ANATOMIA Mãos
e pés
ARTÍSTICA 6
MICHEL LAURICELLA
TRADUÇÃO
JULIA DA ROSA SIMÕES
São Paulo, 2022
INTRODUÇÃO
Como o objetivo é facilitar o desenho de A musculatura precisa incluir os segmen-
imaginação, você encontrará neste livro tos do antebraço e da perna. As visões
um lembrete das proporções do corpo de conjunto dos membros permitem que
e uma apresentação sintética de suas você se refamiliarize com suas propor-
formas. O esqueleto é substituído por ções, que reproduza as junções das extre-
marcos ósseos. Depois vem a muscula- midades e não perca a visão de conjunto.
tura e os movimentos que ela possibilita. Aconselho que mantenha, em paralelo, a
Seguem-se a pele e a camada de gordu- prática do desenho de observação.
ra, sempre presente - ao menos sob as Lembre-se de que os membros superio-
extremidades -, e que com o sobrepeso res e os inferiores são formados de ma-
se desenvolve sobre essas extremida- neira semelhante. É sempre interessante,
des. Por fim, as veias. portanto, destacar suas características
distintivas.
6 | anatomia artística 6 – mãos e pés
Fig. 1
Fig. 2
Fig. 4
Fig. 3
Fig. 2 e 3: o dorso da mão, medido
desde a extremidade da ulna (a pequena
saliência óssea do punho, abaixo do dedo
mínimo), tem o mesmo comprimento que
o dedo médio.
Fig. 1: a articulação do cotovelo
fica na meia altura entre o alto Fig. 2 e 4: a primeira falange de cada dedo
do ombro e a extremidade do (com exceção do polegar) tem o mesmo
dorso da mão (punho fechado). comprimento das duas seguintes.
22 | Mãos - proporções
formas sintéticas - Mãos | 25
1
1 Fig. 1
Detalhamentos da musculatura. Para isso, é preciso subir
até o braço. Quase toda a massa muscular do antebraço
se destina à mão. Os extensores (1) e os flexores (2)
partem do úmero (Fig. 1) e vão respectivamente ao dorso
e à palma da mão, chegando até a ponta dos dedos.
Extensores da mão
Extensores do polegar
Extensores dos dedos
48 | Mãos - musculatura
gordura e dobras de pele - Mãos | 59
2 1
1
2
Fig. 1
Fig. 1: as veias sobem pela ponta dos
dedos e desenham uma série de arcos
na primeira falange, sob as cabeças
dos metacarpos. Elas se unem, depois,
no dorso da mão, onde se conectam
umas às outras e formam um arco
invertido. Elas formam dois ramos da
veia radial, na lateral do rádio (1), e da
veia cubital, na lateral da ulna (2).
60 | Mãos - veias
3
3
1
1 1
2 2 2
Fig. 6
Fig. 2
Fig. 4
Fig. 5
Fig. 3
Fig. 2: essas duas veias emolduram o membro em todo seu comprimento, unindo-se
no meio do caminho e, mudando de nome nesse ponto, subindo de cada lado do
bíceps. Por dentro, a veia basílica se perde na cavidade da axila. Por fora, a cefálica se
insinua entre o deltoide e o peitoral para desaparecer numa depressão sob a clavícula.
Fig. 3: a versão “clássica” desenha um M maiúsculo dentro do cotovelo.
Fig. 4: partindo do dorso dos dedos e da mão, as veias se enrolam nas laterais do
antebraço e se conectam na face anterior do cotovelo.
Fig. 5 e 6: ali, podemos desenhar duas veias suplementares ligadas às anteriores,
uma delas (3) proveniente do dorso do antebraço e outra (4) de sua face anterior.
3
1
veias - Mãos | 61
62 | Mãos - veias
As veias podem adquirir um
aspecto nodoso, dobrando-se
sobre si mesmas.
Elas se dilatam com o afluxo de sangue e
podem crescer em tamanho se os esforços
forem regulares e continuados.
veias - Mãos | 63
Fig. 1
72 | Pés - formas sintéticas
Fig. 1: abaixo do dedão, o perfil
se alinha com o tornozelo,
enquanto o dedo mínimo está
alinhado com o calcanhar.
formas sintéticas - Pés | 73
74 | Pés - formas sintéticas
Fig. 1
Fig. 1: o arco do pé é dinâmico. Ele se torna mais
acentuado em flexão plantar ou “ponta”.
formas sintéticas - Pés | 75
76 | Pés - formas sintéticas
vista posterior
Note que, no tornozelo,
os maléolos não estão na
mesma altura. Em relação
ao arco plantar do pé
elevado, o maléolo interno
fica mais alto.
formas sintéticas - Pés | 77
vista externa
vista interna
tib
fib
No pé, como na mão, se
você quiser aprofundar a
compreensão das formas,
tib um retorno ao esqueleto
fib se faz necessário.
Encontramos, como
no antebraço, dois
Fig. 1
ossos acima do pé:
a tíbia e a fíbula.
A tíbia (tib), mais volumosa, recebe o fêmur no joelho.
Ela é subcutânea em todo seu comprimento, e se
transforma no maléolo interno na altura do tornozelo.
A fíbula (fib), ou perônio, só é visível em suas
extremidades, e desenha o maléolo externo.
Fig. 2 Fig. 1 e 2: observe as
alturas dos maléolos.
78 | Pés - marcos ósseos
Fig. 3
Fig. 4
meta
ast
fal
fal
fal
Fig. 5
Fig. 3: como na mão, encontramos um metatarso para
cada dedo, duas falanges (fal) para o dedão, três para os
outros dedos. A unha ocupa a última falange.
Fig. 4: o astrágalo (ast), ou tálus, recebe a tíbia e o peso do
corpo. Tíbia e fíbula o envolvem formando uma pinça.
Fig. 5: o astrágalo reúne dois tipos de articulação: uma polia para os movimentos
de flexão/extensão sob a perna, e uma esfera para as torções na altura do pé.
Esses dois tipos de articulação são encontrados em todos os dedos (Fig. 3): uma
esfera na cabeça dos metatarsos (punho fechado da mão) e uma polia entre cada
falange, que podem ser desenhadas no dorso dos dedos em flexão (Fig. 6).
Fig. 6
marcos ósseos - Pés | 79
reentrâncias nas cabeças
dos metatarsos
90 | Pés - gordura e dobras de pele
dobras de flexão
gordura e dobras de pele - Pés | 91