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Curso de Sondagem à Percussão: Fundamentos e Aplicações

Este documento descreve um curso sobre sondagens à percussão de simples reconhecimento. O curso tem como objetivo fornecer conhecimentos sobre a norma de sondagem, os equipamentos, o método de execução e a interpretação dos resultados. O documento discute a importância dos estudos geotécnicos, os tipos de sondagens, e fornece detalhes sobre sondagens à percussão e sondagens mistas.
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Curso de Sondagem à Percussão: Fundamentos e Aplicações

Este documento descreve um curso sobre sondagens à percussão de simples reconhecimento. O curso tem como objetivo fornecer conhecimentos sobre a norma de sondagem, os equipamentos, o método de execução e a interpretação dos resultados. O documento discute a importância dos estudos geotécnicos, os tipos de sondagens, e fornece detalhes sobre sondagens à percussão e sondagens mistas.
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CURSO DE SONDAGEM À PERCUSSÃO DE SIMPLES RECONHECIMENTO Fundamentos -

Interpretação Aplicações Práticas

Assessoria de Engenharia

CURSO DE SONDAGEM À PERCUSSÃO DE SIMPLES RECONHECIMENTO CBR - ABPv -


EXEMPLO - FUNDESP

ÍNDICE

Página 1 - Importância dos estudos geotécnicos em uma obra de engenharia 04

2 - As sondagens

07

3 - Síntese do histórico da sondagem à percussão e do índice de resistência a penetração 4 -


Planejamento das sondagens

11 14

5 - Sondagem à percussão de simples reconhecimento

18

6 - Ensaio SPT-T-Medição de torque em sondagem de simples reconhecimento

24

7 - Amostradores especiais para coleta de amostras indeformadas em solos argilosos e em


solos arenosos

27

8 - Qualidade das amostras indeformadas, ensaios "in situ" e de laboratório

31

9 - Classificação, caracterização e interpretação dos resultados das sondagens

33

10 - Apresentação dos resultados das sondagens

38

11 - Relevância da interface do programa de sondagens e projeto de fundação

40

12 Bibliografia

47

ANEXO
49

APÊNDICE

68

CURSO DE SONDAGEM À PERCUSSÃO DE SIMPLES RECONHECIMENTO CBR - ABPv -


EXEMPLO - FUNDESP

OBJETIVO

O curso tem por objetivo fornecer conhecimentos sobre a norma de sondagem, os


equipamentos, o método de execução e a interpretação dos resultados obtidos pela execução
de sondagem à percussão para fins de engenharia.

