Abastecimento de Água Potável
Abastecimento de Água Potável
ABASTECIMENTO
de ÁGUA POTÁVEL
CADERNOS TEMÁTICOS SANEAMENTO BÁSICO
ABASTECIMENTO
de ÁGUA POTÁVEL
SUMÁRIO
7. MICRO E MACROMEDIÇÃO 32
LISTA DE TABELAS
8. EMERGÊNCIAS E CONTINGENCIAS NO SAA 34
Tabela 1 – Faixa de servidão recomendadas para adutoras 18
REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS 38
1 INTRODUÇÃO
A água constitui um elemento essencial à vida e seu papel no desenvolvimento
da civilização é reconhecido desde a antiguidade. Hipócrates1 (460-354 A.C.) já
afirmava a grande influência da água sobre a saúde humana.
Nos novos tempos, o homem tem necessidade de água de qualidade e em
quantidade suficiente para todas suas necessidades, não só para proteção de
sua saúde, como afirmou Hipócrates, mas também para o desenvolvimento
das sociedades. Afirma a Organização das Nações Unidas que o acesso à água
potável segura e ao saneamento básico adequado é um direito humano, fun-
damental para a redução da pobreza e para o desenvolvimento sustentável
(ONU, 2010).
Neste contexto, os serviços públicos de saneamento básico devem prover
o abastecimento de água potável em cada residência, tanto em área urbana
quanto rural, para garantir a melhoria da saúde e das condições de vida da
população (controle e prevenção de doenças, redução dos índices de mortali-
dade, promoção de hábitos higiênicos, dentre outras).
2
dades de pequeno porte são consideradas como serviços públicos (art.2º do
ABASTECIMENTO
Dec. 7.217/2010).
2 Unidade de consumo: unidade residencial, comercial, industrial considerada para efeitos de proje-
to, controle, monitoramento e faturamento.
CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 2 CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 3
Os mananciais superficiais (rios, lagos, barragens) por serem as águas na-
turais potabilizáveis mais acessíveis, permitem o conhecimento do seu regi-
me3 e favorecem a captação.
3
Os mananciais subterrâneos (lençóis do subsolo ou aquíferos), fornecem
MANANCIAL
água de qualidade satisfatória para uso imediato, principalmente os mais pro-
fundos, porém apresentam inconvenientes de uma exploração trabalhosa e,
às vezes, dispendiosa.
ABASTECEDOR
Os mananciais de águas meteóricas (chuva, neve e granizo) por serem na-
turais e potabilizáveis podem ser admitidas, em condições especiais, nos ser-
viços de abastecimento de pequenos volumes.
Destaca-se que a utilização de qualquer manancial para abastecimen-
to público, exceto águas meteóricas está sujeita a OUTORGA. A outorga é o
instrumento da Política Nacional de Recursos Hídricos que tem o objetivo de
assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água. Garante ao
Os mananciais têm grande participação nos sistemas de abastecimento de usuário outorgado o direito de acesso à água, uma vez que regulariza o seu uso
água, pois são as fontes naturais de onde se pode extrair a água para fins de em uma bacia hidrográfica.
abastecimento.
Devem ser considerados abastecedores todos os mananciais que apresen-
PARA LEMBRAR....
tem condições sanitárias satisfatórias e que, isolados ou agrupados, apre-
sentem vazão suficiente para atender à demanda máxima prevista em um
Águas Superficiais - correm naturalmente no solo;
determinado período de tempo (Ver capítulo 4). Águas Subterrâneas - ocorrem naturalmente ou artificialmente no subsolo;
De maneira geral, quanto à origem, os mananciais abastecedores podem Águas Meteóricas - encontradas na atmosfera em quaisquer de seus estados físicos;
ser classificados em manancial superficial, manancial subterrâneo e águas Aquífero - corpo hidrogeológico com capacidade de acumular e transmitir água
meteóricas (Figura 1). através dos seus poros, fissuras ou espaço resultantes da dissolução e carreamento
de materiais rochosos.
Figura 1
Mananciais abastecedores
3 O regime de um manancial se constitui na forma como este é alimentado, ou seja, na origem das
águas que o abastecem. Existem 3 tipos de regimes: pluvial (águas das chuvas), nival ou térmico (derre-
timento de geleiras) e misto. O rio Amazonas, por exemplo, tem regime misto, pois é abastecido pelas
águas oriundas do derretimento da neve na Cordilheira dos Andes e por altos índices pluviométricos da
região.
CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 4 CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 5
PARA APROFUNDAR O CONHECIMENTO....
