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História 11º Ano Liberalismo

O documento resume os principais acontecimentos históricos de Portugal no início do século XIX, incluindo as invasões napoleónicas, a Revolução Liberal de 1820, a implantação do regime constitucional e as tensões entre liberais e absolutistas. Aborda também a evolução do conceito de cidadania no período e a legislação introduzida após a implantação do liberalismo em Portugal.

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História 11º Ano Liberalismo

O documento resume os principais acontecimentos históricos de Portugal no início do século XIX, incluindo as invasões napoleónicas, a Revolução Liberal de 1820, a implantação do regime constitucional e as tensões entre liberais e absolutistas. Aborda também a evolução do conceito de cidadania no período e a legislação introduzida após a implantação do liberalismo em Portugal.

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Preparação para o exame de História – 2º volume 11 ano

1. Reconhecer na revolução americana e na revolução francesa o paradigma das revoluções


liberais e burguesas;

2. Analisar o processo revolucionário português no contexto das invasões napoleónicas, da


saída da corte para o Brasil e da desarticulação do sistema económico-financeiro
lusobrasileiro;

No início do século XIX, Portugal, face ao Bloqueio Continental, procurou manter a


neutralidade, mas Napoleão Bonaparte acabou por ordenar a invasão do reino.

 A primeira invasão foi comandada pelo general Junot, a família real portuguesa
transferiu a sede da monarquia para o Brasil; a Inglaterra decidiu auxiliar Portugal e o
duque de Wellington, chefe do contingente inglês, com o apoio de tropas
portuguesas, venceu os franceses nas batalhas da Roliça e do Vimeiro. Os franceses
assinaram a paz, pela Convenção de Sintra, em 1808.
 A segunda invasão francesa, em 1809, foi liderada pelo marechal Soult, atingiu o
Porto mas as tropas luso-inglesas forçaram a retirada dos franceses.
 A terceira invasão, em 1810, foi chefiada pelo marechal Massena: houve confrontos
no Buçaco. Os franceses não conseguiram ultrapassar as Linhas de Torres Vedras e
retiraram em março de 1811.

As invasões francesas provocaram destruição, pilhagens e a perda de vidas humanas;


afetaram a agricultura, o comércio e a indústria.

Outros fatores foram causadores de insatisfação entre os portugueses:

 A manutenção da presença inglesa em Portugal;


 A ausência da família real no Brasil;
 A elevação do Brasita reino;
 A abertura do comércio aos portos ingleses.

Os ideais liberais influenciaram o desencadear de uma conspiração em Lisboa, em 1818,


liderada por Gomes Freire de Andrade, que acabou por falhar.

3. Problematizar a Revolução de 1820 e as dificuldades de implantação da ordem liberal (1820-


1834);

Revolução de 1820:

 oposição dos absolutistas liderada por D. Carlota e o filho D.Miguel

 Golpes anti liberais: Vila Francada e abrilada

 Morte de João VI

 D. Pedro IV rei de Portugal abdica do trono a favor de D.Maria sua filha


 Carta constitucional de 1826 (meio liberal- meio absolutista)

 D. Miguel proclama-se rei absoluto

 Guerra civil de 1832-1834

 Vitória do liberalismo- D. Maria II rainha

 Setembrismo- constituição de 1838

 Cabralismo- instituição da carta

 Maria da Fonte e Patoleia (revoltas populares)

Em 1820, reuniram-se as condições favoráveis à revolução de 1820:

 Formou-se a Junta Provisional do Governo Supremo do Reino.


 Um segundo levantamento militar, em Lisboa, conduziu à constituição de um Governo
Interino.
 A 28 de setembro, a Junta do Porto e o Governo Interino de Lisboa uniram-se e
formaram a Junta Provisional do Governo Supremo do Reino que preparou as eleições
para as Cortes Constituintes.

Foi um processo marcado pela resistência absolutista tendo-se sucedido vários golpes
contrarrevolucionários, liderados por D. Carlota Joaquina e por D. Miguel:

 -23 De fevereiro de 1823, em Vila Real; em março de 1823, a Vila-Francada, que


proclamou a restauração do absolutismo; em 30 abril de 1824, a Abrilada, que
instaurou um clima de terror;
 O rei D. João VI prometeu uma Constituição mais moderada e dissolveu as Cortes,
suspendendo a Constituição de 1822.

