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MEMOREX-PMGO (Rodada 3)

O documento apresenta dicas sobre acentuação gráfica em português, abordando regras para palavras paroxítonas, oxítonas e proparoxítonas, além de conceitos sobre encontros vocálicos.

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Memorex PM GO – Rodada 03

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Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
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Rodada 02 Disponível Imediatamente
Rodada 03 Disponível Imediatamente
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Rodada 05 23/05
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Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: [email protected]

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


MORFOLOGIA - CLASSES DE PALAVRAS - .......................................................... 12
REALIDADE ÉTNICA, SOCIAL, HISTÓRICA, GEOGRÁFICA, CULTURAL,
POLÍTICA E ECONÔMICA DO ESTADO DE GOIÁS ........................................... 17
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 20
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 26
DIREITO PENAL ................................................................................................................. 31
PROCESSO PENAL............................................................................................................. 38
DIREITO PENAL MILITAR ............................................................................................ 45
PROCESSO PENAL MILITAR........................................................................................ 52
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE ................................................................................... 59

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Os acentos gráficos estabelecem, de acordo com as regras existentes, a intensidade
das sílabas nas palavras. Na língua portuguesa, os acentos gráficos são:

Acento Agudo (´ ): aparece sobre as letras a, i, u e sobre o


e (no caso de –em). Sua função é indicar a as vogais tônicas.

Ex.: Saúde; Paraná.

Pode indicar um timbre aberto.

Ex.: chulé; herói.

Acento Grave (`) – Mais conhecido como crase.

Ex.: à; àquela.

Acento Circunflexo (^) – Aparece nas vogais “a”, “e” e “o”,


indica a vogal tônica e o timbre fechado na pronúncia.

Ex.: Vovô; mês.

A acentuação gráfica relaciona-se com a posição da sílaba tônica nas palavras. Existem
regras específicas para palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
DICA 02
REGRAS GERAIS
A fim de compreender adequadamente as regras, veja estes conceitos iniciais em
relação à sílaba tônica das palavras:

Palavras oxítonas: as últimas sílabas são tônicas.

Ex.: abacaxi / a-ba-ca-xi


urubu / u-ru-bu

Palavras paroxítonas: as penúltimas sílabas são tônicas.

Ex.: levedo / le-ve-do


areia / a-rei-a

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Palavras proparoxítonas: as antepenúltimas sílabas são tônicas.

Ex.: pálido / pá-li-do


proparoxítona / pro-pa-ro-xí-to-na
DICA 03
ACENTUAÇÃO GRÁFICA – PAROXÍTONAS

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em um e un(s):

Ex.: álbum e fórum.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em r:

Ex.: açúcar e caráter.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em x:

Ex.: tórax e látex.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em n:

Ex.: abdômen e hífen.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em l:

Ex.: amável e fácil.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ão(s):

Ex.: órgãos e órfão.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ps:

Ex.: bíceps.

Acentuam-se as paroxítonas que terminam em ditongos:

Ex.: memória e Ásia.

CUIDADO: Por exemplo: PÓLEN leva acento, mas o plural “polens” não possui
acento!

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ATENÇÃO!

Os ditongos abertos (“ei”, “oi”) das paroxítonas não devem ser acentuados.
Ex.: ideia, joia, paranoia e assembleia.

TOME NOTA: A palavra “herói”, por exemplo, continua sendo acentuada. Embora
possua ditongo aberto “ói”, ela é oxítona, não é paroxítona.
DICA 04
OXÍTONAS E PROPAROXÍTONAS

Acentuam-se as oxítonas terminadas em a(s):

Ex.: Pará e maracujás.

Acentuam-se as oxítonas terminadas em e(s):

Ex.: café e até.

Acentuam-se as oxítonas terminadas em o(s):

Ex.: vovô e avós.

Acentuam-se as oxítonas terminadas em em e en(s):

Ex.: armazém e parabéns.

Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas!

Ex.: médico, lâmpada e público.

QUESTÃO
A alternativa em que a acentuação de todas as palavras se justifica pela mesma regra
é:
A) ausência, indivíduo, país.
B) vivência, más, família.
C) potável, contrário, água.
D) análoga, prática, público.
GABARITO: Alternativa D, pois são proparoxítonas e TODAS as proparoxítonas são
acentuadas.

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DICA 05
ENCONTROS VOCÁLICOS
Ocorre quando existe um encontro de vogais em uma palavra. São classificados em:
hiato, ditongo e tritongo.

Hiato: caracteriza-se por ser o encontro de 2 vogais, mas elas estão separadas, cada
uma em uma sílaba. Exemplo: Saúde (Sa-ú-de).
Ditongo: caracteriza-se pelo encontro de 2 vogais que estão na mesma sílaba, mas
uma delas é uma semivogal. Exemplo: Glória (Gló-ria)

Tritongo: caracteriza-se pelo encontro, na mesma sílaba, de uma semivogal +


vogal + semivogal. Exemplo: Paraguai (Pa-ra-guai)

hiato = vogal + vogal

ditongo = vogal + semivogal / semivogal + vogal

tritongo = semivogal + vogal + semivogal

DICA 06
OXÍTONAS

As palavras são oxítonas porque têm a sua última sílaba tônica. Há as seguintes
regras:

Palavras oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s)


A(S): Paraná, aliás, vatapá.
E(S): café, boné, jacarés.
O(S): jiló, após, avó.

Palavras oxítonas terminadas em em, ens


EM: também, alguém, refém.
ENS: parabéns, reféns.

Palavras oxítonas terminadas em ditongos abertos éi, éu, ói com ou sem s


ÉI: anéis, hotéis, pastéis.
ÉU: chapéu, troféu, troféus.
ÓI: dodói, herói, lençóis.

TOME NOTA: Palavras como “coração” e “sabão” são oxítonas não acentuadas,
pois o til (~) não é um acento.
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QUESTÃO
As duas palavras do texto 2 que recebem acento gráfico por razões diferentes são:
A) homicídio/média;
B) país/juízes;
C) histórico/pública;
D) secretários/relatório;
E) está/é.
GABARITO: Alternativa E, pois a palavra “está” é oxítona terminada em “a” e “é” é
monossílabo terminado em “e”.

DICA 07
PAROXÍTONAS

As palavras são paroxítonas porque têm a sua penúltima sílaba tônica. Há as


seguintes regras:

REGRAS PAROXÍTONAS

Palavras terminadas em R Açúcar, caráter, néctar.

Palavras terminadas em X Córtex, látex, tórax, fênix.

Palavras terminadas em N Abdômen, pólen, próton.

Palavras terminadas em L Ágil, fácil, amável.

Palavras terminadas em OS Bíceps, tríceps.

Palavras terminadas em ã(s), ão(s) Órfã, órfãos, bênção.

Palavras terminadas em I, IS Táxi, grátis, tênis.

Palavras terminadas em EI, EIS Hóquei, jóquei.

Palavras terminadas em US Vírus, bônus.

Palavras terminadas em om, ons um, uns Prótons, álbum, álbuns.

DICA 08
PAROXÍTONAS

Com o Novo Acordo Ortográfico foram abolidos:


O acento agudo na vogal i e na vogal u quando precedidas de ditongos.

Ex.: Feiura
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O acento agudo nos ditongos abertos oi e ei.
CUIDADO! Nas palavras oxítonas, ainda há o acento agudo, como em: herói, papéis.

Ex.: heroico, joia, paranoia, jiboia.


O acento circunflexo nos encontros oo e ee.

Ex.: abençoo, voo, enjoo, leem, creem.

QUESTÃO
(Questão adaptada) As alternativas a seguir apresentam palavras do texto acentuadas
pela mesma regra de acentuação, à EXCEÇÃO de uma. Assinale-a.
A) será / está.
B) ônibus / últimos.
C) política / econômica.
D) médio / saúde.
Gabarito: Alternativa D, pois a palavra ”Médio” é paroxítona terminada em ditongo.
“Saúde” é hiato.

DICA 09
PROPAROXÍTONA
As palavras são proparoxítonas porque têm a sua antepenúltima sílaba tônica.
TODAS AS PROPAROXÍTONAS SÃO ACENTUADAS!

EXEMPLOS

Acadêmico (a-ca-dê-mi-co)

Acústica (a-cús-ti-ca)

Círculo (cír-cu-lo)

Décimo (dé-ci-mo)

Elétrico (e-lé-tri-co)

Fósforo (fós-fo-ro)

Ginástica (gi-nás-ti-ca)

Ínterim (ín-te-rim)

Lâmpada (lâm-pa-da)

Míope (mí-o-pe)

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Plástico (plás-ti-co)

Próxima (pró-xi-ma)

DICA 10
FALSA PROPAROXÍTONA
Muitas vezes há dúvida sobre uma palavra ser paroxítona terminada em ditongo oral
crescente ou proparoxítona. Exemplos de palavras paroxítonas: his-tó-ria, ar-má-rio,
á-rea, tê-nue. São ditongos orais crescentes.
Por outro lado, essas palavras podem ser interpretadas como proparoxítona (em última
instância).

Ex.: his-tó-ri-a, ar-má-ri-o, á-re-a, tê-nu-e.

ATENÇÃO!

1º - Se aparecer uma questão, pedindo 2º - SOMENTE se você não encontrar


para você marcar a palavra que possui a
mesma regra de acentuação que a uma palavra proparoxítona, com certeza
palavra “ÚLCERA” (que é uma terá uma palavra que seja paroxítona
proparoxítona), por exemplo, você terminada em ditongo crescente e
procura por uma palavra proparoxítona, você marcará esta como correta (ex.:
em que a antepenúltima sílaba seja vitória), pois, daí, significa que o
acentuada (ex.: vítima → ví-ti-ma). examinador considerou essa palavra
“vitória” como proparoxítona. Embora
“vitória” não seja uma verdadeira
proparoxítona, ela pode ser uma falsa
proparoxítona.

DICA 11
CRASE
MACETE PARA A PROVA! Para saber se a palavra possui crase ou não, substirua o
que vem depois do artigo “a” por um termo masculino. Se você precisar de “ao”, a
palavra terá crase.

Ex.: Vou à escola


Vou ao colégio.

Chame a médica.
Chame o médico.
DICA 12
CRASE
Fusão de 2 vogais idênticas. A crase é representada pelo acento grave.
`= grave

Ex.: Luca é fiel à esposa Raquel.


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Por que há crase? Note que “esposa” pede o ARTIGO “A” (a esposa) e “fiel” pede a
PREPOSIÇÃO “A” (quem é fiel, é fiel a algo ou a alguém). A junção desses dois “As”
gera a CRASE!

Ex.: Mari se referiu a você.


Por que NÃO há crase? Porque “você” é um pronome e não pede o artigo “a”. Apenas o
verbo “referir” pede a preposição “a” (quem se refere, se refere a algo ou a alguém).
Então, não há crase aqui.
Para formar a CRASE é necessário: PREPOSIÇÃO “A” + ARTIGO “A”

SEMPRE ocorre crase:

HORA EXATA Ex.: Jonas e Raquel irão ao cinema às 18:19.


EXCEÇÃO: Se vier uma preposição (desde,
após, entre...) antes da hora, NÃO haverá
crase.

Ex.: Partirão da festa após as 19:11.

“À MODA DE” Haverá crase mesmo quando “moda” vier de


forma ocultada na frase.
Ex.: Neymar fez um gol à (moda) Pelé.

EMPRESSÕES PREPOSITIVAS, Ex.: Correu às pressas.


CONJUNTIVAS E ADVERBIAIS
(à direita, às vezes, à tarde, à toa, à vista...)
FEMININAS

DICA 13
CRASE FACULTATIVA

A crase será FACULTATIVA:

→ ANTES de nome próprio feminino.


Ex.: Refiro-me à Maria. / Refiro-me a Maria.

→ DEPOIS da preposição ATÉ.


Ex.: Podes me enviar o trabalho até as (às) 18:00.

→ ANTES de pronome possessivo feminino.


Ex.: Referiu-se a/à minha amiga.

CUIDADO! com “dona”, “senhora” e “senhorita” → também é facultativa a


crase.

TOME NOTA: “Frango a passarinho” NÃO POSSUI CRASE! A crase apenas


existe quando, ao se falar de um prato, estiver subentendida a expressão “à moda”.

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Ex.: frango à milanesa (frango à moda milanesa) → à moda da cozinha de Milão, na
Itália.
Ocorre que “a passarinho” significa “cortado como se fosse um passarinho”. Portanto, não
será utilizada a crase.
DICA 14
CRASE PROIBIDA
NUNCA ocorre crase (crase PROIBIDA):

→ ANTES de palavras masculinas.