O levantamento das condições sanitárias de qualquer manancial superficial, com
SISTEMA DE
4
vistas à escolha do ponto para captar a água, deve ser feito por inspeção sanitária
realizada na sua bacia, complementada por análises de amostras de suas águas
coletadas em pontos significativos e em períodos representativos.
A inspeção sanitária deve englobar o levantamento, com localização em planta, dos ABASTECIMENTO DE
ÁGUA POTÁVEL (SAA)
núcleos populacionais, das indústrias, das explorações agropecuárias e de qualquer
outro agente poluidor, bem como suas características e seu regime de funcionamento.
CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 6 CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 7
lação sobre a área do município, pois a ocupação das áreas urbanas e centrais,
por exemplo, é significativamente diferenciada da ocupação nas áreas perifé-
ricas e rurais.
Denomina-se população de projeto, a população total a que o SAA atende e
deverá atender num período de tempo determinado. Por isto, é necessário ser
bastante criterioso nos estudos populacionais. A expressão geral que define o
crescimento de uma população ao longo dos anos é dada por:
P = P0 + (N - M) + (I - E)
Onde:
P = população após “t” anos (habitantes);
P0= população inicial (habitantes);
N = nascimento no período “t”(habitantes);
M = mortes, no período “t” (habitantes);
I = imigrantes no mesmo período (habitantes);
E = emigrantes no período (habitantes);
t= período previsto para o estudo da população (anos).
CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 8 CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 9
Em ambos, devem ser considerados fatores que venham a alterar a tendên-
cia de evolução socioeconômica da região na qual esta se insere.
A Projeção populacional adotada deve ser atualizada a cada novo levan-
4.3 Consumo per capita
tamento censitário do IBGE, por ocasião da implantação de etapas futuras e
para as confirmações necessárias a serem realizadas nos períodos previstos
para a revisão dos Planos Municipais de Saneamento Básico (a cada 4 anos). Demandado
Todas as discrepâncias apresentadas nos dados estatísticos, utilizados para A concepção de um sistema público de abastecimento de água exige o co-
definir a tendência de crescimento, devem ser devidamente estudadas e explica- nhecimento da quantidade de água que o município ou a localidade deman-
das (quando a discrepância é decorrente de desmembramentos ou agregações, dam. Essa quantidade ou “demanda” é calculada em função do número de
o fato deve ser convenientemente considerado, no que diz respeito à tendência habitantes a ser abastecido, da quantidade de água necessária a cada indiví-
de crescimento que está sendo pesquisada). A utilização de dados estatísticos duo (segundo literaturas ou normas de referência), das características locais
não provenientes do IBGE exige a comprovação de confiabilidade. (clima, pluviometria, etc.) e das condições socioeconômicas da população.
Pode ser aceito estudo de crescimento de população, realizado com outra As Normas Técnicas da ABNT recomendam adotar os seguintes valores per
finalidade, desde que satisfaça os critérios apresentados acima. capita:
As populações flutuante e temporária devem ser estimadas mediante crité-
rios particulares, estabelecidos de acordo com os hábitos e costumes locais. →→Municípios com população acima de 50.000 habitantes: 200 a 300 L/hab.dia;
Na ausência de dados estatísticos oficiais ou informações de outras fontes,
poderá ser admitido para previsões de abastecimento dessas populações, que
→→Municípios com população inferior a 50.000 habitantes: 150 a 200 L/hab.dia.
o número de estabelecimentos comerciais ou públicos tenha o mesmo fator
Recomendam ainda que, caso se adote para efeitos de projeto, o consumo
de proporcionalidade da população residente.
per capita de 100 L/hab.dia, as justificativas para esta opção devem ser apre-
Diante da população total estimada, será necessário conhecer a população
sentadas com seus devidos esclarecimentos.
atendida pelos serviços, que pode estar ou não sujeita ao abastecimento.
CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 10 CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 11
→→Variações mensais: as variações climáticas (temperatura e precipita- Onde:
ção) promovem uma variação mensal do consumo. Quanto mais quente e P = população (habitantes)
seco for o clima maior é o consumo verificado. O consumo médio no inver- q = consumo per capita de água (L/hab.dia)
no é aproximadamente 80% da média diária anual e no verão, acrescenta- K1 = coeficiente de reforço para o dia de maior consumo
se mais de 15% desta média; K2 = coeficiente de reforço para a hora de maior consumo
→→Variações diárias: o volume distribuído num ano dividido por 365 permi-
te conhecer a vazão média diária anual. A relação entre o maior consumo PARA LEMBRAR . . .
diário verificado e a vazão média diária anual fornece o coeficiente do dia Vazão ou caudal é o volume de determinado fluido que passa por uma
de maior consumo que é representado por “K1”. Assim, K1 é igual à vazão determinada seção de um conduto livre ou forçado, por uma unidade de tempo.
média do dia de maior consumo dividido pela vazão média diária anual. Ou seja, vazão é a rapidez com a qual um volume escoa.
