0% acharam este documento útil (0 voto)
63 visualizações10 páginas

NF 12

Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
63 visualizações10 páginas

NF 12

Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 10

TÉCNICO EM

SEGURANÇA S

PABLO ROJAS
PABLO ROJAS
J A
O RO
L
DO TRABALHO PA B

O profissional de segurança do trabalho é o responsável DESTAQUES

TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO


por uma das mais importantes áreas das organizações.
Objeto de lei e de fiscalização governamental, a História do trabalho e da
prevenção de acidentes e doenças ocupacionais e a segurança do trabalho

A
preservação da integridade física e mental do trabalhador

M
Ç
Normas Regulamentadoras

E
fazem parte das obrigações das empresas e são
internamente garantidas por uma equipe de profissionais

O N O
composta por técnicos e engenheiros de segurança do Ergonomia

IC A H
trabalho, além de médicos e enfermeiros da área. Gerenciamento de risco

CN R L
Entre outras funções, cabe ao técnico organizar os
Acidentes de trabalho

TÉ U A
programas de prevenção de acidentes, orientar a

G B
CIPA e os trabalhadores quanto aos riscos existentes e Doenças ocupacionais
estabelecer a obrigatoriedade do uso de equipamentos

E A
de proteção individual e coletivo. Elaborar planos de Benefícios previdenciários

S TR
prevenção de riscos ambientais, realizar inspeções de
segurança, emitir laudos técnicos e organizar palestras e Código de Ética Profissional na
treinamentos são também atividades que compõem o dia segurança do trabalho

O
a dia deste requisitado profissional.

D
Pensando nos estudantes que se preparam para atuar
nesse mercado, a Tekne traz neste livro informações
valiosas para o desempenho de atividades de prevenção
e eliminação dos riscos que podem levar a acidentes e
doenças ocupacionais. Estudante: Visite www.bookman.
Este lançamento é um instrumento pedagógico com.br/tekne para ter acesso a
indispensável para alunos e professores dos cursos vídeos e links para complementação
técnicos previstos pelo Ministério da Educação no dos conteúdos.
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego (Pronatec).

Professor: Cadastre-se na Área do


Professor em www.bookman.
SEGURANÇA
DO TRABALHO
com.br/tekne para ter acesso a
apresentações em PowerPoint® com
aulas estruturadas.

www.bookman.com.br/tekne
R741t Rojas, Pablo.
Técnico em segurança do trabalho [recurso eletrônico] /
Pablo Rojas. – Porto Alegre : Bookman, 2015.

Editado como livro impresso em 2015.


ISBN 978-85-8260-280-5

1. Segurança do trabalho. I. Título.

CDU 331.45

Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094


Mapa de riscos ambientais
DEFINIÇÃO
O mapa de riscos ambientais teve origem nos movimentos sindicais italianos que lutavam pela O mapa de riscos ambientais
sua participação nas decisões sobre a segurança no ambiente de trabalho. Eles entendiam na épo- é uma representação gráfica
ca que as decisões sobre as formas de produzir ditadas pelos empresários ofereciam muitos riscos (esboço, croqui, o t ou
à saúde e à segurança dos trabalhadores. Segundo Oddone et al. (1986), os sindicalistas italianos outro) de uma das partes ou de
desenvolveram a metodologia de elaboração do mapa de riscos com base em dois princípios: o do todo o processo produtivo da
grupo homogêneo e o da não delegação. empresa, em que se registram
os riscos e os fatores de risco
Grupo homogêneo: Estrutura organizada que proporciona ao trabalhador participação nas deci- a que os trabalhadores estão
sões sobre a realização do trabalho. O grupo homogêneo é composto pelos trabalhadores da em- sujeitos e que são vinculados,
presa, pelo grupo dos departamentos e pelos grupos das seções, ou seja, até nos menores grupos, direta ou indiretamente, ao
são mantidas as mesmas características do todo. processo, à organização e às
condições de trabalho.
Não delegação: Assumir a responsabilidade de não entregar aos patrões as decisões sobre suas
condições de saúde e segurança no trabalho. A participação nessas decisões proporciona ao traba-
lhador maior controle sobre os eventuais riscos existentes e não vistos pelos empregadores.

