DPLICATA MERCANTIL
A duplicata mercantil, ou simplesmente duplicata, é um tipo de documento
que, embora não seja tão utilizado atualmente, por muito tempo, foi uma das
principais garantias para pagamentos feitos a prazo, emitido por uma empresa
que vendeu uma mercadoria ou serviço para outro negócio.
Segundo a Lei das Duplicatas, o documento “discrimina as mercadorias
vendidas ou, quando convier ao vendedor, indicará somente os números e
valores das notas parciais expedidas por ocasião das vendas, despachos ou
entregas das mercadorias”.
Neste artigo explicaremos melhor como funciona esse tipo de título de crédito
e a sua funcionalidade.
PARA QUE SERVE A DUPLICATA?
Esse documento, que é uma garantia de compra e venda, é utilizado entre
transações comerciais de uma empresa para outra. Por exemplo: vamos supor
que você tenha um bar e, por isso, precisa comprar bebidas de um fornecedor.
Caso essa compra seja feita a prazo, a duplicata serve como uma prova de que
um é credor do outro, servindo como uma promessa de pagamento da dívida.
Vale destacar que a duplicata só pode corresponder a uma única fatura e deve
ser apresentada ao devedor em, no máximo, 30 dias.
Segundo a Lei das Duplicatas, este documento deve conter as seguintes
informações:
todos os dados cadastrais do sacador, que é a empresa que está
oferecendo os serviços ou produtos (CNPJ, endereço, razão social,
etc.);
todos os dados cadastrais do sacado, que é a empresa que ficará
devendo (CNPJ, endereço de cobrança, razão social, etc.)
número da nota fiscal do produto ou serviço;
data de emissão da duplicata;
número da duplicata;
valor do produto ou serviço;
data de vencimento da fatura;
assinatura de quem emitiu;
data do aceite;
assinatura do devedor.
modelo de duplicata mercantil
A lei também permite que exista uma triplicata, uma cópia de uma duplicata
perdida ou extraviada.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE DUPLICATA E NOTA
PROMISSÓRIA?
Como já explicamos, a duplicata é a ordem de pagamento dada pelo vendedor
de um determinado produto, ou prestador de um serviço a um terceiro,
contendo informações contidas na nota fiscal ou fatura que comprove a venda.
Já a nota promissória é uma promessa de pagamento de uma determinada
quantia dada pelo emitente do título a um terceiro, sendo que o aceite não é
obrigatório, ao contrário do primeiro título de crédito.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE DUPLICATA E
BOLETO BANCÁRIO?
Enquanto a duplicata obriga o comprador ou tomador de serviços a realizar o
pagamento que deve ao credor, o boleto é o meio utilizado para que esse
pagamento seja feito, seja em agências bancárias, aplicativos, casas lotéricas,
entre outros.
COMO FUNCIONA O ACEITE DA DUPLICATA?
Como já explicado, é obrigatória a emissão da fatura, contendo a descrição
das mercadorias vendidas ou serviços prestados, a quantidade de produtos e o
valor.
Lembramos que na “transação a prazo”, o pagamento integral deve ser feito,
no mínimo, trinta dias após a data de entrega das mercadorias ou da prestação
dos serviços.
O aceite da duplicata por parte do devedor pode ser feito de três formas. São
elas:
aceite ordinário: nele, o devedor assina a fatura e a devolve;
aceite por comunicação: o devedor fica com a fatura e comunica o
aceite por escrito;
aceite por presunção: o devedor recebe a mercadoria, mas não recusa,
nem assina a fatura. Esta forma é menos usada por oferecer um maior
risco ao vendedor.
Quando o aceite não é obrigatório?
O devedor não é obrigado a aceita a duplicata nas três situações seguintes:
quando as mercadorias não foram entregues dentro do prazo, chegaram
danificadas ou em quantidade menor do que acordada;
quando a fatura apresenta informações inconsistentes com o que foi
acordado;
quando os prazos e preços descritos na duplicata forem diferentes dos
acordados.
Depois que a duplicata for emitida,é preciso entregá-la ao devedor. Assim, ele
pode conferir todas as informações ali contidas e, então, o documento será
considerado indiscutível e exequível.