→→Seu valor varia entre 1,2 e 2,0 dependendo das condições locais (o valor
usualmente adotado no Brasil para K1 é 1,20). Observa-se que as normas
?
Para saber mais sobre o conteúdo das normas técnicas e
para projetos adotadas em cada localidade ou região estabelecem o valor
aprofundar seus conhecimentos acesse www.abnt.org.br
do coeficiente do dia de maior consumo a ser adotado em estudos.
CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 12 CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 13
A Figura 3 apresenta, de forma esquemática, um sistema público de abas-
Manancial subterrâneo
tecimento de água potável, no qual a captação é realizada a partir de um ma-
nancial superficial. A captação de água de um manancial subterrâneo (explotação) ocorre por
meio da abertura de poços com a finalidade de captar a água. As águas subter-
Figura 3 − Sistema de abastecimento de água râneas podem ser retiradas através de poços rasos ou profundos (tubulares).
Os poços rasos são escavados em locais onde o nível do freático é próximo à
superfície, não necessitando de grandes escavações, porém, estão mais sujei-
tos à contaminação.
Já poços tubulares são perfurados a grandes profundidades, com o objeti-
vo de atingir aos aquíferos, cujas principais vantagens são maior disponibilida-
de de água, a qualidade dessas águas e a possibilidade de serem perfurados
em locais mais próximos ao uso desejado.
No caso de se planejar o sistema público com a utilização desse manancial,
será necessário solicitar à Agência Nacional das Águas (ANA) uma autorização
para perfuração do poço. Neste momento, é informado o local de perfuração,
a expectativa de vazão e o tipo de aquífero esperado. Na análise para a auto-
rização de perfuração verifica-se a existência de outros poços na região que
poderiam ser afetados, ou mesmo riachos e córregos.
A análise de disponibilidade hídrica dos poços tubulares é realizada por
meio de resultados de teste de bombeamento e da avaliação da recarga do
aquífero (quantidade de água reposta por meio da infiltração das águas de
chuva). É importante que a vazão máxima a ser captada seja sustentável em
termos de recarga, uma vez que a superexplotação (retirada excessiva de
água) pode levar o aquífero à exaustão.
Note que uma cidade poderá ter um SAA misto, ou seja, a partir de águas
superficiais e subterrâneas.
CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 14 CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 15
As adutoras são assim classificadas (Figura 4):
ADUTORAS POR RECALQUE
a. Quanto à natureza da água transportada:
→→Adutoras de água bruta (AAB): transportam a água bruta da captação RECALQUE SIMPLES
até a Estação de Tratamento de Água; Linha piezométrica (recalque) Reservatório intermediário
Linha piezométrica (gravidade)
→→Adutoras de água tratada (AAT): transportam a água tratada da Esta-
ção de Tratamento de Água até os reservatórios de distribuição. Reservatório
de distribuição
CONDUTO FORÇADO
Reservatório Reservatório
Linha piezométrica
Reservatório de distribuição
Estação elevatória
CONDUTO LIVRE
Reservatório Linha piezométrica coincidente com o nível d’água
Reservatório
Fonte: Notas de aulas.
CONDUTO LIVRE E FORÇADO Diversos fatores devem ser considerados quando do traçado de adutoras,
Aqueduto Linha piezométrica dentre os quais a topografia, as características do solo e as facilidades de
Trecho em acesso. Esses fatores têm importância na determinação final de seu custo de
conduto livre construção, operação e manutenção. Portanto deve-se sempre considerar o
traçado mais direto possível evitando ou procurando contornar acidentes ge-
Sifão invertido
(conduto forçado) ográficos ou obstáculos naturais mais críticos e de difícil travessia (rios, grotas
ou grandes depressões, cumes de morros, etc.). Note que aproximar adutoras
de estradas pode facilitar sua implantação e manutenção futura.
CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 16 CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 17
Tecnicamente as adutoras são construídas por diversos materiais: IMPORTANTE!
→→Tubos metálicos Para diminuir o custo de implantação das adutoras, recomenda-se...
