Reuniões de Desobsessão (Momento de Acolher de Espíritos em Desarmonia)
Reuniões de Desobsessão (Momento de Acolher de Espíritos em Desarmonia)
desobsessão
(Momento de acolher Espíritos em desarmonia)
(Versão 30)
Paulo Neto
(mos)
Copyright 2021 by
Paulo da Silva Neto Sobrinho (Paulo Neto)
Belo Horizonte, MG.
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Diagramação:
Paulo Neto
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e-mail: [email protected]
Prefácio.............................................................................5
1. Introdução..................................................................10
2. As reuniões na época da Codificação.........................15
3. Nas obras da Codificação Espírita..............................18
4. Além do diálogo com os Espíritos obsessores, teria
algo mais a se fazer a favor do paciente?..................48
5. Alcoolismo como efeito de obsessão.........................64
6. Condições ideais de uma reunião mediúnica.............69
7. Afinal, pode-se ou não evocar os mortos?...............175
8. E quanto aos guias poder-se-ia evocá-los para os
consultar?.................................................................200
9. Alguns Espíritos seriam constrangidos a comparecer
em uma reunião?.....................................................212
10. Como se deve tratar os Espíritos manifestantes?..229
11. A função da música................................................246
12. Poder-se-ia, pois, considerar a pessoa obsidiada um
médium?...................................................................257
13. Conclusão...............................................................265
Referências bibliográficas.............................................268
Dados biográficos do autor..........................................275
Prefácio
5
oriundos do profundo atraso intelecto-moral da
humanidade. Os abusos cometidos fizeram com que
legisladores locais optassem, inclusive, por proibir o
intercâmbio, embora reconhecessem a veracidade
do fenômeno.
6
A espiritualidade superior, contudo, aguardou o
momento propício, de maior amadurecimento
espiritual, para trazer ao mundo as luzes da Doutrina
Espírita. Através do emérito professor Rivail –
Denisard Hippolyte Léon Rivail (1804-1869) –
pesquisador arguto com uma longa romagem de
aprendizados em existências pregressas (o mundo
espiritual, assim como os Espíritos), passou a ser
melhor compreendido, afastando definitivamente de
cena as concepções errôneas e/ou extremadas.
7
abraça-os e acolhe-os, como irmãos nossos, de modo
a oferecer-lhes o esclarecimento e o apoio de que
tanto necessitam para se desembaraçarem das
paixões que os sufocam e os fazem sofrer.
8
Finalmente, convém lembrar que a obsessão se
dá pela afinidade entre os envolvidos, em que o
elemento encarnado deva fazer, da mesma forma,
todo o esforço de aperfeiçoamento íntimo
necessário, sem o qual qualquer iniciativa, por
melhor que se apresente, não passará de mera
perda de tempo, tal qual advertiu Jesus: “Vá e não
peques mais”. (João 8:11)
9
1. Introdução
10
Na atualidade, ou seja, no início do segundo
semestre de 2023, perto de se completar os 167
anos do surgimento da Doutrina dos Espíritos,
naturalmente poderá surgir o questionamento sobre
a real utilidade das evocações de desencarnados em
reuniões mediúnicas, nas quais se estabelecem
diálogos com eles visando, de alguma forma, auxiliá-
los.
11
ignorância generalizada da Doutrina no
próprio meio espírita, pois nela tudo se
define em termos de relação e evolução. Os
Espíritos sofredores, que são os obsessores,
permanecem mais ligados à Terra e portanto
à matéria. Dessa maneira, os Espíritos
benevolentes muitas vezes se
manifestam nas sessões de
desobsessão e servem-se dos médiuns
para poderem comunicar-se com os
obsessores. Apegados à matéria e à vida
terrena, os obsessores necessitam de sentir-
se seguros no meio mediúnico, envolvidos
nos fluidos e emanações ectoplásmicas da
sessão, para poderem conversar de maneira
proveitosa com os Espíritos esclarecedores.
Basta esse fato, comum nas sessões bem
orientadas, para mostrar que a doutrinação
humana dos Espíritos desencarnados é uma
necessidade. (2) (Nas transcrições e no texto
normal todos os grifos em negrito são
nossos. Quando ocorrer de não ser,
avisaremos.)
12
Luiz, através da psicografia do médium Francisco
Cândido Xavier (1910-2002), mais popularmente
designado por Chico Xavier. Pede-se apenas bom
senso, pois o excesso, para qualquer um dos lados,
não é uma atitude nada conveniente.
Ao desenvolver uma
pesquisa no livro Curso Básico
de Espiritismo, 1º ano,
publicado pela FEESP (Federação
Espírita do Estado de São Paulo),
visando encontrar informações
que pudessem retratar a vida no
mundo espiritual, acabamos deparando com este
parágrafo, cujo conteúdo nos pareceu bem
interessante:
13
O teor dessa explicação, segundo pudemos
posteriormente apurar, vem de O Livro dos Espíritos,
como se verá no início do próximo capítulo.
14
2. As reuniões na época da Codificação
15
assim deixar em paz o encarnado sobre o qual
exercem sua ação perniciosa, via de regra, por
motivo de vingança.
16
chamar? Quereis pedradas? Será então
que se verá um salve-se quem puder,
apesar de vosso ar de bravura.
2. Quando nos arremessares pedras aqui,
isso não nos amedrontará; pergunto mesmo
positivamente se tu as podes arremessar? –
R. Aqui, talvez eu não pudesse; tendes
um guardião que vela bem sobre vós. (6)
17
3. Nas obras da Codificação Espírita
18
esclarecidos”, pois significa que eles, ainda que
anonimamente, frequentam as reuniões mediúnicas
sérias e de elevado teor moral visando aprender.
19
relato constante de O Céu e o Inferno, Segunda
Parte, capítulo “III – Espíritos em condições
medianas”:
20
A evocação dos Espíritos vulgares
tem, além disso, a vantagem de nos
pôr em contato com Espíritos
sofredores, que podemos aliviar e cujo
adiantamento podemos facilitar, por
meio de bons conselhos. Todos, pois,
podemos nos tornar úteis, ao mesmo tempo
que nos instruímos. Há egoísmo naquele
que somente a sua própria satisfação
procura nas manifestações dos
Espíritos, e dá prova de orgulho aquele
que deixa de estender a mão em
socorro dos desgraçados. De que lhe
serve obter belas comunicações de Espíritos
de escol, se isso não o faz melhor para
consigo mesmo, nem mais caridoso e
benévolo para com seus irmãos deste
mundo e do outro? Que seria dos pobres
doentes, se os médicos se recusassem a
lhes tocar as chagas? (10)
21
o adiantamento moral dos Espíritos inferiores,
estarão agindo como egoístas, segundo os preceitos
do Cristo, e orgulhosos, segundo Allan Kardec, por
não colocarem em prática a caridade e a
benevolência para com eles.
22
acordo com Allan Kardec, é efetivamente necessário
fazê-la, como nos casos das obsessões graves. Mas
deixaremos para tratar desse assunto mais à frente.
23
desempenhar caridosamente, religiosamente”. É
claro, portanto, que isso nos é possível.
24
ascendente que o homem pode exercer
sobre os Espíritos está na razão da sua
superioridade moral. Ele não domina os
Espíritos superiores, nem mesmo os que,
sem serem superiores, são bons e
benevolentes, mas pode dominar os que lhe
são inferiores em moralidade.” (13) (itálico do
original)
25
percepções. […]. (14)
26
Interessante é perfeita sintonia entre o
discípulo Léon Denis e seu mestre Allan Kardec.
27
palavra, minha querida. Você não estava
só. Parecia a você que estava, mas na
realidade eu, com muitos outros
espíritos de conhecidos e amigos,
estávamos ansiosamente vigiando-a, à
espera do momento em que nos fosse
possível manifestar-nos a você. Para
muitas almas de desencarnados, o
transpasse do mundo dos mortais para o
dos imortais é um período de crise moral
bastante penosa, e eles têm necessidade da
assistência imediata dos seus entes
queridos, para que os confortem e
encorajem, até que estejam familiarizados
com o novo ambiente; mas você não era
uma alma como muitas outras. Nas mais
críticas situações da vida você sempre
escolheu agir por si só; você encerrou
constantemente no fundo da alma os seus
pensamentos, as suas reflexões, o fruto da
sua experiência e até mesmo as suas
emoções. Você soube, com firmeza de
heroína, olhar a morte no rosto. Muito bem,
de um temperamento como o seu
exigia-se que permanecesse em
ambiente espiritual de aparente
isolamento, a fim de que você pudesse
apreciar melhor o valor da comunicação
espiritual. Mas assim que você sentiu
necessidade de companhia, e a desejou com
o pensamento, imediatamente ficamos em
condições de responder ao seu chamado.”
28
Essas explicações do espírito-guia são
teoricamente interessantes, porque
constituem uma variante complementar de
outro detalhe discutido anteriormente,
segundo a qual os “espíritos inferiores”
não podem perceber os superiores,
tendo em vista a diferença existente na
classificação das vibrações dos seus
respectivos “corpos etéreos”, e,
analogamente, das vibrações de seu
pensamento. (17)
29
melhorarem. Pode-se agir do mesmo modo
sobre os encarnados, mas com muito mais
dificuldade. De onde vem que a
educação moral dos Espíritos
desencarnados é mais fácil do que a
dos encarnados? (18) (itálico do original)
30
dizer, em algumas semanas, aqueles
homens que lhes são confiados. Os
Espíritos, ao contrário, aos quais a matéria
não impõe mais suas leis e não fornecem
mais os meios de satisfazer seus apetites
maus, e que não têm mais,
consequentemente, senão desejos
inatacáveis, estão mais aptos para
receberem os conselhos que lhes são
dados. Responder-se-á, talvez, então, para
essa questão, que tem a sua importância:
Por que não escutam os conselhos de
seus guias do espaço e esperam os
ensinamentos dos homens? Porque é
necessário que os dois mundos, visível
e invisível, reajam um sobre o outro, e
que a ação dos humanos seja útil
àqueles que viveram, como a ação da
maioria destes é benfazeja àqueles que
vivem entre vós. É uma dupla corrente, uma
dupla ação igualmente satisfatória para
esses dois mundos, que estão unidos por
tantos laços.
Eis o que creio dever responder à
pergunta colocada por vosso presidente.
31
No livro O Céu e o Inferno, Segunda Parte, ao
final do capítulo “IV – Espíritos sofredores”, encontra-
se registrada essa mesma dúvida só que dirigida a
São Luís, protetor da Sociedade Espírita de Paris, que
entendemos valer a pena a citar:
32
Não ocorre a mesma coisa com o
Espírito desencarnado, porquanto,
embora sob a influência semimaterial, não
se compara por seu estado ao encarnado. O
respeito humano, tão preponderante
no homem, não existe para aquele, e só
este pensamento é bastante para compeli-lo
a não resistir longamente às razões que o
próprio interesse lhe aponta como boas. Ele
pode lutar, e o faz geralmente com mais
violência do que o encarnado, visto ser mais
livre. Nenhuma cogitação de interesse
material, nem de posição social, se antepõe
ao seu raciocínio. Luta por amor do mal, mas
cedo adquire a convicção da sua impotência,
em face da superioridade moral que o
domina. A perspectiva de um futuro melhor
lhe é mais acessível, por se reconhecer na
mesma vida em que se deve completar esse
futuro; e essa visão não se turva no
turbilhão dos prazeres humanos. Em uma
palavra, a independência da carne é que
facilita a conversão, principalmente quando
se tem adquirido certo desenvolvimento
pelas provações cumpridas. Um Espírito
inteiramente primitivo seria pouco acessível
ao raciocínio, o que não se dá com o que já
tem experiência da vida. Ademais, no
encarnado como no desencarnado, é sobre a
alma, é sobre o sentimento que se deve agir.
Qualquer ação material pode sustar
momentaneamente os sofrimentos do
homem vicioso, mas é incapaz de destruir o
princípio mórbido que reside na alma. Todo e
33
qualquer ato que não vise a aperfeiçoar a
alma, não poderá desviá-la do mal.
34
obsessão, razão pela qual devemos envidar todos os
esforços para manter, nas instituições espíritas,
reuniões sérias voltadas à desobsessão.
35
proveitosas lições. Não terminam aí os
benefícios, pois se consegue que outros
grupos de espíritos, que permanecem na
ignorância, se beneficiem com a lição que
representa a mudança de conduta do
espírito com o qual se estabeleceu a
comunicação. (23)
36
Evidenciado fica que os Espíritos bons também
ajudam os inferiores e os malfazejos, não sendo,
portanto, tarefa de exclusiva competência nossa.
Entendemos que, especificamente, nas reuniões de
desobsessão o que existe é uma efetiva parceria de
iniciativa deles para conosco.
37
mais adiantados, são levados aos
grupos de estudo, para serem
instruídos acerca de sua nova condição.
É difícil às vezes fazer-lhes compreender que
abandonaram a vida carnal, e sua
estupefação atinge o cômico, quando,
convidados a comparar o organismo que
momentaneamente animam com o que
possuíam na Terra, são obrigados a
reconhecer o seu engano. Não se poderia
duvidar, em tal caso, na incorporação
completa do Espírito. (26)
38
exercê-lo. Mais à frente, em capítulo específico,
voltaremos a esse ponto.
39
A Igreja crê nos demônios, quer dizer,
em uma categoria de seres de natureza
perversa e votados ao mal pela eternidade,
consequentemente, imperfectíveis. Com
essa ideia ela não procura melhorá-los. O
Espiritismo, ao contrário, reconheceu
que o mundo invisível é composto das
almas ou Espíritos dos homens que
viveram sobre a Terra, e que, depois de
sua morte, povoam o espaço; entre eles há
bons e maus, como entre os homens;
daqueles que fizeram o mal durante sua
vida, muitos nisso se comprazem ainda
depois de sua morte; mas, por isso mesmo
que pertencem à Humanidade, estão
submetidos à lei do progresso e podem se
melhorar. Não são, pois, demônios no
sentido da Igreja, mas Espíritos imperfeitos.
Sua ação sobre os homens se exerce,
ao mesmo tempo, sobre o físico e sobre
o moral; daí uma multidão de afecções que
não têm sua sede no organismo, de loucuras
aparentes que são refratárias a toda
medicação. É um novo rumo da patologia,
que se pode designar sob o nome de
patologia espiritual. A experiência ensina
distinguir os casos dessa categoria,
daqueles que pertencem à patologia
orgânica.
Não tentaremos descrever o tratamento
das afecções desse gênero, porque já foi
indicado em outra parte; limitar-nos-emos
em lembrar que consiste numa tripla
40
ação: a ação fluídica que liberta o
perispírito do doente do constrangimento
daquele do mau Espírito, o ascendente
exercido sobre este último pela autoridade
que dá sobre ele a superioridade moral, e a
influência moralizadora dos conselhos
que se lhe dá. A primeira não é senão o
acessório das duas outras; só ela é
insuficiente, porque se chega
momentaneamente a afastar o Espírito,
nada o impede de retornar à carga. É a fazê-
lo renunciar voluntariamente aos seus maus
propósitos que é preciso se prender,
moralizando-o. É uma verdadeira educação
a fazer que exige tato, paciência,
devotamento, e, acima de tudo, uma fé
sincera. A experiência prova, pelos
resultados obtidos, a força desse meio; mas
ela demonstra também que, em certos
casos, o concurso simultâneo de várias
pessoas unidas de intenção, é
28
necessário. ( ) (itálico do original)
41
Na Revista Espírita 1865, mês de janeiro,
artigo “Nova cura de uma jovem obsidiada de
Marmande”, temos estas duas notas de Allan Kardec
que merecem destaque:
42
reservou. (29)
43
“[…] Seguindo o conselho de nossos
guias espirituais, imediatamente nos
pusemos à obra. A 11 deste mês, às oito
horas da noite, começaram nossas
reuniões com vistas a evocar o Espírito,
moralizá-lo, orar pelo obsessor e pela
vítima e a exercer sobre esta uma
magnetização mental. As reuniões
ocorriam todas as noites e na sexta-feira,
15, a menina sofreu a última crise. […].” (31)
44
O objetivo principal a que nos
propomos é o alívio dos Espíritos
sofredores, tanto encarnados quanto
desencarnados. Nossas reuniões têm
lugar duas vezes por semana. Tratamos
de alcançar a unidade de pensamento, e,
para a isto chegar, cada um dos assistentes,
durante toda a duração da sessão, guarda o
mais recolhido silêncio, e quanto à questão
posta aos Espíritos é lida em alta voz, cada
um de nós pede mentalmente a ajuda a seu
anjo protetor a fim de obter uma resposta
verdadeira. Tendo, o mais
frequentemente, nas evocações
relações com Espíritos de uma ordem
inferior, a dos Espíritos obsessores, e
conhecendo, por experiência, a eficácia da
prece em comum, com isso temos quase
sempre recursos para esclarecer e
aliviar esses infelizes. […]. (32)
45
na Revista Espírita 1866, mês de fevereiro, nos
dois últimos parágrafos do artigo “Curas de
obsessões”:
46
A causa, de forma bem sintética, poderemos
encontrar na frase de Erasto “os Espíritos atraem
Espíritos que lhes são similares” (34), bem como
nesta outra que os Espíritos superiores disseram ao
Codificador: “O semelhante atrai o semelhante.” (35)
47
4. Além do diálogo com os Espíritos
obsessores, teria algo mais a se fazer a
favor do paciente?
