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BRIEFING E PLANEJAMENTO
AULA 6
Prof. Alexandre Correia dos Santos
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CONVERSA INICIAL
Nesta
etapa, literalmente colocaremos as mãos na massa. Vimos todos os processos
necessários
e anteriores do planejamento de comunicação.
Desde
o primeiro contato com o cliente, passando pela montagem de um roteiro de Brief,
dados
necessários para o levantamento prévio de mercado e ainda, como interagem
os atores desse grande
processo de promoção da comunicação de nossas marcas.
Em
seguida, conhecemos o papel do atendimento dentro dessa grande engrenagem.
Discutimos
sobre a importância do relacionamento com os clientes internos
(nossos pares dentro da agência) e
com os clientes externos.
Falamos
intensamente na palavra – planejamento – o relacionamento com as diferentes
áreas da
mídia digital e social. Relembramos o quão importante é estabelecer
planos de longa duração com os
nossos clientes, uma vez que, a curto prazo, são
poucas as ações e o retorno, dependendo do
objetivo da campanha.
Conversamos
rapidamente sobre algumas ferramentas de negociação na área do planejamento
de
comunicação como a permuta, o patrocínio e a cooperação das verbas.
Decupamos
completamente a rotina de um Job dentro de uma agência, reforçando que
as
práticas entre o off-line e o on-line são basicamente as mesmas. E por quê?
Basicamente as boas
agências integradas de comunicação, agências de publicidade
e propaganda e agências aqui
denominadas digitais advêm do modelo
tradicional, com raríssimas exceções. O modelo de Brief, o
Briefing,
a própria função do executivo de contas (ou atendimento) é exatamente a mesma
em
qualquer dessas áreas por uma razão muito simples: essa “convergência” do
off-line para o on-line é
experimentada pela maioria das pessoas que trabalha
com comunicação. As formas, os formatos, as
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experiências derivam do
tradicional, passam pelo below the line, no media e chegam até o
on-line ou
digital, mas no fundo, são expertises complementares, onde um
formato complementa o outro.
Vamos
adiante! Bons estudos!
CONTEXTUALIZANDO
Diferentemente
de algumas profissões, trabalhar com comunicação demanda do indivíduo uma
responsabilidade dobrada: primeiro porque carregamos um sentido de
influenciadores, formadores
de opinião, uma vez que aproximamos marcas dos seus
públicos-alvo por meio do estabelecimento
de conversações entre uma organização
e seus clientes. Assim, somos responsáveis por aquilo que
estamos publicando,
promovendo, vendendo.
Depois,
temos uma responsabilidade no sentido de mediadores da comunicação: pensar a
comunicação, a mensagem, a escolha dos públicos, dos receptores, as causas e
efeitos da
propaganda e os sentidos estimulados – também faz parte – do nosso dia a dia. Nunca devemos
esquecer que trabalhamos
com a verba dos anunciantes, das pessoas que apostaram em
determinado momento
naquilo que estabelecemos como contrato profissional com o nosso cliente
de comunicação.
E sabe o que é pior? Nem todo cliente enxerga o gasto com comunicação como
investimento. Para eles, todo o orçamento investido é custo. Faz parte também do
nosso trabalho
primeiro convencer o cliente de que valores empregados em comunicação
são INVESTIMENTOS e
por segundo, que em um momento de aperto, de dificuldade ou
retração, esse investimento tem que
ser maior e não o primeiro item a ser
cortado.
A
nossa tarefa não é simples, mas é fantástica!
TEMA 1 – MÃOS NA MASSA | MONITORAMENTO DE AÇÕES
A frequência de publicação e o
impulsionamento das ações, sejam on-line ou off-line, são muito
semelhantes. O
termo frequência e a denominação impulsionar sempre foram
largamente usadas na
mídia.
Pensar se devemos aumentar a quantidade de
inserções em rádio ou intensificar a frequência de
publicações em determinada
rede social devido à curva crescente de acessos ao conteúdo da marca
demanda
ações e estratégias de impacto que usamos para qualquer ação comunicacional.
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A diferença reside nas ferramentas de
mensuração de resultados. Enquanto na mídia off-line ou
tradicional lançamos
mão de relatórios dos veículos de comunicação, na mídia social ou no digital
recorremos a recursos disponibilizados pelas plataformas como Analytics
(Google, Instagram,
YouTube) ou ainda, contamos com o apoio e suporte de
ferramentas como Analytics Pro, Sprinklr,
Scup, Hootsuite, entre muitos
outros recursos.