Ex.: Escreveu a matéria no bloco de anotações a lápis.

→ ANTES de verbo.
Ex.: Começou a sorrir de alegria.

→ ANTES de pronomes (de modo geral).


Ex.: Supliquei a você que me contasse a verdade.
CUIDADO com os pronomes possessivo femininos, pois o uso da crase será
facultativo.

→ Cidades SEM ESPECIFICADORES.


Ex.: O avião retornou a Porto Seguro.
CUIDADO, pois com especificador, haverá crase: O avião retornou à bela Porto Seguro.

→ PALAVRAS REPETIDAS.
Ex.: Fiquei frente a frente com a verdade.

→“A” ANTES de palavra no plural.


Ex.: Refiro-me a matérias de Direito Penal. (CORRETO)
Refiro-me às matérias de Direito Penal. (CORRETO)

→ No caso do “A” para hora NÃO determinada


Ex.: Chegaremos à festa daqui a quatro horas.
DICA 15
MORFOLOGIA - CLASSES DE PALAVRAS - SUBSTANTIVO, ARTIGO E PRONOME

SUBSTANTIVO

Dá nome aos objetos, aos seres, aos lugares, às ações, entre outros.

O substantivo pode ser flexionado em número (singular ou plural), em


gênero (feminino ou masculino) e em grau (diminutivo ou aumentativo).
Exemplos: caderno, fadas, cidade.

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ARTIGO

Particulariza o sentido do substantivo.

Os artigos são: O, A, OS, AS, UM, UNS, UMA, UMAS.

PRONOME

O pronome possui a função de substituir ou de retomar alguma coisa.


Exemplos: lhe, cujo.

DICA 16
ADVÉRBIO, NUMERAL E CONJUNÇÃO

ADVÉRBIO

Modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio.

Os advérbios podem ser de: MODO, LUGAR, TEMPO, INTENSIDADE...

Exemplos: hoje, ontem, rapidamente, não.

NUMERAL

Termo que indica posição, multiplicação, quantidade ou fração.

Exemplos: três, terço.

CONJUNÇÃO

A conjunção conecta orações ou palavras de igual valor gramatical,


criando uma relação entre eles.

Exemplos: embora, mas, e.

QUESTÃO
“Um homem de 44 anos foi preso na noite desta quinta-feira (16), após tentar furtar
uma residência, localizada na rua Duque de Caxias entre Rafael Vaz e Silva e
Guanabara, em Porto Velho. A Polícia Militar foi informada que o criminoso, usando um
alicate grande, teria cortado o cadeado do portão da residência, porém, o cachorro da
casa começou a latir e o homem fugiu. Populares seguiram o criminoso, acionaram a
Polícia Militar, ele recebeu voz de prisão e foi encaminhado para a Central de
Flagrantes.” (Rondoniagora, 17/09/2021)
Na frase “o cachorro da casa começou a latir e o homem fugiu”, a conjunção E mostra o
mesmo valor em:
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a) O ladrão chegou perto da casa e observou o cenário;
b) O bandido usou o alicate e cortou o cadeado;
c) A Polícia Militar chegou e o bandido ficou com medo;
d) O meliante foi preso e encaminhado para a delegacia;
e) Os assaltos e furtos são comuns nas grandes cidades.
Gabarito: Alternativa C, pois há uma relação de causa e consequência, assim como na
frase do enunciado.

DICA 17
PREPOSIÇÃO, ADJETIVO, INTERJEIÇÃO E VERBO

PREPOSIÇÃO

Termo que exprime uma relação de regência.

As principais preposições são: A, ANTE, ATÉ, APÓS, COM, CONTRA, DE,


DESDE, EM, ENTRE, PARA, PER, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE, TRÁS.

ADJETIVO

Atribui características aos substantivos.

Exemplos: azul, espanhol, inteligente.

INTERJEIÇÃO

Expressa o estado emotivo daquele momento.

Exemplos: Eita!, Oh!, Surpresa!

VERBO

Expressa estado, ação e fenômeno da natureza.

Exemplos: cuidar, chover, amar, dormir, cantar, torcer.

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DICA 18
CLASSES GRAMATICAIS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS

INVARIÁVEIS VARIÁVEIS

INTERJEIÇÕES ADJETIVOS

PREPOSIÇÕES PRONOMES

CONJUNÇÕES SUBSTANTIVOS

ADVÉRBIOS NUMERAIS

VERBOS

ARTIGOS

As palavras invariáveis, como o próprio nome diz, NUNCA variam.

Ex.: Amanhã, passearemos com os cachorros. → Veja que “amanhã” é um advérbio e


não importa se a frase estiver no singular ou no plural, a palavra “amanhã” é invariável.

As palavras variáveis, como o próprio nome diz, VARIAM.

Ex.: “esperto(a)” é um adjetivo e varia. Veja abaixo:

Ex.: A menina esperta.


As meninas espertas.
DICA 19
SUBSTANTIVAÇÃO
É um processo de formação de novas palavras. Também é chamado de DERIVAÇÃO
IMPRÓPRIA.

Veja os exemplos abaixo:

O andar de Paulo era estranho. → Veja que “andar” é verbo, mas nessa frase ele se
transformou em substantivo em decorrência do artigo usado (processo de
substantivação).

Marina disse um não com determinação. → Veja que “não” é um advérbio, mas
nessa frase ele se transformou em um substantivo.

O azul do mar é encantador. → Veja que “azul” é um adjetivo, mas nessa frase ele
se transformou em um substantivo.
DICA 20
ESTRUTURA DAS PALAVRAS - RADICAL E DESINÊNCIA

A palavra tem seu significado principal no RADICAL. São acrescentados outros


elementos ao radical.

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Ex.: VENDER → VENDA → VENDEDOR (RADICAL = VEND)
A DESINÊNCIA aparece após os radicais. Pode ser desinência verbal ou nominal.

Desinência Nominal: indica o número (singular ou plural) e o gênero (feminino ou


masculino). As desinências de gênero são, portanto, “a” e “o”. Quanto à desinência de
número, é formada pelo “s” se for plural; se for singular, não existe uma desinência
própria.

Desinência Verbal: indica o modo, a pessoa, o número, bem como o tempo dos
verbos.

Ex.: “NAMORÁVAMOS”
Radical = namor
Vogal temática = á
Desinência modo-temporal = va
Desinência número-pessoal = mos

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REALIDADE ÉTNICA, SOCIAL, HISTÓRICA, GEOGRÁFICA, CULTURAL, POLÍTICA E
ECONÔMICA DO ESTADO DE GOIÁS
DICA 21
DA FORMAÇÃO HISTÓRICA DA COLONIZAÇÃO
A colonização do estado de Goiás deveu-se também à migração de pecuaristas que
partiam de São Paulo, em busca de melhores terras para o gado. Dessa origem ainda hoje
se deriva a vocação do Estado para a produção pecuária. Em 1744, Goiás, que antes
pertencia ao Estado de São Paulo, foi separada e elevada à categoria de província. A partir
de 1860, a lavoura e a pecuária tornaram-se as atividades principais do estado, pois a
mineração do ouro entrou em decadência devido ao esgotamento das minas.

A navegação a vapor e a abertura de estradas, no final do século XIX, foi o que


possibilitaram o escoamento dos produtos cultivados no Estado, permitindo o
desenvolvimento da região. Mas foi já no século XX, com a construção da nova capital,
Goiânia, que deu grande impulso à economia do estado, que deu sinais de novo surto de
desenvolvimento com a criação de Brasília, a nova capital do Brasil, em 1960.

Tome nota! Em 1988, o norte do Estado foi desmembrado, dando origem ao


Estado do Tocantins.
DICA 22
DA PRIMEIRA CAPITAL - GOIÁS VELHO

A cidade de Goiás, hoje conhecida como Goiás Velho, foi a primeira capital do estado e
surgiu da existência de um vilarejo chamado Arraial de Santana, fundado em 1727 por
Bartolomeu Bueno, filho de Bartolomeu Bueno da Silva. A cidade se encontra a 144 km de
distância de Goiânia e foi tombada como monumento histórico nacional pelo Iphan. Entre
as principais atrações turísticas da cidade de Goiás Velho encontram-se antigas igrejas
que se destacam por obras de influência barroca, pinturas do século XIX e trabalhos do
escultor Veiga Vale, originário da cidade de Goiás.

Veja:

Igreja do Carmo (1756) – (foto)

Igreja de São Francisco de Paula (1761)

Igreja de Santa Bárbara (1780) e

Igreja de Nossa Senhora da Abadia (1790)

A igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, construída em 1779, abriga atualmente o Museu
de Arte Sacra da cidade, que exibe 36 dos 200 trabalhos em escultura atribuídos a Veiga
Vale. Na cidade também é possível visitar também o Museu das Bandeiras, situado no
prédio onde funcionava a antiga Câmara e a Cadeia Pública, construído em 1755.

DICA 23
DA ATUAL CAPITAL GOIÂNIA
Capital do Estado de Goiás desde 1937, Goiânia ocupa uma área de 728.84 km2 na região
sul do Estado, e fica a 209 km a de Brasília. Foi fundada em 1933, a partir de um plano

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urbanístico simétrico, e passou a substituir a cidade de Goiás como centro administrativo
do Estado já em 1935, dois anos antes de se tornar a capital.
Entre as principais atrações turísticas de Goiânia encontra-se o Museu Zoroastro Artiaga,
que reúne grande quantidade de produtos artesanais indígenas, o Museu Ornitológico,
com espécies de animais, entre eles pássaros, o Bosque dos Buritis, aprazível local de
lazer, muito procurado pela população local, e o Zoológico, que possui diversos tipos de
animais representativos de espécies ameaçadas de extinção.

Fundação: 24 de outubro de 1933

DICA 24
INFRAESTUTURA

A melhora no desempenho nacional de Goiânia foi puxada pela avaliação do


fator Infraestrutura. O índice de atendimento urbano de água, a pavimentação, a
conectividade aeroportuária, linhas rodoviárias, energia elétrica e as conexões de banda
larga garantiram à Goiânia a quinta melhor posição no ranking nacional.

Tome nota! Goiânia é popularmente conhecida como a Capital do Cerrado. A


capital surgiu por determinação do governo de Getúlio Vargas. Com uma arquitetura
modernista, Goiânia ficou conhecida como o maior sítio Art Déco da América Latina. Nas
Américas, Goiânia só perde para a cidade de Miami, localizada no Estado da Flórida, que
possui a maior quantidade de prédios numa arquitetura moderna Art Déco.

DICA 25
DA AGRICULTURA

Goiás é um dos maiores produtores de tomate, milho e soja do Brasil. O Estado é


responsável por 33% da produção nacional de sorgo.

Outros cultivos importantes são: algodão, cana-de-açúcar, café, arroz, feijão, trigo e
alho. A pecuária, por sua vez, está em constante expansão.

A agricultura moderna, praticada no estado de Goiás, é a responsável pelo


crescimento das exportações de commodities agrícolas. O aumento da produtividade de
commodities agrícolas em Goiás só foi possível com a implantação dos latifúndios ou
agricultura de plantation. Goiás ainda dedica-se a produção de milho, soja, cana.

Vale lembrar! Goiás é o principal produtor de sorgo no país.


DICA BÔNUS
DO SETOR INDUSTRIAL

No estado de Goiás, o processo de industrialização tornou-se mais evidente a partir da


década de 1970 e intensificou-se na década de 1990, favorecido pelos esforços estatais
em atrair indústrias. Os cinco principais setores, relacionados abaixo, concentram 79,1%
da indústria do estado.

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Os principais setores industriais são:

Construção 25,6%

Alimentos 25,2%

Serviços Industriais de Utilidade Pública, 17,2%


como Energia Elétrica e Água

Derivados do Petróleo e Biocombustíveis 7,4%

Químicos 3,7%

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 26
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS - PRINCÍPIO DO JUIZ
NATURAL

Segundo os incisos:

XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção;

LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela competente.


Esse princípio barra a criação de tribunal para julgar um determinado fato. É dizer, o juízo
é criado após o acontecimento de um evento.
DICA 27
TRIBUNAL DO JÚRI (INCISO XXXVIII, DO ARTIGO 5º)

Segundo o inciso em estudo, são princípios assegurado do tribunal do júri:

Plenitude de defesa;

Sigilo das votações;

Soberania dos veredictos;

Competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.

DICA 28
TRIBUNAL DO JÚRI (INCISO XXXVIII, DO ARTIGO 5º)
A competência do tribunal do júri para julgamento dos crimes dolosos contra a vida pode
ampliada pelo legislador ordinário.

