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Este documento apresenta um resumo sobre as bacias hidrográficas e os principais fenómenos que ocorrem na costa de Moçambique. Define o que é uma bacia hidrográfica e descreve as principais bacias do país, incluindo os rios Rovuma, Lúrio, Zambeze, Búzi e Púngue. Também menciona alguns fenômenos como cheias e secas que ocorrem nas diferentes regiões do país.

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Este documento apresenta um resumo sobre as bacias hidrográficas e os principais fenómenos que ocorrem na costa de Moçambique. Define o que é uma bacia hidrográfica e descreve as principais bacias do país, incluindo os rios Rovuma, Lúrio, Zambeze, Búzi e Púngue. Também menciona alguns fenômenos como cheias e secas que ocorrem nas diferentes regiões do país.

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Bacias Hidrográficas e os Principais Fenómenos que Ocorrem na Costa Moçambicana

Discente: Oliveira Lucas Friel Código: 708213771

Turma: “M”

Nampula, Novembro
2022
Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Bacias Hidrográficas e os Principais Fenómenos que Ocorrem na Costa Moçambicana

Discente: Oliveira Lucas Friel Código: 708213771


Turma: “M”

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia

Cadeira: Geografia de Moçambique I

Ano de Frequência: 2º Ano

Tutor: Reginaldo A. Oscar Mussa

Nampula, Novembro

2022

1
FOLHA DE FEEDBACK

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota /
Máxima tutor Subtotal
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Estrutura Aspectos  Introdução 0.5
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5
Contextualização (indicação
clara do problema) 1.0
Introdução Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Conteúdo Articulação e domínio do
Análise discurso académico (expressão 2.0
discussão escrita cuidada, coerência/coesão
textual).
Revisão bibliográfica nacional e
internacional revelantes na área 2.0
de estudo.
Exploração dos dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0
Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho de 1.0
gerais letra, paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6a
ed. e citações e Rigor e coerência das citações/ 4.0
bibliografia referências bibliográficas

2
Índice
1.Introdução ................................................................................................................................ 4

1.1.Objectivos ............................................................................................................................. 4

1.1.1.Objectivo Geral.................................................................................................................. 4

1.1.2.Objectivos Específicos ...................................................................................................... 4

1.2.Metodologias ........................................................................................................................ 4

2.Bacias Hidrográficas e os Principais Fenómenos que Ocorrem na Costa Moçambicana ....... 5

2.1.Conceito de Bacia Hidrográfica ........................................................................................... 5

2.3. Principais Bacias Hidrográficas de Moçambique .......................................................... 10

3. Conclusão ......................................................................................................................... 13

4. Referência Bibliográfica ................................................................................................... 14

3
1.Introdução
Na ênfase introdutória do presente trabalho é referente a cadeira de Geografia de Moçambique
I, tem como tema, Bacias hidrográficas e os principais fenómenos que ocorrem na Costa
Moçambicana, com objectivo fundamental de sondar de forma solida os conteúdos nele
abordado, neste dar-se-á enfase em ressaltar que uma bacia hidrográfica é composta por um
conjunto de superfícies vertentes constituídas pela superfície do solo e de uma rede de drenagem
formada pelos cursos da água que confluem até chegar a um leito único no ponto de saída.

1.1.Objectivos

1.1.1.Objectivo Geral

 Conhecer as Bacias hidrográficas e os principais fenómenos que ocorrem na Costa


Moçambicana;

1.1.2.Objectivos Específicos
 Definir Bacias hidrográficas;
 Descrever os Fenómenos que ocorrem na Costa Moçambicana;
 Mencionar os principais rios de Moçambique.

1.2.Metodologias
A metodologia usada para a realização do trabalho em estudo, foi o método de pesquisa
bibliográfica, cingida através da leitura de livros, Módulos e artigos científicos, e o estudo foi
feito de forma qualitativa através de consulta em autores que abordam os conteúdos
relacionados com o tema.

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2.Bacias Hidrográficas e os Principais Fenómenos que Ocorrem na Costa Moçambicana

2.1.Conceito de Bacia Hidrográfica

De acordo com Albino (2012), “A bacia hidrográfica (ou bacia de drenagem) de um


determinado rio ou curso de água, designa uma região cujas águas das chuvas escorrem para
esse mesmo curso de água e seus afluentes e subafluentes. A formação das bacias hidrográficas
ocorre devido aos desníveis do terreno que orientam a drenagem das águas dos pontos mais
altos para os pontos mais baixos e numa determinada direcção”.

