UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E TECNOLOGIA-DET
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA II – LEQ II
ROTEIRO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS EXPERIMENTAL
Prática : Evaporação
1.INTRODUÇÃO
A evaporação é um fenômeno no qual átomos ou moléculas no estado
líquido (ou sólido, se a substância sublima) ganham energia suficiente para passar
ao estado vapor.
O movimento térmico de uma molécula de líquido deve ser suficiente para
vencer a tensão superficial e evaporar, isto é, sua energia cinética deve exceder o
trabalho de coesão aplicado pela tensão superficial à superfície do líquido. Por isso,
a evaporação acontece mais rapidamente a altas temperaturas, a altas vazões entre
as fases líquida e vapor e em líquidos com baixas tensões superficiais (isto é, com
pressões de vapor mais elevadas).
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Evaporação consiste, então, na remoção de um solvente, usualmente água,
de uma solução contendo um soluto não volátil.
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Balanço de calor e massa para o evaporador de efeito simples
Onde:
F - alimentação do evaporador, em kg/h
xF, xL - fração mássica de sólidos da alimentação e líquido concentrado,
respectivamente
TF, T1, TS - temperatura da alimentação, líquido concentrado e vapor saturado,
respectivamente, ou ponto de ebulição da solução
hF, hL - entalpia da alimentação e do líquido concentrado, respectivamente, em J/kg
L -líquido concentrado, em kg/h
V - vapor, em kg/h
yV - fração mássica de sólidos. yV = 0
HV, HS - entalpia do vapor produzido (evaporado) e do vapor saturado,
respectivamente
S - vapor saturado, em kg/h
P1 - pressão de vapor de saturação do líquido de composição xL à sua T1
Pelo fato da solução estar concentrada, há uma elevação do seu ponto de
ebulição com relação ao ponto de ebulição (temperatura de saturação em relação à
P1) da água. O vapor produzido (evaporado da solução), portanto, estará
superaquecido. Tem-se então a elevação do ponto de ebulição (EPE) dada por:
EPE = T1 - Teb (2)
em que:
Teb - temperatura de ebulição (ou temperatura de saturação) da água a P1.
No caso do experimento o calor é fornecido pela manta aquecedora, logo
temos:
Balanço total de material:
F=L+V (3)
Balanço no soluto (sólido):
FxF = LxL (4)
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Balanço de calor:
FhF + q = LhL + VHV (5)
O calor transferido no evaporador é:
q = LhL + VHV - FhF (7)
Os dados da elevação do ponto de ebulição (EPE) para se determinar a
temperatura da solução concentrada (T1) e do calor específico para se obter a
entalpia da solução concentrada, estão no KERN, 1980 (pág. 337). Serão obtidos hF
para a solução do NaOH a 25oC e hL para a solução do NaOH na concentração do
líquido final xL na temperatura de Teb.
Diagrama Entalpia Concentrações NaOH.
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O HV é a entalpia do vapor superaquecido a T1.
Hv pode ser obtido diretamente na tabela de vapor superaquecido, já que na
corrente de evaporação esta saindo apenas água pura sem soluto.
Exemplo:
T (°C) HV (Kj/Kg)
100 2.676,0
104(Teb) X
125 2.726,4
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1 MATERIAIS
• 02 picnometros • Piceta
• Proveta • Água destilada;
• Béquer 25ml; • Solução de NaCl.
3.2 PROCEDIMENTO
1- Calcular a densidade da alimentação (solução de NaOH) através do método
da picnometria.
2- Alimentar o evaporador com 100 mL de uma solução Xg/L de NaCl;
3- Marcar com um cronômetro o tempo do início até o final do experimento;
4- Acompanhar a temperatura e a quantidade de água condensada (vapor
produzido/evaporado);
5- Após evaporar 25% dos 100 mL da solução do ítem “1”, recolher o resíduo
do destilador e medir sua densidade para avaliar a concentração do NaOH
(buscar dados de densidade x concentração de NaOH na internet);
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS
Realizar os balanços de material e de energia para determinar a quantidade
de calor fornecido pelo equipamento, bem como a potência da manta.
5. BIBLIOGRAFIA
KERN D. Q.; Processos de Transmissão de Calor. Editora Guanabara