Dá-se o nome de latrocínio ao crime de roubo qualificado pela morte da vítima. Em que
pese haver a morte da vítima, em realidade trata-se de crime contra o patrimônio e
não contra a vida.

ATENÇÃO!

Quando o agente que cometer o crime doloso contra a vida detiver foro especial por
prerrogativa de função previsto na Constituição Federal, a competência não
será do tribunal do júri.

DICA 29
CRIMES INAFIANÇÁVEIS E CRIMES IMPRESCRITÍVEIS
Na CF/88 existem “mandados de criminalização” onde o constituinte determina que o
legislador criminalize alguma conduta ensejadora de violação a algum bem jurídico.

Podemos encontrar mandados de criminalização nos seguintes incisos:

XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível;

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XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça, anistia e
indulto a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
terrorismo e os crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores
e os que, podendo evitá-los, se omitirem.

XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armado


civis ou militares, contra a ordem constitucional e o estado democrático.

DICA 30
ESQUEMATIZANDO

CRIMES INAFIANÇÁVEIS E IMPRESCRITÍVEIS

Racismo

Ação de grupos armado civis ou militares, contra a ordem constitucional e o


estado democrático.

CRIMES INAFIANÇÁVEIS E INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA, ANISTIA E INDULTO.

Tortura
Tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins

Terrorismo
Crimes hediondos
DICA 31
INTRANSCEDÊNCIA DAS PENAS
Conforme o preconizado pelo inciso XLV, nenhuma pena passará da pessoa do condenado,
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido.
Assim, nenhuma pessoa pode sofrer a penalização por ato de outrem.
DICA 32
ESPÉCIES E INDIVIDUALIZAÇÃO DAS PENAS

O inciso XLVI, do artigo 5º, traz o princípio da individualização e espécies de penas,


vejamos o dispositivo em questão:

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:


privação ou restrição da liberdade;
perda de bens;
multa;
prestação social alternativa;
suspensão ou interdição de direitos;

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DICA 33
ESPÉCIES E INDIVIDUALIZAÇÃO DAS PENAS
O rol trazido por esse inciso é meramente exemplificativo, podendo a lei criar novos
tipos de penalidades.
Entretanto, alguns tipos de penas não podem ser criados por vedação expressa do inciso
XLVII, também do artigo 5º, vejamos quais são:
IMPORTANTE! De morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art.
84, XIX;
De caráter perpétuo;
De trabalhos forçados;
De banimento;
Cruéis.

DICA 34
PROGRESSÃO DE REGIME
A pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do
delito, a idade e o sexo do apenado.
É assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral.
Às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação.
DICA 35
EXTRADIÇÃO

Nenhum brasileiro será extraditado (vedação absoluta), salvo o naturalizado


nos seguintes casos:

Crime comum, cometido antes da naturalização;


Comprovado envolvimento em tráfico ilícito de drogas;
Não será concedida a extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.

O brasileiro nato que vier a perder a nacionalidade brasileira pela aquisição voluntária
de outra nacionalidade, estará sujeito à extradição.

DICA 36
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
Trata-se de princípio oriundo do direito norte-americano (due process of law).
Consubstanciando em um dos institutos mais relevantes do ordenamento jurídico pátrio.
Segundo o inciso LIV, do artigo 5º, da CF/88, ninguém será privado da liberdade ou
de seus bens sem o devido processo legal.

Com o devido processo legal, surgem as seguintes prerrogativas processuais:

Direito ao processo (garantia de acesso ao Poder Judiciário);


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Direito à citação e ao conhecimento prévio do teor da acusação;

Direito a um julgamento público e célere;

Direito ao contraditório e à plenitude de defesa (direito à autodefesa e à defesa


técnica);

Direito à igualdade entre as partes;

Direito de não ser processado com fundamento em provas revestidas de ilicitude;

Direito ao benefício da gratuidade;

Direito à observância do princípio do juiz natural;

Direito ao silêncio (corolário do princípio do nemo tenetur se detegere);

Direito à prova.

DICA 37
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
Possui dupla acepção:
FORMAL (processual): diz respeito à garantia da parte de valer-se de todos os meios
jurídicos disponíveis para sua defesa.
MATERIAL (substantivo): relaciona-se com o princípio da proporcionalidade. Trata-
se da razoabilidade das leis.
O princípio da proporcionalidade tem uma dupla faceta: a proibição de excesso e a
proibição de proteção deficiente.
Nota-se, portanto, que o devido processo legal deve ser observado não somente no
processo judicial, mas também no administrativo.
DICA 38
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA
Trata-se de princípios corolários do princípio do devido processo legal.
Conforme dispõe o inciso LV, do artigo 5º, aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral, são assegurados o contraditório e a ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
Princípio da ampla defesa: diz respeito ao direito do acusado em produzir de forma
ampla e irrestrita todos os meios lícitos de provas.
Princípio do contraditório: diz respeito ao direito de o acusado poder contradizer tudo
àquilo que lhe foi imputado. É a oposição!

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DICA 39
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA

ATENÇÃO!

Os princípios da ampla defesa e do contraditório não são aplicados ao inquérito


policial. Por esse motivo a sentença condenatória proferida exclusivamente em
fatos narrados no inquérito policial é nula.

O inquérito policial é procedimento administrativo inquisitivo cujo objetivo é a colheita


de elementos de informação (e não prova, a qual somente é produzida sob o crivo do
contraditório e da ampla defesa), a fim de fornecer substratos a eventual e futura ação
penal.

Nota-se que os elementos de informação colhidos na fase do inquérito podem ser usados
pelo magistrado em sua decisão, o que não pode é serem utilizados de forma exclusiva.

Como consentâneo do devido processo legal e, consequentemente, do contraditório e da


ampla defesa, a Súmula Vinculante prevê ser direito do defensor, no interesse do
representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em
procedimento investigatório realizado por órgãos com competência de polícia judiciária,
digam respeito ao exercício do direito de defesa.

DICA 40
PROVAS ILÍCITAS
Segundo o inciso LVI, do artigo 5º, são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas
por meios ilícitos.

Prova ilícita é aquela obtida em desacordo com o direito material.

A vedação à utilização da prova ilícita alcança tanto o processo judicial, quanto o


administrativo.

A presença da prova ilícita não contamina, tampouco enseja a nulidade do processo.


Devendo ser expurgada do bojo dos autos.

DICA 41
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
Ápice do garantismo penal, o princípio da presunção de inocência, segundo o inciso LVII,
do artigo 5º, preconiza que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado
da sentença penal condenatória.
Tem como objetivo evitar que o sujeito seja condenado precipitadamente.
Como consequência desse princípio, o acusado não tem obrigação de provar sua
inocência, mas sim o acusador tem o ônus de provar, inequivocamente, a culpabilidade do
indivíduo.
As prisões cautelares (flagrante, provisória e temporária) NÃO violam a presunção de
inocência.
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DICA 42
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA

ATENÇÃO!

A execução provisória da sentença penal condenatória revela-se frontalmente


incompatível com o direito fundamental do réu de ser presumido inocente até que
sobrevenha o trânsito em julgado de sua condenação criminal.

Viola o princípio da presunção de inocência a exclusão de certame público de candidato


que responda a inquérito policial ou ação penal sem trânsito em julgado da sentença
condenatória.

DICA 43
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL
Segundo o inciso LVIII, do artigo 5º, o civilmente identificado não será submetido à
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei.

Mesmo identificado civilmente, o indivíduo será submetido à identificação criminal nas


seguintes hipóteses:

Documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;

Documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;

Indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes


entre si;

Identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da


autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da
autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa;

Constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;

Estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do


documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 44

AGENTES PÚBLICOS: DA ACUMULAÇÃO

Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego


público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram
essas remunerações forem acumuláveis nas atividades.
Na aposentadoria, só pode cumular nas mesmas hipóteses em que poderia na
atividade.
Lembre que há uma diferença sútil entre o ato de sindicância e o ato de processo
adminsitrativo. Ambos são processos administrativos que visam a aplicação de
penalidades aos servidores.

Da sindicância poderá resultar a aplicação de penalidades mais leves como


advertência ou suspensão de até 30 dias. O prazo para conclusão não excederá 30 dias,
podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior.

Já o processo administrativo disciplinar (PAD), sempre será necessário para


aplicação de penalidades mais graves. Entre elas, demissão, cassação de aposentadoria
ou disponibilidade, destituição de cargo em comissão ou função de confiança e suspensão
superior a 30 dias. O prazo para conclusão é de 60 (sessenta) dias prorrogável por mais
60.
DICA 45
AGENTES PÚBLICOS: DAS RESPONSABILIDADES
O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas
funções.

A responsabilidade penal engloba os crimes e as contraversões penais.

A responsabilidade civil abrange atos comissivos ou omissivos e atos dolosos e


culposos.
Ao provocar danos a terceiros, a vítima poderá cobrar do estado, e o estado cobrar do
servidor AÇÃO REGRESSIVA.
O servidor que agir de forma dolosa, o estado poderá realizar confisco dos bens.
Ao não informar alguma irregularidade, ou executá-la tendo ciência da irregularidade, o
servidor responde por ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo juntamente com
o servidor em investigação.
DICA 46
PODERES ADMINISTRATIVOS - CONCEITO

Os Poderes Administrativos são instrumentos colocados à disposição do administrador


para atingir o interesse público.
Não devem ser confundidos com Poderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Poder não é uma faculdade, mas sim um dever do agente público.

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DICA 47

PODERES DA ADMINISTRAÇÃO: USO E ABUSO DO PODER

O uso do poder consiste em um privilégio do agente público. A sua utilização implica


que o agente deverá observar as normas constitucionais e legais em busca do interesse
público.

O abuso de poder ocorre quando o agente público deixa de lado o interesse público e
observa apenas o seu interesse particular, o que torna o ato ilegal. Assim, o abuso de
poder é toda a atuação que torna irregular a execução do ato administrativo.

DICA 48

ABUSO DO PODER

São espécies de abuso de poder: (i) excesso de poder; e (ii) desvio de poder.

Excesso de poder:

O excesso de poder ocorre quando o agente atua além dos limites legais de sua
competência.

Desvio de poder ou de finalidade:

O desvio de poder quanto à finalidade ocorre quando o administrador agente dentro dos
limites de sua competência, mas o faz para alcançar fim diverso do previsto.

DICA 49
PODERES ADMINISTRAIVOS: PODER DE POLÍCIA

É o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de direitos e da


propriedade em benefício do interesse público.
O poder de polícia condiciona o exercício do direito, visando o bem-estar coletivo.
A base do poder de polícia é o interesse público. É a supremacia do interesse público
sobre o interesse do particular.
O poder de polícia não pode ser delegado aos particulares, pois para o exercício do
poder de polícia é necessário o poder de império através de sua supremacia.
DICA 50
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO - PODER DE POLÍCIA

Atributos do poder de polícia:

Discricionariedade (regra) – exceção: aplicação de multa é vinculado

Coercibilidade

Autoexecutoriedade – desdobra-se em exigibilidade e a executoriedade

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DICA 51
CICLOS DO PODER DE POLÍCIA

Ordem de Polícia: limitação e acondicionamento ao exercício de atividades


privadas e uso de bens, imposta pela lei.

Consentimento de polícia: anuência prévia da administração para prática de certas


atividades.

Fiscalização de polícia: atividade que a administração pública analisa se está


ocorrência o adequado cumprimento das ordens de polícia pelo particular ou se este
está agindo conforme as condições impostas.

Sanção de polícia: é a atuação administrativa de modo coercitivo.


DICA 52
PODER HIERÁRQUICO

É o poder para estabelecer a hierarquia entre órgãos e agente público.


Órgãos de nível superior fiscalizam e revisam atos de órgãos de hierarquia inferior, com a
correção dos atos mediante revogação ou anulação.
DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO
Na delegação, a autoridade transfere parte de suas atribuições para outro agente
praticar o ato.
Na avocação, uma autoridade chama para si a prática de ato de subordinado.
A delegação não exige que exista hierarquização.
A avocação exige hierarquia, podendo avocar quem possuí a hierarquia superior.
DICA 53
PODER DISCIPLINAR

É o poder de punir internamente as infrações dos servidores ou outras pessoas sujeitas


à relação com a Administração Pública.
É um poder que incide tanto em relação a servidores como também a particulares,
que mantenham algum tipo de vínculo especial com o poder público.

Ex.: Concessionários de Serviços Públicos.


Para punição é necessária a existência de superioridade hierárquica.
O poder disciplinar tem como característica a discricionariedade, ou seja, margem de
liberdade para decidir sobre o ato mais adequado a ser aplicado.
DICA 54
PODERES ADMINISTRAIVOS: PODER REGULAMENTAR
É o poder da administração de editar atos normativos para complementação das leis
(Poder Normativo).