CURSO DE SONDAGEM À PERCUSSÃO DE SIMPLES RECONHECIMENTO CBR - ABPv -


EXEMPLO - FUNDESP

1 - IMPORTÂNCIA DOS ESTUDOS GEOTÉCNICOS


EM UMA OBRA DE ENGENHARIA
4
CURSO DE SONDAGEM À PERCUSSÃO DE
SIMPLES RECONHECIMENTO CBR - ABPv -
EXEMPLO - FUNDESP
1 - IMPORTÂNCIA DOS ESTUDOS GEOTÉCNICOS
EM UMA OBRA DE ENGENHARIA:
Como será visto, as sondagens são investigações
do subsolo ou do subleito (em estradas) que, como a
Topografia, precedem o desenvolvimento de
qualquer projeto e podem ser necessárias no
transcorrer da obra, ou posteriormente a ela. Ainda
como será visto, estas investigações podem ser
executadas por diversos processos. Destes
processos o nosso curso se prende, exclusivamente,
ao processo mais freqüente nas obras de construção
civil - Sondagem à Percussão - como é chamada
correntemente. São aplicadas necessariamente em:
1 - Projetos de prédios e residências de um
pavimento; 2 - Projetos de estradas; 3 - Projetos de
barragens; 4 - Projetos de fundações de diversas
naturezas; 5 - Projetos portuários. A topografia,
como sabemos, estabelece os limites e a
conformação das áreas, as cotas e as orientações
geográficas. Conforme será visto, a prospecção do
solo permite conhecer:
!!!!
O tipo de terreno (rochoso, arenoso, argiloso, etc);
As camadas constituintes do solo; A resistência
destas camadas; O nível do lençol freático.
O conhecimento destas características permitirá
definir o tipo de fundação e a cota de implantação da
mesma. Em projetos de estradas, a investigação
destas características é tão importante, que pode
determinar um traçado mais longo pela análise
custo/benefício. Assim, é preciso lembrar, ainda, que
o custo de uma obra poderá ser efetivamente
minimizado, se bem programado e bem estudada a
prospecção do terreno. O que se diz para a
construção civil se pode dizer para a exploração de
jazidas minerais e outras obras que envolvam
conhecimento do terreno. Ainda, como será visto, as
prospecções podem ser efetuadas por diversos
processos e, dentre os existentes, é importante a
escolha levando-se em conta: o tempo de
realização, a precisão das respostas e os custos.
Outro fato que não pode ser esquecido: para se
obter uma resposta confiável, nunca ser executada
uma única prospecção, a não ser em situações
particulares, como aquela de implantação de torres
de telefonia ou de energia elétrica. Os métodos
tradicionais de prospecção serão apresentados em
nosso curso, com destaque para as sondagens a
percussão. Gostaria de enfatizar o que venho
pregando ultimamente em engenharia: Em
sondagens, fundações e estruturas importa mais a
qualidade que os custos.
5
CURSO DE SONDAGEM À PERCUSSÃO DE
SIMPLES RECONHECIMENTO
São de difícil
recuperação os insucessos nestas fases.
Os profissionais (engenheiros, arquitetos, geólogos
e outros) se prendem basicamente a uma das três
funções:
!!!
Projetistas; Construtores; Gerenciadores.
As sondagens são fundamentais para os projetistas
de fundações, entretanto os construtores,
frequüentemente, levando em conta as informações
de sondagem, por ocasião da obra, se vêem na
necessidade de solicitar reformulação do projeto. Os
gerenciadores fazem parte da discussão desta
situação. Nesta situação três informações são
importantes: As cotas de bocas de furo, o RN e o
N.A, e a natureza do subsolo. Aconteceu na
construção da sede da A.B.O (Associação Brasileira
de Odontologia), onde o N.A apontado pela
sondagem se apresentou acima do indicado. Outra
situação, estacas cravadas com comprimento
previsto na sondagem, que ultrapassaram o
comprimento projetado, porque não foi levado em
conta o R.N. indicado na sondagem. Outra situação:
além do pequeno número de sondagens indicado,
também não foram considerados os deslocamentos
executados na sondagem. A surpresa se apresentou
na execução das fundações, pois, apesar do perfil
dos furos apresentar um solo contínuo até a nega,
certas áreas apresentaram blocos de concreto, ou
matacões. A complementação das sondagens à
percussão pode ser feita com: sondagens rotativas,
sondagem por eletroresistividade ou sondagem por
sísmica de refração.
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CURSO DE SONDAGEM À PERCUSSÃO DE
SIMPLES RECONHECIMENTO CBR - ABPv -
EXEMPLO - FUNDESP
2 - AS SONDAGENS
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CURSO DE SONDAGEM À PERCUSSÃO DE
SIMPLES RECONHECIMENTO CBR - ABPv -
EXEMPLO - FUNDESP
2 - AS SONDAGENS
As sondagens são procedimentos de engenharia
que têm por escopo a obtenção de informações de
subsuperfície de uma área na terra, ou na água. As
modalidades atualmente mais empregadas no Brasil
são mostradas no quadro abaixo: Tipo de sondagem
Poço de inspeção Trincheira A Trado A Percussão
Rotativa Mista Sísmica de refração rasa
Eletroresistividade Sigla PI TR ST SP SR SM SS SE
Método direto " " " " " indireto " Processo mecânico "
" " " " geofísico "
O objetivo principal do curso é tratar principalmente
das sondagens mecânicas, destacando a sondagem
à percussão. 2.1 - OBJETIVOS DAS SONDAGENS:
Os objetivos mais freqüentes são: Determinação do
perfil do terreno por meio de identificação dos solos
e/ou rochas que formam as camadas ou estratos na
subsuperfície (PI, TR, ST, SP, SR, SM, SS, SE);
!!!!!!!
Determinação da resistência das camadas, à
cravação de um barrilete padrão, nos solos (SP,
SM); Determinação do nível d água (PI, ST, SP, SR,
SM, SE); Determinação da cota de ocorrência do
embasamento rochoso, tipo e grau de sanidade da
rocha (SP, SM, SS, SE); Existência de matacões nas
camadas de solos (ST, SP, SM, SS, SE); Cubagem
de jazidas de solos e rochas (PI, ST, SR, SM, SS,
SE); Coleta de amostras (PI, TR, ST, SP, SR, SM).
2.2 - AS DIVERSAS SONDAGENS: 2.2.1 Poços de
Inspeção: Os poços de inspeção são executados em
terrenos que permitam a sua escavação, sem
escoramento, atingindo usualmente até 2,00m a
3,00m de profundidade.
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CURSO DE SONDAGEM À PERCUSSÃO DE
SIMPLES RECONHECIMENTO CBR - ABPv -
EXEMPLO - FUNDESP
Têm como objetivo o conhecimento do perfil do
terreno, grau de compactação das camadas e
coletas de amostras deformadas e indeformadas.
2.2.2 Trincheiras: São valas longas com
profundidade máxima de 2 metros, para uma
investigação linear das primeiras camadas do
terreno, em situações específicas. 2.2.3 A trado: As
sondagens a trado são efetuadas com uma
ferramenta chamada trado concha, com diâmetro de
75mm, 100mm e 150mm, podendo ser usados
outros diâmetros. Outro tipo de trado usual é o
helicoidal. Estas sondagens são executadas em
solos argilosos ou arenosos até atingir uma
profundidade que é limitada pelo nível d água ou
natureza do terreno. São utilizadas para coletas de
amostras deformadas, identificação do perfil do
terreno, determinação do N.A, como ferramenta
auxiliar de outros tipos de sondagem e para a
