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QUEIXA-CRIME
com fulcro nos artigos 30, 41 e 44, todos do Código de Processo Penal, pelo
procedimento , com base no artigo 61 da Lei 9.099/95, bem como nos
artigos 100, § 2° 140, ambos do Código Penal, em face de (NOME DA QUERELADA)
(SOBRENOME DA QUERELADA), (nacionalidade), (estado civil), (profissão),
portador do RO de N° , orgão expedidor: e inscrito no CPF de N°
. - e-mail: , residente e domiciliada na
Rua , N° bairro , CEP . - , cidade: /UF:
pelos seguintes fatos e fundamentos jurídicos a seguir aduzidos:
1. DOS FATOS:
Transcrever os fatos narrados cronologicamente.
2. DO DIREITO:
2.1. DA INJÚRIA:
Excelência, em conformidade com os fatos já narrados nessa queixa-crime, é sabido que
a Demandada incorreu nos crimes tipificados no código penal nos artigos 140,
respectivamente, Injúria, senão vejamos:
Art. 140 — Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o
decoro:
Pena — detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Tal tipo penal é conceituado por Cezar Roberto Bitencourt como sendo:
Injuriar é ofender a dignidade ou o decoro de alguém. A injúria, que é a expressão da
opinião ou conceito do sujeito ativo, traduz sempre desprezo ou menoscabo pelo
injuriado. É essencialmente uma manifestação de desprezo e de desrespeito
suficientemente idônea para ofender a honra da vítima no seu aspecto interno. (Tratado
de Direito Penal, Parte Especial 2, Dos Crimes Contra a Pessoa, Ed. Saraiva, 12.
ed. —
2012, São Paulo, páginas. 839-840/864.)
Da mesma forma a Querelada cometeu o crime de Injúria, uma vez que ofendeu sua
dignidade e decoro através dos vocábulos "xxxxx " e "xxxxxxxxxx".
Termos em que,
pede deferimento.
Advogado
OAB xxxxx
ROL DE TESTEMUNHAS:
Prática III
Caso Concreto:
Caio, que tem seu desafeto Mévio, com o intuito de caluniá-lo, resolve posta( na página do
seu facebook no dia 20 de fevereiro de 2018 o seguinte texto:
Mévio, ao saber das postagens, que em poucos minutos causou bastante repercussão,
efetuou "print" de toda pastagem, comprovando o fato e a autoria. Em posse de tais
documentos, Mévio lhe procura hoje para que possa ingressar com uma ação criminal. Dessa
forma, redija a peça processual cabível.
Cstacio
ALCÂNTARA
São crimes praticados contra a honra. O que eu penso de mim é considerado (honra
subjetiva), o meu sentimento de reputação, sentimento de autoestima. O que os outros
pensam de mim, é a honra objetiva.
Para calunia eu preciso de fato definido como crime, e essa imputação precisa ser
falsa.
Difamação, nela há atribuição de um fato, mas esse fato não é crime, mas um fato
desonroso. Honra ou desonra é subjetiva. Alguém disse que sou adultero. Agora, como na
difamação não imputo a mera prática de ato desonroso, a preservação da privacidade, o
interesse privado prepondera sobre interesse público na descoberta daquele fato, pouco
importando se o fato é verdadeiro ou falso.
A calúnia é a imputação falsa. Então quer dizer que só haverá calúnia se a imputação
for falsa, pois há um interesse público em saber se a imputação for verdadeira, para punir o
agente criminoso. Portanto, é possível ao autor da suposta calúnia, provar nos autos a exceção
da verdade, tendo 3 "exceções da exceção" da verdade: A) quando o caluniado for Presidente
da República ou chefe de governo estrangeiro, ainda que seja verdade, não se admiti a
exceção da verdade: the king cant do no wrong. B) quando aquela acusação lançada, a pessoa
acusada for absolvida por sentença irrecorrível. C) For crime de ação penal privada, não há
sentença condenatória ainda.
ALCÂNTARA
A retratação é desdizer o que foi dito (desfalar). É possível apenas na calunia e
difamação. A injuria é sua autoestima. A retratação extingue a punibilidade nos crimes (CD).
Denunciação caluniosa está prevista no Art. 339 do CP. Ação penal é pública
incondicionada.
CASO CONCRETO 2
"A", em forte discussão com sua esposa, chega e diz: Você é uma pessoa com
sentimento muito complicada, e que não consigo mais confiar, pois descobri que você se
dedica a prática do amor. "A" não só fala, mas como também traz dados que comprovam seus
argumentos. E com isso termina o casamento. A esposa lhe procura, dizendo que foi muito
humilhada, diante do ocorrido e deseja processar criminalmente o seu ex, "A". Qual solução
daria para a esposa? Em caso de tipificar como crime, qual peça processual cabível?
PROCURAÇÃO
Outorgado: ADVOGADO (A), brasileiro (a), inscrito (a) na OAB/UF sob n° XXX.
XXX, com escritório profissional na Rua TAL, n° 123, bairro, Cidade-UF, CEP:
00.000-000, onde o (a) outorgado (a) deverá receber quaisquer correspondências e/ou
notificações referentes ao presente feito
Assinatura outorgante
Qual diferença entre norma e lei?
Segundo Hassenes, o legislador cria um número cada vez maior de tipos penais sem a
preocupação concreta de que eles sejam aplicáveis. Faz-se com isso a defesa de certos
símbolos, entre os quais o de que a criação de uma lei na qual esteja prevista uma pena
criminal tem o condão de reforçar o sentimento de segurança das pessoas. Para Hassenes, isso
se chama governar através do crime, sem que haja uma preocupação concreta com a redução
da criminalidade.
I - Não pode o julgador, por analogia, estabelecer sanção sem previsão legal, ainda que
para beneficiar o réu, ao argumento de que o legislador deveria ter disciplinado a
situação de outra forma.
II - Em face do que dispõe o § 4" do art. 155 do Cádioo Penal. não se mostra possível
aplicar a majorante do crime de roubo ao furto qualificado.
III - O aumento da pena em função da reincidência encontra-se expressamente prevista
no art. 61, I, do CP, não constituindo bis in idem.
IV - Ordem denegada.
Princípio da especialidade: resolve o conflito aparente pelo confronto das duas normas
em abstrato, isto é, uma das normas apresentará elementos especializantes que afastam a
norma geral.
Princípio da subsidiariedade: por este principio sempre que um delito for meio regular
necessário para alcançar outro ele será absorvido pelo crime principal, tal hipótese
pode-se dar de maneira expressa ou tácita, Ex: crime tentado x consumado e crime de
perigo x crime de lesão mais grave.
No processo penal, vigora como regra, teoria do resultado, Art. 70 caput, do CPP.
A conduta foi praticada na véspera em que a lei penal incriminadora nova entrou em
vigor. A decorrência logica do principio da legalidade é que a lei que vem depois não
pode retroagir.
Art. 5°, XL- Principio da irretroatividade da lei penal. A irretroatividade maléfica é
consequência do principio da legalidade ou da reserva legal (para aqueles que fazem a
diferença). *Há autores que fazem a diferença e outros não.
Portanto, podemos depreender que a regra é a não retroatividade (irretroatividade) da
ler gravior e a extra atividade (retroatividade ou ultra atividade) da lei penal in minus
(ler mitior ou novatio legis 117 mel/bis).
Art. 1° CP- reforça o principio da legalidade ou reserva legal previsto na CF.