Ex.: Edição de Decreto pelo Presidente da República para regulamentar funcionamento


da administração pública.
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Se o ato regulamentar extrapolar a sua função, a CF/88 autoriza o Congresso Nacional
a sustar o ato.
DICA 55
PODER DISCRICIONÁRIO E PODER VINCULADO
O poder discricionário é uma prerrogativa que o agente escolha, entre várias condutas
possíveis, qual melhor se adequa a oportunidade e ao interesse público.
É uma certa liberdade de agir, dentro da margem prevista em lei.

O poder vinculado, ao contrário do poder discricionário, não é uma prerrogativa, mas


sim um poder-dever.
No poder vinculado, o agente público pratica o ato determinado pela lei, sem margem de
flexibilidade.
DICA 56
ATO ADMINISTRATIVO
São as manifestações de vontade da Administração Pública por meio de decretos,
resoluções, portarias, circulares, etc.
É uma declaração unilateral da vontade do Estado, de nível inferior à lei, para atender ao
interesse público.

Cria, restringe, declara ou extingue direitos.

São sujeitos ao controle judicial.


DICA 57
CONTROLE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

São 2 as formas de controle dos atos administrativos:

a) Quando realizado pela própria Administração trata-se de controle interno ou


autotutela.
O princípio da autotutela é a obrigação da Administração Pública em controlar os atos
editados, para retirar do ordenamento jurídico os ilegítimos ou inoportunos.

ILEGÍTIMOS são os atos ilegais ou nulos, tendo a Administração a obrigação de


retirá-los do sistema.

INOPORTUNOS são os atos que, em que pese não serem ilegais, se tornaram
inoportunos ou inconvenientes, tendo a Administração a prerrogativa de revogar os
que entender se enquadrarem em tais características.

Os fundamentos acima estão consolidados pelo STF, nas Súmulas 346 e 473:
Súmula 346 STF – A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios
atos.
Súmula 473 STF – A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial.
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b) Quando realizado pelo poder judiciário se apresenta o controle externo.
Em respeito ao Princípio da Separação dos Poderes, o Judiciário e Legislativo, quando
apreciarem Atos Administrativos, deverão limitar-se aos aspectos da legalidade, não lhes
competindo analisar o mérito, conveniência ou oportunidade.
DICA 58
ANULAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Anulação tem como fundamento a ilegalidade do ato, sendo realizada pela própria
Administração ou pelo Poder Judiciário.

A anulação acarreta efeito ex tunc (retroage à situação original), eliminando, por


consequência, todos os atos gerados pelo ato durante sua vigência.
Não possibilita, em regra, a invocação de direitos adquiridos, em razão da ilegalidade
apresentada, com exceção dos que constituíram direitos de boa-fé.

O prazo (decadencial) que a Administração possuí para anulação dos seus atos é de 5
anos, conforme prescrito no artigo 54 da Lei nº 9.784/99.
Se praticado o ato com má-fé, o prazo de 5 anos não se aplica.

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DIREITO PENAL
DICA 59
NÃO SERÃO PUNIDAS AS HIPÓTESES DE ABORTO LEGAL

Terapêutico ou profilático, para salvar a vida da gestante por questões de saúde;

sentimental, humano ou ético, quando decorrente de estupro e a gestante consentiu


com o aborto;

quando o feto for anencéfalo (por decisão do STF na ADPF 54);

é uma causa de extinção da punibilidade;


CUIDADO!
O aborto de fetos com MICROCEFALIA NÃO é permitido.
DICA 60
DAS LESÕES CORPORAIS: LESÃO CORPORAL LEVE, GRAVE E GRAVÍSSIMA
Lesão corporal leve é toda aquela que não é grave, gravíssima ou seguida de morte;

LESÃO GRAVE LESÃO GRAVÍSSIMA

incapacidade para atividades habituais por incapacidade permanente para o trabalho


mais de 30 dias

perigo de vida

aceleração de parto Aborto

debilidade permanente de membro e função perda de membro e função, deformidade


(caráter duradouro, mas não precisa ser permanente, enfermidade incurável
eterno)

LESÃO GRAVE LESÃO GRAVÍSSIMA

1 a 5 anos 2 a 8 anos

Dentes quebrados: lesão grave. (art. 129, §1º, III – debilidade permanente);

Perda de funções ou órgão duplos (como os rins): a perda de um é lesão grave


(debilidade) e dos dois é gravíssima (perda).

Vitriolagem: lesão gravíssima decorrente do uso de ácido sulfúrico;

Lesão corporal seguida de morte: não admite tentativa, por ser crime
preterdoloso, ou seja, o agente tem o dolo (intenção) de lesionar e a morte acaba sendo
uma consequência;

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DICA 61
DOS CRIMES CONTRA A HONRA: CALÚNIA
Fato certo e definido como crime, ou seja, não basta a contravenção.
Ex.: dizer “João é ladrão” não é calúnia, mas sim difamação, pois o fato não é
determinado. Calúnia seria “Foi João quem roubou a bolsa de Maria ontem”.
O agente tem que saber que o fato é falso, se ele achar que é verdade não é calúnia.
É punível contra os mortos (mas a vítima não é o morto e sim a sua família);
Tutela a honra objetiva (perante a sociedade).
DICA 62
DOS CRIMES CONTRA A HONRA: DIFAMAÇÃO
Imputar FATO determinado que seja ofensivo à reputação;
Tutela a honra objetiva;
Se consuma quando terceiro tem conhecimento;
Advogado tem imunidade profissional.
DICA 63
DOS CRIMES CONTRA A HONRA: INJÚRIA
Ofensa à dignidade ou decoro;
Tutela a honra subjetiva (imagem que a pessoa tem dela mesma);
PERDÃO JUDICIAL: quando a vítima provocou de forma reprovável; retorsão imediata
com outra injúria;
INJÚRIA REAL: Praticada por violência ou vias de fato;
INJÚRIA PRECONCEITUOSA:
ofensa relacionada a raça, cor, etnia, religião, origem, idoso e PCD.
ofensa relacionada a orientação sexual também é injúria preconceituosa por
entendimento do STF;

É INAFIANÇÁVEL.
DICA 64
EXCEÇÃO DA VERDADE
Exceção da Verdade: quando aquele que pratica a calúnia, injúria e difamação tem a
possibilidade de comprovar o que está dizendo;
A exceção da verdade cabe no crime de calúnia, a não ser que esteja falando do
Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro ou o agente já tiver sido
absolvido;
A exceção da verdade na difamação apenas quando se tratar de funcionário público;
Pedido de Explicações: acontece quando a vítima fica na dúvida se a fala foi ofensiva
ou não e vai em juízo pedir que o autor da declaração explique o que quis dizer.

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DICA 65
CALÚNIA, DIFAMAÇÃO E INJÚRIA

CALÚNIA DIFAMAÇÃO INJÚRIA

Fato certo e definido Fato ofensivo à reputação Ofensa à dignidade ou


como CRIME decoro

Possível contra os mortos Não é possível contra os Não é possível contra os


mortos mortos

Admite exceção da Admite exceção da verdade Não admite exceção da


verdade com exceções excepcionalmente verdade

Não admite perdão Não admite perdão judicial Admite perdão judicial
judicial

Admite retratação Admite retratação Não admite retratação

Cabe pedido de Cabe pedido de explicações Cabe pedido de explicações


explicações

DICA 66
PERSEGUIÇÃO

Crime novo, incluído no ano de 2021, também chamado de “STALKING”, consiste


em:

→ perseguir alguém;
→ reiteradamente e por qualquer meio;
→ ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica;
→ restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou;
→ de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou
privacidade;

→ importante perceber que se trata de um crime habitual, ou seja, só se verifica com a


repetição dos atos;

CAUSA DE AUMENTO (+1/2):

contra criança, adolescente ou idoso;

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contra mulher por razões da condição de sexo feminino (mesmas hipóteses do
feminicídio);

mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas ou com o emprego de arma.


DICA 67
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO: FURTO MAJORADO PELO REPOUSO
NOTURNO (1/3)
Período que a comunidade se recolhe para o repouso noturno. Não precisa ter gente
dormindo nem ocupação na casa.

FURTO PRIVILEGIADO (1/3 a 2/3)

É causa especial de diminuição de pena, substituição por detenção ou apenas


aplicação de multa;

Quando o réu é primário e a coisa é de pequeno valor (um salário-mínimo, segundo


a jurisprudência);

O princípio da insignificância deve obedecer às balizas da insignificância pelo STF:


MNEMÔNICO:

M Mínima ofensividade da conduta

A Ausência de periculosidade

R Reduzido grau de reprovabilidade

I Inexpressiva lesividade

DICA 68
FURTO QUALIFICADO

Destruição de rompimento ou obstáculo;

Abuso de confiança;

Fraude: utilizada para distrair a vítima. No estelionato a fraude é empregada para


que a própria vítima entregue o bem ao autor;

Escalada: de modo anormal que não significa necessariamente subir, pode ser meio
subterrâneo, pular muro.

Destreza: é aquele que furta sem ser notado.

Chave falsa: tudo que possa abrir a fechadura. Cópia, grampo.

Concurso de duas ou mais pessoas.

FURTO SUPER QUALIFICADO


Furto utilizando-se de explosivo ou análogo que cause perigo comum → É crime
hediondo;

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Furto de substâncias explosivas ou acessórios → NÃO é crime hediondo.

FURTO QUALIFICADO DE VEÍCULO


Veículo automotor que vá ser enviado a outro estado ou país.

FURTO QUALIFICADO – ABIGEATO


Semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local
da subtração.

FURTO QUALIFICADO ELETRÔNICO


Furto mediante fraude cometido por meio de dispositivo eletrônico ou informático;

conectado ou não à rede de computadores;

com ou sem a violação de mecanismo de segurança ou a utilização de programa


malicioso;

ou por qualquer outro meio fraudulento análogo;

aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado mediante a
utilização de servidor mantido fora do território nacional;

aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é praticado contra idoso ou


vulnerável.
DICA 69
ROUBO

A violência ou grave ameaça pode ser também a violência imprópria, como o boa noite
cinderela;

ROUBO IMPRÓPRIO: quando a subtração vem antes da violência ou grave ameaça


e se utiliza a violência ou grave ameaça para assegurar a detenção da coisa. É um furto
que se transforma em roubo em razão das circunstâncias;

CAUSAS DE AUMENTO: o pacote anticrime trouxe várias alterações, principalmente


em relação ao emprego de arma e explosivos, fique atento aos patamares na tabela
abaixo:

CONCURSO DE 2 OU MAIS PESSOAS

TRANSPORTE DE VALORES

VEÍCULO DESTINADO A OUTRO ESTADO 1/3 ATÉ A METADE

RESTRIÇÃO DA LIBERDADE DA VÍTIMA

SUBTRAÇÃO DE EXPLOSIVOS

EMPREGO DE EXPLOSIVO 2/3

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ARMA BRANCA 1/3 ATÉ A METADE

ARMA DE FOGO 2/3

ARMA DE FOGO USO RESTRITO OU PROIBIDO EM DOBRO

DICA 70
LATROCÍNIO

Roubo qualificado que é crime hediondo;

A morte deve decorrer sempre da violência;

A morte deve ocorrer no momento e em razão do assalto. Se a morte for


posterior haverá concurso entre o homicídio e o roubo;

Não é latrocínio quando um assaltante mata o outro para ficar com o produto do
crime.

CONSUMAÇÃO: depende sempre da morte, segundo a súmula 610 do STF:

ROUBO TENTADO + MORTE TENTADA: LATROCÍNIO TENTADO

ROUBO TENTADO + MORTE CONSUMADA: LATROCÍNIO CONSUMADO

ROUBO CONSUMADO + MORTE TENTADA: LATROCÍNIO TENTADO

ROUBO CONSUMADO + MORTE CONSUMADA: LATROCÍNIO CONSUMADO

DICA 71
EXTORSÃO

Constranger mediante violência ou grave ameaça;


Tem como fim específico a vantagem econômica indevida. Aqui, ao contrário do roubo,
a colaboração da vítima é indispensável e a vantagem buscada é futura.

Ex.: exigir que a vítima forneça a senha bancária para sacar os valores, logo, sem a
“colaboração” da vítima não é possível. Entenda que essa colaboração não é,
logicamente, voluntária;

SEQUESTRO RELÂMPAGO: é modalidade de extorsão qualificada pela restrição da


liberdade da vítima;

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DIFERENÇA DO SEQUESTRO RELÂMPAGO PARA A EXTORSÃO MEDIANTE


SEQUESTRO:

Na extorsão qualificada (sequestro relâmpago), a vítima tem a sua liberdade


restringida e a vantagem econômica é exigida dela mesma:
Ex.: agente que entra no carro da vítima e a mantém sob o seu poder até que
informe as senhas bancárias para realizar saques e transações.