Enquanto nas mídias tradicionais, os
recursos inerentes à publicação são relativamente escassos,
nas mídias sociais surgem
cada vez mais dados: perfis de público, hábitos de acesso como horários e
tempo
de permanência dentro de uma página (por exemplo), curtidas, reações (positivos
ou não),
comentários, compartilhamentos, alcance e engajamento entre diversas
outras.
Além disso, hoje, os(as) mídias e os
profissionais de planejamento levam em conta ainda o que
chamamos de horário
nobre: quais os melhores dias e horários para veicular (ou postar) uma
campanha em determinada rede? Aqui, diferentemente de alguns anos atrás,
avaliar os melhores
horários, o tempo que o público permanece conectado, os
hábitos de navegação, são vitais para uma
avaliação de atuação em rede. Vale
lembrar que independentemente do ponto de contato, o
consumidor é MUITO falível
e pouco constante. Existe uma máxima que diz que a única coisa que
temos igual
é o fato de “sermos todos diferentes”. Nas mídias sociais, isto é fato. E como
no
provérbio, estamos sempre alternando nossos hábitos, costumes e ações.
E como já afirmamos, várias vezes, não
basta a marca ter presença digital. Um site estático ou
um perfil desatualizado
afastará os seus clientes da marca. Atenção a esse apontamento.
Parece óbvio, mas não é. Quantos sites ou
perfis você visitou recentemente e percebeu que
estavam desatualizados? Lembra
da afirmação que nem todas as marcas administram
profissionalmente as suas
redes? Pois então!
Agora, abordaremos alguns tópicos importantes
para compreensão do papel do planner de
mídias sociais:
Cada cliente de um público-alvo, uma cabeça: ou seja, como vimos,
não há consumidor que
pense exatamente como o outro. Por isso que trabalhamos
“grupos” de clientes para tentar
diminuir a diferença entre os diferentes tipos
de público. Pensar uma estratégia para uma marca
que tenha como alvo jovens de
21 a 27 anos, não pode ser igual a pensar táticas para homens
de 40 a 50 anos. De
novo! Parece óbvio, mas justamente a maioria das marcas esquece disso!
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São
hábitos, vidas, comportamentos, costumes completamente distintos. Cada público
ou
audiência precisa ser respeitada dentro das suas especificidades, porque a
chance de serem
encantados é muito maior. Compreender os seus “padrões” de
comportamento é vital para o
sucesso.
Assim como os clientes, as redes também são distintas e têm
diferentes formas de atuação: já
perceberam que os públicos do Facebook e do
Instagram (empresas de uma mesma holding, a
Meta[1])
não são necessariamente os mesmos? E o que dizer de quem é heavy user do
Twitter?
Quem dedica seu tempo ao Pinterest? E quem se informa diariamente via WhatsApp?
Notaram
as diferentes nuances e mais do que isso, os desafios que o planner
precisa enfrentar?
Mais uma vez: a boa repercussão ou resultado de uma campanha está
diretamente relacionada
com o início, meio e fim de um plano estratégico de
comunicação. O plano, o discurso, o mote,
as imagens e a música, quando bem
alinhados em uma série de posts, são reflexo exclusivo de
um bom levantamento
prévio de mercado.
Mensurando resultados: em mídia, existe um termo largamente
utilizado chamado ROI (Return
on investiments[2])
que versa sobre os resultados obtidos com determinada campanha, versus o
investimento empregado no desenvolvimento do projeto. O ROI, como em outros
aspectos,
também precisa ser percebido de forma diferente nas aplicações
voltadas para o digital. O foco
deve ser na perenidade da marca e no
relacionamento com o cliente. Lembra da história de se
estabelecer metas e
objetivos alcançáveis, tangíveis? Fora isso, estabelecer formas e meios de
mensurar contagem de visitas, de compartilhamentos, de curtidas, de impressões,
de leads, de
conversão de leads, reações etc., são boas formas de comparação de
performance. Hoje
dispomos de aplicativos capazes de gerar excelentes
relatórios de resultados como os já
citados, além do MLabs, Dashgoo,
mais os resultados analíticos das plataformas e relatórios
anuais genéricos
como o bom Webshoppers[3] da e-bit.