execução de furos em ensaios especiais, como
permeabilidade e palheta (vanetest). 2.2.4
Sondagem à Percussão: Estas sondagens são as
mais freqüentes na engenharia e usualmente
executadas para:
!!!!!
Perfil geológico das camadas do subsolo;
Determinação da capacidade de carga das
diferentes camadas do subsolo; Coleta de amostras
das diversas camadas; Determinação do nível do
lençol freático; Determinação da compacidade ou
consistência das camadas do subsolo em solos
arenosos ou argilosos, respectivamente, e também
para a determinação de eventuais linhas de ruptura
que possam ocorrer em subsuperfície.
2.2.5 Sondagens Rotativas Estas sondagens são as
mais freqüentes na engenharia e usualmente
executadas para:
!!!
A profundidade em que se encontra o embasamento
rochoso; O tipo ou os tipos de rocha e seu estado de
sanidade e fraturas; Para indicar a presença de
matacões diferenciando-os do embasamento
rochoso; ! Para implantação de uma fundação ou de
tirantes; ! Para obtenção de poços para captação de
águas; ! Para possibilitar injeção de cimento ou de
outros materiais em fraturas que podem ocorrer nos
maciços rochosos em profundidade.
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CURSO DE SONDAGEM À PERCUSSÃO DE
SIMPLES RECONHECIMENTO CBR - ABPv -
EXEMPLO - FUNDESP
2.2.6 Sondagens Mistas São aquelas executadas
por sondagem à percussão, em todos os tipos de
terreno, penetráveis por este processo e por meio de
sondagem rotativa, onde for inoperante o sistema à
percussão, face a impenetrabilidade no terreno
prospectado. Os dois métodos são utilizados
alternadamente, de acordo com a natureza do
terreno atravessado, até ser atingida a cota do
estudo e/ou critérios estabelecidos em especificação
para sua paralisação. Sua execução é
recomendada, dentre outras em:
!!!!!
Terrenos com presença de blocos de rocha e de
matacões; Área de tálus (matacões erráticos em
maciços terrosos); Área de concreções lateríticas;
Área de rejeito de pedreira; Área de bota fora, etc.
2.2.7 Sísmica de Refração Esta prospecção se faz
objetivando conhecer:
!!!!!!!!!
Espessuras e naturezas das camadas de solos
sobre o embasamento rochoso; Natureza, estado de
sanidade e aspectos estruturais do embasamento;
Contato entre diferentes tipos de rochas; Ninhos de
blocos ou matacões mergulhados na capa de solo
(tálus); Capacidade de carga aproximada do solo;
Definição dos materiais em 1ª, 2ª e 3ª categorias
(terraplenagem); Identificação das camadas de
materiais cascalhosos; Presença de água
subterrânea; Presença de grandes espaços vazios
nas rochas (fendas e / ou cavernas), principalmente
em áreas cársticas (calcáreos ou rochas calcíferas).
Apesar da grande diversificação de respostas, este
processo (sísmica de refração) não dispensa o
auxílio de outros tipos de sondagem, e propicia a
redução do número de investigações mecânicas,
com a sua realização. 2.2.8 Eletroresistividade: É um
método de investigação de campo que auxilia muito
na definição do perfil geológico do terreno,
identificando os diferentes tipos de solo e rocha.
Muito empregado na definição ou mapeamento do
lençol freático existente nas camadas permeáveis de
alguns solos e rochas. A variação no valor da
resistividade de solos e/ou rochas depende de:
!!
Porosidade; Forma dos grãos;
10
CURSO DE SONDAGEM À PERCUSSÃO DE
SIMPLES RECONHECIMENTO CBR - ABPv -
EXEMPLO - FUNDESP ! !
Estrutura do sub-estrato rochoso; Salinidade da
água.
3 - SÍNTESE DO HISTÓRICO DA SONDAGEM À
PERCUSSÃO E DO ÍNDICE DA RESISTÊNCIA A
PENETRAÇÃO
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CURSO DE SONDAGEM À PERCUSSÃO DE
SIMPLES RECONHECIMENTO CBR - ABPv -
EXEMPLO - FUNDESP
3 - SÍNTESE DO HISTÓRICO DA SONDAGEM À
PERCUSSÃO E DO ÍNDICE DE RESISTENCIA A
PENETRAÇÃO
3.1 No final da década de trinta (1938), inicia-se a
fabricação do primeiro equipamento de sondagem à
percussão do país, na oficina mecânica do recém
criado (1934) Instituto de Pesquisas Tecnológicas,
IPT, anexo à USP. O equipamento foi confeccionado
com base no projeto e nas especificações trazidas
dos USA, pelo então chefe do serviço de solos e
fundações do IPT, Engº Odair Grillo. O processo de
sondagem executado com o equipamento fabricado,
era o de percussão com circulação d'água, realizado
através de dois tubos. Um tubo de aço de duas
polegadas de diâmetro, e outro tubo galvanizado de
uma polegada de diâmetro, dotado de ponta
cortante. A água era injetada pelo tubo galvanizado.
O avanço do furo era feito pela ponta cortante e o
material cortado, carregado para superfície pela
água, que subia entre este tubo e o revestimento, e
depositado num tanque. Para identificar o tipo de
terreno atravessado pela sondagem foi projetado um
amostrador de cilindro bipartido, que era conectado
às hastes e introduzido através do tubo de
revestimento, todas as vezes que se notava
mudança, tanto no material (subsolo sondado) como
na coloração d água. Para se quantificar a
consistência ou a compacidade do solo, recorreu-se
à medição do número de golpes de um peso de 60
Kg, caindo de uma altura de 75cm, necessários para
cravação de 30cm de amostrador no solo. Este
número de golpes foi correlacionado pelo uso
corrente do método, com a compacidade dos solos
arenosos ou com a consistência dos solos argilosos.
A utilização deste número que foi chamado de
resistência a penetração e era usado para a
previsão das pressões admissíveis em sapatas de
fundação direta, levou a exigência da padronização
deste ensaio. Foi realizado estudo estatístico pelo
prof. Ruy da Silva Leme, e passou-se a adotar nas
sondagens à percussão com lavagem, o amostrador
padrão tipo IPT. 3.2 Em 1944, engenheiros da
empresa Geotécnica, desenvolveram e adotaram um
novo tipo de amostrador que ficou conhecido
comercialmente por Mohr-Geotécnica, cujas
dimensões eram diferentes do amostrador
padronizado pelo IPT. E para este tipo de
amostrador, o número N de resistência a penetração
toma dois significados: N ipt e N mg. 3.3 Em 1948,
com a publicação Terzaghi e Peck de Soil
Mechanics in Engineering Practice , um terceiro
método veio a ser conhecido internacionalmente
como o standard peneration test , e com ele um
outro número de N spt. O amostrador padronizado
por Terzaghi-Peck é utilizado pelo DNER, trazido
dos USA pelo Engº Galileu Antenor Araújo, onde
consta do Catálogo de Equipamentos e de Material
para o Conjunto de Sondagem de Reconhecimento
do Subsolo , datado de 1957. Todos os projetos de
obras de artes especiais (pontes e viadutos), bem
como as obras de arte correntes do DNER (bueiros,
galerias) , passaram a ser elaborados com base nos
resultados deste equipamento padronizado, do qual
era parte o barrilete tipo Raymond de 34,9mm e
50,8mm de diâmetros interno e externo,
respectivamente.
12
CURSO DE SONDAGEM À PERCUSSÃO DE
SIMPLES RECONHECIMENTO CBR - ABPv -
