NOÇÕES FUNDAMENTAIS:
1)
O princípio da alteridade proíbe a incriminação de atitude meramente interna do agente,
bem como do pensamento ou de condutas moralmente censuráveis, ou incapazes de
invadir o patrimônio jurídico alheio.
2
Bandeira é para propriedade privada.
Territorialidade para propriedade pública ou à serviço
3
FUNCIONALISMO TELEOLÓGICO - ROXIN - FUNÇÃO DO DIREITO PENAL É
PROTEÇÃO DOS BENS JURÍDICOS
FUNCIONALISMO SISTÊMICO - JAKOBS - ASSEGURAR A APLICAÇÃO DA NORMA -
DIREITO PENAL DO INIMIGO
4
Para Gunther Jakobs, a função do direito penal é resguardar a norma, o sistema, por
isso ele é da corrente do funcionalismo SISTÊMICO.
Quem defende o funcionalismo TELEOLÓGICO, em que a finalidade do direito penal
é resguardar bens jurídico, é Roxin
5
A lei penal admite interpretação analógica para incluir hipóteses análogas às elencadas
pelo legislador, ainda que prejudiciais ao agente.
6
ANALOGIA
- Forma de INTEGRAÇÃO do Direito;
- NÃO EXISTE norma para o caso concreto;
- Cria-se nova norma a partir de outra (analogia legis) ou do todo do ordenamento jurídico
(analogia iuris);
- É possível sua aplicação no direito SOMENTE in bonam partem.
- Ex: isenção de pena, prevista nos crimes contra o patrimônio, para o cônjuge e,
analogicamente, para o companheiro.
INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA
- É forma de INTERPRETAÇÃO;
- EXISTE norma para o caso concreto;
- Utilizam-se exemplos seguidos de uma fórmula genérica para alcançar outras hipóteses;
- A aplicação pode ser in bonam partem ou in malam partem;
- Ex: homicídio mediante paga ou promessa de recompensa, OU POR OUTRO MOTIVO
TORPE
7
D) Correto. Conceito de Princípio da Legalidade: a obediência às formas e aos
procedimentos exigidos na criação da lei penal e, principalmente, na elaboração de seu
conteúdo normativo.
E) Errado. Conceito de Princípio da Tipicidade: a conformidade da conduta reprovável do
agente ao modelo descrito na lei penal vigente no momento da ação ou da omissão
8
De acordo com o princípio da representação, a lei penal brasileira poderá ser aplicada a
delitos cometidos em aeronaves ou embarcações brasileiras privadas, quando estes
delitos ocorrerem no estrangeiro e aí não forem julgados.
9
Direito Penal Objetivo: Traduz o conjunto de leis penais em vigor no país.
Direito Penal Subjetivo: Refere-se ao direito de punir do Estado.
10
O direito de punir do Estado está vinculado ao direito penal subjetivo (jus puniendi)
que deve ser exercido todas as vezes que as regras do direito penal objetivo/
substantivo/material são quebradas
11
Direito Penal Substantivo: Corresponde ao Direito Material;
Direito Penal Adjetivo: Corresponde ao Direito Processual (divisão ultrapassada);
Direito Penal Objetivo: Conjunto de Leis Penais em vígor no País (ex.: CP, CPP);
Direito Penal Subjetivo: Direito de punir do Estado;
Subdivide-se em:
Direito Penal Subjetivo Positivo: Capacidade de criar e executar normas;
Direito Penal Subjetivo Negativo: Faculdade de derrogar preceitos penais ou restringir o
alcance das figuras delitivas (STF na declaração de inconstitucionalidade)
12
O princípio da reserva legal aplica-se, de forma absoluta, às normas penais
incriminadoras, excluindo-se de sua incidência as normas penais não incriminadoras.
13
TEORIA DO CRIME
1
Tipicidade conglobante é uma teoria jurídica criada pelo autor argentino Eugenio Raúl
Zaffaroni, visando explicar a tipicidade para o direito penal. Essa teoria basicamente
entende que não se pode considerar como típica uma conduta fomentada ou tolerada pelo
próprio Estado.
