DESCRIÇÃO
O desenho técnico. Procedimentos básicos: retas e ângulos.
Procedimentos básicos: arcos e concordâncias. Procedimentos
básicos: escala.
PROPÓSITO
Compreender o conceito e a importância dos elementos do
desenho técnico para o engenheiro, independentemente da sua
área de atuação.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos o material
para elaboração de desenho técnico: folha de papel liso (tamanho
A4), lápis com grafite preto, borracha branca macia e instrumentos
básicos (régua, par de esquadros, transferidor e compasso).
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever conceitos gerais de desenho técnico
MÓDULO 2
Classificar retas e ângulos
MÓDULO 3
Classificar arcos e concordâncias (tangência entre arcos/retas)
MÓDULO 4
Descrever conceitos sobre escala, seus tipos e suas aplicações
APRESENTAÇÃO
As pessoas precisam se comunicar para viver em sociedade. Para
tanto, diferentes linguagens e formas de expressão se
desenvolveram ao longo da história. Essa necessidade também
existe para que os profissionais de determinada área desenvolvam
suas atividades.
Na Engenharia e na Arquitetura, por exemplo, os profissionais se
expressam graficamente, utilizando técnicas de desenho, o que
possibilita projetar e construir algo. Não se trata somente de
desenhar como um artista, que cria seus desenhos, permitindo
que, na maioria das vezes, as pessoas interpretem livremente seus
significados. Trata-se de um processo padronizado de expressão e
comunicação entre esses profissionais.
Para engenheiros e arquitetos, portanto, é fundamental o domínio
das normas do desenho técnico, que indicam a forma correta de
representar graficamente textos e linhas, bem como indicar as
dimensões do objeto. Conhecer os elementos e procedimentos
básicos do desenho técnico, utilizando os instrumentos e também o
computador, é essencial para que esses profissionais exerçam
suas atividades.
Por Chaosamran_Studio / Shuttestock.
MÓDULO 1
Descrever conceitos gerais de desenho técnico
INTRODUÇÃO
Já na Pré-História, o desenho fazia parte da vida do homem das
cavernas, que utilizava figuras como linguagem expressiva. As
representações artísticas pré-históricas eram realizadas em
paredes, tetos e outras superfícies rochosas (arte rupestre). Já os
egípcios, ornamentavam os túmulos dos grandes faraós com
desenhos e pinturas.
Fonte: Por Dante Petrone; Por matrioshka / Shutterstock.
Figura 1 – Artes rupestre (primeira) e egípcia (segunda).
Desenhos artísticos continuam a ser elaborados até hoje,
expressando a subjetividade e a sensibilidade do artista, sem o
compromisso de representar fielmente a forma e as dimensões do
que está sendo desenhado. Muitas vezes, o desenho artístico é
completamente diferente da realidade, podendo apresentar,
inclusive, diferentes interpretações e significados.
Na Figura 2, por exemplo, é possível identificar do que se tratam as
imagens, mas não é possível saber detalhes, como as dimensões
das janelas e portas, e os materiais utilizados na construção das
casas.
Fonte: Por RomanYa / Shutterstock
Figura 2 – Exemplo típico de um desenho artístico (ilustração
de uma cidade).
O desenho artístico, portanto, não tem como finalidade projetar ou
construir algo, e sim ser uma ferramenta de linguagem visual que
apresente as características de um objeto da forma que o artista
deseja. Cada observador pode tirar suas conclusões a respeito dos
detalhes não informados. É isso que torna o desenho artístico
inviável de ser utilizado para projetar e construir.
Devemos lembrar que a engenharia exige exatidão de dados, de
modo que não basta ilustrar: é preciso representar o que se
pretende, de forma precisa, sem a possibilidade de interpretação
distinta de pessoa para pessoa. Deve-se usar uma linguagem que
represente, de forma rigorosa, a forma e as dimensões do objeto
representado.
A expressão gráfica é uma linguagem utilizada em vários campos
da engenharia para descrever a posição, a forma e as dimensões
de um objeto em processo de criação e construção.
O desenho técnico é uma ferramenta de expressão gráfica. É tão
importante quanto a escrita como meio de comunicação, e é uma
ferramenta essencial para todas as pessoas, especialmente as
responsáveis por projetar e construir, como engenheiros e
arquitetos.
É utilizado para facilitar a descrição e a representação de um
objeto com todas as suas características geométricas e
dimensionais, por meio de uma linguagem visual que transmite,
com exatidão, as características do que pretende representar, sem
causar dúvidas a quem o vê.
ATENÇÃO
Como todo processo padronizado, o desenho técnico tem normas
técnicas que indicam a forma correta de representar graficamente
textos e linhas, bem como de indicar as dimensões do objeto.
Portanto, o desenho técnico será uma ferramenta de linguagem
para diversas profissões: engenheiros, arquitetos, designers. É
essencial que esses profissionais compreendam as informações
contidas nesse tipo de desenho, visto que a representação gráfica
técnica é elaborada seguindo normas e padrões pré-estabelecidos.
Nas Engenharias, por exemplo, o desenho técnico tem importância
inquestionável:
NA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Engenheiros de produção precisam compreender projetos que
apresentem a disposição de equipamentos que fazem parte da
linha de produção de uma empresa.
NA ENGENHARIA ELÉTRICA
Engenheiros elétricos podem trabalhar no projeto e na instalação
de cabeamentos elétricos em uma edificação.
NA ENGENHARIA CIVIL
Engenheiros civis podem projetar as estruturas de concreto ou de
aço de uma construção.
NA ENGENHARIA MECÂNICA
Engenheiros mecânicos podem trabalhar no projeto e na fabricação
de peças de um motor.
MÉTODOS PARA
ELABORAÇÃO DE DESENHO
TÉCNICO
Observe, na Figura 3 a seguir, que as linhas contínuas
representam as arestas visíveis do objeto, os detalhes e as
reentrâncias. As cotas (medidas) permitem conhecer suas
dimensões. Com a prática e o desenvolvimento de raciocínio
espacial, as vistas são suficientes para a compreensão da
volumetria do objeto.
Fonte: Material da disciplina CCE1857
Figura 3 – Exemplo típico de um desenho técnico.
Existem três métodos para elaboração de um desenho técnico:
O DESENHO À MÃO LIVRE (TAMBÉM
CHAMADO DE ESBOÇO)
O esboço, à mão livre, é feito sem a utilização de instrumentos,
utilizando, em geral, lápis ou lapiseira e papel. Segundo French e
Vierck (2006), em sua publicação Desenho técnico e tecnologia
gráfica, o esboço “é um excelente método durante o processo de
aprendizagem devido à sua rapidez porque, neste estágio, o
estudo [...] é mais importante do que a exatidão do traçado”.
Nos dias de hoje, é possível elaborar esboços em dispositivos
móveis, como celulares e tablets, utilizando aplicativos para
elaboração de desenhos à mão livre. A tecnologia não deve ser
uma desculpa para negligenciar esse conhecimento, já que não
precisamos de papel e lápis para fazer um esboço.
O DESENHO QUE UTILIZA
INSTRUMENTOS
O desenho com instrumentos é um método padronizado, e os
instrumentos conferem precisão e padronização às linhas e curvas.
Uma pessoa sem habilidade de fazer um desenho artístico à mão
livre pode elaborar um desenho técnico de qualidade, por meio da
prática na utilização dos instrumentos de desenho.
Até meados dos anos 1980, a realidade do desenho técnico no
Brasil era a do desenho feito à mão, utilizando instrumentos de
desenho, em prancheta. Os desenhos eram elaborados por
desenhistas, em papel vegetal ou papel manteiga, usando tinta
nanquim ou grafite, utilizando instrumentos de desenho, como
lápis, lapiseiras, canetas, réguas, esquadros e compassos.
O DESENHO QUE UTILIZA O
COMPUTADOR
O computador como instrumento, inserido pela evolução da
informática, permitiu o aprimoramento da representação gráfica, na
elaboração de desenhos técnicos. Foi nesse momento que as
pranchetas foram substituídas pelos sistemas CAD (Computer
Aided Design, que significa Desenho Assistido por Computador).
Surge, nesse momento, a computação gráfica.
Em um primeiro momento, a computação gráfica permitiu que a
representação bidimensional (2D) dos objetos fosse feita
substituindo somente o desenho em papel pelo desenho feito no
sistema CAD, usando o computador. A etapa seguinte foi a
evolução dos sistemas, permitindo a modelagem tridimensional
(3D). A partir do modelo 3D, as representações bidimensionais são
automaticamente obtidas, representando economia de horas de
trabalho.
Apesar da evolução dos computadores e dos sistemas de
computação gráfica, a operação dos sistemas e a entrada de
dados necessários para representar graficamente um objeto é de
um profissional responsável por esse trabalho. Esse profissional
não utiliza esquadros e lapiseiras, mas precisa compreender de
que maneira um objeto deve ser representado para que suas
características dimensionais e sua volumetria sejam
adequadamente compreendidas para sua fabricação ou
construção. Portanto, ele deve ter suas habilidades de raciocínio
espacial desenvolvidas, ou seja, deve ser capaz de pensar e
raciocinar com a forma de um objeto e sua disposição no espaço.
Evolução do desenho técnico: do esboço à computação
gráfica
No vídeo, a seguir, o professor dará continuidade ao assunto:
APLICAÇÃO DO DESENHO
TÉCNICO EM NOSSO COTIDIANO
Se você comprar uma estante de madeira para sua casa, receberá
com as peças e os componentes de sua estante, um manual de
instruções para montagem do móvel. Esse manual, quase sempre,
apresenta esquemas que ilustram como fazer a montagem do
móvel.
No esquema da Figura 4, as peças que compõem o móvel são
representadas graficamente (desenho técnico), indicando como
fazer a ligação adequada entre elas. Se as instruções fossem
dadas em forma de um texto, mesmo que bem escrito, muito
provavelmente você sentiria dificuldade para compreender como
montar a estante.
Fonte: Produção interna.
Figura 4 – Esquema de montagem de um móvel.
Vamos exercitar os conceitos aprendidos através do mão na
massa.