Ex: pessoa pratica trafico no ano 2000, na vigência da lei anterior de pena menor. Foi
denunciado pelo tráfico na vigência da lei nova, que prevê a possibilidade de trafico
privilegiado (causa de diminuição de pena).
Art. 12 da Lei 6368 c/c art. 330° da Lei 11343/09. Combinação de leis penais no
tempo, uma retroagindo e outra ultra agindo.
9. 501 STJ- É cabível a aplicação retroativa da Lei il. 11.343.2006, desde que o
resultado da incidência das suas disposições, na integra, seja mais favorável ao réu do
que o advindo da aplicação da Lei H. 6.3681976, sendo vedada a combinação de leis.
TEORIA DA CONDUTA:
Direito Penal moderno foi todo estruturado a partir da noção de conduta (ação).
Segundo Roxin, isto ocorreu porque sendo o crime um comportamento humano, a
conduta seria a base sobre a qual se assentaria não apenas a responsabilidade penal, mas
toda a teoria do delito. Nulhm crime!i sitie amdutcla- se não há conduta não há direito
penal. A teria da conduta é importante pois a partir de suas teorias há modelos de direito
penal totalmente diferentes. A adoção de determinada teoria da conduta gera
concepções diferentes do direito penal.
Ao longo da legislação há situações em que estão presentes a conduta ou não, de acordo
com a teoria usada.
PRÉ-CAUSALISMO:
Nos momentos anteriores ao surgimento da Teoria Causalista, primeira grande teoria a
estruturar um conceito de conduta a partir do qual toda teoria do delito será
desenvolvida, poucos autores trabalhavam com a noção de conduta. Assim, para
Feuerbach (elaborou a Teoria da Coação Psicológica- se ameaçar o homem com uma
sanção ele muda de comportamento. Base da razão.de ser do direto penal de ameaçar
com sanção para evitar comportamentos) o crime era a ação contrária ao direito do outro
para qual se cominava uma pena na lei penal.
Na mesma linha seguia Carrara, que afirmava ser o crime uma relação de contradição
entre um ato do homem e a lei. Nos dois autores clássicos não se encontrava um
conceito de conduta que fosse objeto de estudo dogmático. Nesse tempo, começo do
sec. XIX, a atribuição de responsabilidade penal a um agente dependia da junção
daquilo que se denominava de impulacio.fad e imputado buis.
A primeira correspondia a verificação de uma ligação física do sujeito com o resultado e
a presença de um vinculo mental entre sujeito da ação e o resultado. A imputacio iuris
correspondia à contrariedade do fato com o ordenamento. Somente em 1821 Hegel
desenvolve o primeiro conceito de ação a ser aplicado no direito penal, abrindo espaço
para o surgimento de todas as teorias que lhe foram posteriores. Para Hegel, ação era
expressão da vontade como subjetiva ou moral.
TEORIA CAUSAL —
Sustentava-se, Von Litz e Beling, que ação era apenas uma conduta positiva,
movimentação corpórea sem vontade e consciência e sem culpa, pois estes eram
elementos da culpabilidade.
TEORIA NÉO-CLASSIC A
Para Melhorar a teoria causal, passou-se a dizer que a conduta seria uma ação ou
omissão, mas que o dolo e culpa ainda eram elemento da culpabilidade. Não justificava
os crimes com culpa inconsciente (quando o agente não prevê que o resultado possa
acontecer, por negligência, imprudência ou imperícia, há uma violação do dever legal
de cuidado).
TEORIA DA AÇÃO SOCIAL
Essa teoria era baseada que o crime seria dito a partir do que a sociedade entenderia
sobre aquele comportamento humano Essa teoria entende a ação como conduta
socialmente relevante. (Criada por SCHIMIDT).
FUNCIONALISMO
Trabalha com a ideia de que o direito penal está ligado a política criminal. Claus Roxim
criou o funcionalismo moderado. Ele não analisa uma conduta individual, mas sim
como o direito pode ser ajudado ou ajudar as políticas criminais. Jackobs criou o
funcionalismo, junto com Niklas Luhmann, não só o conceito de crime, mas de todo o
direito penal, o que acabou por ser "DIREITO PENAL DO INIMIGO". Esse Direito é o
ato de o Estado dar tratamento diferente àquele indivíduo, punindo-o de maneira mais
severa, pois o Poder Público gastaria mais com ele do que com os outros indivíduos da
população que cumprem a lei. Por fim, o que se extrai é que ele não deveria ser tratado
como pessoa. Essa visão fere o Estado Democrático de Direito. Dessa forma, diz-se que
o direito penal do inimigo não é direito nenhum. Funcionalismo dá ideia de o direito ser
visto como um sistema entrelaçado.
FINALISMO
Segundo Weltzel, a ação humana é dirigida a uma finalidade. O dolo e culpa não são
elementos da culpabilidade. Dolo seria vontade + consciência. Dolo é elemento
normativo do tipo. Para ele, FERNANDO GALVÃO, dolo não se confunde com a
vontade, pois o agente pode ser vontade e não ter dolo. O exemplo seria uma conduta
pratica por erro. Essa teoria adotou a RATIO COGNOSCENDI.
Essa teoria explica que ilicitude e tipicidade são coisas distintas embora tenham relação
de interdependência, uma vez que quando houver fato típico, poderá haver a ilicitude,
Art. 23 CP (teoria da indiciariedade).
A teoria da RATIO ESSENDI não separa o fato típico da ilicitude.
O código adotou a teoria do assentimento para o dolo, uma vez que assentir é assumir o
risco de produzi-lo.
1- Qual a diferença entre norma e lei penal?
4- A, sem saber da existência de 13, ambos com intuito de matar C, colocam veneno em
pó na bebida de C para que ele morresse. Ocorre que, ao beber, C morre. No exame
cadavérico, descobre-se que na bebida de C havia talco e também veneno, ou seja,
descobre-sequei agente colocou talco, substancia inofensiva e o outro veneno, o que
causou a morte. Diante dos fatos, tipifique a conduta dos agentes.
10-Eu, estaciono o carro. Não aperto o freio de mão. Saio do carro, e começo a caminhar
para um determinado local. Ao me virar, vejo que meu veículo está descendo e acaba
por causar lesão corporal. O MP denunciou como incurso nas penas do Art. 303 do CTB
por praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor. Foi correta a
capitulação?
11-A lesão corporal e a morte no CTB violam o princípio da proporcionalidade com relação
aos mesmos tipos penais referentes no CP?
15-A falsifica documento e obtém a vantagem devida. É descoberto logo após com todos
os elementos que comprovam os seus atos. O MP denunciou A pelo crime de
falsificação de documento e estelionato. Foi correto?
estaco
ALCÂNTARA
Prática III
Aula 2
Abolitio criminis - Extingue-se o próprio tipo penal, tornando-se atípico a conduta praticada. O
artigo 28 da lei 11.343 houve abolitio? Não, o que houve foi a descarceirização e não
descriminalização.
Causa impeditiva de prescrição — Art. 116 do CP. Verificar o Art. 366 do CPP c/c súmula 415
c/c 438 ambos do STJ. ,. •
COMPETÊNCIA
Competência relativa —Territorial e prevenção. Competência em razão da matéria — Art. 69, III
c/c 74 do CPP e, c/c 121 da CRFB, e o Art. 35 da lei 4737 que fala da Justiça Eleitoral.