O estado de necessidade putativo ocorre quando o indivíduo atua de forma imaginária, ou
seja, acredita que está em situação de perigo real, mas, na verdade, não está.
No estado de necessidade putativo, o agente equivoca-se sobre o mundo fático e pensa
estar diante de um perigo atual que ameaça bem jurídico próprio ou de outrem. Trata-se
de um erro de tipo que se enquadra nas hipóteses de descriminantes putativas. Se o erro
for justificável, não há punição, mas se o erro for injustificável, responderá por culpa o
agente, caso o tipo tenha modalidade culposa
2
Independente da natureza jurídica adotada na colisão de deveres, é correto que o dever
de omissão prepondera sobre o de ação. Ou seja, o médico não pode retirar o respirador
de um paciente e coloca-lo no outro (deve se omitir), quando os dois bens jurídicos vida
colidem.
3
A legítima defesa é admitida contra quem pratica a agressão, física ou moral, mesmo que
o agressor esteja acobertado por uma causa de exclusão da culpabilidade.
4
O estado de necessidade possui requisitos objetivos e subjetivos.
Requisitos objetivos:
➝ Perigo atual,
➝ que a situação de perigo não tenha sido provocada voluntariamente pelo agente,
➝ salvar direito próprio ou alheio,
➝ inexistência de dever legal de enfrentar o perigo,
➝ inevitabilidade do comportamento lesivo,
➝ inexigibilidade de sacrifício do interesse ameaçado.
Requisito subjetivo:
➝ conhecimento da situação de fato justificante.
Nesse caso, como a autora não sabia que estava diante de uma situação de fato
justificante, não é possível reconhecer o estado de necessidade. Além do mais, foi a
própria autora quem praticou o aborto e segundo o código penal não se pune o aborto
praticado por médico
5
Crimes que não admitem a tentativa
1. culposos
2. preterdolosos
3. unissubsistentes
4. omissivos próprios
5. de perigo abstrato
6. contravenções penais
7. de atentados
8. habituais
6
xaurimento fica fora do iter criminis, ou seja, como o ato final do iter criminis é a
consumação, não haverá a necessidade de haver o exaurimento.
As fases do ITER CRIMINIS (caminho do crime) são:
1- COGITAÇÂO
2- PREPARAÇÃO
3- EXECUÇÃO
4- CONSUMAÇÃO
EXAURIMENTO NÃO é fase do iter criminis! Porém, pode ser:
1- CRIME AUTÔNOMO
2- QUALIFICADORA
3- MAJORANTE
4- AGRAVANTE
5- CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL
7
Aplica-se, em regra, a teoria objetiva ou realística na punição do crime tentado, ou seja, o
crime tentado é punido com a mesma pena do crime consumado, com pena diminuída de
1/3 a 2/3.
Exceção: teoria subjetiva, que pune a tentativa com a mesma pena do crime consumado
(exs. crimes de atentado/de empreendimento)
8
O crime de dano ao patrimônio público causado por preso para facilitar a fuga da prisão
exige o dolo específico de causar prejuízo ao bem público, sem o qual a conduta é atípica.
9
No crime de receptação cabe ao acusado flagrado na posse do bem demonstrar a sua
origem lícita ou a conduta culposa, nos termos do art. 156 do CPP. STJ AgRg no
REsp 1.477.691/DF, DJe 28/10/2016
Juris em teses STJ - 11. É inaplicável o princípio da consunção entre os crimes
de receptação e porte ilegal de arma de fogo por serem delitos autônomos e de
natureza jurídica distinta, devendo o agente responder por ambos os delitos em concurso
material.
uris em teses STJ - 6. O crime de apropriação indébita previdenciária (art. 168-A do CP) é
de natureza material e exige a constituição definitiva do débito tributário perante o
âmbito administrativo para configurar-se como conduta típica.