MÃO NA MASSA
1. SOBRE O DESENHO TÉCNICO, SÃO
VERDADEIRAS AS SENTENÇAS A SEGUIR, COM
EXCEÇÃO DE:
A) É uma ferramenta de expressão gráfica tão importante quanto a
escrita como meio de comunicação.
B) Possui normas técnicas que indicam a forma correta de
representar graficamente textos e linhas, bem como de indicar as
dimensões do objeto.
C) É uma ferramenta dispensável para os responsáveis por projetar
e construir, como engenheiros e arquitetos.
D) É utilizado para facilitar a descrição e a representação de um
objeto por meio de uma linguagem visual, que transmite, com
exatidão, as características do que pretende representar.
2. A EVOLUÇÃO DA INFORMÁTICA PERMITIU O
APRIMORAMENTO DA REPRESENTAÇÃO
GRÁFICA, UTILIZANDO O COMPUTADOR COMO
INSTRUMENTO NA ELABORAÇÃO DE DESENHOS
TÉCNICOS. NESSE MOMENTO, AS PRANCHETAS
FORAM SUBSTITUÍDAS POR:
A) Instrumentos de desenho à mão livre.
B) Sistemas CAD (Computer Aided Design).
C) Desenho técnico instrumental.
D) Sistemas SAD (Sistemas de Apoio à Decisão).
3. EXISTEM TRÊS MÉTODOS PARA ELABORAÇÃO
DE UM DESENHO TÉCNICO:
A) O desenho à mão livre (esboço), o desenho instrumental e o
desenho utilizando o computador.
B) O desenho artístico, o desenho instrumental e o esboço.
C) O desenho à mão livre (esboço), o desenho artístico e o
desenho utilizando o computador.
D) O desenho instrumental, a computação gráfica e o desenho
utilizando o computador.
GABARITO
1. Sobre o desenho técnico, são verdadeiras as sentenças a
seguir, com exceção de:
A alternativa "C " está correta.
Trata-se de uma ferramenta indispensável (essencial) para os
profissionais responsáveis por projetar e construir, como
engenheiros e arquitetos.
2. A evolução da informática permitiu o aprimoramento da
representação gráfica, utilizando o computador como
instrumento na elaboração de desenhos técnicos. Nesse
momento, as pranchetas foram substituídas por:
A alternativa "B " está correta.
Instrumentos de desenho não são utilizados para desenhos à mão
livre (letra A). Não são necessários instrumentos de desenho
associados ao computador (letra C). SAD está fora do contexto de
desenho técnico.
3. Existem três métodos para elaboração de um desenho
técnico:
A alternativa "A " está correta.
Desenho artístico não é considerado desenho técnico (letras B e
C). A computação gráfica e o desenho utilizando o computador são
a mesma coisa (letra D).
GABARITO
VERIFICANDO O
APRENDIZADO
1. ANALISE AS SENTENÇAS, A SEGUIR,
REFERENTES À UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR
COMO INSTRUMENTO NA ELABORAÇÃO DE
DESENHOS TÉCNICOS:
I. AS PRANCHETAS FORAM SUBSTITUÍDAS PELOS
SISTEMAS CAD (COMPUTER AIDED DESIGN, QUE
SIGNIFICA DESENHO ASSISTIDO POR
COMPUTADOR), FAZENDO SURGIR A CHAMADA
COMPUTAÇÃO GRÁFICA;
II. EM UM PRIMEIRO MOMENTO, A COMPUTAÇÃO
GRÁFICA PERMITIU QUE A REPRESENTAÇÃO
BIDIMENSIONAL (2D) DOS OBJETOS FOSSE FEITA
SUBSTITUINDO SOMENTE O DESENHO EM PAPEL
PELO DESENHO FEITO NO SISTEMA CAD, USANDO
O COMPUTADOR;
III. O PROFISSIONAL QUE OPERA OS SISTEMAS DE
COMPUTAÇÃO GRÁFICA NÃO NECESSITA DE
HABILIDADES DE RACIOCÍNIO ESPACIAL
DESENVOLVIDAS, OU SEJA, NÃO DEVE SER
CAPAZ DE PENSAR E RACIOCINAR COM FORMA
DE UM OBJETO E SUA DISPOSIÇÃO NO ESPAÇO;
IV. NA SEGUNDA ETAPA DA COMPUTAÇÃO
GRÁFICA, HOUVE A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS,
PERMITINDO A MODELAGEM TRIDIMENSIONAL
(3D). A PARTIR DO MODELO 3D, AS
REPRESENTAÇÕES BIDIMENSIONAIS SÃO
AUTOMATICAMENTE OBTIDAS, REPRESENTANDO
ECONOMIA DE HORAS DE TRABALHO.
A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A(S)
SENTENÇA(S) CORRETA(S) É:
A) I, II e IV
B) II e III
C) III
D) II, III e IV
2. ANALISE AS SENTENÇAS, A SEGUIR,
REFERENTES AOS CONCEITOS DO DESENHO COM
INSTRUMENTOS:
I. É UM MÉTODO SEM PADRONIZAÇÃO, MUITO
EMBORA DOS INSTRUMENTOS NÃO CONFIRAM
PRECISÃO AO DESENHO;
II. UMA PESSOA SEM HABILIDADE DE FAZER UM
DESENHO ARTÍSTICO À MÃO LIVRE NÃO PODE
ELABORAR UM DESENHO TÉCNICO DE
QUALIDADE, POIS NÃO PODE ADQUIRIR A
PRÁTICA UTILIZANDO INSTRUMENTOS;
III. ATÉ MEADOS DOS ANOS 1980, OS DESENHOS
ERAM ELABORADOS POR DESENHISTAS EM
PAPEL VEGETAL OU PAPEL MANTEIGA, USANDO
TINTA NANQUIM OU GRAFITE, UTILIZANDO
INSTRUMENTOS DE DESENHO, COMO LÁPIS,
LAPISEIRAS, CANETAS, RÉGUAS, ESQUADROS E
COMPASSOS;
IV. EXISTEM TRÊS MÉTODOS PARA ELABORAÇÃO
DE UM DESENHO TÉCNICO, SENDO O DESENHO
INSTRUMENTAL UM DELES: ESBOÇO, DESENHO
INSTRUMENTAL E DESENHO UTILIZANDO O
COMPUTADOR.
A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A(S)
SENTENÇA(S) CORRETA(S) É:
A) I, II e IV
B) II e III
C) II, III e IV
D) III e IV
GABARITO
1. Analise as sentenças, a seguir, referentes à utilização do
computador como instrumento na elaboração de desenhos
técnicos:
I. As pranchetas foram substituídas pelos sistemas CAD
(Computer Aided Design, que significa Desenho Assistido por
Computador), fazendo surgir a chamada computação gráfica;
II. Em um primeiro momento, a computação gráfica permitiu
que a representação bidimensional (2D) dos objetos fosse feita
substituindo somente o desenho em papel pelo desenho feito
no sistema CAD, usando o computador;
III. O profissional que opera os sistemas de computação
gráfica não necessita de habilidades de raciocínio espacial
desenvolvidas, ou seja, não deve ser capaz de pensar e
raciocinar com forma de um objeto e sua disposição no
espaço;
IV. Na segunda etapa da computação gráfica, houve a evolução
dos sistemas, permitindo a modelagem tridimensional (3D). A
partir do modelo 3D, as representações bidimensionais são
automaticamente obtidas, representando economia de horas
de trabalho.
A alternativa que apresenta a(s) sentença(s) correta(s) é:
A alternativa "A " está correta.
O profissional que opera os sistemas de computação gráfica
necessita de habilidades de raciocínio espacial desenvolvidas, ou
seja, deve ser capaz de pensar e raciocinar com forma de um
objeto e sua disposição no espaço (sentença III).
2. Analise as sentenças, a seguir, referentes aos conceitos do
desenho com instrumentos:
I. É um método sem padronização, muito embora dos
instrumentos não confiram precisão ao desenho;
II. Uma pessoa sem habilidade de fazer um desenho artístico à
mão livre não pode elaborar um desenho técnico de qualidade,
pois não pode adquirir a prática utilizando instrumentos;
III. Até meados dos anos 1980, os desenhos eram elaborados
por desenhistas em papel vegetal ou papel manteiga, usando
tinta nanquim ou grafite, utilizando instrumentos de desenho,
como lápis, lapiseiras, canetas, réguas, esquadros e
compassos;
IV. Existem três métodos para elaboração de um desenho
técnico, sendo o desenho instrumental um deles: esboço,
desenho instrumental e desenho utilizando o computador.
A alternativa que apresenta a(s) sentença(s) correta(s) é:
A alternativa "D " está correta.
O desenho com instrumentos é um método padronizado, e os
instrumentos conferem precisão e padronização às linhas e curvas
(sentença I), e uma pessoa sem habilidade de fazer um desenho
artístico à mão livre pode elaborar um desenho técnico de
qualidade, por meio da prática na utilização dos instrumentos de
desenho (sentença II).
MÓDULO 2
Classificar retas e ângulos
INTRODUÇÃO
Pegue uma folha de papel em branco, um lápis e uma régua.
Primeiramente, tente traçar um par de linhas retas em uma mesma
direção, de modo que não se cruzem (mesmo quando prolongadas
indefinidamente em ambos os sentidos), ou seja, que não possuam
um ponto em comum. Em seguida, trace pares de linhas retas em
direções diferentes, de forma que se cruzem, ou seja, que tenham
um ponto em comum. Essas linhas que se cruzam em um ponto
comum formam ângulos com medidas diferentes. Por fim, crie uma
forma geométrica fechada (polígono), composta por linhas retas.
Observe o seu desenho final e note quantos elementos
geométricos fazem parte dele. Se traços simples, que acabamos
de descrever, apresentam diferentes elementos geométricos,
imagine desenhos mais complexos que integram, por exemplo, um
projeto de engenharia.
PONTO, LINHA E PLANO
Antes de começarmos a definir retas e ângulos, suas
características e propriedades, faz-se necessário apresentar os
elementos fundamentais da geometria: o ponto, a linha e o plano.
PONTO
LINHA
PLANO
O ponto é um elemento geométrico adimensional, representado por
meio da interseção entre duas linhas. Deve ser identificado
utilizando uma letra maiúscula do nosso alfabeto.