A obrigação de elaboração do mapa de riscos ambientais foi introduzida na legislação brasileira por
meio da Portaria GM nº 3.214, de 8 de junho de 1978 (BRASIL, 1978a). De acordo com a NR 5, ficou es-
tabelecida a seguinte atribuição à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA): “[...] identificar
DEFINIÇÃO
ÇÃO
os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos ambientais com a participação do maior Grupo homogêneo é a menor
número possível de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver.” (BRASIL, 1978a). unidade social de trabalho
existente em um setor ou
No Brasil, essa metodologia começou a ser utilizada no início da década de 1980 com a troca de
área, onde os trabalhadores
experiência entre sindicalistas e técnicos brasileiros e italianos e, de forma mais sistemática, a partir
estão submetidos às mesmas
da década de 1990 por meio do Instituto Nacional de Saúde no Trabalho (INST-CUT), que desen- condições resultantes da
volveu, com base em estudos práticos, a metodologia do mapa de riscos ambientais tendo como organização do trabalho,
referência a experiência sindical italiana (ODDONE et al., 1986). tendo em comum as suas
atividades, os riscos e
Em 1983, o Ministério do Trabalho, por meio da Portaria nº 33, de 27 de outubro de 1983 (BRASIL,
os fatores de risco a eles
1983), promoveu alterações nas NRs 4 e 5 visando a adequar a legislação às necessidades da época. relacionados (SIVIERI, 1996).
A Portaria atrelou o grau de risco previsto no quadro I da NR 5 ao SESMT e atribuiu novas responsa-
bilidades à CIPA. O aperfeiçoamento da legislação ocorreu com a publicação da Portaria DNSST nº
5, de 17 de agosto de 1992 (BRASIL, 1992b), que alterou a NR 9 e estabeleceu a obrigatoriedade de
elaboração do mapa de riscos ambientais.
Art. 1º - Acrescentar ao item 9.4 da Norma Regulamentadora NR-9 - Riscos Ambientais, a alínea “C” e
itens, estabelecendo a obrigatoriedade da elaboração de Mapas de Riscos Ambientais nas Empresas
cujo grau de risco e número de empregados demandem a constituição de Comissão Interna de Pre-
NO SITE
venção de Acidentes - CIPA, conforme quadro I da NR 5, aprovada pela Port. 3.214/78, que passa a
A Portaria DNSST no 5, de
vigorar com a seguinte redação:
17 de agosto de 1992, está
9.4. Caberá ao empregador: disponível no ambiente
c) realizar o mapeamento de riscos ambientais, afixando-o em local visível, para informação aos tra- virtual de aprendizagem
balhadores conforme abaixo: Tekne.
1 - o Mapa de Riscos será executado pela CIPA, através de seus membros, depois de ouvidos os traba-
lhadores de todos os setores produtivos da Empresa, e com a colaboração do Serviço Especializado
em engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT da empresa, quando houver (...).

107
Em dezembro de 1994, o Ministério do Trabalho e Emprego publicou a Portaria nº 25 que, em seu
NOO SSITE artigo 1º, aprovou o texto atual da NR 9. Em seu corpo, a Portaria 25 incluiu o Anexo IV – Mapa de
A Portaria no 25, de 29 de Riscos –, no qual estão descritas orientações sobre a elaboração do mapa de riscos ambientais e
dezembro de 1994, está também a classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos, de acordo com a sua nature-
disponível no ambiente za, e a padronização das cores correspondentes. A Tabela I do Anexo IV da Portaria no 25 classifica
virtual de aprendizagem os riscos em cinco grupos, detalhados a seguir (BRASIL, 1994b).
Tekne.