10
A teoria do domínio do fato, possui relevância e, por consequência, aplicação concreta,
para que possa ser tratado como “autor” de um crime o denominado “autor mediato”,
que, apesar de não realizar a conduta típica, pode ser assim denominado porque manipula
terceiro, que não possui capacidade de discernimento, para que este realize a conduta
típica, de modo que essa pessoa serve como instrumento para a efetivação do delito.
- Em conclusão, a teoria adotada quanto ao concurso de agentes é a restritiva, que
diferencia autores e partícipes, sendo autores aqueles que realizam a conduta descrita no
tipo penal. No que diz respeito à autoria mediata, contudo, aplica-se a teoria do domínio do
fato.
11
1) Teria causal-naturalista de Liszt -Beling
Von List e Beling o dividiam em dois aspectos: o aspecto externo, sendo a ação típica e
antijurídica e o fator interno, sendo o vínculo psicológico que unia o agente ao fato por ele
praticado. A culpabilidade, consoante tal teoria é o lugar para abordar os elementos
subjetivos, quais sejam: dolo e culpa; pois eram considerados as únicas espécies de
culpabilidade. É necessário analisar a imputabilidade do agente. A culpabilidade
somente poderia ser afastada diante de causas que eliminassem o vínculo
psicológico como o erro, que elimina o elemento intelectual, e a coação, que
suprime o elemento volitivo do dolo. Essa teoria teve grandes críticas, pois esse
conceito naturalístico de ação não conseguia explicar a essência da omissão, nem mesmo
a culpa inconsciente. Logo era incoerente, pois, observarmos a culpabilidade como algo
puramente psicológico, visto que uma de suas formas de manifestação, a culposa, não
tinha este caráter anímico.
2 - Teoria normativa ou psicológico-normativa
Nessa teoria os elementos subjetivos dolo e culpa, para que o agente pudesse ser punido
deveria se observar nas condições que estivesse inserido e podia exigir a prática da
conduta conforme o direito. Foi revisto também a relação entre tipicidade e antijuridicidade,
que aquela deixa de ser mero indício dessa, para ser a sua razão de existência.
3 - Teoria da ação final
Essa teoria vem para remodelar o sistema causal, redefinindo o intelecto de ação, que
agora não é mais um ato voluntário que venha causar uma mudança no mundo exterior,
analisa o delito utilizando o desígnio de que causalidade é obra da inteligência humana. A
ação é um acontecer final. Assim o dolo não podia mais ser analisado na culpabilidade e é
afastado dele a consciência sobre a ilicitude do fato para sua configuração. Começa agora
a almagamar elementos de natureza objetiva com de natureza subjetiva no tipo penal.
4 - Teoria social da ação
Essa teoria junta aspectos do causalíssimo e do finalismo, definindo ação como fenômeno
social, como conduta socialmente relevante dominada ou submetida pela vontade
humana. A teoria vem sendo renegada por boa parte dos autores, tendo em vista que há
uma complexidade de estabelecer parâmetros para definição de alguns conceitos, como
por exemplo o que seria uma conduta socialmente significativa.
5 - Teoria funcionalista
Essa teoria desenvolve um sistema racional- final ou funcional do direito penal, haja vista
que para seus elaboradores partem do pressuposto de que a formação do sistema jurídico
penal não pode vincular-se a realidades interpositivas, tendo como epicentro a chamada
teoria dos fins da pena. Essa teoria trabalha com duas bases, tal como: a teoria da
imputação objetiva e a mudança terminológica de culpabilidade para a categoria de
responsabilidade
12
Segundo a teoria adotada pelo Código Penal brasileiro, a conduta humana, comissiva ou
omissiva, é sempre projetada a um fim e iluminada pelo acolhimento ou desprezo a um
valor reconhecido pelo direito.
*
13
Diferença entre crime omissivo próprio e crime omissivo impróprio.
