Fraudes Evolucionistas
Fraudes Evolucionistas
a) O Homem de Java
O primeiro fssil humano fraudulento apresentado como prova da evoluo, e at hoje tido como autntico por muitos autores, foi o famoso Homem de Java, tambm, chamado de PithecanthroposErectus (macaco-homem ereto). Ele foi descoberto, em 1891, pelo holands EugneDubois, em Java. Dubois agregou-se ao exrcito holands, e inicialmente foi servir em Sumatra, onde iniciou tambm suas pesquisas paleontlogas. Nada encontrando em Sumatra que tivesse maior importncia cientfica, ele se transferiu para Java, onde disse ter achado inicialmente uma calota craniana macacide. No ano seguinte, e a 15 metros de distncia do primeiro achado, Dubois disse ter encontrado um fmur humano. mais tarde ainda, ele achou trs dentes, dos quais descreveu dois, que eram de macaco. O terceiro dente ele manteve durante longo tempo oculto, e nada disse sobre ele. A calota craniana achada por Dubois tinha paredes finas e quase no tinha testa, indicando um ngulo facial m uito agudo, tpico de macacos. As arcadas supra-orbitais eram muito salientes, o que era outra caracterstica macacide. O cientista holands calculou que a capacidade craniana deste fssil teria sido de 900 centmetros cbicos, bem menor, pois, que a do homem atual, que tem cerca de 1.500 cm cbicos. Juntando essa calota craniana macacide, o fmur humano e dois dentes de macaco que encontrara, Dubois montou um esqueleto, completando com massa o que faltava. Nasceu assim o Homem de Java, que ele chamou de PithecanthroposErectus. Pith (macaco), por causa da calota craniana macacide e pelos dois dentes de macaco. Anthropus (homem), por causa do fmur humano. Este fssil foi ento apresentado como sendo o elo intermedirio entre o macaco e o homem, que os evolucionistas h tanto tempo desejavam encontrar para comprovar a sua hiptese, tornando-a tese cientfica demonstrada; um ser com caractersticas de macaco e de homem, ao mesmo tempo. claro que este procedimento de Dubois era anti-cientfico, porque no legtimo juntar fsseis encontrados separados. Nada garantia que o fmur humano, encontrado a 15 metros de distncia da calota craniana macacide tivessem pertencido ao mesmo ser. Se escavarmos num local e encontrarmos um crnio de ona, e, 15 metros mais longe, acharmos um bico de arara, no poderemos concluir que outrora as onas tinham bico de arara. Dubois descobriu ainda, perto de Wadjak, em Java, e na mesma camada geolgica em que achara os fsseis anteriores -portanto tendo supostamente a mesma idade -- dois crnios humanos com capacidade entre 1550 e 1650 centmetros cbicos. Entretanto, Dubois guardou-se bem de revelar esta descoberta. Por mais de 30 anos ele a ocultou, porque ela demonstrava a falsidade de seu PithecanthroposErectus, que at hoje continua vivo e com boa sade nos manuais escolares evolucionistas. Foi s em 1922, quando uma descoberta parecida feita em Wadjak ia ser anunciada, que Dubois repentinamente se apressou em revelar ter encontrado em Wadjak os dois crnios humanos. Em 1895, ele exibiu apenas a sua montagem do PithecanthroposErectus - um fssil Frankstein -- no Congresso Internacional de Zoologia de Londres. Apesar da atroada de triunfo dos evolucionistas -- que so bem hbeis em organizar torcidas e falsas unanimidades --a aceitao do Pithecanthropos no foi universal. Desde o princpio, houve estranheza e alguns cientistas se mostraram cpticos com relao a esse fssil montado. Estranho-se principalmente que se tivesse juntado a calota craniana macacide com um fmur humano encontrado a 15 metros de distncia uma do outro. Interrogou-se Dubois a respeito do terceiro dente que ele - incompreensivelmente mantinha oculto. Afinal, Dubois teve que revelar que esse terceiro dente era humano. Na mesma boca, o Pithecanthropos teria tido dentes de macaco e de homem. Era uma conjuno estranha para um ser em evoluo que deveria ter dentes semi-macacides e semi-humanos, e no dentes de macaco e de homem, ao mesmo tempo... Era muita confuso para uma boca s. A revelao de 1922 feita por Dubois de que, na mesma camada geolgica de seus primeiros achados, encontrara tambm dois crnios humanos, provava que j existiam seres humanos no tempo em que vivera o dono da calota macacide do PithecanthroposErectus. logo este ltimo no era antepassado do homem. O prprio Dubois acabou confessando, pouco antes de falecer, que a calota craniana que encontrara em Java era a de um gibo gigante. Assim, o Homem de Java faleceu antes que seu descobridor e mondador. Von Koenigswald, famoso paleontlogo alemo, estudando os dentes encontrados por Dubois, chegou concluso que eram dois molares de orangotango, e que o terceiro dente - um pr-molar -- era humano! Apesar disto, esses dentes continuam unidos com massa famosa calota macacide do Homem de Java, e continuam dando fraudulentas mordidas evolucionistas e materialistas no criacionismo.
O mesmo Von Koenigswald, pesquisando em Java, no local denominado Sapiran, nos anos que precederam a segunda guerra mundial (1936-1939), encontrou novos fsseis semelhantes aos que haviam sido achados por Dubois, e os chamou de Pithecanthropos II, III, e IV. MarcelinBoule -- uma das mais altas autoridades em morfologia fssil e adepto do evolucionismo-- classificou os fsseis de Sapiran como sendo do mesmo tipo que o Pithecanthropos de Dubois: eram smios (Cfr. Gish, op. cit. p. 182). Boule e Vallois mostraram que, nos fsseis achados por Von Koenigswald, o pr-molar e os molares estavam colocados em linha reta, dando ao palato a forma de U, tipicamente simiesca, enquanto que, no homem, o palato apresenta um formato semelhante ao de uma ferradura. Assim, o famoso Pithecanthropus era realmente um Pith. isto , era realmente um macaco, mas no era anthropus, isto , no era homem. Apesar das omisses maliciosas e fraudulentas de Dubois, apesar de suas confisses desmoralizantes, o fssil que ele montou mantido ainda hoje Erectus pela teimosia pouco sincera e nada cientfica do Evolucionismo. Tambm na Histria da Evoluo fica comprovada a verdade recomendada por Voltaire a seus discpulos, para combater a Igreja: Menti, menti sempre. Alguma coisa ficar...
b) O Homem de Piltdown
A segunda grande fraude praticada pelos evolucionistas para fazer passar como verdade que o homem teve origem animal fo i o famoso Homem de Piltdown (EanthroposDawsoni), encontrado por Charles Dawson, na primeira dcada do sculo XX. Em 1908, um operrio encontrou, em Piltdown, fragmentos de um crnio humano fossilizado, e contou sua descoberta ao mdico Charles Dawson, que era tambm paleontlogo por amadorismo. Foi nesse ano tambm que o futuro clebre jesuta, Pierre Teilhard de Chardin - ento simples seminarista -- foi encaminhado ao seminrio de Ore Place, Hastings, perto de Piltdown. Teilhard estudara no seminrio jesuta de Lyon, onde conhecera e fora influenciado pelo pensamento do Padre Rousselot, cujas afinidades doutrinrias com o Modernismo o levaram a ser condenado em 1920. Nesse mesmo seminrio de Lyon, Teilhard conheceu e se tornou amigo do Padre Auguste Valensin, discpulo de Maurice Blondel. Tambm o Padre Valensin esteve implicado no Modernismo. Teilhard chamava o Padre Valensin de Pai espiritual, e dizia que fora ele quem o ensinara a pensar. Foi Valensin quem levou Teilhard a co rresponder-se com Blondel, um dos lderes do Modernismo, embora jamais tivesse sido condenado pela Igreja. O Modernismo uma heresia que tem exatamente o evolucionismo metafsico como fundamento de todo o seu sistema hertico. Teilhard de Chardin foi o telogo -- se se o pode chamar sua Gnose de Teologia -- que fez a ligao entre o Modernismo gnstico e o evolucionismo Darwinista. Chegando Inglaterra, Teilhard conheceu logo Dawson. Consta que eles foram apresentados em 31 de maio de 1909, tornando-se imediatamente amigos pessoais e colaboradores nas pesquisas paleontolgicas de campo. Juntos fizeram escavaes em Piltdown. Exatamente foi durante uma escavao que faziam juntos, certo dia, em Piltdown, que Dawson teria achado a famosa mandbula macacide do Homem de Piltdown. (Cfr. Stephen Jay Gould, Piltdown Revisitado, in O polegar do Panda, p. 96). Essa mandbula cuja descoberta foi atribuda a Dawson, havia dois dentes molares macacides, mas cujo desgaste era tipicamente humano, e como jamais se desgastam os dentes de macaco. E Teilhard escavava j com Dawson... Nessa mandbula, muito bem conservada, faltava exatamente o cndilo, isto , a protuberncia ssea pela qual a mandbula se encaixa no crnio. pelo encaixe perfeito realizado atravs do cndilo com o crnio que se comprova que um maxilar pertence, de fato, a determinado crnio. Mas... como se fosse de propsito, faltava o cndilo, iria escrever, anos depois, o Padre Teilhard de Chardin...(Cfr. S. Jay Gould, A conjurao de Piltdown, in A Galinha e seus dentes, p. 218). Como se fosse de propsito... mandbula -- encontrada por Dawson, quando escavava junto com Teilhard -- faltava o cndilo... Dawson juntou ento os fragmentos encontrados do crnio humano e o maxilar macacide, para montar assim -- Afinal!!! -- a prova de que o homem descendia do macaco, fazendo -- Afinal!!! -- a demonstrao cientfica de que a teoria de Darwin era verdadeira. Teilhard teria ainda descoberto, em Piltdown, alguns fsseis de mamferos ( um osso de rinoceronte e um dente de elefante) que ajudariam a comprovar a datao dos fsseis encontrados. Dawson levou ento todo o material encontrado para Smith Woodward, Conservador do Departamento de Geologia do Museu Britnico (Histria Natural). Em 1912, Woodward e Dawson apresentaram os fsseis, na Sociedade Geolgica de Londres.
