diversas pessoas das igrejas.
Em todas essas situações, nem o batism o nem a concepção da nova
criatura aconteceram . Tudo não passou de um a prática religiosa, pois
não som os concebidos pela "vontade de carne". É por isso que com o
tem po não vem os nenhum a m udança ou fruto nas pessoas que entram
para a igreja. Elas não fazem a m enor idéia do que seja evangelizar, orar
ou ofertar.
A nova criatura é real e afeta todo nosso ser, invadindo nossa m ente
e destruindo o corpo do pecado. Trata-se da luz visível e do poder de
Deus. Ela é evangelizadora por natureza, cheia de vida e de fogo, porque
é o próprio Deus que Se uniu ao hom em .
Da m esm a m aneira que J esus m orreu e logo ressuscitou, esse deve
ser o m odelo da nossa nova vida. Quando Cristo foi sepultado, Ele sofreu
um a trem enda transform ação no túm ulo, tanto que, quando em ergiu,
estava totalm ente diferente de quando entrou. Nem m esm o os discípulos
O reconheceram . Até m esm o Paulo disse o seguinte se referindo aos
apóstolos:
"De m odo que, de agora em diante, a ninguém m ais
consideram os do ponto de vista hum ano. Ainda que
antes tenham os considerado Cristo dessa form a,
agora já não o consideram os assim " II Coríntios 5:16
A nova criação não é um a m anifestação da carne, pois nosso espírito
é transform ado pela ressurreição.
Um a vez im pregnado, o espírito com eçará um crescim ento interior.
Cada parte de nosso espírito é despertada e desenvolvida e recebem os
um a nova e crescente sensibilidade. Coisas das quais antes gostávam os,
agora passam os a detestar. Sentim os um distanciam ento de am bientes
m undanos. Ouvir palavras vulgares passa a nos incom odar. Acim a de
tudo, detestam os pecar e entristecer o Espírito Santo.
A nova criação deseja as coisas do alto e não ficara calada, m as falará
a todos sobre J esus. Ela é valente e am a a justiça. É cheia do tem or de
Deus e de am or pelo próxim o. Com o disse o apóstolo Paulo, tudo perde
seu valor com parado a conhecer a J esus e o poder da Sua ressurreição.
A ressurreição não será o estado final dos filhos de Deus quando
ressuscitarm os dos m ortos. Ela é o poder que dá vida à nova criatura
gerada em nós.
"Assim está escrito: 'O prim eiro hom em , Adão,
tornou-se um ser vivente) o últim o Adão, espírito
vivificante'." I Coríntios 15:45
Quando o Espírito de Cristo im pregna nosso espírito, de repente
ficam os cheios de vida e som os despertados para um a realidade
espiritual antes desconhecida. Não se trata de algo hipotético. Essa nova
vida deve ter expressão e m anifestação.
No entanto, essa não é a experiência de todos os que dizem : "Senhor,
Senhor!" A iniquidade anestesia o espírito de m ilhares de pessoas na
Igreja. E por isso que m uitos sentem com o se houvesse âncoras os
im pedindo de dar passos de decisão em direção a Deus. Seus olhos estão
cobertos para o evangelho de J esus Cristo e não conseguem se converter
de verdade.
Estão com placentes ou resignados a viver um a vida religiosa e não
veem em sua própria vida o poder de Deus. Alguns sabem m uito bem o
que é errado e outros não têm a m enor ideia de qual seja o problem a.
Talvez este seja o livro m ais im portante que já tenha caído em suas m ãos.
Ele poderá ajudá-lo a ver e identificar esse terrível flagelo que tem
coberto todos nós e que Deus deseja rem over de um a vez por todas da
nossa vida.
No últim o capítulo deste livro, explicarei com o podem os ser libertos
da iniquidade e verdadeiram ente com eçarm os a desfrutar das riquezas
da glória de Deus depois que nos tornarm os um a nova criatura através de
Seu Espírito.