Justiça comum — Art. 125, §32 da CRFB. O militar e civil que cometem crime militar serão
julgados na justiça militar, Art. 124 CRFB. (Ratione Materiae). O art. 125 da CRFB é apenas as
pessoas militares.
Estácio
ALCÂNTARA
Crime militar é aquele definido no Art. 9 do COM, no exercício de sua função ou praticado
contra bens de força militar. O Art. 9, §ú — todo crime militar doloso contra vida vai para
justiça comum (júri).
A competência da justiça federal é descrita no Art. 109, IV da CRFB c/c as súmulas 62, 147 e
165 ambas do STJ.
Identidade falsa —Súmula 546 do ST1 - A competência para processar e julgar o crime de uso
de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o
documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor.
CPF — a competência via de regra é estadual. Tem que olhar para a finalidade do agente. Por
exemplo, caso seja para sonegar imposto de renda, a competência será da justiça federal.
Está previsto no Art. 109, XI? Ele hão morreu porque era índio, não é o fato de ser índio, mas
sim se tiver motivação de interesse do povo indígena. Art. 109, XI da CRFB.
Crime doloso contra vida — Homicídio, infanticídio, aborto e suicídio. Latrocínio é vara
criminal, e não do júri.
Jecrim — A constituição limitou o Jecrim. Crime e contravenção será sempre quando não
ultrapassar 02 anos, mas a sua criação é pela lei 9099.
A constituição deu certos tribunais a competência originária para julgar determinados Réus.
Ti- Art. 96, III, 29,IX e 125,§1@ CERJ. Tribunal é colegiado, sendo julgamento qualificado.
Deputado Estadual — Art. 27,§1} c/c 61 da CERJ. Deputado estadual que pratica doloso contra
vida é julgado no júri? A prerrogativa de função decorre exclusivamente de constituição
estadual, Súmula 721 do STF aplica-se ao deputado Estadual? Não, inteligência do Art. 27,§1
da CRFB.
Competência interna — Art. 70— teoria do resultado ou do último ato praticado no caso de
tentativa.
Crime plurilocal — Cuja a conduta é em um local e o resultado em outro. Nesse caso é exceção
por uma melhor colheita de prova.
Relativa - É a competência territorial e prevenção. Prazo para requerer a relativa Art. 396-A do
CPP. A competência em razão da matéria e pessoa são absolutas. Pode ser reconhecida até a
Ali; Art. 400 do CPP.
Conflito de competência
2 juizes de julgam competentes ou incompetentes para a mesma causa. Quem irá dirimir esse
conflito será o Ti no qual são vinculados. Conflito entre MPE e MPF, aplica-se o Art. 102, I
CRFB.
Conexão — É ter um vinculo, um elo, duas ou mais pessoas ou crimes relacionados entre si. Ao
invés de separarmos, vamos reuni-los, Art. 76 do CPP.
Art. 76, III — Conexão probatória, quando a prova de um crime influencia na existência do outro
crime.
Continência- Art. 77 1— Duas ou mais pessoas praticam o mesmo crime. Art. 77- continência
objetiva. Art. 78 CPP é para debater em sala.
\k
Estado
ALCÂNTARA
Prática III
Professor: Rodrigo Drumond
Aula 3
Estácio
ALCÂNTARA
O fato será típico se o agente praticar uma conduta previamente prevista em lei
comissiva (ação) ou omissiva, dolosa ou culposa (quando prevista taxativamente em lei)
atingindo o bem jurídico-penal de forma significativa, pois o resultado jurídico
decorrente da conduta do agente (nexo de causalidade) somente será importante para o
direito penal se, e somente se, o bem jurídico-penal for atingido de forma relevante
(princípio da ofensividade).
Faltando qualquer desses elementos o fato será atípico e assim, com base no
inciso III do novo art. 397, o réu deverá ser absolvido sumariamente.
Estácio
ENSINO SUPERIOR DO IiRA.S‘
ALCÂNTARA
Concluindo, não é mais suficiente, para advogar na área criminal, fazer uma
defesa prévia padrão e, nas alegações finais, postular pela simples absolvição por falta
de provas.
O CPP, após as -mudanças da Reforma de 2008, espera um advogado que
efetivamente conheça o Direito Penal e Processual Penal.
Tais teses defensivas são ferramentas constitucionais prontas para trazer justiça
ao caso concreto.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE
(pular 10 linhas)
Tício, já qualificado nos autos da ação penal n° , que lhe move a Justiça Pública,
vem, por seu advogado que essa subscreve conforme procuração em anexo(não esquecer da
procuração), à presença de Vossa Excelência, oferecer:
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
com fundamento no artigo 396 e 396-A, pelos motivos de fato e de direito que passa a
expor:
I — DOS FATOS:
Conforme narrado na denúncia, o autor do fato, no dia xxx, por volta de xx horas,
estava no local tal... e teria praticado a conduta xxxx, uma vez que (contar o verbo ação
exatamente como narra a peça acusatória).
II - DO MÉRITO
IV — DO PEDIDO:
Diante do exposto, postula-se pela anulação do processo, ab initio (se houver tese de
nulidade), ou, caso não seja esse o entendimento de Vossa excelência, a absolvição sumária do
réu na forma do Art. 397, do CPP (enquadrar qual o inciso conforme a tese deduzida).
Caso Vossa Excelência assim no entenda, requer a intimação das testemunhas abaixo
arroladas, como medida de mais lídima justiça.
Rol de testemunhas:
Termos em que,
pede deferimento.
Local, data.
Advogado
OAB/xx
Estácio30
1,4.51, A
ALCÂNTARA
Prática III
Professor Rodrigo Drumond
Problemas aula 03
CASO 01
Tício foi a Manaus, comprou mercadorias na zona Franca e as trouxe dentro de
suas malas, com sua bagagem. Na alfandega, mencionou parcialmente as coisas que
trazia embora sem qualquer ardil na ocultação. A fiscalização apreendeu a mercadoria e
providenciou prisão em flagrante de Tido, que acabou sendo denunciado pelo crime de
descaminha O juiz recebeu a peça exordial e determinou citação de Tido. Você é
contratado para defende-lo.
a) Elabore a peça profissional cabível apta a resolver a situação de Ticio.
RESPOSTA
A peça deverá ser a resposta à acusação- Art. 396 —A do CPP.
Competência da Vara criminal justiça Federal
TESES
1 —o crime de descaminho previsto no artigo 334 do código Penal só é punido a
título de dolo e tido citou parcialmente que trazia mercadorias em suas bagagens,
sem qualquer ardil em sua ocultação.
2 — ademais, quando se trata de mercadoria produzida na zona franca de Manaus, a
sua saída para outros pontos do território nacional, sem o pagamento de tributos, não
constitui contrabando ou descaminho, por não se tratar de mercadoria estrangeiras,
mas nacional.
PEDIDO: DIANTE DO EXPOSTO, REQUER A ABSOLVIÇÃO SUNMÁRIA DO
ACUSADO, COM FULCRO NO ART. 397, III DO CPP, COMO MEDIDA DE
MAIS LÍDIMA JUSTIÇA.