A linha é um elemento obtido por um conjunto infinito de pontos
continuamente unidos. Deve ser identificada com uma letra
minúscula do nosso alfabeto.
O plano é a superfície gerada por pelo menos três pontos não
colineares (ou seja, não alinhados). Deve ser identificado usando
uma letra do nosso alfabeto grego.
Fonte: Produção interna
Figura 5 – Ponto, linha e plano.
Elementos básicos do desenho técnico
No vídeo, a seguir, o professor dará continuidade ao assunto:
RETA OU LINHA RETA
Uma reta é, geometricamente, a menor distância entre dois pontos.
Deve ser identificada com uma letra minúscula do nosso alfabeto.
Quanto à direção, as retas podem ser verticais, horizontais ou
inclinadas. Quanto à posição relativa, podem ser paralelas,
perpendiculares e oblíquas. Vejamos:
RETAS PARALELAS
Retas paralelas são retas coplanares (pertencem ao mesmo plano)
que nunca se cruzam, mesmo que se prolonguem.
RETAS CONCORRENTES
Retas concorrentes são retas que se cruzam em algum ponto.
RETAS PERPENDICULARES
Retas perpendiculares são retas concorrentes que, ao se
cruzarem, formam ângulo reto (90°).
RETAS OBLÍQUAS
Retas oblíquas são concorrentes, mas formam ângulo diferente de
90°.
Vejamos, a seguir, imagens que demonstram as diferentes
posições relativas entre retas:
Fonte: Produção interna
Figura 6 – Retas paralelas, perpendiculares e oblíquas.
SEMIRRETA
A colocação de um ponto em uma reta gera duas semirretas.
ATENÇÃO
A semirreta é identificada pela letra minúscula que dá nome à reta
original, com uma pequena seta orientada, apontando para o
sentido infinito da reta.
As semirretas podem ser verticais, horizontais ou inclinadas, assim
como as retas que as originaram.
SEGMENTO DE RETA
A colocação de dois pontos em locais distintos em uma única reta
define, entre os pontos, um segmento de reta. O segmento é
identificado pelas letras dos seus pontos extremos, utilizando um
traço acima das letras. Os segmentos de retas podem ser verticais,
horizontais ou inclinados, assim como as retas que as originaram.
Fonte: Produção interna.
Figura 7 – Reta, semirreta e segmento de reta.
Os segmentos de reta possuem, como visto na Figura 7, um ponto
inicial e um ponto final, ou seja, seus pontos extremos. Eles podem
ser classificados como:
Se dois ou mais segmentos de reta
Segmentos
possuem o mesmo comprimento, são
congruentes
denominados segmentos congruentes.
Segmentos Se pertencem a uma mesma reta
colineares origem, são chamados de segmentos
colineares.
Segmentos Por outro lado, se possuem um ponto
consecutivos extremo inicial ou final em comum, são
segmentos consecutivos.
Caso sejam colineares e consecutivos,
Segmentos
são denominados segmentos
adjacentes
adjacentes.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a
rolagem horizontal
Vejamos, a seguir, dois exemplos com a análise da relação entre
os segmentos de reta descritas anteriormente.
EXEMPLO 1
Fonte: Produção interna.
Figura 8.
Analisando a figura, podemos observar que:
Os segmentos ¯
AB e CD são congruentes;
¯¯¯
¯¯ ¯
¯¯¯
¯¯
Os segmentos ¯
AB, BC e CD são colineares;
¯¯¯
¯¯ ¯¯¯
¯¯¯ ¯
¯¯¯
¯¯
Os segmentos ¯
AB e BC são consecutivos, assim como os
¯¯¯
¯¯ ¯
¯¯¯
¯¯
segmentos ¯
BC e CD ;
¯¯¯
¯¯ ¯
¯¯¯
¯¯
Como os segmentos ¯
AB, BC e CD são colineares,
¯¯¯
¯¯ ¯¯¯
¯¯¯ ¯
¯¯¯
¯¯
¯
¯¯¯
¯¯ ¯
¯¯
AB, e BC
¯
¯¯
são adjacentes, assim como os segmentos
¯
¯¯¯
¯¯ ¯
¯¯
BC, e CD
¯
¯¯
.
EXEMPLO 2
Fonte: Produção interna.
Figura 9.
Analisando a figura, podemos observar que:
Os segmentos ¯
¯¯¯
¯¯
FG e HJ são congruentes, assim como os
¯
¯¯¯¯
¯
¯¯¯
¯¯
segmentos ¯
EF e GH ;
¯
¯¯¯
Os segmentos ¯
¯¯¯
¯¯ ¯
¯¯¯
¯¯
FG e GH são colineares, assim como os
segmentos ¯
HJ e JL ;
¯¯¯¯ ¯¯¯¯
São consecutivos entre si os seguintes pares de segmentos:
¯
¯¯¯
¯¯ ¯
¯¯¯
¯¯ ¯
¯¯¯
¯¯ ¯
¯¯¯
¯¯
¯¯
¯¯¯
, , ¯
¯¯
EF e FG FG e GH GH e HJ
¯¯
, e por fim, ¯
¯¯¯¯ ¯¯¯¯
HJ e JL
Os segmentos ¯
¯¯¯
¯¯ ¯
¯¯¯
¯¯
FG e GH são adjacentes, assim como os
segmentos ¯
HJ e JL pois são colineares e consecutivos.
¯¯¯¯ ¯¯¯¯
CURVA OU LINHA CURVA
UMA LINHA RETA É A
REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA DA
MENOR DISTÂNCIA ENTRE DOIS
PONTOS.
Se, em vez de percorrer a menor distância, outro caminho for
tomado, a representação geométrica desse caminho é uma linha
curva.
Fonte: Produção interna.
Figura 10. Diferença entre linha reta e curva.
LINHA POLIGONAL
UMA LINHA POLIGONAL É FORMADA
POR UM CONJUNTO DE SEGMENTOS
DE RETAS CONSECUTIVOS.
Fonte: Produção interna.
Figura 11 – Linha poligonal.
ÂNGULO
ÂNGULO É A REGIÃO DELIMITADA
POR DUAS LINHAS RETAS QUE
PARTEM DE UM MESMO PONTO OU
POR DOIS PLANOS QUE PARTEM DE
UMA MESMA LINHA RETA.
A medida do ângulo mede a inclinação entre as retas (ou entre os
planos). A Figura 12, a seguir, apresenta a formação do ângulo por
retas concorrentes (à esquerda) e por planos concorrentes (à
direita).
Fonte: Produção interna.
Figura 12 – Formação de um ângulo por meio de retas ou
planos concorrentes.
COMPONENTES DE UM ÂNGULO
Os componentes de um ângulo são a abertura, o vértice e os lados.
A abertura é a medida da inclinação entre os lados do ângulo, que
podem ser definidos por semirretas ou por segmentos de reta
consecutivos, sendo o vértice o ponto comum entre eles.
Podemos observar, nos exemplos a seguir, os componentes dos
ângulos e a notação para representar os ângulos.
EXEMPLO 3
Fonte: Produção interna.
Figura 13.
Analisando a figura 13, podemos observar que:
As semirretas r e s são os lados do ângulo
α é a abertura do ângulo
O é o vértice do ângulo
Notação: rOs
ˆ
ou α̂
EXEMPLO 4
Fonte: Produção interna.
Figura 14.
Analisando a figura 14, podemos observar que:
Os segmentos de reta ¯
AP e P B são os lados do ângulo
¯¯¯
¯¯ ¯
¯¯¯
¯¯
β é a abertura do ângulo
P é o vértice do ângulo
Notação: APˆB ou β
ˆ
CLASSIFICAÇÃO DOS ÂNGULOS
QUANTO À SUA GRANDEZA DA
ABERTURA
O Sistema Internacional de medidas utiliza a unidade Radianos
(RAD) para medir os ângulos. A forma comum de medir os ângulos
é utilizar a unidade Grau (º). π radianos é a medida de um ângulo
de 180º. Os ângulos podem ser classificados como:
Nulo: Ângulo com medida igual a 0º.
Ângulo menor do que 90º, não
Agudo:
nulo.
Ângulo com medida igual a 90º,
Reto:
ou seja, π
/2 radianos.
Ângulo com medida entre 90º e
Obtuso:
180º.
Raso ou ângulo de Ângulo com medida igual a 180º,
meia-volta: ou seja, π radianos.
Côncavo ou Ângulo com medida entre 180º e
reentrante: 360º.
Pleno ou ângulo de
Ângulo com medida igual a 360º.
volta inteira:
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a
rolagem horizontal
Os principais tipos de ângulos estão apresentados na Figura 15, a
seguir.
Fonte: Produção interna.
Figura 15 – Classificação dos ângulos com relação à grandeza
da abertura.
CLASSIFICAÇÃO DOS ÂNGULOS
QUANTO À SOMA DA GRANDEZA
DE SUAS ABERTURAS
Fonte: Produção interna.
Figura 16 – Ângulos complementares, suplementares e
replementares.
Se a soma de dois ângulos é igual a 90º, 180º ou 360º,
classificamos os ângulos como:
Complementares (quando a soma dos dois ângulos é igual a
90°)
Suplementares (quando a soma dos dois ângulos é igual a
180°)
Replementares (quando a soma dos dois ângulos é igual a
360°)
ÂNGULOS OPOSTOS PELO
VÉRTICE
São formados pelo encontro de duas retas concorrentes e são
congruentes. Observando-os dois a dois, é possível concluir que:
esses ângulos estão lado a lado (adjacentes) e, portanto, são
suplementares, ou se opõem um ao outro (opostos pelo vértice) e,
portanto, são congruentes.
Na Figura 17, os ângulos adjacentes (suplementares) são α e β, β
e θ, θ e λ, α e λ; os ângulos opostos pelo vértice (congruentes) são:
α e θ e β e λ.
Fonte: Produção interna.
Figura 17 – Ângulos opostos pelo vértice.
ÂNGULOS ALTERNOS INTERNOS
E ALTERNOS EXTERNOS
Quando duas retas paralelas são cortadas por uma reta
transversal, são formados oito ângulos que possuem propriedades
e características comuns em relação às posições que ocupam.