48
O ilustrador Wilton Pontes estava muito
inspirado quando da criação dessa imagem ( 39), que
bem representa o pensamento de muitos pacientes,
portanto, devemos instruí-los quanto à necessidade
da reforma íntima.
49
partes das provas às quais estão
submetidas. “Ocorre mesmo algumas
vezes que a obsessão, quando é simples,
é uma tarefa imposta ao obsidiado, que
deve trabalhar para melhorar o
obsessor, como um pai à de um filho
viciado.” (40)
50
A nossa experiência nessas reuniões, no
entanto, nos convenceu a usar um método
diferenciado. Numa das instituições que
frequentamos foi criada uma reunião específica para
o trato das obsessões, na qual o paciente também
deveria comparecer, esse é o diferencial. Usaremos
desta imagem para melhor explicar (41):
51
pelos Espíritos envolvidos no trabalho, empenhava-
se na tarefa de estabelecer um diálogo fraterno com
os obsessores.
52
vítima. Ideias, hábitos, tendências
alimentadas pelo obsedado constituem
elementos de atração para o obsessor.
Nesses casos, o trabalho maior da
desobsessão é com a própria vítima. Os
dirigentes do trabalho precisam estar
atentos, vigilantes quanto ao
comportamento do obsedado,
ajudando-o constantemente a reagir
contra as influências do espírito e
contra as suas próprias tendências e
hábitos mentais. A mente do obsedado,
nesses casos, é o pivô do processo.
Ensinar-lhe a controlar e dominar sua
mente pela vontade, com apoio no
esclarecimento doutrinário, é o que
mais importa. Do domínio da mente
decorre naturalmente o domínio das
emoções e dos sentimentos, que são por
assim dizer os elementos de atração do
espírito obsessor. (42)
53
destacado, pois, na Codificação, há referência a
utilização da magnetização mental.
54
uma jovem, que atraiu para junto de si vários
Espíritos maus:
55
Infelizmente, certos magnetizadores fazem
muito, a exemplo de muitos médicos,
abstração do elemento espiritual; eles não
veem senão a ação mecânica, e se privam
assim de um poderoso auxiliar. Esperamos
que os verdadeiros Espíritas verão mais
tarde, nesse fato, uma prova a mais do
bem que poderão fazer em semelhante
circunstância. (45)
56
Nas orientações dos guias destacamos a
sugestão de se fazer uma magnetização mental a
favor da vítima, essa será realizada se fazendo
preces a favor do obsediado.
57
junho, transcrevemos trecho da carta enviada pelo
Dr. Dombre, de Marmande, ao Codificador e seus
respectivos comentários:
58
de que a faculdade de curar ou aliviar
seu semelhante não é o privilégio
exclusivo de algumas pessoas; que não
é preciso, para isto, senão boa vontade
e confiança em Deus; não falo de uma boa
saúde que é condição indispensável, se o
compreendem. Em reconhecendo que se
tem em si mesmo esse poder, adquire-se a
certeza de que não há malabarismos, nem
sortilégio, nem pacto com o diabo. É, pois,
um meio de destruir as ideias supersticiosas.
“Eis alguns exemplos de curas obtidas.
“Uma menina de 6 a 7 anos estava
acamada, tendo uma dor de cabeça
contínua, febre, uma tosse frequente com
escarro, uma dor viva do lado esquerdo; dor
também nos olhos que se recobriam, de
tempo em tempo, de uma substância
leitosa, formando uma espécie de fronha.
Sob os cabelos, a pele do crânio estava
recoberta de películas brancas; a urina
espessa e turva. A criança fraca e abatida
não comia nem dormia. O médico tinha
acabado por suspender suas visitas. A mãe,
pobre, em presença de sua filha doente e
abandonada, veio me procurar. Nossos
guias consultados prescreveram, por
todo remédio, a imposição das mãos,
os passes fluídicos da parte da mãe,
recomendando-me ir, durante alguns dias,
fazê-la ver como a isto se prender. Comecei
por fazer levantar os vesicatórios e fazê-los
secar. Depois de três dias de passes e
59
de imposição de mãos sobre a cabeça,
os rins e o peito, efetuados a título de
lições, mas feitos com alma, a criança
pediu para se levantar; a febre estava
detida, e todos os acidentes descritos mais
acima desapareceram ao cabo de dez dias.
“Esta cura, que a mãe qualificava de
miraculosa, me fez chamar, dois dias mais
tarde, junto de uma outra menina de 3 ou 4
anos que tinha febre. Depois dos passes e
imposição das mãos, a febre cessou,
desde o primeiro dia.
“As curas de algumas obsessões não nos
deram menos satisfação e confiança. Marie
B…, jovem de 21 anos, de Samazan, perto
de Marmande, se punha nua como um
verme, corria pelos campos, e ia se deitar ao
lado de um cão num buraco de palha. A
moralização do obsessor de nossa
parte, e os passes fluídicos feitos pelo
marido, segundo nossas instruções,
logo a libertaram. Toda a comuna de
Samazan foi testemunha da impotência da
medicina em curá-la, e da eficácia do meio
simples empregado para conduzi-la ao
estado normal.
“A senhora D…, com a idade de 22 anos,
da comuna de Sainte-Marthe, não longe de
Marmande, caía em crises
extraordinárias e violentas; ela rugia,
mordia, rolava, sentia golpes terríveis no
estômago, desmaiava, e, frequentemente,
60
ficava quatro ou cinco horas sem
conhecimento; uma vez ela ficou oito dias
sem recobrar sua lucidez. O Sr. doutor T…
tinha-lhe em vão dado seus cuidados. O
marido, ao cabo de cursos junto das
pessoas da arte, dos padres de nossa
região, reputados curadores exorcistas,
adivinhos, porque confessou tê-los
consultado, se dirige a nós com o pedido
de consentirmos nos ocupar de sua mulher
se, como lhe foi reputado, estava em nosso
poder curá-la. Prometemos escrever-lhe para
lhe indicar o que deveria fazer.
“Nossos guias nos disseram: Que
cesse todo tratamento médico: os remédios
seriam inúteis; que o marido elevasse sua
alma a Deus, que impusesse as mãos
sobre a fronte de sua mulher e lhe
fizesse passes fluídicos com amor e
confiança; que observasse pontualmente
as recomendações que iríamos fazer-lhe,
embora qualquer contrariedade que disso
possa sentir (seguem essas recomendações
que são todas pessoais), e se compenetre
bem da ideia de que são necessárias ao
proveito de sua pobre aflita, ele terá logo a
sua recompensa.
“Disseram-nos também para chamar
e moralizar o Espírito obsessor, sob o
nome de Lucie Cédar. Este Espírito revela a
causa que o levava a atormentara Sra. D…
Essa causa se ligava precisamente às
recomendações feitas ao marido. Este
61
último estando conforme com tudo, teve a
satisfação de ver sua mulher
completamente livre, no espaço de dez dias.
Ele me disse: Uma vez que os Espíritos se
comunicam, não me admiro que tenham vos
dito que não era conhecido de mim, mas
estou bem mais admirado de que nenhum
remédio tenha podido curar minha mulher;
se estivesse me dirigido a vós desde o início,
teria 150 fr. em meu bolso, que ali não estão
mais, e que despendi em medicamentos.
"Eu vos aperto muito cordialmente a
mão,
“DOMBRE.”
62
[…].
O fato mais característico assinalado
nesta carta é o da intervenção dos
parentes e amigos dos doentes nas
curas. É uma ideia nova cuja importância
não escapará a ninguém, porque sua
propagação não pode deixar de ter
resultados consideráveis; é a vulgarização
anunciada da mediunidade curadora. […].
(49) (itálico do original)
63
5. Alcoolismo como efeito de obsessão
O alcoolismo (50) é
uma dolosa situação, que,
em alguns casos, pode
surgir como origem de uma
obsessão, por isso merece,
de nossa parte, algumas
explicações dado o seu
relevante papel entre as suas várias causas.
64
Como a morte não nos transforma em anjos,
retornamos ao mundo espiritual tal e qual éramos
como encarnados – incluindo, obviamente, todos os
vícios que nos proporcionavam prazer.
65
Entendemos que isso é algo que se pode
confirmar nas seguintes obras da Codificação
Espírita:
66
Boa parte das causas tem relação direta com a
“fraqueza moral de certos indivíduos” (56) que os
Espíritos inferiores, deliberadamente, podem se
aproveitar, de tal sorte que, conforme nos esclarece
o Codificador, “a pessoa sobre quem ele atua não
consegue se desembaraçar.” (57)
67
A situação inusitada que, algumas vezes,
encontramos na prática diária, que é preciso
mencionar, é que, em determinadas situações
obsessivas, o Espírito, que em vida foi um alcoólatra,
pode induzir sua vítima ao alcoolismo, ainda que ela
não tenha o hábito de ingerir bebidas alcoólicas.
68
6. Condições ideais de uma reunião
mediúnica
69
6.1. A escolha do dirigente ou coordenador e
considerações a respeito dos médiuns
70
anímico ou às investidas mistificadoras, que
proliferam nos terrenos onde vigora a
invigilância.
Poucos dirigentes espíritas sabem
que não deve ser qualquer médium
convidado para atender aos trabalhos
desobsessivos. Não é por ser psicofônico,
vidente ou psicógrafo que um médium terá
condições gerais para participar de
trabalhos tão graves, tão sérios. Pessoas
que mantêm o tabagismo, o alcoolismo
ou o uso de quaisquer outras drogas de
tropismo neurológico; indivíduos que
se mantêm nas faixas da prostituição
sexual, por mais modernas que estejam tais
práticas nas metrópoles, e quejandos,
certamente não serão os mais
recomendados para atender nessas
sessões. Pessoas de língua grande, que
não sabem guardar a discrição exigida por
esses labores, bem como as que portam
desarranjos emocionais, que gritam, que se
acabam de chorar se chove ou se faz sol,
não devem ser chamadas para tão
sérios compromissos. (59)
71
médiuns, que somente por serem medianeiros
devem ser chamados, existem os pontos
relacionados que devem ser levados em conta.
72
seja a ordem em que as circunstâncias os
façam vir. […].
[…].
[…] deve-se ler O Livro dos Espíritos, no
qual os princípios da Doutrina estão
completamente desenvolvidos; depois, O
Livro dos Médiuns, para a parte
experimental, destinado a servir de guia
para os que desejarem operar por si
mesmos, bem como aos que quiserem
compreender melhor os fenômenos. Vêm
depois as diversas obras em que são
desenvolvidas as aplicações e as
consequências da Doutrina, tais como: O
Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o
Inferno etc. (61)
73
algumas pessoas aceitam tudo o que
vem do mundo invisível, sob o prestígio
de um grande nome, é que anima os
Espíritos embusteiros. Todos, pois, devem
consagrar a máxima atenção em lhes
frustrar os embustes; porém, ninguém pode
chegar a isso senão com o auxílio da
experiência adquirida por meio de um
estudo sério. É por isso que repetimos
incessantemente: estudai, antes de
praticardes, pois esse é o único meio
de não adquirirdes a experiência à
vossa própria custa. (62)
74
Jamais dissimulamos os escolhos que se
encontram na mediunidade, razão por que
multiplicamos as instruções, a esse respeito,
em O Livro dos Médiuns, e não
cessamos de recomendar o estudo
preliminar antes de se entregar à
prática; também, depois da publicação
deste livro, o número de obsidiados diminuiu
sensivelmente e notoriamente, porque ele
poupa uma experiência que os novatos
não adquirem, frequentemente, senão às
suas custas. Dizemo-lo ainda, sim, sem
experiência, a mediunidade tem
inconvenientes dos quais o menor seria
ser mistificado por Espíritos
enganadores ou levianos; praticar o
Espiritismo experimental sem estudo, é
querer fazer manipulações químicas sem
saber a química.
[…].
A presunção de se crer invulnerável
contra os maus Espíritos foi mais de uma
vez punida de modo cruel, porque não são
desafiadas jamais impunemente pelo
orgulho; o orgulho é a porta que lhes dá o
acesso mais fácil, porque ninguém oferece
menos resistência do que o orgulhoso
quando tomado pelo seu lado fraco. Antes
de se dirigir aos Espíritos, convém,
pois, se armar contra o ataque dos
maus, como quando se caminha sobre um
terreno onde se teme a mordedura de
serpentes. A isto chega-se primeiro pelo
75
estudo preliminar que indica o caminho
e as precauções a tomar, depois pela
prece; mas é preciso bem se compenetrar
da verdade, que o único preservativo está
em si, em sua própria força, e jamais em
coisas exteriores, e que não há nem
talismãs, nem amuletos, nem palavras
sacramentais, nem fórmulas sagradas
ou profanas que possam ter a menor
eficácia, se não se possui em si as
qualidades necessárias; são, pois, estas
qualidades que é preciso se esforçar em
adquirir. (63)
76
da fala de Herculano Pires:
77
Chico Xavier” a seguinte questão:
78
os trabalhos do dia 14. Dela destacamos o seguinte
trecho:
79
Depois da sessão, numa comunicação
privada, perguntando-se a São Luís se ele
estava satisfeito, respondeu: “Sim e não;
errais em tolerar os cochichos
contínuos de certos membros, quando
os Espíritos são questionados. Tendes,
às vezes, comunicações que pedem réplicas
sérias de vossa parte, e respostas mais
sérias ainda da parte dos Espíritos
evocados que, com isso, crede-o bem,
sentem descontentamento; daí nada de
completo, porque o médium, que
escreve, sente ao seu redor graves
distrações nocivas ao seu ministério. Há
uma coisa séria a fazer, é ler, na próxima
sessão, estas observações, que serão
compreendidas por todos os sócios, dizei-
lhes que aqui não é um gabinete de
conversa.” (69)
80
importantes: a homogeneidade e o trabalho em
equipe.
1º) Homogeneidade:
81
grupos, ao contrário, serão sempre
mais homogêneos; nele se conhece
melhor, se está sempre em família, admite-
se melhor quem se quer; e, como, em
definitivo, todos tendem ao mesmo
objetivo, podem perfeitamente se
entender, e se entenderão tanto melhor
quanto não houver esse choque incessante,
incompatível com o recolhimento e a
concentração de espírito. […]. (71)
82
isto é inevitável, e é o que ocorre em
todas as sociedades, qualquer que seja
seu objeto, onde cada um quer caminhar
em caminhos diferentes. O que é necessário
nas outras reuniões é mais necessário
ainda nas reuniões espíritas sérias,
onde a primeira condição é a calma e o
recolhimento, que são impossíveis com
discussões que fazem perder o tempo em
coisas inúteis; é então que os bons Espíritos
dela se vão e deixam o campo livre aos
Espíritos trapalhões. Eis porque as
pequenas assembleias são preferíveis;
a homogeneidade de princípios, de
gostos, de caracteres e de hábitos,
condição essencial da boa harmonia,
nelas é mais fácil obter do que nas
grandes assembleias. (72)
A homogeneidade, a comunhão de
pensamentos e de sentimentos são para
83
os grupos Espíritas, como para quaisquer
outras reuniões, a condição sine qua
non de estabilidade e de vitalidade. É
para esse objetivo que devem tender todos
os esforços, e compreende-se que é tanto
mais fácil atingi-lo quanto as reuniões sejam
menos numerosas. Nas grandes reuniões
é quase impossível evitar a ingerência
de elementos heterogêneos que, cedo ou
tarde, semeiam a divisão; mas pequenas
reuniões, onde todo o mundo se
conhece e se aprecia, se está como em
família, o recolhimento é maior, e a
intrusão dos mal-intencionados mais difícil.
