MEMOREX-PMGO (Rodada 3)
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Memorex PM GO – Rodada 03
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Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
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ÍNDICE
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LÍNGUA PORTUGUESA
DICA 01
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Os acentos gráficos estabelecem, de acordo com as regras existentes, a intensidade
das sílabas nas palavras. Na língua portuguesa, os acentos gráficos são:
Ex.: à; àquela.
A acentuação gráfica relaciona-se com a posição da sílaba tônica nas palavras. Existem
regras específicas para palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
DICA 02
REGRAS GERAIS
A fim de compreender adequadamente as regras, veja estes conceitos iniciais em
relação à sílaba tônica das palavras:
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Palavras proparoxítonas: as antepenúltimas sílabas são tônicas.
Ex.: bíceps.
CUIDADO: Por exemplo: PÓLEN leva acento, mas o plural “polens” não possui
acento!
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ATENÇÃO!
Os ditongos abertos (“ei”, “oi”) das paroxítonas não devem ser acentuados.
Ex.: ideia, joia, paranoia e assembleia.
TOME NOTA: A palavra “herói”, por exemplo, continua sendo acentuada. Embora
possua ditongo aberto “ói”, ela é oxítona, não é paroxítona.
DICA 04
OXÍTONAS E PROPAROXÍTONAS
QUESTÃO
A alternativa em que a acentuação de todas as palavras se justifica pela mesma regra
é:
A) ausência, indivíduo, país.
B) vivência, más, família.
C) potável, contrário, água.
D) análoga, prática, público.
GABARITO: Alternativa D, pois são proparoxítonas e TODAS as proparoxítonas são
acentuadas.
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DICA 05
ENCONTROS VOCÁLICOS
Ocorre quando existe um encontro de vogais em uma palavra. São classificados em:
hiato, ditongo e tritongo.
Hiato: caracteriza-se por ser o encontro de 2 vogais, mas elas estão separadas, cada
uma em uma sílaba. Exemplo: Saúde (Sa-ú-de).
Ditongo: caracteriza-se pelo encontro de 2 vogais que estão na mesma sílaba, mas
uma delas é uma semivogal. Exemplo: Glória (Gló-ria)
DICA 06
OXÍTONAS
As palavras são oxítonas porque têm a sua última sílaba tônica. Há as seguintes
regras:
TOME NOTA: Palavras como “coração” e “sabão” são oxítonas não acentuadas,
pois o til (~) não é um acento.
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QUESTÃO
As duas palavras do texto 2 que recebem acento gráfico por razões diferentes são:
A) homicídio/média;
B) país/juízes;
C) histórico/pública;
D) secretários/relatório;
E) está/é.
GABARITO: Alternativa E, pois a palavra “está” é oxítona terminada em “a” e “é” é
monossílabo terminado em “e”.
DICA 07
PAROXÍTONAS
REGRAS PAROXÍTONAS
DICA 08
PAROXÍTONAS
Ex.: Feiura
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O acento agudo nos ditongos abertos oi e ei.
CUIDADO! Nas palavras oxítonas, ainda há o acento agudo, como em: herói, papéis.
QUESTÃO
(Questão adaptada) As alternativas a seguir apresentam palavras do texto acentuadas
pela mesma regra de acentuação, à EXCEÇÃO de uma. Assinale-a.
A) será / está.
B) ônibus / últimos.
C) política / econômica.
D) médio / saúde.
Gabarito: Alternativa D, pois a palavra ”Médio” é paroxítona terminada em ditongo.
“Saúde” é hiato.
DICA 09
PROPAROXÍTONA
As palavras são proparoxítonas porque têm a sua antepenúltima sílaba tônica.
TODAS AS PROPAROXÍTONAS SÃO ACENTUADAS!
EXEMPLOS
Acadêmico (a-ca-dê-mi-co)
Acústica (a-cús-ti-ca)
Círculo (cír-cu-lo)
Décimo (dé-ci-mo)
Elétrico (e-lé-tri-co)
Fósforo (fós-fo-ro)
Ginástica (gi-nás-ti-ca)
Ínterim (ín-te-rim)
Lâmpada (lâm-pa-da)
Míope (mí-o-pe)
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Plástico (plás-ti-co)
Próxima (pró-xi-ma)
DICA 10
FALSA PROPAROXÍTONA
Muitas vezes há dúvida sobre uma palavra ser paroxítona terminada em ditongo oral
crescente ou proparoxítona. Exemplos de palavras paroxítonas: his-tó-ria, ar-má-rio,
á-rea, tê-nue. São ditongos orais crescentes.
Por outro lado, essas palavras podem ser interpretadas como proparoxítona (em última
instância).
ATENÇÃO!
DICA 11
CRASE
MACETE PARA A PROVA! Para saber se a palavra possui crase ou não, substirua o
que vem depois do artigo “a” por um termo masculino. Se você precisar de “ao”, a
palavra terá crase.
Chame a médica.
Chame o médico.
DICA 12
CRASE
Fusão de 2 vogais idênticas. A crase é representada pelo acento grave.
`= grave
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Por que há crase? Note que “esposa” pede o ARTIGO “A” (a esposa) e “fiel” pede a
PREPOSIÇÃO “A” (quem é fiel, é fiel a algo ou a alguém). A junção desses dois “As”
gera a CRASE!
DICA 13
CRASE FACULTATIVA
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Ex.: frango à milanesa (frango à moda milanesa) → à moda da cozinha de Milão, na
Itália.
Ocorre que “a passarinho” significa “cortado como se fosse um passarinho”. Portanto, não
será utilizada a crase.
DICA 14
CRASE PROIBIDA
NUNCA ocorre crase (crase PROIBIDA):
→ ANTES de verbo.
Ex.: Começou a sorrir de alegria.
→ PALAVRAS REPETIDAS.