Omissivo próprio:
O agente não tem o dever de agir, mas poderia não se omitir.
Está devidamente tipificado.
Não depende da consumação do resultado.
É irrelevante.
Omissivo impróprio:
O agente tem o dever de agir e se omite.
Não está devidamente tipificado.
Depende da consumação do resultado.
É relevante
14
O erro de proibição em crime culposo só é admissível nos crimes praticados com culpa
consciente, pois deriva da valoração equivocada da ação negligente quando o agente, em
razão de circunstâncias especiais, acredita ser lícita a sua ação descuidada.
15
o crime de peculato é considerado um crime de dano (aquele que se consuma com a
efetiva lesão do bem jurídico protegido); comissivo (aqueles praticados mediante uma
ação humana); próprio (aquele que só pode ser cometido por uma determinada categoria
de pessoas); e instantâneo (aquele que a consumação se dá em um determinado
momento, sem continuidade temporal).
16
No tocante às pessoas doentes mentais, o Código Penal adota o sistema biopsicológico
como critério para identificação da inimputabilidade.
17
Para a teoria objetivo-material: autor é quem presta a contribuição objetiva mais
importante para a produção do resultado, e não necessariamente aquele que realiza no
núcleo do tipo penal. De seu turno, partícipe é quem concorre de forma menos relevante,
ainda que mediante a realização do núcleo do tipo.
A autoria colateral também pode ser chamada de autoria imprópria.( Há uma explanação
no final )
Para a teoria do domínio do fato, autor é quem possui controle sobre o domínio final
do fato, ou seja, decide acerca da sua prática, suspensão, interrupção e condições.
Nessa perspectiva, partícipe é quem de qualquer modo concorre para o crime, desde
que não realize o núcleo do tipo penal.
18
Teorias sobre Autoria no Concurso de Pessoas:
a) Teoria Subjetiva ou Unitária: Não faz distinção entre autor e partícipe. Todo aquele
que concorre para o crime é autor. Encontra fundamento na Teoria Da Equivalência Dos
Antecedentes (qualquer colaboração para o resultado é considerada causa).
b) Teoria Extensiva: Não faz distinção entre autor e partícipe, porém, reconhece a
existência de graus de responsabilidade, que possibilitam a gradação da pena. Também
encontra fundamento na Teoria Da Equivalência Dos Antecedentes (qualquer colaboração
para o resultado é considerada causa).
c) Teoria Objetiva ou Dualista (conceito restrito de autor): Distingue autor e partícipe.
Tal teoria se divide em:
c.1) Teoria Objetivo-Formal: Autor é quem pratica o núcleo (verbo) do tipo. Partícipe é
aquele que concorre para o crime, sem praticar o núcleo do tipo incriminador, ou ainda
prestando auxílio moral ou material (induzimento ou instigação). Para essa teoria, o
chamado autor intelectual é partícipe, enquanto os executores são autores. É a teoria
adotada pelo CP.
Críticas: Essa teoria não consegue explicar satisfatoriamente a figura da autoria mediata,
em que um agente se vale de outra pessoa como instrumento para praticar o delito.
c.2) Teoria Objetivo-Material: Autor é aquele que colabora objetivamente de forma mais
relevante para o resultado, não necessariamente praticando o núcleo do tipo. Partícipe é
aquele que colabora de forma menos relevante mesmo que pratique o núcleo do tipo.
d) Teoria Do Domínio Do Fato: Surgiu em 1939 com o finalismo de Welzel, mas foi
desenvolvida e aperfeiçoada por Roxin em sua obra “Autoria e Domínio do Fato”.