No ano seguinte -- 1913 -- Teilhard de Chardin, de novo escavando juntamente com Dawson em Piltdown, encontrou um dente canino inferior. Era um dente simiesco, porm, como os molares do maxilar achado anteriormente, esse canino tambm apresentava um desgaste tpico de dente humano. Em 1914, comeou a primeira guerra mundial, e Teilhard foi convocado para servir no exrcito francs. Durante os quatro anos que durou a guerra, ele atuou como padioleiro, no fronte. Enquanto isso, Dawson escavava em outro local (Piltdown2) que tinha as mesmas caractersticas geolgicas de Piltdown 1, onde haviam sido achados os primeiros fsseis. No local 2 de Piltdown, Dawson encontrou dois outros fragmentos de crnio humano esparsos, e um dente simiesco, tambm gasto, maneira humana. Os novos achados eram to providencialmente complementares dos primeiros fsseis encontrados em Piltdown que H. Fairfield Osborn, o principal paleontlogo americano daquele tempo, declarou: Se h uma Providncia pairando sobre os assuntos do homem pr-histrico, ela certamente manifestou-se nesse caso, porque os trs segmentos do segundo Homem de Piltdown encontrados por Dawson so exatamente aqueles que teramos selecionado para confirmar a comparao com o tipo original (S. Jay Gould, Piltdown Revisitado in O Polegar do Panda, p. 97). Mas que coincidncia feliz!...Realmente, muita sorte a de quem faz escavaes com um Padre, especialmente se o Padre Teilhard de Chardin!... Desde a descoberta dos fsseis at a dcada de 50, o Homem de Piltdown foi trombeteado nas ctedras universitrias, nas conferncias de intelectuais famosos, na mdia, e at nos plpitos, como sendo A prova de que Darwin tinha razo: o homem era de fato filho de macaco e no filho de Deus. Em 1949, Kenneth P. Oakley aplicou o teste de fluorao -- usado para a datao de fsseis -- s vrias peas achadas em Piltdown. E oh surpresa! As peas tinham um teor de fluor muito baixo, o que indicava que haviam estado pouco tempo na terra. Quatro anos depois -- em 1953 -- o mesmo Oakley, tendo a cooperao de J. Weiner e de W. E. Le Gros Clark, comprovou que o crnio de Piltdown e a mandbula a ele atribuda tinham idades diferentes. A mandbula era a de um orangotango e era muito mais velha que o crnio que era de um homem moderno. Era uma descoberta de cair o queixo! Examinando-se os fsseis mais atentamente, viu-se claramente que eles haviam sido trabalhados... Tanto o crnio quanto a mandbula haviam sido tingidos. Os dentes, por sua vez, haviam sido limados e raspados para darem a impresso do desgaste tpico dos dentes humanos. Por fim, comprovou-se que os fsseis de mamferos (o osso de rinoceronte e o dente de elefante) encontrados pelo Padre Teilhard em Piltdown, haviam sido trazidos de outros locais. Tudo no era seno uma imensa fraude! A perfeio e os cuidados para enganar indicavam que o falsificador era um especialista e no um simples amador, como Dawson... A culpa pela fraude foi lanada toda ela sobre Dawson, poupando-se o Padre Teilhard de Chardin. Padre no poderia ser falsificador. Recentemente, porm, Stephen Jay Gould, deixando o clericalismo de lado, ousou levantar para si mesmo a pergunta se o Padre Teilhard era inocente nessa fraude gigantesca. Fez longas pesquisas que deram origem a um ensaio intitulado A Conjurao de Piltdown, editado em seu livro A Galinha e seus Dentes (pp. 201 a 220). Da pesquisa e do ensaio, o Padre Teilhard sai como inteiramente culpado. Jay Gould conclui que foi Teilhard o principal responsvel pela fraude. Principal, mas no o nico, pois se houve conjurao, necessariamente ela implica em vrios culpados. Descoberta e revelada a fraude, ainda em 1953, Oakley escreveu ao Padre Teilhard de Chardin perguntando-lhe a respeito de seu trabalho com Dawson, em Piltdown. Teilhard respondeu recusando admitir que Dawson e Smith Woodward pudessem estar implicados na fraude. (Quem ento seria o culpado?) Na mesma carta, porm, pouco depois de escusar Dawson e Woodward, Teilhard cometeu um erro fatal que revelou quem era o verdadeiro culpado pela fraude. Na carta a Oakley, Teilhard diz que, em 1913 Dawson o levara ao local 2 de Piltdown onde haviam sido achados o molar isolado e restos do crnio. Ora, Dawson s teria feito essa descoberta em 1915, e no em 1913. Teilhard jamais poderia ter sido levado por Dawson ao local em 1913, pois ento aquelas descobertas no tinham sido ainda feitas. Elas o foram em 1915. E neste ano de 1915 Teilhard no teria ido a Piltdown, pois desde 1914 servia no fronte francs, onde ficaria at 1918, no final da primeira guerra mundial. Teilhard mentira.
Jay Gould, tendo feito a constatao de que o Padre Teilhard mentira, foi pesquisar toda a sua correspondncia -- primeiro editada, depois nos manuscritos originais -- procurando tudo o que ele escreveu sobre a descoberta de Piltdown. Nova surpresa! Jay Gould constatou que na prpria edio das obras de Teilhard haviam sido eliminados todos os trechos sobre o Homem de Piltdown que existiam nos manuscritos originais. Havia sido feita uma censura meticulosa dos originais, para que nas obras editadas nada aparecesse que pudesse implicar o Padre Teilhard na fraude! Stephen Jay Gould americano e imaginou que o motivo que levou Teilhard amontar a fraude de Piltdown teria sido apenas o de se divertir com Dawson. Teria sido, inicialmente, apenas uma brincadeira do Padre com Dawson. Este, porm, muito ingenuamente acreditou de fato que fizera uma grande descoberta e fez Woodward aceit-la. Quando os dois publicaram a descoberta do Homem de Piltdown, teria ficado muito difcil para Teilhard desfazer a brincadeira... O retorno ficou impossvel e o mundo cientfico aceitou a fraude. O que parece, na verdade, brincadeira essa hiptese de Jay Gould. Basta conhecer um tanto que seja a doutrina modernista, defendida por Teilhard, basta conhecer, um tanto que seja, os mtodos e trapaas modernistas, para compreender que a fraude teve causa bem mais sria do que uma simples brincadeira. Desvendada a fraude, era de esperar que se deixasse de citar imediatamente o Homem de Piltdown como prova da evoluo do macaco para o homem. Assim no foi, e, durante muito tempo ainda, foi possvel encontrar manuais que ensinava, aos estudantes que o Homem de Piltdown provava que o homem vinha do macaco e que Darwin tinha razo.
c) O Homem de Nebraska
Este um fssil pouco conhecido no Brasil, mas que teve, a seu tempo, repercusso nos Estados Unidos, onde foi encontrado. Em Nebraska, em 1922, foi descoberto um dente. Examinado por Henry Fairfield Osborn e outros, ele foi declarado como sendo de um ser que combinaria as notas caractersticas do chimpanz, do Pithecanthropos e do homem. Era uma mistura extraordinria. Chamaram a este suposto cock-tail paleontolgico de HesperopitheusHaroldcookii, ou mais simplesmente, Nebraska Man. Ele teve vida e fama cientfica muito curta. Cinco anos depois da descoberta, melhores anlises tendo sido realizadas, ficou provado que o Nebraska Man no era de modo algum um ser intermedirio entre o macaco e o homem. Era simplesmente um fssil de uma espcie de porco! (Cfr. D. T. Gish, op. cit. pp. 187-188).
d) O Homem de Pequim
Um quarto fssil, que at hoje considerado autntico, embora tenha uma histria quase to misteriosa e rocambolesca quanto o Homem de Piltdown -- inclusive tambm com a presena da suspeitssima figura do jesuta Teilhard de Chardin -- o SinanthropusPekinensis ou Homem de Pequim. Sua histria bem complicada comea em 1921, quando dois molares foram encontrados, provenientes de Chou-Kou-Tien, uma aldeia perto de Pequim. Seis anos depois - 1927 - um terceiro molar foi dado ao Dr. Davidson Black. Foram estes trs dentes que permitiram comear a falar-se do Homem de Pequim. As escavaes no local ficaram entregues direo do paleontlogo chins Dr. W. C. Pei, que, em 1928, encontrou no mesmo local fragmentos de crnios e de maxilares inferiores. Black fez dessas peas uma descrio que as dizia mais semelhantes a fsseis de macacos do que de seres humanos. A partir de 1929, o Padre Teilhard de Chardin -- o mesmo que acusado de forjar a fraude de Piltdown -- passou a participar das pesquisas em Chou-Kou-Tien, na qualidade de conselheiro geolgico... Coincidentemente, foi em 1929 tambm, que o Dr. Pei revelou a descoberta de um crnio bem conservado e semelhante ao do Homem de Java. Junto com os fsseis citados foram encontrados tambm muitos fsseis de diversos tipos de animal. Trs outros crnios foram achados em 1936, quando as pesquisas, desde 1934, ano da morte do Dr. Black, estavam a cargo do cientista americano, mas de origem alem, Franz Weidenreich. Um desses trs crnios foi examinado pelo famoso especialista em fsseis MarcellinBoule, no prprio local do achado, que o disse muito semelhante ao Pithecanthropos de Java. Boule escreveu: Na totalidade, a estrutura do Sinanthropus ainda muito parecida com a de um macaco (Cfr. D.T. Gish, op. cit. p. 192).
