Psicoeducação:
Transtorno de Ansiedade
Generalizada
(CID10 F41.1)
Psicóloga Clínica
Taene H. Nolasco
CRP-12/15477
O que é psicoeducação?
É EDUCAR OU ENSINAR
O PACIENTE E A FAMÍLIA A RESPEITO
DO QUADRO EMOCIONAL ATUAL.
PSICOEDUCAR SOBRE
O MODELO DE TRATAMENTO NA TCC,
ONDE O FOCO PRINCIPAL ESTÁ NO
RECONHECIMENTO, ACEITAÇÃO E MODIFICAÇÃO
DE PENSAMENTOS, EMOÇÕES E COMPORTAMENTOS
ASSOCIADOS.
Terapia Cognitivo Comportamental
Modelo: SITUAÇÃO/EVENTO (real ou imaginado)
PENSAMENTO (COGNIÇÃO)
SENTIMENTO
COMPORTAMENTO
Conhecendo o transtorno
Surgiu em 1980.
Mais comuns em mulheres, numa proporção de 2:1.
Estima-se que a prevalência de 1 ano de duração
seja entre 3 e 5%, enquanto ao longo da vida varie
entre 4 e 7%. (pesquisa baseada nos critérios
diagnósticos do DSM-III e DSM-III-R).
Já, alguns pesquisadores acreditam que a
prevalência da população possa estar entre 5 e 8%
(Kessler, Walters e Wittchen, 2004).
Conhecendo o T.A.G.
A tendência é que os sintomas se iniciem na
adolescência e no início da vida adulta.
A característica central nas
pessoas com TAG, é a
orientação muito forte para
acontecimentos futuros.
O TAG É COMUM?
Sim, muito comum. Um estudo recente aponta
que o risco de uma pessoa atender aos critérios para
um transtorno de ansiedade ao longo da vida varia
entre 4,8% e 31% (Kessler et al., 2007).
Porém, apesar de muitas vezes ser desagradável, a
ansiedade pode exercer uma função adaptativa
importante, estando associada à preparação do
indivíduo para lidar com a situação ameaçadora.
Quando as preocupações
são boas
A antecipação pode contribuir no
desenvolvimento de algumas tarefas
como por exemplo: avaliar as condições
de trânsito e dirigir com cautela em um
dia de chuva.
Quando é ruim...
Quando as preocupações são
tão intensas, desagradáveis e
frequentes ao ponto de
comprometer a qualidade de
vida da pessoa.
Medo – resposta
emocional a
ameaça real ou
percebida
Ansiedade –
antecipação de
ameaça futura
CARACTERÍSTICAS
DA
ANSIEDADE
GENERALIZADA
Quando as preocupações são excessivas acerca de diversos
eventos ou atividades;
Quando a intensidade, duração ou frequência da ansiedade
e preocupação é desproporcional a probabilidade real ou
ao impacto do evento antecipado;
Quando o indivíduo tem dificuldades de controlar a
preocupação e de evitar que pensamentos preocupantes
interfiram na atenção as tarefas em questão;
Em adultos frequentemente o conteúdo das preocupações
tem a ver com o dia a dia, com a rotina da vida, como:
responsabilidade no trabalho, saúde e finanças, saúde da
família, entre outros.
Sinais e Sintomas
Mudanças cognitivas (pensamentos)
Comportamentais
Emocionais
Físicas
Sintomas Cognitivos
Pensamentos sobre problemas, perigo ou coisas
ruins acontecendo.
Pensamentos de que você não será capaz de
lidar com as dificuldades e com várias outras
preocupações.
PODEM OCORRER COMO
E se as pessoas não
gostarem?
E se eu errar?
E se algo ruim
acontecer comigo?
Frases Imagens
Quando ansiosos, tendemos a
evitar situações e lugares onde
podemos nos sentir desconfortáveis
ou ansiosos.
A evitação é o comportamento mais comum
associado à ansiedade.
Sintomas Físicos
Existem muitos sintomas físicos
de ansiedade, incluindo
dificuldade de respirar, coração
acelerado, boca seca,
transpiração, tensão muscular,
tremores, vertigem, náusea ou
até distúrbios gastrointestinais.
Além de calorões, calafrios,
urinação frequente, inquietude
e dificuldade para engolir.