Classificação dos riscos ocupacionais

Grupo 1 - Riscos físicos (verde)


Ruídos: Provocam cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição (surdez temporária,
ATENÇÃO surdez definitiva e trauma acústico), aumento da pressão arterial, problemas no aparelho digesti-
A não elaboração e não vo, taquicardia, perigo de infarto.
afixação do mapa de
riscos ambientais nos Vibrações: Geram cansaço, irritação, dores nos membros, dores na coluna, doença do movimento,
locais de trabalho acarreta artrite, problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos moles, lesões circulatórias.
aplicação de multas pela
fiscalização do trabalho Radiações ionizantes: Provocam alterações celulares, câncer, fadiga, problemas visuais, acidentes
nos termos previstos do trabalho.
na NR 28 da Portaria nº
3.214/78 (BRASIL, 1978a) Radiações não ionizantes: Causam queimaduras e lesões na pele, nos olhos e em outros órgãos.
e portarias do Ministério
Frio: Leva à taquicardia, aumento da pulsação, cansaço, irritação, fadiga térmica, prostração térmi-
do Trabalho e Emprego.
ca, choque térmico, perturbação das funções digestivas, hipertensão.

Calor: Provoca os mesmos sintomas do frio.

Pressões anormais: Ocasionam embolia traumática pelo ar (narcose por nitrogênio), intoxicação
por oxigênio e gás carbônico, doença por descompressão.

Umidade: Gera doenças do aparelho respiratório, da pele e da circulação, além de traumatismos


por quedas.

Iluminação (inadequada): Ocasiona fadiga, problemas visuais, acidentes do trabalho.

Grupo 2 - Riscos químicos (vermelho)


Poeiras: São produzidas mecanicamente por ruptura de partículas maiores.
Técnico em Segurança do Trabalho

Fumos: São partículas sólidas produzidas por condensação de vapores metálicos.

Névoas: São fumaças produzidas por combustão incompleta, como a liberada pelos escapamen-
tos dos automóveis, que contêm monóxido de carbono; são contaminantes ambientais e represen-
tam riscos de acidentes à saúde.

Neblinas: São partículas líquidas produzidas por condensação de vapores.

Gases: São dispersões de moléculas que se misturam com o ar.

108
Vapores: São dispersões de moléculas no ar que podem se condensar para formar líquidos ou
sólidos em condições normais de temperatura e pressão.

Substâncias compostas: Existem milhares de substâncias compostas, geradas pela combinação PARA SABER MAIS
de mais de 100 elementos químicos. Conheça a tabela de
elementos químicos
Produtos químicos em geral: Todos os produtos químicos considerados perigosos à saúde de acessando o ambiente
o
acordo com a Convenção n 170 da OIT (ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO, 1990). virtual de aprendizagem
Tekne.

Grupo 3 - Riscos biológicos (marrom)


Vírus: São pequenos agentes infecciosos (20-300 ƾm de diâmetro) que apresentam genoma cons-
tituído de uma ou várias moléculas de ácido nucleico (DNA ou RNA), as quais possuem a forma de
fita simples ou dupla. Os vírus são capazes de infectar todos os tipos de seres vivos e representam
a maior diversidade biológica do planeta.
NO SITE
Bactérias: São microrganismos unicelulares, desprovidos de envoltório nuclear e organelas mem-
Você encontra o texto da
branosas. Geralmente são microscópicas ou submicroscópicas (entre 0,2 e 30 ˜m). Podem ser en- o
Convenção n 170 da OIT
contradas na forma isolada ou em colônias e viver na presença de ar (aeróbias), na ausência de ar no ambiente virtual de
(anaeróbias) ou, ainda, ser anaeróbias facultativas. Estão entre os organismos mais antigos, com aprendizagem Tekne.
evidências encontradas em rochas de 3,8 bilhões de anos.