Quanto capacidade craniana desses fsseis, calculou-se que estavam entre 900 e 1200 centmetros cbicos, isto , entre a capacidade craniana do macaco e do homem atual. Tambm os maxilares inferiores, assim como os dentes, foram descritos como sendo parecidos com os de macacos, embora a arcada dental superior fosse em forma de ferradura mais do que em U, como tpica dos macacos. As caractersticas dos fsseis de Pequim, sendo muito prximas das do Pithecanthropus de Java, Boule e Vallois deram-lhe o nome de PithecanthropusPekinensis, portanto, muito mais parecido com macaco do que com ser humano. Neste sentido, Boule e Vallois criticaram o Dr. Black por ter denominado o fssil de Chou-Kou-Tien de Sinanthropus, isto , Homem da China, quando tinha por base, nesse tempo, apenas dentes, quando seria necessrio nome-lo apenas quando se tivesse o crnio. Dos fsseis originais, o Dr. Weidenreich fez tirar um modelo de massa. Ao comear a guerra chino-japonesa, os ossos teriam sido mandados para os Estado Unidos, e... despareceram. Deles tem-se apenas os modelos de massa feito por Weidenreich, os quais no so fiveis, pois nem foram tiradas fotos dos fsseis que desapareceram. O que aumenta ainda mais a suspeita a respeito desses modelos de massa que, as primeiras descries feitas deles por Black, e, depois, por Boule e Vallois, diziam que eles se pareciam mais com macacos do que com homens, enquanto que o aspecto dos modelos inteiramente humano. Os modelos de massa no parecem ter reproduzido fielmente os fsseis originais, mas sim a concepo, as ideias, e o desejo de Weidenreich. Onde foram parar os fsseis originais? Como desapareceram? Mistrio... A Cincia e o mundo tem hoje que acreditar na fidelidade dos modelos de Weidenreich sem ter os originais para comparao. O Sinanthropus passou a exigir um ato de f!... No s o desaparecimento dos fsseis era um mistrio, mas a divergncia entre as descries deles e a aparncia atual dos modelos de massa levantam suspeitas muito justificadas. Alm disto tudo, havia uma poro de problemas colaterais no resolvidos. Por exemplo, por que s se encontraram crnios, e nenhum osso longo, como os fmures? Com efeito, os crnios encontrados em Chou-Kou-Tien -- Todos! E eram quase quarenta! -- tinham um furo no occipital, indicando que haviam sofrido morte violenta. Ora, nas mesmas camadas geolgicas, haviam sido achados instrumentos e armas de pedra, assim como sinais de fogueiras (Cfr. H. Brodrick, El hombre pr-histrico, Fondo de Cultura Economica, 1955, apud Atansio Aubertin, Evoluo da espcies, apriorismo e confisses gnsticas, artigo, 1962). Evidentemente, eram provas de que j existiam ento homens. Todos os que estudaram o caso - at mesmo Weidenreich - consideram que os fsseis de Pequim so de seres que haviam sido caados. Com muita propriedade perguntaram Boule e Vallois: Como explicar a quase completa ausncia de ossos longos e esta espcie de seleo de partes sseas, todas pertencendo ao crnio, e nas quais predominavam os maxilares inferiores? Weidenreich acreditava que estas partes selecionadas no chegaram caverna [onde foram achadas] por meios naturais, mas que deviam ter sido levadas para l por caadores que atacavam principalmente indivduos jovens, e escolhiam, de preferncia, como esplios ou trofus, cabeas ou partes delas. Em si, esta explicao plausvel. Mas o problema quem era ento o caador? (Cfr. D. T. Gish, op. cit. p. 195). Para Weidenreich, o caador teria sido o prprio Sinanthropus! Ele teria sido, ao mesmo tempo, a caa e o caador! Boule e Vallois, de modo mais plausvel, afirmaram: O caador era um verdadeiro homem (Cfr. Gish op. cit. p. 196) O problema ficaria resolvido se existissem nas mesmas camadas fsseis humanos verdadeiros. Ora, depois de muitas tergiversaes, o Padre Teilhard confessou que, de fato, nas mesmas camadas em que foi achado o Sinanthropus, foram encontrados tambm fsseis humanos. Logo, o Sinanthropus no foi um antepassado do Homem, j que j havia homens seus contemporneos. O Padre Patrick OConnell que estava na China no tempo da descoberta dos fsseis de Chou-Kou-Tien, em seu livro Science ofTodayandtheProblemsof Genesis, afirmou acreditar que o Dr. Pei destruiu fsseis originais antes que o governo chins retornasse a Pequim, a fim de ocultar que os modelos feitos por Weidenreich no eram cpias fiis dos fsseis. OConnell salientou que muito pouco destaque se tem dado ao fato de que os fsseis de 10 homens modernos haviam sido achados no mesmo stio de Chou-Kou-Tien, e que estes homens estavam relacionadas com os instrumentos de pedra numerosos encontrados nesse local. Conforme OConnell, o Sinanthropus uma fraude.
Este fssil foi descoberto em 1916, em camadas do Paleoltico mdio, e era da raa de Neanderthal. Era, portanto, um fssil humano. O que nele causou muito interesse foi o fato de que, embora sendo humano apresentava uma caracterstica dentria macacide. Nesse fssil neanderthalense, o dente molar era de raiz, enquanto o segundo pr-molar ainda era de leite. Ora, isto s acontece com a dentio dos macacos, e desde 1939 se provara que a dentio dos neanderthalenses era igual dentio humana. Os cientistas americanos K. Koski e S. M. Garnno demonstraram que esse molar era postio. Haviam arrancado um molar de leite do fssil de Ehringsdorf, e incrustado em seu lugar um molar de raiz. Mais tarde, o paleontlogo francs Pierre Legoux, em comunicado Academia de Cincias de Paris, demonstrou que toda a mandbula era fraudulenta, tendo sido montada e apresentando flagrantes contradies entre suas partes. (Cfr.PierreLegoux,Comptesrendus de lcadmie de Sciences, tomo 252, p. 1821, ano de 1961, apud Atansio Aubertin, art. cit.).
Como vimos, ao ficar comprovado que o homem no descendia do macaco - como pretendera Darwin -- os evolucionistas adotaram a tese de que macacos e homens tiveram um antepassado comum. Embora no se considerando mais filhos de macacos, eles passaram a ter-se como primos deles... Desse ancestral comum aos macacos e aos homens teria provindo, a cerca de 10 a 17 milhes de anos atrs, o Ramapithecus. Deste, teriam derivado os famosos Australopithecus, que tanto prestgio tem gozado nos Campus universitrios, e que tanto tem freqentado revistas e jornais. Estes rivais em prestgio jornalstico dos maiores cantores do Rock, teria vivido entre 4 e um milho de anos atrs. Destes Australopithecus, teriam nascido -- entre 1,5 milho e 300.000 anos atrs -- quer o falsificado por montagem Homem de Java, quer o postalmente escamoteado Sinanthropus. Estes falsos filhos dos Australopithecus so conhecidos como sendo do tipo Homo Erectus, apesar de nada sustent-los de p. O que evidentemente lana suspeitas tambm sobre seus supostos pais. As fraudes sobre os filhos foram tantas e to graves, que a prudncia leva ter dvida a respeito de toda a sua evolucionstica famlia. Por fim, dos fraudulentos filhos do Homo Erectus teria nascido o que se chama hoje de Homo Sapiens, estranha designao que significa apenas Homem, animal racional, e que to pouco Sapiens se tem revelado, particularmente quando se torna materialista. Exemplos de Homo Sapiens teriam sido o Homem de Neanderthal e o de Cro-Magnon, que teriam principiado a existir a 100.000 anos atrs. Estudemos, agora, esta to falsificada famlia, para averiguar o que nela pode haver de autntico, e comecemos pelo bisav Ramapithecus.
a) O Ramapithecus
Os primeiros fragmentos fsseis do Ramapithecus foram encontrados em 1915. Em 1932, na ndia, novos elementos deste ser foram achados, mas foi somente em 1960 que a nova estrela do Evolucionismo foi lanada com todo estardalhao da propaganda que saudou a nova prova de que Darwin acertara. Foram principalmente os paleontlogos David Pilbeam e ElwynSimons que o apresentaram como sendo o antepassado do Homem. Com que base afirmavam isto? Com muito pouca base, pois dispunham to somente de alguns dentes do Ramapithecus, e nada mais. Com to pouco fundamento, a vida de astro da evoluo do "isavRamapithecus foi muito curta. Quando ele tinha apenas 12 anos de fama universitria, j lhe atiraram um primeiro ardo que o atingiu em cheio. O Dr. Robert Eckhardt, da Universidade de Pensilvnia, num artigo publicado em 1972 se perguntava se o Ramapithecus poderia ser tido como um ances4ral do homem, e respondia: Se se considera o fator de variabilidade gentica, a resposta no (Cfr. D.T. Gish, op. cit. p. 141). Eckhardt fez muitas medies dos dentes do Ramapithecus e do Dryopithecus, pois fora nestas medies que se fundara Pilbeam para afirmar que o Ramapithecus era antepassado do Homem. Ora, segundo as medies feitas por Eckhardt, havia mais variaes entre chimpanzs vivos do que entre o Ramapithecus e o Dryopithecus. Eckhardt concluiu ento que o
Ramapithecus era um macaco, quer quanto a seu aspecto morfolgico, como quanto a seu comportamento. Mais tarde, esta concluso de Eckhardt foi confirmada por outros cientistas que comprovaram que a arcada dentria do Ramapithecus era igual a dos macacos, pois no tinha a forma de ferradura, tpica do palato humano. Alan Walker e Richard Leakey estabeleceram em definitivo que o Ramapithecus nada tem a ver com a origem do homem. O prprio padrinho do Ramapithecus - David Pilbeam - afirmou que era um abuso concluir que o Ramapithecus andava ereto, apenas pelo exame dos seus dentes. Apesar disto, Pilbeam insiste que seu Ramapithecus um homindeo. Leakey e Walker, porm, consideram-no um mero orangotango, e to parecido com este animal que eles chegaram a declarar: hertico diz-lo, pode ser que os orangotangos so fsseis-vivos [do Ramapithecus ]. Entretanto, contradizendo as suas prprias concluses, Walker escreveu depois que o Ramapithecus era ancestral do orangotango, do chimpanz, do gorila e do homem (cfr. D.T. Gish, op. cit. p. 143). Aps tantas contradies, o Ramapithecus abandonou a passarela da fama, onde fez curta carreira.