Crise e risco: ter presença digital significa monitorar todos os
aspectos da marca, como já vimos
full time: sem finais de semana, sem
feriados, 365 dias ao ano, 24 horas por dia, 7 dias na
semana. A Internet é
mestre em alavancar, mas também destruir reputações comerciais, do dia
para
noite. Todos conhecemos casos recentes de empresas que quebraram ou de marcas
que
desapareceram após tropeços on-line.
Por fim, trabalhar com comunicação, não é para amadores.
Como formadores de opinião, nós
temos a obrigação de sermos assertivos, sem
nunca levarmos nossos clientes (nem seus
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consumidores) ao erro. O castigo,
invariavelmente é a derrota irremediável da marca.
TEMA 2 – O BRANDED CONTENT NO PLANEJAMENTO
Nós,
enquanto profissionais de comunicação, devemos ensinar a nossos clientes que
nem todas
as campanhas serão capazes de esvaziar uma prateleira, por exemplo.
Isso não significa não trazer
resultados (contrariando tudo o que dissemos até
aqui). Significa dizer que resultados não
necessariamente se baseiam apenas no
número de camisetas vendidas em uma loja de roupas.
Algumas campanhas podem,
sim, ter resultados na divulgação ou no posicionamento da marca, por
exemplo.
Por isso que sempre defendemos que a marca, para ser lembrada, precisa ser
vista em
diferentes pontos de contato pelo seu público-alvo.
Trabalhar conteúdo de marca
implica desenvolver ações práticas on-line e/ou off-line, no caso
de mídias
sociais que contemple ações focadas na atenção à marca com a produção de
conteúdo,
investimentos em projetos editoriais como vídeocasts, podcasts,
revistas on-line ou para download,
porque ainda que todas essas ferramentas
demandem trabalho, projeto, criação, conteúdo, produção
etc., são mais práticas
na sua veiculação na internet, por exemplo. Mas, de novo: tudo tem que ser
bem
planejado, produzido e monitorado.
Com o aumento desses pontos
de contato (ações comunicacionais) com os seus públicos, a
chance de
reconhecimento e/ou posicionamento de marca, a chance de aumentar o engajamento
são grandes.
Assim, um conceito para branded
content[4] é permitir e promover o
fortalecimento do
relacionamento da marca com os seus públicos, por meio da
entrega de conteúdo relevante para
esses clientes.
Vale lembrar que trabalhar brand
content não é apenas a geração de conteúdo, mas a gestão
desse conteúdo.
Promover, gerir e produzir conteúdo para determinada marca não é utilizar
apenas
um canal de comunicação com o público e se encarregar de apenas falar
bem da empresa ou da
organização.
Gerar conteúdo relevante
implica tratar em diferentes canais – alinhados com o seu público –
para gerir
e postar mensagens que entreguem ao público, conteúdo bem cuidado, que tenha
passado por uma revisão, com boa curadoria, primeiro para tornar o leitor ou
público bem-
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informado e segundo (se todos os passos foram respeitados) torná-lo
uma espécie de “advogado” da
marca: esse público fala e recomenda a empresa a
seus pares, tornando-se importante stakeholder[5]
da marca.
Por fim, reforçamos uma
palavra de ordem na gestão e produção de conteúdo para mídias
sociais:
relevância. Essa palavra de nortear todas as ações de mensagem criadas pela e
para a marca.
TEMA 3 – ONDE INVESTIR NAS MÍDIAS SOCIAIS?
Vale lembrar que mídias sociais não são meramente redes
sociais que abrangem Facebook,
Instagram, WhatsApp etc. Por favor, não é isso.
Seria muito leviano e raso (determinismo
tecnológico), achar que investir em
Internet seria aplicar os orçamentos somente nessas plataformas.
E vamos contar
um segredo: a maioria das marcas se limita a isso. E sabe qual deve ser a sua
motivação? talvez o concorrente da marca que você administra não se limite a
isso.
Por isso que devemos buscar todas as melhores alternativas e
empregar os esforços neste
sentido. Anote isto: hoje as marcas, de uma forma
geral e principalmente as mais ativas, não estão
mais brigando por audiência;
essas empresas estão brigando e investindo em atenção.
Como dissemos, mídias sociais não se resumem a redes
sociais. Ao longo do Curso, você deve
ter aprendido isso, da melhor forma
possível. Assim, aproveitamos apenas para relembrar quais as
mídias mais
utilizadas de forma geral, independentemente de verba e plano ou planejamento
de
comunicação:
As redes sociais de conteúdo e que reúnem grupos de interesse:
Flickr, Slideshare, Pownce
entre outras.