Protozoários: São microrganismos unicelulares divididos pela biologia em quatro grupos, de


acordo com o seu meio de locomoção. Os ciliados se locomovem na água mediante o batimento
de cílios numerosos e curtos; os flagelados utilizam o movimento de um único e longo flagelo; os
rizópodos utilizam pseudópodos (“falsos pés”), moldando a forma do seu próprio corpo para se
locomover; e os esporozoários não possuem organelas locomotoras nem vacúolos contráteis.

Fungos: Pertencem a um reino separado das plantas, dos animais e das bactérias (estão mais
próximos dos animais do que das plantas). A maioria dos fungos não é vista a olho nu por seu
tamanho muito pequeno. Eles normalmente são vistos quando frutificam como cogumelos ou
como bolores.

Parasitas: São organismos que vivem em associação com outros dos quais retiram os meios para
a sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro, no processo conheci-
do como parasitismo. Todas as doenças infecciosas e as infestações dos animais e das plantas são
causadas por parasitas. O efeito de um parasita no hospedeiro pode ser mínimo, sem afetar suas
funções vitais, como é o caso dos piolhos, ou até causar a sua morte, como ocorre com muitos vírus
e bactérias patogênicas.

Bacilos: São organismos unicelulares responsáveis por infecções como tétano, botulismo, cólera,
coqueluche, difteria, shigelose e outras. DEFINIÇÃO
Trabalho pesado é “[...]
Grupo 4 - Riscos ergonômicos (amarelo) qualquer atividade que
exija um grande esforço
Esforço físico intenso: Resulta de atividade desenvolvida pelo trabalhador durante a jornada de físico, caracterizado por um
trabalho que exige grande esforço físico ou trabalho pesado, o que deve ser evitado, pois pode consumo elevado de energia
gerar danos físicos e psicológicos. e severa pressão no coração
e pulmões.”. (GRANDJEAN,
1988, p. 363).

109
Levantamento e transporte manual de peso: É uma das formas de trabalho mais antigas
e comuns, sendo responsável por muitas lesões e acidentes do trabalho. Essas lesões, em sua
grande maioria, afetam a coluna vertebral, mas também causam outros males, como a hérnia
escrotal. Todo trabalho que exige levantamento e transporte de peso deve seguir as recomen-
dações e os parâmetros da NR 17 para não comprometer a saúde e a segurança do trabalhador.
Os limites de peso estabelecidos pela Consolidação das Leis do Trabalho são: para homens – 60
kg; para mulheres e trabalhadores menores de 18 anos quando realizam trabalhos contínuos
– 20 kg; para mulheres e trabalhadores menores de 18 anos quando realizam trabalhos ocasio-
nais – 25 kg.

Exigência de postura inadequada: Geralmente ocorre quando o trabalhador é obrigado a exer-


cer suas atividades em máquinas projetadas sem considerar a ergonomia e em postos de trabalho
mal projetados. A má postura gera fadiga, dores corporais, LER, DORT e afastamentos do trabalho.
A má postura produz consequências danosas ao trabalhador quando ele executa trabalho estático
(exige que o trabalhador permaneça parado por muito tempo), atividades que exigem muita força
e tarefas que requerem posturas incorretas (pernas dobradas, braços levantados, corpo curvado,
entre outras).

Controle rígido de produtividade: Impõe riscos físicos e psicológicos ao trabalhador e gera es-
tresse.

Imposição de ritmos excessivos: Quando a carga de trabalho supera a capacidade do emprega-


do e ele não consegue modificá-la, ocorre o aumento do número de acidentes de trabalho.

Trabalho em turno e noturno: São fatores que geram doenças (causadas pela diminuição da me-
latonina e cortisol) e instabilidade emocional no trabalhador (estresse), uma vez que ele não con-
segue uma boa qualidade de sono, o que leva a um aumento no risco de ocorrência de acidentes
de trabalho.