A bacia hidrográfica é uma área de captação natural da água de precipitação da chuva que
converge os escoamentos para um único ponto de saída. Este ponto de saída é denominado
exutório.

2.1. Principais Bacias Hidrográficas de Moçambique

Segundo Muchangos (1999), “As principais bacias hidrográficas de Mocambique são Rovuma,
Lúrio, Zambeze, Búzi, Púnguè, Save, Limpopo, Incomáti e Umbelúzi”.

a) A Bacia do Rovuma: O rio Rovuma nasce na Tanzânia e tem sua foz no Oceano Índico,
perto de Palma, em forma de estuário. No nosso País percorre 650 km. Os afluentes da
bacia do Rovuma são rio Lugenda (nasce no lago Chiúta) e os rios Messinge e
Lucheringo (ambos nascem no lago Niassa).
b) A Bacia de Lúrio: O rio Lúrio nasce no monte Malema em Nampula até a sua foz no
Índico, é o rio mais comprido que nasce no interior do país. No entanto, separa as
províncias do Niassa e Cabo Delgado com a de Nampula.
c) A Bacia do Zambeze: O rio Zambeze nasce perto de Angola, ao longo do seu percurso
separa dois países, Zâmbia e Zimbabwe. Em Moçambique percorre 820 km de Zumbo
ao Índico. A bacia do Zambeze é a maior no nosso país ocupando as províncias de Tete,
Manica, Sofala e Zambézia.
d) As Bacia de Búzi e de Púngue: Esses dois rios nascem no Zimbabwe, atravessam
Manica e Sofala até Índico, percorrendo a mesma distância de 322km, na bacia de Búzi,
localiza se o rio Revue onde se encontra a Barragem de Chicamba Real na provincial
de Manica.
e) A Bacia de Save: O rio Save nasce no Zimbabwe e tem sua foz no Índico, perto do
distrito de Nova Mambone.
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f) A Bacia de Limpopo: O rio Limpopo nasce na África do Sul perto de Johannesburg. A
bacia de Limpopo ocupa a maior parte da Província de Gaza e possui os seguintes
afluentes:

 Rio dos elefantes onde se localiza a barragem de Massingir; Rio Changane que
nasce perto de Chibuto.
 A barragem de Macarretane localiza-se no rio Limpopo, distrito de Chókwè ,
província de Gaza.

g) A Bacia de Incomáti: O rio Incomáti nasce na África do Sul e penetra em Moçambique


através do Ressano Garcia até Marracuene, perto da baía de Maputo. Um dos afluentes
da bacia do Incomáti, é o rio Sábie onde se localiza a Barragem de Corumana, no distrito
de Moamba.
h) A Bacia de Umbelúzi: O rio Umbelúzi nasce na Swazilândia e penetra em Moçambique
através de posto administrativo de Goba. Ao longo do rio Umbelúzi localiza-se a
barragem dos Pequenos Libombos no distrito de Boane.

Para Muchangos (1999), “Moçambique é um país de jusante, partilhando nove (9) das quinze
(15) bacias hidrográficas internacionais da região da SADC”.

Assim sendo, os rios são os maiores transportadores dos principais recursos hídricos do país,
dos quais mais de 50% sã originados nos países de montante. São de notar as diferenças que se
verificam entre regiões no que se refere à variação da precipitação, período húmido e seco e de
ano para ano com cheias e secas. Assim, o escoamento superficial total é cerca de 216 km³/ano,
dos quais cerca de 100 km³ (46%) são gerados no país. Os restantes 116 km³ são gerados nos
países vizinhos.

De acordo com a Estratégia Nacional de Gestão de Recursos Hídricos de Moçambique, o país


possui treze bacias hidrográficas principais a destacar:

 Sul: Bacias dos rios Maputo, Incomáti, Umbeluzi, Limpopo, Save e Govuro
 Centro: Bacias hidrográficas de Búzi, Pungoé e Zambeze
 Norte: Bacias hidrográficas de Licungo, Ligonha, Lúrio, Messalo e Rovuma.