CASO 02
Tício, no dia 20 de fevereiro de 2018 ao passar na rua x, no município x, por
volta de x horas, em um dia muito ensolarado, visando a subtração de um celular, que,
ao se deparar com Monica, entretida com o seu aparelho na rua, pois estava
conversando no whatsapp, subtrai o smartphone, que custa R$ 350,00. As câmeras da
calçada em que a vitima se encontrava, filmaram toda empreitada criminosa. A vítima
reconheceu o autor do fato.° MP ofereceu denúncia em face de Tício. O magistrado
recebeu a denúncia e mandou citar o acusado. Citado o acusado, esse o procura para que
elabore a peça cabível que finda o prazo no dia 08 de março de 2018.
João, foi preso em flagrante delito, pois no dia 10 de janeiro do corrente ano, por volta das 10
horas, fazendo uso de uma arma de fogo, tentou efetuar disparos contra seu vizinho Antônio.
Foi denunciado pelo representante do Ministério Público como incurso nas sanções do Art.
121, caput, c/c14, II, ambos do Código Penal, porque teria agido com animus necandi. Segundo
apurado na instrução criminal, uma semana antes dos fatos, o acusado, planejando matar
Antônio, pediu emprestada a uma colega de trabalho uma arma de fogo e quantidade de balas
suficientes para abastecê-las completamente, guardando-a eficazmente municiada. Seu filho, a
quem confidenciara o plano, sem que o acusado soubesse, retirou todas as balas do tambor do
revólver. No dia seguinte, conforme já esperava, João encontrou Antônio em um ponto de
ônibus, e, sacando a arma, acionou o gatilho diversas vezes, não atingindo a vitima, em face de
ter sido a arma, desmuniciada anteriormente. Dos autos consta o laudo devido à
complexidade dos fatos, o juiz concedeu as partes prazo de 5 dias para apresentação de
memoriais. Os memoriais da acusação foram oferecidos pelo representante do MP,
requerendo a pronuncia do acusado nos exatos termos da denúncia.
10 LINHAS
TíCIO, JÁ QUALIFICADO NOS AUTOS DA AÇÃO N2, QUE LHE MOVE O MINISTÉRIO PÚBLICO, POR
SEU ADVOGADO QUE ESSA SUBSCREVE, VEM, À PRESENÇA DE VOSSA EXCELÊNCIA, APRESENTAR
MEMORIAIS ESCRITOS
COM FUNDAMENTO NO ART. 403, §32 DO CPP, JÚRI FUNDAMENTAR COM BASE NOS ARTS.
403,§3 C/C 40411,5452 C/C 394,§52, TODOS DO CPP) PELAS RAZOES A SEGUIR EXPOSTAS:
DOS FATOS:
DO DIREITO
Ocorre que (argumentação conforme a sua tese defensiva) (mostrar no mundo jurídico onde está
a capitulação e descrever o artigo). Fundamentar porque não é crime, porque deve ser anulado o
processo e a partir de quando deve ocorrer essa anulação, porque deve ser tentativa, porque é
legitima defesa, porque está prescrito ou decaiu.
DOS PEDIDOS
1 opção — a anulação do processo ( todo ou a partir de tal momento (mencionar o ato viciado)
com fulcro no Art. 564, ver qual inciso, do CPP;
2- opção — a extinção da punibilidade dos fatos imputados ao réu, com fulcro no Art. 107, CP,
escolher os incisos;
3-opção — a absolvição do réu com fulcro no Art. 386, escolher os incisos, do CPP;
4 — opção — em caso de condenação, a fixação da pena base no mínimo legal, se não houver
circunstancia desfavoráveis, bem como a exclusão de agravantes e causas de aumento de pena;
(verificar o regime inicial fixado, Art. 32, até o Art. 42 CP) ou a substituição da pena privativa de
liberdade por: (verificar o Art. 43 ao 48 do CP);
1 opção- a impronuncia, com base no Art. 414 do CPP (colocar o fundamento pertinente)
2 opção — a absolvição sumária com fundamento no Art. 415 do CPP; colocar o inciso referente;
3 opção — desclassificação com base no Art. 419 do CPP ou no caso do Art. 413 do CPP.
4 opção — exclusão das qualificadoras ou causas de aumento de pena. (olhar o caso concreto).
Termos em que,
pede deferimento.
Local. data,
ADVOGADO
OAB/RJ xxxx
RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
Havendo prisão em flagrante, deve-se, antes de mais nada, analisar se a prisão é legal ou
ilegal.
Caso a prisão seja ilegal, a peça será o pedido de relaxamento de prisão em flagrante, com
fundamento no Art. 310, I do CPP, além do Art. 5, LXV da CRFB. O pedido de relaxamento,
portanto, tem como pressuposto uma prisão em flagrante ilegal, seja por vício material (não
havia situação de flagrância), seja por vício formal (irregularidades na confecção do auto de
prisão em flagrante, falta de entrega de nota de culpa e da comunicação à defensoria Pública).
Se, no entanto, após a custódia, é mantido preso em virtude de eventual preventiva, na qual
foi convertida, o que se deve combater é a preventiva.
Caso haja prisão em flagrante, ainda que não convertida em preventiva, as sem qualquer
ilegalidade, vale dizer, sem nenhum dos vícios apontados, o pedidó a ser feito é do de
liberdade provisória, nos termos do Art. 310, III, bem como no Art. 52, LXVI da CRFB. A lei
11.464/07 revogou a parte final do inciso II do Art. 22 da Lei 8072/90 que vedava a concessão
de liberdade provisória aos crimes hediondos e equiparados. Portanto, de acordo com a nova
disciplina, é possível a concessão de liberdade provisória sem fiança aos crimes hediondos
(embora a questão seja ainda controvertida nas cortes superiores).
Tem como pressuposto uma prisão temporária ilegal, ou seja, absolutamente proibida por lei.
Trata-se de hipótese de prisão temporária pela lei 7690, decretada no IP, que extrapola o
prazo estabelecido naquela lei, ou decretada em processo. Nesses casos, deve-se pedir ao juiz
o relaxamento da prisão temporária, com fulcro no Art. 5, LXV da CRFB.
Tem como pressuposto uma prisão preventiva ilegal, ou seja, absolutamente proibida por lei.
Trata-se de prisão preventiva decretada fora das hipóteses do Art. 313, como por exemplo um
crime culposo, ou cuja pena não exceda a 4 anos. Nesses casos, deve-se pedir ao juiz, o
relaxamento da prisão preventiva, Art.52, LXV da CRFB.
Tem como pressuposto uma prisão temporária desnecessária, ou seja, uma situação em que,
em tese, seria admissivel a sua decretação, mas em concreto não há necessidade cautelar
(periculum libertatis) que a justifique. É o caso de temporária decretada sem que haja
necessidade para as investigações, uma vez que o investigado sempre se prontificou a
colaborar, pois tem residência fixa, trabalha de carteira assinada, bons antecedentes e
identidade conhecida. Nesse caso, deve-se pedir a revogação da temporária, com fundamento
no Art. 12 Lei 7690.
Tem como pressuposto uma prisão preventiva desnecessária, ou seja, de situação em que, em
tese, seria admissivel a sua decretação, mas em concreto não há necessidade cautelar
(periculum libertatis) que a justifique. É o caso de preventiva decretada sem que esteja
presente qualquer fundamento do Art. 312 do CPP.
Assim, deve-se argumentar que, não estando presente qualquer razão que justifique a
restrição da liberdade, deve ser a preventiva revogada (nos termos do Art. 316 do CPP) ou caso
se entenda estar presente alguma necessidade de restrição cautelar, que seja substituída por
outra medida cautelar prevista no Art. 319 do CPP. Quanto aos crimes hediondos ou
equiparados, embora sejam inafiançáveis, não há qualquer impedimento para a substituição
da preventiva por outra cautelar.