Jornadas de trabalho prolongadas: A duração normal da jornada de trabalho pode ser acres-
cida de, no máximo, duas horas, desde que previamente acordado por escrito com o emprega-
do ou mediante acordo coletivo, também conhecido como horas extras. Um período superior a
esse aumenta bastante a possibilidade de ocorrência de acidentes em razão de desgaste físico
e emocional.

Monotonia e repetitividade: Levam à baixa produtividade e a problemas físicos e psíquicos.

Outras situações causadoras de estresse físico e ou psíquico têm de ser analisadas e eliminadas ou
amenizadas, pois, segundo Sivieri (1996), podem gerar :

 alexitimia (estado psicológico que se caracteriza pela incapacidade de discriminar e mani-


Técnico em Segurança do Trabalho

festar emoções; dificuldade de expressar sentimentos tomando por físicas as manifestações


emocionais);
 estresse (estado de saturação por desgaste constante no trabalho que tem como principais
sintomas lentidão para resolver questões, cansaço, insônia e ansiedade aumentada).
 baixa autoestima (estado psicológico que se caracteriza pelo sentimento de inadequação,
incapacidade, culpa e autodepreciação).

110
Grupo 5 – Riscos de acidentes (azul)
Arranjo físico inadequado: Não permite a integração entre o trabalhador e o equipamento. O
rendimento da produção é prejudicado e provoca cansaço e desgaste pela necessidade constante
de deslocamentos. Os riscos de acidentes aumentam bastante (NR 12).

Máquinas e equipamentos sem proteção: Oferecem grande risco aos operadores e às pessoas
que circulam ao seu redor (NR 12).
DEFINIÇÃO
ÇÃO
Ferramentas inadequadas ou defeituosas: Provocam diversos tipos de acidentes (NR 12). O triângulo do fogo é uma
representação dos três
Iluminação inadequada: Diminui o rendimento das pessoas e provoca doenças profissionais. elementos necessários para
Transforma o ambiente de trabalho em um local sombrio, o que pode levar a problemas psíquicos iniciar uma combustão:
nos trabalhadores (NR 12). combustível (p. ex.,
madeira, gasolina, propano,
Eletricidade: Para trabalhar com eletricidade, é necessário passar por um treinamento, não sendo magnésio), comburente
permitido a pessoas não treinadas realizar esse tipo de atividade. Existem muitos riscos envolvidos (normalmente o oxigênio do
no trabalho com eletricidade, os quais podem provocar acidentes, como choque elétrico, explosão ar) e fonte de ignição (p.
elétrica e queimaduras por eletricidade, resultando em graves lesões ou mesmo em morte. ex., cigarros, instalações
elétricas, faíscas, maçarico,
Probabilidade de incêndio ou explosão: Medidas de prevenção que atuem sobre um ou mais eletricidade estática, reações
dos componentes do triângulo do fogo são necessárias para evitar o início do incêndio ou da exotérmicas).
explosão. Sistemas de detecção e alarme sonoros destinados a avisar rapidamente a existência de
um incêndio precisam fazer parte das medidas de segurança para possibilitar a extinção rápida e a
evacuação do pessoal do local de trabalho.

Armazenamento inadequado: Os materiais devem ser armazenados e estocados de modo a não


prejudicar o trânsito de pessoas e de trabalhadores, a circulação de materiais, o acesso aos equipa-
mentos de combate a incêndio e a entrada e saída de portas ou saídas de emergência, além de não
provocar empuxos ou sobrecargas nas paredes, lajes ou estruturas de sustentação maiores do que
o previsto em seu dimensionamento. IMPORTANTE
Além das situações de risco
Animais peçonhentos: Animais peçonhentos são aqueles que produzem substância tóxica e descritas neste capítulo,
apresentam um aparelho especializado para a inoculação dessa substância, que é o veneno. Esses há ainda outras que podem
animais possuem glândulas que se comunicam com dentes ocos, ferrões ou aguilhões, por onde o contribuir para a ocorrência de
veneno passa ativamente. acidentes, e todas devem ser
tratadas preventivamente.