b) Os Australopithecus
Estes continuam em plena glria, sob o foco dos holofotes da mdia e dos intelectuais materialistas. O primeiro deles foi achado em 1924 por Raymond Dart, que o denominou AustralopithecusAfricanus. Seu descobridor o apresentava como sendo parecido com os macacos na forma do crnio, mas tambm semelhante ao homem por algumas particularidades do crnio e dos dentes. Em 1936, foi achado um crnio de AustralopithecusAfricanus adulto, em Sterkfontein, no Transvaal. Dois anos depois, em Kromdraai, Robert Broom achou um fssil que foi classificado como AustralopithecusRobustus, por causa de seu aspecto mais rstico, grosseiro e forte, seus dentes grandes e grossos. Novas e importantes descobertas de fsseis africanos foram realizadas por Louis Leakey e por sua esposa Mary, na dcada de 1950 a 1960, na garganta de Olduvai, na Tanznia. Os fsseis por eles encontrados eram semelhantes aos que haviam sido descobertos por Broom. Pelo que encontraram os Leakey, chegaram concluso que os fsseis de Olduvai teriam cerca de 2 milhes de anos. Curiosamente, na mesma camada geolgica em que Louis Leakey encontrou os seus fsseis, havia tambm instrumentos armas de pedra. Um dos filhos de Leakey, Jonathan, achou um crnio fssil semelhante ao Australopithecus, porm com capacidade craniana bem maior -- cerca de 700 cc. -- o que levou os Leakey a consider-lo, inicialmente, como um intermedirio entre o Australopithecus e o homem. Louis Leakey chamou-o ento de Homo Habilis por causa dos instrumentos de pedra achados na mesma camada geolgica. Mais tarde, porm, o prprio Leakey classificou este fssil como um Australopiteco, por isto seu nome cientfico atual AustralopithecusBosei. Destes Australopitecos, distinguiram-se duas espcies diversas: uma, mais forte, e outra, relativamente mais delicada. So o AustralopithecusRobustus e o AustralopithecusAfricanus, ambos com pequena capacidade craniana (cerca de 500 c.c.), o que os aproxima dos gorilas. Os cientistas evolucionistas, em geral, chegaram concluso que estes seres andavam comumente de p. No houve, entretanto unanimidade. O clebre anatomista ingls SollyLordZuckerman estudou por mais de 15 anos estes fsseis, comparando-os com os ossos de macacos e de homens, e chegou concluso que o Australopithecus macaco! Charles Oxnard, outro cientista da Southern CaliforniaUniversity, tendo estudado o Australopiteco concluiu que, embora a maioria dos estudiosos tivesse considerado que o Australopiteco caminhava de p, e por isso era tido como antepassado do homem, seus estudos dos ossos deste ser o levavam a dizer que ele nem caminhava de p, nem parecia ser relacionado com o homem, e nem mesmo com os chimpanzs e com os gorilas. Rak e Clarke demonstraram tambm que o osso-bigorna do Australopiteco mais diferente do osso bigorna do homem, do que o , o dos macacos atuais. Os macacos atuais so ento, neste ponto, mais semelhantes ao homem do que o Australopiteco, e ningum ousa afirmar - hoje - que o homem vem do macaco. Pois no vem tambm do Australopithecus. c) Lucy Particularmente famoso se tornou o fssil descoberto, em Hadar, na Etipia, por Donald Johanson e Maurice Taieb, em 1973, e que inicialmente Donald Johanson e Taieb consideraram como sendo de um macaco. O osso que haviam achado era o da junta do joelho. Depois, tendo encontrado outros fsseis, consideraram que esta junta de joelho era semelhante humana. Da terem concludo que os fsseis de Hadar teriam pertencido a um ser intermedirio entre o macaco e o homem.
Quanto idade do fssil, atriburam-lhe 3.000.000 de anos, o que era um recorde para fsseis humanos. Este seria ento o mais velho fssil humano jamais encontrado. Tendo examinado a famosa junta do joelho de Hadar, Mary Leakey, Richard Leakey e C. Owen Lovejoy afirmaram que esta junta era a de um joelho humano. Em novas pesquisas no mesmo local, em 1974, descobriram-se novos fsseis, a respeito dos quais Donald Johanson declarou: Todas as teorias anteriores sobre a origem da linhagem que leva ao homem moderno, agora, tem que ser totalmente revistas. Ns devemos jogar fora muitas teorias e considerar a possibilidade de que a origem do homem se deu a mais de 4 milhes de anos atrs" (Cfr. D.T. Gish, op. cit. p. 152). No ms seguinte (novembro de 1974), Johanson achou um fssil de um osso do brao de um homindeo, e, depois, encontrou partes de um crnio, e outros ossos, formando, no total, cerca de 40% de um esqueleto. Era o esqueleto fossilizado de um ser feminino que Johanson denominou de Lucy, por que, na hora da descoberta, ouvia a cano dos Be atles Lucy in the Sky with Diamonds (cujas iniciais eram as do cido lisrgico, LSD). O crnio que haviam encontrado parecia ser o de um macaco, e sua capacidade era de cerca de 380 a 450 c.c. Johanson se apressou a proclamar que Lucy era um homindeo de 3,5 milhes de anos, que andava de p, tal qual os homens atuais, embora tivesse crnio macacide. Em 1975, novos fsseis foram encontrados em Hadar. Pertencia eles a 13 indivduos, sendo 9 adultos e 4 seres ainda jovens. Johanson logo chamou-os de A Primeira Famlia. No ano seguinte (1976), Donald Johanson e Maurice Taieb publicaram um trabalho no qual diziam que o material achado pertencia ao gnero Homo, e que Lucy tinha aspectos semelhantes ao Austalopitheco. Gish mostra que o ter dado um nome de mulher a seu fssil, o usar expresses como A Primeira Famlia, crianas, e ainda outros termos referentes a seres humanos induzia as pessoa a crer que, de fato, Lucy era o famosos elo perdido entre o macaco e o homem. Entretanto, logo surgiram as contestaes. Tim White, cientista que Johanson associara a suas pesquisas, divergiu dele, e afinal o convenceu de que os fsseis de Hadar eram simples Australopithecos. Desde ento mudou-se a sua denominao para AustralopithecusAfarensis. Montou-se ento o seguinte quadro geral:
Esta pretensa rvore genealgica do homem colocava um srio problema. Pelos longos anos de estudo feitos por LordZuckermann e por Oxnard a respeito dos AustralopithecusAfricanus e Robustus, ficara comprovado que eles no andavam com os dois ps, ao modo humano. Ora, se isto era certo, como ento um antepassado deles - Lucy - j andava de p h milhes de anos antes? Algo estava errado.
Outros cientistas, tendo estudado melhor os fsseis de Hadar, concluram que eram meros AustralopithecusAfricanus, contra a pretenso de Donald Johanson. Jack T. Stern e Ronald Susman, anatomistas da Universidade de Nova York, concluram por seus estudos dos fsseis de Hadar que eles eram seres que trepavam em rvores, levando vida quase que exclusivamente arbrea, embora ocasionalmente pudessem andar de p, no cho. Isto derrubava as pretenses de Donald Johanson de apresentar a sua Lucy como ser homindeo. Stern e Susman mostraram que Lucy e a Primeira Famlia tinham inmeras caractersticas macacides, entre as quais: a) mos longas e curvas, parecidas com as dos chimpanzs, e apropriadas para agarrar galhos; b) ps longos, encurvados e muito musculosos, prprios de seres que trepam em rvores; c) a cavidade glenide era tambm tpica de trepadores em rvores; d) a lmina ilaca era mais parecida com a do chimpanz do que do homem; e) a cabea do fmur era mais parecida com a do chimpanz do que com a do homem; f) o mesmo se dava com a fbula; g) a famosa junta do joelho, que Donald Johanson classificara como muito semelhante humana ou diretamente humana, foi considerada como macacide e prpria para locomoo arbrea. De tudo isto Stern e Susman concluram que os fsseis de Hadar -- inclusive Lucy -- eram Australopithecus, e que sua bipedalidade ocasional era semelhante dos chimpanzs e macacos -aranha. Por sua vez, Paul Turtle, um antroplogo de Chicago, concordou com Stern e Susman na tese de que Lucy devia ter tido vida arbrea.
Richard Leakey, um dos filhos do casal Louis e Mary Leakey, tornou-se famoso pelas descobertas feitas por sua equipe junto s margens do Lago Turkana(ex Lago Rodolfo), na frica Oriental. Richard Leakey, embora tendo aproveitado os ensinamentos e experincia de seus progenitores, no teve formao universitria regular, o que o obriga a recorrer a especialistas para analisar e classificar suas descobertas fsseis. Em 1968, Richard Leakey descobriu trs maxilares fsseis de Homindeos, junto ao Lago Turkana. No ano seguinte, ele encontrou um crnio de AustralopithecoBosei, semelhante ao chamado Homem de Olduvai, encontrado em 1959. Em 1972, um dos homens da equipe de Richard Leakey -- Bernard Ngeneo - achou restos fraturados de um crnio que foi denominado posteriormente de Crnio 1470, nmero tirado da classificao do fssil no Museu Nacional do Kenya. Os fragmentos encontrados foram ajuntados e solidificados, formando o crnio de um ser que classificaram como homindeo. Richard Leakey atribuiu a esse crnio 1470 uma idade to grande que pode, ento afirmar: Ou jogamos fora este crnio, ou jogamos fora nossas teoria sobre o homem primitivo. Em particular, a descoberta de Richard Leakey mais do que punha em cheque o fssil de Donald Johanson: eliminava como -o ancestral do homem, pois, se o Cr&acir#;nio 1470 era a de um antepassado do homem, ento, o fssil conhecido como Lucy no poderia mais ser considerado como tal. Os evolucionistas tinham que escolher en um ou outro. Os dois no poderiam tre ser antepassados do homem. Ocorre que tambm Donald Johanson considerava que, depois da descoberta de Lucy, nenhuma teoria sobre a origem do homem poderia ignor-la. O Crnio 1470 era surpreendentemente avanado para a enorme idade que atribuam - entre 3 e 4 milhes de anos. Ele no apresentava os ossos superciliares salientes, e o topo dele era elevado. Sua capacidade craniana era de cerca de 800 c/c., e seu aspecto era ainda mais moderno do que o do Homo Erectus, isto , ele tinha uma aparncia mais prxima do homem atual do que o Homem de Java e a do Homem de Pequim.