• Aço; • A adutora deverá ser implantada, de preferência em ruas e terrenos públicos;
• Ferro fundido dúctil; • Deve-se evitar traçado onde o terreno é rochoso, pantanoso e de outras
• Ferro fundido cinzento (não mais fabricado no Brasil). características não adequadas;
→→Tubos não metálicos • A adutora deve ser composta de trechos ascendentes com declividade não
• Materiais plásticos (PVC, poliéster reforçado com fibra de vidro); inferior a 0,2% e trechos descendentes com declividade não inferior a 0,3%,
• Concreto protendido; mesmo em terrenos planos;
• Cimento amianto (não mais fabricado no Brasil). • Quando a inclinação do conduto for superior a 25%, há necessidade de se
IMPORTANTE! utilizar blocos de ancoragem para dar estabilidade ao conduto;
Cada tipo de material apresenta uma série de vantagens e desvantagens. • Não se devem executar trechos de adução horizontal; no caso do perfil do
É, portanto, difícil apontar o melhor material a ser utilizado, sem que haja um terreno ser horizontal, o conduto deve apresentar alternadamente, perfis
estudo cuidadoso para satisfazer a todos os requisitos desejados de resistência, ascendentes e descendentes;
durabilidade e economia. • São recomendados os traçados que apresentam trechos ascendentes
longos com pequena declividade, seguido de trechos descendentes curtos,
A escolha dos materiais construtivos deve se dar em função da pressão da com maior declividade.
água a ser aduzida (os materiais devem resistir aos esforços internos, inclusive
contra os transitórios hidráulicos, sem provocar trincas, arrebentamentos e
vazamentos nas juntas), da economia associada (ter menor custo, ter durabili-
dade, resistir a ação de choques, permitir o menor número de juntas e facilitar
a operação e manutenção) e em função de outros fatores, como por exem-
plo: características do local (declividade, tipo de solo, localização do lençol 4.5.3 Estações elevatórias e/ou estações de recalque
freático, etc.), disponibilidade de materiais (dimensões, espessuras, juntas e
acessórios), propriedades do material (revestimentos, resistência à fadiga e à Estações Elevatórias (EE) são instalações de bombeamento de água (bruta ou
corrosão); pressões externas (peso da terra, carga do tráfego), etc. tratada) destinadas a transportar a água a pontos mais distantes ou mais ele-
Além disso, as especificações técnicas determinam que a faixa de servidão vados, ou para aumentar a vazão de linhas adutoras.
das adutoras deverá ser considerada em função do diâmetro das tubulações
requeridas (Tabela 1). →→Podem apresentar, dependendo de seu objetivo e importância, as se-
guintes utilizações:
Tabela1 – Faixa de servidão recomendadas para adutoras
→→Captar a água de mananciais de superfície ou poços rasos e profundos;
Faixas de Servidão ou Desapropriação →→Aumentar a pressão nas redes, levando a água a pontos mais distantes
ou mais elevados;
Diâmetro da tubulação (mm) Largura da faixa (m)
→→Aumentar a vazão de adução.
Até 400 2,00
A depender das condições locais e de projeto, normalmente são instaladas
Acima de 400 até 800 3,00
após a Estação de Tratamento de Água para que ocorra o bombeamento da
Acima de 800 até 1.500 4,00 água até os reservatórios. Contudo, podem também ser instaladas entre re-
servatórios e, ainda, em algum trecho da rede de distribuição de água, nestes
Acima de 1.500 Estudar cada caso casos são utilizados pressurizadores de rede do tipo “booster”.
CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 18 CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 19
Figura 5 – Estações Elevatórias (típica e pressurizada) →→Linha de sucção (conjunto de canalizações e peças que vão do poço de
sucção até a entrada da bomba);
CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 20 CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 21
Outros processos podem, eventualmente, serem necessários, tais como,
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh). O enquadramento aeração para remoção de ferro e manganês, absorção em carvão ativado para
é referência para os outros instrumentos de gestão de recursos hídricos remoção de produtos orgânicos que promovam gosto e odor, troca iônica para
(outorga e cobrança) e instrumentos de gestão ambiental (licenciamento e redução de dureza, etc., e sua adoção depende exclusivamente dos resultados
monitoramento), sendo, portanto, um importante elo entre o Singreh e o das análises da água bruta.
Sistema Nacional de Meio Ambiente.
ATENÇÃO MÁXIMA!
Essa análise deve ser a mais completa possível para obter as informações
Três requisitos devem ser levados em conta para que um SAA seja considerado
necessárias sobre os processos de tratamento a que deverá ser submetida a apropriado: qualidade da água bruta, tecnologia de tratamento e capacidade de
água que se pretende usar. sustentação do sistema.
