100% acharam este documento útil (6 votos)
3K visualizações4 páginas

Aplicação e Correção Do Teste

Este documento fornece instruções para aplicação do Teste Exploratório de Dislexia Específica (TEDE), incluindo como aplicar e corrigir o teste, observando a qualidade da leitura oral e medir a velocidade da leitura silenciosa.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
100% acharam este documento útil (6 votos)
3K visualizações4 páginas

Aplicação e Correção Do Teste

Este documento fornece instruções para aplicação do Teste Exploratório de Dislexia Específica (TEDE), incluindo como aplicar e corrigir o teste, observando a qualidade da leitura oral e medir a velocidade da leitura silenciosa.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 4

.

Teste Exploratório de Dislexia Específica (TEDE)

Adaptado de: CONDEMARIN e BLOMQUIST (1989). Dislexia, manual de leitura corretiva. Brazil:Porto Alegre.

Orientações para aplicação do teste:


APLICAÇÃO E CORREÇÃO DO TESTE
Esta prova é constituída por duas partes apresentadas em duas folhas A4. A primeira parte é
relativa ao “nível de leitura” e apresenta três níveis diferentes. A segunda parte refere-se aos
“erros específicos”. As letras devem ter um tamanho mínimo de 3 milímetros e os “estímulos”
devem estar separados por 1cm e meio, aproximadamente, devem ser apontados com o dedo
e mediar um tempo máximo de 5 segundos, entre o estímulo e a resposta. A prova deve ser
aplicada individualmente e em local calmo, de modo a evitar quaisquer estímulos distratores.
Na sua correção contam-se as duas partes da prova de forma independente, sendo que, para
apurar os resultados obtidos nos “níveis de leitura”, se contam os itens respondidos de forma
correta, não podendo ultrapassar um total de 100 pontos. O resultado corresponde a um
percentil calculado para o total (100%) dos indivíduos daquela idade. Para apurar os resultados
dos “erros específicos”, decide-se uma pontuação. Optamos pela pontuação sugerida no
protocolo de aplicação da prova (71 pontos), subtraindo-se os itens incorretos (71- x = y) e
obtendo-se um valor que corresponde ao percentil previsto para a sua idade.
INSTRUÇÕES GERAIS
• Antes de iniciar a aplicação do Teste, o examinador deve estar suficientemente familiarizado
com os slogans para aplicá-los sem hesitação, com facilidade e naturalidade. Você também deve
conhecer os critérios de qualificação para avaliar rapidamente as respostas da criança e, assim,
facilitar a execução do exame.
• Para uma boa aplicação do teste, é essencial trabalhar somente com a criança, em uma sala
silenciosa e bem iluminada. Tentando evitar, tanto quanto possível, elementos perturbadores
no ambiente externo.
• O examinador deve receber o assunto de forma amigável, uma conversa de alguns momentos
em um tom amigável é essencial para dissipar qualquer sentimento de ansiedade.
• Para conseguir uma apreciação precisa das possibilidades do sujeito, você deve motivá-lo e
manter sua atenção durante todo o teste.
• É absolutamente necessário seguir as instruções do Manual, não modificar as instruções.
Test Exploratório de Dislexia Específica. TEDE
• Se a criança não indicar ou disser que não sabe, deve se registrar no protocolo.
• A margem de tempo entre o estímulo e a resposta é de no máximo 5 segundos. No final, você
será orientado a “seguir em frente” e será apontado para ele.
• Se o filho perde a linha, é necessário deixar um registro e a linha é indicada: “vamos continuar
aqui”.
• O examinador deve estar ciente do movimento dos olhos da criança, pois muitos erros podem
ser causados por perda de linha e não por dificuldades em reconhecer o estímulo.
• Nos itens “Erros específicos”, o examinador deve registrar a letra nomeada pela criança.

A- Análise qualitativa dos resultados:


1- Nível de leitura
⇒ O domínio do primeiro nível de leitura, isto é, se a criança é capaz de conhecer o nome
das letras, o som e as sílabas diretas com consoantes de sons simples indicarão um nível
elementar de leitura correspondente a um primeiro semestre de primeiro ano básico.
⇒ O domínio do segundo nível de leitura, isto é, se a criança é capaz de ler até as sílabas
com ditongo de caráter simples significará um nível correspondente a um primeiro ano
básico cursado.
⇒ O domínio do terceiro nível de leitura, isto é, se a criança é capaz de ler até sílabas com
grupos consonantais e ditongos de caráter complexo significa que o aluno tem um nível
de leitura correspondente a um segundo ano básico e que é capaz de ler qualquer
material de leitura em forma independente.

