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Universidade Eduardo Mondlane Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Electrotécnica

O documento descreve os processos de cobrança em sistemas pré-pagos e pós-pagos em redes GSM. Ele explica que os clientes pré-pagos pagam antecipadamente por serviços, enquanto os clientes pós-pagos usufruem dos serviços e pagam no final do mês. Também discute as diferenças nos processos de cobrança e faturamento entre os dois tipos de clientes.

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Universidade Eduardo Mondlane

Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Electrotécnica

DISCIPLINA: Comunicações Sem Fio

FICHA 13
PROCESSOS DE COBRANÇA EM GSM

4º Ano – 2018

1 Equipe de Trabalho: Eng.º H B e Eng.º L M.


1. Introdução
No cenário atual, onde cada vez mais pessoas tem acesso as redes de telecomunicação e o
mundo se vê cada vez mais dependente delas, o mercado de produtos e serviços de
conectividade tornam-se cada vez mais competitivos. Desse modo, as operadoras devem
tornar- se mais produtivas e atender seus clientes com cada vez mais qualidade, sobre tudo
mais próximo de exigências diferenciadas.

Quanto a forma de pagamento pelos serviços prestados, a maior parte dos operadores
apresentam duas opções à seus cliente: ser um cliente com uma conectividade pos–pago ou
um cliente pré-paga. Tanto o pós-pago assim como o pré-pago, apresentam suas próprias
vantagens e desvantagens.

Usualmente, um operador poderá ter 70%-80% de clienets de base pre-paga e os restantes


são pós-pagos, contudo, é sempre desejável para operadoras ter mais clientes pós-pagos,
obviamente.

Embora as diferenças entre os dois possam parecer triviais, importa dizer que seu tratamento é
bastante distintos. Veja abaixo algumas diferenças entre os dois tipos de clientes:

 Pagamentos de Serviços - Este é o factor mais importante, que diferencia duas bases
de clientes. Os clientes pré-pagos efetuam o pagamento antecipado antes de usar o
serviço, enquanto os clientes pós-pagos usam os serviços oferecidos ao longo do mês
e, no final do mês, o cliente recebe a fatura para pagar dentro do prazo determinado.

 Cobrança e Facturação - Para o cliente pré-pago, é necessário cobrar o cliente em


tempo real por todo o uso, enquanto os clientes pós-pagos podem ser cobrados no final
do mês.

 Ofertas de Serviços - Sistemas de cobrança pós-pagos oferecem mais flexibilidade em


comparação com sistemas de cobrança em tempo real. Por exemplo, o sistema de
cobrança em tempo real não é flexível para manter uma hierarquia complexa de clientes
empresariais, onde um sistema de facturamento pós-pago pode lidar com uma
hierarquia de clientes até o nível N.

 Suporte e Manutenção - Um operador precisa dar a mesma atenção a ambos os


negócios. Se, para um negócio pré-pago, o operador precisa ter mão-de-obra
qualificada para controlar a operação, a mesma operadora precisa de uma equipe
excelente para lidar com as consultas do cliente pós-pago relacionadas à cobrança,
facturas e correção de problemas operacionais.

Há muito tempo, a rede de conexões pré-pagas e pós-pagas era diferente. Isso costumava
invocar denúncias de que a conexão pré-paga ofereceria melhor conectividade do que o pós-
pago ou vice-versa. Agora estamos na idade da facturação convergente “convergent billing” e

2 Equipe de Trabalho: Eng.º H B e Eng.º L M.


as operadoras estão correndo seus negócios com a mesma rede sem comprometer a qualidade
da comunicação.

As operações de telecomunicações na perspectiva de uma operadora são divididas em duas


categorias amplas: OSS e BSS.

1.1. Subsistema de Suporte de Operações (OSS)


É uma agregação de funções que permite ao operador provisionar e gerenciar seus estoques,
clientes, serviços e elementos de rede. Provisionamento implica “fazer uma entrada ou um
registro” de algum recurso. Esse recurso pode ser um cliente, um serviço de valor agregado,
inventário, como telemóveis ou até mesmo um elemento de rede, como um switch de controle
de chamadas. Por exemplo, se um novo cliente é adquirido, todo o seu registro deve ser salvo
na rede, como nome, endereço, número de telefone, etc. Isso é o aprovisionamento do cliente.