Já na extorsão mediante sequestro, a vítima tem a liberdade restringida, mas a


vantagem é exigida de terceira pessoa.
Ex.: pessoa que fica em cativeiro enquanto o agente liga para familiares da vítima
para pedir o resgate.

DICA 72
ESTELIONATO
Elementos estruturais: fraude + vantagem ilícita + prejuízo alheio;

Diferença com furto mediante fraude: aqui a fraude é empregada para enganar a
vítima e fazer com que ela mesma entregue a vantagem para o agente;

Nova hipótese de estelionato qualificado (FRAUDE ELETRÔNICA): utilização de


informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de redes
sociais, contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico fraudulento;

CAUSA DE AUMENTO: se vítima for idosa ou vulnerável;


CUIDADO!
Embora a causa de aumento se aplique ao IDOSO (a partir de 60 anos), a ação
necessitará de representação quando a vítima tiver mais de 70 anos!
DICA 73
RECEPTAÇÃO

São crimes acessórios, vassalo ou parasitários (precisa de CRIME anterior);

A pena será em dobro se o bem for público;

CULPOSA: quando é possível presumir a origem criminosa mas não se sabe com
certeza, pelo preço que pagou, pelas condições de quem vendeu e etc.

Cabe perdão judicial se primário.

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PROCESSO PENAL
DICA 74
AÇÃO PENAL

INCONDICIONADA

DE INICIATIVA
AÇÃO PENAL
PÚBLICA

CONDICIONADA

A ação penal pública incondicionada é titularizada pelo Ministério Público. O MP


inicia a ação penal com a denúncia.
A regra no sistema jurídico = a ação penal seja pública incondicionada.
DICA 75

AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA


A ação penal pública condicionada depende da representação do ofendido ou de
requisição do Ministro da Justiça. Nesses casos, o Ministério Público continua sendo o
titular da ação penal, mas não pode exercer o seu direito de ação de ofício, como nos
casos de ação penal pública incondicionada.

de requisição do
promovida por Ministro da Justiça,
denúncia do ou de representação
Crimes de ação
Ministério Público, do ofendido ou de
pública
dependerá, quando quem tiver
a lei o exigir, qualidade para
representá-lo.

OBS.: Caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão


judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou
irmão (CADI – deve ser por esta ordem).
DICA 76

AÇÃO PENAL PÚBLICA

Qualquer crime

praticado em detrimento do
patrimônio ou interesse da
União, Estado e Município

a ação penal será


pública

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OBS.: Os crimes de lesão corporal leve ou culposa cometidos no contexto de
violência doméstica ou familiar contra a mulher, que se enquadram na Lei Maria da
Penha, são de ação penal pública incondicionada.

Exceção: crime de ameaça em que a ação penal pública é condicionada à


representação.
DICA 77
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA - REPRESENTAÇÃO
De acordo com o artigo 25 do Código de Processo Penal, a representação será
irretratável, depois de oferecida a denúncia.
Por outro lado, quando se tratar de violência doméstica e familiar (Lei Maria da Penha, só
será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente
designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério
Público.

Art. 15 do CPP Art. 16 da Lei Maria da Penha

Art. 25. A representação será irretratável, Art. 16. Nas ações penais públicas
depois de oferecida a denúncia. condicionadas à representação da
ofendida de que trata esta Lei, só será
admitida a renúncia à representação
perante o juiz, em audiência
especialmente designada com tal
finalidade, antes do recebimento da
denúncia e ouvido o Ministério Público.

DICA 78
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PÚBLICA

Obrigatoriedade: Presentes a materialidade e indícios de autoria deve o MP oferecer


denúncia;

Divisibilidade: Havendo mais de um autor do crime, o MP pode ajuizar a ação


somente em face de um ou uns, deixando para ajuizar em face dos outros depois
(visando, por exemplo, reunir mais provas);

Indisponibilidade: O MP não pode desistir da ação - mas pode pedir o arquivamento


do IP - ou absolvição do réu;

Oficialidade: O MP é uma instituição pública e;

Intranscendência: A pena não poderá passar da pessoa do condenado.

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DICA 79
AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA
PROPRIAMENTE DITA

DE INICIATIVA PERSONALÍSSIMA
AÇÃO PENAL
PRIVADA

SUBSIDIÁRIA

A ação penal de iniciativa privada é titularizada pelo ofendido ou pelo seu


representante legal, promovida mediante a queixa-crime. Mesmo não sendo titular das
ações penais privadas, o Ministério Público deve atuar em todos os atos do processo.
DICA 80
AÇÃO PENAL PRIVADA PROPRIAMENTE DITA
A ação penal privada propriamente dita é a regra entre os crimes de ação penal
privada. O seu titular é o ofendido ou o seu representante legal. Para a promoção da
queixa-crime, o ofendido ou o seu representante legal possui o prazo decadencial de 6
meses, contados do conhecimento da autoria.
OBS.: caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão
judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou
irmão (CADI – deve ser por esta ordem).

Ex.: crime contra a honra de funcionário público.

O STF editou a Súmula 714 que dispõe:

“É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do ministério


público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra
a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções”.

DICA 81
AÇÃO PENAL PRIVADA: PEREMPÇÃO

Conceito: é a sanção judicialmente imposta pelo descaso da vítima na condução da


ação privada.

Hipóteses: elas estão previstas no art. 60 do CPP, ocasionando a extinção da


punibilidade.

Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á
perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do
processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não
comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 dias,

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qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a
qualquer ato do processo a que deva estar presente, OU deixar de formular o
pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar
sucessor.

DICA 82
JURISDIÇÃO E CARACTERÍSTICAS
Conceito: é o poder de o Estado de dizer o direito no caso concreto, resolvendo
conflitos e substituindo a vontade das partes.
São características da jurisdição:
Substitutividade – significa a atuação do Estado em substituição à vontade das partes
na resolução de conflitos.
Inércia – os órgãos jurisdicionais precisam ser provocados para atuarem.
Existência de lide – a lide é conceituada como um conflito de interesses qualificado
pela pretensão resistida. Todavia, esse conceito não encontra amparo no processo penal,
tendo em vista que não há conflito de interesses, pois todos buscam um justo provimento
jurisdicional.
Atuação do direito – é objetivo da jurisdição a aplicação do direito no caso concreto.
Imutabilidade – após a conclusão do exercício da jurisdição por meio de uma
sentença, em regra, não há como alterar o que foi resolvido.
DICA 83
PRINCÍPIOS

A Jurisdição é regida pelos seguintes princípios:

Investidura – para exercer a jurisdição é necessário ser magistrado (juiz), o qual deve
estar legalmente investido no cargo, por meio de concurso público.

Indeclinabilidade – o juiz não pode deixar de julgar os casos submetidos a apreciação.

Inevitabilidade ou Irrecusabilidade – a jurisdição não está sujeita a vontade das


partes, ela se impõe.

Improrrogabilidade – as partes, ainda que desejem, não podem retirar do juiz natural
o conhecimento de determinado caso, na esfera criminal.

Indelegabilidade – o juiz não pode delegar a sua função jurisdicional a quem não
possui.

Juiz natural – este princípio apresenta duas facetas. A primeira dispõe que ninguém
será processado e nem sentenciado senão pela autoridade competente. A segunda é
que não haverá juízo ou tribunal de exceção.

Inafastabilidade – a lei não excluirá da apreciação do judiciário lesão ou ameaça a


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direito.

Devido Processo Legal – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o
devido processo legal.

Unidade – A jurisdição é única, do Poder Judiciário. O que há é a diferença no tocante a


sua aplicação e grau de especialização (cível, criminal; estadual, federal, militar,
trabalhista, eleitoral e etc).

DICA 84
COMPETÊNCIA
A competência, por sua vez, é a medida da jurisdição. Jurisdição todo juiz possui, mas a
sua competência é limitada.

A competência pode ser determinada em razão da:

Matéria (ratione materiae) – leva em consideração a natureza da infração a ser


julgada. Exemplo: crime comum, federal, militar, eleitoral.

Prerrogativa da função (ratione personae) – considera a o cargo público ocupado


pela pessoa que cometeu a infração (foro por prerrogativa de função).

Funcional – considera a distribuição dos atos processuais praticados e envolve três


critérios:

Fase do processo – por exemplo um juiz cuida da fase inicial do processo até a
sentença e outro da execução penal.

Objeto do juízo – quando há distribuição de tarefas dentro de um mesmo processo.

Ex.: Tribunal do júri (o juiz cuida das questões de direito, dosimetria da pena,
sentença; enquanto compete aos jurados a votação dos quesitos).

Grau de jurisdição – resulta do duplo grau de jurisdição. É a distribuição vertical da


competência.

Territorial (ratione loci) – considera o local do crime.


DICA 85
COMPETÊNCIA ABSOLUTA X COMPETÊNCIA RELATIVA

COMPETÊNCIA ABSOLUTA COMPETÊNCIA RELATIVA

Envolve interesse público Envolve o interesse das partes

Não permite prorrogação, pode ser Admite prorrogação. Pode ser arguida pelas
arguida a qualquer tempo e grau de partes.
jurisdição.

Pode ser declarada de ofício pelo juiz Pode ser declarada de ofício pelo juiz, até a
fase da absolvição sumária.

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Implica NULIDADE ABSOLUTA de todos Implica NULIDADE RELATIVA dos atos


os atos decisórios e instrutórios do decisórios (art. 567, CPP)
processo

Espécies: competência em razão da Espécie: competência territorial.


matéria, por prerrogativa de função e
funcional.

DICA 86
COMPETÊNCIA

O art. 69, do CPP, dispõe que “Determinará a competência jurisdicional:

o lugar da infração:

o domicílio ou residência do réu;

a natureza da infração;
a distribuição;
a conexão ou continência;

a prevenção;

a prerrogativa de função.”
A regra geral para definição da competência é o lugar em que se consumar a infração, ou,
no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
Com essa regra, o CPP adotou a TEORIA DO RESULTADO.

ATENÇÃO!

NÃO CONFUNDIR a regra adotada para fixação da competência territorial, que é a


TEORIA DO RESULTADO, com a teoria adotada para o lugar do crime no Código
Penal, que foi a TEORIA DA UBIQUIDADE.

DICA 87
EXCEÇÕES
Em regra, a competência é firmada pelo local onde se consuma a infração penal ou onde
for praticado o último ato da execução, nos crimes tentados.
Todavia essa regra possui algumas exceções:
Crimes a distância ou de espaço máximo – é aquele em que a conduta e o
resultado ocorrem em países distintos, gerando um conflito de competência internacional.
Essa é a regra que está prevista no Código Penal, como lugar do crime e segue a Teoria
da Ubiquidade.
Incerteza do limite territorial entre duas ou mais jurisdições ou incerteza da
jurisdição – segue a teoria da ubiquidade.

Infração continuada ou permanente → TEORIA DA UBIQUIDADE.

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Crime plurilocal de homicídio → segue a TEORIA DA ATIVIDADE (entendimento
jurisprudencial).

Juizado Especial Criminal → nas infrações de menor potencial ofensivo, a regra de


competência é do local onde foi praticada a conduta (TEORIA DA ATIVIDADE).
DICA 88
COMPETÊNCIA PARA OS CRIMES DE ESTELIONATO
A Lei 14.155/2021 incluiu o §4º no art. 70 do CPP e disciplinou a competência para
os crimes de estelionato. Confira-se:

ATENÇÃO PARA A ALTERAÇÃO DO CPP

“Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940


(Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques
sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado
ou mediante transferência de valores, a competência será definida pelo local do
domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á
pela prevenção.”

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DIREITO PENAL MILITAR
DICA 89
DECRETO-LEI Nº 1.001/69 – CÓDIGO PENAL MILITAR - DOS EFEITOS DA
CONDENAÇÃO
O art. 109 do CPM traz como efeitos genéricos da condenação:

tornar certa a obrigação de reparar o dano resultante do crime;


Trata-se de efeito automático da condenação, dispensando o expresso
pronunciamento do juiz na sentença condenatória.