A diversidade dos elementos dos quais se
compõem as grandes reuniões os torna, por
isso mesmo, mais vulneráveis às surdas
astúcias dos adversários. (73)
84
Allan Kardec publicou o seu discurso intitulado “Da
comunhão de pensamentos”, realizado em 2 de
novembro, numa reunião destinada à comemoração
do dia dos mortos, do qual transcrevemos os
seguintes parágrafos:
85
propriedades e a ação dos elementos que
constituem a nossa essência espiritual, e é o
Espiritismo que no-lo ensina.
O pensamento é o atributo característico
do ser espiritual; é ele que distingue o
espírito da matéria; sem o pensamento o
espírito não seria espírito. […] O
pensamento age sobre os fluidos
ambientes, como o som age sobre o ar;
esses fluidos nos levam o pensamento,
como o ar nos leva o som. Pode-se, pois,
dizer com toda a verdade que há, nesses
fluidos, ondas e raios de pensamentos que
se cruzam sem se confundirem, como há no
ar ondas e raios sonoros.
Uma assembleia é um foco de onde
se irradiam pensamentos diversos; é
como uma orquestra, um coro de
pensamentos onde cada um produz a sua
nota. Disso resulta uma multidão de
correntes e de eflúvios fluídicos dos
quais cada um recebe a impressão pelo
sentido espiritual, como num coro de
música, cada um recebe a impressão dos
sons pelo sentido do ouvido.
Mas, do mesmo modo que há raios
sonoros harmônicos ou discordantes, há
também pensamentos harmônicos ou
discordantes. Se o conjunto é
harmônico a impressão é agradável; se
é discordante, a impressão é penosa.
Ora, para isso, não há necessidade de que o
86
pensamento seja formulado em palavras; a
irradiação fluídica não existe menos, quer
seja ela expressada ou não; se todos são
benevolentes, todos os assistentes
deles sentem um verdadeiro bem-
estar; sentem-se comodamente; mas se
a eles se misturam alguns pensamentos
maus, produzem o efeito de uma corrente
de ar gelado num meio lépido.
Tal é a causa do sentimento de satisfação
que se sente numa reunião simpática; ali
reina como uma atmosfera moral saudável,
onde se respira comodamente; dali se sai
reconfortado, porque se está impregnado de
correntes fluídicas salutares. Assim se
explicam também a ansiedade, o mal-estar
que se sente num meio antipático, onde os
pensamentos malévolos provocam, por
assim dizer, correntes fluídicas malsãs.
A comunhão de pensamentos
produz, pois, uma espécie de efeito
físico que reage sobre o moral; é o que
só o Espiritismo poderia fazer compreender.
O homem o sente instintivamente, uma vez
que procura as reuniões onde sabe
encontrar essa comunhão; nessas
reuniões homogêneas e simpáticas, ele
haure novas forças morais; poder-se-ia
dizer que ali recupera as perdas
fluídicas que tem cada dia pela irradiação
do pensamento, como recupera pelos
alimentos as perdas do corpo material.
87
[…].
Aos efeitos que acabo de descrever, a
respeito da comunhão de pensamentos,
juntando-lhe um outro que lhe é a
consequência natural, e que importa não
perder de vista, é a força que adquire o
pensamento ou a vontade, pelo
conjunto dos pensamentos ou vontades
reunidas. Sendo a vontade uma força ativa,
essa força é multiplicada pelo número das
vontades idênticas, como a força muscular é
multiplicada pelo número dos braços.
Estabelecido este ponto, concebe-se que
nas relações que se estabelecem entre os
homens e os Espíritos, há, numa reunião
em que reina uma perfeita comunhão
de pensamentos, uma força atrativa ou
repulsiva que não possui sempre um
indivíduo isolado.
Se, até o presente, as reuniões muito
numerosas são menos favoráveis, é
pela dificuldade de se obter uma
homogeneidade perfeita de
pensamentos, o que se prende à
imperfeição da natureza humana sobre a
Terra. Quanto mais as reuniões são
numerosas, mais nelas se misturam
elementos heterogêneos que paralisam
a ação dos bons elementos, e que são
como os grãos de areia numa engrenagem.
Isso não é assim nos mundos mais
avançados, e esse estado de coisas mudará
88
sobre a Terra, à medida que os homens nela
se tornarem melhores.
Para os Espíritas, a comunhão de
pensamentos tem um resultado mais
especial ainda. Temos visto o efeito desta
comunhão de homem a homem; O
Espiritismo nos prova que não é menor dos
homens aos Espíritos, e reciprocamente.
Com efeito, se o pensamento coletivo
adquire força pelo número, um
conjunto de pensamentos idênticos,
tendo o bem como objetivo, terá mais
força para neutralizar a ação dos maus
Espíritos; também vemos que a tática
destes últimos é levar à divisão e ao
isolamento. Só, um homem pode sucumbir,
ao passo que se sua vontade for
corroborada por outras vontades, ele poderá
resistir, segundo o axioma: A união faz a
força, axioma verdadeiro tanto quanto ao
moral como ao físico.
De um outro lado, se a ação dos Espíritos
malévolos pode ser paralisada por um
pensamento comum, é evidente que a dos
bons Espíritos será secundada; sua
influência salutar não encontrará
obstáculos; seus eflúvios fluídicos não sendo
detidos por correntes contrárias, se
derramarão sobre todos os assistentes,
precisamente porque todos os terão atraído
pelo pensamento, não cada um em seu
proveito pessoal, mas em proveito de todos,
segundo a lei de caridade. Descerão sobre
89
eles em línguas de fogo, para nos servir de
uma admirável imagem do Evangelho.
Assim, pela comunhão dos
pensamentos, os homens se assistem
entre si, e ao mesmo tempo assistem
os Espíritos e são por eles assistidos. As
relações do mundo visível e do mundo
invisível não são mais individuais, são
coletivas, e, por isso mesmo, mais
poderosas para o proveito das massas,
como para os indivíduos; em uma palavra,
ela estabelece a solidariedade, que é a base
da fraternidade. Cada um não trabalha
somente para si, mas para todos, e,
trabalhando para todos, nisso cada um
encontra a sua conta; é o que não
compreende o egoísmo.
Todas as reuniões religiosas, qualquer
que seja oculto a que pertençam, são
fundadas sobre a comunhão de
pensamentos; está aí um efeito que deve e
pode exercer todo o seu poder, porque o
objetivo deve ser o desligamento do
pensamento dos constrangimentos da
matéria. Infelizmente a maioria se desviou
deste princípio, à medida que fez da religião
uma questão de forma. […].
Certamente, não era assim que o
entendia Jesus, quando disse: Quando
vários de vós estiverdes reunidos em meu
nome, estarei no meio de vós. Reunidos
em meu nome, quer dizer, com um
90
pensamento comum; mas não se pode
estar reunidos em nome de Jesus sem
assimilar os seus princípios, a sua doutrina;
ora, qual é o princípio fundamental da
doutrina de Jesus? A caridade em
pensamentos, em palavras e em ações. Os
egoístas e os orgulhosos mentem quando se
dizem reunidos em nome de Jesus, porque
Jesus os nega como seus discípulos. (74)
91
médiuns se conservem isolados. Deus
não lhes concedeu essa sublime faculdade
somente para eles, mas para o bem de
todos. Comunicando-se com outros, eles
terão mil oportunidades de se
esclarecerem sobre o mérito das
comunicações que recebem, ao passo que,
isolados, estão muito melhor sob o
domínio dos Espíritos mentirosos, que
ficam muito contentes por não sofrerem
nenhuma fiscalização. Eis o que vos deixo e,
se o orgulho não vos subjuga,
compreendereis e aproveitareis. Aqui vai
agora para os outros.
Estais bem certos do que deve ser
uma reunião espírita? Não, visto que, no
vosso zelo, julgais que o melhor que
tendes a fazer é reunir o maior número
possível de pessoas, a fim de as
convencerdes. Desenganai-vos. Quanto
menos pessoas, mais obtereis. É
principalmente pelo ascendente moral que
exercerdes que atraireis os incrédulos, muito
mais do que pelos fenômenos que
obtiverdes. Se somente os atrairdes pelos
fenômenos, os que vos procurarem serão
movidos apenas pela curiosidade; topareis
com curiosos que não acreditarão em vós e
que zombarão de vós. Se, entre vós, só se
encontrarem pessoas dignas de apreço,
muitas, talvez, não vos acreditem, mas vos
respeitarão e o respeito inspira sempre a
confiança. Estais convencidos de que o
92
Espiritismo deve produzir uma reforma
moral. Seja, pois, o vosso grupo o
primeiro a dar exemplo das virtudes
cristãs, visto que, nesta época de egoísmo,
é nas Sociedades Espíritas que a verdadeira
caridade há de encontrar refúgio. (75) Tal
deve ser, meus amigos, um grupo de
verdadeiros espíritas. De outra vez, vos
darei novos conselhos. (76)
93
neutralizarem ou se corroborarem: isso
depende do objetivo que se propõe, e
do pensamento dominante. Vimos
excelentes comunicações obtidas em
círculos, e com médiuns que não reuniam
todas as condições desejáveis; nesse caso,
os bons Espíritos vieram por uma pessoa em
particular, porque isso era útil; vimos
comunicações más obtidas por bons
médiuns, unicamente porque o interrogador
não tinha intenções sérias e atraía os
Espíritos levianos que zombavam dele. Tudo
isso pede tato e observação, e
concebe-se, facilmente, a
preponderância que devem ter todas as
condições reunidas. (77)
94
6.4. Reuniões de “portas abertas”, como
assim?
95
demonstrações que estariam a recomeçar a
cada dia, e nos deteriam em nosso trabalho.
Se, apesar disso, se encontrarem aqui
pessoas que não fossem atraídas senão pela
curiosidade, ou que não partilham a nossa
maneira de ver, nós lhes pedimos para que
se lembrem que não as convidamos, e
esperamos de sua decência o respeito às
nossas convicções, como respeitamos as
suas. Não reclamamos de sua parte
senão o silêncio e o recolhimento.
Sendo o recolhimento uma das
recomendações mais expressas da
parte dos Espíritos, que consentem em se
comunicarem conosco, convidamos com
instância as pessoas presentes a se
absterem de toda conversação particular.”
(78)
96
O presidente faz observar que a
Sociedade é necessariamente limitada pelo
tempo, mas que tudo o que os seus
membros obtêm em seu particular, e
que querem a ela trazer, deve ser
considerado como um complemento de seus
trabalhos. Ela não deve, pois, considerar
como lhe fazendo parte somente o que
obtém em suas sessões, mas igualmente
tudo o que lhe vem de fora e pode servir
para a sua instrução. Ela é o centro onde
vêm chegar os estudos privados para o bem
de todos; ela os examina, os comenta, e
deles se aproveita se há lugar. Para os
médiuns, é um meio de controle, que,
esclarecendo-os sobre as comunicações que
recebem, pode preservá-los de mais de uma
decepção. Os Espíritos, aliás, preferem,
frequentemente, se comunicar na
intimidade, onde há necessariamente
mais recolhimento que nas reuniões
numerosas, pelos instrumentos de sua
escolha, nos momentos que lhes convém, e
em circunstâncias que nem sempre nos é
dado apreciar. Em concentrando essas
comunicações, cada um aproveita assim
todas as vantagens que elas podem
oferecer. (79)
97
bons que instruem, quanto para os maus que nos
servem de exemplo.
98
sério; de onde concluímos que a
homogeneidade é o princípio vital de
toda sociedade ou reunião espírita. […].
(80) (itálico do original)
99
exclusivamente bons sejam os
sentimentos. Presentes pessoas
antipáticas umas às outras, ou
perturbadas e de certo modo excitadas,
desfavoráveis se tornam as condições
do ambiente. Por essa razão, desavisado
é que um grupo de novatos faça
reuniões com um médium altamente
desenvolvido e espere bons resultados,
da primeira vez. Semelhante coisa é
impossível, pelo que sempre foi tido como
de bom aviso que o maior número possível
de frequentadores habituais compareça, a
fim de que boas se mantenham as
condições, embora se permita que
estranhos assistam às experiências, se
beneficiem com elas ou recebam o
conforto que proporcionam. Os que as
frequentam regularmente já transpuseram a
fase da dúvida e do cepticismo, fase em que
vêm à tona todas as ideias pessoais. Esses
são os que já tiveram experiências suas,
obtendo manifestações de amigos seus do
Além. Aptos se acham, portanto, a
conservar-se em atitude plácida, o que
auxilia a frustrar qualquer adversa
influência, oriunda de um ou de alguns dos
adventícios. (81)
100
toda tentativa que façam os de outro
mundo, para se porem em contato com
eles. Não se suponha queira eu dizer que as
condições sejam exatamente as mesmas
para todos, porque não o são. Há pessoas
delicadas e agradabilíssimas, que não
conseguem resultado algum; o que quero
dizer é que, com a nossa experiência
terrena, relativa a diversas pessoas, melhor
se compreenderá como podem alguns ser
bons assistentes de sessões e outros não.
Os primeiros emitem vibrações que
possibilitam as comunicações aos do
outro mundo que tentem comunicar-se. As
vibrações que os demais emitem
tornam impossível que isso se dê. Eis
por que consideramos eminentemente
desejável se sentem juntos os que
emitem vibrações que não se chocam
entre si. A harmonia é o objetivo; tão
necessária ela é, quanto um poderoso
médium, razão por que procuramos sempre
cultivá-la nas sessões de Sloan. (82)
101
os Espíritos, de alguma forma, se utilizam do
ectoplasma a favor dos atendidos, teríamos aí mais
um forte motivo para mantê-las de “portas
fechadas”.
102
Portanto, não resta dúvida alguma de que as
reuniões mediúnicas devem ser privativas e não de
caráter público. É o recomendável que se aconteça
nas casas espíritas que optem em se alinhar com o
pensamento kardequiano.
103
Portanto, além dos Espíritos elevados que
assumem compromisso em coordenar e auxiliar-nos
nas reuniões, aparecem outros atraídos pela
simpatia com as pessoas que dela participam e
também pelo interesse que nutrem com os objetivos
do trabalho.
104
sempre mais favoráveis às belas
comunicações, pelos motivos que acabamos
de expor. (86)
105
argumentos. Via de regra, o esclarecedor é um
médium inspirado. É importante que se tenha mais
de um, para que nos eventuais impedimentos o
trabalho possa se desenrolar normalmente.
106
identificação só ocorre plenamente
quando há simpatia entre eles, ou
afinidade, se assim nos podemos
expressar. A alma exerce sobre o Espírito
livre uma espécie de atração ou de repulsão,
conforme o grau de semelhança ou de
diferença entre eles. Ora, os bons têm
afinidade com os bons e os maus com
os maus, de onde se conclui que as
qualidades morais do médium exercem
influência muito importante sobre a
natureza dos Espíritos que por eles se
comunicam. Se o médium é vicioso, os
Espíritos inferiores se agrupam em
torno dele e estão sempre prontos a
tomar o lugar dos Espíritos bons que
foram evocados. As qualidades que, de
preferência, atraem os Espíritos bons
são: a bondade, a benevolência, a
simplicidade do coração, o amor ao próximo,
o desprendimento das coisas materiais. Os
defeitos que os afastam são: o orgulho,
o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a
cupidez, a sensualidade e todas as
paixões que escravizam o homem à
matéria. (88)
107
foi publicado o artigo “Procedimentos para afastar os
maus Espíritos”, do qual destacamos:
108
primeira é uma confiança muito absoluta
que a dissuade de todo exame; a segunda,
que as melhores qualidades não
excluem certos lados fracos que dão
presa aos maus Espíritos, ansiosos em
agarrar os menores defeitos da
couraça. Não falamos do orgulho e da
ambição, que são mais do que defeito,
mas de uma certa fraqueza de caráter,
e sobretudo de preconceitos que esses
Espíritos sabem explorar habilmente
lisonjeando-os, e, a esse respeito, tomam
todas as máscaras para inspirar mais
confiança.