Parte da premissa de que as teorias objetivas ou somente subjetivas não oferecem
critérios seguros para distinguir autor e partícipe do fato Punível. Partindo do conceito
restritivo de autor, uma vez que vincula o conceito de autor a ação descrita no tipo penal e,
também, da teoria subjetiva de autor, já que incorpora a vontade como energia produtora
do evento típico, define autor do fato como sendo não só o que executa a ação típica, mas
também aquele que se de utiliza outrem, como instrumento, para a prática da infração
penal. O pressuposto básico desta teoria é o fato de que o autor domina a realização do
fato típico controlando a continuidade ou a paralisação da ação delituosa, enquanto, o
partícipe não dispõe de poderes sobre a continuidade ou paralisação da ação típica.
O conceito de autor é ampliado, podendo abranger mesmo aquele que não pratica a figura
típica. Considera-se autor quem possui:
Domínio da ação (autoria imediata);
Domínio da vontade (autoria mediata). O domínio da vontade pode ocorrer basicamente
por força de:
a) Coação ou erro;
b) Inimputabilidade;
c) Aparatos organizados de poder (domínio da organização): Também é autor mediato o
homem de trás (chefe da organização criminosa). O homem de trás é aquele que detém
poder praticamente absoluto sobre os demais 9executores), os quais funcionarão como
peças descartáveis, fungíveis no cumprimento de suas ordens. Portanto, a fungibilidade
(substitutividade ilimitada do autor imediato) que garante ao homem de trás a execução do
fato e lhe permite dominar os acontecimentos. Exemplos: líderes do PCC, Comando
Vermelho, etc.
Domínio funcional do fato (autoria funcional): Autor é quem pratica uma conduta
relevante na realização do plano criminoso, mesmo que não esteja descrita no tipo penal.
Exemplo: motorista será autor quando se tratar de um roubo caracterizado pela surpresa e
necessidade de desaparecer do local antes de soarem os alarmes, mas será partícipe se a
contribuição que traz para o fato reside na mera comodidade dos autores.
É oportuno consignar, todavia, que a teoria do domínio do fato tem sua aplicação restrita
aos crimes dolosos em face do conceito restritivo de autor que adotou. Ademais, não se
pode olvidar que, SOMENTE NOS CRIMES DOLOSOS SE PODE FALAR EM DOMÍNIO
FINAL DO FATO, até porque, a principal característica dos crimes culposos é exatamente
a perda desse domínio.
CUIDADO: A teoria do domínio do fato tem a finalidade de distinguir autores e partícipes.
Não significa que, pelo fato de alguém estar em situação de comando, automaticamente
deva responder pelas condutas ilícitas praticadas pelos subordinados. Nesse sentido:
“A teoria do domínio do fato não preceitua que a mera posição de um agente na escala
hierárquica sirva para demonstrar ou reforçar o dolo na conduta. Do mesmo modo,
também não permite a condenação de um agente com base em conjecturas.”.
19
TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO:
A referida teoria não significa uma expansão dos limites ou fundamentos da
responsabilidade penal, mas somente um critério de diferenciação entre autor e
partícipe.
20
Não cabe tentativa:
Culposo
Contravenção penal
Habituais
Omissivo próprio
Unissubsistente
Preterdoloso
Permanente
21
Dolo eventual
✦ é compatível com a tentativa ✅
✦é compatível com feminicídio ✅
✦é compatível com o domínio de violenta emoção ( Art. 121, § 1º , CP )
22
A conduta de impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas
de vegetação é delito de natureza permanente.
23
Informativo 681-STJ: A teoria do domínio do fato não permite, isoladamente, que se
faça uma acusação pela prática de qualquer crime, eis que a imputação deve ser
acompanhada da devida descrição, no plano fático, do nexo de causalidade entre a
conduta e o resultado delituoso
24
A adulteração grosseira do chassi do veículo não caracteriza crime impossível.
*
A banca acatou entendimento do STF
Especificamente RHC 116371/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, 13.8.2013. (RHC-116371)
Na visão deles a simples intenção em burlar a fiscalização já é suficiente para consumar
o crime.
25
No crimen silenti, ou concurso absolutamente negativo, o agente não tem o dever legal
de evitar o resultado, tampouco adere à vontade criminosa do autor, razão pela qual não
é punido.
