INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO TOCOÍSTA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE DIREITO
CADEIRA DE DCCP
TEMA:
DIREITO CONSTITUCIONAL
Nome: Suzana Manuel do Nascimento
N° de Estudante: 220187
1º Ano
Sala: 18
DOCENTE
Turma: MB
_________________________
Período: Manhã
Francisco Dumba
LUANDA, 2022
Índice
Introdução ......................................................................................................................... II
Fundamentação Teórica .................................................................................................. III
1. Divisão do Direito Constitucional .............................................................................. III
1.1. Características do Direito Constitucional ................................................................ III
1.2. Direito constitucional na Enciclopédia Jurídica ........................................................V
2. Direito constitucional na Ciência do Direito ............................................................. VII
2.1. Ciência do Direito Constitucional .......................................................................... VII
2.2. Ciências a fins e Auxiliar do Direito Constitucional .............................................. VII
Conclusão .....................................................................................................................VIII
Referências Bibliográficas .............................................................................................. IX
INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa dissertar sobre o “ Direito Constitucional ”
entretanto, o direito constitucional é um ramo especial do direito público interno,
cujo estudo pressupõe a correcta compreensão das suas especificidades,
sobretudo enquanto estatuto normativo político, o estudo do direito
constitucional estende-se para lá do estudo do próprio direito, pois tem
intrinsecamente associada uma dimensão histórica estudar o direito
constitucional de um Estado, e estudar também a sua história e uma dimensão
cultural estudar o direito constitucional de um povo, estudar também a sua
realidade político-socio-cultural.
II
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O estudo do direito constitucional deve iniciar-se por uma clara e correcta
compreensão do seu âmbito e do seu objecto, em relação ao âmbito do direito
constitucional, devemos salientar que, no plano territorial, se trata de um direito
estadual. Todavia, verificamos que em certas circunstâncias, e por causa da sua especial
vocação normativa e função de validade global, o direito constitucional apresenta certas
pretensões de regulação de relações jurídicas com efeitos transestatais.
1. Classificações, ou divisão Do Direito Constitucional
O Direito Constitucional bem como várias ciências jurídicas que, ao lado de
outras matérias não jurídicas (como a Ciência Política e a Filosofia), compõe o elenco
de matérias que se ocupam do ordenamento constitucional do Estado, integrantes do
Direito Constitucional em que pode ser dividido em:
a) Direito Constitucional Positivo, Particular ou Especial;
b) Direito Constitucional Comparado;
c) Direito Constitucional Geral.
1.1. Características do Direito Constitucional
(Segundo Marcelo Rebelo de Souza e Jorge Bacelar Gouveia), as
características do Direito Constitucional são:
a) Supremacia;
b) Transversalidade;
c) Politicidade;
d) Estadualidade;
e) Legalismo;
f) Fragmentariedade;
g) Juventude;
h) Abertura.
III
Supremacia
Dá-se pelo posicionamento hierárquico da Constituição sobre as outras normas
jurídicas “olhando para esse escalonamento da ordem jurídica, o Direito
Constitucional, quanto à respectiva força jurídica, assume uma posição suprema,
colocando-se no topo da respectiva pirâmide, desse fato decorrente importantes
corolários”. (Jorge Bacelar Gouveia, 2018)
Transversalidade
Expressa nas muitas conexões entre o Direito Constitucional e outros ramos do
Direito, que por ele são informados. É um grande tronco de onde arrancam os ramos
da grande árvore que corresponde a essa ordem jurídica.
Politicidade
Decorre do seu objeto, o estatuto do poder público, seus limites, seu exercício,
sua origem etc. Essa característica tem um desafio, cada vez mais crescente: “pode
aqui residir uma dificuldade acrescida, nem sempre fácil de transpor, de perceber os
casos que devem ser deixados ao livre jogo da atividade política, assim dispensando
ou aliviando a intervenção jurídica que necessariamente o Direito Constitucional
acarreta”. (Moraes Alexandre, 2015)
Estadualidade
Decorre do fato de o Direito Constitucional ser sujeito e objeto do próprio
Estado. Já o legalismo decorre do fato de ser a Constituição a principal fonte formal
do Direito Constitucional, pois a limitação do poder do Estado seria muito mais
dificultosa se feita pela via consuetudinária ou jurisprudencial.