EXEMPLO - FUNDESP
3.4 Durante os anos 60 foram realizados estudos,
publicados artigos e teses sobre a correlação dos 3
tipos de amostradores, então em uso por entidades
governamentais ou por firmas de sondagem atuando
no país. 3.5 A partir da década de 70, o grande
volume de obras existentes no país proporcionou o
aparecimento de diversas especificações de
execução de sondagem à percussão, que resultaram
na norma MB-1211, publicada em 1979, pela ABNT:
Execução de Sondagem de Simples
Reconhecimento dos Solos , que em 1980, foi
renumerada em NBR-6484. Nela, o equipamento, o
processo de sondagem, o amostrador e o peso de
bater são padronizados para a obtenção de
resistência a penetração SPT . 3.6 O índice de
resistência a penetração, conhecido
internacionalmente como N spt , é um número que
representa o valor da compacidade ou da
consistência de um solo, obtido do ensaio de
penetração que consiste na cravação dinâmica de
45cm do amostrador padrão no solo, sendo o
número N SPT, o número de golpes necessários a
cravação dos 30cm finais do amostrador. 3.7 - No XII
Congresso Internacional de Mecânica dos Solos e
Engenharia de Fundações (ISSMFE), realizado no
Rio de Janeiro, em 1989, Luciano Décourt, foi co-
relator especial sobre o ensaio SPT que, a partir de
então, passou a ser chamado de "International
Reference Test Procedure (IRTP). 3.8 - A ABNT-
Associação Brasileira de Normas Técnicas, em
fevereiro de 2001, publicou a nova versão da NBR-
6484, com validade a partir 30/03/2001, que substitui
a NBR-64841980 e cancela e substitui a NBR 7250-
1982.
13
CURSO DE SONDAGEM À PERCUSSÃO DE
SIMPLES RECONHECIMENTO CBR - ABPv -
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4 - PLANEJAMENTO DAS SONDAGENS À
PERCUSSÃO
14
CURSO DE SONDAGEM À PERCUSSÃO DE
SIMPLES RECONHECIMENTO CBR - ABPv -
EXEMPLO - FUNDESP
4 - PLANEJAMENTO DAS SONDAGENS
Qualquer execução de uma obra requer um
planejamento prévio para a definição do tipo de
serviço a ser realizado. Este conhecimento prévio
possibilitará a melhor escolha do tipo ou dos tipos de
sondagens, que poderão ser utilizados para a
avaliação da subsuperfície. O conhecimento inicia-
se através de uma inspeção no local, onde deverá
ser observado o seguinte: ! Natureza do terreno tipo
de solo, ocorrência de afloramento de rocha,
presença de blocos ou matacões, proximidade de
rio, linhas de drenagem; ! Morfologia do terreno
terreno plano, suavemente ondulado, ondulado,
terreno íngreme, encosta natural (talude de corte),
área de aterro; ! Presença ou vestígio d água ou
umidade; ! Finalidade da sondagem para uma
adequada interação entre a futura obra e o meio
ambiente, tanto em superfície como subsuperfície; !
Sondagem em terreno firme ou dentro de um
espelho d água (mar, rio, lago); ! Número de furos
definido por norma, especificação ou solicitação do
cliente, na contratação da sondagem; ! Profundidade
do furo, variável com o tipo de obra, sendo também
objeto de norma, especificação ou solicitação do
cliente; ! Local da sondagem, também amarrado ao
tipo de obra; ! Tipo de prospecção é também
escolhido durante o planejamento, em função da
realidade do terreno onde as sondagens serão
executadas; ! Posição dos furos e previsão de
possíveis deslocamentos devido à presença de
blocos ou matacões. 4.1 - NÚMERO DE
SONDAGENS: A NBR 8036 - Programação de
sondagens de simples reconhecimento dos solos
para fundações de edifícios - 1983, estabelece: No
item 4.1.1.2 As sondagens devem ser, no mínimo,
de uma para cada 200m2 de área da projeção em
planta do edifício, até 1.200m2 de área. Entre
1.200m2 e 2.400m2 deve-se fazer uma sondagem
para cada 400m2 que excederem 1.200m2 . Acima
de 2.400m2 o número de sondagens será fixado de
acordo com o plano particular da construção. Em
quaisquer circunstâncias o número mínimo de
sondagens deve ser: a) Dois para área da projeção
em planta do edifício até 200m2 ; b) Três para área
entre 200m2 e 400m2 .
15
CURSO DE SONDAGEM À PERCUSSÃO DE
SIMPLES RECONHECIMENTO CBR - ABPv -
EXEMPLO - FUNDESP
4.2 - POSIÇÃO DOS FUROS: A NBR 8036 no item
4.1.1.4 "As sondagens devem ser indicadas em
planta e obedecer as seguintes regras gerais: a) Na
fase de estudos preliminares ou de planejamento do
empreendimento, as sondagens devem ser
distribuídas em toda a área da edificação; na fase de
projeto executivo pode-se localizar as sondagens de
acordo com critérios específicos que levem em conta
pormenores estruturais; b) Quando o número de
sondagens for superior a três, elas não devem ser
distribuídas ao longo de um mesmo alinhamento; c)
Para fundações, as sondagens devem ser feitas
tanto mais próximas quanto possíveis das mesmas.
4.3 - PROFUNDIDADE DAS SONDAGENS A NBR
8036 , no item 4.1.2.2 "As sondagens devem ser
levadas até a profundidade onde o solo não seja
mais significativamente solicitado pelas cargas
estruturais, fixandose como critério, aquela
profundidade onde o acréscimo de pressão no solo,
devido às cargas estruturais aplicadas, for menor do
que 10% da pressão geostática efetiva". Em anexo,
gráfico para estimativa da profundidade,
apresentado na norma citada. A norma NBR 6884 -
2001, também estabelece critérios de paralisações,
os quais serão abordados a seguir. A paralisação da
sondagem obedece a critérios pré-estabelecidos
entre o cliente e o executor adotando-se: a) Critérios
estabelecidos na Norma NBR-6884 / 2001 usando-
se a resistência à penetração em ensaios SPT
sucessivos, como por exemplo:
!!
Em 3m sucessivos, se obtiver índices de penetração
de 30/15 iniciais; Em 4m sucessivos, se obtiver
índices de penetração 50/30 iniciais; ! Em 5m
sucessivos, se obtiver índices de penetração com
valor de 50/45 do amostrador padrão. b) Ao se
atingir uma profundidade pré-determinada, caso
tenha sido ultrapassada, por exemplo, uma camada
de argila orgânica, já previamente conhecida. c)
Quando atingida determinada profundidade, desde
que a consistência (no caso de argila) ou a
compacidade (no caso de areia) obtida no ensaio
SPT tenha alcançado um valor de resistência a
penetração pré-estabelecido.
16
CURSO DE SONDAGEM À PERCUSSÃO DE
SIMPLES RECONHECIMENTO CBR - ABPv -
EXEMPLO - FUNDESP
d) Nega de trépano de lavagem, que caracteriza a
condição de impenetrável ao método de sondagem a
percussão, com o uso do ensaio SPT, alternado com
o método de avanço por lavagem.
Usualmente considera-se que ocorreu a nega do
trépano de lavagem se durante 30 minutos de
execução da lavagem, operação que consiste na
elevação da composição de lavagem em cerca
0,30m do fundo do furo, e de sua queda, que deve
ser acompanhada de movimento de rotação
imprimido manualmente pelo operador, constata-se
uma das situações abaixo descritas:
!
Durante os 30 minutos do ensaio e da anotação em
separado dos avanços obtidos, para cada 10