*
Conivência, também chamada de participação negativa, crime silente ou concurso
absolutamente negativo, é a participação que ocorre nas situações em que o sujeito não
está vinculado à conduta criminosa e não possui o dever de agir para impedir o
resultado.
26
Conveniência / participação negativa / crimen silenti:
Sujeito NÃO tem o dever jurídico de agir
Se omite durante execução de crime
Tinha condições de impedir
Não configura participação por omissão
Participação por omissão:
Sujeito TEM o dever jurídico de agir para evitar o resultado
Omite-se intencionalmente, desejando que ocorra a consumação
Responderá na qualidade de partícipe
27
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
1
Para a concessão de indulto, deve-se considerar a pena originalmente imposta ao
apenado, não sendo computada a pena remanescente em decorrência de comutações
anteriores.
2
O cumprimento da fração de pena prevista como critério objetivo para a concessão de
indulto deve ser aferido em relação a cada uma das sanções alternativas impostas,
consideradas individualmente.
3
EDIÇÃO N. 139: DO INDULTO E DA COMUTAÇÃO DE PENA
2) A sentença que concede o indulto ou a comutação de pena tem natureza
declaratória, não havendo como impedir a concessão dos benefícios ao sentenciado, se
cumpridos todos os requisitos exigidos no decreto presidencial. (ALTERNATIVA C)
4 - A análise do preenchimento do requisito objetivo para a concessão dos benefícios de
indulto e de comutação de pena deve considerar todas as condenações com trânsito
em julgado até a data da publicação do decreto presidencial, sendo indiferente o fato
de a juntada da guia de execução penal ter ocorrido em momento posterior à publicação
do referido decreto. (ALTERNATIVA - A)
5) A superveniência de condenação, seja por fato anterior ou posterior ao início do
cumprimento da pena, não altera a data-base para a concessão da comutação de pena
e do indulto. (ALTERNATIVA - D)
7) Para a concessão de indulto, deve ser considerada a pena originalmente imposta,
não sendo levada em conta, portanto, a pena remanescente em decorrência de
comutações anteriores. (ALTERNATIVA CORRETA)
4
Não há previsão de renúncia ao direito de representação, que é um direito que pode
apenas não ser exercido, mas não renunciado, conforme entendimento doutrinário.
5
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á
perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo
durante 30 dias seguidos
6
A pendência do pagamento da multa criminal impede a extinção da punibilidade da pena
privativa de liberdade aplicada pelo mesmo fato.
7
Informativo 672-STJ: A falsidade ideológica é crime formal e instantâneo, cujos
efeitos podem se protrair no tempo. A despeito dos efeitos que possam, ou não, gerar, a
falsidade ideológica se consuma no momento em que é praticada a conduta. Diante desse
contexto, o termo inicial da contagem do prazo da prescrição da pretensão punitiva é
o momento da consumação do delito (e não o da eventual reiteração de seus efeitos)
8
Segundo o STJ:
A falsidade ideológica é crime formal e instantâneo, cujos efeitos podem vir a se
protrair no tempo. A despeito dos efeitos que possam, ou não, vir a gerar, ela se
consuma no momento em que é praticada a conduta. Precedentes.
3. Diante desse contexto, o termo inicial da contagem do prazo da prescrição da
pretensão punitiva é o momento da consumação do delito, e não da eventual
reiteração de seus efeitos.
(RvCr 5.233/DF, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, TERCEIRA SEÇÃO,
julgado em 13/05/2020, DJe 25/05/2020)
CUIDADO COM ESTE :
Na falsidade ideológica, o termo inicial da contagem do prazo da prescrição da pretensão
punitiva é o momento da consumação do delito e não o da eventual reiteração de seus
efeitos.
Informativo: 672 do STJ – Direito Penal.
9
Súmula 631 do STJ: “O indulto extingue os efeitos primários da condenação (pretensão
executória), mas não atinge os efeitos secundários, penais ou extrapenais”.
10