Ex.: Fiquei frente a frente com a verdade.
SUBSTANTIVO
Dá nome aos objetos, aos seres, aos lugares, às ações, entre outros.
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ARTIGO
PRONOME
DICA 16
ADVÉRBIO, NUMERAL E CONJUNÇÃO
ADVÉRBIO
NUMERAL
CONJUNÇÃO
QUESTÃO
“Um homem de 44 anos foi preso na noite desta quinta-feira (16), após tentar furtar
uma residência, localizada na rua Duque de Caxias entre Rafael Vaz e Silva e
Guanabara, em Porto Velho. A Polícia Militar foi informada que o criminoso, usando um
alicate grande, teria cortado o cadeado do portão da residência, porém, o cachorro da
casa começou a latir e o homem fugiu. Populares seguiram o criminoso, acionaram a
Polícia Militar, ele recebeu voz de prisão e foi encaminhado para a Central de
Flagrantes.” (Rondoniagora, 17/09/2021)
Na frase “o cachorro da casa começou a latir e o homem fugiu”, a conjunção E mostra o
mesmo valor em:
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a) O ladrão chegou perto da casa e observou o cenário;
b) O bandido usou o alicate e cortou o cadeado;
c) A Polícia Militar chegou e o bandido ficou com medo;
d) O meliante foi preso e encaminhado para a delegacia;
e) Os assaltos e furtos são comuns nas grandes cidades.
Gabarito: Alternativa C, pois há uma relação de causa e consequência, assim como na
frase do enunciado.
DICA 17
PREPOSIÇÃO, ADJETIVO, INTERJEIÇÃO E VERBO
PREPOSIÇÃO
ADJETIVO
INTERJEIÇÃO
VERBO
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DICA 18
CLASSES GRAMATICAIS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS
INVARIÁVEIS VARIÁVEIS
INTERJEIÇÕES ADJETIVOS
PREPOSIÇÕES PRONOMES
CONJUNÇÕES SUBSTANTIVOS
ADVÉRBIOS NUMERAIS
VERBOS
ARTIGOS
O andar de Paulo era estranho. → Veja que “andar” é verbo, mas nessa frase ele se
transformou em substantivo em decorrência do artigo usado (processo de
substantivação).
Marina disse um não com determinação. → Veja que “não” é um advérbio, mas
nessa frase ele se transformou em um substantivo.
O azul do mar é encantador. → Veja que “azul” é um adjetivo, mas nessa frase ele
se transformou em um substantivo.
DICA 20
ESTRUTURA DAS PALAVRAS - RADICAL E DESINÊNCIA
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Ex.: VENDER → VENDA → VENDEDOR (RADICAL = VEND)
A DESINÊNCIA aparece após os radicais. Pode ser desinência verbal ou nominal.
Desinência Verbal: indica o modo, a pessoa, o número, bem como o tempo dos
verbos.
Ex.: “NAMORÁVAMOS”
Radical = namor
Vogal temática = á
Desinência modo-temporal = va
Desinência número-pessoal = mos
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REALIDADE ÉTNICA, SOCIAL, HISTÓRICA, GEOGRÁFICA, CULTURAL, POLÍTICA E
ECONÔMICA DO ESTADO DE GOIÁS
DICA 21
DA FORMAÇÃO HISTÓRICA DA COLONIZAÇÃO
A colonização do estado de Goiás deveu-se também à migração de pecuaristas que
partiam de São Paulo, em busca de melhores terras para o gado. Dessa origem ainda hoje
se deriva a vocação do Estado para a produção pecuária. Em 1744, Goiás, que antes
pertencia ao Estado de São Paulo, foi separada e elevada à categoria de província. A partir
de 1860, a lavoura e a pecuária tornaram-se as atividades principais do estado, pois a
mineração do ouro entrou em decadência devido ao esgotamento das minas.
A cidade de Goiás, hoje conhecida como Goiás Velho, foi a primeira capital do estado e
surgiu da existência de um vilarejo chamado Arraial de Santana, fundado em 1727 por
Bartolomeu Bueno, filho de Bartolomeu Bueno da Silva. A cidade se encontra a 144 km de
distância de Goiânia e foi tombada como monumento histórico nacional pelo Iphan. Entre
as principais atrações turísticas da cidade de Goiás Velho encontram-se antigas igrejas
que se destacam por obras de influência barroca, pinturas do século XIX e trabalhos do
escultor Veiga Vale, originário da cidade de Goiás.
Veja:
A igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, construída em 1779, abriga atualmente o Museu
de Arte Sacra da cidade, que exibe 36 dos 200 trabalhos em escultura atribuídos a Veiga
Vale. Na cidade também é possível visitar também o Museu das Bandeiras, situado no
prédio onde funcionava a antiga Câmara e a Cadeia Pública, construído em 1755.
DICA 23
DA ATUAL CAPITAL GOIÂNIA
Capital do Estado de Goiás desde 1937, Goiânia ocupa uma área de 728.84 km2 na região
sul do Estado, e fica a 209 km a de Brasília. Foi fundada em 1933, a partir de um plano
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urbanístico simétrico, e passou a substituir a cidade de Goiás como centro administrativo
do Estado já em 1935, dois anos antes de se tornar a capital.
Entre as principais atrações turísticas de Goiânia encontra-se o Museu Zoroastro Artiaga,
que reúne grande quantidade de produtos artesanais indígenas, o Museu Ornitológico,
com espécies de animais, entre eles pássaros, o Bosque dos Buritis, aprazível local de
lazer, muito procurado pela população local, e o Zoológico, que possui diversos tipos de
animais representativos de espécies ameaçadas de extinção.
DICA 24
INFRAESTUTURA
DICA 25
DA AGRICULTURA
Outros cultivos importantes são: algodão, cana-de-açúcar, café, arroz, feijão, trigo e
alho. A pecuária, por sua vez, está em constante expansão.