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7
Quanto às bacias hidrográficas, dado que as condições orográficas, atmosféricas, climáticas e
pedológicas exercem grande influência sobre o regime caudal, o autor distingue três regiões no
que diz respeito ao comportamento dos rios: Norte, Centro e Sul.

a) Região Norte e Centro

Rio Rovuma: nasce na Tanzânia, é um dos dois rios mais emblemáticos de Moçambique. O
rio Lugela que se considera afluente do Rovuma, segue uma direcção menos irregular até à foz,
sensivelmente de oeste para leste. Enquanto isso, numa direcção centro sul desta região, corre
o rio Messalo, nasce em Moçambique, na província do Niassa e depois de um percurso no
sentido sensivelmente SW-NE, desagua no litoral da província de Cabo Delgado.

Adicionalmente no extremo sul da província do Niassa, existe o Rio Lúrio, que nasce
na cidade de Cuamba, e estabelece a fronteira administrativa entre a província de Nampula na
margem direita e as províncias do Niassa e de Cabo Delgado, na margem esquerda
respectivamente a oeste e a este. Desagua no Canal de Moçambique, entre as cidades de Pemba
e Nacala.

Depois disso, nasce o quarto maior do continente africano e maior rio de Moçambique,
o Rio Zambeze, isto depois do Nilo, do Zaire (ou Congo) e do Níger. O Zambeze é também o
maior dos rios africanos que desaguam no Oceano Índico. Nasce no extremo ocidental da
Zâmbia e inicialmente segue para norte e oeste até penetrar no extremo oriental de Angola,
onde inflete para sul. Outros rios são Rio Pungoé (ou Púngoè) que nasce no Zimbabué e segue
para este. Igualmente encontramos o Rio Búzi que nasce no lado moçambicano da fronteira
com o Zimbabué, perto da povoação de Espungabera, seguindo depois sensivelmente de
sudoeste para nordeste, até desaguar imediatamente a sul do estuário do Púngoè. O seu afluente
principal, o Revué (na margem esquerda).

b) Região Sul

Na divisão entre as regiões centro e Sul, encontra-se o Rio Save, nasce no Zimbabué a sul da
capital, Harare, e corre de norte para sul até à confluência com o Runde, a partir da qual inflete
para leste e penetra em território inteiramente moçambicano.

Assim, esta região sul, encontra-se o Rio Limpopo, segundo maior dos rios africanos que
desaguam no Oceano Índico, tem um percurso característico em arco. Nasce na região noroeste

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da África do Sul e segue de início para norte, tendo, nesse troço, o nome de rio dos Crocodilos.
Adicionalmente, ainda no sul de Moçambique existe o Rio Incomáti, nasce na zona setentrional
da África do Sul e corre sensivelmente para nordeste, com um curto troço através do extremo
noroeste da Suazilândia.

Nesta região concretamente na maior altitude do seu troço moçambicano, fica situada a
barragem dos Pequenos Libombos e finalmente, no sul existe o Rio Maputo: Nasce na região
setentrional da África do Sul e segue a este, atravessando a Suazilândia, marcando em seguida
a fronteira meridional deste país com a África do Sul e por fim, marcando um troço da fronteira
meridional de Moçambique com a África do Sul.

2.2.Os Principais Fenómenos que Ocorrem na Costa Moçambicana

Conforme Muchangos (1999), As oscilações do caudal dos rios ao longo do ano são
condicionadas, por factores climáticos, registando os caudais máximos na época das chuvas e
os mínimos na estação seca.

 Seca prolongada, calor intenso, cheias, e inundações, ciclones e


outros factores associados, como a subida do nível das águas do mar, intrusão salina e
queimadas, resultando em prejuízos, entre perdas de milhares de vidas humanas, infra-
estruturas públicas e privadas como unidades sanitárias, escolas. Nas planícies se
formam os meandros, lagoas e pântanos e são depositadas as aluviões. Além do relevo,
a natureza dos solos também influencia o caudal, a estrutura e o padrão da rede
hidrográfica.

Quanto às bacias hidrográficas, dado que as condições orográficas, atmosféricas,


climáticas e pedológicas exercem grande influência sobre o regime caudal, o autor distingue
três regiões no que diz respeito ao comportamento dos rios: Norte, Centro e Sul.

Maior parte dos principais rios de Moçambique seguem o sentido de oeste para este (ou de
noroeste para sueste), desaguando no Canal de Moçambique (a secção do Oceano Índico situada
entre o continente e a ilha de Madagáscar).

O clima de Moçambique é do tipo tropical com quatro variações: tropical húmido,


tropical seco, tropical semi-árido e clima modificado pela altitude. O clima tropical húmido é o
predominante, caracterizado por duas estações, nomeadamente a fresca e seca que se estende

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de Abril a Setembro e a quente e húmida entre Outubro e Março, com uma média de temperatura
anual de 26ºC na costa norte e 22.1ºC costa sul. As chuvas são mais intensas no período
Dezembro Fevereiro. Toda a linha de Costa recebe cerca de 800 – 900 mm de precipitação por
ano.