As comunicações francamente grosseiras
são as menos perigosas, porque não podem
enganar a ninguém; as que mais enganam,
são aquelas que não têm senão uma falsa
aparência de sabedoria ou de seriedade, em
uma palavra, a dos Espíritos hipócritas e dos
pseudossábios; uns podem se enganar de
boa fé, por ignorância ou por fatuidade, os
outros não agem senão por astúcia.
Vejamos, pois, o meio para desembaraçar-se
deles.
A primeira coisa é de início não os
atrair, e evitar tudo o que possa lhes
dar acesso.
As disposições morais são, como
vimos, uma causa preponderante; mas,
abstração feita dessa causa, o modo
empregado não é sem influência. […]. (89)
109
Vê-se, facilmente, que a nossa ação em elevar
nosso padrão moral é algo necessário para afastar
de nossas reuniões os Espíritos maus que poderiam
nos acompanhar e prejudicar o trabalho do grupo.
110
pessoa em contato com o nosso, espécie
de fio elétrico condutor do pensamento.
Compreende-se, desde então, que os
Espíritos, cujo envoltório fluídico é bem mais
livre do que no estado de encarnação, não
têm mais necessidade de sons articulados
para se entenderem.
O fluido perispiritual do encarnado,
portanto, é posto em ação pelo Espírito; se,
pela sua vontade, o Espírito irradia, por
assim dizer, seus raios sobre um outro
indivíduo, esses raios o penetram; daí a
ação magnética mais ou menos possante
segundo a vontade, mais ou menos
benfazeja segundo esses raios sejam
de uma natureza mais ou menos boa,
mais ou menos vivificante; porque, pela sua
ação, podem penetrar os órgãos, e, em
certos casos, restabelecer o estado normal.
Sabe-se qual é a influência das qualidades
morais no magnetizador.
O que pode fazer o Espírito encarnado
irradiando seu próprio fluido sobre um
indivíduo, um Espírito desencarnado pode
fazê-lo igualmente, uma vez que tem o
mesmo fluido, quer dizer, que pode
magnetizar, e, segundo seja bom ou mau,
sua ação será benfazeja ou malfazeja.
Dá-se conta facilmente assim da natureza
das impressões que se recebe segundo os
meios onde se encontra. Se uma
assembleia é composta de pessoas
111
animadas de maus sentimentos, elas
encherão o ar ambiente do fluido
impregnado de seus pensamentos; daí,
para as almas boas, um mal-estar
moral análogo ao mal-estar físico
causado pelas exalações mefíticas: a
alma é asfixiada. As pessoas, ao contrário,
se têm intenções puras, acham-se em sua
atmosfera como num ar vivificante e salutar.
O efeito será naturalmente o mesmo num
meio cheio de Espíritos segundo sejam bons
ou maus. (90) (itálico do original)
112
isso não estamos descontentes, mas não
conhecemos nenhum outro
procedimento mais eficaz para vencer
um inimigo do que ser mais forte do
que ele. Quando se está doente, é preciso
se resignar a tomar um remédio, por amargo
que ele seja; mas também, quando se teve
a coragem de beber, como se sente bem, e
quanto se é forte! É preciso, pois, se
persuadir de que não há, para alcançar
esse objetivo, nem palavras
sacramentais, nem fórmulas, nem
talismãs, nem quaisquer sinais
materiais. Os maus Espíritos disso se riem
e se alegram frequentemente em indicarem
que sempre têm o cuidado de se dizer
infalíveis, para melhor captar a confiança
daqueles que querem enganar, porque
então estes confiantes na virtude do
procedimento, se entregam sem medo.
Antes de esperar domar os maus
Espíritos, é preciso domar a si mesmo.
De todos os meios de adquirir a força para a
isso chegar, o mais eficaz é a vontade
secundada pela prece, a prece de
coração se entende, e não de palavras às
quais a boca tem mais parte que o
pensamento. É preciso chamar seu anjo
guardião e os bons Espíritos para nos
assistirem na luta; mas não basta lhes
pedir para expulsarem os maus Espíritos, é
preciso se lembrar desta máxima: “Ajuda-te,
o céu te ajudará”, e pedir-lhes sobretudo
113
a força que nos falta para vencer os
maus pendores que são para nós pior
que os maus Espíritos, porque são
esses pendores que os atraem, como a
corrupção atrai as aves de rapina.
Pedindo também pelo Espírito obsessor, é
retribuir-lhe o bem para o mal, e se mostrar
melhor que ele, e já é uma superioridade.
Com a perseverança, acaba-se, o mais
frequentemente, por levá-lo a melhores
sentimentos, e de perseguidor dele fazer um
devedor.
Em resumo, a prece fervorosa e os
esforços sérios para se melhorar, são
os únicos meios de afastar os maus
Espíritos que reconhecem seus senhores
naqueles que praticam o bem, ao passo que
as fórmulas os fazem rir; a cólera e a
impaciência os excitam. É preciso deixá-los
mostrando-se mais pacientes do que eles.
Mas ocorre, algumas vezes, que a
subjugação chega ao ponto de paralisar a
vontade do obsidiado, e que não se pode
esperar dele nenhum concurso sério. É
então, sobretudo, que a intervenção de
terceiros torna-se necessária, seja pela
prece, seja pela ação magnética; mas o
poder dessa intervenção depende
também do ascendente moral que os
intervenientes podem tomar sobre os
Espíritos; porque, se não valem mais,
sua ação é estéril. […].
114
É preciso dizer também que se culpa
frequentemente os Espíritos estranhos de
má ação das quais são muito inocentes;
certos estados doentios e certas aberrações
que se atribuem a uma causa oculta, às
vezes deve-se simplesmente ao próprio
indivíduo. As contrariedades, que o mais
comumente concentram-se em si mesmo, os
desgostos amorosos sobretudo, fizeram
cometer muitos atos excêntricos que seriam
erradamente levados à conta da obsessão.
Frequentemente somos nosso próprio
obsessor. Acrescentamos, enfim, que
certas obsessões tenazes, sobretudo nas
pessoas merecedoras, algumas vezes,
fazem partes das provas às quais estão
submetidas. “Ocorre mesmo algumas vezes
que a obsessão, quando é simples, é uma
tarefa imposta ao obsidiado, que deve
trabalhar para melhorar o obsessor,
como um pai à de um filho viciado.” (91)
(itálico do original)
115
de agir.
116
fossem bons, os maus Espíritos deles
se afastariam, porque saberiam não poder
induzi-los ao mal. A presença desses
homens de bem fá-los fugir, a dos homens
viciados os atrai, ao passo que é ao
contrário para os bons Espíritos. Sede,
pois, bons se quiserdes não ter senão
bons Espíritos ao vosso redor.” (Médium,
senhora Costel) (92)
117
Acreditamos que essa orientação possa ser
generalizada para a todos os casos em que os
Espíritos maus interferem em nossa vida.
118
pode estar saturado desses fluidos, não é
evidente que. segundo a natureza dos
Espíritos que proliferam em um lugar
determinado, o ar ambiente se acha
carregado de elementos salutares ou
malsãos, que devem exercer uma influência
sobre a saúde física tão bem quando sobre a
saúde moral? […] Cada indivíduo, em
razão do grau de sua sensibilidade,
sofre a influência dessa atmosfera
viciada ou vivificante. Por este fato, que
parece fora de dúvida, e que confirmam, ao
mesmo tempo, a teoria e a experiência,
encontramos nas relações do mundo
espiritual com o mundo corpóreo, um novo
princípio de higiene que a ciência, sem
dúvida um dia fará entrar em linha de conta.
Podemos, pois, subtrair-nos a essas
influências emanando de uma fonte
inacessível aos meios materiais?
Sem nenhuma dúvida; porque do mesmo
modo que saneamos os lugares insalubres
destruindo-lhes a fonte dos miasmas
pestilentos, podemos sanear a atmosfera
moral que nos cerca, subtraindo-nos às
influências perniciosas dos fluidos espirituais
malsãos, e isto mais facilmente do que não
podemos escapar às exalações pantanosas,
porque isto depende unicamente de
nossa vontade, e ali não estará um dos
menores benefícios do Espiritismo quando
for universalmente compreendido e
sobretudo praticado.
119
Um princípio perfeitamente averiguado
por todo Espírita, é que as qualidades do
fluido perispiritual estão em razão
direta das qualidades do Espírito
encarnado ou desencarnado; quanto
mais seus sentimentos são elevados e
livres das influências da matéria, mais
seu fluido é depurado. Segundo os
pensamentos que dominam num encarnado,
ele irradia raios impregnados desses
mesmos pensamentos que os viciam ou os
saneiam, fluidos realmente materiais,
embora impalpáveis, invisíveis para os olhos
do corpo, mas perceptíveis para os sentidos
perispirituais, e visíveis para os olhos da
alma, uma vez que impressionam
fisicamente e tomam aparências muito
diferentes para aqueles que estão dotados
da visão espiritual.
Unicamente pelo fato da presença
dos encarnados numa assembleia, os
fluidos ambientes serão, pois, salubres
ou insalubres, segundo os
pensamentos dominantes sejam bons
ou maus. Quem traz consigo
pensamentos de ódio, de inveja, de
ciúme, de orgulho, de egoísmo, de
animosidade, de cupidez, de falsidade,
de hipocrisia, de maledicência, de
malevolência, em uma palavra,
pensamentos hauridos na fonte das
más paixões, espalha ao seu redor
eflúvios fluídicos malsãos, que reagem
120
sobre aqueles que o cercam. Numa
assembleia, ao contrário, onde todos não
trouxessem senão sentimentos de
bondade, de caridade, de humildade,
de devotamento desinteressado, de
benevolência e de amor ao próximo, o
ar estará impregnado de emanações
saudáveis no meio das quais sente-se viver
mais comodamente.
Se se considera agora que os
pensamentos atraem os pensamentos
da mesma natureza, que os fluidos
atraem os fluidos similares,
compreende-se que cada indivíduo
conduz consigo um cortejo de Espíritos
simpáticos, bons ou maus, e que assim o
ar está saturado de fluidos em relação com
os pensamentos predominantes. Se os maus
pensamentos estão em minoria, eles não
impedirão as boas influências de se
produzirem, mas as paralisam. Se eles
dominam, enfraquecem a irradiação fluídica
dos bons Espíritos, ou mesmo por vezes,
impedem os bons fluídos de penetrar nesse
meio, como o nevoeiro enfraquece ou detém
os raios do sol.
Qual é, pois, o meio de se subtrair à
influência dos maus fluidos? Este meio
ressalta da própria causa que produz o mal.
Que se faz quando se reconheceu que um
alimento é contrário à saúde? É rejeitado, e
se os substitui por um alimento mais sadio.
Uma vez que são os maus pensamentos
121
que engendram os maus fluidos e os
atraem, é preciso se esforçar de deles
não ter senão bons, repelindo tudo o
que é mau, como se repele um alimento
que pode nos tornar doentes, em uma
palavra, trabalhar pela sua melhoria
moral, e, para nos servir de uma
comparação do Evangelho, “não só limpar o
vaso por fora, mas limpá-lo, sobretudo, por
dentro.” (94)
122
Os Espíritos superiores não deixaram dúvida de
que “O semelhante atrai semelhante.” (95) Ora, isso
nos coloca novamente diante da necessidade de
trabalharmos para ter uma razoável elevação moral,
de modo que os nossos “companheiros espirituais”
sejam só de bons Espíritos, que, certamente,
produzirão efeitos positivos numa reunião mediúnica.
123
as multidões pelos grandes missionários e
as almas de elite e a influência contrária dos
maus, que podemos sempre conjurar, é
verdade, por uma resistência enérgica da
nossa vontade. (96)
124
conhecimento dos princípios básicos do
Espíritos, especialmente na sua relação
de conjunto. Se, para o grupo dos
fenômenos físicos supranormais, estes
conhecimentos têm uma importância capital
e decisiva, no valor e transcendência das
comunicações mediúnicas. Poucos são os
médiuns que tenham o pleno
conhecimento das graves
responsabilidade da elevada função
social que lhes foi confiada, e do
cumprimento dos deveres inerentes a
tão nobre e delicada missão, como
instrumentos da grande renovação filosófica
e religiosa que há de conduzir a
Humanidade, liberta de superstições e de
dogmas, ao majestoso e fecundo templo da
Religião-ciência, tendo por cúpula a
Fraternidade Universal, unindo todos os
povos, de polo a polo, de mundo a mundo,
numa mesma vibração sintônica de Luz, Paz
e Amor, num amplexo de regate e de
redenção, tendo por catedral a majestosa e
magnificente Natureza, expressa nos
esplendores da Divina Criação. (97) (itálico do
original)
125
dos médiuns e todos os participantes da reunião.
126
agradável; se for discordante, a
impressão será penosa. Ora, para isso
não é necessário que o pensamento se
exteriorize por palavras; quer ele se externe,
quer não, a irradiação existe sempre.
Tal é a causa da satisfação que se
experimenta numa reunião simpática,
animada de pensamentos bons e
benévolos, na qual reina uma saudável
atmosfera moral e se respira à vontade; sai-
se reconfortado dali, porque impregnado de
salutares eflúvios fluídicos. Basta, porém,
que se misturem aí alguns pensamentos
malévolos, para produzirem o efeito de uma
corrente de ar gelado num meio tépido ou o
de uma nota desafinada num concerto.
Desse modo também se explica a
ansiedade, o indefinível mal-estar que se
experimenta numa reunião antipática,
na qual pensamentos malévolos provocam
correntes de fluido repugnante. (99)
127
Mensagens de Além-túmulo (1943), com trinta
mensagens do Espírito Eurípedes Barsanulfo, através
do médium José dos Santos Junior. Vejamos o
seguinte trecho do Capítulo “I – Cuidado com os
vossos pensamentos”, cuja mensagem é datada de
18/06/1943:
128
(100)
129
trecho:
130
muitas vezes veio trazer obstáculos à
marcha regular dos nossos trabalhos, e
compreendemos que era necessário, tanto
quanto possível, desenvolver as
faculdades que jazem latentes na
organização de muitos de nossos
irmãos. É por isto que acabamos de
decidir que uma sessão especial de
ensaios mediúnicos seria realizada aos
domingos, às duas horas da tarde, na sala
de nossas reuniões. Julguei dever para elas
convidar não só nossos irmãos em crença,
mas ainda os estrangeiros que desejassem
tornar-se úteis. Estas sessões já deram
resultados que ultrapassaram a nossa
expectativa. Aí fazemos escrita, tiptologia,
magnetismo. Várias faculdades muito
diversas aí foram descobertas e daí saíram
dois sonâmbulos que, parece, devem ser
muito lúcidos.” (102)
131
cumprimentá-la por seu devotamento e pela
inteligente direção de seus trabalhos. […] A
maneira pela qual procede para o
tratamento das obsessões é, ao mesmo
tempo, notável e instrutiva, e a melhor
prova de que essa maneira é boa, é de que
dá resultado. […]. (103)
132
participou da reunião dedicada ao tratamento dos
doentes, o que faz de sua opinião algo
inquestionável, por retratar uma realidade da qual foi
testemunha ocular.
133
trabalhar em dias e horas
determinados, porque assim se entregarão
ao trabalho em condições de maior
recolhimento; além disso, os Espíritos que
os queiram auxiliar, estando prevenidos
do horário das reuniões, se disporão
melhor a prestar esse auxílio. (105)
134
momentos mais propícios são aqueles
em que o evocador possa estar menos
distraído pelas suas ocupações
habituais; aqueles em que se ache mais
calmo de corpo e de espírito.” (107)
(itálico do original)
135
Então a recomendação é escolher dia e horário
certos para se realizar as reuniões de desobsessão.
Nos casos em que o espaço físico da casa permitir,
seria bom se ter um local específico para a
realização delas.
136
para voltar “na próxima reunião” para continuar o
diálogo.