EXERCÍCIOS DE REVISÃO PRÁTICA III
1-Sophia, dona de urna mina de esmeraldas, com medo de ser descoberta de seus crimes,
coagiu fisicamente o seu funcionário de nome "Rato", de forma que o sedou e, colocou seu
dedo no gatilho numa arma, e atirou contra um outro funcionário, para que tomasse apenas
um susto. A vítima foi lesionada seriamente, pois ficou incapacitada permanentemente para o
trabalho, por conta do tiro do "Rato". O MP soube da ocorrência do crime, investigou e chegou
à conclusão que Rato seria o autor desse crime, o denunciando por homicídio qualificado na
forma do Art. 129, §29, I do Código Penal. Oferecida a denúncia, o acusado respondeu à
acusação, e o juiz, posteriormente, após o tramite processual, marcou audiência de instrução e
julgamento. Na instrução, o magistrado observou a norma do Art. 400, e ao final, tendo em
vista a complexidade da causa, deferiu ao MP o prazo para os memoriais, que já foram
apresentados, e, após, à defesa. Assim, autos estão com carga para você, advogado da defesa.
3- "A", no dia 10 de janeiro de 2018, subtraiu, com uma arma de fogo, um iphone x de Maria.
A vítima, na delegacia, informou que o ladrão chegou, apontou a arma para ela e disse: Perdeu
piranha, passa esse iphone agora. Que o fez imediatamente, pois estava aterrorizada com o
fato. Que o ladrão saiu correndo. Logo após, ela começou a gritar, pega ladrão, e, três homens
apareceram com o meliante e seu telefone. Preso em flagrante, o juiz concede liberdade
durante o processo. Em 23 de abril, de 2018, a 13.654/18 altera os crimes de furto e roubo. Em
01 de maio do corrente ano o autor é denunciado pela prática do crime de roubo majorado
pelo uso da arma em até 2/3. O juiz recebe a denúncia, cita o acusado, que responde a
acusação, e após o oferecimento dos memorias pela acusação, o processo está com vistas para
você, advogado da defesa.
Egrégio Tribunal
Colenda Turma
Douta Procuradoria de Justiça
O Paciente foi denunciado com base nos preceitos contidos no artigo 157, § 2°, I e II do Código
Penal, crime de roubo qualificado. O douto juizo da a Vara Criminal de XX achou por bem ...
(conta o que o juizo fez sentença).
O paciente impetrou ação de “habeas corpus" para o respeitável Tribunal de Justiça, tendo sido
competente a Criminal do Estado de xx, em razão de... (contar os fundamentos do pedido do
HC e o pedido do referido remédio), Ex do pedido do HC: "...com a expedição do alvará de
soltura e pleito liminar, que foi indeferida..."
No presente recurso o paciente recorrerá tão-somente de (explicar o porquê está recorrendo no
ROC).
Nesse parágrafo, você irá fundamentar os motivos expostos no paragrafo anterior.
Falar porque o HC do TJ está equivocado, pois também é uma fundamentação. Deve-se mostrar
claramente porque o HC está errado ao não ser concedido e porque motivo estaria certo
concedendo.
PEDIDO:
Diante de todo o exposto e de tudo o mais que dos autos consta, requer a Essa Colenda Turma,
seja recebido, conhecido e provido, o presente apelo, após ouvida a douta Sub
Procuradoria de Justiça, para conceder a reforma in totum da respeitável sentença ora
recorrida, conforme requerido no h.c., impetrado em favor do recorrente, com a aplicação
da (o pedido dependerá de acordo com a sua tese). Não esquecer também desse pedido: "pois é
o seu direito. com a expedição do competente alvará de soltura em favor do réu, como medida
da mais verdadeira justiça.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, data.
Advogado
OAB-RJ
CASO 1
-A" foi denunciado pela crime de furto qualificado mediante fraude, pois no dia 25 de julho de
2018 subtraiu, mediante fraude um celular de R$ 600,00 reais de uma senhora na rua da feira,
Alcântara. O advogado foi constituído, e respondeu à acusação alegando o princípio da
insignificância, no qual foi rejeitado pelo juizo. Imediatamente impetrou um HC no tribunal
com fundamento de ter o acusado residência fixa, bons antecedentes e trabalho. O
Desembargador negou o pedido do HC sob o fundamento de ter o acusado 1 inquérito em curso
de mesma espécie criminosa, o que voltaria a delinquir, caso fosse solto.
Você, advogado da defesa, elabore o recurso cabível.
10 linhas
Ticio, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de
Vossa Excelência, nos autos da apelação n° OPOR EMBARGOS INFRINGENTES ou
EMBARGOS DE NULIDADE, ao venerando acordão que manteve a decisão recorrida, por 2
votos contra 1, com base no Art. 609, parágrafo único do Código de Processo Penal, dentro do
prazo legal.
Nesses termos, requer seja ordenado o processamento recurso, com razões incluídas.
Pede deferimento.
Local, data
OAB/xx
RAZÕES DOS EMBARGOS INFRINGENTES
EMBARGANTE: TíCIO
APELAÇÃO N2:
Colenda Câmara
ínclito desembargadores
Douto Desembargador
Opõem-se os presentes embargos, para que o voto vencido prevaleça, pelas razões a seguir
aduzidas:
DOS FATOS:
DO DIREITO
Ocorre que... (argumentação fundamentada no voto vencido. Muito cuidado, pois mesmo que
haja outros argumentos, os limites dos embargos infringentes ou de nulidade devem conter-se
estritamente sobre matéria tratada pelo voto divergente.
DO PEDIDO
DICA: Deixe bem clari que você quer que o voto vencido prevaleça.
Nesses termos,
pede deferimento.
Local, data.
OAB/
RESUMO
Como identificá-los: o problema descreverá situação em que um tribunal, por acórdão,
decidiu por maioria (decisão não unânime) em desfavor do réu. Os embargos infringentes são
cabíveis somente em julgamento de apelação, RESE ou agravo em execução. A peça não é
oponível contra decisão monocrática, afinal, o cabimento ocorre em julgamentos por maioria,
o que não se pode discutir quando alguém julga sozinho.
Lembre-se de que são dois recursos diferentes, pois os embargos infringentes versam
sobre o direito material e os embargos de nulidade sobre o direito processual.
a)Decisão de um tribunal.
c) Decisão não unânime de apelação, recurso em sentido estrito. Não são cabíveis
embargos infringentes e de nulidade no julgamento de habeas corpus, revisão criminal e
julgamento originário.
Deixe bem claro que você quer que o voto vencido prevaleça.
(OAB/SP — 1202 Exame de Ordem) A, com 21 anos de idade, dirigia seu automóvel em São
Paulo, Capital, quando parou para abastecer o seu veículo. Dois adolescentes, que estavam nas
proximidades, começaram a importuná-lo, proferindo palavras ofensivas e desrespeitosas. A,
pegando no porta-luvas do carro seu revólver devidamente registrado, com a concessão do
porte inclusive, deu um tiro para cima, com a intenção de assustar os adolescentes. Contudo, o
projétil, chocando-se com o poste, ricocheteou, e veio a atingir um dos menores, matando-o. A
foi denunciado e processado perante a 1.! Vara do Júri da Capital, por homicídio simples — art.