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Os principais setores industriais são:
Construção 25,6%
Alimentos 25,2%
Químicos 3,7%
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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 26
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS - PRINCÍPIO DO JUIZ
NATURAL
Segundo os incisos:
Plenitude de defesa;
DICA 28
TRIBUNAL DO JÚRI (INCISO XXXVIII, DO ARTIGO 5º)
A competência do tribunal do júri para julgamento dos crimes dolosos contra a vida pode
ampliada pelo legislador ordinário.
Dá-se o nome de latrocínio ao crime de roubo qualificado pela morte da vítima. Em que
pese haver a morte da vítima, em realidade trata-se de crime contra o patrimônio e
não contra a vida.
ATENÇÃO!
Quando o agente que cometer o crime doloso contra a vida detiver foro especial por
prerrogativa de função previsto na Constituição Federal, a competência não
será do tribunal do júri.
DICA 29
CRIMES INAFIANÇÁVEIS E CRIMES IMPRESCRITÍVEIS
Na CF/88 existem “mandados de criminalização” onde o constituinte determina que o
legislador criminalize alguma conduta ensejadora de violação a algum bem jurídico.
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XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça, anistia e
indulto a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
terrorismo e os crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores
e os que, podendo evitá-los, se omitirem.
DICA 30
ESQUEMATIZANDO
Racismo
Tortura
Tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins
Terrorismo
Crimes hediondos
DICA 31
INTRANSCEDÊNCIA DAS PENAS
Conforme o preconizado pelo inciso XLV, nenhuma pena passará da pessoa do condenado,
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido.
Assim, nenhuma pessoa pode sofrer a penalização por ato de outrem.
DICA 32
ESPÉCIES E INDIVIDUALIZAÇÃO DAS PENAS
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DICA 33
ESPÉCIES E INDIVIDUALIZAÇÃO DAS PENAS
O rol trazido por esse inciso é meramente exemplificativo, podendo a lei criar novos
tipos de penalidades.
Entretanto, alguns tipos de penas não podem ser criados por vedação expressa do inciso
XLVII, também do artigo 5º, vejamos quais são:
IMPORTANTE! De morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art.
84, XIX;
De caráter perpétuo;
De trabalhos forçados;
De banimento;
Cruéis.
DICA 34
PROGRESSÃO DE REGIME
A pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do
delito, a idade e o sexo do apenado.
É assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral.
Às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação.
DICA 35
EXTRADIÇÃO
O brasileiro nato que vier a perder a nacionalidade brasileira pela aquisição voluntária
de outra nacionalidade, estará sujeito à extradição.
DICA 36
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
Trata-se de princípio oriundo do direito norte-americano (due process of law).
Consubstanciando em um dos institutos mais relevantes do ordenamento jurídico pátrio.
Segundo o inciso LIV, do artigo 5º, da CF/88, ninguém será privado da liberdade ou
de seus bens sem o devido processo legal.
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Direito à citação e ao conhecimento prévio do teor da acusação;
Direito à prova.
DICA 37
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
Possui dupla acepção:
FORMAL (processual): diz respeito à garantia da parte de valer-se de todos os meios
jurídicos disponíveis para sua defesa.
MATERIAL (substantivo): relaciona-se com o princípio da proporcionalidade. Trata-
se da razoabilidade das leis.
O princípio da proporcionalidade tem uma dupla faceta: a proibição de excesso e a
proibição de proteção deficiente.
Nota-se, portanto, que o devido processo legal deve ser observado não somente no
processo judicial, mas também no administrativo.
DICA 38
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA
Trata-se de princípios corolários do princípio do devido processo legal.
Conforme dispõe o inciso LV, do artigo 5º, aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral, são assegurados o contraditório e a ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
Princípio da ampla defesa: diz respeito ao direito do acusado em produzir de forma
ampla e irrestrita todos os meios lícitos de provas.
Princípio do contraditório: diz respeito ao direito de o acusado poder contradizer tudo
àquilo que lhe foi imputado. É a oposição!
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DICA 39
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA
ATENÇÃO!
Nota-se que os elementos de informação colhidos na fase do inquérito podem ser usados
pelo magistrado em sua decisão, o que não pode é serem utilizados de forma exclusiva.
DICA 40
PROVAS ILÍCITAS
Segundo o inciso LVI, do artigo 5º, são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas
por meios ilícitos.
DICA 41
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
Ápice do garantismo penal, o princípio da presunção de inocência, segundo o inciso LVII,
do artigo 5º, preconiza que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado
da sentença penal condenatória.
Tem como objetivo evitar que o sujeito seja condenado precipitadamente.
Como consequência desse princípio, o acusado não tem obrigação de provar sua
inocência, mas sim o acusador tem o ônus de provar, inequivocamente, a culpabilidade do
indivíduo.
As prisões cautelares (flagrante, provisória e temporária) NÃO violam a presunção de
inocência.
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DICA 42
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
ATENÇÃO!
DICA 43
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL
Segundo o inciso LVIII, do artigo 5º, o civilmente identificado não será submetido à
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 44
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DICA 47
O abuso de poder ocorre quando o agente público deixa de lado o interesse público e
observa apenas o seu interesse particular, o que torna o ato ilegal. Assim, o abuso de
poder é toda a atuação que torna irregular a execução do ato administrativo.
DICA 48
ABUSO DO PODER
São espécies de abuso de poder: (i) excesso de poder; e (ii) desvio de poder.
Excesso de poder:
O excesso de poder ocorre quando o agente atua além dos limites legais de sua
competência.
O desvio de poder quanto à finalidade ocorre quando o administrador agente dentro dos
limites de sua competência, mas o faz para alcançar fim diverso do previsto.