Fragmentariedade
Significa que raramente lhe compete efetuar uma regulamentação completa das
matérias sobre que se debruça, deixando muitos dos seus elementos de regime a outros
níveis reguladores, aparecendo o Direito Constitucional como um sector mínimo
fundamental.
IV
Juventude
Decorre de factores históricos, como vimos. Juntamente como Direito
Administrativo e o Direito Internacional Público, o Direito Constitucional é um dos
mais jovens ramos do Direito.
1.2. Direito constitucional na Enciclopédia Jurídica
Seja pelo direito objetivo (lei ou norma em sentido puro) e suas previsões que ao
sabor do tempo são capazes até de afastar a aplicabilidade legal, seja pela perda da
oportunidade de reivindicar um direito em razão do fator tempo (prescrição,
decadência), seja pela ausência de utilização no tempo correcto dos atos processuais
(preclusão), ou ainda, como é o caso em tela a ser avaliado, na hipótese de alteração
legislativa e sua afetação ao tempo enquanto fator de desestabilizar ou não eventual
direito existente ou não (em sentido amplo) com a existência de novas previsões
legislativas.
O direito constitucional (DC) três elementos centrais:
Um elemento Subjetivo – pois este tem como objeto o Estado a e sua regulação
nas vertentes de Estado-Poder e Estado-Comunidade.
Um elemento Material – que se define pelas matérias abordadas pelo DC.
Um elemento Formal – pelo que o DC está no posto mais alto de Ordem
Jurídica. Existem várias perspetivas com as quais o DC pode ser encarado:
Direito Social: regulação dos direitos fundamentais das pessoas face ao poder
público.
Direito Constitucional Economico, Financeiro e Fiscal: organização económica
da sociedade, controlando as intervenções do poder público nestas dimensões.
Direito Constitucional Organizatório: disciplina o poder público, no que toca à
sua organização e funcionamento, bem como gere as relações que nascem das suas
estruturas.
V
DC Garantístico: mecanismos de proteção da Constituição e defesa da sua
superioridade na Ordem Jurídica, garantindo que prevalece sobre os atos jurídicos que
lhe sejam contrários.
Dentro destes grandes âmbitos é possível formar distinções ainda mais especificas,
entre outros:
-DC Internacional: traça as relações internacionais do Estado, incorporando o
Direito Internacional Público no Direito Interno; relação entre os estados membros da
EU.
DC dos Direitos Fundamentais: Regulação dos direitos fundamentais das pessoas
frente ao poder público, relativamente à sua positivação, regime de exercício e
mecanismos de defesa.
DC Económico: orienta a organização da economia, tanto no foro privado como na
intervenção estatal.
DC Ambiental: impõe deveres e esquemas de atuação ao poder público,
aumentando os direitos dos cidadãos;
DC Eleitoral:
Funcionalmente: procedimento eleitoral;
Estaticamente: direito de sufrágio e princípio da soberania democrática.
DC dos Partidos Políticos: define o estatuto jurídico dos partidos políticos e o seu
papel a desempenhar numa sociedade democrática.
DC Parlamentar: estatuto do Parlamento e as suas relações com os demais órgãos
de poder.
DC Procedimental: regulação das fases pelas quais se desenrola o processo
legislativo, sobretudo dos atos legislativos.
DC Regional: incide no estatuto constitucional das regiões autónomas.
DC Processual: estabelece mecanismos processuais de fiscalização da
constitucionalidade das leis (justiça constitucional).
