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Diagramas de Rede - Elementos e Conceitos - Guia Da Engenharia

O documento explica os elementos e conceitos básicos dos diagramas de rede, que são ferramentas usadas para planejar e gerenciar projetos. Os principais elementos discutidos incluem atividades, nós, predecessoras, sucessoras, duração, folga livre e total. Dois métodos comuns de representação de diagramas de rede são discutidos: atividade em flechas e atividade em nós.
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Diagramas de Rede - Elementos e Conceitos - Guia Da Engenharia

O documento explica os elementos e conceitos básicos dos diagramas de rede, que são ferramentas usadas para planejar e gerenciar projetos. Os principais elementos discutidos incluem atividades, nós, predecessoras, sucessoras, duração, folga livre e total. Dois métodos comuns de representação de diagramas de rede são discutidos: atividade em flechas e atividade em nós.
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28/12/2022 13:35 Diagramas de rede: elementos e conceitos - Guia da Engenharia

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Entendendo o diagrama de redes do seu projeto


janeiro 18, 2019 Por João Victor

Antes de tomar forma dentro de um canteiro de obras, nossos projetos devem (em tese) ser
amplamente estudados em escritório, onde todas as suas etapas construtivas e sequenciamento de
atividades serão discutidos e apresentados por meio de diagramas entre as partes integrantes por
LFA reprodução
sua realização bem como entre as partes interessadas por sua realização, externos à suaAbrir
execução.
ferência em alta tecnologia na reprodução humana assistida. Projeto ALFA

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28/12/2022 13:35 Diagramas de rede: elementos e conceitos - Guia da Engenharia

Há diversas formas de se efetuar o sequenciamento de atividade, podemos citar, por exemplo, o


Gráfico de Gantt (Diagrama de Barras), o Diagrama de Setas (com ou sem escala), o Diagrama de
Blocos e o Diagrama condicional (Graphical Evaluation and Review Technique – GERT). Essas
técnicas trabalham com o mesmo princípio de ordenamento lógico de atividades: o diagrama de
redes.

Entretanto, todas essas ferramentas fazem uso de termos estranhos ao senso comum. Então, nesse
post traremos uma breve explicação sobre o diagrama de redes e explicaremos os termos mais
utilizados durante a sua produção.

Separei também este vídeo explicando como encontrar o caminho crítico de um projeto. Dá uma
conferida lá!

História do diagrama de redes no planejamento de projetos


Historicamente, gerenciar projetos de grande ou média complexidade com vista à redução no
consumo de recursos e primando pela otimização do tempo por meio de ferramentas visuais
representou uma das maiores mudanças de paradigmas gerenciais no século XX, transformando a
arte de administrar em ciência da administração.

Hoje, para o melhor controle de nossas obras, lançamos mão de técnicas como o Program
Evaluation and Review Technique (PERT) e o Critical Path Method (CPM), ou Método do Caminho
Crítico, surgidos no final da década de 1950 e no início dos anos 1960. Finalmente, em 1964, surgiu
o Diagrama de Precedências (MDP), desenvolvido por Roy no França. Basicamente, esse
diagrama representou uma evolução das técnicas anteriores e, devido a sua simplicidade, tem
consolidado sua disseminação até os dias de hoje em escritórios de projetos de pequeno, médio e
grande porte.

Esse diagrama também é conhecido por diagrama neopert ou, finalmente, método do diagrama
de redes e método francês. Portanto, compreender o funcionamento deste fluxograma gerencial é
de suma importância para a determinação do PERT/CPM e para o sucesso de seu projeto!

Como funciona o diagrama de redes


O diagrama de redes representa o sequenciamento lógico-temporal dos elementos terminais de
um projeto a serem concluídos, fazendo um estudo entre os elementos terminais e suas
dependências – nada mais do que colocar todas as atividades a serem executadas uma obra e
relacioná-las em uma folha de papel. Enquanto uma EAP nos oferece uma visualização do “todo”
decomposto em “partes”, o Diagrama de Redes nos entrega uma visualização do “antes” e do
“depois”, facilitando a identificação de limitações de trabalho, de modo a não possuir relações
circulares ou redundantes entre cada atividade. Este método, por sua grande disseminação, possui
diferentes formas de representação. As mais comuns são:

Método da Atividade em Flechas (AoA)


Método da Atividade em Nó (AoN)

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Apesar dessas diferentes formas de representação, ambos trabalham de modo similar e possuem
elementos comuns à sua interpretação. Vamos, agora, conhecer alguns desse elementos.

Elementos do diagrama de redes e formas de representação


Finalmente, vamos entender quais são cada um dos elementos que podem compor quaisquer dos
tipos de diagramas que mencionamos acima. Importante lembrar que alguns dos elementos abaixo
não são exclusivos a todos os tipos de representação do Método do Diagrama de Precedências
(MDP).