Os ângulos alternos internos possuem posições alternadas em
relação à reta transversal, estando na região interna compreendida
entre as retas paralelas.
Os ângulos alternos externos, possuem posições alternadas em
relação à reta transversal, estando na região externa às retas
paralelas.
Observe, na Figura 18, a seguir, que os ângulos α e β estão na
região interna das retas r e s. Ao mesmo tempo, esses ângulos se
encontram em posições alternadas: α está à direita e β à esquerda
da reta transversal. Assim, podemos dizer que α e β são alternos
internos.
Fonte: Produção interna.
Figura 18 – Ângulos alternos internos.
Na figura, a seguir, veja que os ângulos α e β estão na região
externa das retas r e s, e esses ângulos se encontram, ao mesmo
tempo, em lados opostos da reta transversal. Assim, podemos
dizer que α e β são alternos externos.
Fonte: Produção interna.
Figura 19 – Ângulos alternos externos.
ATENÇÃO
Cabe ressaltar que tanto os ângulos alternos internos como os
alternos externos são congruentes.
Além disso, se observarmos cada uma das retas paralelas r e s,
separadamente, em conjunto com a reta transversal t, aplicamos as
mesmas propriedades dos ângulos opostos pelo vértice, conforme
podemos observar a seguir:
Fonte: Produção interna.
Figura 20 – Ângulos alternos combinados com opostos pelo
vértice.
SAIBA MAIS
Vale lembrar que os triângulos possuem uma propriedade
interessante. A soma de seus ângulos internos sempre medirá
180º. Essa propriedade, associada ao que vimos sobre ângulos, irá
nos ajudar bastante na resolução de diversas situações.
BISSETRIZ DE UM ÂNGULO
A bissetriz é uma semirreta interna a um ângulo, traçada a partir do
seu vértice, que o divide em dois ângulos com a mesma medida,
chamados de congruentes.
Na figura, a seguir, a semirreta que contém o segmento ¯
OC divide
¯¯¯
¯¯
ˆ ˆ
o ângulo AOB em dois ângulos congruentes: AOC ( β) e o
ˆ
ˆ
BOC (α̂) .
Fonte: Produção interna.
Figura 21 – Bissetriz de um ângulo.
APLICAÇÕES DE ÂNGULOS
NA CONSTRUÇÃO CIVIL
EXEMPLO 1
Ao construirmos uma casa, devemos verificar se as paredes estão
subindo no prumo (fazendo 90° com o piso) e também se o ângulo
no encontro das paredes é de 90° (nesse caso, dizemos que as
paredes estão em esquadro). Além disso, os vãos e as aberturas
de portas e janelas devem ter cantos retos, para que as esquadrias
se encaixem.
Fonte: https://www.scanmetal.com.br/produtos/esquadro-de-
aluminio-soldado/ e Youtube.
Figura 22 – Paredes em esquadro (esquerda) e no prumo
(direita).
EXEMPLO 2
Em serviços de topografia (estudo das características de um
terreno: distância, relevo, declínio), a precisão na coleta de dados é
fundamental para se fazer uma construção. Se um engenheiro
precisa desses dados, ele utiliza um equipamento chamado
teodolito. O teodolito é um instrumento ótico capaz de realizar
medidas de ângulos verticais e horizontais. É formado por um
sistema de eixos, círculos graduados, luneta de visada e níveis de
bolha. Com o resultado das medições e o uso das funções
trigonométricas (seno, cosseno e tangente), obtém-se as medidas
necessárias.
Fonte: Por Sorn340 Studio Images/Shutterstock e Wikipedia.
Figura 23 – O teodolito utiliza ângulos para medições.
MÃO NA MASSA
1. SOBRE AS POSIÇÕES RELATIVAS ENTRE DUAS
RETAS, SÃO VERDADEIRAS AS SENTENÇAS A
SEGUIR, COM EXCEÇÃO DE:
A) Retas oblíquas são concorrentes, mas formam ângulo diferente
de 90°.
B) Retas concorrentes são retas que se cruzam em algum ponto.
C) Retas paralelas são retas coplanares (pertencem ao mesmo
plano) que nunca se cruzam, mesmo que se prolonguem.
D) Retas que se cruzam podem ser concorrentes, oblíquas ou
paralelas.
E) Retas perpendiculares são retas concorrentes que, ao se
cruzarem, formam ângulo reto (90°).
2. (IF-MA – 2016 – NÍVEL MÉDIO) SABENDO-SE QUE
X REPRESENTA UM ÂNGULO AGUDO, PODEMOS
AFIRMAR QUE A SOMA DO COMPLEMENTO DE X
COM O SEU SUPLEMENTO É IGUAL A:
A) 270º – 2x
B) 180º – 2x
C) 270º – x
D) 180º – x
E) 90º – 2x
3. (AMAUC – 2018 – PREFEITURA DE SEARA – SC)
DETERMINE O VALOR DO ÂNGULO Α DA FIGURA A
SEGUIR, SENDO O SEGMENTO AC BISSETRIZ DO
ÂNGULO OÂB:
FONTE: PRODUÇÃO INTERNA.
A) 60°
B) 30°
C) 65°
D) 85°
E) 35°
GABARITO
1. Sobre as posições relativas entre duas retas, são
verdadeiras as sentenças a seguir, com exceção de:
A alternativa "D " está correta.
Retas concorrentes e oblíquas se cruzam, mas as retas paralelas
não se cruzam.
2. (IF-MA – 2016 – Nível Médio) Sabendo-se que x representa
um ângulo agudo, podemos afirmar que a soma do
complemento de x com o seu suplemento é igual a:
A alternativa "A " está correta.
O ângulo x é agudo, ou seja, menor do que 90°. Seu complemento
é dado por 90° – x e seu suplemento é dado por 180° – x. Portanto,
a soma do complemento com o suplemento é dada por: 90° – x +
180° – x = 270° – 2x.
3. (AMAUC – 2018 – Prefeitura de Seara – SC) Determine o
valor do ângulo α da figura a seguir, sendo o segmento AC
bissetriz do ângulo OÂB:
Fonte: Produção interna.
A alternativa "C " está correta.
Observe o triângulo ABC, cujos ângulos são 35° (oposto pelo
vértice), gama e ß(beta)/2 (o segmento AC é bissetriz do ângulo).
O ângulo ß(beta) vale 60°, suplementar ao ângulo de 120°.
Sabemos que a soma dos ângulos internos do triângulo é de 180°.
Portanto, 35° + 30° + Ɣ (gama) = 180°. Logo, Ɣ (gama) vale 115°.
Como Ɣ (gama) e α (alfa) são complementares, α (alfa) vale 65°.
Fonte: Produção interna.
GABARITO
VERIFICANDO O
APRENDIZADO
1. (IDECAN – 2017 – PREFEITURA DE SÃO
GONÇALO DO RIO ABAIXO – MG – AGENTE
COMUNITÁRIO DE SAÚDE) AS DUAS RETAS
APRESENTADAS A SEGUIR SÃO PARALELAS:
FONTE: PRODUÇÃO INTERNA.
SOBRE OS ÂNGULOS X E Y, ASSINALE A
ALTERNATIVA CORRETA:
A) y é o dobro de x.
B) x e y são ângulos suplementares.
C) x e y são ângulos complementares.
D) x e y juntos formam um ângulo oblíquo.
2. (UNIUBE – MG – ADAPTADA) NA FIGURA A
SEGUIR, AS RETAS R E S SÃO PARALELAS,
CORTADAS POR UMA TRANSVERSAL T. SE A
MEDIDA DO ÂNGULO Α É O TRIPLO DA MEDIDA DO
ÂNGULO Β, ENTÃO A DIFERENÇA Α – Β VALE:
FONTE: PRODUÇÃO INTERNA.
A) 90º
B) 85º
C) 80º
D) 75º
GABARITO
1. (IDECAN – 2017 – Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo –
MG – Agente Comunitário de Saúde) As duas retas
apresentadas a seguir são paralelas:
Fonte: Produção interna.
Sobre os ângulos x e y, assinale a alternativa correta:
A alternativa "B " está correta.
Como as retas apresentadas são paralelas, podemos afirmar que
os ângulos x e y são suplementares (somam 180°), observando-se
as propriedades dos ângulos alternos internos e externos, e dos
opostos pelo vértice.
Fonte: Produção interna.
2. (Uniube – MG – ADAPTADA) Na figura a seguir, as retas r e s
são paralelas, cortadas por uma transversal t. Se a medida do
ângulo α é o triplo da medida do ângulo β, então a diferença α
– β vale:
Fonte: Produção interna.
A alternativa "A " está correta.
Como as retas r e s são paralelas, podemos afirmar que os ângulos
α e β são suplementares (somam 180°), observando-se as
propriedades dos ângulos alternos internos e externos, e dos
opostos pelo vértice. Logo:
Fonte: Produção interna.
MÓDULO 3
Classificar arcos e concordâncias (tangência entre
arcos/retas)
INTRODUÇÃO
Linhas retas e ângulos nos auxiliam na elaboração de projetos de
engenharia. No entanto, quase sempre, temos de utilizar linhas
curvas para compor traços, contornos e estruturas.
A CIRCUNFERÊNCIA É UMA LINHA
CURVA FECHADA, É O LUGAR
GEOMÉTRICO DOS PONTOS EM UM
MESMO PLANO QUE POSSUEM A
MESMA DISTÂNCIA (RAIO) DE UM
PONTO FIXO (CENTRO).
Podemos compor nossos projetos com circunferências inteiras,
portanto, arcos de 360°, ou partes dessa circunferência, arcos com
medidas menores do que 360°. Vários desses elementos podem
ser utilizados de maneira integrada.
As circunferências e os arcos quando dispostos em tangência, seja
entre si ou com linhas retas, possibilitam uma transição suave entre
os traços. Assim, podemos passar de um elemento para o outro
sem uma mudança abrupta de direção, mantendo certa
continuidade, sem angulações, entre os elementos do desenho.
CIRCUNFERÊNCIA
CIRCUNFERÊNCIA É UMA LINHA
CURVA FECHADA CUJOS PONTOS
SÃO EQUIDISTANTES DE UM ÚNICO
PONTO CENTRAL, DENOMINADO
CENTRO.
