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Mineração Da Lua

O documento discute a mineração da Lua e seus recursos naturais. Apresenta uma introdução sobre a história da mineração e possibilidades na Lua. Detalha os principais recursos lunares, incluindo elementos voláteis como hélio, hidrogênio e água, assim como metais como ferro, titânio e alumínio. Discorre também sobre usos potenciais desses recursos e aspectos legais da mineração espacial.

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Diego Ramos
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Mineração Da Lua

O documento discute a mineração da Lua e seus recursos naturais. Apresenta uma introdução sobre a história da mineração e possibilidades na Lua. Detalha os principais recursos lunares, incluindo elementos voláteis como hélio, hidrogênio e água, assim como metais como ferro, titânio e alumínio. Discorre também sobre usos potenciais desses recursos e aspectos legais da mineração espacial.

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MINERAÇÃO DA LUA

CONTEÚDO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3

2. GEOLOGIA ............................................................................................................. 4

3. RECURSOS LUNARES ..........................................................................................4

3.1. Elementos voláteis ....................................................................................... 5

3.2. Hélio-3 ............................................................................................................6

3.3. Água ...............................................................................................................7

3.4. Oxigênio ........................................................................................................ 8

3.5. Metais ............................................................................................................ 8

3.5.1. Ferro ..................................................................................................... 9

3.5.2. Titânio ...................................................................................................9

3.5.3. Alumínio ............................................................................................... 9

3.5.4. Sílica ................................................................................................... 10

4. USOS DOS RECURSOS LUNARES .................................................................... 10

5. LEGALIDADES .....................................................................................................11

6. REFERÊNCIAS .....................................................................................................13
É importante ressaltar que este trabalho é centrado principalmente no artigo

“Lunar Resources: A Review” de Ian A. Crawford, sendo boa parte desta matéria,

traduzido e adaptado como forma de facilitar a didática e disseminação entre

interessados, além do uso como texto base para diversos fins. Desta forma o autor

deste trabalho não toma crédito por nenhuma das informações aqui escritas e

recomenda que para as devidas citações em questões de importância, seja feita a

leitura do artigo original e das demais referências.

Grato.
1. INTRODUÇÃO

O histórico da mineração em si nos leva centenas de anos no passado,

geralmente na extração de metais brutos como prata, ouro e ferro, para confecção de

materiais de adorno, ferramentas diversas e até para uso como objeto de troca.

Após o período da revolução industrial a mineração recebeu aparelhos

mecânicos que deram um espírito industrial tanto nos processos de extração e

tratamento de bens minerais como na escala da mineração propriamente dita. Sem

discussões quanto à possíveis depleção de reservas e o caráter finito dos recursos

no planeta Terra como um todo.

Dentro desse cenário o início de processos extrativistas em objetos celestes

conquistou a imaginação de todos, em especial na Lua como corpo mais próximo da

Terra, de forma que sempre foi imaginado um fim adequado e até inevitável para o

avanço da espécie humana.

Em tempos modernos, com novas tecnologias de exploração e viagem espacial

demonstradas várias vezes através das diversas sondas e satélites enviadas por

todo o Sistema Solar, a volta à Lua não apenas para a visita mas para a instalação de

bases científicas e extrativistas nos surpreende não só pela sua factibilidade mas

pela proximidade.

Desta forma, a mineração na Lua pode ser dividida em três possíveis

raciocínios: como forma de permitir o prosseguimento da exploração, também

conhecida como In Situ Resource Utilisation (ISRU), expressão em inglês que

significa utilização de recursos locais; uso como forma de permitir o desenvolvimento

de exercícios científicos e econômicos como a fixação de base intermediária para


órbita terrestre baixa e viagens interplanetárias; e importação de recursos para

contribuição direta na economia da Terra (Crawford, 2015).

2. GEOLOGIA

A crosta lunar é composta de duas formações principais: as regiões de planalto

claros de composição majoritariamente anortosítica rica em plagioclásio Cálcico e

pobre em minerais ferro-magnesianos; e os escuros Mares lunares compostos de

fluxos basálticos dominados por minerais ricos em Magnésio, Ferro e Titânio, como

Piroxênio e Olivina.