minutos, forem conseguidos avanços inferiores a 5,0
cm, para o total tempo de lavagem, isto é, 30
minutos; ! Quando após a realização de quatro
ensaios consecutivos (SPT), não for alcançada a
profundidade completa de execução do ensaio
penetrométrico, isto é, 0,45m, e a cota do ensaio
penetrométrico seguinte seja atingida por lavagem; !
Para o caso específico de projetos geotécnicos na
construção de edifícios, deve ser consultada a NBR
8036 / JUN 1983, cujo gráfico para a estimativa da
profundidade das sondagens na área da futura
edificação é mostrado em anexo. 4.4 - CUSTO DAS
SONDAGENS Qualquer investigação de subsolo
terá um custo maior ou menor em função do terreno,
bem como da obra a ser executada. As sondagens
mais dispendiosas são aquelas que não são
realizadas. A não realização de sondagens,
seguramente vai acarretar aumento de custos e
riscos de ruína para a futura obra. Segundo dados
divulgados pela Associação Brasileira de Geologia
de Engenharia e Ambiental, após a realização do 1º
Workshop sobre seguros de engenharia promovido
pela ABGE em 2001, no país, o custo das
investigações geotécnicas fica abaixo de 1% do
valor total das obras civis, enquanto que em outros
países essa percentagem varia de 1 a 3%. O preço
para execução das sondagens, de um modo geral, é
definido por: 1 - Mobilização e Desmobilização de
equipe e equipamentos; 2 - Custo de metro linear
perfurado (sondagem mecânica); 3 - Custo de bases
(extensões) ou caminhamentos (sondagem
geofísica); 4 - Instalação por furo; 5 - Execução de
plataformas em encostas; 6 - Execução de
plataformas ou flutuantes em espelhos d'água. No
planejamento das sondagens também deve ser
considerado o tempo gasto na sua execução, bem
como a época de sua realização, se durante o
projeto ou a obra, algumas áreas, face às
dificuldades de acesso, só possibilitem a execução
das sondagens durante a execução da obra.
17
CURSO DE SONDAGEM À PERCUSSÃO DE
SIMPLES RECONHECIMENTO CBR - ABPv -
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5 - SONDAGEM À PERCUSSÃO
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CURSO DE SONDAGEM À PERCUSSÃO DE
SIMPLES RECONHECIMENTO CBR - ABPv -
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5 SONDAGEM À PERCUSSÃO: 5.1
EQUIPAMENTO: O equipamento padrão para
execução de sondagens à percussão com circulação
d água compõe-se principalmente das seguintes
peças:
!
Torre desmontável, com quatro pernas de 5m de
comprimento, de tubo de aço, sem costura, com 2
de diâmetro interno e 5mm de espessura mínima de
parede. Acompanha a torre, sarilho e roldana. A
roldana terá eixo de aço de 1 de diâmetro sobre
rolamento de esferas; ! Conjunto moto-bomba
constituído por: bomba d água com entrada e saída
de 2 , com vazão mínima de 70 L/min, conjugada
com motor à gasolina, diesel ou elétrico, com
potência da ordem de 6,5CV e pressão também da
ordem 70 Kg/cm2 , montado sobre esquis e/ou
rodas, acompanhado dos seguintes complementos:
!!!!!!
mangote de sucção de 1 1/2 de diâmetro, com
5,00m de comprimento; mangueira de borracha com
quatro (4) lonas de 1 de diâmetro interno com 7,00m
de comprimento.
Caixa ou reservatório d água com capacidade de
armazenar cerca de 200L; Haste-guia (do peso
batente), com 1 de diâmetro interno e 4mm de
espessura mínima; de parede, com cerca de 1,12m
de comprimento; Peso batente de 65 Kg; Cabeça
batente, com rosca especial, confeccionada em aço
de 95% a 100% de carbono por revestimento;
Revestimento constituído por: tubo de aço, sem
costura, para pressão, com 2 1/2 de diâmetro interno
e 6mm de espessura mínima de parede, com rosca
especial em ambas extremidades, conforme
descrição abaixo: Seção de 3,00m; Seção de 2,00m;
Seção de 1,50m; Seção de 1,00m; Seção de 0,50m.
!
Duas sapatas cortantes, com rosca especial,
confeccionada em aço de 95% a 100% de carbono; !
Cabeça batente, com rosca quadrada de uma
entrada e três filetes por polegada nas duas
extremidades p/ haste; ! Hastes constituídas por:
tubo de aço, sem costura, com 1 de diâmetro interno
e 4mm de espessura mínima de parede, com rosca
especial e peso 2,97 Kg/ml, conforme descrição
abaixo: seção de 3,00m - sete varas seção de 2,00m
- cinco varas seção de 1,00m - três varas seção de
0,50m - duas varas
19
CURSO DE SONDAGEM À PERCUSSÃO DE
SIMPLES RECONHECIMENTO CBR - ABPv -
EXEMPLO - FUNDESP
Nota: Na maioria das execuções de sondagem à
percussão para obra de engenharia, se usa, no
máximo, 35,00m de haste de 1 .
!!!
!
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Amostrador padrão bipartido longitudinalmente, tipo
Raymond com 2 de diâmetro externo e 1 3/8 de
diâmetro interno, figura em anexo; Cruzeta de
lavagem com entrada de 3/4 e saída de 1 ; Lâmina
de lavagem de 2 x 1/4 , soldada em tubo de aço,
sem costura, com 1 de diâmetro interno e 4mm de
espessura mínima de parede, com 0,5m de
comprimento, com rosca comum para ser adaptada
a tubo de 1 ; Cruzeta de lavagem (tubo de 2 1/2 x 3
x 0,30m), com rosca especial para descarga d água,
com luva para tubo de aço, sem costura, para
pressão, de 2 de diâmetro interno, soldada a 0,05m
da rosca; Balde interno para tubo de 2 , para esgotar
água do furo; Bomba de areia de sucção para tubo
de 2 ; Trado concha de 4 de diâmetro, com rosca
comum, para adaptar em tubo de 1 (figura em
anexo); Trado helicoidal de 2 de diâmetro, com
rosca comum, para adaptar em tubo de 1 (figura em
anexo); Braçadeira para sacar tubo de diâmetro
externo, em chapa de 3/4 , com 3 de largura e 0,70m
de comprimento; Ferramenta para sacar tubo de
guia; Chave de grifa de 24 ; Chave de grifa de 18 ;
Chave de alçar; Tenaz com corrente para tubo de 2
1/2 até 4 (tipo jacaré); Cabo de aço de 3/8" com
20,0m; Escova de aço; Sacos plásticos pequenos (
20cm) para amostra individual; Saco plástico grande
( 40cm) para coleção de amostra do furo; Etiquetas
gomadas para identificação da amostra (furo, nº
amostra, penetração); Balde metálico com
capacidade para 20 litros; Recipiente com
capacidade de 20 litros para transporte de gasolina;
Recipiente com capacidade de 10 litros para
transporte de óleo lubrificante; Jogo de chave de
boca de 1/4 até 1 1/2 ; Trena de 20m; Metro de
madeira, de balcão; Mangueira de borracha
transparente com 20m, para nivelamento.
5.2 EXECUÇÃO: A execução dos serviços de
sondagem à percussão inicia-se pelo
posicionamento da torre (tripé) num ponto locado e
nivelado em relação a um RN fixo e bem
determinado no terreno, ou num ponto pré-
determinado num espelho d água. O posicionamento
da torre de sondagem em terra firme é realizado,
com o levantamento e o nivelamento da torre (tripé)
sobre a superfície do terreno, tendo-se o cuidado de
que as pernas de apoio estejam firmemente
assentadas.
20
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SIMPLES RECONHECIMENTO CBR - ABPv -