Um exemplo de gerenciamento de inventário pode ser o seguinte: telemóveis adquiridos pelo


transportador precisam ser registrados no sistema de gerenciamento de estoque, no memento
da entrega. Cada telemóvel passaria por um ciclo de vida, e quando o mesmo é despachado
para uma loja de qualquer, seu “estado” é alterado no sistema de gerenciamento de stock para
ser vendido. Quando um cliente adquire o telemóvel, seu estado novamente muda para
"vendido" e está vinculado à identidade do cliente que o comprou. E o sistema regista que o
mesmo já não existe no stock.

Este susbsistema, embora não seja o nosso maior foco de estudo, deve ser por nós
reconhecido na operacionalidade de um serviço de telefonia móvel.

1.2. Subsistemas de Suporte ao Negócio (BSS)


É uma agregação de funções que são usadas para gerenciar as características do dia-a-dia de
um operador e fornecer ao operador uma clareza completa sobre o desempenho e o
gerenciamento de suas diversas linhas de negócios.

Os sistemas BSS incluem funções em tempo real (real-time), como cobrança (pós-pago e pré-
pago), classificação usando planos tarifários e aplicação de descontos.

O BSS também inclui alguns componentes não em tempo real (non-real-time), como o
lançamento de novas campanhas de marketing, análise do sucesso de campanhas de
marketing individuais através de relatórios de business-intelligence, gerenciamento de parceiros
(para lidar com provedores de conteúdo de terceiros, outros operadores, franqueados etc.),
criação de faturas, cobrança de pagamentos, compartilhamento de receita com parceiros e
facturação.

Neste material, estaremos mais focados nos componentes do BSS do ecossistema de uma
operadora de telefonia celular.

3 Equipe de Trabalho: Eng.º H B e Eng.º L M.


2. Plataforma de Clientes Pré-pagos
Antes de ir para os detalhes do BSS, é útil rever um procedimento típico de configuração de
chamadas pós-pagas, bem como para chamadas pré-pagas, para maior compressão dos fluxos:

Figura 2.1 – Procedimento de chamada em Pré-pago.

O cenário acima descreve o fluxo de mensagens para um assinante pré-pago. Quando o


assinante disca um número, para além dos questionamentos já estudados relativos à
autenticidade, o sistema verifica se o assinante tem saldo suficiente em sua conta. Somente se
o saldo estiver disponível, a chamada continuará até ao número destino. Analisemos a rede fixa,
já por si conhecida:

Figura 2.2 – Procedimento de cobrança numa rede fixa.

4 Equipe de Trabalho: Eng.º H B e Eng.º L M.


Neste processo as principais etapas na cobrança de uma chamada pré-paga em uma rede fixa:

 Quando um assinante pré-pago faz uma chamada, ele chega a uma central local
(também designada por escritório local algumas vezes);

 A central local analisa o número de chamada (parte A) e descobre que é uma chamada
feita por um cliente pré-pago. Portanto, não é possível conectar a chamada
imediatamente, como faria para um cliente pós-pago;

 A central local de origem precisa agora falar com uma plataforma pré-paga. A centra
local comunica-se com a plataforma pré-paga através do protocolo INAP - Intelligent
Network Application Part (o nível mais alto da pilha do the SS7).

 A central local envia uma mensagem para a plataforma pré-paga, informando o número
da parte A e o número da parte B;

 Essa mensagem é recebida por um componente da plataforma pré-paga, chamado de


Ponto de Controle de Serviço (SCP). O SCP nada mais é do que um módulo de
software que entende e recebe mensagens enviadas pela central local;

 Ao receber a mensagem da central local, o SCP se comunica com um Engenho de


Tarifação (Rating Engine), que é o segundo componente da plataforma pré-paga.
Neste bloco ocorre a classifica das chamadas. O Engenho de Tarifação é o coração da
plataforma pré-paga. À medida que os planos de tarifas se tornam mais complexos e
mais serviços precisam ser cobrados, o mecanismo de classificação deve ter
flexibilidade e funcionalidade para atender aos requisitos de negócios;

 O Engenho de Tarifação contém em sua base de dados, o saldo corrente de todos os


clientes pré-pagos. Como existem centenas e milhares de clientes atendidos por uma
única plataforma pré-paga, como deve imaginar, o Engenho de Tarifação conterá um
grande número de registros de saldo de clientes;