121, caput, do Código Penal. O magistrado proferiu sentença desclassificatória, decidindo que
o homicídio ocorreu na forma culposa, por imprudência, e não na forma dolosa. O Ministério
Público recorreu em sentido estrito, e a 1.2 Câmara do Tribunal competente reformou a
decisão por maioria de votos, entendendo que o crime deveria ser capitulado conforme a
denúncia, devendo A ser enviado ao Tribunal do Povo. O voto vencido seguiu o entendimento
dar. Sentença de 1.2 grau, ou seja, homicídio culposo. 0V. Acórdão foi publicado há sete dias.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local, data.
Advogado
OAB n9.
RAZÕES DE EMBARGOS INFRINGENTES
EMBARGANTE: A
Colenda Câmara,
Em que pese o notório conhecimento jurídico da Colenda Câmara Criminal deste Egrégio
Tribunal de Justiça, a reforma do venerando acórdão é medida que se impõe pelas razões de
fato e de direito a seguir expendidas:
I — DOS FATOS:
A, ora Embargante, foi denunciado como incurso nas penas do art. 121, caput, do Código
Penal, porque, irritado com a conduta de dois adolescentes, efetuou um disparo de arma de
fogo para o alto, assim agindo no sentido de assustar aqueles que julgou portarem-se de
maneira inconveniente. Efetuado o disparo, o projétil, após chocar-se com um poste,
ricocheteou e atingiu um dos jovens, sendo a lesão causa eficiente de sua morte.
A 12 Câmara deste Tribunal, por decisão não unânime, reformou a decisão recorrida, sendo
certo que o voto divergente entendeu que o Embargante deve ser processado por homicídio
culposo.
II — DO DIREITO:
Analisando o conteúdo dos autos, verifica-se a ter razão o julgador que proferiu o voto
vencido.
Pela dinâmica dos fatos, vê-se que o agente não agiu com a vontade direta e
consciente de produzir o resultado morte, diante do que não se pode falar em dolo direto. Não
há que se falar também em dolo eventual, vez que o Embargante não agiu assumindo o risco
de produzir o resultado lesivo.
III — DO PEDIDO:
Local, data.
Advogado
OAB n9.
EXERCÍCIO COMPLEMENTAR
Assim, proponha a peça processual cabível que julgar correta para a defesa de Agripino.
Tido, foi denunciado pela prática do crime de roubo majorado pelo uso da arma, Art. 157,§22)
do CP, uma vez que estava no local x, na hora x, e subtraiu, mostrando arma de fogo, um
iphone X. Em seguida, Tido saiu correndo, e logo após, questão de segundos, começou uma
perseguição para prendê-lo. Na perseguição, o meliante sumiu com a arma, sendo certa que
nunca fora encontrada, pois a jogou no rio, sem que ninguém percebesse. Meia hora depois, o
autor do fato foi apreendido. O acusado foi citado, e, encerrada a audiência do Art. 400 do
CPP, não houve requerimento de diligências. Tendo em vista ser o processo complexo, a
defesa requereu prazo para oferecer a peça cabível por escrito.
PROCESSO N9:
Y, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, por intermédio de seu
advogado (verificar o Art. 577 do CPP) que essa subscreve, nos autos que o Ministério Público
lhe move, vem, à presença de Vossa Excelência, inconformado com a respeitosa sentença de
fls. INTERPOR a presente
APELAÇÃO
Requer, após o recebimento, com razões incluídas, (verificar o Art. 600 do CPP), ouvida a parte
contrária, sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal de Justiça, onde serão
processados e provido o presente recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, data.
Advogado
OAB
RAZÕES DA APELAÇÃO
PROCESSO N9
APELANTE:
Colenda Câmara
Douta Procuradoria
X foi processado com incurso nas penas do Art. ... (descrever porque artigo ele responde),
porque no dia xxx,...(descrever a dinâmica do fato). Sempre usar o verbo no futuro do
pretérito. Ex: o crime TERIA acontecido, .... supostamente o apelante teria praticado o crime
Nesse próximo parágrafo, (falar como o juiz ou porque o juiz condenou). O MM. Juiz
condenou-o ao cumprimento da pena de x anos de reclusão, em regime x, sem permitir que
recorresse em liberdade/permitindo recorrer em liberdade.
I se houver preliminar, arguir primeiro. Caso contrário, entra logo no mérito da sua tese.
EX: I. DO MÉRITO
Somente para argumentar, caso não seja acolhida a preliminar levantada, nem seja acolhido o
pedido de absolvição, requer a diminuição da pena conforme a seguir:
2. do afastamento da causa de aumento e do reconhecimento da participação de menor
importância.
Argumentou-se ainda ser xxxx, o que está errado, uma vez que o caso não é sobre xxxx, mas
sim yyyyyy, não podendo incidir a causa de aumento de pena/qualificadora. Portanto, há um
erro, não podendo incidir essa causa de aumento/qual ificadora nessa hipótese aqui exposta.
DO PEDIDO
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, data.
Advogado
OAB.
(OAB — 2016 — PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL— PENAL)
ii) O reconhecimento das agravantes previstas no Art. 61, inciso II, alíneas 'h' e 'I', do Código
Penal;
iii) A majoração do quantum de aumento em razão das causas de aumentos previstas no Art.
157, §2o, incisos I e II, do Código Penal, exclusivamente pelo fato de serem duas as
majorantes;
iv) Fixação do regime inicial fechado de cumprimento de pena, pois o roubo com faca tem
assombrado a população do Rio de Janeiro, causando uma situação de insegurança em toda a
sociedade.
Com base nas informações expostas na situação hipotética e naquelas que podem ser inferidas
do caso concreto, redija a peça cabível, excluída a possibilidade de habeas corpus, no último
dia do prazo, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes. (Valor: 5.00)
RESPOSTA DA PEÇA
Obs.: O examinando deve indicar todos os fundamentos e dispositivos legais cabíveis. A mera
citação do dispositivo legal não confere pontuação.
Além disso, não devem ser aplicadas as agravantes do art. 61, II, "h" e "I". Vejamos o que
dizem tais dispositivos:
Art. 61 — São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou
qualificam o crime:(Redação dada pela Lei n2 7.209, de 11.7.1984)
(...) li—ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei n° 7.209, de 11.7.1984)
(--.)
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; (Redação dada
pela Lei n° 10.741, de 2003)
I) em estado de embriaguez preordenada.
A agravante de ter sido o crime praticado contra mulher grávida é inaplicável, eis que a
questão deixa claro que a vítima estava grávida de apenas um mês, logo, tratava-se de
gravidez NÃO APARENTE. Assim, o agente não pode ser responsabilizado por um fato que não
entrou em sua esfera de conhecimento.
O candidato deveria rebater, ainda, a alegação de que deveria haver a majoração do quantum
de aumento de pena decorrente das majorantes do art. 157, §2°, I e II do CP. Isso porque o MP
sustentou que o mero fato de serem duas majorantes seria suficiente para que o Juízo
aplicasse aumento superior ao mínimo permitido. Contudo, tal circunstância não é
fundamento idôneo, nos termos do enunciado de súmula M2 443 do STJ:
Súmula 443 do STJ — O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo
circunstanciado exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a
mera indicação do número de majorantes
Por fim, o candidato deveria rebater o pleito de fixação de regime inicial fechado. Isso porque
o MP sustentou, apenas, que o regime inicial fechado seria recomendável com base na
gravidade abstrata do delito. A gravidade abstrata do delito, porém, não é argumento idôneo
para que o Juízo proceda à fixação de regime prisional mais gravoso do que aquele admitido
pela quantidade de pena imposta, conforme entendimento já solidificado tanto do STF quando
do STJ:
SÚMULA 718 do STF — A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não
constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido
segundo a pena aplicada.