Além das formações rochosas, a Lua é coberta por uma camada inconsolidada

de regolito com diversos metros de profundidade, dependendo do terreno, formado

pela intensa atividade meteórica. Este apesar de possuir uma consistência fina e

solta nas primeiras camadas, torna-se bem compactado conforme a profundidade.

3. RECURSOS LUNARES

Apesar de não ter atividades hidrotermais e biológicas, responsáveis pela

maioria da formação de recursos geológicos na Terra, a Lua como corpo rochoso

diferenciado faz com que processos atuantes como a cristalização fracionada pode

ter gerado diversos depósitos minerais concentrados e até acamadados.

Contudo, pela dificuldade de mapear substrato rochoso com precisão suficiente

para determinação de depósitos, de início os recursos mais destacados são aqueles

dispersos pelo próprio regolito, de maioria voláteis, ou até como subprodutos de

outras reações extrativistas. Vale notar que apesar de forte prospecto econômico
desses recursos, não serão mais lucrativos do que a retirada dos mesmos dentro do

planeta Terra, pelo menos de início, já que ainda não existe qualquer tipo de

infraestrutura para suportar uma atividade industrial na Lua. A mineração lunar

provavelmente será primeiramente feita como forma de experimentação científica e

somente após a instalação de tecnologias necessárias e suficientes é que o lucro

será justificativo.

Esses voláteis misturados no regolito não foram gerados da mesma forma que

são na Terra, de forma que a maioria é dada por intensa atividade solar, ou por

“armadilhas”, onde crateras permanentemente sombreadas, ou seja, com

desprezível ou nenhum contato com a luz solar, de forma que, expostos a

temperaturas baixíssimas, os elementos ficam como que presos congelados. Por fim

tem-se o bombardeamento de meteoritos que não só trazem elementos, como os

geram através das altas temperaturas e pressão inflingidas pelo impacto.

Vale notar que todos os elementos químicos da tabela periódicos serão

achados na lua em alguma concentração; o que torna viável sua extração, assim

como todas as coisas na economia, depende da demanda e do custo de extração.

Variáveis que mudarão radicalmente depois da formação de uma base permanente.

3.1. Elementos voláteis

Devido a falta de atmosfera considerável, a luz solar interage diretamente com

o solo. Outro fator são os ventos solares consistindo em enormes quantidades de

partículas, principalmente Hélio e Hidrogênio, que fixam-se ao solo e contribuem para

o regolito. Vale ressaltar que o melhor método de extração desses voláteis é através
do aquecimento das amostras a altas temperaturas (em média 720ºC) o que

representa uma dificuldade devido a falta de plantas energéticas na Lua

suficientemente efetivas para fornecer a energia necessária para a reação

necessária. Algumas ideias já foram propostas para contornar esse problema, sendo

a mais promissora delas o aquecimento pela concentração direta de raios solares,

catalisada pela falta de atmosfera e campo magnético, bem como a situação de

vácuo praticamente perfeito. Outros voláteis com demanda diversa encontrados em

solo lunar são Hélio, Hidrogênio, Carbono, Nitrogênio, Flúor e Cloro.

3.2. Hélio-3

Descrito como o elemento que fomentará a “corrida do ouro” no cenário de

mineração lunar, o Hélio-3 é previsto como combustível de reatores de fusão nuclear,

dada como a energia do futuro pela sua alta eficiência energética, por requerer um

praticamente nulo impacto ambiental e pela sua independência de fatores locais, ou

seja, sua viabilidade é a mesma, independente do lugar.

Contudo, essa narrativa infelizmente foi altamente exagerada, primeiramente

porquê a ideia de usina nuclear é prometida há anos e ainda não se tem uma

previsão de sua inauguração. Em segundo lugar a concentração deste elemento em

regolito lunar foi calculada em partes por milhão (15-30) e em alguns casos até partes

por bilhão, de forma que sua extração não é compensatória quando comparada com

o elemento Deutério, outro elemento proposto para a reação, que apesar de menos

eficaz na sua teórica geração de energia, é favorável pela sua abundância em águas

marinhas e seu relativamente baixo custo de extração.