 O Engenho de Tarifação analisa o número da parte A e, em seguida, consulta seu banco


de dados para descobrir o saldo atual da parte A. Se a parte A tem saldo zero ou
insuficiente, ela deve informar ao SCP que o cliente que está ligando não tem saldo
suficiente;

 O SCP, por sua vez, enviará uma mensagem para a central local informando que a parte
que está ligando não tem saldo suficiente;

 E neste caso, a troca local rejeita a chamada;

 Se, no entanto, Engenho de Tarifação achar que o A_Number tem saldo suficiente,
então, por meio do SCP, a troca local é informada de que a chamada pode prosseguir;

 Se o saldo do B_Number for zero, nenhuma análise adicional é exigida pelo Engenho de
Tarifação para rejeitar a chamada. No entanto, ele deve verificar, observando o

5 Equipe de Trabalho: Eng.º H B e Eng.º L M.


B_number, se o saldo é suficiente para suportar a taxa mínima do pulso de chamada.
Por exemplo: Se uma ligação local custa 10 centavos por minuto e o saldo da parte A é
actualmente de 5 centavos, esse saldo não é suficiente. Se fosse uma ligação
internacional, o saldo de até 50 centavos pode não ser suficiente. Contudo, chama-se a
atenção a existência de tarifas por segundo;

 Assumindo que o saldo foi suficiente e a plataforma pré-paga permitiu que a chamada
prosseguisse, a central local permitirá que a chamada continue e a chamada será
eventualmente conectada por meio de uma ou mais trocas ao B_Number telefone tocará;

 Se a chamada for abandonada por qualquer motivo, como por exemplo o A_Number
abandonar a chamada antes de ser atendida pela B_Number, sem resposta da
B_Number, etc, a central local deve novamente enviar uma mensagem para a SCP
informando que a chamada não teve lugar;

 No momento em que o Engenho de Tarifação permitir a chamada, irá reservar uma certa
quantia do saldo do assinante. Por exemplo, o montante que teria sido reservado
depende do plano tarifário do cliente. Para evitar pedidos frequentes para a reserva de
valor, o Engenho de Tarifação pode ser solicitado a conceder uma parcela maior do
saldo.

 Como exemplo, suponha que a parte chamadora tenha um saldo de 100MT quando a
chamada foi feita. Quando a mensagem chegar à plataforma pré-paga, o Engenho de
Tarifação, ao descobrir que há saldo suficiente, não apenas responderá à troca local
sobre a suficiência do saldo, conforme descrito acima, mas também reservará uma
quantia, digamos, 5MT. Portanto, temporariamente, o saldo reduz para 95MT. É
importante entender que reservar uma quantia não é equivalente a realmente reduzir o
saldo da parte chamadora. Neste momento, a reserva significa apenas a "intenção", e a
dedução real só aconteceria se a chamada for bem-sucedida e o uso ocorrer;

 No momento de informar a central local de que o A-Number tem saldo suficiente e a


chamada pode ser conectada, o tempo de validade também é transmitido pela SCP.
Assim, a central local sabe que, se essa chamada amadurecer, ela poderá deixar a
chamada continuar pelos primeiros X segundos ou minutos sem entrar novamente em
contacto com a plataforma pré-paga;

 Se a conversa terminar em menos tempo, a central local envia uma mensagem para a
plataforma de cobrança e apenas a parte equivalente sera deduzido pela plataforma pré-
paga no final da chamada;

 Supondo que a conversa tenha excedido o tempo previsto, a central local envia outra
solicitação para reservar mais unidades. Isso deve ser feito antes do vencimento do
prazo de validade. A plataforma pré-paga reservará outra parcela de 5MT e informará a
central local de acordo;

6 Equipe de Trabalho: Eng.º H B e Eng.º L M.


 Pode acontecer que a solicitação de reserva da unidade falhe. Isso acontecerá quando o
assinante não tiver mais unidades em seu saldo. Nesse cenário, a plataforma pré-paga
responderá com uma mensagem informando a central local que o limite de crédito foi
atingido. A central local terminará imediatamente a chamada.

Tendo compreendido esta abosdagem para a rde fixa, a arquitetura para cobrar uma chamada
pré-paga em uma rede móvel (GSM) é mostrada abaixo. Contudo, note que é muito semelhante.
Apenas a camada do protocolo INAP foi substituída pelo CAMEL - Customized Applications for
Mobile Enhanced Logic:

Figura 2.3 - Procedimento de cobrança numa rede móvel (pré-pago).