A porção plana interna à circunferência é denominada círculo, e a
distância do centro até qualquer ponto da circunferência é
denominada raio. Assim, medimos o comprimento do arco da
circunferência (C = 2 . π . r = π . d) e a área do círculo (A = π . r2).
Fonte: Produção interna.
Figura 24 – Circunferência (linha) e círculo (área).
ELEMENTOS DE UMA
CIRCUNFERÊNCIA
Observe a Figura 25, a seguir. A partir dela, vamos classificar todos
os elementos e as linhas com relação à posição que se encontram
na circunferência.
Fonte: Produção interna.
Figura 25 – Elementos e linhas em uma circunferência.
O ponto O é o centro da circunferência.
¯
¯¯¯
¯¯ ¯
¯¯¯
¯¯ ¯
¯¯
OA = OB = OC
¯
¯¯
é o raio da circunferência.
¯
¯¯
BC
¯
¯¯
é o diâmetro da circunferência.
¯¯
¯
EF¯¯ é a corda da circunferência.
¯
¯¯
GH
¯
¯¯
é a flecha da circunferência.
EF é um arco da circunferência, delimitado pelos pontos E e F.
→ →
A reta s corta a circunferência nos pontos E e F. Logo, s é uma
reta secante à circunferência, o que significa que a reta intercepta
a circunferência em dois pontos.
→ →
A reta t toca a circunferência no ponto D. Logo, t é uma reta
tangente à circunferência, o que significa que a reta toca a
circunferência em um único ponto.
CÍRCULO: SETOR CIRCULAR E
COROA CIRCULAR
O SETOR CIRCULAR É O
EQUIVALENTE AO ARCO DA
CIRCUNFERÊNCIA, MAS PROJETADO
(FATIA DA ÁREA) NO CÍRCULO.
MARCADOS DOIS RAIOS DISTINTOS
EM UM CÍRCULO, O SETOR CIRCULAR
É A ÁREA LIMITADA POR ELES. A
PARTE RESTANTE TAMBÉM FORMA
UM SETOR CIRCULAR.
Quando falamos de ângulo central, estamos nos referindo ao
ângulo cujo vértice está no centro de um círculo e os lados são
seus raios. Um ângulo central está ligado a um arco na
circunferência ou ao setor circular correspondente no círculo.
A área do setor circular é proporcional ao seu ângulo central.
Dessa forma, se dividirmos a área do círculo por 360 e
multiplicarmos pela medida do ângulo central, iremos obter a área
do setor circular correspondente: Asetor = (π . r2) / 360 * ângulo
central.
JÁ A COROA CIRCULAR É UMA
FIGURA GEOMÉTRICA LIMITADA POR
DOIS CÍRCULOS CONCÊNTRICOS
(POSSUEM O MESMO CENTRO) DE
RAIOS DIFERENTES. O RESULTADO
SE ASSEMELHA A UM ANEL, CUJA
ÁREA É DADA PELA DIFERENÇA
ENTRE O CÍRCULO MAIOR E O
MENOR:
ACOROA = (Π . RMAIOR2) – (Π . RMENOR2)
= Π . (RMAIOR2 – RMENOR2).
Fonte: Produção interna.
Figura 26 – Setor circular (esquerda) e coroa circular (direita).
POSIÇÃO RELATIVA ENTRE
CIRCUNFERÊNCIAS
Assim como uma reta pode ser tangente ou secante a uma
circunferência, as circunferências podem ser tangentes ou
secantes entre si.
Vejamos, nas circunferências que compõe a Figura 27 e 28 a
seguir, a representação da tangência interna e externa entre
circunferências, bem como a situação que ocorre entre
circunferências secantes entre si.
Fonte: Produção interna.
Figura 27 – Tangência interna e externa entre circunferências.
Fonte: Produção interna.
Figura 28 – Circunferências secantes.
ATENÇÃO
Note que o ponto de tangência T deve estar sempre posicionado
em uma reta que liga os centros das circunferências. Essa
condição é necessária para fazer a adequada concordância entre
circunferências e entre reta e circunferências, como veremos a
seguir.
TANGÊNCIA E
CONCORDÂNCIA
Vimos que a reta tangente toca a circunferência em um único
ponto, denominado ponto de tangência. Da mesma forma,
circunferências tangentes tocam uma a outra em um único ponto.
Em ambos os casos — seja a concordância entre reta e arco de
circunferência, ou entre dois arcos de circunferência —, o objetivo
do posicionamento relativo tangente é que a transição entre os
traços dos diferentes elementos do desenho seja suave, sem
inflexões (mudanças de direção) abruptas, conferindo continuidade.
Observamos que os elementos, estando em concordância
(tangência), não formam quinas (angulações) na transição entres
os traços.
Fonte: Produção interna.
Figura 29 – Elementos em concordância (esquerda) e sem
concordância (direita).
COMENTÁRIO
Com a utilização da computação gráfica, os processos de
construção de tangência e concordância com circunferências e
retas utilizando instrumentos de desenho se tornaram menos
frequentes. Entretanto, o conhecimento das condições básicas de
tangência é necessário para um desenho adequado à mão livre
(esboço) ou, eventualmente, quando é necessário utilizar os
instrumentos de desenho técnico.
Veremos, a seguir, os casos mais usuais de tangência e
concordância presentes no desenho técnico.
Fonte: Produção interna.
Figura 30 – Exemplos de tangência e concordância entre
circunferência e retas.
Uma reta e um arco de circunferência estão em concordância
quando o centro do arco está perpendicular à reta no ponto de
tangência. Ou seja, quando o raio faz um ângulo reto com a reta
tangente a essa circunferência.
Fonte: Produção interna.
Figura 31 – Exemplos de tangência e concordância entre
circunferências.
Já no caso de dois arcos de circunferência, esses elementos
estarão em concordância quando seus centros estiverem alinhados
com o ponto de tangência. Ou seja, os centros dos arcos e o ponto
de tangência entre eles estão em uma mesma linha reta.
Elementos básicos do desenho técnico
No vídeo, a seguir, o professor dará continuidade ao assunto:
APLICAÇÃO DE
CONCORDÂNCIA NA
CONSTRUÇÃO CIVIL
Para evitar que o tráfego de veículos afete vias de menor
capacidade de escoamento, geralmente internas das cidades,
executa-se a construção de um rodoanel. Também conhecido como
anel rodoviário, o rodoanel é uma autoestrada construída no
perímetro de grandes cidades, conectando importantes vias de
circulação de veículos.
Com conhecimentos de desenho técnico, você pode integrar a
equipe responsável pela elaboração do traçado das pistas.
Observe, neste cruzamento, como os arcos dos retornos são
desenhados em concordância com as pistas das estradas.
Fonte: Por Victoria Volchenko / Shutterstock.
Figura 32 – Anel viário.
MÃO NA MASSA
1. (2010 – INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,
CIÊNCIA E TECNOLOGIA – RN) A ALTERNATIVA
QUE APRESENTA AS CONDIÇÕES GEOMÉTRICAS
NECESSÁRIAS À CORRETA CONCORDÂNCIA
ENTRE DOIS ARCOS DE CIRCUNFERÊNCIA É:
A) A condição de que os centros e o ponto de concordância entre
esses arcos são colineares não se aplica a algum dos sentidos dos
arcos concordantes.
B) Os centros e o ponto de concordância entre esses arcos são
colineares apenas para arcos de mesmo sentido.
C) Os centros e o ponto de concordância entre esses arcos são
colineares apenas para arcos de sentidos contrários.
D) Os centros e o ponto de concordância entre esses arcos são
colineares, tanto para arcos de mesmo sentido quanto para arcos
de sentidos contrários.
2. (CAIP-IMES – 2015 – PREFEITURA DE MOGI DAS
CRUZES – SP – ENGENHEIRO CIVIL) EM UM
QUARTEIRÃO PERTO DA MINHA CASA, FOI
CONSTRUÍDA UMA PRAÇA CIRCULAR COM ÁREA
INTERNA DE 5024 M². TODOS OS DIAS CAMINHO 15
VEZES AO REDOR DELA, O QUE EQUIVALE A:
(OBS.: Π = 3,14)
A) 3,858 km
B) 3,768 km
C) 3,958 km
D) 3,898 km
3. (COLÉGIO PEDRO II – MAGISTÉRIO DO ENSINO
BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO – 2016 –
MODIFICADA) ANALISANDO-SE O ESTUDO
GRÁFICO DE UM AVISO DE PORTA DO TIPO “NÃO
PERTURBE”, FORAM FEITAS AS SEGUINTES
AFIRMAÇÕES:
I- ENTRE O ARCO DE CIRCUNFERÊNCIA DE
CENTRO O1 E A RETAS, OBSERVA-SE QUE ELES
NÃO ESTÃO EM CONCORDÂNCIA;
II- A CONCORDÂNCIA ENTRE ARCOS É
OBSERVADA NAS CIRCUNFERÊNCIAS DE
CENTROS O2 E O3;
III- A CONCORDÂNCIA ENTRE ARCOS TAMBÉM É
OBSERVADA NAS CIRCUNFERÊNCIAS DE
CENTROS O1 E O4;
IV- É OBSERVADA A CONCORDÂNCIA ENTRE A
RETAS COM O ARCO DE CIRCUNFERÊNCIA DE
CENTROS O5 E ENTRE A RETA U COM O ARCO DE
CIRCUNFERÊNCIA DE CENTRO O6.
FONTE: PRODUÇÃO INTERNA.
AO CARACTERIZARMOS AS AFIRMAÇÕES COMO
VERDADEIRAS (V) OU FALSAS (F), TEREMOS A
SEGUINTE SEQUÊNCIA:
A) V – F – V – V
B) V – V – V – F
C) V – V – F – V
D) F – V – F – F
GABARITO
1. (2010 – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
– RN) A alternativa que apresenta as condições geométricas
necessárias à correta concordância entre dois arcos de
circunferência é:
A alternativa "D " está correta.
Não importa o sentido do arco, a concordância é dada pelo
alinhamento (colineares) entre os centros e o ponto de
concordância.