As redes sociais mais conhecidas, que têm como objetivo principal
postar e compartilhar
diferentes informações e conteúdo, que promovem de
diferentes formas a interação e a
cooperação entre seus usuários. Facebook,
Instagram, WhatsApp, Pinterest, LinkedIn, Tiktok,
Messenger etc.
Microblogs: têm como objetivo principal compartilhar conteúdo e
informações de formas
rápidas e eficazes: Twitter, Tumblr e Pownce.
Blogs: muito usados para compartilhar informações e conteúdo
relevante de forma orgânica
para principalmente seus públicos, aproximando mais
a marca, produtos e serviços de seus
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clientes. Agendor, HubSpot, RD Station,
PipeDrive, Mercado Livre, Intercom, Lahar, entre outros.
Diferentes formatos de mídias online possíveis: Adwords, Yahoo
Bing, AdRoll, AdSonar,
Infolinks, DNTX, entre outras plataformas de anúncios
online.
Ações de BIGData, SEO, propostas de Fanpages, Landing pages,
anúncios de pre. middle e
postroll, planos de app mobile, criação de hotsites,
fóruns, banners, intranet, advergames,
geotargeting entre inúmeras estratégias
podem e devem ser usadas na busca da atenção dos
públicos.
Aqui ainda cabe distinguir mídias sociais de mídias digitais,
que é algo mais amplo, mais
abrangente e que comportam os inúmeros dispositivos
e modos de armazenamento digital, sejam
estes de dados ou de conteúdo
eletrônico, podendo ser texto, áudio, jogos, de imagem(fotos) e/ou
de vídeo.
Esse tipo de mídia abrange ainda os dispositivos de
armazenamento como os drives SSDs e as
unidades flash, mas contemplam também
diferentes formatos de modelos de transmissão de
conteúdo e de informações via
canais digitais: e-mails, e-mails marketing, textos eletrônicos,
mensagens
instantâneas, notícias e informações de veículos e plataformas informacionais
de
comunicação (jornais e revistas on-line) e ainda aplicativos de forma geral,
diferentes buscadores on-
line, TVs e Redes de TVs on-line, diversos tipos de
e-commerce, portais em geral e, obviamente, as
próprias mídias sociais.
TEMA 4 – A PROMOÇÃO DE UMA MARCA
Devemos
sempre lembrar que a comunicação de uma forma em geral, com suas habilitações
em
Publicidade e Propaganda, Relações Públicas, promoção de vendas e outros
campos, são caudatárias
do Marketing. Ou seja, todas as ferramentas e
instrumentos de comunicação que formos utilizar em
uma Campanha promocional estarão
servindo aos objetivos planejados dentro do escopo do
Marketing.
Figura 1 – Promoção
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Fonte: Santos, 2022
Propaganda,
Publicidade, Merchandising, Relações-Públicas e Promoção de Vendas são
ferramentas imprescindíveis ao composto de Marketing, sendo que cada uma
contribui em diferentes
usos e aplicações, dependendo de qual demanda que a
área necessita. Exemplo: se estiver falando de
um produto de consumo em massa,
a propaganda e a publicidade serão usadas com todos os seus
instrumentos,
criação de campanha, análise de mídia (meios e veículos), e lançando mão de
seus
diferentes formatos – on-line, off-line, below the line e no media,
para impulsionar a marca ou a
promoção.
Já
as relações-públicas, neste mesmo caso, servem como mecanismo de lembrança para
fixação
de imagem institucional; além disso, a promoção de vendas vem como
apoio, como reforço nesse
planejamento para levar o consumidor à compra, uma
vez que é estimulado, através de frequentes
ações – por exemplo – de
merchandising, que estreitarão a relação da marca (instituição) ou do
produto
com todos os seus públicos. Em resumo, todas essas ações – se bem planejadas –
deverão
trazer como resultado o estreitamento da relação do consumidor com a
marca, através do aumento
dos pontos de contato. Afinal, marca que não é vista,
não é lembrada!
Para Cobra (2009),
são componentes relevantes na análise das ações promocionais:
1. A natureza do mercado em que a marca atua;
2. Possíveis canais de distribuição e padrão dessa
distribuição;
3. A decisão de compra, parte de quem? Indivíduo,
família, a indústria?
4. Qual o ciclo de vida do produto?
5. As especificidades do produto: é
bem de consumo, bem industrial, consumo durável?
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Em
tese, para cada uma dessas respostas, devemos pensar um planejamento assertivo,
completo, para atingir os intentos dos planners da campanha, trazendo resultados
para o cliente de
comunicação.