SÚMULA 719 do STF — A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena
aplicada permitir exige motivação idônea.
Recursos:
Devolutivo- permitindo que o tribunal ou turma recursal, nas infrações de menor potencial
ofensivo, para qual é dirigido reveja, integralmente, a matéria sujeita a controvérsia.
Suspensivo— significando que a decisão não produz efeitos até que transite em julgado;
É recurso cabível contra decisões interlocutórias. Essa é a regra, mas cabe contra decisões
terminativas, como por exemplo, a decisão de extinção da punibilidade, Art. 581, VIII CPP;
contra decisão que nega ou concede HC, Art. 581, X do CPP.
Prazo para interposição é de 05 dias, ou, no caso de inclusão ou exclusão de jurados na lista,
20 dias.
O RESE provoca efeito regressivo, ou seja, conhecida as razoes, o juiz pode se retratar,
modificando sua decisão. Se tal situação não acontecer, basta que a outra parte se manifeste
e, então, o processo subirá ao tribunal.
"F" foi pronunciado por homicídio qualificado pelo motivo fútil e recurso que impossibilitou a
defesa da vítima, não havendo exame necroscópico nos autos. O juiz, ainda assim, entendeu
presente a materialidade da infração penal, alegando haver corpo de delito indireto. O réu,
que contestara a prova de existência do delito, havia alegado, subsidiariamente, a ocorrência
de legitima defesa, igualmente afastada na pronúncia. O magistrado permitiu que o acusado
aguardasse o júri em liberdade.
Esqueleto da peça:
10 LINHAS
Processo n: xxxxxx
'F', já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, por seu advogado que
essa subscreve, devidamente constituído, nos autos da ação penal que lhe é movida,
inconformado com a decisão de pronuncia, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,
interpor o presente
Com fundamento no Art. 581, do CPP, requerendo seja o presente recurso recebido e,
levando-se em consideração as razoes em anexo, possa haver o juízo de retratação, com a
finalidade de (colocar o que se pretende, ex: impronunciar o acusado. Assim, não entendendo
Vossa Excelência, requer o processamento do recurso, remetendo-se ao Egrégio Tribunal de
Justiça.
Pede deferimento.
Local, data
ADVOGADO
OAB/xx
RAZÕES DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
PROCESSO N:
RECORRENTE:
EGRÉGIO TRIBUNAL
COLENDA CAMARA
INCLITOS DESEMBARGADORES
Não se conformando com a respeitável decisão proferida contra o recorrente, data vênia, vem,
recorrer em sentido estrito, aguardando ao final se dignem em reforma-la, pelas razões a
seguir expostas:
DOS FATOS
O réu foi pronunciado ou teve negado seu HC, (expor uma das hipóteses do Art. 581 do CPP)
como incurso nas penas do Art. Xxx, porque no dia xxxx (contar os fatos, um breve relato da
decisão, a ser impugnada, porque motivo ela pronunciou, -não recebeu a denúncia, enfim,
reproduzir os fundamentos da decisão a ser impugnada),
DO DIREITO
Após a narrativa dos fatos acima, levanta-se preliminares relativas a eventuais falhas
processuais. Não havendo nulidade a sanar, a defesa vai, depois desse breve relato, para o
mérito da decisão a ser impugnada, considerando sempre a autoria e materialidade dos fatos).
A decisão de Fls. não pode prevalecer, pois p Art. estabelece, dispõe que .... (Sustentar
a tese.) como por exemplo, indícios da autoria e materialidade do fato.
A autoria não se comprova nos autos pelo fato de .... (Sustentar a tese especificamente e citar
provas, se houver).
A materialidade não se apresenta no processo, uma vez que ... (Sustentar o porquê da
ausência).
Cuida-se de decisão sem embasamento legal para que (colocar a consequência da decisão)
pronuncie o acusado, levando-o para julgamento ao tribunal popular sem as provas (citar as
teses acima). Ademais (pode citar outra tese, mas que não sejam as principais) citar uma tese
simples, como ideia de reforço. Caso não haja, não há problema.
Por tais motivos, vislumbra-se a inexistência de prova de materialidade e autoria (Que são as
duas teses acima). (Reforça e retoma, finalizando as teses anteriores).
Pode-se atacar, nesse parágrafo, outra tese principal, subsidiária, ou, sendo as duas anteriores
preliminares, ataca-se, nesse momento, a tese principal de mérito.
Exemplos para começar um parágrafo: por derradeiro; nesse diapasão; Dessa forma Em
sentido contrário; quanto a(À); no entanto.
DO PEDIDO
Ou
Diante o exposto, postula-se pelo provimento do recurso para reformar a decisão no sentido
de que conceda ao acusado (Expor o direito pleiteado), como medida de mais lídima justiça.
Termos em que,
pede deferimento.
Local, data.
Advogado
OAB/xx
Aula prática III Estácio- Campus Alcântara
Exercícios complementares
Questão 01-
Desejando comprar um novo carro, Leonardo, jovem com 19 anos, decidiu praticar um
crime de roubo em um estabelecimento comercial, com a intenção de subtrair o dinheiro
constante do caixa. Narrou o plano criminoso para Roberto, seu vizinho, mas este se recusou a
contribuir. Leonardo decidiu, então, praticar o delito sozinho. Dirigiu-se ao estabelecimento
comercial, nele ingressou e, no momento em que restava apenas um cliente, simulou portar
arma de fogo e o ameaçou de morte, o que fez com ele saísse, já que a intenção de Leonardo
era apenas a de subtrair bens do estabelecimento. Leonardo, em seguida, consegue acesso ao
caixa onde fica guardado o dinheiro, mas, antes de subtrair qualquer quantia, verifica que o
único funcionário que estava trabalhando no horário era um senhor que utilizava cadeiras de
rodas. Arrependido, antes mesmo de ser notada sua presença pelo funcionário, deixa o local
sem nada subtrair, mas, já do lado de fora da loja, é surpreendido por policiais militares. Estes
realizam a abordagem, verificam que não havia qualquer arma com Leonardo e esclarecem
que Roberto narrara o plano criminoso do vizinho para a Policia. Tomando conhecimento dos
fatos, o Ministério Público requereu a conversão da prisão em flagrante em preventiva e
denunciou Leonardo como incurso nas sanções penais do Art. 157, § 2°, inciso I, c/c o Art. 14,
inciso II, ambos do Código Penal. Após decisão do magistrado competente, qual seja, o da 1§,
Vara Criminal de Belo Horizonte/MG, de conversão da prisão e recebimento da denúncia, o
processo teve seu prosseguimento regular. O homem que fora ameaçado nunca foi ouvido em
juízo, pois não foi localizado, e, na data dos fatos, demonstrou não ter interesse em ver
Leonardo responsabilizado. Em seu interrogatório, Leonardo confirma integralmente os fatos,
inclusive destacando que se arrependeti do crime que pretendia praticar. Constavam no
processo a Folha de Antecedentes Criminais do acusado sem qualquer anotação e a Folha de
Antecedentes Infracionais, ostentando uma representação pela prática de ato infracional
análogo ao crime de tráfico, com decisão definitiva de procedência da ação socioeducativa. O
magistrado concedeu prazo para as partes se manifestarem em alegações finais por
memoriais. O Ministério Público requereu a condenação nos termos da denúncia. O advogado
de Leonardo, contudo, renunciou aos poderes, razão pela qual, de imediato, o magistrado
abriu vista para a Defensoria Pública apresentar alegações finais. Em sentença, o juiz julgou
procedente a pretensão punitiva estatal. No momento de fixar a pena-base, reconheceu a
existência de maus antecedentes em razão da representação julgada procedente em face de
Leonardo enquanto era inimputável, aumentando a pena em 06 meses de reclusão. Não foram
reconhecidas agravantes ou atenuantes. Na terceira fase, incrementou o magistrado em 1/3 a
pena, justificando ser desnecessária a apreensão de arma de fogo, bastando a simulação de
porte do material diante do temor causado à vítima. Com a redução de 1/3 pela modalidade
tentada, a pena final ficou acomodada em 4 (quatro) anos de reclusão. O regime inicial de
cumprimento de pena foi o fechado, justificando o magistrado que o crime de roubo é
extremamente grave e que atemoriza os cidadãos de Belo Horizonte todos os dias. Intimado, o
Ministério Público apenas tomou ciência da decisão. A irmã de Leonardo o procura para, na
condição de advogado, adotar as medidas cabíveis. Constituída nos autos, a intimação da
sentença pela defesa ocorreu em 08 de maio de 2017, segunda-feira, sendo terça-feira dia útil
em todo o país. Com base nas informações expostas acima e naquelas que podem ser inferidas
do caso concreto, redija a peça cabível, excluída a possibilidade de habeas corpus, no último
dia do prazo para interposição, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes.