Capítulo 7
COMO TRATAMOS A INIQUIDADE?
Com o vim os ao longo do livro, a iniquidade não se trata de um
sim ples pecado pelo qual pedim os perdão e acabou. A iniquidade é um
corpo de pecado e m alignidade, enraizado em nosso espírito e que
corrom pe toda a estrutura dos nossos pensam entos e com portam entos e
até m esm o chega a se infiltrar em nossos ossos e órgãos. Arrancar a raiz
de iniquidade dem anda tem po e dedicação, m as será o m elhor
investim ento que podem os fazer na vida.
O fruto da justiça — juntam ente com as prom essas e as tão
esperadas bênçãos de Deus — se m anifestará em nós. Um novo capítulo
nos aguarda, cheio de alegria e vitória em Cristo J esus.
A prim eira coisa que tem os de fazer é pedir ao Espírito Santo que
nos ajude nesse m aravilhoso processo de libertação, nos enviando um
verdadeiro espírito de arrependim ento e coragem para m udar.
Faça a seguinte oração com igo ou um a com suas próprias palavras, o
im portante é orar com sinceridade:
"Espírito Santo, venho a Ti agora, hum ilhando m eu
coração e pedindo que um verdadeiro espírito de
arrependim ento venha sobre m im . Abra m eus olhos
espirituais para que eu possa ver m inha própria
iniquidade. Dá-m e Teus dons de revelação, sonhos e
palavra de conhecim ento, para que eu possa
com preender o que m eus antepassados fizeram e que
está afetando hoje m inha vida, gerando m aldições e
obstáculos que m e im pedem de viver a vida
abundante e as bênçãos do Teu Reino".
A próxim a coisa a fazer é consagrar o m om ento da sua concepção.
No Reino de Deus e no m undo invisível não há a lim itação do tem po, por
isso, podem os alterar os eventos conform e a vontade de Deus. Im agine
agora o pequeno esperm atozóide do seu pai e o óvulo de sua m ãe que lhe
deram a vida e faça a seguinte oração:
"Pai Celestial, neste m om ento consagro o
esperm atozóide do m eu pai que m e deu a vida e o
declaro purificado pelo sangue de Jesus Cristo e,
portanto, santo e perfeito. Declaro que venha sobre
ele o Teu Espírito e a Tua vida. Consagro tam bém o
óvulo de m inha m ãe e declaro que ele é purificado
pelo sangue de Jesus Cristo e que sobre ele venha o
Teu Espírito e Tua vida. Consagro a Teu santo nom e,
Deus Todo-Poderoso, o m om ento da m inha
concepção. Eu a declaro abençoada, cheia de
propósito eterno, coberta por Teu sangue e por Tua
m ão e que m inha vida cum pra tudo aquilo para que
fora criada. Eu a entrego a Ti desde a concepção e
recebo o Teu DN A com toda a herança espiritual do
Teu sangue. Em nom e de Jesus Cristo, am ém ".
Pegue um caderno e anote nele tudo o que o Senhor fizer você
lem brar ou lhe revelar. Em seguida, reveja a lista de tudo o que a Bíblia
m enciona com o iniquidade e ore em relação a cada um desses pecados.
Ao decorrer da lista, faça algum as pausas, esperando que o Espírito
Santo lhe traga convicções, lem branças ou revelações. Depois confesse
sua iniquidade e a de seus antepassados. O m ais provável é que você
tenha com etido os m esm o pecados que eles, um a vez que está gravado
em sua herança espiritual.