3.3. Água

Dentro dos possíveis recursos a serem analisados, de início o mais importante

de se ter garantido é a água, pois apesar de não ter demanda econômica na Terra já

que qualquer método de extração de recursos hídricos neste planeta é várias ordens

de grandeza mais compensatório do que trazer o mesmo da Lua, o interesse local

seria inestimável. Dentro de um contexto de habitats humanos a água torna-se uma

necessidade, além de seu uso como combustível já que a separação dos átomos de

Hidrogênio e Oxigênio pode ser utilizada para juntos formarem combustão e

consequentemente propulsão

Felizmente análises recentes indicam que boa parte da Lua é hidratada, sendo

como hidroxila ou como molécula normal de H2O absorvida pelo solo. Os maiores

depósitos teorizados são encontrados em crateras nos polos, principalmente no polo

sul, pois, como já discutido, devido ao baixo grau de inclinação os polos possuem

crateras em sombra permanente que ficam em média a 100K (-173ºC) gerando um

ambiente perfeito para o aprisionamento de voláteis (Anand, 2010).

Apesar de que as dimensões e volume dos depósitos não serem conhecidos, a

presença de água foi registrada por sensoriamento remoto, onde uma das sondas

detectou um espalhamento de onda do radar em um comprimento de onda respectivo

à água.

Além das crateras polares, encontram-se também evidência de minerais

hidratados. Um raciocínio para a sua formação é a redução de óxidos de Ferro por

átomos de Hidrogênio trazidos por ventos solares. Estudos recentes indicam que

vidros vulcânicos de depósitos piroclásticos são hidratados, de forma que podem


conter até 1500ppm, ou seja, um metro cúbico deste solo processado geraria em

torno de 300ml de água (Crawford, 2015).

3.4. Oxigênio

Além da eletrólise de água, Oxigênio pode ser retirado de óxidos e minerais e

Sílica presente no regolito. O processo de extração mais comum é o dado pela

reação:

FeTiO3 + 2H → Fe + TiO2 + H2O

Para a reação ser feita é necessário o aumento de temperatura e uma fonte de

Hidrogênio que atua como agente redutor. De início pode ser produzido pelo regolito,

depois, como um dos produtos é água, uma simples eletrólise possibilitaria a

reciclagem do elemento. O motivo desta reação ser uma das mais promissoras é o

fato de que gera Ferro e Rutílo, que podem ter valor econômico, além da água

produzida, que seria ideal em um ambiente distante dos discutidos depósitos

hídricos.

3.5. Metais

É importante ressaltar que com algumas exceções como alguns elementos bem

raros, não é economicamente viável ir para a Lua procurar minérios para a Terra.

Contudo, o grupo dos metais serão de extrema importância para o desenvolvimento

da própria base na Lua e para uma consequente meia parada para o resto do

Sistema Solar.
3.5.1. Ferro

Apesar de sua relativa abundância, este elemento é mais encontrado em

minerais silicatos (Piroxênios e Olivina) e o mineral óxido Ilmenita. Uma outra fonte

de Ferro seria do mesmo disperso pelo regolito, de origem de meteoritos, denudação

de rochas da superfície e pela redução de óxidos ferrosos por ventos solares

A extração deste é teoricamente possível porém não tão compensatório dada a

baixa percentagem deste no solo e sua alta demanda energética, apesar de que é

um dos produtos da reação para obtenção de Oxigênio .

3.5.2. Titânio

Com o alta demanda especialmente para a engenharia aeroespacial, este

elemento possui maiores concentrações nas áreas de Mares com alto-Ti, do lado

mais perto da Lua, principalmente no mineral Ilmenita. O mais importante deste é que

este é um elemento litófilo o que significa que tem mais afinidade com fases

silicásticas e é mais presente em rochas do que ambientes metálicos. Isto somado ao

fato de que sua produção gera como subproduto Oxigênio faz com que a mineração

de Ti-O seja uma das maiores atrações económicas num cenário espaço industrial.

3.5.3. Alumínio

Bem como o Titânio, Alumínio é um elemento que terá seu polo extrativista

centrado na Lua já que é ordens de magnitude mais comum em regolito comparado a

asteroides. A extração em solo lunar vai requerer o rompimento de plagioclásio


anortosítico o que novamente será muito energeticamente intensivo apesar de que

alguns estudos mais recentes sugerem maneiras mais econômicas em questão de

energia.

