100% acharam este documento útil (1 voto)
85 visualizações49 páginas

Deriva Continental e Tectônica de Placas

Este documento discute a teoria da tectônica de placas e como ela explica a deriva continental proposta por Wegener. Apresenta evidências como o encaixe das costas continentais, formações geológicas correspondentes e distribuição de fósseis que apoiam a ideia de que os continentes se movimentaram. Também descreve como o estudo da morfologia dos oceanos levou ao desenvolvimento da teoria da tectônica de placas, na qual a litosfera é dividida em placas que se movimentam devido a correntes de convecção

Enviado por

Rodrigo S.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
100% acharam este documento útil (1 voto)
85 visualizações49 páginas

Deriva Continental e Tectônica de Placas

Este documento discute a teoria da tectônica de placas e como ela explica a deriva continental proposta por Wegener. Apresenta evidências como o encaixe das costas continentais, formações geológicas correspondentes e distribuição de fósseis que apoiam a ideia de que os continentes se movimentaram. Também descreve como o estudo da morfologia dos oceanos levou ao desenvolvimento da teoria da tectônica de placas, na qual a litosfera é dividida em placas que se movimentam devido a correntes de convecção

Enviado por

Rodrigo S.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 49

Mobilismo Geológico

Deriva continental

Tectónica de placas

Biologia e Geologia 10º ano Escola Secundária D. João II


Deriva Continental - Wegener

Wegener (geofísico e meteorologista alemão), ao


observar no mapa a configuração da América do Sul e
da África, reparou que as suas linhas de costa se
ajustavam tão bem como peças de um puzzle.
Wegener propôs que há muitos milhões de anos teria existido
um supercontinente, a Pangeia, rodeado por um único
oceano, a que chamou Pantalassa.
HIPÓTESE DA DERIVA DOS CONTINENTES

Alfred Wegener
(1880 – 1930)

Segundo o modelo de Wegener,


os continentes teriam estado
reunidos num único
supercontinente (Pangeia),
rodeado por um enorme oceano
(Pantalassa).

Teoria da deriva continental


ou hipótese da deriva dos
continentes

o grande e único continente terá começado a dividir-se em continentes


menores, por um processo de movimento lateral da crosta.
Dados que apoiam a mobilidade dos Continentes

•Geológicos

•morfológicos

•Paleontológicos

•Paleoclimáticos
ARGUMENTOS QUE APOIAM A HIPÓTESE DA DERIVA DOS CONTINENTES

Argumentos morfológicos ou geográficos Argumentos geológicos ou litológicos

Cadeias montanhosas
Formações rochosas
antigas (mais de 250 Ma)

O encaixe dos continentes é evidente, Quando se juntam os continentes, como


especialmente quando se consideram num puzzle, verifica-se continuidade em
as plataformas continentais, ou seja, formações rochosas e em cadeias
as áreas de crosta continental que montanhosas antigas.
estão submersas.
Argumentos Paleontológicos

A distribuição das
espécies fósseis,
foi um argumento
importante para
justificar a
existência da
Pangea.

Glossopteris
1 Cynognathus 2 Lystrosaurus
(Animal com características (Viveu no final do Pérmico e
intermédias entre répteis e início do Triássico. Herbívoro,
mamíferos. Viveu no início do do tamanho de um porco,
Triássico) ocupou, no Triássico, regiões
áridas)

3 Mesosaurus
(Fetos arbóreos com esporos
(Réptil adaptado a um ambiente com alguns milímetros de
aquático de água doce. Viveu
4 Glossopteris
diâmetro. Extinguiram-se no
no Carbónico e no Pérmico) Triássico)
ARGUMENTOS QUE APOIAM A HIPÓTESE DA DERIVA DOS CONTINENTES

Argumentos paleontológicos

Nos mapas que


registam a
distribuição dos
fósseis em rochas
muito antigas,
verifica-se também
um encaixe entre
continentes
atualmente
separados.
Argumentos Paleoclimáticos

Certos tipos de
rochas de origem
glaciar são
encontrados em
zonas meridionais
ARGUMENTOS QUE APOIAM A HIPÓTESE DA DERIVA DOS CONTINENTES

Argumentos paleoclimáticos

Depósito glaciar
Vestígios de depósitos glaciares
na Namíbia

Vestígios de climas antigos (paleoclimas), muito diferentes dos


atuais, ficaram registados nas rochas mais antigas dos
continentes. Esses vestígios também registam continuidade
entre continentes atualmente separados.
Dados Paleoclimáticos
Wegener apresentou duas possibilidades para explicar o
mecanismo do movimento dos continentes:

• Os continentes abrem caminho através da crosta oceânica


impelidos como um barco através da água.