DICA 49
PODERES ADMINISTRAIVOS: PODER DE POLÍCIA
Coercibilidade
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DICA 51
CICLOS DO PODER DE POLÍCIA
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Se o ato regulamentar extrapolar a sua função, a CF/88 autoriza o Congresso Nacional
a sustar o ato.
DICA 55
PODER DISCRICIONÁRIO E PODER VINCULADO
O poder discricionário é uma prerrogativa que o agente escolha, entre várias condutas
possíveis, qual melhor se adequa a oportunidade e ao interesse público.
É uma certa liberdade de agir, dentro da margem prevista em lei.
INOPORTUNOS são os atos que, em que pese não serem ilegais, se tornaram
inoportunos ou inconvenientes, tendo a Administração a prerrogativa de revogar os
que entender se enquadrarem em tais características.
Os fundamentos acima estão consolidados pelo STF, nas Súmulas 346 e 473:
Súmula 346 STF – A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios
atos.
Súmula 473 STF – A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial.
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b) Quando realizado pelo poder judiciário se apresenta o controle externo.
Em respeito ao Princípio da Separação dos Poderes, o Judiciário e Legislativo, quando
apreciarem Atos Administrativos, deverão limitar-se aos aspectos da legalidade, não lhes
competindo analisar o mérito, conveniência ou oportunidade.
DICA 58
ANULAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Anulação tem como fundamento a ilegalidade do ato, sendo realizada pela própria
Administração ou pelo Poder Judiciário.
O prazo (decadencial) que a Administração possuí para anulação dos seus atos é de 5
anos, conforme prescrito no artigo 54 da Lei nº 9.784/99.
Se praticado o ato com má-fé, o prazo de 5 anos não se aplica.
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DIREITO PENAL
DICA 59
NÃO SERÃO PUNIDAS AS HIPÓTESES DE ABORTO LEGAL
perigo de vida
1 a 5 anos 2 a 8 anos
Dentes quebrados: lesão grave. (art. 129, §1º, III – debilidade permanente);
Lesão corporal seguida de morte: não admite tentativa, por ser crime
preterdoloso, ou seja, o agente tem o dolo (intenção) de lesionar e a morte acaba sendo
uma consequência;
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DICA 61
DOS CRIMES CONTRA A HONRA: CALÚNIA
Fato certo e definido como crime, ou seja, não basta a contravenção.
Ex.: dizer “João é ladrão” não é calúnia, mas sim difamação, pois o fato não é
determinado. Calúnia seria “Foi João quem roubou a bolsa de Maria ontem”.
O agente tem que saber que o fato é falso, se ele achar que é verdade não é calúnia.
É punível contra os mortos (mas a vítima não é o morto e sim a sua família);
Tutela a honra objetiva (perante a sociedade).
DICA 62
DOS CRIMES CONTRA A HONRA: DIFAMAÇÃO
Imputar FATO determinado que seja ofensivo à reputação;
Tutela a honra objetiva;
Se consuma quando terceiro tem conhecimento;
Advogado tem imunidade profissional.
DICA 63
DOS CRIMES CONTRA A HONRA: INJÚRIA
Ofensa à dignidade ou decoro;
Tutela a honra subjetiva (imagem que a pessoa tem dela mesma);
PERDÃO JUDICIAL: quando a vítima provocou de forma reprovável; retorsão imediata
com outra injúria;
INJÚRIA REAL: Praticada por violência ou vias de fato;
INJÚRIA PRECONCEITUOSA:
ofensa relacionada a raça, cor, etnia, religião, origem, idoso e PCD.
ofensa relacionada a orientação sexual também é injúria preconceituosa por
entendimento do STF;
É INAFIANÇÁVEL.
DICA 64
EXCEÇÃO DA VERDADE
Exceção da Verdade: quando aquele que pratica a calúnia, injúria e difamação tem a
possibilidade de comprovar o que está dizendo;
A exceção da verdade cabe no crime de calúnia, a não ser que esteja falando do
Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro ou o agente já tiver sido
absolvido;
A exceção da verdade na difamação apenas quando se tratar de funcionário público;
Pedido de Explicações: acontece quando a vítima fica na dúvida se a fala foi ofensiva
ou não e vai em juízo pedir que o autor da declaração explique o que quis dizer.
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DICA 65
CALÚNIA, DIFAMAÇÃO E INJÚRIA
Não admite perdão Não admite perdão judicial Admite perdão judicial
judicial
DICA 66
PERSEGUIÇÃO
→ perseguir alguém;
→ reiteradamente e por qualquer meio;
→ ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica;
→ restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou;
→ de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou
privacidade;
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contra mulher por razões da condição de sexo feminino (mesmas hipóteses do
feminicídio);
A Ausência de periculosidade
I Inexpressiva lesividade
DICA 68
FURTO QUALIFICADO
Abuso de confiança;
Escalada: de modo anormal que não significa necessariamente subir, pode ser meio
subterrâneo, pular muro.
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Furto de substâncias explosivas ou acessórios → NÃO é crime hediondo.
aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado mediante a
utilização de servidor mantido fora do território nacional;
A violência ou grave ameaça pode ser também a violência imprópria, como o boa noite
cinderela;
TRANSPORTE DE VALORES
SUBTRAÇÃO DE EXPLOSIVOS
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DICA 70
LATROCÍNIO
Não é latrocínio quando um assaltante mata o outro para ficar com o produto do
crime.
DICA 71
EXTORSÃO
Ex.: exigir que a vítima forneça a senha bancária para sacar os valores, logo, sem a
“colaboração” da vítima não é possível. Entenda que essa colaboração não é,
logicamente, voluntária;
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DICA 72
ESTELIONATO
Elementos estruturais: fraude + vantagem ilícita + prejuízo alheio;
Diferença com furto mediante fraude: aqui a fraude é empregada para enganar a
vítima e fazer com que ela mesma entregue a vantagem para o agente;
CULPOSA: quando é possível presumir a origem criminosa mas não se sabe com
certeza, pelo preço que pagou, pelas condições de quem vendeu e etc.