Cada
uma das áreas da comunicação que se prestam à promoção tem sua efetividade
posta à
prova, segundo a sua aplicação. Isso sugere que, muitas vezes,
relações-públicas aplicadas a um tipo
de cliente podem trazer muito mais
resultado que uma ação de alta frequência no horário nobre de
rádio, por
exemplo.
Para
Cobra (2009), fica mais fácil compreender o impacto dos compostos promocionais,
segundo
o tipo do produto ou serviço que dependa deste tipo de instrumentalização.
Tabela 1 – Impacto do composto promocional
Impacto do composto promocional
Tipo de produto ou
serviço Propaganda Relações Públicas Promoção de Vendas Merchandising
Industrial
Consumo de Massa
Consumo Durável
Serviço de Saúde
Serviço Público
Serviços Industriais
Legenda: alto impacto | médio impacto | baixo impacto
Assim,
fica claro que a comunicação é mais eficaz quando há um desconhecimento ou
pouca
consciência de um consumidor em relação à marca ou produto; quando as
vendas globais do setor
estão em fase de franco crescimento; quando o produto
possui diferenciais competitivos em relação
a outros players de mercado.
Não
há como não utilizar tais ferramentas como instrumentos de promoção. A marca e
o
produto (de uma forma em geral) necessita de diferentes formas de
comunicação, o que torna o
Marketing uma tarefa mágica, inspiradora,
evidentemente indispensável para exposição ao mercado
e para estabelecer uma
melhor conversação entre as empresas e os seus públicos.
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TEMA 5 – A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO INTEGRADA
Falamos
ao longo deste estudo sobre trabalhar a marca de forma integrada e como
promover
uma marca. Ou seja, pensar a empresa de forma que consigamos aumentar
os pontos de contato do
consumidor com a marca, para consolidar uma
conversação, um relacionamento entre a empresa e o
seu consumidor. Falar em integração
da comunicação significa esgotar todas as possibilidades e
literalmente fazer
com que a marca “orbite” junto ao cliente. Implica usar mídias on-line, off-line,
tradicionais, no media, promoção de vendas, merchandising, ações de
relações-públicas e todos os
subterfúgios para chamar a atenção dos nossos
públicos.
Mas,
antes de falarmos de planejamento estratégico da CIM, devemos pensar primeiro
em um
ambiente micro. Afinal, qual o plano estratégico da empresa? Precisamos
de um ponto de partida e
pensar a empresa (ou a marca) de dentro para fora.
As
primeiras perguntas que devemos formular estão diretamente relacionadas com a
nossa
forma de comunicar:
a. O que pensaremos no planejamento de CIM? Qual o nosso
objetivo? Vender a marca
(institucional) ou vender o portfólio (promoção de
produtos e serviços). Ou ainda, promover
ambos?
Esta
primeira pergunta é muito importante porque teremos três caminhos diferentes a
percorrer
dependendo da resposta do nosso cliente. O primeiro está relacionado
com vender a marca – através
da promoção ou da propaganda institucional; o
segundo caminha passa por pensar ações
diretamente relacionados com os produtos
e serviços desta empresa; e o terceiro e geralmente o
mais utilizado (não que
seja o mais certo) é promover a instituição e seus produtos e serviços
concomitantemente. Por isso que – não raro – vimos campanhas “sem pé, nem
cabeça” sendo
veiculadas Brasil a fora.
Ora,
se a nossa empresa ainda não goza de uma reputação consolidada de mercado ou
segmento de atuação, a primeira coisa que devemos planejar é como apresentar
(ou posicionar) essa
marca no mercado.
É
um caminho natural: primeiro torno a empresa conhecida, para em seguida
promover seus
produtos. O inverso é possível? Claro, acontece. Mas, principalmente
se a empresa possui um
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portfólio numeroso de produtos, submarcas e serviços, o
mais preciso é consolidar a organização e
sua reputação, para em seguida vender
sua produção.
Não
existe uma ordem ou um formato básico de promoção: primeiro veicula a marca e
depois o
produto e serviço. A verdade é que o cliente, normalmente, quer
aproveitar da melhor forma possível
a sua verba. E muitas vezes (impõe) que a
propaganda deve conter “tudo ao mesmo tempo agora”,
citação que ilustra bem a
situação e o álbum da banda de rock nacional – Titãs. O tudo ao mesmo
tempo
agora, significa muitas vezes a gosto do cliente, incluir em uma mesma peça
gráfica, por
exemplo: a marca, o histórico da empresa, promoções de preços,
características de produtos e a
oferta de serviços. Sim. Não raro, os
clientes das agências contratam verdadeiras “obras de arte” e
seus anúncios
denotam verdadeiros proclames da década de 50, onde em detrimento do bom layout
e visual, os anúncios pareciam grandes depositórios de informações completamente
aleatórias e
desconexas.