• A crosta continental flutua sobre a crosta oceânica.

Harold Jeffreys provou que as duas


hipóteses propostas por Wegener eram
impossíveis:

a) A crosta oceânica é extremamente


resistente;

b) Os continentes não podiam abrir


caminho, nem flutuar nela.
Criticas à hipótese de Wegener

•Movimentação lateral
(ataque por parte dos
imobilistas)

•Wegener ser alemão;

•I Guerra Mundial

•Pouca divulgação científica


Críticas à hipótese de Wegener

As ideias de Wegener tinham algumas fragilidades, pelas quais


ele foi duramente criticado. Ele defendia que os continentes se
deslocariam sobre os fundos oceânicos, flutuando de forma
semelhante a jangadas ou icebergues.

Defendia ainda que as forças capazes de mover continentes


proviriam da rotação da Terra e da atração exercida pelo Sol e
pela Lua.
MORFOLOGIA DO FUNDO DOS OCEANOS

As ideias de Wegener foram criticadas durante décadas, mas foram retomadas


à luz de novos conhecimentos, nomeadamente sobre o fundo dos oceanos.

Novas tecnologias,
desenvolvidas em
meados do século
Emissão de XX, permitiram
ultrassons para Coletor conhecer
medir a profundidade de água os fundos
com sensores
Robô para
Robô de oceânicos,
filmar e
exploração até aí
fotografar
desconhecidos.
Coletor de
amostras
do fundo
MORFOLOGIA DO FUNDO DOS OCEANOS
EXPANSÃO DO FUNDO DOS OCEANOS

Harry Hess, em 1962, formulou a hipótese da expansão dos fundos oceânicos, segundo a qual o
fundo oceânico se forma nos riftes e se destrói nas fossas oceânicas.

Expansão dos fundos


oceânicos
 O conhecimento dos
fundos oceânicos só
foi possível com o
desenvolvimento
tecnológico dos
sonares, após a
Segunda Guerra
Mundial.
EXPANSÃO DO FUNDO DOS OCEANOS

A expansão dos fundos oceânicos foi comprovada por estudos de paleomagnetismo baseados nos
registos magnéticos preservados nas rochas basálticas da crusta oceânica.

Expansão dos fundos oceânicos


 O registo paleomagnético
caracteriza-se pela existência de
um padrão de bandas de
polaridade normal a alternar com
polaridade inversa, sendo
simétricas relativamente ao rifte.
 O paleomagnetismo permitiu
concluir que ocorre expansão dos
fundos oceânicos nos riftes
localizados nas dorsais oceânicas.
 A idade das rochas aumenta com
o afastamento ao rifte.
Paleomagnetismo
MORFOLOGIA DO FUNDO DOS OCEANOS

Hoje os dados são obtidos por satélites

http://www.ngdc.noaa.gov/mgg/image/2minsurface/1350/00N090W.jpg

Dorsais oceânicas
MORFOLOGIA DO FUNDO DOS OCEANOS

Fossa Oceânica

http://www.ngdc.noaa.gov/
EXERCÍCIO
Legende a figura

4 Dorsal e rifte
América do Sul
(Continente) 1

Andes
(Cadeia montanhosa) 2

Fossa 5 Talude
oceânica 3

6 Plataforma
continental
Tectónica de Placas

Em 1967 Jason Morgan propôs a Teoria da Tectónica de Placas

A litosfera está fragmentada em grandes porções – as placas litosféricas


PLACAS LITOSFÉRICAS

As placas litosféricas podem conter continentes ou podem conter apenas


litosfera oceânica.
As fronteiras entre placas contíguas chamam-se limites de placas e são
zonas muito instáveis.
Morgan definiu as placas como sendo blocos interiormente rígidos e relativamente
delgados, necessariamente curvos para se adaptarem à superfície da Terra,
deslocando-se constantemente uns em relação aos outros e cujos limites são
caracterizados por forte atividade sísmica.
Estrutura interna da Terra
PLACAS LITOSFÉRICAS

Placa litosférica A Placa litosférica B Placa litosférica C

Camada do manto em que as rochas se encontram parcialmente fundidas,


apresentando um comportamento dúctil
MOVIMENTO DAS PLACAS LITOSFÉRICAS

Correntes de convecção térmica

O calor interno da Terra provoca


correntes de convecção térmica
na astenosfera, onde a rocha é menos
rígida, embora esteja no estado sólido.