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PROCESSO PENAL
DICA 74
AÇÃO PENAL
INCONDICIONADA
DE INICIATIVA
AÇÃO PENAL
PÚBLICA
CONDICIONADA
de requisição do
promovida por Ministro da Justiça,
denúncia do ou de representação
Crimes de ação
Ministério Público, do ofendido ou de
pública
dependerá, quando quem tiver
a lei o exigir, qualidade para
representá-lo.
Qualquer crime
praticado em detrimento do
patrimônio ou interesse da
União, Estado e Município
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OBS.: Os crimes de lesão corporal leve ou culposa cometidos no contexto de
violência doméstica ou familiar contra a mulher, que se enquadram na Lei Maria da
Penha, são de ação penal pública incondicionada.
Art. 25. A representação será irretratável, Art. 16. Nas ações penais públicas
depois de oferecida a denúncia. condicionadas à representação da
ofendida de que trata esta Lei, só será
admitida a renúncia à representação
perante o juiz, em audiência
especialmente designada com tal
finalidade, antes do recebimento da
denúncia e ouvido o Ministério Público.
DICA 78
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PÚBLICA
39
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DICA 79
AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA
PROPRIAMENTE DITA
DE INICIATIVA PERSONALÍSSIMA
AÇÃO PENAL
PRIVADA
SUBSIDIÁRIA
DICA 81
AÇÃO PENAL PRIVADA: PEREMPÇÃO
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á
perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do
processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não
comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 dias,
40
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qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a
qualquer ato do processo a que deva estar presente, OU deixar de formular o
pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar
sucessor.
DICA 82
JURISDIÇÃO E CARACTERÍSTICAS
Conceito: é o poder de o Estado de dizer o direito no caso concreto, resolvendo
conflitos e substituindo a vontade das partes.
São características da jurisdição:
Substitutividade – significa a atuação do Estado em substituição à vontade das partes
na resolução de conflitos.
Inércia – os órgãos jurisdicionais precisam ser provocados para atuarem.
Existência de lide – a lide é conceituada como um conflito de interesses qualificado
pela pretensão resistida. Todavia, esse conceito não encontra amparo no processo penal,
tendo em vista que não há conflito de interesses, pois todos buscam um justo provimento
jurisdicional.
Atuação do direito – é objetivo da jurisdição a aplicação do direito no caso concreto.
Imutabilidade – após a conclusão do exercício da jurisdição por meio de uma
sentença, em regra, não há como alterar o que foi resolvido.
DICA 83
PRINCÍPIOS
Investidura – para exercer a jurisdição é necessário ser magistrado (juiz), o qual deve
estar legalmente investido no cargo, por meio de concurso público.
Improrrogabilidade – as partes, ainda que desejem, não podem retirar do juiz natural
o conhecimento de determinado caso, na esfera criminal.
Indelegabilidade – o juiz não pode delegar a sua função jurisdicional a quem não
possui.
Juiz natural – este princípio apresenta duas facetas. A primeira dispõe que ninguém
será processado e nem sentenciado senão pela autoridade competente. A segunda é
que não haverá juízo ou tribunal de exceção.
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direito.
Devido Processo Legal – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o
devido processo legal.
DICA 84
COMPETÊNCIA
A competência, por sua vez, é a medida da jurisdição. Jurisdição todo juiz possui, mas a
sua competência é limitada.
Fase do processo – por exemplo um juiz cuida da fase inicial do processo até a
sentença e outro da execução penal.
Ex.: Tribunal do júri (o juiz cuida das questões de direito, dosimetria da pena,
sentença; enquanto compete aos jurados a votação dos quesitos).
Não permite prorrogação, pode ser Admite prorrogação. Pode ser arguida pelas
arguida a qualquer tempo e grau de partes.
jurisdição.
Pode ser declarada de ofício pelo juiz Pode ser declarada de ofício pelo juiz, até a
fase da absolvição sumária.
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DICA 86
COMPETÊNCIA
o lugar da infração:
a natureza da infração;
a distribuição;
a conexão ou continência;
a prevenção;
a prerrogativa de função.”
A regra geral para definição da competência é o lugar em que se consumar a infração, ou,
no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
Com essa regra, o CPP adotou a TEORIA DO RESULTADO.
ATENÇÃO!
DICA 87
EXCEÇÕES
Em regra, a competência é firmada pelo local onde se consuma a infração penal ou onde
for praticado o último ato da execução, nos crimes tentados.
Todavia essa regra possui algumas exceções:
Crimes a distância ou de espaço máximo – é aquele em que a conduta e o
resultado ocorrem em países distintos, gerando um conflito de competência internacional.
Essa é a regra que está prevista no Código Penal, como lugar do crime e segue a Teoria
da Ubiquidade.
Incerteza do limite territorial entre duas ou mais jurisdições ou incerteza da
jurisdição – segue a teoria da ubiquidade.
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Crime plurilocal de homicídio → segue a TEORIA DA ATIVIDADE (entendimento
jurisprudencial).
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DIREITO PENAL MILITAR
DICA 89
DECRETO-LEI Nº 1.001/69 – CÓDIGO PENAL MILITAR - DOS EFEITOS DA
CONDENAÇÃO
O art. 109 do CPM traz como efeitos genéricos da condenação:
→ dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação,
uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;
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DICA 92
DOS CRIMES MILITARES EM TEMPO DE PAZ - DO CRIME DE HOSTILIDADE
CONTRA PAÍS ESTRANGEIRO
Os crimes encontram-se no CPM na Parte Especial que se inicia no art. 136 do CPM.