Assim o descreveu Leakey: No seu conjunto, a forma da caixa craniana lembra notavelmente a do homem moderno, faltandolhe as pesadas e salientes arcadas orbitais, que s&ati,de;o caractersticas do Homo Erectus de depsitos recentes na frica e na sia" (WalteSullivan, art. Crnio aumenta a histria, in O Estado de So Paulo). A descoberta de Richard Leakey jogava no lixo, todos os fsseis idolat2ados pelos evolucionistas. E ele fazia questo de apresent-lo como o mais autntico e comprovado antepassado do homem. Embora o crnio seja diferente do da nossa espcie Homo Sapiens, diferente tambm de todas as outras formas conhecidas do homem primitivo, no se encaixando, pois, em qualquer das teorias existentes sobre a evoluo do homem, afirmou R. Leakey. (Cfr. Walter Sullivan artigo Crnio aumenta a Histria, in O Estado de So Paulo, ). Em 1981, surgiu uma primeira divergncia. Enquanto Richard Leakey insistia que o Crnio 1470 era o de um Homo Habilis, um de seus cientistas adjuntos, Alan Walker afirmava que ele era um Australopiteco. Apesar disto Leakey insistia. Em uma conferncia em San Diego, na Califrnia ele afirmou: O Crnio 1470 invalida todos as teorias correntes sobre a origem do homem, mas nada existe para ser colocado no lugar delas (Cfr. D.T. Gish, op. cit. p. 166). Outras dvidas surgidas dizem respeito datao do Crnio 1470: embora encontrado numa camada antiga, ele estava to pouco fossilizado que tiveram que empregar substancias especiais para solidific e at um pingo que casse sobre ele era -lo, capaz de fur-lo. Se era to antigo, ele deveria ter um grau muito maior de petrificao. O prprio R. Leakey, assim como Alan Walker, haviam afirmado isto. Entretanto, em 1973, Leakey disse que todos os fsseis achados no Lago Turkana era pesadamente mineralizados. por que a contradio? Em debate com Donald Johanson, R. Leakey fez um grande x sobre a rvore genealgica do homem proposta por Donald Johanson em que Lucy era a figura principal, e quando este lhe perguntou o que colocava em seu lugar, Leakey escreveu um grande ponto de interrogao. Sobre esta grande divergncia, James Lewin, um articulista da famosa revista cientfica Nature, escreveu seu famoso livro The bonesofcontention (Os ossos da discrdia), deixando claras as divergncias entre os antroplogos evolucionistas em nossos dias. Tal foi o escndalo causado pelo livro de Lewin, que um dos comentadores do livro escreveu que ao contrrio do muitos apregoam, a objetividade cientfica um mito" (Folha de So Paulo, 1989) Tendo em vista os dados contraditrios entre o Australopitheco Lucy e o Crnio 1470, Stephen Jay Gould afirmou: Que restou de nossa escada, se h trs linhagenes coexistentes de Homindeos (A. Africanus, o robusto Australopicineos, e o H. Habilis), nenhum deles derivando claramente do outro? Mais ainda, nenhum dos trs desenvolvendo nenhuma fora evolucionria durante sua existncia na terra: nenhum deles se tronando mais cerebral ou mais ereto medida que se aproximavam dos dias atuais." (S. Jay Gould apud D.T. Gish, op. cit. p. 171).. Por essas razes Stephen Jay Gould passou a acreditar que no houve uma linhage direta, uma escada que levasse do m animal ao homem diretamente, mas que a evoluo se teria dado mais como um arbusto que se ramifica em vrias direes do que como uma linhagem direta. um modo de manter o dogma da evoluo de p -- como um arbusto -- j que a escala evolucionista desabou.
Enquanto se faz questo de acentuar caractersticas dos Australopithecus para que se pense que eles so verdadeiros ancestrais do homem, procura-se fazer crer que os fsseis que so realmente humanos tinham traos quase animais. O chamado Homem de Neanderthal est exatamente nesse caso. Procurou-se pint-lo de tal modo parecido com um macaco, que algum disse, com finura, que esse tenha sido um dos homens mais caluniados da Histria. O primeiro fssil desse tipo foi descoberto em 1854, no vale do rio Neander, perto de Dusseldorf. Em 1908, outro fssil semelhante foi achado em Saintes, na regio de Corrze, na Frana. Depois, inmeros outros exemplares foram encontrados atravs da Europa e sia, demonstrando que o chamado Homem de Neanderthal habitou vastas regies do mundo. Essa raa teria vivido desde uns 200.000 a 35.000 anos atrs. O fssil clssico de Neanderthal tinha como caracterstica mais marcante a grande salincia super-orbitria. Alm disto, sua testa era pequena, com ngulo facial acentuado, mandbula proeminente. Seus ossos indicam que ele tinha uma constituio fsica mais corpulenta que o homem atual Embora seu rosto tivesse traos grosseiros, que as reconstituies acentuaram ainda mais para aproxim-las do simiesco -evidentemente para que se tendesse a aceitar a tese evolucionista -- o Homem de Neanderthal tinha uma capacidade craniana
maior do que a do homem atual! Sabe-se bem que importncia deram os evolucionistas capacidade craniana como elemento comprovador da humanizao. Mas, no caso do Homem de Neanderthal, raramente se encontra um livro que destaque o fato de que ele tinha maior volume e capacidade craniana cerca de 10% maior do que a do homem de nossos dias. Quanto sua exagerada salincia supra-orbital, sabe-se, hoje, que isto era causado por acromegalia degenerativa, provocada por alimentao inadeqada. MarcelinBoulle generalizou a ideia de que o Homem de Neanderthal andava com a perna um tanto dobrada, e o corpo um tanto inclinado, como os gorilas. Entretanto, muitos crnios neanderthalenses encontrados apresentam o foramenmagnum idntico ao dos crnios modernos, provando que a pretensa posio curvada que lha foi atribuda imaginria. Daniel Cohen afirma que o aspecto estpido e a brutalidade comumente atribuda ao Homem de Neanderthal so antes conjeturas que refletem a formao e os preconceitos do artista que o reconstituiu. E acrescenta: No h prova nenhuma de que ele fosse estpido. Na realidade um tanto desconcertante observar que o tamanho mdio do comportamento cerebral do Homem de Neanderthal um pouco maior do que o do homem moderno -- 1600 c.c. -- comparado com os 1.450 c.c. deste ltimo (Daniel Cohen, Estudo do Homem de Neanderthal, in O Estado de So Paulo, 19 / I / 1969). Franois Bordes diz deste fssil que agora focalizamos: Reconstituies os apresentam como um pouco melhores do que os grandes macacos, e suas ferramentas so descritas como grosseiras (...) A verdade , entretanto, inteiramente diferente (F. Bordes, Mousteriancultures in France, artigo na revista Science, vol. 134, p. 803, 1961). O naturalista N. Mercier, analisando as descobertas arqueolgicas feitas em St,.Cesaire (Frana), em 1979, chegou concluso de que o Homem de Neanderthal coexistiu com o Homem de Cro-Magnon. Isto comprova ento que o Homem de Neanderthal no foi predecessor do Homem de Cro-magnon. Alm disso, ambos foram fabricantes de instrumentos e ferramentas toscas, embora as do Homem de Cro-Magnon sejam mais perfeitas. Ora, em St. Cesaire foram achados fsseis neanderthalenses junto com instrumentos feitos pelo Homem de Cro-Magnon! Em 1989, a revista Nature publicou um artigo de autoria de cientistas franceses e israelenses anunciando a descoberta de um esqueleto neanderthalense, que possua o osso hiide, que absolutamente fundamental para a fala. Isto comprovava que o Homem de Neanderthal era anatomicamente capaz de falar. O Dr. Baruch Arensburg da Universidade de TelAviv afirmou que os esqueletos encontrados numa caverna em Kebara, em Israel, tinha 60.000 anos. O osso hiide deste fssil idntico em formato, tamanho, e posio ao do homem moderno, e, portanto, o Homem de Neanderthal podia falar tanto como o chamado Homo Sapiens.(Cfr. O Estado de So Paulo, 28 / IV / 1989). Outra descoberta feita nas grutas de Shrinadar, na Prsia, entre 1950 e 1980 pelo Dr. Ralph Solecki, da Universidade de Colmbia, indica que o Homem de Neandrethal praticava j um culto aos mortos. Solecki encontrou em Shrinadar sete esqueletos neanderthalenses recobertos de p, que examinado, revelou possuir uma grande porcentagem de plen de flores. Ora, isto indicava que o Homem de Neanderthal compreendia o smbolo da flor, e, se colocava flores sobre seus mortos, era porque acreditava que alguma coisa deles continuava a existir mesmo aps a morte e putrefao dos cadveres. Portanto, acreditavam que havia algo imortal no homem, e que, de algum modo, haveria um vida aps a morte. A respeito disso, diz Daniel Cohen: A descoberta das flores morturias de Shrinadar veio reforar um argumento h muito tempo exposto por uma minoria combativa de antroplogos e paleontlogos - que o Homem de Neanderthal um antepassado direto e perfeitamente digno do homem, e no uma espcie de produto final de uma evoluo simiesca.
