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GT Malzoni

O documento descreve o segundo GT Malzoni, um carro esportivo produzido no final dos anos 1970 pelo filho de Rino Malzoni, criador do Puma. Menos de 50 unidades foram produzidas com uma mecânica Volkswagen 1600 ar-refrigerado, rendendo 65cv. Apesar de limitado em potência, o GT Malzoni era um elegante conversível de fibra de vidro projetado para homenagear o trabalho do pai na indústria automotiva brasileira.

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O documento descreve o segundo GT Malzoni, um carro esportivo produzido no final dos anos 1970 pelo filho de Rino Malzoni, criador do Puma. Menos de 50 unidades foram produzidas com uma mecânica Volkswagen 1600 ar-refrigerado, rendendo 65cv. Apesar de limitado em potência, o GT Malzoni era um elegante conversível de fibra de vidro projetado para homenagear o trabalho do pai na indústria automotiva brasileira.

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Grandes Brasileiros: GT

Malzoni
O segundo GT Malzoni foi feito pelo filho de Rino, pai do primeiro
GT, que por sua vez deu origem ao Puma
Por Fabiano Pereira
access_time9 jan 2018, 18h42 - Publicado em 13 dez 2017, 22h04

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Foram produzidas menos de 50 unidades no final dos anos 1970

Foram produzidas menos de 50 unidades no final dos anos 1970 (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Criar um carro faz parte do sonho de boa parte dos meninos. Mas, daí para a
realidade, as chances são quase as mesmas de se tornar um super-herói.

Já para o universitário Francisco “Kiko” Malzoni, que intercalava os estudos


na faculdade de economia com modificações nos carros que dirigia, a
empreitada não exigiria superpoderes. E aceitou o desafio de um amigo que
queria um carro totalmente novo.

Aqui vale uma explicação e referência genética. Se você ainda não


estabeleceu a ligação, Kiko é filho de Genaro “Rino” Malzoni, idealizador do
Puma e um dos sócios da fábrica que o produziu.
As lanternas eram feitas com exclusividade para o esportivo

As lanternas eram feitas com exclusividade para o esportivo (Christian Castanho/Quatro Rodas)


Para executar o pedido de um carro exclusivo, ao fim de 1975 Kiko pediu ao
pai a forma do GT 4R – esportivo do qual foram feitos apenas três
exemplares, sorteados em 1969 entre os leitores de QUATRO RODAS (a
história completa foi publicada aqui, e o relato do último exemplar restaurado
recentemente você lê aqui), que serviria de base para o projeto.
O GT foi desenvolvido na oficina de um amigo no Rio de Janeiro. Pintura e
acabamento foram feitos em São Paulo.

Rino gostou tanto do trabalho do filho que decidiu levar o carro ao Salão do
Automóvel de 1976, ainda que achasse que o preço alto deveria inviabilizá-lo.
Surpreendentemente, o custo de produção não foi suficiente para afastar os
candidatos e os dois decidiram produzir o carro em Araraquara (SP), local em
que foram concebidos os protótipos Puma.

Originalmente, os bancos eram de veludo com portas e painel de couro

Originalmente, os bancos eram de veludo com portas e painel de couro (Christian Castanho/Quatro


Rodas)
Atrás dos bancos, um espaço para levar bagagens – ou crianças

Atrás dos bancos, um espaço para levar bagagens – ou crianças (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Quando QUATRO RODAS publicou suas Impressões ao Dirigir do GT em


agosto de 1978, a produção já tinha sido transferida para Matão (SP), onde
ficava a Marques Indústria e Comércio de Veículos, que adquiriu a patente do
projeto.

Durante a reportagem, numa visita à fábrica, a reportagem conferiu uma


versão conversível sendo desenvolvida. O cupê custava 220.000 cruzeiros,
equivalente hoje a 162.000 reais.

Os bancos eram originalmente de veludo e reclináveis e as portas, revestidas


de couro, tinham vidros elétricos.

Ao volante, a ergonomia não era perfeita: o pé tocava de lado o acelerador e o


freio de mão baixava até espremer os dedos. Forrado de couro, o painel era
completo, mas o volante atrapalhava a visão.
Painel completo, com direito a voltímetro, amperímetro e manômetro de óleo

Painel completo, com direito a voltímetro, amperímetro e manômetro de óleo (Christian


Castanho/Quatro Rodas)

A genérica opção pela mecânica Volkswagen a ar facilitava a vida do


construtor, mas impunha realistas 65 cv à proposta esportiva do carro.
“Equipado com motor VW 1600, o carro não supera em velocidade máxima
nem mesmo o Passat com motor de 1 500 cm3”, dizia QUATRO RODAS.
O motor VW 1600 a ar limitava a potência a 65 cv

O motor VW 1600 a ar limitava a potência a 65 cv (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Em compensação, o teste registrava que, nas frenagens mais bruscas, o carro


não alterava a trajetória e ressaltava o reduzido nível de ruído. Em defesa do
desempenho de sua criatura, o criador afirma que, pelo fato de ter acordo com
os principais preparadores da divisão 3 na época, boa parte da produção saiu
com motor 2.0 e potência em torno de 110 cv.

“O último deve ter sido feito em 1978”, diz Kiko. Sua estimativa é de 35 a 45
unidades produzidas no total. Ele seguiu carreira em economia e finanças, mas
guarda em sua garagem algumas das melhores obras de Rino. Homenagem a
um clássico da nossa indústria, o segundo GT Malzoni foi um atraente
exemplo de como a paixão por carros passa de pai para filho.

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Faróis duplos escamoteáveis e carroceria de fibra de vidro

Faróis duplos escamoteáveis e carroceria de fibra de vidro (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Ficha técnica – GT Malzoni 1978

 Motor: traseiro, 4 cilindros boxer, 1.584 cm³, 2 carburadores de corpo


simples, comando de válvulas no cabeçote
 Diâmetro x curso: 85,5 x 69 mm
 Taxa de compressão: 7,2:1
 Potência: 65 cv a 4.600 rpm
 Torque: 11,7 mkgf a 3.200 rpm
 Câmbio: manual de 4 marchas, tração traseira
 Dimensões: comprimento, 390 cm; largura, 168 cm; altura, 114 cm; entre-
eixos, 240 cm; peso: 770 kg
 Suspensão: Dianteira: independente, com barras de torção em feixes, barra
estabilizador. Traseira: independente, com semieixos oscilantes, barras de
torção, barra compensadora
 Freios: disco nas rodas dianteiras e tambor nas traseiras
 Rodas e pneus: liga de antálio, 6 x 13 na dianteira e 8 x 13, pneus radiais
185/70 HR 13

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