137
Centro Espírita, o jornalista Herculano Pires tece as
seguintes considerações:
138
aflição e correria para chegar na hora
certa, viram-se impedidas de participar
da reunião por alguns segundos ou
minutos. Temperando-se as exigências da
ordem cronológica com dever da atenção
aos companheiros podemos evitar
aborrecimentos perfeitamente superáveis.
Claro que esse é um problema a ser sempre
esclarecido nas reuniões, para que todos
possam ter conhecimento da
flexibilidade possível no horário. O
simples fato de haver essa
flexibilidade, já tira à disciplina o seu
aspecto opressivo.
Essa mesma dosagem de ordem e
tolerância deve ser aplicada a outros
problemas, de maneira a assegurar-se, o
mais possível, um ambiente geral sem
prevenções, que muito ajudará na realização
dos trabalhos. (110)
139
Um grupo da província, que se pode
alinhar entre os mais sérios e melhor
dirigidos, introduziu este uso em suas
reuniões que, igualmente, ocorrem duas
vezes por semana. Ele é exclusivamente
composto dos oficiais de um regimento. Mas
lá não é uma faculdade deixada a cada
membro; é uma obrigação, que lhes é
imposta pelo regulamento de falar cada um
a seu turno. Em cada sessão o orador
designado para a próxima reunião deve
se preparar para desenvolver e
comentar um capítulo ou um ponto da
doutrina. Disso resulta para eles uma
aptidão maior para fazer a propagação e
defender a causa, em caso de necessidade.
(111)
140
de que Allan Kardec elaborou o “Projeto 1868”, que
contém várias orientações a serem implementadas
na Sociedade Espírita de Paris.
141
principalmente na natureza do médium,
no caráter da pessoa que evoca, no
meio em que se faz a evocação e,
finalmente, no objetivo que se tem em vista.
Alguns médiuns recebem mais
particularmente comunicações de seus
Espíritos familiares, que podem ser mais
ou menos elevados; outros se mostram
aptos a servir de intermediários a
todos os Espíritos, dependendo isto da
simpatia ou da antipatia, da atração ou
da repulsão que o Espírito pessoal do
médium exerce sobre o Espírito
evocado, o qual pode tomá-lo por
intérprete, com prazer ou com repugnância.
Isto também depende, abstração feita das
qualidades íntimas do médium, do
desenvolvimento da faculdade mediúnica.
Os Espíritos se apresentam com maior
boa vontade e, sobretudo, são mais
explícitos com um médium que não lhes
oferece nenhum obstáculo material.
Aliás, em igualdade de condições morais,
quanto mais facilidade tenha o médium para
escrever ou para se exprimir, tanto mais se
generalizam suas relações com o mundo
espiritual. (113)
142
afinidades fluídicas, mas, sim, antagônicas.
143
Do artigo “Um antigo charreteiro”, publicado
na Revista Espírita 1859, mês de dezembro,
ressaltamos da nota do Codificador, o seguinte
trecho do último parágrafo:
144
O primeiro ponto que trazemos a esse tópico é
mostrar que o médium não deve recusar a sintonia
com Espíritos inferiores, ainda que eles sejam
extremamente maus. O segundo, é que, a qualquer
Espírito que se apresente, jamais se pode deixar de
“ser-lhe útil pelos nossos conselhos e nossas
preces”, sempre, e em qualquer circunstância, se
deverá “estender-lhe uma mão segura”.
145
Então, na prática, são os próprios Espíritos que
“escolhem” o médium, obviamente, levando em
conta a afinidade e sintonia para com ele. Portanto,
jamais o coordenador da reunião deve indicar o
médium para “receber” determinado Espírito.
146
identidade suficientes. (117)
147
instrumentos.
Sem essa harmonia única que pode
levar à assimilação fluídica, tão
necessária na tiptologia quanto na escrita,
as comunicações são ou impossíveis,
ou incompletas, ou falsas. Na falta do
Espírito que não se pode ver, se não pode se
manifestar livremente, para isso não faltam
outros sempre prontos a aproveitar a
ocasião, e que pouco se importam com a
verdade do que dizem. Esta assimilação
fluídica é algumas vezes inteiramente
impossível entre certos Espíritos e
certos médiuns; outras vezes, e é o caso
mais comum, ela não se estabelece senão
gradualmente e com o tempo, o que explica
por que os Espíritos que se manifestam
habitualmente a um médium o fazem com
mais facilidade, e por que as primeiras
comunicações atestam, quase sempre, um
certo embaraço e são menos explícitas.
Está, pois, demonstrado, ao mesmo
tempo pela teoria e pela experiência, que
não há mais médiuns universais para as
evocações senão pela aptidão aos
diversos gêneros de manifestações.
Aquele que pretenda receber à vontade, a
propósito, as comunicações de todos os
Espíritos, e poder satisfazer, por
conseguinte, os legítimos desejos de todos
aqueles que querem conversar com os seres
que lhe são caros, farão prova, ou de uma
ignorância radical dos princípios mais
148
elementares da ciência, ou de
charlatanismo, e, em todos os casos, de
uma presunção incompatível com as
qualidades essenciais de um bom médium.
Num tempo pôde-se acreditá-lo, mas hoje os
progressos da ciência teórica e prática
demonstram que isto não se pode em
princípio. Quando um Espírito se comunica
pela primeira vez por um médium sem
nenhum embaraço, isto prende-se a uma
afinidade fluídica excepcional, ou anterior,
entre o Espírito e seu intérprete.
É, pois, um erro impor um médium a
um Espírito que se quer evocar; é
preciso deixar-lhe a escolha de seu
instrumento. Mas como fazer, dir-se-á, se
não se tem senão um único médium, o que
é muito frequente? Primeiro, contentar-se
com o que se tem, e abster-se do que não se
tem. Não está mais no poder da ciência
espírita em mudar as condições normais das
manifestações, quanto à química de mudar
as da combinação dos elementos.
No entanto, há aqui um meio de atenuar
a dificuldade. Em princípio, quando se
trata de uma evocação nova, o médium
deve sempre preliminarmente evocar
seu guia espiritual, e lhe perguntar se
ela é possível; em caso afirmativo,
perguntar ao Espírito evocado se
encontra no médium a aptidão
necessária para receber e transmitir
seu pensamento. Se houver dificuldade ou
149
impossibilidade, pedir para fazê-lo por
intermédio do guia do médium ou de fazê-lo
assistir. Neste caso, o pensamento do
Espírito não chega senão de segunda mão,
quer dizer, depois de ter atravessado dois
meios. Compreende-se, então, o quanto
importa que o médium seja bem assistido,
porque se o é por um Espírito obsessor,
ignorante ou orgulhoso, a sua comunicação
será alterada. Aqui, as faculdades pessoais
do médium desempenham, forçosamente,
um papel importante, pela natureza dos
Espíritos que atrai para si. Os médiuns mais
indignos podem ter poderosas faculdades,
mas os mais seguros são aqueles que, a
esse poder, juntam as melhores simpatias
no mundo invisível; Ora, essas simpatias
não são de nenhum modo garantidas pelos
nomes mais ou menos imponentes dos
Espíritos que assinam as comunicações, mas
pela natureza constantemente boa das
comunicações que deles recebem.
Estes princípios estão, ao mesmo tempo,
fundados sobre a lógica e sobre a
experiência; as próprias dificuldades que
acusam, provam que a prática do
Espiritismo não deve ser tratada
levianamente. (118) (itálico do original)
150
fluídica entre o comunicante e o médium que lhe
servirá de instrumento, não sendo à escolha do
coordenador ou de algum dos médiuns presentes na
reunião, será o desencarnado que escolherá o
medianeiro pelo qual sentir afinidade.
151
Dizemos de sua escolha, porque a
experiência demonstra o inconveniente
de impor um médium ao Espírito que
pode não encontrar nele as condições
necessárias para se comunicar
livremente. Quando se faz a evocação de
um Espírito pela primeira vez, convém que
todos os médiuns presentes se
coloquem à sua disposição, e esperem
que se manifeste por um deles. Nesta
sessão havia onze médiuns. (119)
152
Nota. Este gênero de comunicação
levanta uma questão importante. Como
os fluidos de um número muito grande
de Espíritos podem se assimilar quase
instantaneamente com o fluido do
médium, para transmitir-lhe seu
pensamento, ao passo que essa assimilação,
frequentemente, é difícil da parte de um só
Espírito, e não se estabelece, geralmente,
senão com o tempo?
O guia espiritual do médium parece
tê-lo previsto, porque dois dias depois
deu, espontaneamente a explicação
adiante.
153
“Quando um Espírito se comunica com
um médium, ele o faz com tanto mais
facilidade quanto as relações fluídicas
estejam melhor estabelecidas entre
eles, senão o Espírito é obrigado, para
comunicar seu fluido ao médium, a
estabelecer uma espécie de corrente
magnética que chega ao cérebro deste
último; e se o Espírito, em razão de sua
inferioridade, ou de qualquer outra
causa, não pode estabelecer essa
corrente ele mesmo, ele recorre à
assistência do guia do médium, e as
relações se estabelecem como venho
de indicá-lo.”
SLENER. (120)
154
assinatura de Alfred de Musset (121):
155
espírito cultivado, são mais aptos a
receberem comunicações elevadas que
aqueles que não têm instrução? – Resposta.
Não; eu o repito: só a essência da alma
se reflete sobre os Espíritos, mas só os
Espíritos superiores lhe são
122
invulneráveis. ( )
156
dos Médiuns, Segunda parte, capítulo “XVIII –
Inconvenientes e perigos da mediunidade”, no tópico
“Influência do exercício da mediunidade sobre a
saúde”, no item 221 que vale a pena transcrever:
157
pessoas que devem evitar qualquer causa
de superexcitação e o exercício da
mediunidade é uma delas.” (Itens 188 e
194.) (123) (itálico do original)
158
“livre” não poderá ocorrer que um médium tente
monopolizar as manifestações dos Espíritos, não
abrindo espaço para nenhum outro médium
participar do trabalho mediúnico?
159
tarefa.
Cada médium, quando devidamente
esclarecido e maduro para o desempenho
dos seus compromissos, saberá que o
número avultado de comunicações por
sessão poderá indicar descontrole do
instrumento encarnado e não a sua
pujança mediúnica. Há médiuns que
prosseguem dando passividade a Entidades
durante a prece de encerramento, sem
qualquer disciplina, quando não justificam
que tais Entidades estavam programadas,
como se os Emissários do Além,
responsáveis por lides tão graves, tivessem
menor bom senso que nós, encarnados.
Um número de até duas
comunicações, e, em casos de grande
necessidade e carência de outros
médiuns, até três, parece bastante
coerente.
Todos os médiuns, assim, terão chance de
atender aos irmãos desencarnados, sem
desnecessários desgastes. (124) (O negrito
da pergunta no original nós substituímos por
itálico)
160
de duas a três comunicações, quando
muito, para que dê oportunidade a
outros companheiros de tarefas, e para
que não tenha um desgaste exagerado.
Tenho tido o hábito de observar, em
médiuns seguros, conhecidos nossos, que
eles incorporam, em média, três Entidades
sofredoras ou perturbadoras e o Mentor
Espiritual; raramente ocorrem cinco
manifestações pelo mesmo instrumento,
principalmente num grupo. (125) (O negrito
da pergunta no original nós substituímos por
itálico)
161
parágrafo lemos:
162
assunto adequado se levarmos em conta o contexto
do tema desse ebook, entretanto nos deparamos
com orientações que valerá a pena trazê-las para a
nossa reflexão.
163
suas consequências não possam de nenhum
modo afetar a pureza de vossos
pensamentos à noite.
Igualmente, deveis evitar nesses dias
todo o trabalho que vos possa causar
demasiada canseira ou preocupação
para que tenhais facilidade em concentrar
vossos pensamentos no Pai Celestial, todos
unidos, numa só vibração harmoniosa.
Assim procedendo, nossa atividade aqui é
grandemente facilitada e os resultados
obtidos junto aos irmãos
desencarnados em sofrimento são de alto
proveito para eles.
Por outro lado vós também podereis ser
muito melhor beneficiados pelos
mensageiros médicos e outros
beneficiadores que sempre se esforçam para
que à vossa saída não sintais nenhuma dor
e estejais rodeados de uma aura alegre e
feliz.
Tende presente também que os minutos
que precedem o início das reuniões não
devem ser preenchidos com assuntos
inconvenientes, isto é, em desacordo com
tão alta finalidade, como é a de
demonstrardes às entidades do espaço,
ainda desviadas do caminho que as deve
conduzir ao Pai que elas precisam corrigir-se
e pedir o perdão de suas faltas.
Justamente porque nem sempre vossa
mentalidade está devidamente
164
preparada para tão sagrada missão,
sucedem-se na mesa de caridade fatos
desagradáveis cujas consequências recaem
sobre vós próprios.
Lembrai-vos, meus amados irmãos, que
vossos pensamentos firmes, unidos,
serenamente voltados para o Pai Celestial,
constituem o ambiente ideal para todos
os nossos trabalhos em favor de todos
os que precisam ser auxiliados, desta
ou daquela maneira.
Além disso, uma fusão assim de
pensamentos forma um foco tão belo o
poderoso que se torna um grande
ponto de atração para os espíritos de
todas as categorias, dentro de um espaço
incomensurável.
Muitos são os que se aproximam por essa
forma, como Já vos foi descrito em
mensagem anterior, sendo, todavia, de
notar-se que os maiores benefícios
resultam em favor dos irmãozinhos que
perambulam pelos espaços infindos,
desorientados e que assistindo aos
trabalhos como meros espectadores,
acabam encontrando a luz que lhes faltava
para se guiarem em direção ao Pai.
Por isso, meus irmãos, quando vos
sentais em torno da mesa, fazei-o com
a circunspecção própria de quem vai
tomar parte num ato sagrado que está
sendo observado e, por muitos, até
165
analisado atentamente.
Convenci-vos de que cada um de vós
tem uma importante missão a cumprir
perante seus irmãos da Terra e do
espaço que, portanto, está obtendo uma
graça à qual deve fazer sempre jus, para
que sejam todos igualmente beneficiados.
Finalmente, meus queridos irmãos,
recordo-vos que quando resolvestes tomar
novamente um corpo e baixar ao planeta
Terra, foi por desejardes, por essa forma,
subir mais um degrau na escada da
espiritualidade.
Ora, só se progride nessa longa escada
amando aos seus irmãos como a si próprios
e amar aos outros significa não somente
desejar-lhes felicidade, mas principalmente
proporcionar-lhes os meios para que sejam
felizes, interessando-se vivamente por eles,
cada qual dentro de seu círculo evolutivo.
(127)
166
Por oportuno, trazemos também estes trechos
da obra Desobsessão, ditada pelo Espírito André
Luiz através dos médiuns Chico Xavier e Waldo Vieira
(1932-2015):
167
dos Espíritos necessitados de socorro e
compreenderão a responsabilidade que
assumem.
Cada componente do conjunto é peça
importante no mecanismo do serviço.
Todo o grupo é instrumentação. (128)
168
posição ideal será sempre a do participante
dos trabalhos que transpõe a porta do
templo sem quaisquer problemas alusivos à
digestão. (129)
169
pessoal. (130)
170
Da parte “Instruções particulares dadas aos
grupos em resposta a algumas das questões
propostas” constante de Viagem Espírita em
1862, destacaremos o seguinte trecho:
171
intensidade àquelas destinadas a manifestação de
Espíritos. Incluindo, é claro, as de desobsessão.
172
(133)
173
com serviço e tempo, como qualquer outra
empresa produtiva, e algum comentário
desairoso, destacando deficiências e
males, constitui prejuízo na obra do
progresso e na consolidação do bem.
(134)
174
7. Afinal, pode-se ou não evocar os mortos?
175
necessitam delas. Outras vezes, em visita ao
querido amigo em Uberaba, encontrei-me
com grande número de pais aflitos,
desesperados, em busca de notícias
dos filhos queridos, que deixaram a vida,
quase todos ainda jovens. Observe-se que
nem todos são espíritas. Há casos de
pessoas sem crença que foram levadas por
amigos e por misericórdia de Deus, recebem
suas mensagens e saem banhadas de
pranto, consoladas, impressionadas mesmo
com a autenticidade dos nomes, dos fatos
relatados pelos comunicantes. É a prova da
sobrevivência do espírito e de sua
comunicação com os encarnados.