Outros riscos
Gerenciamento de riscos
Alguns autores sinalizam que os cinco grupos de riscos descritos na NR 9 já não são suficientes para
englobar os riscos identificados posteriormente por serem fruto da evolução da sociedade e do
próprio desenvolvimento econômico. Os riscos não contemplados na verdade sempre existiram,
mas não eram considerados porque não ocorrem no ambiente produtivo, e sim em decorrência
dele, no entorno da organização produtiva e na vida do trabalhador. São os fatores sociais e am-
bientais.

Fatores sociais: Decorrem das condições de vida dos trabalhadores, como o transporte (ida e vin-
da do trabalho), a alimentação (durante o período de trabalho e fora dele), o lazer (necessidade de
capítulo 7

convivência com a família e amigos) e a moradia (propriedade do imóvel ou despesa com aluguel
e ambiente de criação dos filhos), entre outros.

111
Fatores ambientais: Correspondem aos riscos gerados pelo processo produtivo no ambiente ex-
terno à empresa, como a liberação de rejeitos sólidos e resíduos líquidos, a instalação de dutos e
o transporte de produtos e materiais, atividades que prejudicam a vida dos seres humanos e tam-
bém da fauna e flora.

Desenhando o mapa de riscos ambientais


O desenho do mapa de riscos é feito após o mapeamento dos riscos. Os riscos indicados podem ser
exclusivos do processo produtivo ou do ambiente em que se realizam os trabalhos, de forma que
as pessoas que transitam pelo local consigam conhecer e identificar os riscos com um simples olhar
NOO SSITE
TE
Acesse o ambiente virtual
para o mapa, que deve estar afixado em locais de acesso ao ambiente.
de aprendizagem Tekne Para ter certeza de que o mapeamento dos riscos ambientais foi feito adequadamente e contem-
para conhecer um modelo
plou todos os aspectos relacionados aos riscos, é recomendado solicitar aos funcionários das áreas
de questionário aplicado
que preencham um questionário complementar, o qual permitirá que se conheça a visão de cada
ao mapeamento de riscos.
trabalhador sobre os riscos existentes em suas atividades e área. O conjunto de respostas forne-
cidos nos questionários permite a checagem do mapeamento de riscos e a realização de ajustes
sobre aspectos de segurança que não haviam sido identificados.

Após tabular os dados obtidos nos questionários, a próxima etapa consiste em confrontá-los com
o mapeamento feito pelos especialistas e promover os ajustes necessários. É preciso classificar os
riscos seguindo uma legenda específica de cores e símbolos de riscos (Figura 7.3).

Cores utilizadas para identificar os tipos de riscos de acordo com seus agentes

Físicos Químicos Biológicos Ergonômicos Acidentes


(verde) (vermelho) (vermelho-escuro) (amarelo) (azul)

Tamanho dos Círculos utilizados para indicar o tamanhho do risco existente

Grande Médio Pequeno

Tipo de Tipo de Tipo de


5 risco 5 risco 5 risco
1 2 3

Figura 7.3 Cores e símbolos usados no mapeamento de riscos.


Técnico em Segurança do Trabalho

Quando os riscos são provocados por mais de um agente, isso é incluído no mapa de riscos am-
bientais conforme ilustrado na Figura 7.4. O círculo grande é utilizado e preenchido com as cores
indicativas dos riscos existentes. Dentro do círculo, coloca-se o número de trabalhadores sujeitos
ao risco. Quando um agente de risco afeta toda a área de trabalho, ele é representado e indicado
no centro do mapa de riscos, conforme ilustrado na Figura 7.5.

112
Dois agentes Três agentes Quatro agentes

Tipo de Tipo de
5 5 risco risco
Tipo de Tipo de Tipo de 5 Tipo de 9 5 5 10
risco 5 5 risco risco risco
4 5 6 Tipo de 7 Tipo de 5 5 Tipo de
risco risco risco
8 11 12

Preencha com as cores indicativas dos riscos existentes e o círculo no tamanho grande.
Indique dentro do círculo o número de trabalhadores sujeitos ao risco.