Muitas vezes, a complexidade e, por conseqüência, o custo do tratamento pode
ser tão alto que justifica a troca de manancial. Outras vezes, a água a ser utilizada é
de tão boa qualidade que não exige tratamento, ou exige tratamento simplificado.
?
Normalmente, as águas superficiais são turvas, possuem cor e arrastam Para saber mais sobre sistemas e processos de tratamento das águas
microrganismos em seu escoamento. Na maioria dos casos, o tratamento indi- de abastecimento acesse www.pmss.gov.br/index.php/recesa
cado para potabilização dessas águas é o convencional, basicamente compos-
to das seguintes fases ou operações, conforme apresenta a Figura 6.
4.5.5 Reservatórios
Figura 6 – Fases do tratamento convencional
Os reservatórios são unidades hidráulicas de acumulação e passagem de
água, situados em pontos estratégicos do SAA, de modo a atenderem as se-
guintes situações:
Garantia da quantidade de água (demandas de equilíbrio, de emergência e
de anti-incêndio);
5 Altura manométrica:energia por unidade de peso que o sistema solicita para transportar o fluido
do reservatório para a rede, com uma determinada vazão.
CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 22 CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 23
IMPORTANTE!
IMPORTANTE!
Desde que as cotas do terreno sejam favoráveis, a preferência será pela
Para evitar contaminação e desperdício de água, os reservatórios devem estar em
construção de reservatórios semienterrados, dependendo dos custos de
boas condições de infraestrutura.
escavação e de elevação, bem como da estabilidade permanente da construção,
Os mais usuais em SAA são os semienterrados e os elevados. Os elevados são principalmente quando a reserva de água for superior a 500 m3. Reservatórios
projetados para quando há necessidade de garantia de uma pressão mínima na elevados com volumes superiores implicam em custos significativamente
rede e as cotas do terreno disponíveis não oferecem condições para que o mes- mais altos, notadamente os de construção, e preocupações adicionais com a
mo seja apoiado ou semienterrado, isto é, necessita-se de uma cota piezométri- estabilidade estrutural.
ca de montante superior à cota de apoio do reservatório no terreno local.
Quando os volumes a armazenar forem grandes, principalmente acima dos
De forma geral, os reservatórios são construídos em concreto armado, al-
venaria, concreto protendido, aço ou fibra de vidro.
800 m3, e houver necessidade de cotas piezométricas superiores a do terreno na
saída do reservatório, a opção mais comum é a construção de um reservatório
elevado conjugado com um semienterrado. Neste caso toda a água distribuída
Figura 7 − Tipos de Reservatórios pela rede à jusante será bombeada do reservatório inferior para o superior à
medida que a demanda for solicitando, mantendo-se sempre um volume mínimo
no reservatório superior de modo a manter a continuidade do abastecimento em
caso de interrupção neste bombeamento.
CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 24 CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 25
Obs.: O traçado dos condutores principais deve tomar em consideração:
?
Quadro 1 – Tipos de rede de distribuição sem pavimentação;
proximidade dasmenos
áreas Para saber mais sobre a elaboração de projeto hidráulico de redes
Obs.: O traçado-- dos
ruas com pavimentação
condutores principais devee tomar
onerosa; de edifícios que devem
em consideração: ser protegidos contra
- ruas de menor intensidade de trânsito;
incêndio.
- proximidade de grandes consumidores;
ruas -sem pavimentação;
proximidade das áreas e de edifícios que devem ser protegidos contra
de distribuição para abastecimento público www.abnt.org.br
Tipo Características -
8.3.Tipos- prruas incêndio.
com pavimentação
incipais de r edes® menos
Detalhe onerosa;
em geral, podem ser definidos três tipos principais de redes
- ruas
de8.3.Tipos
distribuição,de menor
pr incipaisconformeintensidade
de r edes® ema geral, de trânsito;
disposição
podem ser dos seus
definidos trêscondutos principais.
tipos principais de redes
proximidade
de-distribuição, de agrandes
conforme consumidores;
disposição dos seus condutos principais.
- proximidade das áreas e de edifícios que devem ser protegidos contra
a)incêndio.
Rede
a) Rede em “espinha
em “espinha de ®peixe”
de peixe” em que ® em que
os condutos os condutos
principais principais
são traçados, a partir são traçados, a partir
Os condutos principais são traçados, a partir dede um conduto principal central, com uma disposição ramificada que faz jus aquela
um conduto principal central, com uma disposição ramificada que faz jus aquela
denominação. É um sistema típico de cidades que apresentam desenvolvimento
denominação.