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O processo de perfuração é iniciado através de trado
ou cavadeira, até a profundidade de 1,00m. O
material coletado através do trado ou da cavadeira,
deve ser identificado, como amostra inicial de trado,
e colocado em saco plástico apropriado. O ensaio de
penetração SPT é iniciado, com a descida das
hastes, por dentro do furo, acopladas ao amostrador
padrão, que é posicionado no fundo do furo. A
cabeça de bater é conectada no topo da haste, o
peso batente será apoiado sobre ela devendo ser
anotada uma eventual penetração do amostrador no
terreno. O ensaio de penetração SPT Standard
Penetration Test consiste na cravação dinâmica de
45cm do barrilete amostrador padrão tipo Raymond,
no solo. O topo do tubo de revestimento de 2 1/2 de
diâmetro é usado como nível de referência, e na
haste de perfuração marca-se de forma visível (com
giz), um segmento de 0,45m, dividido em três
segmentos iguais de 0,15m cada um. O peso
batente de 65Kg é levantado por meio de cabo de
aço e sarilho, até a altura de 0,75m, marcada na
haste guia do peso. Deve-se observar que os eixos
longitudinais do peso batente e a composição de
cravação do amostrador, estejam rigorosamente
coincidentes e verticalizados. A queda do peso
batente deve ser totalmente livre, por gravidade,
para ser evitada perda de energia de cravação por
atrito, principalmente, quando for utilizado
equipamento mecanizado, o qual deve ser dotado de
dispositivo disparador que garanta a queda
totalmente livre do peso. Procede-se a cravação do
amostrador, através da queda livre do peso de 65Kg
a uma altura de 0,75m, anotando-se separadamente
o número de golpes necessários para a cravação de
cada segmento de 0,15m. De acordo como definido
por Terzaghi-Peck (Soil Mechanics in Engineering
Practice), e normalizado pela NBR 6484, o índice de
resistência a penetração, é a soma do número de
golpes necessários a cravação no solo dos 0,30m
finais do amostrador. Após a realização do ensaio de
penetração, a composição da sondagem, composta
pelas hastes e barrilete, será retirada do subsolo
através de manobra com auxílio da torre, cabeça de
alçar hastes, cabo de aço, sarilho e chaves. O
amostrador bipartido é aberto para retirada da
amostra, tendo-se o cuidado de anotar uma possível
mudança de material, na amostra coletada. Uma
parte representativa da amostra é colocada em saco
plástico próprio, etiquetado, principalmente a parte
relativa ao bico do amostrador. Na etiqueta gomada
utilizada deve constar o número do furo, o número
da amostra, a profundidade e os números de golpes,
relativos a cada segmento de 0,15m. Após a
execução do primeiro ensaio SPT em terreno firme,
a perfuração do subsolo é prosseguida, através do
uso de trado até que o mesmo se torne inoperante,
ou o nível d água (N.A) seja encontrado. A partir daí,
a sondagem é realizada com a utilização do
processo de perfuração por circulação d água, no
qual, usa-se o trépano de lavagem como ferramenta
para escavação do subsolo. O material escavado
pela ação do trépano acoplado às hastes, é
removido por meio de circulação d água
impulsionada pelo conjunto moto-bomba.
21
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Se as paredes do furo durante a sua perfuração
tornarem-se instáveis, isto é, o furo tendendo a
fechar, o revestimento de 2 1/2 deve se descido
através de sua cravação dinâmica com o uso do
peso batente, até onde se fizer necessário, para
evitar o fechamento da perfuração. O revestimento
deve ficar posicionado sempre acima da cota de
realização do ensaio SPT, de 0,50m. Somente, em
casos de fluência do solo para o interior do furo, será
admitido deixá-lo a mesma profundidade do fundo
do furo. Em alguns casos pode-se usar a lama
bentonítica para revestir as paredes do furo, sendo a
mesma, previamente preparada, 12:00h antes de
uma utilização. A lama bentonítica não poderá ser
usada em sondagem à percussão que também se
pretenda instalar medidor de nível d'água
subterrâneo ou piezômetro. A sondagem prossegue
com a cravação dinâmica do amostrador, isto é,
realização do ensaio SPT, a cada metro, sendo
utilizado como método de avanço da sondagem a
circulação d água por lavagem, entre duas
penetrações sucessivas, portanto, para cada 0,45m
penetrados no terreno, serão lavados 0,55m para se
atingir a nova cota de penetração. Na sondagem
executada dentro d água, inicialmente o tripé é
instalado sobre o flutuante ou plataforma,
posicionado e poitado, e o revestimento é descido
até o fundo do espelho d água, sendo o mesmo, a
partir daí, cravado no terreno, usando-se os mesmos
critérios utilizados em terra firme. O índice de
resistência a penetração SPT, quando realizado de
acordo a Norma NBR - 6484, apresenta valores, que
dão uma indicação bastante útil, para a
determinação da consistência nos estratos argilosos
sondados, ou da compacidade nos estratos
arenosos. Entretanto, o índice de resistência à
penetração, pode apresentar resultados incorretos,
uma vez que, uma série de fatores pode influenciar
os valores obtidos. De maneira geral, estes fatores
podem estar associados ao equipamento e/ou a
própria execução da sondagem. Dentre os fatores
mais preponderantes associados ao equipamento
incluem-se:
!
O amostrador tipo Raymond utilizado não obedece à
forma e às dimensões exigidas pela norma, em
relação ao estado de conservação, principalmente
quanto a sua extremidade cortante (bico); ! O estado
de conservação das hastes ou o uso de hastes fora
de padrão em relação ao tamanho ou ao peso; ! O
martelo (peso batente) não ter o peso correto
(65Kg). Quanto aos fatores mais freqüentes
associados à execução da sondagem destacam-se:
!
O tripé mal assentado enverga-se, desloca-se
lateralmente ou uma das pernas afunda, o que pode
comprometer a simetria das hastes e do peso
batente; ! Variação na energia de cravação, devido a
incorreção na altura de queda do martelo (0,75m),
ou atrito no cabo de sustentação do peso, quando
no levantamento do peso; ! O processo de avanço
da sondagem, acima e abaixo do nível d água
subterrânea (inclusive a manutenção ou não do NA
), quando do avanço da sondagem, em cota abaixo
de sua ocorrência; ! O furo não estar totalmente
limpo, o que provoca sedimentação de material no
seu interior, notadamente, quando se trata de
material pedregulhoso;
22
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!
O furo não estar suficientemente alargado para
permitir a passagem livre do amostrador padrão, tipo
Raymond.
Excesso de lavagem para cravação do revestimento.
Número de golpes contados de maneira errada
(incorreta) em qualquer segmento do ensaio SPT. A
eliminação destes fatores, assegura que os valores
adotados para a consistência ou a compacidade do
solo, obtidos com SPT, estão corretos e aceitáveis,
podendo ser correlacionados, com outros