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1) Diagrama da Atividade em Setas (ou Flechas) ou AoA:

O método das Setas (MDS) usa somente dependências do tipo Término-para-Início e pode exigir
o uso de relacionamentos “fantasmas”. Nessa representação, o cronograma do projeto usa setas
para representar atividades e as conecta nos nós para demonstrar suas dependências.

Diagrama de Rede – Representação AoA

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2) Diagrama de Atividade no Nó ou AoN:

Como grande parte dos métodos já citados, o MDP foi elaborado inicialmente para fins militares. A
Marinha Americana desejava o uso de um método mais flexível e que ao mesmo tempo resolvesse
a necessidade do uso de atividades fantasmas.

Diagrama de Rede – Representação AoN

3) Atividade Fantasma (Dummy):

São representadas por setas pontilhadas.

Representação de uma
atividade fantasma

A atividade fantasma é um recurso para a montagem de redes em diagramas que utilizam o MDS,
simbolizando atividades fictícias. Esse recurso surgiu para contornar problemas de representação
entre atividades e definir corretamente todos os relacionamentos lógicos, desprovidos de
conteúdo de trabalho. Como não são atividades reais do cronograma, possuem duração nula e
consumo de recursos inexistente.

Como mencionado, o no Diagrama de Precedências não existe atividade fantasma. Observe o


comparativo abaixo entre cinco atividades.

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Comparativo entre Diagramas de setas e Diagrama de nós

4) Nó (evento):

Representa a situação em que todas as atividades predecessoras estão completas e todas as


sucessoras podem ser iniciadas. É o elo entre atividades interdependentes.

5) Predecessora:

Uma atividade que, de acordo com a lógica, vem antes de uma atividade que depende da mesma,
em um cronograma. Atividades que têm várias predecessoras indicam uma convergência de
caminhos.

6) Sucessora:

É uma atividade dependente que logicamente vem depois de outra atividade em um cronograma.
Atividades que têm várias sucessoras indicam uma divergência de caminhos. Atividades com
divergência e convergência têm maior risco, pois são afetadas ou podem afetar várias atividades.

7) Duração:

É o tempo estimado que uma atividade considerada leva para sua conclusão, considerando-se,
além das datas de início e fim, os possíveis imprevistos. Há diversas técnicas para estimar as
durações de atividades em gerenciamento de projetos, algumas, inclusive, tratam as oscilações em

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relação ao tempo de execução das atividades por meios probabilísticos, utilizando cenarização e
distribuição Beta.

8)  Folga livre:

É a quantidade de tempo que uma atividade pode atrasar sem atrasar as atividades sucessoras.

9) Folga total:

É a quantidade de tempo que uma atividade pode atrasar sem atrasar a data do projeto.

Gostaria de chamar atenção para um ponto importante: o caminho crítico é normalmente


caracterizado por uma folga total igual a zero em suas atividades. Quando implementados com
sequenciamento do MDP, os caminhos críticos podem ter uma folga total positiva, igual a zero ou
negativa, dependendo das restrições aplicadas.

[ebook-diagrama-pareto]
A intenção do post não é aprofundar na parte técnica, mas –  a título de curiosidade –  saiba que a
folga total positiva é causada quando o caminho de volta é calculado a partir de uma restrição
do cronograma que é mais tarde que a “data de término mais cedo” que foi calculada durante o
cálculo do caminho de ida. A folga total negativa é causada quando uma restrição nas “datas mais
tarde” é violada pela duração e lógica. A análise de folga negativa é uma técnica que ajuda a
encontrar possíveis formas aceleradas de colocar um cronograma atrasado de volta aos trilhos.

10) Folga do projeto:

É a quantidade de tempo que o projeto pode atrasar sem que atrase a data de entrega imposta
pelo cliente.

11) Caminho crítico:

A ordem de realização de tarefas, em um cronograma, é denominada “caminho”. O caminho


crítico, por sua vez, é a sequência de atividades que representa o caminho mais longo de um
projeto, que determina a sua menor duração possível. O caminho mais longo tem a menor folga
total—geralmente zero. Cuidado com isso, pois é muito encontrar engenheiros afirmando que a
folga total do caminho crítico de um projeto é “sempre zero”, e isso é um erro!

Ademais, as datas resultantes de início e término mais cedo e início e término mais tarde não são
necessariamente o cronograma do projeto, mas sim uma indicação dos períodos de tempo dentro
dos quais a atividade poderia ser executada, usando os parâmetros inseridos no modelo do
cronograma para durações de atividades, relações lógicas, antecipações, esperas, e outras
restrições conhecidas.

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Diagrama de Redes com representação do caminho crítico

Além disso, as redes do cronograma podem ter múltiplos caminhos quase críticos.