2. (CAIP-IMES – 2015 – Prefeitura de Mogi das Cruzes – SP –
Engenheiro Civil) Em um quarteirão perto da minha casa, foi
construída uma praça circular com área interna de 5024 m².
Todos os dias caminho 15 vezes ao redor dela, o que equivale
a: (Obs.: π = 3,14)
A alternativa "B " está correta.
Sabemos que A = π ⋅ r
2
. Como A = 5024m
2
, então substituindo
dados, temos que:
2 5024
5024 = π ⋅ r onde r = √ = 40m
3,14
Como o comprimento do arco da circunferência é dado por 2 ⋅ π ⋅ r,
temos que: 2 . 3,14 . 40 = 251,2m
Como o esportista caminha 15 vezes ao redor da praça, temos:
15 . 251,2m = 3.768m = 3,768 km
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a
rolagem horizontal
3. (Colégio Pedro II – Magistério do Ensino Básico, Técnico e
Tecnológico – 2016 – MODIFICADA) Analisando-se o estudo
gráfico de um aviso de porta do tipo “não perturbe”, foram
feitas as seguintes afirmações:
I- Entre o arco de circunferência de centro O1 e a retas,
observa-se que eles não estão em concordância;
II- A concordância entre arcos é observada nas
circunferências de centros O2 e O3;
III- A concordância entre arcos também é observada nas
circunferências de centros O1 e O4;
IV- É observada a concordância entre a retas com o arco de
circunferência de centros O5 e entre a reta u com o arco de
circunferência de centro O6.
Fonte: Produção interna.
Ao caracterizarmos as afirmações como verdadeiras (V) ou
falsas (F), teremos a seguinte sequência:
A alternativa "C " está correta.
A única sentença incorreta é a III, uma vez que, apesar de os
centros O1 e O4 estarem alinhados, os arcos dessas
circunferências não são tangentes entre si.
GABARITO
VERIFICANDO O
APRENDIZADO
1. (SITE MUNDO EDUCAÇÃO – EXERCÍCIOS SOBRE
OS ELEMENTOS DO CÍRCULO E DA
CIRCUNFERÊNCIA – ADAPTADA) UM TERRENO
TEM FORMATO RETANGULAR, E SEU DONO
RESOLVEU COLOCAR GRAMA NO SETOR
CIRCULAR, CUJO RAIO É IGUAL A UMA DAS
LATERAIS DO TERRENO, CONFORME MOSTRA A
IMAGEM. SABENDO QUE O PERÍMETRO DO
TERRENO É DE 80 METROS E QUE O LADO MENOR
É IGUAL A 60% DO LADO MAIOR, QUAL É A ÁREA
DO TERRENO QUE RECEBERÁ GRAMA?
FONTE: PRODUÇÃO INTERNA.
A) 25 m2
B) 15 m2
C) 179,6 m2
D) 176,6 m2
2. (SITE MUNDO EDUCAÇÃO – EXERCÍCIOS SOBRE
OS ELEMENTOS DO CÍRCULO E DA
CIRCUNFERÊNCIA – ADAPTADA) UM CICLISTA DEU
30 VOLTAS EM UMA PISTA COM FORMATO DE
CIRCUNFERÊNCIA. AO OLHAR SEUS
EQUIPAMENTOS DE MEDIDA, ELE PERCEBEU QUE
A DISTÂNCIA PERCORRIDA NESSAS 30 VOLTAS
FOI DE 90 KM. QUAL A MEDIDA APROXIMADA DO
RAIO DA PISTA EM QUE SE ENCONTRAVA?
(CONSIDERE Π = 3,14).
A) 0,48 km
B) 0,58 km
C) 0,68 km
D) 0,78 km
GABARITO
1. (Site Mundo Educação – Exercícios sobre os elementos do
círculo e da circunferência – ADAPTADA) Um terreno tem
formato retangular, e seu dono resolveu colocar grama no
setor circular, cujo raio é igual a uma das laterais do terreno,
conforme mostra a imagem. Sabendo que o perímetro do
terreno é de 80 metros e que o lado menor é igual a 60% do
lado maior, qual é a área do terreno que receberá grama?
Fonte: Produção interna.
A alternativa "D " está correta.
Primeiramente, será necessário descobrir as dimensões do
retângulo e, depois, calcular a área do setor circular. O lado maior
mede x, e o menor mede 60% de x. Fazendo os cálculos para
encontrar o perímetro, temos:
Fonte: Produção interna.
O lado menor mede 60% de x, ou seja:
Fonte: Produção interna.
O lado menor é o raio do setor circular. O ângulo dessa figura
também é um dos ângulos internos do retângulo: 90°. Assim, a
área do setor circular de 90° é dada por:
Fonte: Produção interna.
A = 176,6 m2 de grama, aproximadamente.
2. (Site Mundo Educação – Exercícios sobre os elementos do
círculo e da circunferência – ADAPTADA) Um ciclista deu 30
voltas em uma pista com formato de circunferência. Ao olhar
seus equipamentos de medida, ele percebeu que a distância
percorrida nessas 30 voltas foi de 90 km. Qual a medida
aproximada do raio da pista em que se encontrava?
(Considere π = 3,14).
A alternativa "A " está correta.
Por meio da expressão usada para encontrar o comprimento da
circunferência, é possível determinar seu raio. O comprimento
dessa circunferência é:
Fonte: Produção interna.
Substituindo os valores na expressão usada para encontrar o
comprimento da circunferência, temos:
Fonte: Produção interna.
r = 0,48 km, aproximadamente.
MÓDULO 4
Descrever conceitos sobre escala, seus tipos e suas
aplicações
INTRODUÇÃO
O objetivo principal de um projeto de engenharia é a fabricação ou
construção de um objeto, um produto ou uma edificação. Para
construir um objeto, é necessário determinar suas características
geométricas, o material com o qual será construído, os
procedimentos técnicos associados à sua construção, entre outras
particularidades.
Esse processo de concepção está intrinsicamente associado ao
desenho técnico, pois é por meio de esboços e desses desenhos,
elaborados em softwares computacionais de precisão, que
desenhistas, projetistas e engenheiros definirão todas as
características volumétricas necessárias à fabricação de um
produto.
Fonte: Gorodenkoff / Shutterstock.
Imagine que você seja responsável por elaborar o desenho técnico
para dois projetos: um deles de um parafuso chumbador e outro de
uma planta baixa de uma edificação. Como esses produtos que
serão projetados e, posteriormente, fabricados possuem
características dimensionais completamente distintas, demandam
desenhos técnicos com características próprias.
Se desenharmos o parafuso chumbador com o seu tamanho real,
será muito difícil compreender suas características geométricas e
indicar no desenho seus detalhes e cotas (dimensões). Por outro
lado, se desenharmos também em tamanho real somente um único
cômodo da edificação, as suas dimensões são tão grandes que
não caberão em uma folha de papel, mesmo que seja uma folha
A0, com 1 m² de área para desenho.
A forma de lidar com essas necessidades na elaboração do
desenho técnico é empregando as escalas na representação
gráfica dos objetos e utilizando as cotas para indicação das
dimensões desenhadas.
ADEQUAÇÃO DOS DESENHOS
UTILIZANDO ESCALA
Fonte: Chaosamran_Studio / Shutterstock.
Sabemos que os projetos são, atualmente, entregues impressos
em papéis de formato padronizado e, em sua maioria, elaborados
utilizando softwares de computação gráfica. É necessário, portanto,
fazer com que as características do produto projetado estejam
perfeitamente detalhadas no papel, após a impressão.
ATENÇÃO
O mesmo vale para os esboços e os desenhos com instrumentos:
eles devem ser elaborados de forma a caberem no papel que está
sendo utilizado e de maneira a permitir a perfeita compreensão do
objeto representado.
Imagine, por exemplo, que você precisa representar, em uma folha
de papel, as características de uma estrutura metálica de uma
edificação, como a representada a seguir. Note que é impossível
representar os elementos estruturais da imagem em verdadeira
grandeza (dimensão real, tamanho natural).
Fonte: Autor/Shutterstock
Figura 33 – Estrutura metálica de uma edificação.
Por isso, é preciso reduzir as medidas reais dos elementos da
estrutura, dividindo-as por um fator de escala apropriado, que
reduz as medidas reais para medidas no papel, de forma que o
desenho do projeto possa ser representado em tamanho
adequado.
Se o desenho de uma edificação exige a adoção de fatores de
escala que reduzem as dimensões reais do objeto representado, o
contrário acontece quando você precisa representar, em uma folha
de papel, as características de objetos muito pequenos, como o
resistor representado a seguir.
Ao representar o resistor em verdadeira grandeza, seria difícil
detalhar suas características volumétricas e, mais ainda, indicar
suas medidas por meio da cotagem. Por esse motivo, é preciso
ampliar as medidas reais de objetos muito pequenos,
multiplicando-as por um fator de escala apropriado, que aumenta
as medidas reais do objeto, transformando-as nas medidas no
papel, tornando o desenho adequado para a compreensão das
características do objeto.
Fonte: Autor/Shutterstock
Figura 34 – Resistores em uma placa eletrônica.
SAIBA MAIS
Cabe ressaltar que o maior tamanho de papel padronizado pela
ABNT, por meio da NBR 10068/1987 (Folha de desenho – Leiaute
e dimensões), para desenhos técnicos, é o formato A0, que tem
dimensões 1189 x 841 mm, que corresponde a 1 m² de área.
Nenhuma edificação residencial, por menor que seja, poderia ser
representada em tamanho natural em uma folha de papel A0. A
NBR 8196/1999 (Desenho técnico – emprego de escalas) fixa as
condições exigíveis para o emprego de escalas e suas
designações em desenhos técnicos. Cabe ressaltar que, apesar de
essa norma ter sido cancelada em agosto de 2016, o conceito de
escala continua sendo utilizado.
TIPOS DE ESCALA
Vimos que o entendimento de escala é relativamente simples,
bastando multiplicar as medidas do objeto a ser representado por
um fator de escala, que pode ser menor, maior ou igual a um.
Portanto, o fator de escala, ou simplesmente escala, indica a
relação entre as medidas reais do objeto e a sua medida no papel.