parâmetros obtidos através de outros ensaios, para
o mesmo tipo de solo sondado. 5.3
DETERMINAÇÃO DO NÍVEL D'ÁGUA (N.A): Na
realização da sondagem à percussão, a
determinação da profundidade de ocorrência do
nível d água subterrâneo N.A , é também um valioso
subsídio para qualquer tipo de obra que se pretenda
edificar. Deste modo, durante a execução da
sondagem, deverá ser observado o seguinte:
!!
Cota do nível d água (N.A); Registro da pressão (no
caso de artesianismo) e a altura atingida pela coluna
d água em relação a superfície do terreno; ! Subida
ou descida da coluna d água de circulação da
sondagem, durante a operação de prospecção; ! A
cota de fuga ou perda total da água de circulação de
lavagem, bem como a metragem; ! Final de
revestimento 2 1/2 utilizado. O nível d água deve ser
anotado desde a sua evidência de ocorrência,
quando o solo, por exemplo, se apresentar mais
úmido, durante o avanço da sondagem a trado.
Neste caso, deve-se esperar um certo lapso de
tempo, para que o surgimento d'água no fundo do
furo, possibilite a medida da sua profundidade. O
nível d água final da sondagem é determinado no
término do furo, após o esgotamento do mesmo,
com a utilização da bomba balde e da retirada do
tubo de revestimento, e após decorridas, no mínimo,
doze horas da sua conclusão.
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6 - ENSAIO SPT-T - MEDIÇÃO DE TORQUE DE
SONDAGEM À PERCUSSÃO
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6 ENSAIO SPT T - MEDIÇÃO DE TORQUE EM
SONDAGEM À PERCUSSÃO: O ensaio SPT T
(SPT-Torque) foi desenvolvido recentemente, a partir
de uma idéia original de SMT Ranzini (1995), e
consiste na medida após a cravação do barrilete
amostrador padrão Raymond, do momento de torção
do referido amostrador, conforme Ranzini, UR
Alonso e L. Décourt, publicada no número 511 da
revista Engenharia de S. Paulo. 6.1 EQUIPAMENTO
BÁSICO: Constituído pelo equipamento completo de
sondagem à percussão de simples reconhecimento,
acrescido de: 6.1.1 Torquímetro: ferramenta
mecanizada de controle manual para medição de
torque. A capacidade mínima do torquímetro deve
ser de 50 Kgf x m. Entretanto, recomenda-se o
torquímetro com capacidade de 80 Kgf x m,
preferencialmente com ponteiro de arraste. 6.1.2
Chave soquete: ferramenta de encaixe sextavado
utilizado para atarraxar e desatarraxar pinos ou
porcas. 6.1.3 Disco centralizador: disco de aço
carbono especial, com diâmetro externo de 3 , e furo
central de 1 1/4 , cujo objetivo é manter a
composição das hastes de 1 da sondagem à
percussão centralizada em relação ao tubo de
revestimento de 2 1/2 . A face inferior do disco tem
um sulco de 4mm de largura por 4mm de
profundidade, com diâmetro de 2 1/2 para encaixe
do tubo guia ou revestimento, de 2 1/2 . 6.1.4 Pino
adaptador: constituído de aço, na forma de um
tarugo sextavado com diâmetro de 1 1/4 e rosca
BSP de 1 numa das suas extremidades. 6.2 A
MEDIDA DO TORQUE: O Torque é efetuado,
conforme seqüência abaixo, após a realização de
cada ensaio SPT, de acordo com a NBR-6484: Após
cravado o amostrador Raymond padrão, retira-se a
cabeça de bater, e coloca-se o disco centralizador
até o mesmo ficar apoiado no tubo guia e rosquea-
se na mesma luva, onde estava anteriormente a
cabeça de bater, o pino adaptador. A chave soquete
de medida é encaixada perfeitamente no pino
sextavado, e acopla-se ao torquímetro, a chave
soquete. O operador inicia o movimento de rotação
do conjunto de hastes de 1 , usando o torquímetro
como braço de alavanca, tendo o cuidado de manter
o mesmo na horizontal, não forçando o encaixe do
torquímetro com a chave soquete, e desta com o
pino sextavado, isto é, o conjunto está perfeitamente
encaixado, e o torquímetro na horizontal. Um
observador bem posicionado lê no instrumento de
leitura do torquímetro, o valor máximo obtido na
operação de torque e avisa ao operador que
interrompa a rotação após ter sido alcançada aquela
leitura máxima.
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Às vezes, é anotado também, o valor residual após o
torque máximo.
As anotações devem ser feitas no próprio boletim de
sondagem, em coluna própria, ao lado da que
contém o SPT. A operação é realizada, a cada
metro, sendo observada a capacidade do
torquímetro. 6.3 O ÍNDICE DE TORQUE (TR): É a
relação existente entre o valor do torque, medido em
Kgf x m, pelo valor N do SPT (T/N). O
estabelecimento de correlações estatísticas entre o
valor do torque (T), medido em Kgf x m, e o valor de
resistência à penetração N, permite uma nova
classificação de solos, que desempenha um papel
fundamental na estrutura destes solos. 6.4
INTERPRETAÇÃO DO SPT T: A partir do
conhecimento das propriedades e parâmetros
geotécnicos, dos solos da bacia sedimentar terciária
do estado de S. Paulo, os autores admitiram que, a
relação T/N é aproximadamente 1,2. A partir daí,
Décourt (1996) propôs que se definisse a
equivalência entre o SPT e o SPT-T, como sendo o
valor do torque T (Kgf x m) dividido por 1,2, tendo
por base o conceito de N equivalente (Neq.)
Entretanto, deve-se frisar que, a sua utilização
deverá ser feita com muita cautela. As
comprovações existentes estão muito longe de se
constituir numa prova definitiva de ampla
aplicabilidade, a partir da premissa estabelecida,
para os solos da BST SP (Bacia Sedimentar
Terciária de S. Paulo). Outra forma de interpretar e
de utilizar os valores do torque, seria, através de
correlações diretas "entre o atrito unitário de estacas
e o atrito unitário amostrador-solo", Alonso, U.R .
"Correlações entre o atrito lateral medido com o
torque e o SPT", dezembro 1994, segundo
Fundações - Teoria e Prática - ABNT / ABEF, 2ª
edição.
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7 - AMOSTRADORES ESPECIAIS PARA COLETA
DE AMOSTRAS INDEFORMADAS EM SOLOS
ARGILOSOS E EM SOLOS ARENOSOS
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7 AMOSTRADORES ESPECIAIS PARA COLETA
DE AMOSTRAS INDEFORMADAS EM SOLOS
ARGILOSOS E EM SOLOS ARENOSOS: 7.1 -
AMOSTRADOR SHELBY: A ocorrência de estratos
no subsolo de natureza argilosa, com consistência
mole e espessura variável, cuja camada pode variar
desde lentes centimétricas até pacotes com
espessura da ordem de metros, levaram ao
desenvolvimento de um amostrador especial de
parede fina, que possibilitasse a coleta deste tipo de
material. O amostrador tipo Shelby de parede fina, é
o mais usado, tanto no Brasil como no exterior.
Normalmente são fabricados em latão ou alumínio, e
também podem ser em aço inoxidável, porém a um
custo mais elevado. A qualidade da amostra
indeformada coletada, está diretamente relacionada
ao diâmetro do amostrador, normalmente de 3 ou 4
polegadas, bem como a operação de coleta, da
manipulação da amostra após a coleta, do
transporte e do armazenamento da amostra. A
sondagem, para a coleta de amostra indeformada do