Conforme o art. 90-A da Lei 9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais), as disposições desta lei
não se aplicam no âmbito da Justiça Militar. Portanto, os institutos utilizados aos
chamados crimes de menor potencial ofensivo não possuem aplicação nos crimes do CPM.
O sujeito ativo só pode ser militar. O crime é doloso, não sendo possível a
modalidade culposa.
Conforme os §§ 1º e 2º o crime pode ser qualificado pela forma mais grave, se resulta:
O crime de ato de jurisdição indevida está tipificado no art. 138 do CPM e pune a
conduta de:
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Lembre-se que o sujeito ativo só pode ser militar, bem como que esse crime somente
ocorre na forma dolosa, não havendo, portanto, previsão de sua modalidade culposa.
DICA 95
DO CRIME DE VIOLAÇÃO DE TERRITÓRIO ESTRANGEIRO
O art. 140 do Código Penal Militar prevê crime de entendimento para empenhar o
Brasil à neutralidade ou à guerra, o qual pune a conduta de:
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O sujeito ativo só pode ser militar e, esse crime somente pode ocorrer na modalidade
dolosa.
Conforme os §§ 1º e 2º o crime pode ser qualificado pela forma mais grave se resulta:
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até 4 anos, no caso do § 1º, inciso I (fato que compromete a preparação ou eficiência
bélica do Brasil, ou o agente transmite ou fornece, por qualquer meio, mesmo sem
remuneração, a notícia, informação ou documento, a autoridade ou pessoa estrangeira).
DICA 100
DO CRIME DE REVELAÇÃO DE NOTÍCIA, INFORMAÇÃO OU DOCUMENTO
Com previsão legal no art. 144 do CPM, esse crime pune a conduta de:
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O crime é doloso e a modalidade culposa
se encontra no §3º, o qual prevê que se a revelação é culposa a pena será de:
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DICA 101
DO CRIME DE REVELAÇÃO DE NOTÍCIA, INFORMAÇÃO OU DOCUMENTO COM FIM
DE ESPIONAGEM MILITAR
O §1º do art. 144 do CPM prevê que se o ato criminoso de revelar notícia, informação ou
documento, cujo sigilo seja de interesse da segurança externa do Brasil com fim da
espionagem militar a pena será de reclusão, de 6 a 12 anos.
Trata-se de uma finalidade específica de agir, sendo uma circunstância
qualificadora.
DICA 102
DA FIGURA QUALIFICADA PELO RESULTADO NO CRIME DE REVELAÇÃO DE
NOTÍCIA, INFORMAÇÃO OU DOCUMENTO
O §2º do art. 144 do CPM prevê que se o fato compromete a preparação ou a eficiência
bélica do país a pena será de reclusão, de 10 a 20 anos
O legislador cuidou de tipificar como uma figura qualificada neste caso, pois quando da
revelação de notícia, informação ou documento secreto, pode ocorrer algum prejuízo ao
arsenal bélico brasileiro.
Com previsão normativa no art. 145 do CPM, esse crime pune a conduta de:
Tipificado no art. 146 do CPM, o crime de penetração com o fim de espionagem pune a
conduta de:
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Esse crime exige como finalidade específica do agente o colhimento de informação
destinada a outro país ou agente estrangeiro.
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O crime é doloso, não sendo possível a
modalidade culposa.
O parágrafo único do art. 146 ainda traz outra figura delituosa, prevendo como crime
o ato de entrar, em local referido no artigo, sem licença de autoridade competente,
munido de máquina fotográfica ou qualquer outro meio hábil para a prática de
espionagem.
Pena: reclusão, de até 4 anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Trata-se de crime subsidiário, ou seja, somente será utilizado este tipo se não
existir outro fato delituoso mais grave.
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, sendo o crime doloso.
DICA 106
DO CRIME DE SOBREVOO EM LOCAL INTERDITO
Esse crime encontra previsão legal no art. 148 do CPM, o crime de sobrevoo em local
interdito, conforme explicitado no próprio nome, pune a conduta de sobrevoar local
declarado interdito.
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PROCESSO PENAL MILITAR
DICA 107
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DICA 110
DA AÇÃO NO JUÍZO CÍVEL QUANTO À QUESTÃO PREJUDICIAL
Ao juiz ou órgão a que competir a apreciação da questão prejudicial, caberá dirigir-
se ao órgão competente do juízo cível, para a promoção da ação civil ou
prosseguimento da que tiver sido iniciada, bem como de quaisquer outras
providências que interessem ao julgamento do feito, é o que prevê o art. 126 do CPPM.
O julgador poderá as providências citadas de ofício, sem necessidade de arguição
das partes, conforme prevê o art. 127 do CPPM.
DICA 111
DAS ESPÉCIES DE EXCEÇÕES CONTIDAS NO CPPM
É necessário se familiarizar com as espécies de exceções previstas no Código de
Processo Penal Militar, para então, após feito esse processo de familiarização, tratar as
nuances de cada uma individualizada.
O rol de exceções está elencado no art. 128 do CPPM, o qual aduz que poderão ser
opostas as exceções de:
suspeição ou impedimento;
incompetência de juízo;
litispendência;
coisa julgada.
DICA 112
DA EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO OU IMPEDIMENTO – DA DECLARAÇÃO DE OFICÍO
OU DO RECONHECIMENTO/ACEITAÇÃO.
Uma importante lição trazida pelo art. 129 do CPPM é a de que a arguição de
suspeição ou impedimento precederá a qualquer outra, salvo quando fundada
em motivo superveniente.
Para que o juiz se declare suspeito ou impedido, deverá fazê-lo por meio de
despacho fundamentado. Caso a suspeição seja de natureza íntima, os motivos
deverão ser comunicados ao auditor corregedor, podendo ser feita a comunicação de
forma sigilosa.
Quando a alegação de suspeição ou impedimento decorrer de qualquer das partes,
deverá ser feita em petição assinada pela parte, seu representante legal ou procurador
com poderes especiais, expondo as razões e as provas documentais ou rol de no
máximo 2 testemunhas.