Humor ansioso
Várias palavras são usadas para descrever um
humor ansioso, como:
NERVOSO
EM PÂNICO
EXCITADO
• Superestimação do perigo • Nervoso
• Subestimação da capacidade • Excitado
de enfrentamento • Ansioso
• Subestimação da ajuda • Em pânico
disponível
• Preocupações e
pensamentos catastróficos
Pensamentos Estados de Humor
Comportamentos Reações físicas
•Evitação de situações de • Suor nas palmas das mãos
ansiedade • Tensão Muscular
•Abandono de situações quando
• Batimento cardíaco
começa a ocorrer ansiedade
acelerado
•Tentar ser perfeito ou controlar
tudo e fazer coisas para se sentir • Vertigem
seguro
As experiências de vida podem contribuir para
desencadear a ansiedade, como traumas,
doenças ou mortes, coisas que nos ensinam (ex:
“se você se sujar vai ficar doente”, “as cobras
vão morder você”).
Além disso, coisas que observamos (ex: um acidente aéreo
que passa na tv, faz seu coração disparar); e experiências
que parecem demais para nós lidarmos com elas (ex:
palestrar para muitas pessoas, ser demitido ou pedir uma
promoção).
Todas estas mudanças físicas, emocionais, de
pensamento e comportamentais que
experimentamos quando estamos ansiosos
fazem parte das respostas de ansiedade
denominadas
LUTA,
FUGA,
CONGELAMENTO
CAUTELA OU
ESQUIVA
LUTA OU FUGA
Pessoas com T.A.G. podem apresentar
dificuldades em várias áreas da vida por conta de
suas preocupações excessivas prejudicando, por
vezes, seu desempenho profissional e suas relações
pessoais.
Ao longo dos últimos anos, um grupo de
pesquisadores do Canadá conseguiu formular um
modelo psicológico bastante fundamentado que
esclarece os mecanismos envolvidos com a
preocupação crônica.
INTOLERÂNCIA À INCERTEZA
Quando ocorre alguma situação, pessoas com TAG
se sentem impelidas a avaliar cada possível
consequência através de pensamentos do tipo “e
se...” o que gera altos níveis de preocupações.
PREOCUPAÇÃO
Wells (2004) diferencia dois tipos de preocupações:
TIPO I – Refere-se a eventos externos e internos
não cognitivos (sintomas físicos). Exemplo desse tipo
de preocupação seria: segurança própria, perder o
emprego, saúde de um familiar, etc..
PREOCUPAÇÃO
TIPO II – Preocupações
sobre as preocupações. Ex: uma
pessoa que acredita que precisa
parar de se preocupar para não
adoecer ou perder o controle.
Crenças sobre a preocupação
As crenças sobre as preocupações ajudam a mantê-las.
Exemplos dessas crenças:
“preocupando-me ajudo a evitar surpresas desagradáveis”,
“a preocupação ajuda a encontrar soluções para os
problemas”,
“preocupando-me evito que as coisas ruins aconteçam”.
Crenças sobre a preocupação
Estas crenças nos reforçam negativamente pela não
ocorrência na maioria das vezes do evento temido (Dugas e
Robichaud, 2007).
Assim, cria-se um estado de ansiedade que está relacionado a
outros dois elementos importantes, que são:
A orientação disfuncional para problemas e a
Evitação cognitiva.
Orientação disfuncional para problemas
O processo de solução de problemas pode ser
dividido em dois componentes principais:
I. A orientação: que são as crenças e avaliações
envolvidas na solução do problema, envolvendo a
percepção de si como um agente para a
percepção e solução do problema.
Orientação disfuncional para problemas
II. As habilidades: o que
é necessário para a
solução de problemas,
definir os problemas e as
metas desejadas; gerar
alternativas; escolher
uma solução;
implementar a solução
e testar a efetividade.
Evitação cognitiva
Refere-se as estratégias utilizadas pela pessoa para
se afastar de estímulos cognitivos e emocionais
aversivos.
Que podem ser
IMPLÍCITAS (estratégias
automáticas)
ou
EXPLÍCITAS (estratégias
voluntárias).
Evitação cognitiva
IMPLÍCITAS (estratégias automáticas): Inibição
emocional causada pela preocupação.
EXPLÍCITAS (estratégias voluntárias): estratégias
como supressão de pensamentos, uso de distração
para interromper a preocupação, evitação de
situações que geram preocupações, entre outras.
Evitação cognitiva
Alguns dos temas mais comuns
que pessoas com ansiedade
generalizada podem estar
evitando através da preocupação
são: medos mais profundos,
traumas passados; problemas de
relacionamentos interpessoais na
infância e na vida atual (Borkovec,
Alcaine e Behar, 2004).
Como vamos
trabalhar?
➢ AUTOMONITORAMENTO
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PENSAMENTOS
➢ RELAXAMENTO
➢ TREINO EM RESOLUÇÃO
DE PROBLEMAS
➢ REAVALIAÇÕES DOS SINTOMAS
Vamos juntas(os)!