Na zona sul de Moçambique, a precipitação é relativamente elevada no litoral (cerca de


750 mm/ano) donde decresce rapidamente nas zonas do interior. O norte do país é, de um modo
geral, mais húmido que o sul com a excepção do baixo vale do zambeze, na província de Tete
que recebe menos que 600 mm/ano. Entre a Beira e Quelimane é superior a 1 200 mm, por
causa da influência da monção nordeste que afecta o norte e a região central do país assim como
há influência das zonas montanhosas nesta área.

2.3. Principais Bacias Hidrográficas de Moçambique


De acordo com Nonjolo, (2017), “São de notar as diferenças que se verificam entre regiões no
que se refere à variação da precipitação, período húmido e seco e de ano para ano com cheias e
secas”.

a) Região sul

Nesta região pode se encontrar a Bacia do rio Maputo. É uma bacia internacional e possui uma
área total de 29030Km2, dos quais 27460Km2 na África do Sul e em Moçambique com
1570Km2. O rio nasce na África do Sul e as suas elevações encontram-se no extremo sudoeste
da bacia atingindo os 2000m, com a altitude média cerca de 815m. O regime do rio é
permanente com um escoamento médio anual cerca de 28500 106m3. Desagua na baía do
Maputo.

Portanto, possuindo uma área de 46.200 Km2, a bacia do Incomáti possui dos quais
somente 32% situa-se em território Moçambicano. Na Swazilândia a área é de 6% e na
República da África do Sul é de 62%. Os principais afluentes são Komati, Crocodilo e Sábiè.
O Komati entra em Moçambique a jusante da afluência dos rios Komati e Crocodilo em
Ressano Garcia, passando a chamar-se Incomáti. O comprimento do rio em Moçambique é de
280Km.

Assim, com 4%, rio Incomáti contribui na parte de Moçambique para o escoamento total. O
país está fortemente dependente dos recursos hídricos dos países de montante. O escoamento
médio anual do rio Incomáti calculado para um período de 30 anos é igual a 2.015 Mm3. O

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escoamento médio anual do rio Sábiè é de 630 Mm3. O escoamento mínimo ocorre geralmente
em Setembro/Outubro, mas também podem ocorrer escoamentos baixos entre Maio e
Novembro. Portanto, o clima da bacia em Moçambique, varia de tropical húmido de savana, na
Costa, a seco de estepe, nas regiões mais a oeste e centrais. A temperatura média anual varia de
22,4ºC a 23,9ºC.

Assim, a precipitação média anual varia de 1073 mm em Calanga na costa, a 509 em


Mapulanguene (P 600), perto da fronteira com a África do Sul. A precipitação média anual, na
área moçambicana da bacia, é de cerca de 650mm. Os solos da parte de jusante da bacia são
principalmente aptos para arroz, particularmente perto da foz e, noutras zonas como os terraços
mais elevados de origem marinha.

Existem algumas colinas arenosas, boas para o cultivo de vegetais e bananas. Na parte central,
as deposições fluviais são boas para trigo, milho, cana-de-açúcar e vegetais. A outra infra-
estrutura hidráulica que tem um papel importante a desempenhar é o açude de Chauali, uma
barragem de terra cujo objectivo é aumentar a capacidade natural de armazenamento do lago
Chuali até 200 Mm3. Localiza-se no rio Massimachopes, no distrito da Manhiça.

Adicionalmente as anteriormente mencionadas, outra bacia existente é do


Limpopo. Com cerca 1 461Km de comprimento possui uma bacia com uma área de 412.000
Km2 de extensão é partilhada por quatro Estados da região da SADC, nomeadamente África
do Sul, Botswana, Zimbabwe e Moçambique.

Portanto, localiza-se entre os paralelos 22º e 26º Sul e entre os meridianos 26º e 35º Este. Em
território nacional está enquadrada entre os paralelos 21º e 25º Sul e os meridianos 31º e 35º, e
confina a norte com a bacia do Rio Save, a sul com a do Rio Incomáti e a este com a do Rio
Govuro o quadro a seguir indica as áreas parciais da bacia do Rio Limpopo.