Caso após a alegação da parte o juiz reconheça a suspeição ou impedimento, deverá
sustar a marcha do processo e mandará juntar aos autos o requerimento da parte
recusante com os documentos que o instruam e, por despacho, se declarará
suspeito, ordenando a remessa dos autos ao substituto.
Importante destacar que o juiz para se declarar ou para se reconhecer suspeito ou
impedido deverá fazê-lo por meio de despacho.
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DICA 113
DA NÃO ACEITAÇÃO DA SUSPEIÇÃO OU IMPEDIMENTO E DAS
CONSEQUÊNCIAS DA PROCEDÊNCIA DA EXCEÇÃO
No caso de o magistrado não aceitar a suspeição ou impedimento, mandará autuar
em separado o requerimento da parte e dará sua resposta no prazo de 3 dias, podendo
instruir a exceção e oferecer testemunhas. Após, determinará a remessa dos autos
apartados, dentro de 24 horas, ao Superior Tribunal Militar, que processará e
decidirá a arguição.
A mesma previsão de procedimento se dará em caso de o juiz arguido de
suspeito/impedido for membro de Conselho de Justiça.
Caso a arguição seja manifestamente improcedente, o juiz ou relator a rejeitará
liminarmente.
Reconhecida, preliminarmente, a relevância da arguição, o relator, com intimação das
partes, marcará dia e hora para inquirição das testemunhas, seguindo-se o
julgamento, independentemente de mais alegações.
Julgada procedente a exceção de suspeição ou impedimento, ficarão NULOS os
atos do processo principal.
DICA 114
DA EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA
Prevista no art. 143 do CPPM, a exceção de incompetência poderá ser oposta
verbalmente (deve ser tomada por termo nos autos) ou por escrito.
Alegada a incompetência do juízo, será dada vista dos autos à parte contrária, para
que diga sobre a arguição, no prazo de 48 horas.
Caso seja aceita a alegação de incompetência, os autos serão remetidos ao juízo
competente.
Caso rejeitada o juiz continuará no feito, cabendo recurso em autos apartados para
o Superior Tribunal Militar que, se lhe der provimento, tornará nulos os atos
praticados pelo juiz declarado incompetente, devendo os autos do recurso ser
anexados aos do processo principal.
Conforme previsto no art. 146 do CPPM, o órgão do Ministério Público poderá alegar
a incompetência do juízo, antes de oferecer a denúncia. A arguição será apreciada
pelo auditor, em primeira instância; e, no Superior Tribunal Militar, pelo
relator, em se tratando de processo originário. Em ambos os casos, se rejeitada a
arguição, poderá, pelo órgão do Ministério Público, ser impetrado recurso, nos próprios
autos, para aquele Tribunal.
Em qualquer fase do processo, se o juiz reconhecer a existência de causa que o
torne incompetente, declará-lo-á nos autos e os remeterá ao juízo competente.
DICA 115
DA EXCEÇÃO DE LITISPENDÊNCIA
Litispendência, como o próprio nome diz, se refere a pendência de uma lide. É
vedado o processamento de ações idênticas.
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Conforme o art. 148 do CPPM, cada feito somente pode ser objeto de um processo.
Se o auditor ou o Conselho de Justiça reconhecer que o litígio proposto a seu
julgamento já pende de decisão em outro processo, na mesma Auditoria, mandará
juntar os novos autos aos anteriores. Se o primeiro processo correr em outra
Auditoria, para ela serão remetidos os novos autos, tendo-se, porém, em vista, a
especialização da Auditoria e a categoria do Conselho de Justiça.
A exceção de litispendência poderá ser arguida por qualquer das partes, devendo fazê-
lo por escrito.
A arguição de litispendência será instruída com certidão passada pelo cartório do juízo
ou pela Secretaria do Superior Tribunal Militar, perante o qual esteja em curso o outro
processo.
Caso a parte que arguir a exceção de litispendência não puder apresentar a prova da
alegação, o juiz poderá conceder prazo para que o faça. Neste caso será facultado ao
juiz a suspensão ou não do curso do processo.
Após arguida a litispendência, o juiz ouvirá a parte contrária e decidirá de plano,
sendo esta decisão irrecorrível.
DICA 116
DA EXCEÇÃO DE COISA JULGADA
Estabelece o art. 153 do CPPM que se o juiz reconhecer que o feito sob seu julgamento
já foi, quanto ao fato principal, definitivamente julgado por sentença irrecorrível,
mandará arquivar a nova denúncia, declarando a razão por que o faz.
A exceção de coisa julgada poderá ser arguida por qualquer das partes por escrito,
devendo juntar a certidão de trânsito em julgado da sentença anterior.
Caso a arguição seja feita pelo acusado, o juiz ouvirá o Ministério Público e
decidirá de plano, recorrendo de ofício para o Superior Tribunal Militar, se
reconhecer a existência da coisa julgada, é o que prevê o art. 154, § único do
CPPM.
O art. 155 do CPPM, estipula como limite que a coisa julgada opera somente em
relação às partes, não alcançando quem não foi parte no processo.
DICA 117
DAS MEDIDAS PREVENTIVAS E ASSECURATÓRIAS - DA BUSCA DOMICILIAR
Explicita o art. 170 do CPPM que a busca poderá ser domiciliar ou pessoal. A busca
domiciliar consistirá na procura material portas adentro da casa.
Prender criminosos;
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destinados a fim delituoso;
DICA 117
DA COMPREENSÃO DO TERMO “CASA” PARA FINS DE BUSCA DOMICILIAR
O CPPM cuidou de explicitar a compreensão do termo “casa". Neste sentido, o art.