8.3.Tipos pr incipaislinear r edes® É
depronunciado. emum sistema
geral, podem típico de cidades
ser definidos três tiposque apresentam
principais desenvolvimento
de redes
de um conduto principal central (mestre), linear
de distribuição, pronunciado.
conforme a disposição dos seus condutos principais.
com uma disposição ramificada que faz jus 4.5.7 Ligação domiciliar
Espinha de peixe a) Rede em “espinha R de peixe” ® em que os Rcondutos principais são traçados, a partir
aquela denominação. É um sistema típico dede um conduto principal central, com uma disposição ramificada que faz jus aquela
denominação. É um sistema típico de cidades que apresentam desenvolvimento
cidades que apresentam desenvolvimento linear pronunciado. R R
Uma das grandes dificuldades ao se conceber, projetar ou interpretar um SAA
b) Rede em “grelha” ® em que os condutos principais são sensivelmente paralelos,
linear pronunciado. ligam-se em uma extremidade a um conduto principal e têm os seus diâmetros
decrescendo para a outra extremidade. é compreender as diferenças existentes entre ligações e economias para pos-
b) Rede
R emR “grelha” ® em que os Rcondutos principais são sensivelmente paralelos,
sibilitar atender e prever a demanda de água em um município no tempo de-
ligam-se em uma extremidade a um conduto principal e têm os seus diâmetros terminado (Figura 8).
decrescendo para a outra extremidade.
Ligação domiciliar é a instalação que une a rede de distribuição à rede in-
c) Rede em anel (malhada) ® em que os condutos principais formam circuitos
Os condutos principais são sensivelmente b) Rede emfechados
“grelha”nas ®
zonasemprincipais
que osa condutos principais
serem abastecidas: resultasão sensivelmente
a rede de distribuição paralelos,
terna de cada imóvel (comercial, industrial, público ou residencial) fazendo a
ligam-setipicamente
em uma malhada.
extremidade
É um tipoa de
umredeconduto principal
que geralmente e têm
apresenta uma os seus diâmetros
eficiência
paralelos, ligam-se em uma extremidade superior aosadois anteriores.
decrescendo para outra
R
extremidade. água chegar.
Grelha a um conduto principal e têm os seus
Economia é definida como o imóvel ou subdivisão de um imóvel com ocu-
diâmetros decrescendo para a outra R
IMPORTANTE!
Diâmetro mínimo das tubulações principais das redes calculadas como malhada:
• 150 mm quando abastece zonas comerciais ou zonas residenciais com
densidade igual ou superior a 150 hab.km2.
• 100 mm quando abastece as demais zonas de núcleos urbanos, cuja
população de projeto é superior a 5.000 habitantes.
• 75 mm para núcleos urbanos cuja população de projeto é igual ou inferior a
5.000 habitantes.
Diâmetro interno mínimo dos condutos secundários: 50 mm
CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 26 CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 27
CONTINUIDADE
5 DO ABASTECIMENTO
DE ÁGUA POTÁVEL 6 PERDAS
O abastecimento é considerado contínuo quando o sistema, em todas as suas Conforme apresentado, o sistema de abastecimento de água potável carac-
partes, é dotado de condições operacionais para que, em qualquer instante, teriza-se pela captação da água bruta e seu tratamento, transporte e for-
haja água na rede distribuidora com pressão e quantidade suficiente, confor- necimento à população. Durante todo o processo é possível ocorrer perdas
me condições normatizadas. (desperdícios) de água a ser distribuída.
É considerado descontínuo, quando há interrupção do fornecimento de água Importante relembrar que as perdas são contabilizadas no consumo de
ou, embora haja fornecimento, a pressão é insuficiente para atender o imóvel. uma população (Ver Capítulo 4).
Entretanto, poderão ocorrer interrupções programadas no SAA por neces- As perdas podem ser reais e aparentes e ocorrem em função de diversas
sidade de efetuar reparos, modificações ou melhorias de qualquer natureza. origens e magnitudes, sendo, portanto, um fator complexo de se prever, so-
Sempre que forem programadas interrupções deverá ser dada ampla divulga- bretudo se não houver procedimentos de medição. O Quadro 2 apresenta as
ção (data, locais ou trechos da interrupção, estimativa do tempo de reparo, ho- diversas origens e magnitudes das perdas físicas e aparentes de um SAA.
rário previsto para normalização do atendimento, etc.) para que o usuário tenha
conhecimento e possa programar-se no período previsto de interrupção.
CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 28 CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 29
Quadro 2 –Origens e magnitudes das perdas IMPORTANTE!
Localização Origens Magnitude No Brasil, o índice de perdas se mantém e é considerado elevado (40%).
O PLANSAB solicita que esse índice deve ser reduzido a 30% até o ano de 2033.
Vazamento nas tubulações Variável, em função do estado
Adução da água bruta das tubulações e da eficiência
Para explicar a existência de perdas de água em patamares acima do aceitável,
Limpeza do poço de sucção operacional algumas hipóteses podem ser levantadas: falhas na detecção de vazamentos;
redes de distribuição funcionando com pressões muito altas; problemas na
Vazamentos estruturais
Significativa, em função do estado qualidade da operação dos sistemas; dificuldades no controle das ligações
Tratamento Lavagem dos filtros das tubulações e da eficiência clandestinas e na aferição/calibração dos hidrômetros; ausência de programa de
operacional monitoramento de perdas; dentre outras hipóteses.
Descarga de lodo
Índices de perdas elevados, demonstram a necessidade dos prestadores
Vazamentos estruturais de serviços atuarem em ações para a melhoria da gestão, a sustentabilidade
Variável, em função do estado
da prestação dos serviços, a modernização de sistemas e a qualificação dos
Reservação Extravasamentos das tubulações e da eficiência
Perdas Físicas trabalhadores, dentre outras.
operacional
(reais)
Limpeza
Perdas
Hidrômetros parados
dependendo de procedimentos
cadastrais e faturamento;
6.1 Ligações clandestinas
Aparentes Hidrômetros que subestimam o volume consumido
manutenção preventiva, adequação
(comercial) São consideradas ligações efetuadas de forma irregular pelo usuário que co-
de hidrômetros e monitoramento do
Ligações inativas reabertas
sistema necta o imóvel diretamente à rede de distribuição para impossibilitar a real
Erros de leitura contabilização do consumo de água.
Ligações clandestinas são consideradas fraudes ao SAA e como tal, são
Número errado de economias práticas proibidas. Dentre as fraudes mais comuns estão as irregularidades
provocadas nos hidrômetros, ligações diretas da rede de abastecimento e des-
vios de água antes do hidrômetro.
Asperdas estão diretamente associadas à qualidade da infraestrutura e da Tais ligações, comprometem a estrutura física da rede de distribuição em
gestão dos SAA e por consequência vinculadas às características intrínsecas função de infiltrações, vazamentos e contaminações, devido ao material ina-
do prestador desses serviços públicos. dequado utilizado para este tipo de procedimento.
A redução das perdas físicas ou reais diminui os custos inerentes ao SAA,
pois propicia um menor consumo de energia, de produtos químicos e de ou-
tros insumos, utilizando as instalações existentes para ampliação da oferta,
sem a necessidade de expansão do sistema. Ligações clandestinas constituem dano ao patrimônio público e são consideradas
No caso das perdas aparentes ou comerciais, sua redução permite aumen- crime de furto (artigo 155 parágrafo 3º do Código Penal).
tar a receita tarifária, melhorando a eficiência dos serviços prestados e o de-
sempenho financeiro do prestador dos serviços.
7
operacionais hidráulicos (vazão, pressão e nível).
MICRO E
Os medidores envolvidos na macromedição são normalmente de maior
porte que os usados na micromedição, podendo, no entanto, ocorrer que um
medidor de grande porte seja usado em micromedição, como no caso de um
grande consumidor industrial, por exemplo (Figura 10).
CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 32 CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 33
Quadro 3 – Eventos previsíveis
8 CONTINGÊNCIAS • Inundações
• Ventos ciclônicos
Desastres naturais
• Erosões
NO SAA
• Condições meteorológicas extremas (raios, temperatura anormal, seca)
• Sabotagem
• Vandalismo
Internas • Roubo
• Acidentes com produtos químicos perigosos
A garantia da qualidade da água para consumo humano está cada vez mais asso- • Danos de equipamentos
ciada à incorporação de metodologias de avaliação e gestão de riscos, bem como
Ações humanas
a práticas de boa operação dos sistemas públicos de abastecimento de água.