Figura 7.4 Representação para a existência de riscos provocados por mais de um agente.

Quando um agente de risco afeta toda a área de trabalho, ele deve ser representado e indicado no centro do
mapa de riscos com a seguinte representação:

60

Tipo de risco
13

Figura 7.5 Representação de um risco que afeta toda a área de trabalho.

DICAS
Para facilitar a elaboração do relatório a ser enviado pela CIPA para a diretoria da empresa, cada círculo do mapa de riscos
precisa receber um número. Caso o círculo represente mais de uma fonte geradora de riscos, para cada cor deve ser utilizado
um número. Isso possibilitará representar os círculos por números no relatório.

A relação dos riscos existentes no local de trabalho que será utilizada na tabulação dos riscos pode
erenciamento de riscos
ser feita em um formulário como o apresentado na Tabela 7.3. Em seguida, essa relação precisa ser
transferida para o desenho do mapa de riscos.

Tabela 7.3 Formulário para a relação dos riscos existentes no local de trabalho
Classificação
Relação dos riscos identificados
no ambiente de trabalho Especificação do
Pequeno Médio Grande
agente de risco

X X X X X

X X X X X
cap tulo

X X X X X

113
O mapa de risco da área, seção ou departamento deve ser feito utilizando as técnicas de desenho
de plantas de engenharia, respeitando as dimensões do local e as divisões e indicações de portas e
janelas. O desenho pode ser feito de maneira simplificada ou completo, com indicações de máqui-
nas, mesas e outros objetos instalados e definidos no a t da empresa.

DICA
Para fazer o a t, utilize as ferramentas de desenho no Word ou PowerPoint, que premitem inserir linhas, círculos e
semicírculos, bem como escolher o tamanho e a cor.

Depois de elaborado o mapa de riscos da empresa e de áreas e setores, é preciso emitir o relató-
rio para a diretoria da empresa apontando os riscos encontrados. A empresa terá 30 dias após o
recebimento para manifestar-se. O relatório é feito por área, seção e departamento, contendo as
planilhas dos riscos encontrados em cada um deles.
NOO SITE
S O relatório pode ser um formulário como o apresentado na Tabela 7.4, devendo ser preenchido um
No ambiente virtual de formulário para cada tipo de risco. No relatório são considerados os seguintes aspectos:
aprendizagem Tekne você
encontra um e emplo  riscos existentes (riscos baseados na NR 9, de acordo com o grupo de riscos);
de mapa de riscos para
 fonte geradora (causa do problema);
uma pe uena empresa
de manu atura industrial  número no mapa (número(s) utilizado(s) para identificar os círculos no mapa de riscos;
desenvolvido con orme  proteção individual ou coletiva (indicar os EPIs e EPCs existentes e seu uso);
as orientaç es ornecidas
neste cap tulo.  recomendações (medidas sugeridas para eliminar ou controlar os riscos existentes).

Tabela 7.4 Relatório de riscos levantados pela CIPA


Área, departamento, setor:
Número de funcionários X Masculino X Feminino X Total X
GRUPO DE RISCO (1, 2, 3, 4, 5) – Descrição (físicos, químicos, biológicos, ergonômicos, acidentes)
Riscos existentes Fonte geradora Nº no mapa Proteção individual e coletiva Recomendações
X X X X X
X X X X X
X X X X X
Técnico em Segurança do Trabalho

X X X X X

Uma cópia do relatório com protocolo de entrega à diretoria fica em poder da CIPA, e a resposta da
diretoria é cobrada depois de decorrido o prazo de manifestação, uma vez que os mapas precisam
ser afixados nos locais de trabalho, e as alterações sugeridas negociadas. As negociações e os pra-
zos acordados entre a CIPA, o SESMT e a empresa são registrados no livro de atas da CIPA.

114

Você também pode gostar