A perda, em favor da Fazenda Nacional, ressalvado o direito do lesado ou de


terceiro de boa-fé:

→ dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação,
uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;

→ do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito


auferido pelo agente com a sua prática.
Trata-se de hipótese de confisco, sendo também efeito automático da condenação,
dispensando o expresso pronunciamento do juiz na sentença condenatória.
DICA 90
DA PROPOSITURA DA AÇÃO PENAL
A ação penal, nos termos do art. 121, somente pode ser promovida por denúncia do
Ministério Público da Justiça Militar.
Quando presentes provas suficientes acerca do crime e não havendo nenhum óbice para
atuação do órgão acusatório, deve este oferecer denúncia, por força do princípio da
obrigatoriedade.
O Ministério Público é o titular da ação penal pública, também chamado de dominus
litis.
DICA 91
DOS CRIMES DEPENDENTES DE REQUISIÇÃO
Prescreve o art. 122 do CPM que nos crimes previstos nos arts. 136 a 141, a ação penal,
quando o agente for militar ou assemelhado, depende da requisição do Ministério
Militar a que aquele estiver subordinado; no caso do art. 141, quando o agente for civil e
não houver coautor militar, a requisição será do Ministério da Justiça.
Os delitos previstos nos arts. 136 a 141 do CPM, diz respeito a matéria relacionado à
segurança nacional e relações exteriores do Brasil.
OBS.: Em relação ao crime do art. 141 - entendimento para gerar conflito ou
divergência com o Brasil, quando cometido por civil sem nenhuma participação de militar,
a requisição fica a cargo do Ministério da Justiça.

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DICA 92
DOS CRIMES MILITARES EM TEMPO DE PAZ - DO CRIME DE HOSTILIDADE
CONTRA PAÍS ESTRANGEIRO
Os crimes encontram-se no CPM na Parte Especial que se inicia no art. 136 do CPM.
Conforme o art. 90-A da Lei 9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais), as disposições desta lei
não se aplicam no âmbito da Justiça Militar. Portanto, os institutos utilizados aos
chamados crimes de menor potencial ofensivo não possuem aplicação nos crimes do CPM.

Inaugurando a parte especial, o crime de hostilidade contra país estrangeiro encontra-


se tipificado no art. 136 e pune a conduta de:

Praticar o militar, ato de hostilidade contra país estrangeiro, expondo o Brasil a


perigo de guerra.

Pena: reclusão, de 8 a 15 anos.

O sujeito ativo só pode ser militar. O crime é doloso, não sendo possível a
modalidade culposa.

Conforme os §§ 1º e 2º o crime pode ser qualificado pela forma mais grave, se resulta:

ruptura de relações diplomáticas, represália ou retorsão - Pena: reclusão, de 10


a 24 anos.

Guerra: Pena - reclusão, de 12 a 30 anos.


DICA 93
DO CRIME DE PROVOCAÇÃO A PAÍS ESTRANGEIRO

O crime de provocação a país estrangeiro é tipificado no art. 137 do CPM e pune a


conduta de:

Provocar o militar, diretamente, país estrangeiro a declarar guerra ou mover


hostilidade contra o Brasil ou a intervir em questão que respeite à soberania
nacional.

Pena: reclusão, de 12 a 30 anos.


Destaca-se que o sujeito ativo só pode ser militar, bem como que esse crime somente
ocorre na forma dolosa, não havendo, portanto, previsão de sua modalidade culposa.
DICA 94
DO CRIME DE ATO DE JURISDIÇÃO INDEVIDA

O crime de ato de jurisdição indevida está tipificado no art. 138 do CPM e pune a
conduta de:

Praticar o militar, indevidamente, no território nacional, ato de jurisdição de país


estrangeiro, ou favorecer a prática de ato dessa natureza.

Pena: reclusão, de 5 a 15 anos.


Esse crime possui a finalidade de punir o militar que de forma indevida (não autorizada)
dê cumprimento a decisões judiciais estrangeiras.

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Lembre-se que o sujeito ativo só pode ser militar, bem como que esse crime somente
ocorre na forma dolosa, não havendo, portanto, previsão de sua modalidade culposa.
DICA 95
DO CRIME DE VIOLAÇÃO DE TERRITÓRIO ESTRANGEIRO

Tipificado no art. 139 do CPM, o crime de violação de território estrangeiro pune a


conduta de:

Violar o militar território estrangeiro, com o fim de praticar ato de jurisdição em


nome do Brasil.

Pena: reclusão, de 2 a 6 anos.


Esse crime exige como finalidade específica do agente o cumprimento de ato
jurisdicional em nome do Brasil.
Destaca-se que o sujeito ativo só pode ser militar, bem como que esse crime somente
ocorre na forma dolosa, não havendo, portanto, previsão de sua modalidade culposa.
DICA 96
DO CRIME DE ENTENDIMENTO PARA EMPENHAR O BRASIL À NEUTRALIDADE OU
À GUERRA

O art. 140 do Código Penal Militar prevê crime de entendimento para empenhar o
Brasil à neutralidade ou à guerra, o qual pune a conduta de:

Entrar ou tentar entrar o militar em entendimento com país estrangeiro, para


empenhar o Brasil à neutralidade ou à guerra.

Pena: reclusão, de 6 a 12 anos.


Esse crime tutela a segurança externa do Brasil e exige como finalidade específica do
agente o comprometimento do Brasil à neutralidade ou à guerra.
O sujeito ativo só pode ser militar, sendo o crime doloso.
DICA 97
DO CRIME DE ENTENDIMENTO PARA GERAR CONFLITO OU DIVERGÊNCIA COM O
BRASIL

Tipificado no art. 141 do CPM, o crime de entendimento para gerar conflito ou


divergência com o Brasil pune a conduta de:

Entrar em entendimento com país estrangeiro, ou organização nele existente, para


gerar conflito ou divergência de caráter internacional entre o Brasil e qualquer outro país,
ou para lhes perturbar as relações diplomáticas.

Pena: reclusão, de 4 a 8 anos.


Esse crime tutela a segurança externa e a soberania nacional e exige como finalidade
específica do agente a provocação de conflito internacional entre o Brasil e outro país.
Trata-se de crime formal, ou seja, havendo o simples contato do militar para a
finalidade específica delineada e o crime já estará configurado.

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O sujeito ativo só pode ser militar e, esse crime somente pode ocorrer na modalidade
dolosa.

Conforme os §§ 1º e 2º o crime pode ser qualificado pela forma mais grave se resulta:

ruptura de relações diplomáticas: Pena - reclusão, de 6 a 18 anos.

guerra: Pena - reclusão, de 10 a 24 anos.


DICA 98
DA TENTATIVA CONTRA A SOBERANIA DO BRASIL

Tipificado no art. 142 do CPM, o crime de tentativa contra a soberania do Brasil


consiste em punir a conduta de TENTAR:

submeter o território nacional, ou parte dele, à soberania de país estrangeiro.


→ Nesta hipótese, o sujeito ativo é o militar;
desmembrar, por meio de movimento armado ou tumultos planejados, o território
nacional, desde que o fato atente contra a segurança externa do Brasil ou a sua
soberania.
→ Nesta hipótese, o sujeito ativo pode ser militar ou civil;
internacionalizar, por qualquer meio, região ou parte do território nacional.
→ Nesta hipótese, o sujeito ativo pode ser militar ou civil;

A pena é de RECLUSÃO, de:


→ 15 a 30 anos para os cabeças; e
→ 10 a 20 anos para os demais agentes.
Trata-se de exemplo do chamado crime de atentado, que é o crime em que a tentativa
é punida como delito consumado, não subsistindo, assim, modalidade tentada. É
considerada uma forma de traição à pátria.
Esse crime exige como finalidade específica do agente o cumprimento de ato jurisdicional
em nome do Brasil.
Por fim, destaca-se que esse crime é doloso, não sendo possível a modalidade
culposa.
DICA 99
DO CRIME DE CONSECUÇÃO DE NOTÍCIA, INFORMAÇÃO OU DOCUMENTO PARA
FIM DE ESPIONAGEM

Esse crime é tipificado no art. 143 do CPM, e pune a conduta de:

Conseguir, para o fim de espionagem militar, notícia, informação ou documento,


cujo sigilo seja de interesse da segurança externa do Brasil:

Pena: Reclusão, de 4 a 12 anos.

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O § 1º TRAZ UMA FORMA QUALIFICADA PELO RESULTADO, NO QUAL A PENA É


DE RECLUSÃO DE 10 A 20 ANOS SE:

o fato compromete a preparação ou eficiência bélica do Brasil, ou o agente transmite ou


fornece, por qualquer meio, mesmo sem remuneração, a notícia, informação ou
documento, a autoridade ou pessoa estrangeira;

O § 1º TRAZ UMA FORMA QUALIFICADA PELO RESULTADO, NO QUAL A PENA É


DE RECLUSÃO DE 10 A 20 ANOS SE:

O agente, em detrimento da segurança externa do Brasil, promove ou mantém no


território nacional atividade ou serviço destinado à espionagem;

o agente se utiliza, ou contribui para que outrem se utilize, de meio de comunicação,


para dar indicação que ponha ou possa pôr em perigo a segurança externa do Brasil.

Aqui, o sujeito ativo pode ser militar ou civil.


Esse crime exige como finalidade específica do agente a espionagem militar.
ATENTE-SE!
O crime é doloso, e a modalidade culposa encontra-se no §2º, que assim prevê:
Contribuir culposamente para a execução do crime:

Pena – DETENÇÃO (ATENÇÃO, aqui NÃO se trata de reclusão):

de 6 meses a 2 anos, no caso do artigo; ou

até 4 anos, no caso do § 1º, inciso I (fato que compromete a preparação ou eficiência
bélica do Brasil, ou o agente transmite ou fornece, por qualquer meio, mesmo sem
remuneração, a notícia, informação ou documento, a autoridade ou pessoa estrangeira).
DICA 100
DO CRIME DE REVELAÇÃO DE NOTÍCIA, INFORMAÇÃO OU DOCUMENTO

Com previsão legal no art. 144 do CPM, esse crime pune a conduta de:

Revelar notícia, informação ou documento, cujo sigilo seja de interesse da


segurança externa do Brasil:

Pena: reclusão, de 3 a 8 anos.

O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O crime é doloso e a modalidade culposa
se encontra no §3º, o qual prevê que se a revelação é culposa a pena será de:

→ de 6 meses a 2 anos, no caso do caput do artigo; ou


→ até 4 anos nos casos do §1º (fim de espionagem – tratado na próxima dica) e 2º
(figura qualificada pelo resultado – tratada na dica 14).

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DICA 101
DO CRIME DE REVELAÇÃO DE NOTÍCIA, INFORMAÇÃO OU DOCUMENTO COM FIM
DE ESPIONAGEM MILITAR
O §1º do art. 144 do CPM prevê que se o ato criminoso de revelar notícia, informação ou
documento, cujo sigilo seja de interesse da segurança externa do Brasil com fim da
espionagem militar a pena será de reclusão, de 6 a 12 anos.
Trata-se de uma finalidade específica de agir, sendo uma circunstância
qualificadora.
DICA 102
DA FIGURA QUALIFICADA PELO RESULTADO NO CRIME DE REVELAÇÃO DE
NOTÍCIA, INFORMAÇÃO OU DOCUMENTO
O §2º do art. 144 do CPM prevê que se o fato compromete a preparação ou a eficiência
bélica do país a pena será de reclusão, de 10 a 20 anos

O legislador cuidou de tipificar como uma figura qualificada neste caso, pois quando da
revelação de notícia, informação ou documento secreto, pode ocorrer algum prejuízo ao
arsenal bélico brasileiro.

Ex.: a notícia secreta pode constar a quantidade de determinada arma no arsenal


brasileiro.
DICA 103
DO CRIME DE TURBAÇÃO DE OBJETO OU DOCUMENTO

Com previsão normativa no art. 145 do CPM, esse crime pune a conduta de:

Suprimir, subtrair, deturpar, alterar, desviar, ainda que temporariamente, objeto


ou documento concernente à segurança externa do Brasil.

Pena - reclusão, de 3 a 8 anos.

Se o fato compromete a segurança ou a eficiência bélica do país a pena será


reclusão de 10 a 20 anos.
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O crime é doloso e a modalidade culposa
se encontra no §2º, o qual prevê que se a contribuição é culposa a pena será de
detenção de 6 meses a 2 anos. (ATENÇÃO! Aqui não é reclusão.)
DICA 104
DO CRIME DE VIOLAÇÃO DE TERRITÓRIO ESTRANGEIRO

Tipificado no art. 146 do CPM, o crime de penetração com o fim de espionagem pune a
conduta de:

Penetrar, sem licença, ou introduzir-se clandestinamente ou sob falso


pretexto, em lugar sujeito à administração militar, ou centro industrial a serviço
de construção ou fabricação sob fiscalização militar, para colher informação
destinada a país estrangeiro ou agente seu:

Pena: RECLUSÃO, de 3 a 8 anos.