ATENÇÃO
É importante que a escala do desenho esteja apresentada em sua
legenda ou, no caso de uma única prancha com vários desenhos
de escalas diferentes, devemos colocar a escala junto de cada
desenho.
Ao indicar a escala de um desenho, devemos colocar a palavra
ESCALA (ou, simplesmente, a abreviação ESC.) seguida da
relação numérica entre as dimensões no desenho e as dimensões
reais do objeto representado.
Em relação aos tipos, podemos ter escala:
DE REDUÇÃO
Diminui-se o tamanho do objeto real para que possa ser
representado em uma folha de papel. O fator de escala possui o
numerador menor do que o denominador, ou seja, fator de escala <
1.
Exemplo: Uma escala de 1:50 (lê-se um para cinquenta), sendo o
numerador igual a 1 a medida do desenho e o denominador 50 a
medida real do objeto, podemos concluir que cada 1 unidade no
desenho equivale a 50 unidades do objeto real, ou seja, o tamanho
do desenho foi diminuído 50 vezes em relação ao objeto real, para
que esse objeto seja representado na folha de papel escolhida.
NATURAL
Mantém-se o tamanho do objeto real na sua representação na
folha de papel. O fator de escala é a unidade, ou seja, o objeto é
desenhado exatamente do seu tamanho natural, ou seja, as
dimensões do desenho são iguais às do objeto.
DE AMPLIAÇÃO
Aumenta-se o tamanho do objeto real para que possa ser
representado em uma folha de papel e sua cotagem possa ser
representada, lida. O fator de escala possui o numerador maior do
que o denominador, ou seja, fator de escala > 1.
Exemplo: Uma escala de 5:1 (lê-se cinco para um), sendo o
numerador igual a 5 a medida do desenho e o denominador 1 a
medida real do objeto, podemos concluir que 5 unidades no
desenho equivalem a 1 unidade do objeto real, ou seja, o tamanho
do desenho foi ampliado cinco vezes do tamanho real do objeto
reproduzido, para que esse objeto seja representado na folha de
papel escolhida e as medidas (cotas) possam ser representadas
em um tamanho inteligível.
Cabe ressaltar que, nos desenhos com escala de ampliação ou
redução, as medidas lineares são afetadas pelo fator de escala, e
os ângulos permanecem os mesmos. Já em um desenho com
escala diferente da natural, as dimensões cotadas serão sempre as
dimensões reais do objeto, e nunca as medidas correspondentes
ao desenho.
Fonte: Produção interna.
Figura 35 – Representação dos diferentes tipos de escala.
Vejamos um exemplo de um quadrado de 10 unidades de lado,
representado com escalas de redução e ampliação:
Fonte: Produção interna.
Figura 36 – Representação de um quadrado em escala natural
e com escalas de redução e ampliação.
Aplicação de escala nos projetos de engenharia
No vídeo, a seguir, o professor dará continuidade ao assunto:
MEDIÇÃO DE DESENHOS
TÉCNICOS NO PAPEL
A leitura das medidas em uma régua tradicional permite utilizar,
diretamente, somente uma escala, que é a 1:100. A escala 1:100
indica que cada 1 cm desenhado no papel equivale a 100 cm
medidos em um objeto real. Isso significa que 1 cm desenhado é a
representação, em escala (reduzida), de uma unidade de medida
de 1 m.
ATENÇÃO
Apesar de a interpretação das escalas ser de fácil entendimento, o
que nos permitiria utilizar uma régua comum na medição de
desenhos, é mais prático utilizar instrumentos de medida que
possuem escalas de medição distintas.
Esses instrumentos são denominados de escalímetros e, pelo
corpo técnico, também são chamados somente pelo nome escala.
Os escalímetros possuem diferentes escalas de medida e facilitam
bastante a medição dos desenhos em escalas diferentes das
réguas tradicionais.
Os escalímetros, geralmente, são encontrados em 3 diferentes
formatos – sendo o nº 1 o mais utilizado –, cada um contendo
escalas diferentes, que são utilizadas para diferentes aplicações:
Nº 1: possui as escalas 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100, 1:125
Nº 2: possui as escalas 1:100, 1:200, 1:250, 1:300, 1:400,
1:500
Nº 3: possui as escalas 1:20, 1:25, 1:33, 1:50, 1:75, 1:100
Nas faces do escalímetro, são apresentadas diferentes graduações
de escalas. A imagem abaixo, por exemplo, indica uma graduação
para a escala 1:20. Nessa escala, cada unidade desenhada
corresponde a 20 unidades reais. Por exemplo, 1 m de medida real
é representado com 50 mm em desenho.
Fonte: Por Olga Popova / Shutterstock
Figura 37 – Escalímetro.
ESCALAS RECOMENDADAS
A recomendação prática é adotar escalas múltiplas de 2, 5 e 10,
mas é notável que as diferentes demandas do projeto vão nortear a
escolha da escala mais adequada.
Escalas de redução
No campo da arquitetura e da engenharia civil, por exemplo, as
escalas de redução são largamente utilizadas face a necessidade
de se representar os desenhos que fazem parte do projeto
arquitetônico dentro dos limites dos formatos padronizados de
papel.
Escalas de Ampliação
No caso de projetos de equipamentos eletrônicos e de pequenos
mecanismos complexos e de dimensões reduzidas, as escalas
mais adequadas são as de ampliação.
O quadro, a seguir, apresenta as escalas de ampliação e de
redução mais utilizadas. Vale ressaltar que, com a evolução da
computação gráfica, a facilidade de adoção de escalas
diferenciadas deixa as escalas citadas no próximo quadro como
uma recomendação, e não como uma obrigatoriedade.
QUADRO - ESCALAS DE AMPLIAÇÃO E DE
REDUÇÃO MAIS USUAIS
Categoria Esaclas
1:2 - 1:2,5 - 1:5 - 1:7,5 - 1:10
1:20 - 1:25 - 1:50 - 1:75
Escalas de redução
1:100 - 1:125 - 1:200 - 1:250
QUADRO - ESCALAS DE AMPLIAÇÃO E DE
REDUÇÃO MAIS USUAIS
1:500 - 1:750 - 1:1000 - 1:2000
2:1 - 5:1 - 10:1
Escalas de apliação
20:1 - 25:1 - 50:1
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a
rolagem horizontal
SAIBA MAIS
Nos desenhos desenvolvidos utilizando softwares computacionais,
como o AutoCAD, o desenho é feito no espaço de modelagem em
verdadeira grandeza, e escalas adequadas de plotagem do
desenho são utilizadas para que o desenho impresso tenha a
escala adotada pelo projetista.
ESCALA GRÁFICA E TALÃO
DE ESCALA
A escala gráfica é uma forma de indicar a escala de um desenho
técnico. Consiste de um segmento de reta graduado para
representar graficamente a relação entre o desenho e as medidas
reais. É comum sua utilização em desenhos topográficos e mapas.
A vantagem da utilização de tais escalas é que, se o desenho for
ampliado ou reduzido por processos de cópia fotográfica ou digital,
será sempre possível obter as medidas verdadeiras do desenho.
O talão da escala são os segmentos que sinalizam a proporção
entre as medidas reais e as desenhadas. Na escala gráfica, o talão
à esquerda da origem da escala é subdividido de acordo com a
necessidade de precisão do desenho.
Na figura, a seguir, a escala gráfica referente à escala 1:100 é
apresentada. Cada unidade de desenho equivale a 100 unidades
reais, o que significa que cada trecho da escala gráfica desenhado
com 1 cm representa 1 m do objeto real representado.
Fonte: Produção interna.
Figura 38 – Componentes da escala gráfica.
A seguir, vamos analisar algumas escalas gráficas e a forma com a
qual devemos desenhá-la. Apresentamos, primeiramente, a escala
gráfica para a escala 1:250. Cada unidade de medida desenhada
corresponde a 250 unidades reais. Isso significa que cada 1 cm
desenhado equivale a 250 cm reais, ou seja, 2,5 m. Para
representar o talão à esquerda da escala, vamos subdividi-lo em 10
partes. No exemplo, o talão à esquerda foi dividido em 10 partes de
1 m cada. Se 1 cm tem 2,5 m, cada 1 m real equivale a 0,4 cm
desenhados na escala gráfica. Sendo assim, 10 m equivalem a 4
cm.
Fonte: Produção interna.
Figura 39 – Escala gráfica 1:250.
Agora, vamos estudar a escala gráfica para a escala 1:100000.
Cada unidade de medida desenhada corresponde a 100000
unidades reais. Isso significa que cada 1 cm desenhado equivale a
100000 cm reais, ou seja, 1000 m (1 km). Para representar o talão
à esquerda da escala, vamos subdividi-lo em partes. No exemplo, o
talão à esquerda foi dividido em 4 partes de 500 m cada. Se 1 cm
tem 1000 m, cada 500 m reais equivalem a 0,5 cm desenhados na
escala gráfica. Sendo assim, 2000 m equivalem a 2 cm.
Fonte: Produção interna.
Figura 40 – Escala gráfica 1:250.
APLICAÇÃO DE ESCALA DE
REDUÇÃO NA CONSTRUÇÃO
CIVIL
No processo de solicitação do alvará da prefeitura para construção
de um imóvel, é necessário anexar a planta baixa, que é um
desenho técnico elaborado em escala (tamanho reduzido).
Imagine que você faça esse corte horizontal à altura de 1,5 m do
piso e retire a cobertura do imóvel, visualizando a estrutura de
cima, em uma vista aérea. Dessa forma, você observará, em
detalhes, a disposição dos cômodos, as dimensões das paredes
(comprimento e espessura), os vãos das portas e janelas, entre
outras coisas.
Fonte: Produção interna.
Figura 41 – Planta baixa de uma construção.
MÃO NA MASSA
1. SOBRE A UTILIZAÇÃO DE ESCALA NO DESENHO
TÉCNICO, SÃO VERDADEIRAS AS SENTENÇAS A
SEGUIR, COM EXCEÇÃO DE:
A) É importante que a escala do desenho esteja apresentada em
sua legenda ou, no caso de uma única prancha com vários
desenhos de escalas diferentes, devemos colocar a escala junto de
cada desenho.