Note que as coisas permanecem semelhantes, obviamente haverá uma estação base e o
controlador da estação base (BSC) antes que a chamada atinja o MSC de origem. Da mesma
forma, haverá um BSC e um BTS no lado de terminação. Ou seja a central local deu lugar ao
MSC (HLR, VLR, etc,).

Pode haver uma ou mais trocas de trânsito entre as MSCs de origem e de terminação. Estes
são chamados GMSCs (Gateway MSCs) em redes móveis. E chama-se a atenção para o facto
de que a arquitetura em uma rede móvel CDMA será idêntica, exceto que o CAMEL será
substituído pela camada do protocolo IS-826.

7 Equipe de Trabalho: Eng.º H B e Eng.º L M.


3. Plataforma de Clientes Pré-pagos
Para assinantes pós-pagos, não há necessidade de verificar o saldo. As chamadas podem
prosseguir, sem qualquer mensagem para uma plataforma pré-paga, e os detalhes da chamada
são capturados na forma de um CDR (Call Detail Record) no final da chamada.Esses CDRs são
usados posteriormente para fins de faturamento.

Um arquivo CDR típico captura contem as seguintes informações relevantes:

 Número do chamador;

 Número da parte chamada;

 Hora de início da chamada;

 Hora de término da chamada;

 Duração da chamada (hora final - hora de início);

 Identificador de chamadas;

 Tipo de serviço, etc.

Essas informações são salvas na forma de um arquivo na central local ou no MSC e são
enviadas ao sistema de carregamento para processamento posterior.

Figura 3.1 - Sistema de cobrança para pós-pago – Facturação.

O sistema de cobrança tem um Engenho de Tarifação (Rating Engine) e um Mecanismo de


Mediação, os dois mecanismos interegem de forma lógica nos seguintes moldes:

 A chamada ao ser terminada gera um CDR no MSC ou outra fonte (Roaming, etc.). Este
CDR é enviado ao Mecanismo de Mediação. O mecanismo de mediação é necessário
porque ele pode receber CDRs de mais de uma fonte e o formato dos CDRs pode ser
diferente de cada origem;

8 Equipe de Trabalho: Eng.º H B e Eng.º L M.


 O Mecanismo de Mediação processar os CDRs classificados de várias origens
reformatado-os em um arquivo comum. Esses CDRs no formato comum já podem ser
enviados ao Engenho de Tarifação;

 O Engenho de Tarifação analisa os arquivos CDR e determina a taxa (pré-tarifação) a


ser aplicada para cada arquivo CDR. Uma vez que esta tarifação seja concluída, o CDR
é conhecido como um CDR tarifado. Assim, mesmo antes do processo de facturação se
concluído ele pode ser analisado e gerar decisões.

 No final de cada ciclo de facturação, esses CDRs podem ser colectados e esse file
comum é então enviado ao Sistema de Facturação, que gera as faturas detalhadas para
cada cliente, com base nos CDRs. É nessa fase onde são aplicados descontos e
tratamentos especiais em virtude de pacotes e tarifas diferenciadas.

Um procedimento simples para um assinante pós-pago é dado abaixo em termos de criação e


armazenamento de CDR:

Figura 3.2 – Procedimento de criação de CDRs em pós-pago.

9 Equipe de Trabalho: Eng.º H B e Eng.º L M.


Chamamos atenção para o facto de até então termos descrito apenas o carregamento de
chamadas de voz. A figura abaixo mostra a cobrança pós-paga de uma chamada de dados em
CDMA:

Figura 3.3 – Procedimento de criação de CDRs em pós-pago em CDMA.

O caminho da chamada de dados é subdividida em dois ramos, a partir do PCF - Packet Control
Function (Função de Controle de Pacotes), que é uma função lógica da BSC, como mostrado
acima.

O PDSN (Packet Data Serving Node) é um componente de uma rede móvel da 3G. Ele actua
como o ponto de conexão entre o acesso de rádio e as redes IP. Este componente é
responsável pelo gerenciamento de sessões PPP (Point to Point Protocol) entre a rede IP
central da operadora móvel e a estação móvel (celular).

O AAA (Authorization, Authentication and Accounting) é um protocol específico para a


facturação de chamadas em CDMA.

FIM

10 Equipe de Trabalho: Eng.º H B e Eng.º L M.

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