EVOLUO E F
Na Histria da Igreja, sempre que aparece uma heresia, surge, em seguida, uma corrente que passa a defender uma posio intermdia entre a ortodoxia e a heresia condenada. E, normalmente, mais perigosa a semi-heresia do que a heresia primeira rotundamente proposta. Evidentemente, no existe uma semi- heresia. Ou uma tese ortodoxa ou hertica. Mas a Igreja, sabiamente sempre distinguiu, na heresia e no erro, matizes mais ou menos graves. com a semi-heresia, com as afirmaes veladas e torcicolosas, com as teses suspeitas e com sabor de heresia que os hereges buscam, sempre e astuciosamente, infiltrar suas doutrinas mais heterodoxas. Por outro lado, assim como h pessoas mais comedidas e tendentes ao equilbrio, outras h que, fingindo combater exageros e posies extremas, na verdade, esto sempre buscando acordos com o erro e com o mal. Estas ltimas so os mais perigosos veculos do erro, pois sua aparente moderao lhes d um crdito que lhes facilita a introduo de erros velados. A heresia oculta ou velada sempre a mais perigosa. Com a apario da tese hertica de Darwin -- e hertica porque negadora de que h um s Deus "criador de todas as coisas visveis e invisveis -- logo surgiram catlicos que procuraram defender uma conciliao entre o evolucionismo darwinista e o catolicismo. Evidentemente, preciso distinguir entre aqueles que procuravam estudar a questo, buscando escoimar o que talvez pudesse haver de verdade cientfica no que diziam os evolucionistas e a doutrina catlica. Estes merecem louvor, enquanto procurando salvar a verdade, tinham em mira a condenao clara e total da heresia. Contudo, outros houve que, a pretexto de salvar a verdade, buscavam e buscam, de fato, uma aprovao da tese errnea. este evolucionismo cristo -- o evolucionismo mitigado -- que pretendemos criticar. A heresia que deu acolhida aberta ao evolucionismo aplicado at mesmo metafsica e Teologia foi o Modernismo, a heresia mais sutil e camalentica como jamais houve outra. O Modernismo defendeu a tese de que a prpria Divindade evolua, e, assim sendo, todo ser evolua tambm. Em conseqncia, a verdade seria constantemente mutvel e jamais poderia se afirmar algo como estvel. Por isso, os prprios dogmas da Igreja evolueriam, no tempo. Tudo seria ento relativo e instvel. Credo, Moral, Esttica, verdade, bem e beleza, tudo seria mutvel. E sobre este relativismo metafsico que se construiu a Babel do sculo XX, com sua incerteza doutrinria, seu relativismo moral, susanti-arte, e mesmo - aps o Vaticano II -- sua Nova Igreja evolutiva, humanista e instvel. Na base de todos estes erros do Sculo de Auschwitz e do Gulag est o evolucionismo darwinista. Relembremos ento que: 1) Darwin lanou a sua teoria da Evoluo das espcies como tese comprobatria do materialismo e do atesmo. Foi por isso que ele recebeu a admirao e o apoio de Karl Marx. 2) Alm disto absolutamente necessrio frisar que o evolucionismo fruto de uma concepo metafsica de cunho gnstico, pois que a tese de que todo ser evolui est na essncia da Gnose, e exige uma metafsica dialtica inconcilivel com o catolicismo. 3) A heresia Modernista - condenada por So Pio X na encclica Pascendi -- era gnstica e, como tal, tinha que defender uma metafsica evolucionista que ela aplicava quer prpria Divindade, quer ao seres criados. 4) Condenado o Modernismo, ele no desapareceu. Pelo contrrio est hoje triunfante, quer nos ambientes teolgicos, quer nos boletins paroquiais, desde o simples sacristo at nos documentos episcopais, desde as simples beatas que repetem o que diz o vigrio como se fosse palavra infalvel, at nos documentos do Vaticano II, conclio pastoral, portanto falvel. Vimos, nos captulos anteriores deste trabalho, que o evolucionismo jamais foi comprovado cientificamente. Nos meios cientficos mais idneos, ele sofreu, e sofre ainda mais hoje, aps as descobertas bioqumicas, contestaes contundentes. Paradoxalmente, nos meios religiosos seu prestgio cresceu. Entre os cientistas, o evolucionismo tido como tese no comprovada e at como bazfia. Desgraadamente, nas fileiras do clero, ele tido por muitos eclesisticos quase como um dogma. Certos padres temem mais atacar a evoluo do que a existncia do inferno.
Um sculo depois da morte de Darwin, suas teorias continuam no estgio de hiptese. E de uma hiptese sobre a qual caiu a desonra de vrias aes fraudulentas. Mas, se o evolucionismo materialista padece de tantas hipotecas e fraudes, o evolucionismo mitigado fez carreira. E carreira eclesistica. Embasbacados ante o progresso cientfico, extasiados ante os avanos da tcnica, e na nsia de conciliar a Igreja com o mundo moderno - tese condenada pelo Syllabus de Pio IX -- muitos catlicos procuraram harmonizar Darwin e Moiss, o evolucionismo e o criacionismo. Inventou-se o evolucionismo mitigado, um darwinismo cristo. Para o evolucionismo mitigado, a tese central do darwinismo seria certa: a evoluo, de fato, existiria e estaria j comprovada. Entretanto, eles procuram batizar o Darwinismo, afirmando que Deus teria j criado o mundo sob a lei da evoluo. Em determinado momento da evoluo, Deus teria tomado um animal e lhe teria infundido uma alma imortal. Deste modo, Darwin poderia receber o Nihil Obstat e o Imprimatur episcopal e, mesmo, pontifcio. O principal evolucionista cristo foi o Padre jesuta Pierre Teilhard de Chardin, famoso por sua participao nas fraudes do Homem de Piltdown e do SinanthropusErectus, como tambm por seu sistema gnstico - pantesta - cristo, inteiramente afim heresia modernista.. Outro importante defensor do evolucionismo mitigado foi o famigerado Cardeal Augustin Bea, ele tambm jesuta, confessor de Pio XII, de quem foi muito amigo, e, depois, um dos principais responsveis pelos erros ecumnicos do Vaticano II, especialmente nos documentos sobre ecumenismo e sobre os judeus. Teria sido o Cardeal Bea o inspirador da encclica Divino AflanteSpiritu, de Pio XII, que entreabriu suave silenciosamente as portas da Igreja para erros muito graves. Teria sido ele tambm o inspirador de Pio XII na redao da encclica Humani Generis, particularmente na parte que trata da evoluo. Na Humani Generis Pio XII faz restries s teses evolucionistas, especialmente quanto s conseqncias que decorreriam da aceitao da origem simiesca do homem. Com efeito, se o homem veio do macaco -- ou de qualquer outro animal que fosse -- seria lgico admitir que vrios macacos teriam evoludo at o estgio humano. Deste modo, os homens no descenderiam de um s casal. Teriam existido vrios casais originais das vrias raas humanas. No teria existido o monogenismo, e sim um poligenismo. Em conseqncia, a tese do pecado original de Ado e que foi herdado por todos os homens ficaria comprometida. E, com o poligenismo e a negao do pecado original, eram comprometidas a redeno por Cristo, o Batismo, a Igreja e toda a revelao. Por isso, Pio XII, na Humani Generis, afirmou que o poligenismo de modo algum poderia ser aceito. Pio XII, inicialmente nessa encclica, tomou posio firme contra o evolucionismo ao dizer: H efetivamente, alguns que, admitindo sem prudncia e discrio o sistema que chamam da evoluo, que ainda no est provado de modo indiscutvel no prprio campo das cincias naturais, pretendem estend-lo origem de todas as coisas, e audaciosamente sustentam a opinio monstica e pantesta de um universo sujeito contnua evoluo; opinio que os fautores do comunismo aceitam com fruio, para defender e propagar mais eficazmente seu materialismo dialtico, arrancando das almas toda noo testica. Os delrios de semelhante evoluo pelos quais se repudia tudo o que absoluto, firme e imutvel, abriram caminho para a nova filosofia aberrante que, em concorrncia com o idealismo, imanentismo e pragmatismo, recebeu o nome de existencialismo, como quer que, desdenhadas as essncias das coisas, s se preocupa com a existncia de cada um singularmente. Pio XII lembra, depois que, muitos catlicos pediam que a Igreja levasse o mais possvel em conta as novas descobertas da Cincia. O Papa diz ento que, quando se tratar de verdadeiras descobertas cientficas, certamente a Igreja deve lev-las em conta. Mas, quando se trata de meras hipteses ainda no comprovadas, deve-se agir com bastante prudncia. ... o magistrio da Igreja no probe que, conforme o estado atual das cincias humanas e da sagrada Teologia, se trate nas investigaes e disputas dos entendidos em um e outro campo, da doutrina do evolucionismo enquanto busca a origem do corpo humano em uma matria viva preexistente - pois as almas nos manda a f catlica sustentar que so criadas imediatamente por Deus -- ; porm, de maneira que com a devida gravidade, moderao e temperana, se sopesem e examinem as razes de uma e outra opinio, isto , dos que admitem e dos que negam a evoluo, e desde que todos estejam dispostos a obedecer ao juzo da Igreja, a quem Cristo encomendou o encargo de interpretar autenticamente as Sagradas Escrituras e defender os dogmas da F. Estas palavras de prudncia foram ditas para um mundo impregnado de princpios e de mentalidade evolucionista e relativista. Foi como se algum permitisse a discusso, num clube em que houvesse muitos alcolatras, dos possveis benefcios do vinho, j que diz a Escritura O vinho alegra o corao do justo . A posio assumida pela Humani Generis, embora tendo condenado o poligenismo, abriu a porta para uma qui possvel comprovao do evolucionismo pela Cincia, e da sua aceitao pela doutrina catlica.
Pio XII constatava que, j em seu tempo, muitos pensadores catlicos haviam ultrapassado os limites prudenciais de uma simples discusso sobre a hiptese evolucionista, tratando do problema, como se ele fosse j tese cientificamente comprovada. O Papa lamentava essa atitude imprudente, mas lembrava a estes que o poligenismo no era admissvel. Mas, quando se trata de outra hiptese, a do chamado poligenismo, os filhos da Igreja no gozam da mesma liberdade. Porque os fiis no podem abraar a sentena dos que afirmam que depois de Ado existiram na terra verdadeiros homens que no procederam daquele como do primeiro pai de todos por gerao natural, ou que Ado significa uma espcie de multido de primeiros pais (Pio XII, Humani Generis, Denziger 2328). So, pois, duas as teses consideradas inadmissveis por Pio XII:
1) que depois de Ado nem todos os homens descenderam dele, por gerao natural; 2) que o nome de Ado designa uma multido de pais, e no apenas uma s pessoa humana.