173 preceitua que o termo "casa" compreende:
qualquer compartimento habitado;
aposento ocupado de habitação coletiva;
compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
DICA 119
DA NÃO COMPREENSÃO DO TERMO “CASA”
Assim como o CPPM cuidou de explicitar a compreensão do termo “casa", tratou
também de elencar o que não seria “casa” para fins de busca domiciliar. Neste sentido,
o art. 174 preceitua que não se compreende no termo "casa":
hotel, hospedaria ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto abertas,
salvo aposento ocupado de habitação coletiva, prevista no art. 173;
taverna, boate, casa de jogo e outras do mesmo gênero;
a habitação usada como local para a prática de infrações penais.
DICA 120
DA BUSCA PESSOAL
Conforme estatui o art. 180 do Código de Processo Penal Militar, a busca pessoal
consistirá na procura material feita nas vestes, pastas, malas e outros objetos que
estejam com a pessoa revistada e, quando necessário, no próprio corpo.
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na posse de drogas, armas ou outros objetos ilícitos, evidenciando-se a
urgência para a diligência.
Quando a busca for em mulher, determina o CPPM que deverá será feita por
outra mulher, salvo se importar retardamento ou prejuízo da diligência.
DICA 121
DOS FUNDAMENTOS PARA A BUSCA/REVISTA PESSOAL
O CPPM em seu art. 181, estatui que se dará a revista pessoal quando houver
fundada suspeita de que alguém oculte consigo:
instrumento ou produto do crime;
elementos de prova.
Dispõe o art. 182 que a revista independe de mandado:
quando feita no ato da captura de pessoa que deve ser presa;
quando determinada no curso da busca domiciliar;
quando ocorrer o caso de haver fundada suspeita de que alguém oculte consigo
instrumento ou produto do crime (conforme previsto no artigo anterior);
quando houver fundada suspeita de que o revistando traz consigo objetos ou
papéis que constituam corpo de delito;
quando feita na presença da autoridade judiciária ou do presidente do
inquérito.
DICA 122
DA BUSCA NO CURSO DO PROCESSO OU DO INQUÉRITO
A busca domiciliar ou pessoal por mandado será:
no curso do processo, executada por oficial de justiça;
no curso do inquérito, por oficial, designado pelo encarregado do inquérito,
atendida a hierarquia do posto ou graduação de quem a sofrer, se militar.
A autoridade militar poderá requisitar da autoridade policial civil a
realização da busca.
DICA 123
DA RESTITUIÇÃO DE COISAS APREENDIDAS
Estipula o art. 190 do CPPM que as coisas apreendidas não poderão ser restituídas
enquanto interessarem ao processo.
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sendo de uso exclusivo de militares, estejam em poder ou em uso do agente, ou
de pessoa não devidamente autorizada), ambos do Código Penal Militar.
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LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE
DICA 125
ESTATUTO DO DESARMAMENTO: DOS CRIMES E PENAS
OMISSÃO DE CAUTELA
Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 anos ou
pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob
sua posse ou que seja de sua propriedade,
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FIGURAS EQUIPARADAS
Portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca
ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
FIQUE ATENTO!
Se as condutas de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e suas figuras
equiparadas envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de reclusão, de 4 a
12 anos.
DICA 128
DOS CRIMES E PENAS
FIGURA EQUIPARADA:
IMPORTANTE – Incluído pelo Pacote Anticrime:
Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição,
sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente
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policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta
criminal preexistente.
DICA 129
AUMENTO DE PENA
Nos crimes de comércio ilegal de arma de fogo e tráfico internacional de arma de
fogo, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem
de uso proibido ou restrito.
NOS CRIMES:
forem praticados por integrantes dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e
8º do Estatuto do Desarmamento (Forças armadas, órgãos de segurança pública, Força
Nacional de Segurança Pública, guardas municipais, empresas de segurança privada e de
transporte de valores, dentre outros); ou
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Esse regramento não se aplica às aquisições dos Comandos Militares.
ATENÇÃO!
DICA 131
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE) - ASPECTOS GERAIS DA LEI
13.869/2019
FINALIDADE:
BEM JURÍDICO:
SUJEITO ATIVO:
Crime próprio: deve ser praticado por agente público, servidor ou não, que, no
exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha
sido atribuído.
ATENÇÃO!
Agente público é todo aquele que exerce cargo, emprego, função, mandato na ADM
direta ou indireta de qualquer dos poderes dos entes federados ou territórios, ainda que
de forma transitória ou sem remuneração, por qualquer forma de investidura ou
vínculo.
62
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FIQUE ATENTO!
O abuso de autoridade poderá ocorrer no exercício da função ou a pretexto de
exercê-la.
O particular pode responder por abuso de autoridade?
Como regra, não pode cometer o crime de abuso de autoridade, pois não é agente
público. No entanto, excepcionalmente, se o particular atuar em concurso de pessoas
(coautoria ou participação) com o agente público, desde que ele saiba da condição de
agente público, poderá responder por abuso de autoridade.
Sujeito passivo:
Estado;
Dolo (intenção/vontade)
Finalidade específica
de praticar o abuso
DICA 133
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE)
O que seriam essas finalidades específicas da lei de abuso de autoridade?
Prejudicar outrem;
Beneficiar a si mesmo;
Beneficiar a terceiro;
FIQUE ATENTO!
O funcionário aposentado ou exonerado não pode cometer o crime, já que se
desvinculou funcionalmente da Administração Pública.
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Aplicam-se ao processo e ao julgamento dos delitos previstos na lei de abuso de
autoridade, no que couber, as disposições do Código de Processo Penal, e da Lei dos
Juizados Especiais Criminais.
DICA 134
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE)
AÇÃO PENAL:
Todos os crimes serão processados e julgados mediante ação penal pública
incondicionada.
ATENÇÃO!!
Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo
legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia
substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova,
interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação
como parte principal.
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