DC de Segurança: regula a atividade das forças armadas e policiais,
constitucionalmente relevantes para a proteção do Estado, como para os deveres
fundamentais dos cidadãos de proteção do Estado.
DC de Exceção: engloba os princípios e normas a aplicar em caso de crise que
perturbe a estabilidade constitucional, permitindo um reforço do poder público contra os
direitos dos cidadãos (temporariamente).
VI
DC Penal: Múltiplas de critério e limite do ius puniendi (direito de punir) do Estado
a partir dos princípios e valores constitucionais.
2. Direito constitucional na Ciência do Direito
O Direito Constitucional ou, com maior propriedade, a Ciência do Direito
Constitucional, é uma ciência social, mas especificadamente normativa, ou seja, aprecia
a realidade política através das normas jurídicas constitucionais que pretendem regular o
Estado, e disciplinar, enquadrar e orientar os fenómenos políticos.
2.1. Ciência do Direito Constitucional
A ciência do direito constitucional, por sua vez, significa a parcela dos estudos
científicos que têm por objeto de pesquisa as normas constitucionais. Esse conjunto de
estudos, por ter status “científico”, deve seguir uma série de princípios e regras que
busquem assegurar sua objetividade. É importante resaltar, um estudo que seja dentro
do possível imparcial.
Numa circunstância analítica mais profunda e objetiva, a ciência do Direito, trabalha
com fenômenos sociais, aplicando um complexo sistema interpretativo descritivo de
factos sociais, não limitado à mera valoração dos mesmos, num extenso processo de
normas.
2.2. Ciências a fins e Auxiliar do Direito Constitucional
O trabalho que é desenvolvido pela ciência do Direito Constitucional, nas múltiplas
vertentes, não está isento de domínios científicos de proximidade ou até mesmo de
sobreposição com outras ciências que relativamente àquelas que mostram ser ciências
afins no caso de cuidarem do mesmo objecto regulado pelo direito constitucional; e
ciências auxiliares no caso de, ostentando um outro objecto, permitirem fornecer
elementos de trabalho úteis à ciência do Direito Constitucional, o interesse de
equacionar o modo como a ciência do Direito Constitucional se relaciona com as
ciências afins ou ciências auxiliares acaba por ser duplo, são ciências auxiliares do
Direito Constitucional: a Ciência Política, a Sociologia Política, a Sociologia do Direito
constitucional, a Ciência Política Comparada, a História Política Comparada, Estatística
e Matemática.
VII
CONCLUSÃO
Contudo, chegou-se a conclusão que o Direito Constitucional constitui uma
grande importância para a cidadania, bem como a efetiva participação no processo de
formação de indivíduos mais conscientes, os quais constituem desse modo, o objeto
desta pesquisa, o conhecimento elementar referente à Constituição Nacional deve ser
tema de destaque entre legisladores e profissionais da educação, haja vista que se trata
de uma temática de significativa aplicação cotidiana da população, se colocando como
elemento primordial no desenvolvimento de um povo. Para que se tenha uma formação
educacional com elevado índice de qualidade, deve-se dispor de meios que possam
possibilitar o educando várias formas de inclusão social efetiva e participativa, e que
possa reduzir desigualdades sociais, além de formar cidadãos com plena consciência de
sua função junto ao meio social, colaborando assim na sua preparação para uma futura
inserção no mercado de trabalho e na vida em sociedade.
VIII
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
|| Moraes. Alexandre de. Direito constitucional. 34. ed. São Paulo: Atlas,
2018.Tavares.
André Ramos. Curso de direito constitucional. 18. ed. São Paulo: Saraiva Educação,
2015.
Silva. José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 25º. ed. São Paulo:
Malheiros editores, 2005.
Padilha. Rodrigo. Direito Constitucional. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
2020.
Disponível em: https://www.studocu.com/pt/document/universidade-autonoma-de-
lisboa/teoria-do-direito-constitucional/1-direito-constitucional-na-enciclopedia-
juridica/10169022
IX