Com ece por Isaías 59, o capítulo que m elhor trata sobre iniquidade:
Mão s m an ch ad a s d e s an gu e : Hom icídios, sacrifícios de
sangue (anim al ou hum ano), am or ou participação em corridas
de touros oferecidas a virgens ou ídolos, abortos, guerras,
genocídio por conquista de nações;
Lín gu as m e n tiro s as : Religiosidade, práticas religiosas
pagãs, hipocrisia, todo tipo de fraude ou engano;
Lín gu a m ald o s a: Calúnia, fofoca, m aledicência, sarcasm o,
língua venenosa, levantar falso testem unho, m urm uração;
Falta d e clam o r p o r ju s tiça: Falta de com paixão diante da
desgraça dos outros, indiferença aos pecados das cidades e da
igreja. Term os a oportunidade de fazer o bem , m as deixarm os
de fazê-lo;
N ão ju lgar co m ve rd a d e : Fazer julgam entos precipitados,
favorecer os que am am os ou quem nos convém . Dem onstrar
favoritism o a ricos em relação a pobres. Racism o;
Co n fiar n o qu e é vão e p ro clam ar p alavra s vã s : Confiar
nas riquezas, no sistem a deste m undo, colocando nossa
confiança no hom em , na m edicina, no salário, nos seguros
deste m undo e estim ulando as pessoas a fazerem o m esm o;
Pe n s am e n to s d e in iqu id ad e : Vingança, tram ar o m al,
boicotar a obra de Deus. Todo pensam ento através do qual se
planeja fazer o m al a alguém . Ressentim ento e am argura;
N ão an d ar co m ju s tiça, m as em cam inhos tortuosos:
Confiar em nossa justiça em vez de na justiça de Deus.
Assum ir o governo da nossa própria vida, colocar nossas
decisões acim a das de Deus. Todo cam inho que não conduza à
justiça, à vontade e à paz de Deus é distorcido. Não cum prir
um com prom isso, um voto ou prom essa, causando prejuízo a
outros;
Rebelião contra Deus e Seus estatutos;
Afas tar-s e d e D e u s : Seguir e confiar em deuses estranhos,
idolatria, ocultism o, feitiçaria, adivinhação, Nova Era,
satanism o, espiritism o, sectarism o;
Lista presente nos Dez Mandam entos em Êxodo 20 :1-17 (exceto os já
m encionados):
To m ar o N o m e d e D e u s e m vão : J urar em Seu nom e, usá-
lo sem respeito, com o expressões da linguagem coloquial.
Contar piadas usando o nom e de Deus. Blasfem ar;
N ão d e s can s ar: os cristãos não judeus não precisam guardar
o sábado. Descansar em Deus é um a m aneira de dem onstrar
que confiam os nEle. Além disso, não descansar nosso corpo
físico infringe um a lei natural da vida. O estresse e a ansiedade
são iniquidades;
N ão h o n rar p a i e m ãe : Falta de respeito para com as
autoridades ou falar m al delas. Não tratá-las com dignidade e
am or;
Co m e te r ad u lté rio : Fornicação, pornografia, perversão
sexual, uso inapropriado e contra a natureza do próprio corpo
ou o do cônjuge e todo tipo de aberração sexual. Im undície,
lascívia, orgias, im purezas, desejos descontrolados, incesto;
Ro u bar: Defraudar, m udar os lim ites de um a propriedade
com intenção de roubo. Adulterar m edidas, pagar salários
injustos, sonegar im postos;
Co biçar: A m ulher do próxim o, seus servos ou seus bens.
Cobiçar as coisas deste m undo.
Esta lista é encontrada em Gálatas 5 (exceto os já m encionados):
Co n te n d as : Violência verbal ou física, inim izades, discussões,
ciúm es, gênio ruim , dissensões. Ira, sem ear discórdia,
divisões;
H e re s ias : Mudar o contexto da Palavra. Distorcer as
Escrituras para controlar ou m anipular as pessoas, para
intim idá-las. Usar a Palavra para obter lucros/ ganhos
desonestos. Acom odá-la para justificar o pecado e a falta de
integridade;
Vício s : Dependência de qualquer outra droga, tabagism o;
In ve ja: Desejos im puros.