Cabe
ao profissional de atendimento e/ou planejamento (que tem maior contato com o
cliente)
convencer que essa prática tem que ser gradativa, que deve seguir
regras mínimas de formatos e
formas e que as coisas se dão por etapas.
Primeiro, veicula a marca (se a empresa não for conhecida)
ou, se precisamos de
reforço, posicionamento ou inserção dessa empresa no mercado, para depois
pensar em levar o seu portfólio ao encontro dos seus públicos. Tentar forçar a
veiculação de
informações que podem jogar contra a marca, infelizmente, é
prática repetida de muitos profissionais
de comunicação, que com o tempo,
perdem mercado deixando marcas e máculas impossíveis de
remediação em todos os
segmentos e todas as áreas.
TROCANDO IDEIAS
Procuramos
abordar todas as possibilidades relacionadas a estabelecer práticas de
conversação
e relacionamento da nossa marca com os nossos clientes. Reforçamos
que aqui – longe disso – nossa
intenção não foi entregar uma receita de bolo,
ou um passo a passo de como planejar para um
cliente. Por quê? Como dissemos,
devemos tratar cliente a cliente de forma única. De um jeito que
ele se sinta
realmente privilegiado por ter um pano ou planejamento de comunicação dedicado
a
encontrar soluções importantes para aquele problema específico,
daquele cliente especial.
Não “adapte” um
planejamento pensado para uma marca de venda de carros para uma
estratégia
voltada para um bar ou restaurante. Além de feio, precisamos salvaguardar cada
uma das
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especificidades, cada uma das características, da personalidade da
marca, do produto ou serviço dos
nossos clientes. Desta forma, certamente você
fará a diferença no mercado.
NA PRÁTICA
Pratique. Crie esboços de Brief e desenhe algumas opções de
investimentos em mídias sociais,
respeitando as especificidades dos seus
clientes.
Trabalhar com o digital, com a internet, é criar, gerir e
pensar cada vez diferente, sobre cada uma
das características da plataforma, ou
da ação e valorizar os diferenciais dos nossos clientes.
Mãos à obra! É a única forma de aprendermos cada vez mais,
com nossos acertos e,
principalmente, com os nossos erros.
FINALIZANDO
Trabalhar com
mídias sociais é algo prazeroso e que traz muito orgulho ao avaliar resultados
práticos, derivados de um esforço de comunicação.
Conviver com
mídias sociais é estabelecer relacionamentos de longo prazo com as marcas e
sobretudo com os clientes dessas empresas. Percebem? Nossa responsabilidade é
gigante. Não
podemos levar nossos pares ao erro. Um produto ruim com boa
comunicação, boa propaganda, só
se vende uma vez.
Invista em
conhecimento voltado para compreender o funcionamento das inúmeras redes
disponíveis para ações de digital. Abra um blog, escreva e entenda o seu
funcionamento. Avalie e
manipule dados de relatórios analíticos.
A parte de arte
e geração de conteúdo será apenas um serviço complementar. O que vale é o
plano, o projeto – a ideia.
Todos estes
exercícios farão de você um(a) analista de mídias sociais e verdadeiro
especialista em
marcas.
Até breve! Bons
estudos.
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REFERÊNCIAS
COBRA, M. Marketing Básico. São Paulo, Editora Atlas,
2009.
[1] https://about.facebook.com/company-info/
A meta foi criada em 2021 para agregar todos os
produtos e serviços do
portfólio da organização.
[2] o departamento de mídia tem como
míster também, avaliar os indíces de roi das mídias e
plataformas usadas em uma
campanha.
[3]
https://nielseniq.com/global/pt/landing-page/ebit/nielseniq-ebit-brasil/webshoppers/
[4] branded content - A sua
tradução literal é conteúdo de marca.
[5] Stakeholders – partes ou
grupos interessados na marca. São clientes, seguidores de marca
que contribuem
para o desenvolvimento de conceitos e da própria empresa. São cocriadores de
conteúdo,
uma vez que interagem nas redes das organizações.
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