Em termo de altitudes, as médias por sub-bacia são de 75 m para Changane, 700 m para o
Limpopo e 900 m para a sub-bacia do rio dos Elefantes. A bacia do Limpopo em Moçambique,
faz parte da bacia sedimentar da parte Sul do País, é limitada no extremo Oeste por riolitos e
basaltos (Superior do Karoo) da cadeia dos Libombos.

Importa ainda destacar que, no distrito de Inharrime sul de Inhambane, encontra-se a Bacia de
Inharrime. Possui uma área de 11850Km2 e um comprimento de 150Km abrangendo total ou

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parcialmente os distritos de Panda, Zavala e Inharrime. Nasce na província de Gaza e desagua
na Lagoa Poelela em Inharrime.

Adicionalmente ainda nesta província, existe a Bacia de Mutamba. É um rio com uma área de
748Km2 e um comprimento de 65Km. Nasce perto da Lagoa Nhangela no distrito de Inharrime,
desenvolvendo-se de Oeste a Este e desagua na Baía de Inhambane.

Na região Nortenha de Inhambane, encontra-se a Bacia do Govuro. Com uma área de


11500Km2, é o mais importante rio da região Norte da Província de Inhambane. Nasce em
Mapinhane distrito de Vilankulo e desenvolve-se de Sul para Norte ao longo de mais de 150Km,
percorrendo os distritos de Vilankulo e Inhassoro, desagua no Oceano Índico na Região de
Macovane.

Finalmente na regiao sul, encontra-se a Bacia de Inhanombe. Ocupa uma área de 443 Km2 e
um comprimento de 22.5 Km. Nasce em Manhenge no distrito de Massinga e desagua no
Oceano Índico em Pomene no mesmo distrito.

b) Regiões Centro e Norte

O destaque vai para a Bacia de Zambeze. Esta bacia hidrográfica do nasce em Kalene Hill
(Zâmbia) e desagua em Chinde-Oceano Índico (Moçambique). Ocupa uma área da bacia
1.390.000 km2 e um comprimento de 2.574 km.

Adicionalmente a Zambeze, outra de destaque nesta região, é a Bacia de Rovuma. Esta


bacia cobre uma superfície total de cerca de 155 000 km2. A bacia é partilhada por três países,
nomeadamente, Moçambique, Tanzânia e Malawi. Com cerca de 65,39% (99,530 km2),
Moçambique detém a maior proporção da superfície da bacia, seguida de Tanzânia com 34,30%
e por último Malawi com 0,31%.

No território Moçambicano a bacia está administrativamente localizada na região norte do Pais


cobrindo parcialmente a Província de Cabo Delgado e e Província de Niassa. Rovuma nasce
próximo do Lago Niassa e desagua no oceano indico a nordeste da província de Cabo Delgado,
com um total de 760 km de comprimento dos quais 650 km em Moçambique. O Rovuma tem
como tributários os rios Lugenda, Lucheringo, Messige e Chiulezi. o Rio Lugenda é o afluente
de maior expressão e que tem como tributários o Lautise, Luambala, Luchimua e Lureco.

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3. Conclusão

O conceito de bacia hidrográfia cada vez mais vem sendo utilizado, como uma unidade
ecossistêmica, na área de planejamento ambiental. Dentro desta abordagem, as características
físicas de uma bacia, segundo Villela e Mattos (1975), constituem elementos de grande
importância para avaliação de seu comportamento hidrológico, pois, ao estabelecerem-se
relações e comparações entre eles e dados hidrológicos conhecidos, pode-se determinar
indiretamente os valores hidrológicos em locais nos quais faltem dados. Christofoletti (1969)
ressalta ainda que, a análise de aspectos relacionados à drenagem, relevo e geologia pode levar
à elucidação e compreensão de diversas questões associadas à dinâmica ambiental local. Cabe
lembrar que nenhum desses índices, isoladamente, deve ser entendido como capaz de simplifiar
a complexa dinâmica da bacia, a qual inclusive tem magnitude temporal

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4. Referência Bibliográfica

Albino, Rodolfo, José (2012). Bases Agroambientais para a Gestão da Bacia Hidrográfica do
rio Umbeluzi-Moçambique. Maputo.

Conselho de Ministros (2007). Estratégias Nacional de Gestão de Recursos Hídricos. Maputo.

Muchangos, Anicento (1999). Moçambique Paisagens e Regiões Naturais. Maputo.

Nonjolo, Luís Agostinho; Ismael, Abdul Ismael. (2017). G10 - Geografia 10ª Classe. Texto
Editores, Maputo.

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