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AO JUIZO DA VARA CIVEL DA COMARCA X DO ESTADO XXX
JOAO, nacionalidade XXXx, estado civil XXXX, profissdo
XXXxX, inscrito no RG XXXXX e no CPF XXXXXxXX, residente e
domiciliada na XXXXxX, endereco eletrénico XXXXX, por meio
de seus advogados infra-assinados, conforme procuragao
anexa, com endere¢o profissional XXXXX, nos termos do
art. 5°, LXIX, da Constituigado Federal de 1988, e artigo 1° da
Lei 12.016/09, impetrar
MANDADO DE SEGURANCA
Contra os atos praticados pelo SECRETARIO MUNICIPAL DE
EDUCAGAO DO MUNICIPIO ALFA, nacionalidade XXXXxX,
estado civil XXXXX, RG n° XXXXX, CPF n° XXXXXX, com
enderego funcional XXXXXX, CEP XXXXXXX, pelos motivos
de fato e de direito a seguir expostos.
SINTESE DOS FATOS
Joao, cidaddo politicamente atuante e plenamente
consciente dos deveres a serem cumpridos pelos poderes
constituidos em suas relagdes com a populagao, decidiu
fiscalizar a forma de distribuigao dos recursos aplicados na
area de educagao no Municipio Alfa, sede da Comarca X e
vizinho aquele em que residia, considerando as dificuldades
enfrentadas pelos moradores do local. Para tanto,
compareceu a respectiva Secretaria Municipal de Educagao
e requereu o fornecimento de informagées detalhadas arespeito das despesas com educagao no exercicio anterior, a
discriminagao dos valores gastos com pessoal e custeio em
geral e os montantes direcionados a cada unidade escolar, ja
que as contratacdes eram descentralizadas. O requerimento
formulado foi indeferido por escrito, pelo Secretario
Municipal de Educagao, sob o argumento de que Jodo nao
residia no Municipio Alfa; os gastos com pessoal eram
sigilosos, por dizerem respeito a intimidade dos servidores;
as demais informagées seriam disponibilizadas para o
requerente e para o publico em geral, via Internet, quando
estivesse concluida a estruturacao do “portal da
transparéncia’”, o que estava previsto para ocorrer em 2
(dois) anos. Jodo nado informou de que modo usaria as
informagées.
DO DIREITO
A) DA COMPETENCIA
No mandado de seguranga, a competéncia é definida pela
natureza da autoridade coatora. No caso, a autoridade 6 o
Secretario Municipal de Educagao do Municipio Alfa, o que
justifica que a presente acao seja ajuizada perante a Justica
Estadual.
B) DALEGITIMIDADE ATIVA
A legitimidade ativa para a impetragao do mandado de
segurang¢a esta prevista no art. 5°; LXIX, da CF e no art. 1° da
Lei n° 12.016/09, no qual dispdem que para propor o
mandado de seguranga podem ser qualquer pessoa fisica
ou juridica, titular do direito liquido e certo.No caso em tela, o autor da presente agdo preenche o
requisito, pois é pessoa fisica, titular do direito liquido e
certo.
C) DALEGITIMIDADE PASSIVA
De acordo com o art. 5°, LXIX, da CF, com os arts. 1° e 6°; §
3° da Lei n° 12.016/09, 0 legitimado passivo é a autoridade
publica ou agente no exercicio de fun¢ao publica que tenha
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a
sua pratica.
No caso em tela, afirma-se que o legitimado passivo é 0
Secretario Municipal de Educagao do Municipio Alfa, ja que
praticou o ato coator na hipdtese dos autos.
DO MERITO
No referido caso, Joao, usando do seu poder de cidadao,
solicitou a Secretaria Municipal de Educagao do Municipio
XXXXX informagées publicas, que sao de interesse da
populagdo em geral.
O inciso XXxXIII do artigo 5° da Constituicao Federal de 1988
assegura que:
XXxXIIl - todos tém direito a receber dos 6rgaos publicos
informagées de seu interesse particular, ou de interesse
coletivo ou geral, que serdo prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindivel a seguran¢a da sociedade e do
Estado, (Vide Lei n° 12.527, de 2011)Ou seja, é garantido a Jodo o direito de obter informagées
sem que seja impedido pelo Estado. Fica claro que esse
direito foi violado.
Os usuarios do servigo publico tém seu direito de acesso ao
contetido dos atos de governo assegurados nos termos do
Art. 37, § 3°, inciso Il, da CRFB/88.
Art. 37. A administragao publica direta e indireta de
qualquer dos Poderes da Unido, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municipios obedecerd aos principios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiéncia e, também, ao seguinte:
§ 3°A lei disciplinara as formas de participacao do
usudrio na administragao publica direta e indireta,
regulando especialmente:
/l- 0 acesso dos usuarios a registros administrativos e a
informagées sobre atos de governo, observado o
disposto no art. 5°, X e XXXIlll;
De acordo com 0 Art. 10, § 3° e Art. 11 da Lei n° 12.527/11,
as informagées deverdo ser concedidas imediatamente,
caso nao for possivel, a instituigao recebera um prazo de até
vinte dias e so vedadas quaisquer exigéncias relativas aos
motivos determinantes da solicitagdo de informagées de
interesse publico.DO PEDIDO LIMINAR
E evidente a urgéncia da disponibilizacao de tais
informagées, visto que, apresenta relevante interesse
publico, além do fato dessa recusa causar certa curiosidade,
ja que nao sao apresentadas justificativas plausiveis.
Portanto, ao analisar o caso em tela, veras que segundo o
art. 7°, Ill, da Lei 12.016/09, a tutela de provisoria urgéncia
sera concedida sempre que houver elementos capazes de
evidenciar a probabilidade do direito e o perigo de dano ou
risco ao resultado util do processo.
DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Ante ao exposto, o impetrante pede e requer:
a) seja concedida medida liminar, determinando que a
autoridade coatora fornega os dados solicitados pelo
Impetrante;
b) Requer que a autoridade coatora seja notificada para que
preste informagées no prazo de 10 (Dez) dias, bem como a
oitiva do Ministério Publico.
Da-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para efeitos
fiscais.Termos em que pede deferimento.
Local e data
Advogado
OAB