Numa dessas ocasiões, um senhor
perguntou ao Chico: “Porque ainda não
recebi notícias de minha filha? Já vim
aqui várias vezes e ainda não tive essa
felicidade…” O Chico, amável como
sempre, respondeu: “Não depende de
mim, meu irmão; o telefone toca de lá
para cá e não daqui para lá.” O senhor
agradeceu a resposta e pensativo saiu
esperando nova oportunidade. (135)
176
programação das designadas “cartas consoladoras”.
Vê-se, portanto, que, equivocadamente, não a
interpretam dentro do contexto em que ela fora dita.
a) Item 10
177
demônios, e não as almas, é que podem vir.
Quando a evocação é feita
religiosamente e com recolhimento;
quando os Espíritos são chamados, não
por curiosidade, mas por um
sentimento de afeição e simpatia, com
desejo sincero de instrução e
progresso, não vemos nada que denote
falta de respeito em apelar-se para as
pessoas mortas, como se fazia quando
estavam entre nós. Há, porém, outra
resposta categórica a essa objeção: é que os
Espíritos se apresentam espontaneamente,
sem constrangimento, muitas vezes mesmo
sem que sejam chamados. Eles também dão
testemunho da satisfação que
experimentam por comunicar-se com os
homens, e se queixam às vezes do
esquecimento a que são relegados. Se os
Espíritos se perturbassem ou se
agastassem com os nossos chamados,
certamente o diriam ou não atenderiam
ao chamado. Já que são livres, quando se
manifestam, é porque isso lhes convém. (137)
b) Item 15
178
além disso, o bem que podemos fazer,
desviando do mal os Espíritos
imperfeitos, ajudando os que sofrem a se
desprenderem da matéria e a se
aperfeiçoarem. Interdizer as
comunicações é, portanto, privar as
almas sofredoras da assistência que
lhes podemos e devemos dispensar. As
seguintes palavras de um Espírito resumem
admiravelmente as consequências da
evocação, quando praticada com fim
caritativo:
179
A questão de considerar a evocação “uma falta
de respeito” tem mais a ver com pensamento da
teologia dogmática das religiões cristãs tradicionais,
porém, chega ao Espiritismo via atavismo de alguns
confrades convertidos que vieram desse meio.
180
próximo ao radicalismo que não nos convém. Veja,
caro leitor, como Emmanuel fez referência ao
Codificador:
181
abre àqueles que virão depois de nós o
caminho das investigações numa ordem especial
de ideias” (143). Assim, fica claro a possibilidade do
desenvolvimento de pontos que não foram
abordados com profundidade, já que “o seu ensino é
graduado” (144).
182
referência especial sobre Allan Kardec?”:
183
269. Os Espíritos podem comunicar-
se espontaneamente, ou atender ao
nosso apelo, isto é, comparecer por meio
de evocação. Pensam algumas pessoas
que não devemos evocar nenhum
Espírito, sendo preferível que se espere
por aquele que queira comunicar-se.
Segundo alegam, quando chamamos
determinado Espírito não podemos ter
certeza de que seja ele mesmo quem se
apresenta, ao passo que aquele que vem
espontaneamente, por iniciativa própria,
comprova melhor a sua identidade,
porquanto, assim agindo, manifesta o desejo
que tem de conversar conosco.
Em nossa opinião, isso é um erro.
Primeiramente, porque estamos rodeados de
Espíritos, quase sempre de condição inferior,
que não desejam outra coisa senão
comunicar-se. Em segundo lugar, e ainda
por essa mesma razão, não chamar
nenhum deles em particular é abrir as
portas a todos os que queiram entrar.
Numa assembleia, não dar a palavra a
pessoa alguma é deixá-la livre a qualquer
um, e sabe-se o que daí pode resultar. A
chamada direta de determinado
Espírito constitui um laço entre ele e
nós; chamando-o pelo nosso desejo,
impomos assim uma espécie de barreira aos
intrusos. Sem um apelo direto, muitas
vezes um Espírito não terá motivo
algum para vir confabular conosco, a
184
menos que seja o nosso Espírito familiar.
Cada uma dessas duas maneiras de
agir tem suas vantagens e só haveria
desvantagem se uma delas fosse
excluída de modo absoluto. As
comunicações espontâneas não
apresentam qualquer inconveniente,
desde que se tenha domínio sobre os
Espíritos e não se permita que os maus
tomem a dianteira. Então, é quase sempre
vantajoso aguardar a boa vontade dos
que se disponham a comunicar-se, pois
o pensamento deles não sofre nenhum
constrangimento e dessa maneira se podem
obter coisas admiráveis. Entretanto, pode
acontecer que o Espírito por quem se chama
não esteja disposto a falar, ou não seja
capaz de fazê-lo no sentido desejado. O
exame escrupuloso, que temos aconselhado
é, aliás, uma garantia contra as
comunicações más. Nas reuniões
regulares, principalmente naquelas em que
se faz um trabalho continuado, há sempre
Espíritos habituais, que ali comparecem
sem que sejam chamados, por estarem
prevenidos em virtude da própria
regularidade das sessões. Tomam, então,
frequentemente a palavra, de modo
espontâneo, para tratar de um assunto
qualquer, desenvolver uma proposição
ou prescrever o que se deva fazer, caso
em que são facilmente reconhecíveis, quer
pela forma da linguagem, que é sempre
185
idêntica, quer pela escrita, quer por certos
hábitos que lhes são peculiares. (147)
186
queiramos fazer. (148) (itálico do original)
187
problema que poderia surgir ao se evocar um
Espírito?
188
com o drama.
189
degenera em subjugação e em
possessão, porque neste caso o
paciente não raro perde a vontade e o
livre-arbítrio.
Quase sempre a obsessão exprime
vingança tomada por um Espírito e sua
origem frequentemente se encontra nas
relações que o obsidiado manteve com
o obsessor, em precedente existência.
Nos casos de obsessão grave, o
obsidiado fica como que envolto e
impregnado de um fluido pernicioso, que
neutraliza a ação dos fluidos salutares e os
repele. É daquele fluido que é preciso
desembaraçá-lo. Ora, um fluido mau não
pode ser eliminado por outro igualmente
mau. Por meio de ação idêntica à do
médium curador, nos casos de enfermidade,
há que se expulsar o fluido mau com o
auxílio de um fluido melhor.
Nem sempre, porém, basta esta ação
mecânica; cumpre, sobretudo, atuar sobre o
ser inteligente, ao qual é preciso que se
tenha o direito de falar com autoridade,
que, entretanto, não a possui quem não
tenha superioridade moral. Quanto maior
esta for, tanto maior também será aquela.
Mas ainda não é tudo: para assegurar a
libertação, é preciso que o Espírito
perverso seja levado a renunciar aos
seus maus desígnios; que nele desponte o
arrependimento, assim como o desejo do
190
bem, por meio de instruções habilmente
ministradas, em evocações
particularmente feitas com vistas à sua
educação moral. Pode-se então ter a grata
satisfação de libertar um encarnado e de
converter um Espírito imperfeito. (152) (itálico
do original)
191
de expressar seus sentimentos e aí podermos agir a
seu favor.
192
distância dele. […]. (153)
193
mundo invisível no-lo mostra povoado dos
mesmos seres que viveram sobre a Terra,
uns bons, os outros maus. Entre estes
últimos, há os que se comprazem ainda
no mal, em consequência de sua
inferioridade moral e que não se
despojaram ainda de seus instintos
perversos; estão em nosso meio como
quando vivos, com a única diferença de que
em lugar de terem um corpo material
visível, têm um corpo fluídico invisível; mas
não são, por isto, menos os mesmos
homens, no sentido moral pouco
desenvolvido, procurando sempre as
ocasiões de fazer o mal, se obstinando
sobre aqueles que lhes dão presa e que
acabam submetendo-se à sua
influência; obsessores encarnados que
eram, são obsessores desencarnados,
tanto mais perigosos porque agem sem
serem vistos. Afastá-los pela força não é
coisa fácil, tendo em vista que não se pode
prendê-los pelo corpo; o único meio de
dominá-los é o ascendente moral com a
ajuda do qual, pelo raciocínio e os
sábios conselhos, chega-se a torná-los
melhores, por isto são mais acessíveis
no estado de Espírito do que no estado
corpóreo. Desde o instante em que são
conduzidos a renunciarem voluntariamente
a atormentar, o mal desaparece, se esse
mal é o fato de uma obsessão; ora,
compreende-se que não são nem as duchas
(154), nem os remédios administrados ao
194
doente que podem agir sobre o Espírito
obsessor. Eis todo o segredo dessas
curas, para as quais não há nem palavras
sacramentais, nem fórmulas cabalísticas;
conversa-se com o Espírito
desencarnado, se o moraliza, educa-o,
como teria sido feito quando de sua
vida. (155)
195
a) 2ª Parte, no capítulo “V – Manifestações
físicas espontâneas”, tópico “Arremesso de
objetos”, item 94:
196
Revista Espírita 1864, mês de fevereiro, no artigo
“Cura de uma obsessão”, no qual Allan Kardec
registra uma correspondência do Sr. Dombre,
presidente da Sociedade Espírita de Marmande, cuja
mentora espiritual era a Pequena Cárita.
197
ditada em 09.07.1861, pelo Espírito Mardochée,
documento faz parte do acervo do Museu AKOL,
administrado pelo confrade Adair Ribeiro.
198
estima. Portanto, faça bom uso do bem
que a bondade de Deus lhe confiou em
benefício dos seres menos felizes. Se
você for rico, espalhe os seus benefícios ao
seu redor, em favor dos infelizes, que são,
infelizmente, os mais numerosos. Se você
for inteligente e bom, espalhe a inteligência
e a bondade. O uso que fizer das
prodigalidades ser-lhe-á uma fonte de
felicidade ou uma fonte de sofrimento.
Reflita e empenhe-se para colocar em
prática esta instrução.
Mardochée, guia do médium (161)
199
8. E quanto aos guias poder-se-ia evocá-los
para os consultar?
200
desencarnado; eis a lei. […].
“Isso nos demonstra o que tereis de fazer
doravante nos casos de possessão
manifesta; é indispensável chamar em
vossa ajuda o concurso de um Espírito
elevado, gozando, ao mesmo tempo, de
um poder moral e fluídico, […] Além
disso, nosso concurso é dado a todos
aqueles que nos chamarem em sua ajuda,
com pureza de coração e fé verdadeira.
“[…] Quando se magnetizar Julie, será
preciso primeiro proceder pela fervorosa
evocação do cura d’Ars e de outros
bons Espíritos que se comunicam
habitualmente entre vós, rogando-lhes
agirem contra os maus Espíritos que
perseguem essa jovem, e que fugirão
diante de suas falanges luminosas. Não
é preciso esquecer, no mais, que a prece
coletiva tem um poder muito grande,
quando é feita por certo número de pessoas
agindo em acordo, com uma fé viva e um
desejo ardente de aliviar.”
201
ocorre a possessão, eles possam auxiliar no processo
de libertação dos envolvidos nas teias de um
obsessor.
202
o Espírito obsessor, porquanto, muitas vezes, nos foi
possível ver o resultado positivo dessa prática.
203
Espírita, que evidencia a participação deles com suas
orientações:
204
nenhuma dúvida sobre a causa do mal.
A partir dessa noite, e sob a
recomendação dos bons Espíritos que
nos assistem em nossos trabalhos
espíritas, nos reunimos cada noite, até a
cura completa. (165)
205
confuso quando quer procurar, porque não
reclama ainda a proteção de seu anjo
guardião. (167)
206
suscetíveis de lhe contar histórias absurdas,
que dão às crianças ideias falsas e,
frequentemente, perniciosas. Que os
próprios pais se tranquilizem: a prece
sincera é o único remédio que deve livrar a
criança.
Nós vos dissemos, Espíritas, o Espírito
de Germaine tem habilidade; ele arranjará
sempre crenças ridículas, ruídos que
circulam ao redor da jovem; procurará vos
enganar. Tirai partido deste caso: a
obsessão se apresentará sob fases novas.
Tende-vos por advertidos; pensai que
deveis trabalhar com perseverança, e
seguir com inteligência os menores
detalhes que vos colocarão sobre as
marcas das manobras do Espírito. Não
vos confieis na calma. Se as crises são os
efeitos mais evidentes nas obsessões, são
consequências de outro modo bem
perigosas. Desconfiai-vos do idiotismo e da
infantilidade de um obsidiado que, como
neste caso, não sofre fisicamente. As
obsessões são tanto mais perigosas quanto
elas sejam mais ocultas; frequentemente
são puramente morais. Tal desarrazoa, tal
outro perde a lembrança do que disse, do
que fez. No entanto, não é preciso julgar
muito precipitadamente e tudo atribuir à
obsessão. Eu o repito, estudai, discerni,
trabalhai seriamente; não espereis
tudo de nós; nós vos ajudaremos, uma
vez que trabalhamos juntos, mas não
207
repouseis crendo que tudo vos será
dispensado.” (168)
Escrevera-nos de Cazères, em 7 de
janeiro de 1866:
208
jovem estava subjugada por um Espírito
muito rebelde, mas que acabaríamos por
conduzi-lo a um bom caminho, e que a cura
que se seguiria nos daria a prova da
verdade desta afirmação. Em consequência,
escrevi aos pais, distantes de nossa cidade
35 quilômetros, que sua filha se curaria, e
que a cura não demoraria muito tempo para
chegar, sem, no entanto, poder precisar-lhe
a época. (169)
209
recomendando-me ir, durante alguns dias,
fazê-la ver como a isto se prender. Comecei
por fazer levantar os vesicatórios e fazê-los
secar. Depois de três dias de passes e
de imposição de mãos sobre a cabeça,
os rins e o peito, efetuados a título de
lições, mas feitos com alma, a criança pediu
para se levantar; a febre estava detida, e
todos os acidentes descritos mais acima
desapareceram ao cabo de dez dias. (170)
210
um mal imaginário. Tudo isto não
retardará nenhum pouco o vosso
progresso, mas com a condição de agir
com prudência e de aconselhar aqueles
que se ocupam dos tratamentos
obsessionais a consultarem os seus
guias, não só sobre a natureza do mal,
mas sobre a realidade das obsessões
que eles poderão ter que combater. Isto
é importante, e aproveito a ideia que
vos foi sugerida, de antes pedir um
conselho, para vos recomendar a agir
sempre assim no futuro.” (171)
211
9. Alguns Espíritos seriam constrangidos a
comparecer em uma reunião?
212
tão claro quanto eu; também aproveitei
da luz que me conduziu aqui para vir
haurir informações junto a vós.
Parece-me que não é a primeira vez que
vos vejo; minhas ideias estão ainda
perturbadas… será permitem-me retornar
uma outra vez quando estiver mais
habituado à minha posição atual… É
indiferente, vou-me daqui lamentando;
encontrava-me em meu centro… mas senti
que era preciso obedecer; esse Espírito
me parece bom, mas severo. Vou me
esforçar para ganhar a sua boa graça para
poder falar mais frequentemente convosco.
(172)
213
bem em sua situação. Por isto, cara irmã,
tome-o sob tua proteção, que é ainda
fraco, nisto convenho; mas, sustentado pela
fé, este Espírito logo verá reluzir a aurora de
um novo dia, e o que recusou reconhecer
desde sua catástrofe, se tornará logo para
ele um motivo de paz e de alegria. Tua
tarefa não será muito difícil, porque ele tem
o essencial para te compreender: a bondade
do coração.
Escuta, cara irmã, os impulsos de teu
coração, e sairás vitoriosamente da prova
que tua nova missão te impõe.
[…].
Vosso Guia. (173)
214
Superiores e o Nosso Livre-arbítrio (174). O teor
dele será utilizado para compor esse capítulo.
215
fim útil; não se nega a responder, senão a
pessoas pouco sérias ou que tratam estas
coisas como brincadeira.” (175) (itálico do
original)
216
10. Haverá para o evocador, meio de
obrigar a vir contra sua vontade?