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Esse crime exige como finalidade específica do agente o colhimento de informação
destinada a outro país ou agente estrangeiro.
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O crime é doloso, não sendo possível a
modalidade culposa.
O parágrafo único do art. 146 ainda traz outra figura delituosa, prevendo como crime
o ato de entrar, em local referido no artigo, sem licença de autoridade competente,
munido de máquina fotográfica ou qualquer outro meio hábil para a prática de
espionagem.

Pena - reclusão, até 3 anos.


Esta conduta é de igual forma dolosa, havendo a finalidade específica explícita de praticar
espionagem. Portanto, não é possível a modalidade culposa.
DICA 105
DO CRIME DE DESENHO OU LEVANTAMENTO DE PLANO OU PLANTA DE LOCAL
MILITAR OU DE ENGENHO DE GUERRA

Tipificado no art. 147 do CPM, o crime de entendimento para empenhar o Brasil à


neutralidade ou à guerra pune a conduta de:

Fazer desenho ou levantar plano ou planta de fortificação, quartel, fábrica, arsenal,


hangar ou aeródromo, ou de navio, aeronave ou engenho de guerra motomecanizado,
utilizados ou em construção sob administração ou fiscalização militar, ou
fotografá-los ou filmá-los:

Pena: reclusão, de até 4 anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Trata-se de crime subsidiário, ou seja, somente será utilizado este tipo se não
existir outro fato delituoso mais grave.
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, sendo o crime doloso.
DICA 106
DO CRIME DE SOBREVOO EM LOCAL INTERDITO

Esse crime encontra previsão legal no art. 148 do CPM, o crime de sobrevoo em local
interdito, conforme explicitado no próprio nome, pune a conduta de sobrevoar local
declarado interdito.

Pena - reclusão, de até 3 anos.


O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O crime é doloso, não sendo possível a
modalidade culposa.

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PROCESSO PENAL MILITAR
DICA 107

DECRETO-LEI Nº 1.002/69 – CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR - DAS


QUESTÕES PREJUDICIAIS – DO ESTADO CIVIL DA PESSOA
Segundo previsto no art. 122 do CPPM, sempre que o julgamento da questão de mérito
depender de decisão anterior de questão de direito material, a segunda (questão de
direito material) será prejudicial da primeira.
Nos moldes do art. 123, se a questão prejudicial versar sobre estado civil de
pessoa envolvida no processo, o juiz:
decidirá se a arguição é séria e se está fundada em lei;
se entender que a alegação é irrelevante ou que não tem fundamento legal,
prosseguirá no feito;
se reputar a alegação séria e fundada, colherá as provas inadiáveis e, em
seguida, suspenderá o processo, até que, no juízo cível, seja a questão
prejudicial dirimida por sentença transitada em julgado, sem prejuízo, entretanto,
da inquirição de testemunhas e de outras provas que independam da solução no outro
juízo. Note-se que aqui se trata de uma suspensão obrigatória.
DICA 108
DA QUESTÃO PREJUDICIAL E DA SUSPENSÃO DO PROCESSO

Consoante previsto no art. 124 do CPPM, o juiz poderá suspender o processo e


aguardar a solução, pelo juízo cível, de questão prejudicial que se não relacione com o
estado civil das pessoas (trata-se de suspensão facultativa), desde que:
tenha sido proposta ação civil para dirimi-la;
seja ela de difícil solução;
não envolva direito ou fato cuja prova a lei civil limite.
O juiz marcará o prazo da suspensão, que poderá ser razoavelmente prorrogado,
se a demora não for imputável à parte. Expirado o prazo sem que o juiz do cível
tenha proferido decisão, o juiz criminal fará prosseguir o processo, retomando
sua competência para resolver de fato e de direito toda a matéria da acusação
ou da defesa.
DICA 109
DAS AUTORIDADES COMPETENTES PARA RESOLVER A QUESTÃO PREJUDICIAL

A competência para resolver a questão prejudicial vem elencada no art. 125 do


CPPM, que prevê que caberá:
ao auditor, se arguida antes de instalado o Conselho de Justiça;
ao Conselho de Justiça, em qualquer fase do processo, em primeira instância;
ao relator do processo, no Superior Tribunal Militar, se arguida pelo
procurador-geral ou pelo acusado; A esse Tribunal, se iniciado o julgamento.

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DICA 110
DA AÇÃO NO JUÍZO CÍVEL QUANTO À QUESTÃO PREJUDICIAL
Ao juiz ou órgão a que competir a apreciação da questão prejudicial, caberá dirigir-
se ao órgão competente do juízo cível, para a promoção da ação civil ou
prosseguimento da que tiver sido iniciada, bem como de quaisquer outras
providências que interessem ao julgamento do feito, é o que prevê o art. 126 do CPPM.
O julgador poderá as providências citadas de ofício, sem necessidade de arguição
das partes, conforme prevê o art. 127 do CPPM.
DICA 111
DAS ESPÉCIES DE EXCEÇÕES CONTIDAS NO CPPM
É necessário se familiarizar com as espécies de exceções previstas no Código de
Processo Penal Militar, para então, após feito esse processo de familiarização, tratar as
nuances de cada uma individualizada.

O rol de exceções está elencado no art. 128 do CPPM, o qual aduz que poderão ser
opostas as exceções de:

suspeição ou impedimento;

incompetência de juízo;

litispendência;

coisa julgada.
DICA 112
DA EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO OU IMPEDIMENTO – DA DECLARAÇÃO DE OFICÍO
OU DO RECONHECIMENTO/ACEITAÇÃO.
Uma importante lição trazida pelo art. 129 do CPPM é a de que a arguição de
suspeição ou impedimento precederá a qualquer outra, salvo quando fundada
em motivo superveniente.
Para que o juiz se declare suspeito ou impedido, deverá fazê-lo por meio de
despacho fundamentado. Caso a suspeição seja de natureza íntima, os motivos
deverão ser comunicados ao auditor corregedor, podendo ser feita a comunicação de
forma sigilosa.
Quando a alegação de suspeição ou impedimento decorrer de qualquer das partes,
deverá ser feita em petição assinada pela parte, seu representante legal ou procurador
com poderes especiais, expondo as razões e as provas documentais ou rol de no
máximo 2 testemunhas.
Caso após a alegação da parte o juiz reconheça a suspeição ou impedimento, deverá
sustar a marcha do processo e mandará juntar aos autos o requerimento da parte
recusante com os documentos que o instruam e, por despacho, se declarará
suspeito, ordenando a remessa dos autos ao substituto.
Importante destacar que o juiz para se declarar ou para se reconhecer suspeito ou
impedido deverá fazê-lo por meio de despacho.

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DICA 113
DA NÃO ACEITAÇÃO DA SUSPEIÇÃO OU IMPEDIMENTO E DAS
CONSEQUÊNCIAS DA PROCEDÊNCIA DA EXCEÇÃO
No caso de o magistrado não aceitar a suspeição ou impedimento, mandará autuar
em separado o requerimento da parte e dará sua resposta no prazo de 3 dias, podendo
instruir a exceção e oferecer testemunhas. Após, determinará a remessa dos autos
apartados, dentro de 24 horas, ao Superior Tribunal Militar, que processará e
decidirá a arguição.
A mesma previsão de procedimento se dará em caso de o juiz arguido de
suspeito/impedido for membro de Conselho de Justiça.
Caso a arguição seja manifestamente improcedente, o juiz ou relator a rejeitará
liminarmente.
Reconhecida, preliminarmente, a relevância da arguição, o relator, com intimação das
partes, marcará dia e hora para inquirição das testemunhas, seguindo-se o
julgamento, independentemente de mais alegações.
Julgada procedente a exceção de suspeição ou impedimento, ficarão NULOS os
atos do processo principal.
DICA 114
DA EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA
Prevista no art. 143 do CPPM, a exceção de incompetência poderá ser oposta
verbalmente (deve ser tomada por termo nos autos) ou por escrito.
Alegada a incompetência do juízo, será dada vista dos autos à parte contrária, para
que diga sobre a arguição, no prazo de 48 horas.
Caso seja aceita a alegação de incompetência, os autos serão remetidos ao juízo
competente.
Caso rejeitada o juiz continuará no feito, cabendo recurso em autos apartados para
o Superior Tribunal Militar que, se lhe der provimento, tornará nulos os atos
praticados pelo juiz declarado incompetente, devendo os autos do recurso ser
anexados aos do processo principal.
Conforme previsto no art. 146 do CPPM, o órgão do Ministério Público poderá alegar
a incompetência do juízo, antes de oferecer a denúncia. A arguição será apreciada
pelo auditor, em primeira instância; e, no Superior Tribunal Militar, pelo
relator, em se tratando de processo originário. Em ambos os casos, se rejeitada a
arguição, poderá, pelo órgão do Ministério Público, ser impetrado recurso, nos próprios
autos, para aquele Tribunal.
Em qualquer fase do processo, se o juiz reconhecer a existência de causa que o
torne incompetente, declará-lo-á nos autos e os remeterá ao juízo competente.
DICA 115
DA EXCEÇÃO DE LITISPENDÊNCIA
Litispendência, como o próprio nome diz, se refere a pendência de uma lide. É
vedado o processamento de ações idênticas.

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Conforme o art. 148 do CPPM, cada feito somente pode ser objeto de um processo.
Se o auditor ou o Conselho de Justiça reconhecer que o litígio proposto a seu
julgamento já pende de decisão em outro processo, na mesma Auditoria, mandará
juntar os novos autos aos anteriores. Se o primeiro processo correr em outra
Auditoria, para ela serão remetidos os novos autos, tendo-se, porém, em vista, a
especialização da Auditoria e a categoria do Conselho de Justiça.
A exceção de litispendência poderá ser arguida por qualquer das partes, devendo fazê-
lo por escrito.
A arguição de litispendência será instruída com certidão passada pelo cartório do juízo
ou pela Secretaria do Superior Tribunal Militar, perante o qual esteja em curso o outro
processo.
Caso a parte que arguir a exceção de litispendência não puder apresentar a prova da
alegação, o juiz poderá conceder prazo para que o faça. Neste caso será facultado ao
juiz a suspensão ou não do curso do processo.
Após arguida a litispendência, o juiz ouvirá a parte contrária e decidirá de plano,
sendo esta decisão irrecorrível.
DICA 116
DA EXCEÇÃO DE COISA JULGADA
Estabelece o art. 153 do CPPM que se o juiz reconhecer que o feito sob seu julgamento
já foi, quanto ao fato principal, definitivamente julgado por sentença irrecorrível,
mandará arquivar a nova denúncia, declarando a razão por que o faz.
A exceção de coisa julgada poderá ser arguida por qualquer das partes por escrito,
devendo juntar a certidão de trânsito em julgado da sentença anterior.
Caso a arguição seja feita pelo acusado, o juiz ouvirá o Ministério Público e
decidirá de plano, recorrendo de ofício para o Superior Tribunal Militar, se
reconhecer a existência da coisa julgada, é o que prevê o art. 154, § único do
CPPM.
O art. 155 do CPPM, estipula como limite que a coisa julgada opera somente em
relação às partes, não alcançando quem não foi parte no processo.
DICA 117
DAS MEDIDAS PREVENTIVAS E ASSECURATÓRIAS - DA BUSCA DOMICILIAR
Explicita o art. 170 do CPPM que a busca poderá ser domiciliar ou pessoal. A busca
domiciliar consistirá na procura material portas adentro da casa.

O art. 172 do CPPM estatui que proceder-se-á à busca domiciliar, quando


fundadas razões a autorizarem, para:

Prender criminosos;

Apreender coisas obtidas por meios criminosos ou guardadas ilicitamente;

Apreender instrumentos de falsificação ou contrafação;

Apreender armas e munições e instrumentos utilizados na prática de crime ou

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destinados a fim delituoso;

Descobrir objetos necessários à prova da infração ou à defesa do acusado;

Apreender correspondência destinada ao acusado ou em seu poder, quando haja


fundada suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à
elucidação do fato;

Apreender pessoas vítimas de crime;

Colher elemento de convicção.