Neste sentido, a Organização Mundial de Saúde recomenda o desenvolvi-
• Sabotagem/bioterrorismo
mento de Planos de Segurança da Água (PSA), privilegiando, assim, uma abor- • Vandalismo
dagem de segurança preventiva em detrimento da metodologia clássica de Externas
• Acessos indevidos
monitoramento de sua conformidade. • Acidentes com produtos químicos perigosos
Os Planos de Segurança da Água (PSA) são instrumentos que identificam
e priorizam perigos e riscos em um sistema de abastecimento de água, desde
o manancial até o consumidor, visando estabelecer medidas de controle para
reduzi-los ou eliminá-los e estabelecer processos para verificação da eficiên- • Incêndio
cia da gestão preventiva. • Ruptura ou queda de energia no abastecimento
• Falhas em equipamentos mecânicos
• Interrupção do abastecimento de água
Incidentes inesperados
? Para saber mais sobre o PSA acesse www.funasa.gov.br • Contaminação por produtos químicos utilizados na ETA
• Acidentes construtivos
• Problemas com pessoal (perda de operador, emergência médica)
• Contaminação acidental (surto epidêmico, ligações cruzadas acidentais)
Apesar de todo o sistema de abastecimento de água ser objeto de moni-
toramento no âmbito do processo de controle estabelecido, podem ocorrer
eventos que, por sua natureza, advêm de situações excepcionais, tais como
desastres naturais (inundações, secas, etc.), ações humanas e outros inciden-
tes inesperados, que apresentem relevante impacto negativo na qualidade da Ações de emergência especificam de forma clara, os responsáveis pela
água e, consequentemente, possam pôr em perigo a saúde pública. coordenação das medidas a tomar, os esquemas alternativos para o abaste-
Na possibilidade de se registrar eventos de consequências problemáticas cimento de água nos casos de emergência, bem como um plano de comuni-
(Quadro 3), a legislação do setor demanda a concepção de Ações de Emergên- cação para alertar e informar os usuários e consumidores6. Devem refletir as
cia para seu combate. etapas essenciais necessárias para iniciar, dar continuidade e encerrar a res-
posta a uma emergência.
As emergências a considerar podem ser agrupadas em níveis de alerta,
conforme a gravidade demonstrada pela situação (Quadro 4)
6 No direito público, usuário é aquele que se utiliza dos serviços públicos (relação poder público/con-
cessionária/usuário) e consumidor, aquele que consome o produto gerado pela prestadora dos serviços
(concessionária/consumidor).
CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 34 CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 35
Quadro 4 – Nivelamento das emergências Figura 11 – Plano de Emergências e Contingências
Acidente que pode evoluir para situação de emergência se não houver uma ação
NÍVEL 2 Situação de perigo
corretiva imediata, contudo, o sistema se mantém em funcionamento.
CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 36 CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 37
políticas e da gestão dos serviços públicos de saneamento básico. coord.
Berenice de Souza Cordeiro. – Brasília: Editora, 2009
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Programa de Modernização do Setor Saneamento (PMSS) Instrumentos das
CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 38 CADERNOS TEMÁTICOS - Abastecimento de água potável 39
CRÉDITOS Fundação Nacional de Saúde
Márcio Endles Lima Vale - Presidência
Antonio Arnaldo Alves de Melo - Diretoria Executiva
Patrícia Valéria Vaz Areal - Departamento de Engenharia de Saúde Pública
Thiago Martins Milhim - Departamento de Administração
Dayany Schoecher Salati - Coordenação de Assistência Técnica à Gestão em Saneamento
Clesivânia Santos Rodrigues - Coordenação de Assistência Técnica à Gestão em
Saneamento
Nilton José de Andrade - Superintendente Estadual do Espírito Santo
Noel Carlos Fernandes Freire - Coordenador do Núcleo Intersetorial de Cooperação
Técnica do Espírito Santo
Maria de Fátima Oliveira Chaves - Superintendente Estadual Substituta do Maranhão
Raimundo Rodrigues dos Santos Filho - Coordenador do Núcleo Intersetorial de Co-
operação Técnica do Maranhão
Está publicação compõe a coleção de cinco Cadernos Metodológicos elaborados como material
didático do Projeto “Fortalecendo capacidades municipais para elaboração, implementação e
gestão de Planos Municipais de Saneamento Básico e Gestão Integrada de Resíduos Sólidos”,
realizado por meio do Termos de Execução Descentralizada (TED 01/2014 e TED 03/2014) as-
sinado entre a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) dos Estados do Maranhão e Espírito Santo,
respectivamente e a Universidade Federal Fluminense (UFF). Leia também outros quatro cader-
nos – Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas; Esgotamento Sanitário; Limpeza Urbana e
Manejo dos Resíduos Sólidos e Mobilização Social.
CONTATOS
0800 940 1288
[email protected]
www.saneamentomunicipal.com.br