B) Ao indicar a escala de um desenho, devemos colocar a palavra
ESCALA (ou, simplesmente, a abreviação ESC.) seguida da
relação numérica entre as dimensões no desenho e as dimensões
reais do objeto representado
C) Vimos que o entendimento de escala é relativamente simples,
bastando multiplicar as medidas do objeto a ser representado por
um fator de escala, que é sempre maior do que um.
D) Fator de escala ou, simplesmente escala, indica a relação entre
as medidas reais do objeto e a sua medida no papel.
2. O DESENHO TÉCNICO PROJETIVO TERÁ
SEMPRE UMA RELAÇÃO ENTRE AS MEDIDAS DO
DESENHO NO PAPEL E AS MEDIDAS DO OBJETO
REAL, CONHECIDA COMO ESCALA DO DESENHO.
SOBRE A ESCALA DO DESENHO TÉCNICO, É
CORRETO AFIRMAR:
A) 1:1 é chamada escala de ampliação.
B) Quando a medida do desenho é igual a 40 cm e a medida real é
igual a 10 cm, a escala adotada é 1:4.
C) Quando uma rua de 12 metros de largura é desenhada com 6
milímetros de largura, a escala de desenho adotada é 1:2000.
D) 10:1 e 2:1 são escalas de redução.
3. UM ENGENHEIRO CIVIL FOI CONTRATADO PARA
CONSTRUIR UMA MANSÃO EM UM TERRENO. A
CONSTRUÇÃO TERÁ AS SEGUINTES MEDIDAS
EXTERNAS (PERÍMETRO, ÁREA TOTAL
CONSTRUÍDA): 30,5 M X 19 M. ELE DEVERÁ
ELABORAR UMA PLANTA BAIXA PADRÃO PARA A
CONSTRUÇÃO DESSA CASA, QUE SERÁ
DESENHADA DUAS VEZES (UMA VEZ EM CADA
FOLHA) EM PAPEL A3 (420 X 297 MM) E A0 (1189 X
841 MM). PORTANTO, PARA QUE A PLANTA SEJA
DESENHADA NO MAIOR TAMANHO POSSÍVEL
(APROVEITANDO TODO O ESPAÇO DE UMA FOLHA
EM BRANCO, SE NECESSÁRIO), AS ESCALAS
UTILIZADAS DEVERÃO SER, RESPECTIVAMENTE,
DE:
A) 1:75 e 1:25
B) 1:100 e 1:25
C) 1:75 e 1:50
D) 1:125 e 1:50
GABARITO
1. Sobre a utilização de escala no desenho técnico, são
verdadeiras as sentenças a seguir, com exceção de:
A alternativa "C " está correta.
O fator de escala pode ser menor, maior ou igual a um.
2. O desenho técnico projetivo terá sempre uma relação entre
as medidas do desenho no papel e as medidas do objeto real,
conhecida como escala do desenho. Sobre a escala do
desenho técnico, é correto afirmar:
A alternativa "C " está correta.
1:1 é chamada escala natural (letra A); quando a medida do
desenho é 4 vezes maior do que o objeto real, a escala é de
ampliação, ou seja, 4:1 (letra B); 10:1 e 2:1 são escalas de
ampliação, pois o fator de escala é maior do que 1; uma rua de 12
m de largura em escala de 1:2000 será desenhada no tamanho
1200cm * 1/2000 = 0,6 cm, ou seja, 6 mm.
3. Um engenheiro civil foi contratado para construir uma
mansão em um terreno. A construção terá as seguintes
medidas externas (perímetro, área total construída): 30,5 m X
19 m. Ele deverá elaborar uma planta baixa padrão para a
construção dessa casa, que será desenhada duas vezes (uma
vez em cada folha) em papel A3 (420 x 297 mm) e A0 (1189 x
841 mm). Portanto, para que a planta seja desenhada no maior
tamanho possível (aproveitando todo o espaço de uma folha
em branco, se necessário), as escalas utilizadas deverão ser,
respectivamente, de:
A alternativa "C " está correta.
Convertendo as medidas para centímetros e multiplicando por
todos os fatores de escala citados nas alternativas de resposta,
temos a seguinte tabela:
Fonte: Produção interna.
Analisando as medidas dos desenhos no papel (em cm) em cada
escala da tabela, concluímos que o desenho em escala 1:75 cabe
no papel A3 e o em escala 1:50 no papel A0.
GABARITO
VERIFICANDO O
APRENDIZADO
1. (EDUC-PI (2016) – SEDUC-PI – CADISTA) A
PLANTA BAIXA DE UMA EDIFICAÇÃO
RETANGULAR QUE TEM MEDIDAS TOTAIS DE 10,00
M E 14,80 M ESTÁ DESENHADA NA ESCALA 1/50.
EM CENTÍMETROS, ESSAS MEDIDAS EQUIVALEM,
RESPECTIVAMENTE, A:
A) 0,200 e 0,296
B) 5,00 e 7,40
C) 20,00 e 29,60
D) 50,00 e 74,00
2. (2009 – CEHAP – GOVERNO DO ESTADO DA
PARAÍBA) NO QUE SE REFERE AO EMPREGO DE
ESCALAS EM DESENHO TÉCNICO, ASSINALE A
OPÇÃO CORRETA:
A) Deve-se usar uma única escala por folha de desenho. Quando
for necessário usar mais de uma escala nos desenhos, as
diferentes escalas devem ser distribuídas em folhas distintas.
B) A escala a ser escolhida pode variar de acordo com o tamanho
da folha de apresentação e independe da complexidade do objeto
e da finalidade de representação.
C) A palavra ESCALA deve ser indicada sem abreviação e deve
ser acompanhada dos termos NATURAL, AMPLIAÇÃO e(ou)
REDUÇÃO, todos em letras maiúsculas.
D) A escala e o tamanho do objeto são parâmetros para a escolha
do formato da folha em que será executado o desenho.
GABARITO
1. (EDUC-PI (2016) – SEDUC-PI – Cadista) A planta baixa de
uma edificação retangular que tem medidas totais de 10,00 m e
14,80 m está desenhada na escala 1/50. Em centímetros, essas
medidas equivalem, respectivamente, a:
A alternativa "C " está correta.
Se transformarmos as medidas da edificação para centímetros e
multiplicarmos pelo fator de escala 1/50, obteremos as medidas do
desenho.
2. (2009 – CEHAP – Governo do Estado da Paraíba) No que se
refere ao emprego de escalas em desenho técnico, assinale a
opção correta:
A alternativa "D " está correta.
Podem ser feitos desenhos em diferentes escalas em uma mesma
folha (letra A), basta indicar em cada desenho com a palavra
ESCALA ou abreviatura ESC., seguida da relação do desenho para
o objeto (por exemplo, 1:50) (letras C). A escala depende da
complexidade do objeto e da finalidade da representação (letra B).
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos que o desenho técnico é de fundamental importância na
formação de alguns profissionais. Engenheiros, arquitetos e
designers são bons exemplos dos que necessitam conhecer e
explorar os conceitos e procedimentos básicos apresentados.
Retas, ângulos, arcos e desenhos em escala estão presentes não
somente, mas principalmente, nos projetos desses profissionais,
como também no cotidiano de todos nós.
Mesmo não conhecendo em detalhes as propriedades e os
cálculos envolvidos nos elementos do desenho técnico, aplicamos
intuitivamente muitos conceitos: deslocamo-nos em linha reta entre
dois pontos, pois sabemos ser a menor distância; buscamos
caminhos menos íngremes, pois, quanto maior o ângulo, maior
será esforço; elaboramos desenhos em proporções diferentes do
tamanho real do objeto, para que possamos representá-los com
medidas proporcionais em folhas de papel. Essas e tantas outras
situações que fazem parte do nosso cotidiano, especialmente nas
atividades laborais dos profissionais citados, reforçam a
importância do desenho técnico.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR
10068: Folhas de desenho – Leiaute e dimensões –
Padronização. Rio de Janeiro, 1987.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR
13142: Desenho técnico – dobramento de cópia. Rio de Janeiro,
1999.
CASTANHEIRA, Nelson Pereira; LEITE, Álvaro Emílio. Geometria
plana e trigonometria. 1. ed. Curitiba: InterSaberes, 2014. (livro
consta da biblioteca virtual da Estácio)
ESTEPHANIO, Carlos Alberto do Amaral. Desenho técnico – uma
linguagem básica. 4. ed. Rio de Janeiro: Carlos Estephanio, 1996.
FRENCH, Thomas E., VIERCK, Charles J. Desenho técnico e
tecnologia gráfica. 7. ed. Rio de Janeiro: Globo, 2006.
MICELI, Maria Teresa; FERREIRA, Patrícia. Desenho técnico
básico. 4. ed. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2010.
SILVA, Arlindo; RIBEIRO, Carlos Tavares; DIAS, João; SOUSA,
Luis. Desenho técnico moderno. 4. ed. Rio de Janeiro: LCT,
2006.
ZATTAR; Isabel C. Introdução ao desenho técnico. 1. ed.
Curitiba: InterSaberes, 2016. (livro consta da biblioteca virtual da
Estácio)
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia:
Páginas 10 a 17 da Unidade II do livro Desenho técnico
básico, das autoras Maria Teresa Miceli e Patrícia Ferreira.
Capítulo 7 do livro Desenho técnico moderno, de Arlindo
Silva e outros autores.
Capítulos 3 e 8 do livro Geometria plana e trigonometria, de
Nelson Pereira Castanheira e Álvaro Emílio Leite, e veja um
pouco mais sobre ângulos e circunferências.
Páginas 49 a 59 do livro Introdução ao desenho técnico, de
Isabel Cristina Zattar, e veja mais informações sobre os
elementos fundamentais do desenho.
Capítulo 5 do livro Desenho técnico, de César Muniz e
Anderson Manzolli.
Capítulo 6 do livro Curso de desenho técnico e AutoCAD
dos autores Antônio Clelio Ribeiro, Mauro Pedro Peres e
Nacir Izidoro, entre outros.
CONTEUDISTA
Luiz di Marcello Senra Santiago
CURRÍCULO LATTES