O texto, porm, bastante sutil. Deve-se admitir que DEPOIS de Ado todos os homens descendem dele. E ANTES de Ado? O texto de Pio XII deixa aberta a possibilidade de que tivessem existido homens antes de Ado!!! E esta possibilidade permitiria conciliar o evolucionismo com o catolicismo. E foi por esta brecha que os evolucionistas e modernistas se precipitaram, para invadir a fortaleza catlica. E a invaso foi de tal porte, e de tal importncia que Joo Paulo II, no discurso que j citamos Academia Pontifcia de Cincias em outubro de 1996 admite que o evolucionismo deixou de ser hiptese para ser tese cientificamente demonstrada, quando para a Cincia mais upto date o evolucionismo darwiniano BAZFIA. O prprio Cardeal Bea -- de to triste memria -- afirmou que o evolucionismo enfrenta obstculos intransponveis para conciliar-se com os dados da Escritura. Ainda quanto origem do corpo de Ado, diz o Cardeal Bea, seria possvel haver uma tentativa de harmonizao entre evolucionismo e catolicismo. O problema Eva! Porque a Sagrada Escritura afirma que Eva foi tirada de Ado, e para o evolucionismo, ela tambm teria que ter tido origem de um animal preexistente. Impossvel harmonizar Escritura e evoluo. A Sagrada Escritura diz No! ao evolucionismo! Vejamos ento agora, sinteticamente, o que se pode argumentar contra o evolucionismo mitigado. Evidentemente, todos os argumentos de carter metafsico que enfileiramos contra o evolucionismo valem tambm contra o evolucionismo em sua forma mitigada, modernisticamente crist. E, em primeiro lugar, o princpio de que do menos no pode provir o mais. Os evolucionistas mitigados admitem que Deus teria criado a matria sob a lei da evoluo, e que, da matria bruta at a clula, e da clula at o animal, teria existido, de fato, evoluo do menos para o mais. Afirmam ainda que, em certo momento da evoluo, Deus teria infundido uma alma racional em um animal j existente. Ora, se Deus teria criado toda a natureza sob a lei da evoluo, para que precisaria Ele ter intervindo para criar a alma humana? No seria a alma racional, ela tambm, fruto dessa evoluo? E, para estes evolucionistas, o que diz a Escritura no seria obstculo sua teoria, porque, se se pode discutir, como diz Pio XII, a origem simiesca do homem, apesar dos dados da Escritura, por estes dados deveriam ser aceitos quando se trata da alma humana? Deus criou o universo sua imagem e semelhana. Todas as coisas visveis foram feitas para refletirem as qualidades invisveis de Deus. o que ensina So Paulo na Epstola aos Romanos: Porque as qualidades invisveis de Deus, depois da criao, tornaram-se visveis, sendo compreendidas atravs das coisas criadas" (Rom. I,20). Ora, Deus imutvel, e sua imutabilidade tem que ser refletida por alguma coisa nas coisas mutveis criadas. E uma das coisas pelas quais se reflete a imutabilitade de Deus nas coisas mutveis a imutabilidade das formas e das espcies. Deus
fez as coisas acidentalmente mutveis, com essncias ou naturezas imutveis. (Cfr. Collin, Manual de Filosofia Tomista, Gilli, Barcelona, 1950, n. 65, I vol, p. 107). O evolucionismo mitigado, admitindo a evoluo apenas da matria, no escapa das condenaes feitas pela Igreja contra o Relativismo e o Modernismo. Pois, se h evoluo contnua da matria, ento impossvel formar-se ideia estvel do que seja qualquer coisa. No se poderia ter ideia do que cada coisa . No existiria ento verdade, adequao da ideia do sujeito conhecedor ao objeto conhecido, porque tanto o objeto quanto o sujeito observador estariam em contnua mudana. No existiria a verdade. O evolucionismo - mitigado ou bruto - leva ao relativismo heraclitano, destruindo toda a Criteriologia catlica, com desastrosas e heterodoxas conseqncias teolgicas. porque o evolucionismo conduz logicamente ao materialismo e ao relativismo que os marxistas oapiam totalmente. O evolucionismo mitigado abre ento as portas para a introduo do relativismo e do socialismo entre os catlicos. Alis, foi o que se registrou em toda a conturbada Histria do sculo XX No decreto Lamentabili, o Papa So Pio X condenou as seguintes teses como expresses da heresia e da mentalidade Modernista: LVIII: A verdade no menos imutvel do que o homem, pois que evolui com ele, nele e por ele. LXIV: O progresso das Cincias exige que se reformem os conceitos da doutrina crist sobre Deus, a Criao, a Revelao, a Pessoa do Verbo Encarnado e a Redeno. (Note-se que So Pio X condena a ideia modernista da reviso do conceito catlico sobre a criao, que os Modernistas desejavam conciliar com a Cincia evolucionista). Convm recordar ainda que a doutrina da imutabilidade das essncias criadas se acha respaldada pelo prprio texto sagrado, j que no Gnesis se repete por dez vezes que Deus criou as coisas segundo a sua espcie, ao dizer que cada planta e cada animal tinha frutos e filhotes segundo a sua espcie isto , de acordo com o seu DNA. Por outro lado, preciso levar em grande conta que, na Sagrada Escritura o verbo Bara -- criou -- s utilizado quando o seu sujeito Deus, e que esse verbo significa sempre o fazer de Deus. Bara significa sempre que Deus fez algo que transcende a ordem natural, ou que fez algo novo. (Cfr. Num. XVI, 30 e Jer. XXXI, 22). No captulo I do Gnesis, o verbo Bara empregado para dizer que Deus fez algo novo, que fez algo do nada, isto , que Deus criou. Ento, quando se l, nesse captulo I do Gnesis, que Deus diz: Faamos -- (Bara) -- o homem nossa imagem e semelhana" (Gen. I, 26), deve-se entender que Ele criou o homem. Note-se ainda que no est dito: Faamos a alma do homem, e sim Faamos o homem. Ora, o homem no apenas a alma. tambm o corpo. Deve-se ento entender que Deus criou o homem - corpo e alma. Evidentemente, deve-se lembrar que o texto sagrado diz expressamente que Deus fez o corpo do homem do limo da terra, isto , que o corpo do homem no foi criado do nada, mas que o Criador utilizou uma matria criada precedentemente. E o evolucionismo mitigado pretende ento que por limo da terra pode-se entender um animal j existente. Esta interpretao bastante forada, pois se tivesse Deus usado o corpo de um animal j existente para fazer dele o corpo do homem, o normal seria ter dito isso mesmo. Para que e por que chamar o macaco de limo da terra? Afirmar que limo da terra deve ser entendido como macaco ou primata, apenas um wishfullthinking" do evolucionismo mitigado, sem qualquer base lgica ou exegtica. Ademais, a alma humana devia ser infundida num corpo material que lhe fosse proporcionado. O corpo est para a alma, assim como a matria est para a forma substancial. Infundir uma alma humana num corpo de um primata seria to incoerente como por um programa sofisticadssimo de computador no primitivo modelo AT. O programa no funcionaria, pois o hardware" no seria proporcionado a um mais sofisticado software. O crebro e o sistema nervoso de nenhum animal suficiente para permitir o funcionamento da alma humana. Logo, Deus no utilizou o corpo de nenhum animal para infundir nela a alma humana racional. O corpo serve a alma captando, atravs dos sentidos materiais, as informaes necessrias para que a potncia intelectiva da alma abstraia o conhecimento racional. Alm disto, a alma usa o corpo para exprimir ideias e sentimentos. Ora, todo rgo usado para exercer uma funo tem que ser proporcionado a ela, a fim de que a funo possa ser convenientemente exercida por ele. Nenhum corpo animal proporcionado e capaz de ser usado pela alma racional humana. logo, Deus no infundiu alma humana num animal j existente, para criar o homem. Ele fez da terra um corpo especialmente apto para receber a alma racional. (Cfr. So Toms, Suma Teolgica, I, q 76, a. 5). Por isso tambm que So Paulo ensinou: Nem toda carne a mesma carne, mas uma certamente a carne dos homens, e outra a dos animais; uma a das aves, e outra a dos peixes" (I Cor. XV, 39). Se a carne dos homens no a mesma do que a dos animais, isto significa que o corpo dos homens no o mesmo que o dos animais, e que, portanto, Deus no infundiu a alma humana num animal j existente, para criar o homem.
doutrina teologicamente comum, sancionada por um decreto da Comisso Bblica, que o relato do Gnesis ensina a formao imediata do corpo de Ado, e, sobretudo, o de Eva, o que descarta a produo do corpo humano por via de evoluo. (E. Collin, Manual de Filosofia Tomista, LuisGillii editor, Barcelona, 1950, vol I, n. 145, p. 208). Alis, se Deus tivesse utilizado um ser j vivo, e em cujo corpo teria infundido uma racional, evidente que o homem e este animal teriam o mesmo cdigo gentico, e ento seria possvel um cruzamento entre eles. Ora, o macaco no tem cdigo gentico idntico ao do homem. So duas espcies diferentes, e, por isso mesmo, impossvel um cruzamento entre eles. Outra dificuldade com que se depara o evolucionismo mitigado que o relato bblico diz: O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra e inspirou no seu rosto um sopro de vida, e o homem tornou-se alma vivente" (Gen. II, 7). Tenha-se ateno que o texto diz claramente que Deus inspirou no rosto do homem Um sopro de vida, e o homem tornou-se alma vivente. Logo, o corpo plasmado de barro no tinha vida. No era, pois, o corpo de um animal j existente. A menos que se queira dizer que Deus utilizou o corpo de um macaco ou primata j morto, o que seria bem ilgico -- pois teria que se admitir a evoluo de um corpo animal morto para um corpo vivo e mais perfeito que o do animal -- e pouco digno. Se Deus inspirou vida ao corpo que plasmara, esse corpo era inanimado e no morto. Por isso a Escritura diz que Deus fez o homem do limo da terra, isto , de uma matria inorgnica e no morta. E se fosse legtimo dar expresso limo da terra tal amplitude que poderia ser entendida como animal j existente, que se deveria entender, -- e que restaria da F --aplicando-se a mesma amplitude ao anjo da anunciao, ou ao sentido de ressurreio? Chegar-se-ia lgica e hereticamente onde chegaram Loisy e Hans Kung. Este ltimo afirmando que a ressurreio de Cristo foi a maior fraude da Histria. Se Deus tivesse agido como interpretam os evolucionistas mitigados, toda a narrao da Escritura sobre a moldagem do corpo de Ado por Deus seria intil e enganadora. O nome de Ado e a palavra hebraica que significa terra - adam -- so evidentemente relacionados. Se Deus tivesse feito o homem de um animal j existente, o uso do termo adam teria sido ilgico. Ado proveio ento da terra e no de um animal j existente. Como vimos, o evolucionismo mitigado desemboca logicamente no poligenismo. Vimos tambm que Pio XII condenou o poligenismo, como contrrio F, na encclica Humani Generis. Ora, no se v, de modo algum, como estas afirmaes [dos que admitem o poligenismo] se possam conciliar com o que as fontes da revelao e os atos do Magistrio da Igreja nos ensinam acerca do pecado original, que provm de um pecado verdadeiramente cometido individualmente por Ado, e que, transmitido a todos por gerao, inerente a cada um como prprio" (Cfr. Rom. V, 12-19; Conclio de Trento, Can. 1-4, Pio XII, Humani Generis, n. 36). Por outro lado, se o poligenismo fosse verdadeiro, no s o dogma do pecado original ficava destrudo como demonstrou Pio XII, -- e com ele toda a doutrina catlica sobre a Redeno e o Redentor -- como tambm no se poderia afirmar que os homens so todos irmos. O que negaria o dogma da fraternidade universal manica, assim como todo o sentimentalismo humanitria. Este um argumento apenas ad haereticos, mas que vm a plo. Muitos se impressionam por certas semelhanas acidentais entre o macaco e o homem. Ora, h outros animais que tem outras semelhanas acidentais com o ser humano. Por exemplo, o papagaio fala; o golfinho capaz de aprendizado extraordinrio; o elefante tem uma memria muito grande. Estas semelhanas, assim com outras semelhanas que lembram virtudes ou vcios humanos mostram apenas que Deus fez os animais representando simbolicamente virtudes ou pecados dos homens, para que o homem, considerando a atuao animal, agisse melhor racionalmente. Por isso diz a Sagrada Escritura: Repara na forma de certos animais, porque at a sua forma no indica neles nada de bom, porque a beno de Deus se retirou deles depois do pecado (Sab. XV, 19). " Ora, a figura do macaco uma caricatura grotesca do homem pecador, do homem animalizado e tornado ridculo por seus pecados. Esta a relao de semelhana entre os dois, e no a que existe entre causa e efeito. Dizer que o macaco parecido com o homem, e que, por isso, deve ser seu antepassado, confundir a caricatura de algum com a sua causa eficiente segunda. O homem foi criado por Deus como rei de toda a criao: Dominai sobre os peixes do mar e as aves do cu, e sobre todos os animais que se movem sobre a terra" (Gen. I, 28) ordenou Deus ao homem. Ora, o termo dominai indica que Deus deu ao homem um senhorio sobre os animais, senhorio que implica uma transcendncia sobre eles, inclusive o macaco.