2- Erros específicos:
⇒ A criança não-disléxica com mais de sete anos e meio, de inteligência normal e que tenha
cursado um ano de escolaridade normal, apresentará uma folha de respostas “limpa” ou
com um ou dois erros.
⇒ A criança disléxica apresentará erros nos diferentes itens, segundo a intensidade de sua
dificuldade. O número de erros cometidos não guarda relação com a idade do sujeito,
mas com o grau de intensidade do problema.
⇒ O disléxico típico revelará mais de um erro na maioria dos itens, especialmente no I (letra
passíveis de serem confundidas pelo som no início da palavra), no 3 (inversões de letra)
e no 5 (palavras completas). Neste último item é típica a leitura de “NEGRA por NEGAR”,
“TORTA por TROTA”, “PRATA por PARTA”.
⇒ Embora este teste exploratório seja útil para crianças de idade inferior a dez anos, quando
utilizado em disléxicos maiores também tem revelado os sinais típicos de confusões e
inversões.
⇒ Existe uma significativa relação entre maior número de erros específicos e menor
velocidade de leitura.
B) INDICAÇÕES PARA OBSERVAR A QUALIDADE DA LEITURA ORAL
O Teste apresentado acima é útil para observar analiticamente o nível de leitura da criança e
para detectar sinais disléxicos típicos.
É necessário completar esse teste com uma análise da leitura oral no caso de o nível de leitura
da criança revelar que ela é capaz de ler de maneira mais ou menos independente. Se a criança
apresenta apenas um nível elementar de reconhecimento de palavras, tal comprovação resulta
frustrante e desnecessária.
A fim de observar a qualidade da leitura oral da criança, o examinador pode utilizar como
material um texto de leitura correspondente a um nível inferior ao que corresponde à idade
cronológica da criança. Caso o conteúdo deste livro resultar fácil para a criança, será substituído
por outro com nível de maior dificuldade. Se, ao contrário, o teste inicial demonstra que a
dificuldade do texto é superior à capacidade de leitura da criança, troca-se o material por outro
cujo grau de dificuldade seja menor, quantas vezes for necessário, até chegar aquele que se
adapte são às suas aptidões de leitura. Quando a criança for capaz de ler um texto com 95% de
correção (quando ler corretamente noventa e cinco de cada cem palavras) pode considerar-se
localizado o texto do seu nível de leitura.
O reeducador da leitura pode utilizar-se do seguinte modelo para observar a leitura da criança
em voz alta.
1- É capaz de ler sem dificuldade a maior parte das palavras?
2- Modula a palavra antes de pronuncia-las?
3- Que tipo de leitura faz: expressiva, coloquial, vacilante, palavra por palavra, sílaba por
sílaba?
4- É capaz de ler respeitando as frases ou unidades de pensamento?
5- É capaz de ler parágrafos completos em forma ritmada e fluida?
6- Proporciona à leitura a entonação e ênfase apropriadas, respeitando os sinais de
pontuação e expressão?
7- A velocidade que imprime à leitura é normal, rápida ou lenta demais?
8- A criança emprega o mesmo tom de voz que utiliza na conversa coloquial?
9- A postura da criança é natural, sem tensões manifestas?
10- Possui hábitos tais como assinalar a linha com o dedo e movimentar a cabeça enquanto
lê?
C) INDICAÇÕES PARA MEDIR A VELOCIDADE NA LEITURA SILENCIONSA
A lentidão na leitura silenciosa é uma das características típicas dos disléxicos, devido ao fato
de efetuarem uma leitura subvocal, isto é, não há uma capacitação olho-cérebro do conteúdo.
O que ocorre é uma captação olho-boca-cérebro em função das suas dificuldades no
reconhecimento das palavras. Aparentemente a criança está lendo em silêncio, mas
observando-a atentamente vemos que movimenta os lábios ao ler. Nos disléxicos severos há
um murmúrio perceptível.
O texto que se apresenta a seguir pode ser utilizado para avaliar ou medir a velocidade da
leitura, útil somente nos alunos que possuem um nível de leitura independente.
Para facilitar sua computação o texto traz um asterisco (*) a cada cinquenta palavras.

Instrução: O examinador diz à criança: “Você vai ler esta história em silêncio durante cinco
minutos. Leia como está acostumado a fazê-lo. Quando tiverem passado os cinco minutos eu o
avisarei e você me mostrará até onde leu.

OBS: O TEXTO SERÁ ANEXADO NESSE ARQUIVO:


OS TRÊS IRMÃOS

Você também pode gostar