Esta lista é encontrada em Colossenses 3 (exceto os já
m encionados):
Avare za : Confiar nas riquezas. Indiferença com as
necessidades dos pobres ou da obra de Deus. Idolatria aos
bens deste m undo (considerar as posses "intocáveis");
Am o r p e lo m u n d o e pelas coisas terrenas;
D e s o be d iê n cia: A Deus, à Sua Palavra, às autoridades. Falta
de subm issão. Espírito de rebelião e independência;
Esta lista é encontrada em II Tim óteo 3 (exceto os já m encionados):
Am o r p o r s i m e s m o : Am or ao "Eu", vanglória, soberba,
altivez e tirania.
Pre p o tê n cia: Contar vantagens de si, considerar-se superior
aos outros.
In gratid ão : Sentir que som os donos do que possuím os, sem
com preender que tudo pertence a Deus. Não viver em gratidão
e de acordo com o que J esus fez por nós;
Falta de afeto natural: Egoísm o;
D e s co n te n tam e n to : Nunca estar saciado ou satisfeito com
aquilo de bom que Deus oferece;
Intem perança;
Falta de m isericórdia;
Cru e ld ad e : Sadism o, m asoquism o. Crueldade m ental e
verbal;
Traição : Deslealdade;
Am ar o s p raze re s m ais do que a Deus;
Co rru p ção : Conspiração;
Outros pecados:
Co m e r s an gu e ou anim ais sufocados: Com er alim entos
feitos de sangue ou anim ais que não tiveram o sangue
drenado;
Te n tar a D e u s : Criticar a Deus ou acusá-Lo;
Co m e r o qu e fo i s acrificad o a ídolos: Participar de festas
pagãs nos quais alim entos consagrados a ídolos são
consum idos, tais com o as festas dos m ortos, de Halloween, de
santos ou virgens;
Pro fan ar o qu e é s agrad o : Profanar o corpo, tatuagens,
perfurações (piercings) no corpo;
Pro s titu ição : Vender-se por dinheiro, negociar princípios
por riquezas;
D ivó rcio s : (Não justificados por adultério);
Hom ossexualism o e bissexualism o;
D e p ravação s e xu al: Bestialism o (sexo com anim ais),
pedofilia (sexo com crianças), necrofilia (sexo com m ortos);
In cre d u lid ad e : Coração desconfiado, ânim o dobre,
pessim ism o, estar sem pre buscando defeito;
Me d o : Falta de fé;
Es qu e ce r-s e dos pobres e das viúvas;
Falta de tem or a Deus;
U s u ra: Em prestar dinheiro com interesse de ganhos com
juros ou se aproveitar daquele que pede em prestado.
Tentei fazer essa lista o m ais abrangente possível, visando um a
libertação m ais com pleta. Para m im , não há nada m ais m aravilhoso do
que solucionar um enigm a e descobrir algo que atrapalhava m inha
cam inhada com Deus e, assim , poder rem ovê-lo.
Com o aconselhei nos capítulos anteriores, às vezes pode ser
necessário fazer listas ainda m ais detalhadas e exaustivas. Isso não chega
a ser um requisito para nossa salvação, m as visa nossa liberdade total e
bênção com pleta. Após pedir perdão de m aneira específica por cada área
identificada, devem os ordenar que toda iniquidade seja arrancada de
nosso espírito e alm a.
Então tem os de ordenar que a substância física produzida pela
iniquidade seja rem ovida dos nossos ossos e órgãos. Literalm ente, esses
líquidos serão expelidos do nosso corpo; m anifestados com o diarréias,
vôm itos, excesso de urina, escarro e nariz escorrendo, com o em um
resfriado. Tudo isso é perfeitam ente natural e sairá dessa m aneira.
