DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS
Pb. Jonas Konceptimy
Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus ( I João 4.1).
INTRODUÇÃO
Vivemos em um mundo de enganos, onde o falso e o verdadeiro são muito parecidos e se confundem, onde quase
tudo é copiado e passado como original. Satanás é perito no engano, no disfarce, na mentira e na falsa aparência.
Ele é um ser inteligente e habilidoso na arte do disfarce, do engano e da mentira. O apostolo Paulo escreve: "Porque
não ignoramos os seus ardis" (II Coríntios 2.11). E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo
de luz (II Coríntios 11.14). A falta de comunhão com Deus, a falta de conhecimento das Escrituras e de vigilância
podem levar os crentes a caírem no laço do Diabo.
I - O QUE É DISCERNIMENTO?
Discernimento é um substantivo masculino que significa o ato de discernir ou fazer uma apreciação em relação a
algo. É sinônimo de critério, escolha, reflexão,
Esta palavra no latim “discernere”, significa colocar de parte, dividir ou separar. Discernir é conhecer ou ver
distintamente, avaliar, fazer a distinção entre duas ou mais coisas.
Discernimento de espíritos é um dos dons que o Espírito Santo concede aos crentes, é fundamental na vida da
Igreja, pois protege a comunidade cristã do perigo do engano. A palavra “discernimento” é usada para traduzir o
termo grego “diakrisis”, que significa “julgamento”, “discernimento”, “distinção”. Originalmente esse termo é usado
somente em duas outras passagens bíblicas no Novo Testamento (Romanos 14:1; Hebreus 5:14).
O dom de discernimento de espíritos aparece na lista de dons do Espírito Santo registrada por Paulo de Tarso aos
escrever aos crentes de Corinto. O texto bíblico diz: “Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra de
sabedoria; e a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo Espírito, a fé; e a
outro, no mesmo Espírito, dons de curar; a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de
espíritos; a um, variedade de línguas; e a outro, capacidade para interpretá-las” (I Coríntios 12:8-10).
II - EXISTEM TRÊS TIPOS DE ESPÍRITOS:
1. O espírito do homem (I Coríntios, 2.11);
2. O espírito diabólico (I Timóteo, 4.1);
3. O Espírito de Deus (Romanos, 8.14).
III - TRÊS FORMAS DE DISCERNIR OS ESPÍRITOS:
1 - Através do crivo da palavra de Deus. O crivo era uma espécie de peneira que era usado para separar os grãos.
Neste caso a palavra de Deus é o crivo perfeito para ponderar, averiguar e examinar minuciosamente o que está
sendo posto à prova. Quando o apóstolo João diz: Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos
são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo (I João, 4.1); isto significa dizer que, toda
palavra que ouvimos em nome de Deus deve passar pelo crivo das Sagradas Escrituras. Os crentes de Beréia
usavam as Escrituras como crivo para atestar o que Paulo pregava (Atos, 17.10,11). Se não usarmos a palavra de
Deus como crivo, corremos o risco de não discernirmos e sermos enganados por aqueles que distorcem a verdade
de Deus.
2 - Através da observação dos frutos. Discernir não é julgar as pessoas pelo que aparentam, mas é observar os
seus passos e procurar ver os seus frutos. o Senhor Jesus nos advertiu sobre os falsos profetas, Ele nos ensinou que
os falsos profetas são conhecidos pelos “frutos que produzem”, isto é, pelo caráter (Mateus, 7.15-20). A observação
deve ser uma atitude prudente por parte do cristão, sendo assim será fácil perceber e discernir as intenções das
pessoas. Está escrito: O simples dá crédito a cada palavra, mas o prudente atenta para os seus passos (Provérbios
14.15). Uma atitude prudente, poderá nos livrar de uma grande tragédia espiritual e até mesmo material.
3- Através da revelação do Espírito Santo. Podemos discernir os espíritos através do dom do Espírito Santo. Neste
caso, é uma revelação sobrenatural concedida pelo Espírito Santo, para se perceber as ações e intenções dos
espíritos; se verdadeiras ou falsas. Há casos específicos que humanamente falando é impossível alguém conseguir
discernir. É exatamente nestes casos que o Espírito Santo entra em ação para revelar o que está obscuro, profundo
e escondido.
IV - EXEMPLOS DE DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS:
1. O profeta Aías (I Reis, 14.1-6).
2. O profeta Eliseu (II Reis, 6.20-27).
3. O apóstolo Pedro (Atos, 5.1-5).
4. O apóstolo Paulo (Atos, 16.16-18).
5. O Mestre Jesus Cristo (Mateus, 16.20-23).
V - O USO DO DOM DE DISCERNIMENTO ESPIRITUAL
O apóstolo João exorta o cristão a não acreditar em qualquer espírito, mas examinar e provar os espíritos para saber
se eles procedem de Deus. Isto é necessário porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo (1 João 4:1).
O escritor de Hebreus escreve que é pelo conhecimento das Escrituras, e seu exercício constante, que o crente
maduro torna-se apto para discernir tanto o bem quanto o mal (Hebreus 5:14). Então nesse sentido, todo cristão
verdadeiro deve ter discernimento espiritual pelo estudo da Palavra de Deus. O homem não natural não compreende
e não pode discernir as coisas espirituais (1 Coríntios 2:14).
Mas com base no texto de I Coríntios 12:10, também parece que algumas pessoas ainda recebem uma habilidade
mais específica da parte do Espírito Santo para discernir os espíritos. Essas pessoas possuem uma capacitação
especial dada pelo Senhor para reconhecer os espíritos mentirosos e apontar as doutrinas enganosas que tentam
destruir a Igreja.
VI - OS ESPIRITOS ENGANADORES
Há muitos espíritos que não são humanos e algumas vezes a Bíblia não deixa claro qual a espécie de seres. Como o
espírito enganador que se ofereceu ao Senhor para enganar o rei Acabe através dos seus falsos profetas.
E disse ele: Eu sairei, e serei um espírito de mentira na boca de todos os seus profetas. E ele disse: Tu o induzirás, e
ainda prevalecerás; sai e faze assim. Agora, pois, eis que o Senhor pós o espírito de mentira na boca de todos estes
teus profetas, e o Senhor falou o mal contra ti. (I Reis 22. 22-23)
O Senhor também suscitou um espírito de aversão entre o povo de Siquem contra Abimeleque (Juízes
9.23).
Alguns têm dito que Saul era doente de esquizofrenia ou hipocondria, mas a Bíblia deixa obvio que era um espírito
maligno que atormentava o rei Saul (I Samuel 16.23).
Também diz que no fim dos tempos muitos abandonaram a fé darão atenção aos espíritos de demônios e espíritos
enganadores em (I Timóteo 4.1).
VII - CONCLUSÃO
Devemos ficar atentos, porque o engano estar por toda parte, em todos os seguimentos da sociedade. Nem tudo é o
que aparenta ser; nem tudo que é "bom" é benigno; nem tudo que diz que vem de Deus é verdadeiro; e nem tudo
que reluz é ouro.
Deus te guarde!
Graça, Paz e Fé!
Pb. Jonas Konceptimy