DICA 117
DA COMPREENSÃO DO TERMO “CASA” PARA FINS DE BUSCA DOMICILIAR
O CPPM cuidou de explicitar a compreensão do termo “casa". Neste sentido, o art.
173 preceitua que o termo "casa" compreende:
qualquer compartimento habitado;
aposento ocupado de habitação coletiva;
compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
DICA 119
DA NÃO COMPREENSÃO DO TERMO “CASA”
Assim como o CPPM cuidou de explicitar a compreensão do termo “casa", tratou
também de elencar o que não seria “casa” para fins de busca domiciliar. Neste sentido,
o art. 174 preceitua que não se compreende no termo "casa":
hotel, hospedaria ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto abertas,
salvo aposento ocupado de habitação coletiva, prevista no art. 173;
taverna, boate, casa de jogo e outras do mesmo gênero;
a habitação usada como local para a prática de infrações penais.
DICA 120
DA BUSCA PESSOAL
Conforme estatui o art. 180 do Código de Processo Penal Militar, a busca pessoal
consistirá na procura material feita nas vestes, pastas, malas e outros objetos que
estejam com a pessoa revistada e, quando necessário, no próprio corpo.

Aqui vale um destaque para a recentíssima decisão da 6ª Turma do STJ que


também deverá ser aplicada à busca pessoal no âmbito do processo penal militar. A
6ª Turma do STJ, no RHC 158.580 considerou ilegal a busca pessoal ou
veicular, sem mandado judicial, motivada apenas pela impressão subjetiva da
polícia sobre a aparência ou atitude suspeita do indivíduo. Por unanimidade, os
ministros consideraram que, para a realização de busca pessoal – conhecida
popularmente como "baculejo", "enquadro" ou "geral" –, é necessário que a
fundada suspeita a que se refere o artigo 244 do Código de Processo Penal seja
descrita de modo objetivo e justificada por indícios de que o indivíduo esteja
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na posse de drogas, armas ou outros objetos ilícitos, evidenciando-se a
urgência para a diligência.

Quando a busca for em mulher, determina o CPPM que deverá será feita por
outra mulher, salvo se importar retardamento ou prejuízo da diligência.
DICA 121
DOS FUNDAMENTOS PARA A BUSCA/REVISTA PESSOAL

O CPPM em seu art. 181, estatui que se dará a revista pessoal quando houver
fundada suspeita de que alguém oculte consigo:
instrumento ou produto do crime;
elementos de prova.
Dispõe o art. 182 que a revista independe de mandado:
quando feita no ato da captura de pessoa que deve ser presa;
quando determinada no curso da busca domiciliar;
quando ocorrer o caso de haver fundada suspeita de que alguém oculte consigo
instrumento ou produto do crime (conforme previsto no artigo anterior);
quando houver fundada suspeita de que o revistando traz consigo objetos ou
papéis que constituam corpo de delito;
quando feita na presença da autoridade judiciária ou do presidente do
inquérito.
DICA 122
DA BUSCA NO CURSO DO PROCESSO OU DO INQUÉRITO
A busca domiciliar ou pessoal por mandado será:
no curso do processo, executada por oficial de justiça;
no curso do inquérito, por oficial, designado pelo encarregado do inquérito,
atendida a hierarquia do posto ou graduação de quem a sofrer, se militar.
A autoridade militar poderá requisitar da autoridade policial civil a
realização da busca.
DICA 123
DA RESTITUIÇÃO DE COISAS APREENDIDAS
Estipula o art. 190 do CPPM que as coisas apreendidas não poderão ser restituídas
enquanto interessarem ao processo.

Não poderão ser restituídas em tempo algum:


as coisas a que se refere o art. 109, inciso II, “a” do Código Penal Militar
(instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação,
uso, porte ou detenção constitua fato ilícito);
as coisas a que se refere o art. 119, inciso I (cujo fabrico, alienação, uso, porte
ou detenção constitui fato ilícito); e II (que, pertencendo às forças armadas ou
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sendo de uso exclusivo de militares, estejam em poder ou em uso do agente, ou
de pessoa não devidamente autorizada), ambos do Código Penal Militar.

Somente poderão ser restituídas ao lesado ou terceiro de boa-fé:


as coisas a que se refere o art. 109, inciso II, “b”, do Código Penal Militar (produto
do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com
a sua prática).

termo nos autos, desde que:


a coisa apreendida não seja irrestituível, na conformidade do artigo 190 do
CPPM;
não interesse mais ao processo;
não exista dúvida quanto ao direito do reclamante.
Caso seja duvidoso o direito do reclamante, somente em juízo poderá ser
decidido, devendo o pedido de restituição ser autuado em apartado e assinalando o
prazo de 5 dias para a prova. Após este prazo o juiz decidirá, cabendo recurso da
decisão para o Superior Tribunal Militar.
Se entender a autoridade judiciária militar que a matéria é de alta indagação,
remeterá o reclamante para o juízo cível, continuando as coisas apreendidas até
que se resolva a controvérsia.
DICA 124
DA COISA EM PODER DE TERCEIRO
Segundo o art. 193 do CPPM, se a coisa houver sido apreendida em poder de
terceiro de boa-fé, proceder-se-á da seguinte maneira:
se a restituição for pedida pelo próprio terceiro, o juiz do processo poderá
ordená-la, se estiverem preenchidos os requisitos do art. 191 do CPPM;
se a restituição for pedida pelo acusado ou pelo lesado e, também, pelo
terceiro, o incidente autuar-se-á em apartado e os reclamantes terão, em
conjunto, o prazo de 5 dias para apresentar provas e de 3 dias para arrazoar,
findos os quais o juiz decidirá, cabendo da decisão recurso para o Superior Tribunal
Militar.
Persistindo dúvida quanto à propriedade da coisa, os reclamantes serão remetidos
para o juízo cível, onde se decidirá aquela dúvida, com efeito sobre a
restituição no juízo militar, salvo se motivo superveniente não tornar a coisa
irrestituível.
A autoridade judiciária militar poderá, se assim julgar conveniente, nomear depositário
idôneo, para a guarda da coisa, até que se resolva a controvérsia.
O Ministério Público será sempre ouvido em pedido ou incidente de restituição.
Do despacho do juiz que ordenar a restituição da coisa, caberá recurso, com efeito
suspensivo, para o Superior Tribunal Militar, salvo o caso previsto no art. 195
(coisa facilmente deteriorável).

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LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE

DICA 125
ESTATUTO DO DESARMAMENTO: DOS CRIMES E PENAS

OMISSÃO DE CAUTELA
Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 anos ou
pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob
sua posse ou que seja de sua propriedade,

Pena: detenção, de 1 a 2 anos, e multa.


Fique atento!
ÚNICO crime culposo do Estatuto do desarmamento.

FIGURA EQUIPARADA A OMISSÃO DE CAUTELA:


Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de
segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de
comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma
de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 horas
depois de ocorrido o fato.
DICA 126
DOS CRIMES E PENAS

PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO:


Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de
fogo, acessório ou munição, de uso permitido, SEM autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:

Pena: reclusão, de 2 a 4 anos, e multa.


DICA 127
DOS CRIMES E PENAS

DISPARO DE ARMA DE FOGO:


Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências,
em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade
a prática de outro crime.

Pena: reclusão, de 2 a 4 anos, e multa.

POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO:


Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou
ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena: reclusão, de 3 a 6 anos, e multa.

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FIGURAS EQUIPARADAS

Nas mesmas penas incorre quem:

Suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma


de fogo ou artefato;

Modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a


arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo
induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;

Possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem


autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar;

Portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca
ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;

Vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório,


munição ou explosivo a criança ou adolescente; e

Produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer


forma, munição ou explosivo.

FIQUE ATENTO!
Se as condutas de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e suas figuras
equiparadas envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de reclusão, de 4 a
12 anos.
DICA 128
DOS CRIMES E PENAS

COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO:


Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar,
montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de
fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:

Pena: reclusão, de 6 a 12 anos, e multa.


Fique atento!
Equipara-se à atividade comercial ou industrial, qualquer forma de prestação de
serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em
residência. (Redação dada pelo Pacote Anticrime)

FIGURA EQUIPARADA:
IMPORTANTE – Incluído pelo Pacote Anticrime:
Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição,
sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente

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policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta
criminal preexistente.
DICA 129
AUMENTO DE PENA
Nos crimes de comércio ilegal de arma de fogo e tráfico internacional de arma de
fogo, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem
de uso proibido ou restrito.

Nos crimes de:


Pena é aumentada da metade
- Comércio ilegal de arma de se a arma de fogo, acessório ou
fogo; munição forem de uso proibido
- Tráfico internacional de arma ou restrito.
de fogo;

NOS CRIMES:

Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido

Disparo de arma de fogo

Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito

Comércio ilegal de arma de fogo

Tráfico internacional de arma de fogo

A pena é aumentada da metade se:

forem praticados por integrantes dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e
8º do Estatuto do Desarmamento (Forças armadas, órgãos de segurança pública, Força
Nacional de Segurança Pública, guardas municipais, empresas de segurança privada e de
transporte de valores, dentre outros); ou

o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza.


DICA 130
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos,


réplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir.

Excetuam-se da proibição as réplicas e os simulacros destinados à instrução, ao


adestramento, ou à coleção de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo
Comando do Exército.
FIQUE ATENTO!
Caberá ao Comando do Exército autorizar, excepcionalmente, a aquisição de armas
de fogo de uso restrito.

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Esse regramento não se aplica às aquisições dos Comandos Militares.

ATENÇÃO!

INFORMATIVO 1.007 DO STF


O art. 6º, III e IV, da Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento) somente previa
porte de arma de fogo para os guardas municipais das capitais e dos Municípios com
maior número de habitantes. Assim, os integrantes das guardas municipais dos
pequenos Municípios (em termos populacionais) não tinham direito ao porte de arma de
fogo. O STF considerou que esse critério escolhido pela lei é inconstitucional porque os
índices de criminalidade não estão necessariamente relacionados com o número de
habitantes.
Assim, é inconstitucional a restrição do porte de arma de fogo aos integrantes
de guardas municipais das capitais dos estados e dos municípios com mais de
500.000 (quinhentos mil) habitantes e de guardas municipais dos municípios com mais
de 50.000 (cinquenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando
em serviço.
Com a decisão do STF todos os integrantes das guardas municipais possuem direito a
porte de arma de fogo, em serviço ou mesmo fora de serviço. Não interessa o
número de habitantes do Município.

DICA 131
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE) - ASPECTOS GERAIS DA LEI
13.869/2019

FINALIDADE:

Modernizar a prevenção e repressão aos comportamentos abusivos praticados por


agentes públicos.

BEM JURÍDICO:

Valor fundamental que a norma procurou proteger (bem jurídico):

Regular funcionamento da administração pública.

Direitos fundamentais da pessoa humana.

SUJEITO ATIVO:

Crime próprio: deve ser praticado por agente público, servidor ou não, que, no
exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha
sido atribuído.

ATENÇÃO!

Agente público é todo aquele que exerce cargo, emprego, função, mandato na ADM
direta ou indireta de qualquer dos poderes dos entes federados ou territórios, ainda que
de forma transitória ou sem remuneração, por qualquer forma de investidura ou
vínculo.

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FIQUE ATENTO!
O abuso de autoridade poderá ocorrer no exercício da função ou a pretexto de
exercê-la.
O particular pode responder por abuso de autoridade?
Como regra, não pode cometer o crime de abuso de autoridade, pois não é agente
público. No entanto, excepcionalmente, se o particular atuar em concurso de pessoas
(coautoria ou participação) com o agente público, desde que ele saiba da condição de
agente público, poderá responder por abuso de autoridade.

Sujeito passivo:

Estado;

Pessoa física ou jurídica vítima do abuso.


DICA 132
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE)
ELEMENTO SUBJETIVO:
As condutas descritas na lei 13.869/2019 constituem crime de abuso de autoridade
quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar outrem ou
beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal.
MEMORIZE!
Para configurar o crime de abuso de autoridade exige-se:

Dolo (intenção/vontade)
Finalidade específica
de praticar o abuso

DICA 133
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE)
O que seriam essas finalidades específicas da lei de abuso de autoridade?

Prejudicar outrem;

Beneficiar a si mesmo;

Beneficiar a terceiro;

Mero capricho ou satisfação


pessoal;

FIQUE ATENTO!
O funcionário aposentado ou exonerado não pode cometer o crime, já que se
desvinculou funcionalmente da Administração Pública.

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Memorex PM GO – Rodada 03
Aplicam-se ao processo e ao julgamento dos delitos previstos na lei de abuso de
autoridade, no que couber, as disposições do Código de Processo Penal, e da Lei dos
Juizados Especiais Criminais.
DICA 134
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE)

Divergência na interpretação da lei ou na avaliação de fatos e provas:


A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura
abuso de autoridade.

AÇÃO PENAL:
Todos os crimes serão processados e julgados mediante ação penal pública
incondicionada.

ATENÇÃO!!

Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo
legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia
substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova,
interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação
como parte principal.

A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da


data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.

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