3.5.4. Sílica

Por ser um elemento de grande abundância na maioria dos tipos de rochas,

a Sílica não é a primeira coisa que vem a mente quando se é avaliado a mineração

na Lua. Contudo, num contexto de economia espacial a demanda é ainda maior,

principalmente para painéis solares, e sua importação da Terra não é muito

compensatória. O problema que surge é o grau de pureza necessário para essa

tecnologia, o que talvez seja complicado de atingir em solo lunar; Alguns estudos

estão sugerindo promissores resultados.

4. USOS DOS RECURSOS LUNARES

Como já discursado anteriormente, o uso dos recursos lunares serão, pelo

menos de início, voltados principalmente para o uso local e para o desenvolvimento

de uma economia industrial espacial.

Primeiramente será preciso obter uma fonte fixa de água, tanto para

abastecimento humano como de foguetes com a divisão dos elementos e geração de

combustível. Outros voláteis como Nitrogênio e Carbono também serão importantes

no caso de iniciar agriculturas.

Uma área de alta probabilidade é a de instalações e reparos de satélites em

órbita terrestre. Já se pode notar que atualmente a dependência humana para os


diversos benefícios do uso de satélites é imensa. Contudo, este tipo de tecnologia é

caro e não pode ser trazida para reparos. Neste contexto, uma base lunar, cujo poço

gravitacional, ou seja, o custo tanto físico como financeiro é menor; onde satélites

podem ser construídos com recursos locais e enviados, da mesma forma que antigos

podem ser mais facilmente manuseado; teria uma demanda altíssima.

Por fim, a Lua poderia ser usada como uma fonte de energia. Como já discutido,

a extração de Hélio- 3 talvez não seja tão promissora como divulgado, porém, uma

alternativa viável seria a instalação de diversos painéis solares pela região equatorial

da Lua e seu envio para a Terra. (Crawford, Ian A.; 2014) calculou que a energia

retirada por painéis solares em 7 anos é a mesma que todo o Hélio-3 na lua e que, se

as conversões se manterem, a alternativa solar ganharia da fusão nuclear em apenas

1.4 anos.

5. LEGALIDADES

Uma das partes necessárias para o estabelecimento de uma base produtiva na

Lua seria o estabelecimento de parâmetros legais, que encorajariam as atividades

extrativistas enquanto que ao mesmo tempo impede que o espaço se torne motivo de

conflito internacional.

Atualmente as atividades em regiões espaciais são regidas por um punhado de

acordos assinados e tratados pela Nações Unidas, sendo a mais importante delas o

“Tratado dos princípios governando as atividades de exploração e uso do espaço

sideral, incluindo a Lua e outros corpos celestiais” de 1964, conhecido como o tratado

do Espaço Sideral, que foi assinado por 102 partes.


Dentre as outros princípios, o tratado estipula que o espaço deve ser

considerado província “de” e “para” toda a humanidade; que a Lua e outros corpos

celestes não podem ser apropriados por nenhum país, estado ou nação; e que leis

internacionais, incluindo códigos da própria Nação Unidas é valido no espaço.

No contexto atual, apesar de que nenhuma nação possa apropriar a Lua como

corpo celestial, nenhuma empresa investirá em minerações na Lua se não tiver

direito a pelo menos o extraído, o que intervém com o princípio de que os recursos

lunares devem ser para toda a humanidade.

Outras tentativas de tratados foram tentadas mas não juntaram apoio suficiente

para valer. Independente do acordo assumido, é imperativo que uma malha legal seja

estabelecida para garantir e proteger todo este contexto.


6. REFERÊNCIAS

Anand, M; Crawford, Ian A.; Balat-Pichelin, M; Abanades, S.; Westrenen, W. van;


Raudeau, G. Pé; Jaumann, R. e Seboldt, W. A brief review of chemical and
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Anand, Mahesh. Lunar Water: A Brief Review. Earth Moon Planets, 107:65–73,
2010.

Butler, Bryan J. The migration of volatiles on the surfaces of Mercury and the
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Earth and Environment, 2015.

Jaumann, R.; Hiesinger, H.; Anand, M.; Crawford, I.A.; Wagner,R.; Sohl, F.; Jolliff,
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