Estas correntes arrastam consigo


a litosfera, camada rochosa mais
exterior, fria e rígida.

Estas forças acabam por partir a


litosfera em pedaços – as placas
litosféricas. Elas são arrastadas,
afastando-se em alguns locais e
chocando noutros locais.
MOVIMENTO DAS PLACAS LITOSFÉRICAS

Correntes de convecção térmica

O movimento das correntes


de convecção na astenosfera, para
um lado e para o outro do rifte,
arrasta consigo as duas placas
litosféricas em direções opostas. A
abertura resultante, no rifte, é
preenchida por novo basalto que se
forma pela consolidação de magma
que ascende da astenosfera.

Nas zonas descendentes das


correntes de convecção ocorre
colisão entre placas e a litosfera é
destruída e podem formar-se
montanhas.
Foram Definidos 3 tipos de
limites de placas tectónicas

•Cristas médio-
oceânicas

•Fossas oceânicas

•Falhas
transformantes
Rifte e zona de subdução
Rifte, zona de subdução e falha transformante
Limites de placas litosféricas

Limite convergente

Limite transformante

Limite divergente
LIMITES ENTRE PLACAS LITOSFÉRICAS

Limites convergentes entre duas placas com litosfera oceânica


Quando duas placas com litosfera oceânica estão sujeitas a forças compressivas colidem e
uma delas sofre subducção. Forma-se uma depressão profunda – fossa oceânica.
A subducção conduz ao aquecimento e à fusão dos materiais. A lava ascende à superfície
através de vulcões, que podem emergir formando ilhas.

Limite entre
a Placa do
Pacífico e a
Placa das
Filipinas
LIMITES ENTRE PLACAS LITOSFÉRICAS

Limites convergentes entre uma placa com litosfera oceânica e


uma placa com litosfera continental

Na colisão, a placa com litosfera oceânica, mais densa, sofre subducção. Há


destruição de litosfera (principalmente oceânica), espessamento da litosfera
continental, formação de montanhas e vulcanismo.

Limite entre
a Placa de
Nazca
e a Placa Sul-
Americana
(Andes)
LIMITES ENTRE PLACAS LITOSFÉRICAS

Limites convergentes entre duas placas continentais

A crosta continental tem uma densidade muito baixa em comparação com a da


astenosfera, logo não sofre subducção. A colisão entre estas placas leva ao
espessamento da litosfera, ou seja, as rochas sofrem deformações
e formam-se montanhas.

Limite entre a Placa


Indiana e a Placa Euro-
Asiática
(Himalaias)
LIMITES ENTRE PLACAS LITOSFÉRICAS

Limites divergentes

Num limite divergente (ou limite construtivo) as placas estão sujeitas a forças
distensivas, afastam-se e há formação de nova litosfera. Os riftes existem nos limites
divergentes de placas. Correspondem a fendas por onde ascende
magma que, ao consolidar, forma basalto.

Limite entre
a Placa Norte-Americana
e a Placa Euroasiática
e entre a Placa Sul-
Americana e a Placa
Africana (dorsal média
do Atlântico)
LIMITES ENTRE PLACAS LITOSFÉRICAS

Limites conservativos

Num limite conservativo ou transformante, não há formação nem destruição de


litosfera, as placas, sujeitas a forças de cisalhamento, deslizam lateralmente uma
em relação à outra ao longo de uma falha.

Limite entre
a Placa do Pacífico
e a Placa Norte-Americana
(falha de Santo André)
De que tipo de limite se trata?
Legende a figura

Litosfera

Astenosfera

Limite convergente
OROGÉNESE

Orogénese: é quando os movimentos tectónicos ocorrem


horizontalmente, sendo responsáveis pela constituição das cadeias
montanhosas. A palavra orogénese deriva de oro (montanhas)
e génese (formação). Além das cadeias de montanhas e dobramentos no
relevo, a orogenia também é responsável pela formação das falhas
geológicas.
Formação de um rifte
Rifte Este Africano
Fotografias do Rifte Este Africano
Dorsais oceânicas
Dorsal Médio Atlântica - Islândia
Dorsal Médio Atlântica

Islândia
Dorsal Médio Atlântica

Islândia
Dorsal Médio Atlântica

Islândia

Você também pode gostar