RESPOSTA GABARITO OAB
Questão 2.
RESPOSTA
Questão 3
Na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Maurício iniciou a execução de determinada
contravenção penal que visava atingir e gerar prejuízo em detrimento de patrimônio de
entidade autárquica federal, mas a infração penal não veio a se consumar por circunstâncias
alheias à sua vontade. Ao tomar conhecimento dos fatos, o Ministério Público dá início a
procedimento criminal perante juízo do Tribunal Regional Federal com competência para atuar
no local dos fatos, imputando ao agente a prática da contravenção penal em sua modalidade
tentada, oferecendo, desde já, proposta de transação penal. Maurício conversa com sua
família e procura um(a) advogado(a) para patrocinar seus interesses, destacando que não tem
interesse em aceitar transação penal, suspensão condicional do processo ou qualquer outro
benefício despenalizador. Com base apenas nas informações narradas e na condição de
advogado(a) de Maurício, responda: A) Considerando que a contravenção penal causaria
prejuízo ao patrimônio de entidade autárquica federal, o órgão perante o qual o procedimento
criminal foi iniciado é competente para julgamento da infração penal imputada? Justifique.
(Valor: 0,65) B) Qual argumento de direito material deverá ser apresentado para evitar a
punição de Maurício?
GABARITO
B)Apesar de Maurício ter iniciado a execução de uma contravenção penal e a mesma não ter
se consumado por circunstâncias alheias à vontade do agente, o que, em tese, configura
tentativa, que, pela regra do Código Penal, impõe a punição pelo crime pretendido com
redução de pena, na hipótese apresentada, a infração penal que não restou consumada foi
uma contravenção. Nos termos do previsto no Art. 42 do Decreto-Lei 3.688/41, não se pune a
tentativa de contravenção penal. Assim, no momento em que Maurício não conseguiu
consumar o delito por circunstâncias alheias à sua vontade, sua conduta não é punível.
Problemas:
Questão A
Em queixa-crime intentada por "A", pelo crime previsto no Art. 163, parágrafo único, IV, do
Código Penal, a audiência de instrução, debates e julgamento foi marcada. Foram
regularmente intimados o querelante e seu patrono para comparecerem. No entanto, não
compareceram, e o juiz, ao término da audiência de instrução, julgou a queixa procedente e
condenou "B" à pena de seis meses de detenção, com direito à sursis. ELABORE A PEÇA
PROCESSUAL CABÍVEL.
Questão B
"A", varão, é casado com "B", porém, vive separado há mais de dez anos. "A" já coabitava com
a segunda mulher, "C", com quem tem dois filhos, de 1 e 3 anos de idade. Por questão de
empréstimo, "A" deu um cheque seu para "B", no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) e este,
apresentado ao banco para ser sacado, foi devolvido sob alegação de que o mesmo não tinha
provisão de fundos.
Assim, "B" foi processado e, finalmente, condenado a 1 ano de reclusão, tendo sido a pena
substituída por prestação de serviços à comunidade. ELABORE A PEÇA CABÍVEL APTA A
RESOLVER O PROBLEMA DE "A".
Questão C
Saulo foi processado perante o juiz de direito da 13 Vara Criminal da Capital, como incurso nas
penas do Artigo 155, caput, c/c Artigo 14,11, ambos do CP e, ao final, condenado a cumprir 4
meses de reclusão com sursis por 2 anos.
Consta dos autos que Saulo, punguista, tentou subtrair a carteira da vítima, colocando a mão
no bolso desta. Só não conseguiu consumar a subtração porque a vítima não portava carteira,
uma vez que havia esquecido em casa. ELABORE A MEDIDA JUDICIAL CABÍVEL PARA A DEFESA
DE SAULO.
Questão D
Tido foi denunciado e pronunciado como incurso nas penas do Art. 121, caput, do CP, pelo
seguinte fato: acordado de madrugada em sua casa, com ruídos estranhos, foi até o quintal
provido de uma lanterna e um revólver. Repentinamente, surgiu um vulto em sua frente e
Tício disparou em sua direção. Ao final, verificou-se que se tratava de um vizinho de Tido que
pretendia assustá-lo a titulo de brincadeira e que, por fim, veio a falecer em consequência do
disparo. Julgado pelo Tribunal do júri, Tido foi condenado a seis anos de reclusão. A apelação
foi peticionada. Elabore a peça processual cabível.
RESPOSTA- A:
Tese: extinção da punibilidade pela perempção, Art. 107, IV do CP e Art. 60, III do CPP.
Pedido: Que seja conhecido e provido o presente recurso para decretar a extinção da
punibilidade do fato imputado ao apelante, como medida de mais lídima justiça.
RESPOSTA-8:
Tese: imunidade absoluta prevista no Art. 181, I, do código penal, pela qual é isento de pena
quem pratica crime contra o patrimônio em prejuízo do cônjuge na constância da sociedade
conjugal. Não havendo separação de fato, permanece a imunidade absoluta que somente seria
alterada se houvesse a separação judicial, Art. 182, I do CP.
Pedido: diante do exposto, requer seja conhecido e provido o recurso interposto, decretando-
se a absolvição do apelante, com fundamento no Art. 386, VI do CPP, como medida de mais
lídima justiça.
RESPOSTA-C:
Pedido: diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, para absolver
a apelante, com fundamento no Art. 386, III do CPP, como medida de mais lídima justiça.
RESPOSTA-D:
Tese: Erro de tipo inevitável, previsto no Art. 20, §19-, 1g parte do CP, pelo qual é isento de
pena quem, por erro plenamente justificável pela circunstância, supõe situação de fato que, se
existisse, tornaria legitima a situação legítima.