Em março de 1826, com a morte de D. João VI, D. Pedro, ausente no Brasil, foi reconhecido
como rei de Portugal, com o título de D. Pedro IV. Por ser Imperador do Brasil, abdicou a favor
da filha, D. Maria.

D. Pedro outorgou, em 29 de abril de 1826, a Carta Constitucional:

 D. Miguel devia jurar a Carta, assumindo o cargo de regente durante a menoridade de


D. Maria.
 D. Miguel não respeitou os compromissos e dissolveu as Cortes, sendo aclamado rei
absoluto em 1928.
 Foi desencadeada a guerra civil entre absolutistas e liberais que durou ate 1834.
 Nos Açores organizou-se a resistência ao absolutismo e preparou-se uma expedição,
que desembarcou no reino. Os liberais contaram com o apoio da Inglaterra e da França
e derrotaram os miguelistas, nas batalhas de Almoster e de Asseiceira.
 Chegava ao fim a guerra civil, com a assinatura da Convenção de Évora-Monte que
levou D. Miguel ao exílio.

4. Interpretar os princípios fundamentais estabelecidos na Constituição de 1822 e na Carta


Constitucional de 1826;

A Constituição de 1822 foi a primeira Constituição portuguesa e consagrou:


 A monarquia constitucional;
 A divisão dos poderes e respetivas competências;
 O sistema unicameral;
 O sufrágio era direto e universal, masculino, extensivo aos homens, maiores de 25
anos, que soubessem ler e escrever, casados com mais de 20
 Consagrava os direitos de liberdade, de segurança e de propriedade, as garantias
individuais, a igualdade perante a lei e no acesso aos cargos públicos.
 Rei aceita decisão da câmara

A Carta Constitucional de 1826 foi outorgada pelo rei D. Pedro IV e surgiu como uma tentativa
de conciliar prliberais e realistas. Aesentava as seguintes características:

 O regime monárquico, hereditário e representativo;


 Reconheceu a separação dos poderes políticos- 4 poderes políticos
 Introduziu o poder moderador que cabia ao rei, considerado o chefe supremo da
nação;
 O rei detinha o direito de veto;
 O sistema bicameral das Cortes;
 O voto censitário (quem paga imposto) e indireto, homem de 25 anos ou casado com
mais de 20, alfabetizado;
 Garantia os direitos do indivíduo (Liberdade, segurança e propriedade).
 Era conservadora e esteve ligada à tendência liberal mais moderada: o cartismo.
 Direitos políticos restritos aos mais ricos

5. Reconhecer a importância da legislação de Mouzinho da Silveira e dos projetos setembrista


e cabralista no novo ordenamento político e socioeconómico

Mouzinho da silveira

 Terminou c\o antigo regime e implantou o liberalismo.


 Abolição dos dízimos
 Extinção dos morgadios
 Eliminação de portagens (pag.111)

O período entre 1836 e 1851 foi marcado por forte instabilidade política opondo vintistas e
cartistas, que se traduziu em dois projetos políticos diferenciados:

 Setembrismo, entre 1836 e 1842, defensor do vintismo-conservadores- constituição de


1822
 Cabralismo, de 1842 a 1851, ligado ao projeto cartista- mais revolucionários/radicais-
carta constitucional de 1826

O setembrismo: Fruto de um golpe de estado, obrigando a rainha(D.Maria) a revogar a carta


de 1826 e a jurar a constituição de 1822. Defendiam a média e pequena burguesia.

 Revogou a Carta de 1826;


 Repôs a Constituição de 1822;
 Adotou a Constituição de 1838 que vai tentar conciliar a de 1822 e a carta
 Procedeu a uma reforma educativa;
 Adotou a pauta aduaneira de janeiro de 1837;
 Protegeu a indústria e o comércio;
 Publicou o Código Administrativo de 1836;
 Procurou reduzir a despesa pública.
 Tira o poder moderador ao rei
 Voto censitário
 Aposta na educação: criam liceus, conservatórios, ensino público

Novo golpe de estado

O Cabralismo- 1842: Defendem a alta burguesia.