12) Tipos de Relacionamentos:

O desenvolvimento do MDP tem por base uma lista de atividades previamente estabelecida, na
qual o profissional responsável por montá-lo analisará a Estrutura Analítica de Projetos (EAP), o
dicionário da EAP, bem como as demais atividades que julgar necessárias para o sucesso do
projeto. Em diagramas de rede podemos visualizar quatro tipos de relacionamento:

1. Término para Início – Esse é o tipo de relacionamento mais comum no setor da Construção
Civil. Para que uma atividade sucessora se inicie é necessário que a seu predecessor, de
quem depende, seja finalizada. Conforme explica o Project Management Body of Knowledge
(PMBOK), trata-se de um relacionamento lógico em que uma atividade sucessora não pode
começar até que uma atividade predecessora tenha terminado. Um exemplo simples seria o
processo de concretagem de pilares (sucessora), o qual depende sumariamente da prévia
montagem de fôrmas (predecessora).

Relação Término-para-Início

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1. Início para Início (II) – Um relacionamento lógico em que uma atividade sucessora não
pode ser iniciada até que uma atividade predecessora tenha sido iniciada. Por exemplo, o
nivelamento do concreto (sucessora) não pode ser iniciado até que a colocação da fundação
(predecessora) seja iniciada.

Relacionamento tipo Início-para-Início

1. Término para Término (TT) – Um relacionamento lógico em que uma atividade sucessora
não pode terminar até que a atividade predecessora tenha terminado. Existem atividades
(sucessoras) que somente cessam quando igualmente houverem cessados os recursos
(predecessoras), por exemplo, de modo que sua continuidade seja vinculada – uma somente
termina quando outra também terminar.

Relacionamento do tipo Término-para-Término

1. Início para Término (IT) – De acordo com o PBMOK 6ª edição, trata-se de um


relacionamento lógico em que uma atividade sucessora não pode ser terminada até que
uma atividade predecessora tenha sido iniciada. Por exemplo, um novo sistema de contas a
pagar (sucessor) tem que começar antes que o velho sistema de contas a pagar
(predecessor) possa ser desativado.

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Relacionamento do tipo Início-para-Término

Este último relacionamento MDP é um dos mais raros de se encontrar em projetos da


Construção Civil.

Duas atividades podem ter dois relacionamentos lógicos ao mesmo tempo (por exemplo, II
e TT). Vários relacionamentos entre as mesmas atividades não são recomendáveis, assim,
uma decisão tem que ser tomada para escolher o relacionamento de mais alto impacto.
Ciclos fechados tampouco são recomendados em relacionamentos lógicos.

13) Tipos de Dependência

Por fim, vamos comentar sobre os tipos de dependência me um MDP. A dependência tem quatro
atributos, mas dois podem ser aplicáveis ao mesmo tempo das seguintes maneiras: dependências
externas obrigatórias, dependências internas obrigatórias, dependências externas arbitradas, ou
dependências internas arbitradas.

1. Dependência Obrigatória – As dependências obrigatórias são as exigidas legal ou


contratualmente ou inerentes à natureza do trabalho. As dependências obrigatórias
frequentemente envolvem limitações físicas, tais como num projeto de construção onde é
impossível erguer a superestrutura antes que a fundação tenha sido concluída.
2. Dependência Arbitrada – As dependências arbitradas às vezes são chamadas de lógica
preferida, lógica preferencial ou “soft logic”. As dependências arbitradas são estabelecidas
com base no conhecimento das melhores práticas numa área de aplicação específica ou em
algum aspecto singular do projeto onde uma sequência específica é desejada, mesmo que
haja outras sequências aceitáveis. Por exemplo, práticas recomendadas geralmente aceitas
especificam que, durante uma construção, o trabalho elétrico comece depois de terminar o
trabalho de encanamento. Esta ordem não é obrigatória e ambas as atividades podem
ocorrer ao mesmo tempo (em paralelo), mas realizar as atividades em ordem sequencial
reduz o risco geral do projeto.
3. Dependência Externa – As dependências externas envolvem um relacionamento entre as
atividades do projeto e as não pertencentes ao projeto. Tais dependências normalmente não
estão sob o controle da equipe do projeto.
4. Dependência Interna – As dependências internas envolvem uma relação de precedência
entre as atividades do projeto e estão geralmente sob o controle da equipe do projeto.

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Bem, espero que este post tenha contribuído para o seu aprendizado. Busquei te apresentar os
termos mais usados em Gerenciamento de Projetos no que tange a parte de gerenciamento de
cronograma. Em momento mais oportuno pretendo trazer abordagens mais técnicas como o
cálculo do Caminho Crítico, a montagem de uma EAP, montagem do seu MDP, considerações
sobre tailoring trazidas pelo PMBOK 6ª ed. e muito mais!

Não esqueça também de assistir ao meu vídeo abaixo explicando como encontrar o caminho
crítico de um projeto. Abraços!

João Victor João Victor


Engenheiro Civil, ex-Griffon (MWSU), SunDevils (ASU), judoca e pseudo-nadador. Pós-graduando
em Gerenciamento de Obras e Tecnologia da Construção.

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 Construção Civil
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