217
forçados a vir para confessarem suas
faltas, e outra coisa não procuram senão ir-
se embora, como um colegial a quem se
chama para repreendê-lo. Podem ser
constrangidos a isso por Espíritos
superiores, como castigo e para instrução
dos encarnados.[…].” (177) (itálico do
original)
218
errantes” pois evidencia o fato de que os que se
encontram nessa situação podem ser constrangidos
por Espírito que lhe tenha supremacia, ou seja, a que
resulta da superioridade moral, a vir e falar numa
reunião mediúnica.
219
pergunta 10.) (180) (itálico do original)
220
[…] Sabeis que esses Espíritos não
vêm ao nosso chamado senão como
constrangidos e forçados, e que, em
geral, encontram tão pouco do seu meio
entre nós, que sempre têm pressa de irem.
[…]. (182)
221
Então, com as experiências do grupo de Lyon,
Léon Denis ficou convencido de que certos Espíritos
pouco adiantados são coagidos a se manifestarem
na reunião mediúnica, cujo objetivo, foi, sem
nenhuma dúvida, o de esclarecê-los.
222
superior à sua.
223
temos uma informação de São João Batista sobre o
Espírito G. Remone e um diálogo do Espírito Jacques
Noulin, pela ordem:
224
4º) Revista Espírita 1865:
225
Eu acreditava no nada, e fui punido por um
nada fictício. Sentir-se ser e não poder
manifestar seu ser; se crer disseminado em
todos os restos esparsos da matéria que
forma o corpo, tal foi minha posição durante
mais de dois meses!… dois séculos!… Ah! as
horas do sofrimento são longas, e se não se
tivesse ocupado em me tirar dessa má
atmosfera do nihilismo, se não se me
tivesse constrangido a vir a essas
reuniões de paz e de amor, onde eu não
compreendia, não via nem ouvia nada, mas
onde os fluidos simpáticos agiam sobre mim
e me despertavam pouco a pouco de meu
pesado torpor espiritual, onde eu estaria
ainda? meu Deus!… Deus!… que doce nome
a pronunciar por aquele que foi tanto tempo
ligado ao nada esse pai tão grande e tão
bom! Ah! meus amigos, moderai-me, porque
hoje não temo senão uma coisa, é de me
tornar fanático dessas crenças que teria
repelido como vis disparates, se outrora
viessem ao meu conhecimento!…
Eu não direi nada hoje sobre os trabalhos
dos quais vos ocupais; sou ainda muito
novo, muito ignorante para ousar me
aventurar em vossas sábias dissertações. Já
sinto, mas não sei ainda! Dir-vos-ei somente
isto, porque já o sei: Sim, os fluidos têm uma
influência enorme como ação curadora, se
não corpórea, disso nada sei, pelo menos
espiritual, porque senti a sua ação. Eu vos
disse e vos repito com alegria e
226
reconhecimento: Eu ia, constrangido por
uma força invencível, a de meu guia
sem dúvida, nas reuniões espíritas. Eu
não via, não ouvia nada, e, no entanto, uma
ação fluídica que não podia raciocinar, me
curou espiritualmente. (191)
a) O Espírito de Castelnaudary
227
assistiu à primeira evocação o viu no
momento em que pretendiam forçá-lo a
escrever, sacudindo violentamente o
braço do médium. Seu aspecto era
terrível; trajava uma camisa ensanguentada
e tinha na mão um punhal. (192)
b) A rainha de Oude
228
10. Como se deve tratar os Espíritos
manifestantes?
229
de “esclarecedor” ou de “dialogador”.
230
entranhado dentro de si intenso grau de ódio,
evidenciado pelo seu irredutível desejo de vingança,
não faz sentido algum o esclarecedor pedir-lhes que
perdoem sua vítima, quando eles próprios não fazem
isso em sua vida diária.
14. Doutrinação
231
É preciso falar à entidade como se falaria
a um amigo íntimo, em um tom fraternal,
mas firme.
A doutrinação de um espírito deve
repousar nos seguintes princípios:
1. Amar o seu semelhante;
2. Perdoar tudo e sempre;
3. Reparar os erros cometidos contra o
próximo;
4. Ser indulgente e dar tempo a outrem
para esclarecer-se sobre os meios a
empregar para evoluir;
5. Não julgar ninguém diante de
outras pessoas;
6. Fazer todos os esforços para se
desprender dos bens materiais que o
prendem ao ambiente humano;
7. Elevar seu pensamento ao Criador e
pedir a assistência de um espírito evoluído
(guia), de quem se aceita, antecipadamente,
os conselhos. (194)
232
Morzine – As causas da obsessão e os meios de
combatê-la”, quinto e último da série, publicado na
Revista Espírita 1863, mês de maio, há algo que
merece citarmos:
233
No artigo “Nova cura de uma jovem obsidiada
de Marmande”, publicado na Revista Espírita
1865, vamos encontrar um detalhe no trecho do
diálogo com o Espírito Germaine, que vale a pena
mencioná-lo:
234
Esclarecer, em reunião de
desobsessão, é clarear o raciocínio; é
levar uma entidade desencarnada, através
de uma série de reflexões, a entender
determinado problema que ela traz consigo
e que não consegue resolver; ou fazê-la
compreender que as suas atitudes
representam um problema para
terceiros, com agravantes para ela
mesma. É levá-la a modificar conceitos
errôneos, distorcidos e cristalizados, por
meio de uma lógica clara, concisa, com base
na Doutrina Espírita e, sobretudo, permeada
de amor.
Essa é uma das mais belas tarefas na
reunião de desobsessão e que requer
muita prudência, discernimento e
diplomacia. Que requer, principalmente, o
ascendente moral daquele que fala sobre
aquele que ouve, que está sendo atendido.
Esse ascendente moral faz com que as
explicações dadas levem o cunho da
serenidade, da energia equilibrada e da
veracidade.
As palavras são como setas
arremessadas, que poderão ser
danosas ou benéficas, dependendo do
sentimento de quem as projeta. As
primeiras ferem, causam distúrbios,
destroem e podem acordar sentimentos de
revide, com igual teor vibratório. As
segundas, vibrando na luz do amor,
penetram na alma como bênçãos
235
gratificantes, produzindo reflexos de
claridade que se identificarão com o
emissor.
No instante do esclarecimento, quando a
entidade se comunica, ela está de alguma
forma expectante, aguardando alguma
coisa, para ela, imprevisível. Também os
presentes à reunião se colocam em
posição especial, porém, de doação, de
desejo de atender à expectativa do
irmão necessitado. E qualquer que seja a
maneira sob a qual ele se apresente, todos
os pensamentos e todas as vibrações devem
estar unidos, homogêneos, dirigidos no
intuito de beneficiá-lo. Nesta hora, o
doutrinador será o polo centralizador desse
conjunto de emoções positivas,
estabelecendo-se uma corrente magnética
que envolve o comunicante e que ajuda,
concomitantemente, ao que esclarece. Este,
recebendo ainda o influxo amoroso do
Mentor da reunião, terá condições de dirigir
a conversação para o rumo mais acertado e
que atinja o cerne da problemática que o
Espírito apresenta.
O esclarecimento não se faz
mostrando erudição, conhecimentos
filosóficos ou doutrinários. Também não
há necessidade de dar uma aula sobre
o que é o Espiritismo, nem de mostrar o
quanto os espíritas trabalham. Como não é o
instante para criticar, censurar, acusar ou
julgar (197). Esclarecer não é fazer
236
sermão. Não surtirão bons resultados
palavras revestidas de grande beleza, mas
vazias, ocas, frias. Não atenderão às
angústias e aflições daquele que sofre e
muito menos abrandarão os revoltados e
vingativos. (198)
237
Jesus. Não se deixa iludir com as questões
materialistas, disponibilizando-se para o
trabalho amoroso de auxiliar e esclarecer.
(201)
238
aprender a conversar com os Espíritos como se
aprende a conversar com os homens: em todas as
coisas é preciso a experiência.” (203)
239
atenção, temos que destacar: “o Espírito obsessor,
por muito mau que seja, deve ser tratado com
severidade, mas, ao mesmo tempo, com
benevolência”. Respeito, complacência, tolerância,
amorosidade, etc. devem ser a base com a qual o
esclarecedor precisa estar plenamente imbuído.
240
prolongada pode ocasionar desordens
patológicas e reclama, por vezes,
tratamento simultâneo ou consecutivo, quer
magnético, quer médico, para restabelecer a
saúde do organismo. Destruída a causa,
resta combater os efeitos. (205) (206)
241
pessoa deve ter predomínio sobre o
Espírito; porém, como esse predomínio,
ou ascendente, só pode ser moral e,
portanto, só poderá ser exercido por
um ser moralmente superior ao
Espírito, o seu poder será tanto maior
quanto maior for a sua superioridade moral,
porque então se impõe ao Espírito, que se
vê forçado a inclinar-se diante dele. É por
isso que Jesus tinha tão grande poder para
expulsar os que, naquela época, se
chamavam demônios, isto é, os Espíritos
maus obsessores. (207)
242
os bons efeitos que se poderia esperar. É
necessário possuir uma verdadeira
superioridade moral para dominar
esses espíritos, reprimir seus desvios e
dirigi-los no caminho do bem. Essa
superioridade só se adquire através de
uma vida isenta de paixões materiais.
Nesse caso, os fluidos depurados do
evocador comandam, facilmente, os
fluidos dos espíritos atrasados. (208)
243
indulgência que desejaríamos que
tivessem para conosco.
Os Espíritos que revelam a sua
inferioridade pelo cinismo da linguagem,
pelas maneiras, pela baixeza dos
sentimentos, pela perfídia dos conselhos,
são, indubitavelmente, menos dignos do
nosso interesse, do que aqueles cujas
palavras atestam o seu arrependimento,
mas, pelo menos, devemos-lhe a piedade
que nos inspiram os maiores
criminosos. O meio de os reduzirmos ao
silêncio consiste em nos mostrarmos
superiores a eles, que só confiam nas
pessoas de quem nada tenham a temer,
pois os Espíritos perversos reconhecem
a superioridade dos homens de bem,
como reconhecem a primazia dos Espíritos
superiores.
Em resumo, seria tão irreverente
tratarmos os Espíritos superiores de igual
para igual, quanto ridículo dispensarmos a
todos, sem exceção, a mesma deferência.
Tenhamos veneração para os que a
merecem, reconhecimento para os que nos
protegem e assistem e, para todos os
demais, a benevolência de que talvez
um dia venhamos a necessitar. […]. (209)
244
componentes de uma reunião de desobsessão. Como
já dito, sentimentos de raiva e ódio não devem
encontrar nenhum abrigo em seus corações.
Ademais, não se poderá exigir dos outros uma
atitude ou comportamento que, pela nossa
inferioridade, não conseguimos fazer.
245
11. A função da música
246
provavelmente na maioria das casas espíritas, nas
reuniões mediúnicas é utilizada música ambiente.
247
e o tratou bondosamente, em tudo. Além de
lhe ser muito agradável, somente ele
podia acalmá-lo e trazer a bons
sentimentos, com seus cânticos e o
som da harpa. Assim, pediu a seu pai que
o deixasse ficar com ele, pois estava muito
contente com a sua companhia. (211)
248
trabalho sobre um terreno inculto, que é
preciso semear de ideias próprias a fazerem,
sobre essas naturezas desencaminhadas
uma profunda impressão. É preciso falar à
alma depois de ter amolecido o
coração. O que lhes falta é a fé em Deus,
em sua alma e no futuro; não uma fé vaga,
incerta, incessantemente combatida pela
dúvida, mas uma fé fundada sobre a
certeza, a única que pode torná-la
inabalável. Sem dúvida, a música pode a
isso predispor, mas ela não a dá. Por
isso não é menos uma auxiliar que não
é preciso negligenciar. Essa tentativa e
muitas outras, às quais a Humanidade e a
civilização não podem senão aplaudir,
testemunham uma louvável solicitude
para o moral dos condenados; mas resta
ainda alcançar o mal em sua raiz; um dia se
reconhecerá toda a extensão que se pode
tirar nas ideias espíritas, cuja influência já
está provada pelas numerosas
transformações que elas operam sobre as
naturezas em aparência as mais rebeldes.
[…]. (213)
249
Na Revista Espírita 1869, mês de março, foi
publicada uma mensagem intitulada “A música e as
harmonias celestes”, datada de 17 de janeiro,
assinada pelo Espírito do Maestro Rossini. Vejamos
este trecho:
250
gradativamente; acaba ele também por
se deixar penetrar e se deixar arrastar
ao mundo ideal, onde ele esquece, por um
instante, os grosseiros prazeres que prefere
à divina harmonia. (214)
251
No capítulo XX – Aparições e materializações
de Espíritos, da obra No Invisível (1903), Léon
Denis, fala sobre o efeito da música e dos cantos nas
reuniões mediúnicas dedicadas a esses fenômenos:
252
Nada concorre mais do que a música,
para que as melhores condições se
estabeleçam. As vibrações musicais
embora sejam levadas pela atmosfera e não
pelo éter exercem indireta influência
sobre as vibrações que enviamos para o
segundo; por isso é que iniciamos as
nossas sessões cantando, acompanhados
ao harmônio. […]. (217)
253
provocam, a mensagem que traduzem,
extravasam do concreto. A música é
sempre uma fuga ao real, sublimação,
transcendência. […]. (218)
254
estruturas do pensamento, sendo seu
alcance maior do que o da palavra. (219)
255
por se sensibilizarem, algo como “amolecer o
coração”, quando a ouvem.
256
12. Poder-se-ia, pois, considerar a pessoa
obsidiada um médium?
257
constitui oportunidade de resgatar velhas
dívidas, recurso oferecido pela Misericórdia
de Deus para que a criatura faça o Bem ao
semelhante, quitando-se de débitos
anteriores. […]. (221)
258
tanto mais perigosos quanto não se
suponha a sua ação. O Espiritismo, pondo-
os a descoberto, vem revelar uma nova
causa a certos males da Humanidade;
conhecida a causa, não se procurará mais
combater o mal por meios que, doravante,
se sabe inúteis, procurar-se-ão os mais
eficazes. Ora, o que foi que fez descobrir
essa causa? A mediunidade; foi pela
mediunidade que esses inimigos
ocultos traíram sua presença; ela fez
para eles o que o microscópio fez para os
infinitamente pequenos: revelou todo um
mundo. […] Uma vez reconhecida a ação do
mundo invisível, ter-se-á a chave de uma
multidão de fenômenos incompreendidos, e
a ciência, enriquecida dessa nova lei, verá
se abrir diante dela novos horizontes. […].
Antes de falar do remédio, expliquemos
um fato que embaraça muitos Espíritas,
sobretudo no caso de obsessão simples,
quer dizer, naqueles, muito frequentes, em
que o médium não pode se
desembaraçar de um mau Espírito que
se comunica, obstinadamente, a ele pela
escrita ou pela audição; […].
Reportemo-nos ao que dissemos, em
começando, da maneira pela qual o
Espírito age, e imaginemos um médium
envolvido, penetrado pelo fluido
perispiritual de um mau Espírito; para
que o de um bom possa agir sobre o
médium é preciso que penetre esse
259
envoltório, e sabe-se que a luz penetra
dificilmente um espesso nevoeiro. Segundo
o grau de obsessão, esse nevoeiro será
permanente, tenaz ou intermitente e,
consequentemente, mais ou menos fácil de
dissipar. (222)
260
fenômenos devidos às influências
ocultas do mundo invisível, e nos explica
o que, sem ela, nos parecia inexplicável. A
mediunidade é o meio direto de
observação – que se nos permita esta
comparação – é o instrumento de
laboratório pelo qual a ação do mundo
invisível se traduz de maneira patente;
e, pela facilidade que nos dá de repetir as
experiências, nos permite estudar o modo e
as nuanças dessa ação; foi do estudo e das
observações que nasceu a ciência espírita.
Todo indivíduo que sofre, de um
modo qualquer, a influência dos
Espíritos é, por isso mesmo, médium;
mas é pela mediunidade efetiva, consciente
e facultativa, que se chega a constatar a
existência do mundo invisível, e pela
diversidade das manifestações obtidas ou
provocadas, que se pôde esclarecer sobre a
qualidade dos seres que a compõem, e
sobre o papel que eles desempenham na
Natureza; o médium fez pelo mundo
invisível o que o microscópio fez pelo mundo
dos infinitamente pequenos. (223)
261
vamos encontrar o 3º artigo intitulado “Estudo sobre
os possessos de Morzine – As causas da obsessão e
os meios de combatê-la”, do qual transcrevemos o
seguinte trecho:
262
tenha consciência disso e que os outros não o vejam
como tal.