E um a boa ideia, ao ordenar que essas substâncias saiam do corpo,
você m esm o tocar em todas as suas juntas e colocar as m ãos sobre
diferentes partes do corpo. Talvez alguém cheio de Espírito Santo possa
ajudá-lo nisso, então lhe diga para pôr as m ãos em cada junta de
vértebras em suas costas, enquanto você ordena a saída da iniquidade.
Você pode orar algo com o: "Senhor, peço a Ti perdão por toda m inha
iniquidade e de m eus antepassados. Pecam os contra Ti, m as hoje m e
arrependo por toda m inha linhagem ancestral porque com etem os... [cite
os pecados]. Peço que o Senhor nos perdoe e m e purifique. Rem ove do
m eu espírito, da m inha alm a e do m eu corpo toda iniquidade. Agora
ordeno que toda iniquidade residente em m eus ossos órgãos deixe o m eu
corpo agora m esm o. Iniquidade, saída de m eus ossos e órgãos em nom e
de J esus!" Continue a fazer isso até que a saída da iniquidade se
m anifeste. Pode ser que leve horas ou dias para que ela saia, talvez você
se sinta um pouco cansado, m as tudo isso é norm al e logo você estará
recuperado.
Um a vez feito isso, anule todas as m aldições oriundas da iniquidade
em sua vida.
Agora você está pronto para que a justiça de Deus seja estabelecida
em sua vida e, com ela, todas as bênçãos de Deus.
MINHA ORAÇÃO FINAL POR VOCÊ
Pai, peço a Ti que, conform e a Tua m isericórdia,
justiça e verdade, estabeleça m eu irm ão (a) em Tua
justiça divina. Que a partir de hoje, ele (a) fique
estabelecido (a) com o justo (a), prim eiram ente por
Teu sacrifício de total entrega e, segundo, porque
ele(a) se afastou da iniqüidade para seguir Teu reino.
Eu declaro sobre ele (ela) todas as Tuas bênçãos e Tua
bondade venha sobre ele (ela) e o (a) alcance. Declaro
que Tua m isericórdia repousará sobre suas gerações".
"Desde o poente os hom ens tem erão o nom e do
SENHOR, e desde o nascente, a sua glória. Pois ele
virá com o um a inundação im pelida pelo sopro do
SEN HOR. IO Redentor virá a Sião, aos que em Jacó
se arrependerem dos seus pecados' declara o Senhor.
'Quanto a m im , esta ê a m inha aliança com eles, diz o
SEN HOR. 'O m eu Espírito que está em você e as
m inhas palavras que pus em sua boca não se
afastarão dela, nem da boca dos seus filhos e dos
descendentes deles, desde agora e para sem pre', diz o
Senhor" Isaías 59:19-21
BIBLIOGRAFIA
Méndez Ferrell, Ana: "Regiões de Cativeiro", Editora Valente,
Rio de J aneiro, 20 10 .
Méndez Ferrell, Ana: "Os Segredos Obscuros do G.A.D.U",
Editora Valente, Rio de J aneiro, 20 10 .
Eckhardt, J ohn: "Identifing & Breaking Curses", Whitaker
House, 20 0 0 , pp. 63.
Watchm an Nee: "O Hom em Espiritual", Editora Betânia, Belo
Horizonte
Méndez Ferrell, Ana: "Assentados nos Lugares Celestiais",
Editora Valente, Rio de J aneiro, 20 10 .
SOBRE A AUTORA
An a Me n d e z Fe rre ll é m exicana e atualm ente m ora em
J acksonville, na Flórida, com seu m arido, Em erson Ferrell. Deus a
resgatou quanto estava prestes a m orrer em decorrência do seu alto
envolvim ento com o sacerdócio vodu e a cham ou para estabelecer um
grande exército na Terra com o objetivo de destruir as obras do diabo.
Hoje ela é profeta e apóstola e dirige, com o m arido, o Voice of The Light
Ministries, que treina e equipa guerreiros de Deus em m ais de 40 nações,
sob a cobertura de Rony Chaves da Costa Rica.