 Restaurou a Carta Constitucional;


 Defendeu a ordem pública, apoiado nos conservadores ligados ao grande comercio e à
finança;
 Publicou o Código Administrativo de 1842;
 Criou o Banco de Portugal;
 Assinou um novo Tratado de Comércio com a Inglaterra;
 Elaborou o cadastro das propriedades fundiárias;
 Criou a décima industrial;
 Criou a Companhia das Obras Públicas de Portugal;
 Criou o Tribunal de Contas;
 Publicou as "leis da saúde" que proibiam os enterramentos nas igrejas.
 Obras públicas

O cabralismo foi marcado por uma forte atividade especulativa, ligada aos privilégios
concedidos pelo governo a companhias criadas, em troca de empréstimos e adiantamentos ao
Estado. Este período ficou marcado pela guerra civil, ligada à revolta da Maria da Fonte.

 Condições de vida díficil


 Desagrado da população
 Manipulação dos miguelistas e setembristas

O governo foi forçado a demitir-se em maio de 1846; o duque de Palmela formou um novo
governo que acabou por ser demitido.

O duque de Saldanha foi convidado a formar novo governo, que provocou nova oposição,
desencadeando a guerra civil, a Patuleia.

Esta fase da guerra civil contou com a intervenção da Inglaterra. A paz foi assinada a 30 de
junho de 1847 na convenção do Gramido. Costa Cabral voltou ao poder, a partir de 1849,
atuando de forma mais moderada. Mas isso não significou a pacificação das várias fações
políticas. O duque de Saldanha tornou-se chefe da oposição ao cabralismo e promoveu um
novo golpe, que afastou Costa Cabral do poder.

Em 1851 iniciou-se uma nova fase do liberalismo em Portugal - a Regeneração.


6. Problematizar a evolução do conceito de cidadania a partir da implantação dos regimes
liberais;

Com o liberalismo nasceu um novo indivíduo, o cidadão politicamente ativo, que elegia os
representantes da nação.

 Substituiu-se o primado do nascimento pelo primado das capacidades individuais.


 O Estado liberal não estabeleceu a universalidade do eleitorado.
 Predominou o voto censitário, que diferenciava os cidadãos ativos dos cidadãos
passivos.
 Os cidadãos ativos eram os que dispunham de direito de voto ou que podiam ser
eleitos, pelo facto de possuírem um rendimento.

Os direitos políticos estavam restritos a uma elite, composta sobretudo pela burguesia.

7. Identificar/aplicar os conceitos:

Carta constitucional; A Carta Constitucional da Monarquia Portuguesa de 1826 foi a


segunda constituição portuguesa.[1] Teve o nome de carta constitucional por ter sido
outorgada pelo rei D. Pedro IV e não redigida e votada por cortes constituintes eleitas
pela nação, tal como sucedera com a constituição de 1822. Foi a constituição
portuguesa que esteve mais tempo em vigor, tendo sofrido, ao longo dos seus 72 anos
de vigência, 4 revisões constitucionais, designadas por Atos Adicionais[2]. Esta Carta
Constitucional esteve em vigor durante 3 períodos distintos:
Vintismo; Vintismo é a designação genérica dada à situação política que dominou Portugal
entre Agosto de 1820 e Abril de 1823, caracterizada pelo radicalismo das soluções liberais e
pelo predomínio político das Cortes Constituintes, fortemente influenciadas pela Constituição
Espanhola de Cádis.

Cartismo; O cartismo foi um movimento operário radical e reformista que surgiu na Grã-
Bretanha na década de 1830 como resultado das consequências sociais e econômicas da
Revolução Industrial.

Setembrismo; Setembrismo é a designação dada à corrente mais à esquerda do movimento


liberal. O setembrismo derivou diretamente do vintismo, recebendo a sua designação do apoio
prestado por esta facão à Revolução de Setembro

Cabralismo; Cabralismo é a designação pela qual ficou conhecido o período, de 1842 a 1846,
em que António Bernardo da Costa Cabral dominou a política portuguesa.

O Legado do liberalismo na primeira metade do sec. XIX

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