263
será levado em conta o papel importante
que o perispírito desempenha na fisiologia, e
um novo caminho de cura será aberto para
uma multidão de doenças reputadas
incuráveis. (225) (itálico do original)
264
13. Conclusão
265
seguinte nota:
266
serão por outros meios, pois, como muito bem disse
o Codificador “Deus não deixa ninguém no
esquecimento”.
267
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274
Dados biográficos do autor
275
Kardec?; 4) Espírito de Verdade, Quem Seria Ele?; 5) A
Reencarnação Tá na Bíblia; 6) Manifestações de Espírito de
Pessoa Viva (Em Que Condições Elas Acontecem); 7)
Homossexualidade, Kardec Já Falava Sobre Isso; 8) Os
Nomes dos Títulos dos Evangelhos Designam os Seus
Autores?; 9) Apocalipse: Autoria, Advento e a Identificação
da Besta; 10) Chico Xavier e Francisco de Assis Seriam o
Mesmo Espírito?; 11) A Mulher na Bíblia; 12) Todos Nós
Somos Médiuns?; 13) Os Seres do Invisível e as Provas Ainda
Recusadas Pelos Cientistas; 14) O Perispírito e as Polêmicas
a Seu Respeito; 15) Allan Kardec e a lógica da reencarnação;
16) O Fim dos Tempos Está Próximo?; 17) Obsessão,
Processo de Cura de Casos Graves; 18) Umbral, Há Base
Doutrinária Para Sustentá-lo?; 19) A Aura e os Chakras no
Espiritismo; 20) Os Quatro Evangelhos, Obra Publicada por
Roustaing, Seria a Revelação da Revelação?; 21) Espiritismo:
Religião Sem Dúvida; 22) Allan Kardec e Suas
Reencarnações; 23) Médiuns São Somente os Que Sentem a
Influência dos Espíritos?; 24) EQM: Prova da Sobrevivência
da Alma; 25) A Perturbação Durante a Vida Intrauterina; 26)
Os Animais: Percepções, Manifestações e Evolução; 27)
Reencarnação e as Pesquisas Científicas; 28) Reuniões de
Desobsessão (Momento de Acolher Espíritos em
Desarmonia); 29) Haveria Fetos Sem Espírito?; 30) Trindade:
O Mistério Imposto Por Um Leigo e Anuído Pelos Teólogos;
31) Herculano Pires Diante da Revista Espírita; 32) Allan
Kardec: sua mediunidade e os fenômenos que protagonizou
e 33) A pesquisa de Ernesto Bozzano confirma e
complementa a Codificação Espírita.
276
1 Pesquisa, O pesquisador, link:
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2 PIRES, Obsessão, o Passe, a Doutrinação, p. 71-72.
3 CARNEIRO (org), No Limiar do Amanhã: Lições de
Espiritismo com Herculano Pires, p. 7.
4 FEESP, Curso Básico de Espiritismo, 1º ano, p. 50.
5 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 359.
6 KARDEC, Revista Espírita 1860, p. 238.
7 KARDEC, O Livro dos Espíritos, p. 150.
8 KARDEC, Revista Espírita 1863, p. 149-150.
9 KARDEC, O Céu e o Inferno, p. 231.
10 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 304.
11 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 282.
12 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 273.
13 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 274.
14 DENIS, Depois da Morte, p. 344-345.
15 DENIS, Depois da Morte, p. 351-352.
16 BOZZANO, A Crise da Morte, p. 51-52.
17 BOZZANO, A Crise da Morte, p. 56-57.
18 KARDEC, Revista Espírita 1865, p. 210
19 KARDEC, Revista Espírita 1865, p. 212-213.
20 KARDEC, O Céu e o Inferno, p. 259-260.
21 KARDEC, O Céu e o Inferno, p. 286.
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25 KARDEC, O Céu e o Inferno, p. 183-184.
26 DENIS, No Invisível, p. 252-253.
27 KARDEC, Revista Espírita 1863, p. 91.
28 KARDEC, Revista Espírita 1864, p. 230-231.
29 KARDEC, Revista Espírita 1865, p. 13-14.
30 KARDEC, Revista Espírita 1865, p. 18.
31 KARDEC, Revista Espírita 1864, FEB, p. 70.
32 KARDEC, Revista Espírita 1865, p. 169-170.
33 KARDEC, Revista Espírita 1866, p. 42.
34 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 243.
35 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 329.
36 KARDEC, A Gênese, p. 259.
37 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 270.
38 KARDEC, Revista Espírita 1868, p. 90.
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40 KARDEC, Revista Espírita 1862, p. 362.
41 Planta, Sala de reuniões públicas na casa espírita,
baixado da WEB, link não funciona mais.
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42 PIRES, O Espírito e o Tempo, p. 198.
43 OLIVEIRA, Magnetização mental, disponível em:
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44 KARDEC, Revista Espírita 1863, p. 6.
45 KARDEC, Revista Espírita 1863, p. 6.
46 KARDEC, Revista Espírita 1864, FEB, p. 70.
47 KARDEC, Revista Espírita 1864, p. 17.
48 KARDEC, O Evangelho Segundo o Espiritismo, p.
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52 XAVIER, PIRES E ESPÍRITOS DIVERSOS, Diálogo dos
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53 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 265.
54 KARDEC, O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 370.
55 KARDEC, A Gênese, p. 259.
56 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 265.
57 KARDEC, O Livro dos Médiuns, item 238, p. 260.
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59 TEIXEIRA, Quando a Vida Responde, p. 100-101.
60 KARDEC, O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 102.
61 KARDEC, O Que é o Espiritismo, p. 149.
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62 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 414.
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foi%20atribu%C3%ADda%20a%20esp%C3%ADritos.
68 KARDEC, Revista Espírita 1859, p. 353.
69 KARDEC, Revista Espírita 1860, p. 231-232.
70 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 364.
71 KARDEC, Revista Espírita 1860, p. 301.
72 KARDEC, Revista Espírita 1862, p. 187.
73 KARDEC, Revista Espírita 1864, p. 308.
74 KARDEC, Revista Espírita 1864, p. 354-357.
75 Nota de Allan Kardec: Conhecemos um senhor que foi
aceito para um emprego de confiança, numa casa
particular, porque era espírita sincero. Entenderam que
as suas crenças eram garantia de sua moralidade.
76 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 400-401.
77 KARDEC, Revista Espírita 1859, p. 36.
78 KARDEC, Revista Espírita 1860, p. 263-264.
79 KARDEC, Revista Espírita 1860, p. 264-265.
80 KARDEC, Revista Espírita 1862, p. 188.
81 FINDLAY, No Limiar do Etéreo ou Sobrevivência à Morte
Cientificamente Explicada, p. 80-81.
280
82 FINDLAY, No Limiar do Etéreo ou Sobrevivência à Morte
Cientificamente Explicada, p. 84-85.
83 PIRES, O Finito e o Infinito, p. 78.
84 KARDEC, Viagem Espírita em 1862, p. 115.
85 KARDEC, Revista Espírita 1858, p. 325.
86 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 364-365.
87 KARDEC, Revista Espírita 1860, p. 141.
88 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 240-241.
89 KARDEC, Revista Espírita 1859, p. 227.
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91 KARDEC, Revista Espírita 1862, p. 361-362.
92 KARDEC, Revista Espírita 1863, p. 141-142.
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95 KARDEC, O Livro dos Médiuns, Segunda Parte, cap.
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96 DENIS, Depois da Morte, p. 312.
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111 KARDEC, Revista Espírita 1867, p. 182.
112 KARDEC, Obras Póstumas, p. 374.
113 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 299.
114 KARDEC, Obras Póstumas, p. 63.
115 KARDEC, Revista Espírita 1859, p. 346-347.
116 KARDEC, Revista Espírita 1860, p. 227-228.
117 KARDEC, Revista Espírita 1865, p. 109.
118 KARDEC, Revista Espírita 1865, p. 110-112.
119 KARDEC, Revista Espírita 1865, p. 137-138.
120 KARDEC, Revista Espírita 1867, p. 84-85.
121 Alfred de Musset (1810-1857) foi um dramaturgo, poeta
e novelista francês do período do Romantismo. (fonte:
https://www.pensador.com/autor/alfred_de_musset/)
122 KARDEC, Revista Espírita 1860, p. 191-192.
123 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 221-222.
124 FRANCO e TEIXEIRA, Diretrizes de Segurança, p. 45.
125 FRANCO e TEIXEIRA, Diretrizes de Segurança, p. 53.
126 XAVIER e VIEIRA, Desobsessão, p. 153.
127 SANTOS JUNIOR, Mensagens de Além-túmulo, p. 52-54.
128 XAVIER E VIEIRA, Desobsessão, p. 21-22.
129 XAVIER E VIEIRA, Desobsessão, p. 25-26.
130 XAVIER E VIEIRA, Desobsessão, p. 29-30.
131 XAVIER E VIEIRA, Desobsessão, p. 33-34.
132 KARDEC, Viagem Espírita em 1862, p. 110.
133 XAVIER e VIEIRA, Desobsessão, p. 57.
282
134 XAVIER e VIEIRA, Desobsessão, p. 201-202.
135 GERMINHASI, Luz Bendita, 78-79.
136 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 110.
137 KARDEC, O Céu e o Inferno, p. 149.
138 KARDEC, O Céu e o Inferno, p. 151.
139 XAVIER, O Consolador, p. 207.
140 XAVIER, O Consolador, p. 207.
141 KARDEC, Revista Espírita 1867, p. 276.
142 KARDEC, Revista Espírita 1867, p. 276.
143 KARDEC, Revista Espírita 1867, p. 122.
144 KARDEC, Revista Espírita 1867, p. 277.
145 VIEIRA, Conduta Espírita, p. 93.
146 BARBOSA, No Mundo de Chico Xavier, p. 69.
147 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 295-296.
148 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 296.
149 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 296.
150 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 300.
151 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 300.
152 KARDEC, A Gênese, p. 259.
153 KARDEC, A Gênese, CELD, p. 352.
154 “No século XIX, o tratamento ao doente mental incluía
medidas físicas como duchas, banhos frios, chicotadas,
máquinas giratórias e sangrias.”, link:
http://www.ccs.saude.gov.br/memoria%20da%20loucur
a/vpc/reforma.html
155 KARDEC, Revista Espírita 1866, p. 41-42.
156 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 96.
157 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 269.
158 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 270.
283
159 KARDEC, Revista Espírita 1864, FEB, p. 40.
160 O Projeto Allan Kardec é fruto de um convênio entre a
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a
Fundação Espírita André Luiz (FEAL), cujo objetivo é
permitir o acesso público a centenas de manuscritos
originais de Allan Kardec, que não haviam sido
divulgados.
161 PROJETO ALLAN KARDEC, Solidariedade entre os
Espíritos e os homens – Educação dos Espíritos
(manuscrito de 09.07.1861), link:
https://projetokardec.ufjf.br/item-pt?id=267
162 KARDEC, Revista Espírita 1864, p. 16-17.
163 FREIRE, Da Alma Humana, p. 131.
164 KARDEC, Revista Espírita 1864, FEB, p. 40.
165 KARDEC, Revista Espírita 1864, p. 169.
166 KARDEC, Revista Espírita 1864, p. 333.
167 KARDEC, Revista Espírita 1864, p. 343.
168 KARDEC, Revista Espírita 1865, p. 7-8.
169 KARDEC, Revista Espírita 1866, p. 38-39.
170 KARDEC, Revista Espírita 1867, p. 176.
171 KARDEC, Revista Espírita 1869 – Edicel, p. 41-42.
172 KARDEC, Revista Espírita 1867, p. 238-239.
173 KARDEC, Revista Espírita 1867, p. 239.
174 SILVA NETO SOBRINHO, Os Espíritos Superiores e o
Nosso Livre-arbítrio, link:
https://paulosnetos.net/article/espiritos-superiores-e-o-
nosso-livre-arbitrio-os-ebook
175 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 305-306.
176 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 306.
177 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 308.
178 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 317.
284
179 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 331.
180 KARDEC, O Céu e o Inferno, p. 132.
181 KARDEC, Revista Espírita 1858, p. 191.
182 KARDEC, Revista Espírita 1859, p. 179.
183 KARDEC, Revista Espírita 1864, p. 387.
184 DENIS, No Invisível, p. 253.
185 KARDEC, Revista Espírita 1859, p. 239.
186 KARDEC, Revista Espírita 1860, p. 103.
187 KARDEC, Revista Espírita 1860, p. 130.
188 KARDEC, Revista Espírita 1862, p. 329-330.
189 KARDEC, Revista Espírita 1862, p. 331.
190 KARDEC, Revista Espírita 1865, p. 174.
191 KARDEC, Revista Espírita 1865, p. 379.
192 KARDEC, O Céu e o Inferno, p. 298.
193 KARDEC, O Céu e o Inferno, p. 326-327.
194 LHOMME, O Fenômeno das Mesas Falantes, p. 39-40.
195 KARDEC, Revista Espírita 1863, p. 139.
196 KARDEC, Revista Espírita 1865, p. 8.
197 N.T.: Alguns comunicantes pensam encontrar-se em um
julgamento e temem os participantes da reunião.
Cumpre evidenciar ao comunicante que ele não está
sendo julgado. Para tanto se faz mister que as nossas
atitudes sejam sempre a do irmão que procura socorrer
e esclarecer, porque sebe e sente em si mesmo as
necessidades daquele que sofre.
198 SCHUBERT, Obsessão/Desobsessão: Profilaxia e
Terapêutica Espíritas, p. 141-142.
199 AMUI, O Que é Evangelização dos Espíritos, p. 26.
200 AMUI, O Que é Evangelização dos Espíritos, p. 27.
201 AMUI, O Que é Evangelização dos Espíritos, p. 27.
285
202 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 173.
203 KARDEC, Revista Espírita 1859, p. 5.
204 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 268.
205 N.T.: Veja-se O Livro dos Médiuns, Segunda parte, cap.
XXIII, Obsessão; Revista Espírita, fevereiro e março de
1864; abril de 1865: exemplos de curas de obsessões.
206 KARDEC, O Evangelho Segundo o Espiritismo, p. 372.
207 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 269.
208 DENIS, Depois da Morte, p. 352.
209 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 302.
210 Filmes – E o vento levou e Ghost, link:
https://i.pinimg.com/736x/14/99/7d/14997dff9df64a5c9
14e422e9817cb90.jpg e
https://http2.mlstatic.com/D_NQ_NP_2X_931886-
MLB30873955123_052019-F.webp
211 JOSEFO, História dos Hebreus, p. 159.
212 Bíblia de Jerusalém, p. 412.
213 KARDEC, Revista Espírita 1864, p. 261-262.
214 KARDEC, Revista Espírita 1869, p. 92-93.
215 WIKIPÉDIA, Rossini, disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gioachino_Rossini
216 DENIS, No Invisível, p. 312.
217 FINDLAY, No Limiar do Etéreo ou Sobrevivência à Morte
Cientificamente Explicada, p. 84-85.
218 PIRES, O Espírito e o Tempo, p. 63.
219 AMUI, O Que é Evangelização do Espírito, p. 45.
220 Link: https://www.fedf.org.br/Noticias/quando-arte-e-
mediunidade-se-convergem-para-socorrer-amparar-e-
sensibilizar-coracoes
221 MARTINS, A Obsessão e Seu Tratamento Espírita, p. 84.
222 KARDEC, Revista Espírita 1862, p. 358-359.
286
223 KARDEC, Revista Espírita 1863, p. 2-3.
224 KARDEC, Revista Espírita 1863, p. 36.
225 KARDEC, Revista Espírita 1863, p. 139.
226 Esta foi a designação adotada para o Espírito que
provocava fenômenos de efeitos físicos (ruídos) numa
pequena casa perto de Castelnaudary.
227 KARDEC, Revista Espírita 1860, p. 60-61.
228 KARDEC, A Gênese, p. 259.
287