Tendo o homem sido feito do limo da terra e de alma espiritual racional, ele um resumo de toda a criao, coisa que no seria to clara se Deus tivesse utilizado um corpo de animal para dele fazer o corpo do homem. Se tivesse sido assim, o homem tenderia a desprezar os seres inferiores ao mundo animal. Quando Cristo se encarnou, Ele dignificou toda a criao, porque no homem se sintetizava todo o universo criado, desde a matria bruta at o esprito.
VII.2 - Eva
A doutrina do evolucionismo mitigado traz graves conseqncias com relao origem de Eva e suas relaes com a posio da Igreja face a Cristo. A primeira pergunta aos que defendem o evolucionismo mitigado : E Eva? Como surgiu a mulher? Teria sido ela tambm feita de um animal j existente? No proveio ento Eva do homem? E como fica ento a doutrina do pecado original? Pois se Eva no veio de Ado, nem todos os seres humanos provem dele. O texto da Escritura que narra a formao do corpo de Ado lido pelos evolucionistas mitigados como sendo um relato puramente simblico. Eles tem muito mais respeito humano quanto ao relato da criao de Eva. Como defender ante uma assemblia de universitrios ateus que Eva foi feita de uma matria tirada do flanco de Ado? E logo o respeito cientificamen te humano os leva a ridicularizar o relato bblico, perguntando se o homem tem uma costela a menos do que a mulher. No. O ser humano -- tanto o homem quanto a mulher - tm doze costelas, assim como Cristo teve doze apstolos, o ano doze meses, e o dia doze horas. E um dos apstolos traiu Cristo, assim como Eva traiu Ado, levando-o a pecar. A Sagrada Escritura conta que Ado ps nome conveniente a todos os animais (Cfr. Gen. II, 20). Na Escritura, dar nome significa exprimir sua essncia, e, ao mesmo tempo, exprimir domnio sobre o nomeado, porque s o senhor de algo pode nome-lo. Ado deu nome aos animais, depois que Deus disse que no era bom que o homem estivesse s: No bom que o homem esteja s; faamos-lhe um adjutrio semelhante a ele" (Gen. II, 18). E por que no era bom que o homem estivesse s? Em primeiro lugar, porque o homem um ser social ao qual Deus deu linguagem capaz de exprimir seus pensamentos. Se o homem vivesse s, a linguagem seria mais do que um dom intil, mas prejudicial, porque ter pensamentos e no poder exprimi-los, ou ser intil exprimi-los seria mais um peso do que uma vantagem. Alm disso, Deus fez o homem sexuado, para poder gerar. E assim como fizera os animais macho e fmea, assim tambm deveria fazer um ser humano feminino, a fim de que fosse possvel a gerao. Por isso disse Deus que faria para o homem um adjutrio semelhante a ele, e comenta So Toms, que este adjutrio s poderia ser para a gerao, pois que, se fosse para trabalho, teria feito outro homem que lhe seria mais til do que a mulher, mais fraca fisicamente. Diz o texto sagrado que fez Deus passar diante de Ado todos os animais, e acrescenta: mas no se achava para Ado um adjutrio semelhante a ele" (Gen.II, 20). Foi ento que Ado nomeou todos os animais e no viu entre eles nenhum que lhe fosse semelhante. Nem o macaco, embora de cdigo gentico aparentemente to prximo. E quando Deus fez Eva de uma costela de Ado este, ao v-la exclamou: Eis aqui, agora o osso de meus ossos e a carne de minha carne" ( Gen. II, 23) Por que agora? Porque, desta vez, Ado via que Eva lhe era semelhante, embora no tivesse o exame de seu cdigo gentico. Eva era carne de sua carne, osso de sues ossos, isto , tinha a sua mesma natureza, o seu mesmo cdigo gentico. E ela era chamada Virago, porque do varo foi tomada" (gen. II, 23). O texto do Gnesis ento bem explcito: Eva foi tomada de Ado. Foi feita de sua matria, e no de um ser animal anterior e predecessor do homem. E Pio XII repete esta mesma lio: O auxlio dado por Deus ao primeiro homem procede do homem e carne de sua carne, formada como companheira, que do homem recebe o seu nome, porque foi tomada do homem" (Pio XII, Alocuo Pontifcia Academia de Cincias, 30 / XI / 1941, Acta ApostolicaeSedis, XXXIII, 506, apud D. Estevo Bettencourt, OSB, Cincia e F, Rio de Janeiro, 1958, p. 105).
O prprio e insuspeito Cardeal Bea -- de triste, ecumnica e pouco ortodoxa memria -- ex Reitor do Pontifcio Instituto Bblico, escreveu No se v outra soluo possvel sob o ponto de vista exegtico e teolgico seno afirmar que Eva foi formada de uma parte do corpo de Ado por especial interveno de Deus, e isto a fim de que fossem imaculados mediante tal proceder, algumas verdades religiosas fundamentais e de suma importncia (AgustinBea, QuestioniBibliche, II, 52, apud D. Estevo Bettencourt, op. cit. p. 104). A teoria da evoluo contraria diretamente o texto da Sagrada Escritura. E no se trata de ter um sentido apenas literal da Bblia, ou de lhe dar o que os racionalistas chamam de interpretao fundamentalista. Vejamos, ento, se o sentido analgico do Gnesis favorvel evoluo. Ao tratar do significado do matrimnio cristo e do sentido da unio conjugal, So Paulo nos ensina: Este mistrio [sacramento] grande, mas eu o digo em relao a Cristo e Igreja" (So Paulo, Ef. V, 32) Por que So Paulo diz isto? A descrio da formao do corpo de Eva a partir de uma matria retirada do flanco de Ado sempre foi tida como uma imagem proftica no s do que ocorreria com Cristo no Calvrio, como tambm da relao de Cristo com a Igreja. Assim:
Ado foi o primeiro homem, no tempo. Deus deu a Ado um profundo sono, imagem da morte. Enquanto Ado dormia, Deus abriu o seu flanco. Do lado de Ado Deus retirou uma matria. Da matria retirada de Ado Deus fez o corpo de Eva.
Cristo o primeiro dos homens em valor. Cristo morreu na cruz. Depois que Cristo morreu na cruz, o centurio abriu-lhe o flanco com a lana. Da chaga do peito de Cristo saram sangue e gua. Do lado de Cristo nasceu a Igreja, divina e humana. Divina por sua cabea -- Cristo, representado pelo sangue. Humana por seus membros -- os homens-representados pela gua. A Igreja a nica esposa de Cristo. O que -- diga-se de passagem, mas bem a propsito - -- condena o ecumenismo. Cristo e a Igreja se unem para ter os filhos de Deus. Deus poderia salvar os homens falando-lhes, pela graa, diretamente ao corao. No o fez e no o quer fazer. Ele quer salvar os homens por meio de outros homens enquanto membros da Igreja. Cristo s tem e s pode ter uma nica Igreja, uma nica esposa, um nico corpo mstico, da qual impossvel separ-lo. Por isso tambm Ado no pode se separar de Eva. O divrcio ilegtimo.
Caso o relato da Sagrada Escritura sobre a formao do corpo de Eva no fosse histrico, toda a doutrina da Igreja como Corpo Mstico de Cristo ruiria por terra, com graves conseqncias para a F, para o sacramento do matrimnio, assim como para o celibato sacerdotal. Alis interessante constatar que a substituio da doutrina da Igreja como Corpo Mstico de Cristo pela doutrina da Igreja como Povo de Deus no Vaticano II, ao abrir as portas para o ecumenismo, abriu tambm enorme brecha para uma maior facilidade nos processos de nulidade matrimonial -- que hoje eqivalem quase aceitao prtica do divrcio - tanto quanto para o abandono do celibato sacerdotal. H mais de um sculo, se tem procurado adaptar o texto revelado a fbulas e delrios pretensamente cientficos. Michael Behe dir a bazfias, que como ele chama a teoria darwinista. Hoje, a prpria Cincia que desmente essas bazfias, fbulas e delrios.
Almeida, Fedeli, Vanini, - "Evolucionismo: dogma cientfico ou tese teosfica?" MONTFORT Associao Cultural http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cadernos&subsecao=ciencia&artigo=evolucionismo&lang=bra Online, 29/07/2011 s 08:28h