tipo Shelby, é realizada com o equipamento de
sondagem à percussão, de simples reconhecimento.
Utilizando tubo de revestimento de, no máximo, 6 de
diâmetro, com avanço, por lavagem, até que se
tenha atingido a camada argilosa, e a cota em que
vai ser realizada a amostragem. Limpa-se o fundo
do furo, com trado helicoidal ou lavagem, para
garantir a qualidade da amostra. O amostrador é
composto por um tubo conectado a um cabeçote
provido de uma válvula de esfera, que possibilite ao
ar e a água escaparem, à medida que, o amostrador
é cravado na camada argilosa, e a amostra coletada,
alojada no seu interior. Toda a operação de
amostragem no solo é realizada, por introdução do
amostrador Shelby, através de pressão estática
constante, que é retirado do solo quando estiver
cheio. Durante a operação de cravação, deve ser
observado que, o amostrador não penetre mais que
o seu comprimento, a fim de evitar que a amostra
seja comprimida no seu interior, perdendo, portanto,
as características de amostra indeformada. A camisa
Shelby é desconectada das hastes e do cabeçote,
removendo-se os dois parafusos de fixação e
selando-se as extremidades com parafina, para
serem enviadas ao laboratório, as amostras, serão
guardadas em câmara úmida As amostras Shelby
merecem cuidados especiais, desde a sua extração.
Serão mantidas sempre, na posição vertical, de
forma que a parte inferior, seja a correspondente à
parte inferior da amostra, antes de suas
extremidades serem seladas com parafina. Na
extração, devem ser evitados impactos e vibrações,
na obtenção da amostra, que será transportada em
caixas com serragem. Deve ser evitada a exposição
ao sol, quando é retirada do furo, para as operações
de embalagem e transporte. Períodos longos de
armazenagem em câmara úmida, devem ser
evitados. A Norma Brasileira NBR 9820 - 1977 -
Coleta de Amostras Indeformadas de Solos de Baixa
Consistência em furos de sondagem, dá os
procedimentos para a coleta de amostras Shelby.
Em anexo, figura do amostrador Shelby.
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7.2 AMOSTRADORES DE PISTÃO: Utilizados para
a extração de amostras indeformadas, em argilas
orgânicas muito moles a moles, em argilas médias e
rijas e em solos arenosos. Na operação de cravação
do amostrador, através de pressão estática e
contínua, a adesão e o atrito entre o solo e as
paredes do tubo provoca, nos solos coletados, uma
pequena perturbação na estrutura original destes
solos. Uma vez que, entra menos amostra no tubo
do amostrador do que deveria ocorrer em relação ao
seu avanço, muita importância há no amolgamento
da amostra coletada. Nos solos, considera-se que
houve o amolgamento, quando ocorreu a destruição
da sua estrutura original com conseqüente perda de
sua resistência. A influência da estrutura do solo nas
suas propriedades é pesquisada através de ensaios
realizados com amostras indeformadas. O grau de
sensibilidade Gs de um solo é expresso pela razão
entre a resistência à compressão simples (Rc) de
uma amostra indeformada e a resistência (Rc ) da
mesma amostra, depois de amolgada a teor de
umidade constante. Gs = Rc Rc Os valores a seguir
dão classificação proposta por A. W. Skempton, para
a sensibilidade das argilas: Grau de Sensibilidade
Gs 1 1 Gs 2 2 Gs 4 4 Gs 8 Gs 8 Tipo de Argila
Argilas insensíveis Argilas de baixa sensibilidade
Argilas de média sensibilidade Argilas sensíveis
Argilas extra-sensíveis
O uso de um pistão ou êmbolo que se desloca, por
dentro do tubo de parede fina, proporciona uma
sensível melhoria nas condições da amostragem,
quanto à qualidade da amostra obtida, sendo as
suas características in natura, consideradas
preservadas para efeito de ensaios, e a amostra
considerada indeformada. A operação para retirada
da amostra é realizada com a descida do
amostrador até o fundo do furo de sondagem,
totalmente limpo, estando o tubo fechado pela
êmbolo. Suspende-se, a seguir, o êmbolo ou pistão,
puxando-se a haste interna até cerca de um terço da
altura do tubo e crava-se esta parte no solo. Depois
puxa-se o restante do pistão e crava-se o restante
do amostrador. Para destacar a amostra coletada do
solo, gira-se o amostrador, sendo o mesmo puxado
para a superfície.
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7.2.1 - Amostrador de pistão estacionário Osterbeg:
Consiste de um amostrador de pistão estacionário,
conforme figura anexa, utilizado para coleta de
amostras em:
!!!
Solos argilosos orgânicos de consistência mole;
Solos silte-argilosos de consistência mole; Solos
arenosos ou silte-arenosos, de compacidade fofa à
medianamente compacta.
O amostrador é formado por um tubo de parede fina,
interno a um outro tubo, coroado por uma cabeça,
que recebe a pressão hidráulica utilizada para a
cravação do tubo de parede fina no solo. No interior
do corpo do amostrador existe um êmbolo que
permanece estacionário durante toda a operação de
cravação do amostrador. Quando o tubo interno
estiver completamente preenchido pela amostra de
solo, que corresponde ao término do curso da
cabeça, executa-se, na coluna das hastes, uma
torção para cortar a base da amostra. A seguir, o
conjunto de hastes e de barrilete, é retirado, com
todo cuidado. As válvulas de esfera aliviam toda a
pressão durante a subida do conjunto e provocam
um vácuo, que permite reter a amostra coletada no
tubo interno. A obtenção das amostras
indeformadas, seja através de amostradores
especiais, seja através de blocos em poços
escavados, permitem a realização de ensaios em
laboratório de solos, onde as características naturais
dessas amostras são consideradas como
praticamente preservadas.
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8 - QUALIDADE DAS AMOSTRAS
INDEFORMADAS, ENSAIOS "IN SITU" E DE
LABORATÓRIO
31
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8 - QUALIDADE DAS AMOSTRAS
INDEFORMADAS, LABORATÓRIO:
ENSAIOS
"IN SITU" E DE
As amostras indeformadas, coletadas com
amostradores especiais, ou obtidas através de
blocos moldados "in situ" permitem realizar ensaios
de granulometria com sedimentação, cisalhamento
direto, adensamento, triaxial ou ainda ensaio de
difração por raio-x e lâmina petrográfica. O ensaio
de granulometria com sedimentação permite
identificar a fração fina e coloidal do solo. O ensaio
de adensamento tem como objetivo a deteminação
experimental das características do solo, que
interessem à determinação dos recalques
provocados pelo adensamento, isto é, sua
compressibilidade quando submetidos a uma carga
em função do tempo. A resistência ao cisalhamento
pode ser obtida através de cisalhamento direto,
compressão triaxial e compressão simples. Estes
ensaios permitem conhecer a resistência de um solo
ao cisalhamento, isto é, a propriedade de suportar
cargas e conservar a estabilidade. Os ensaios de
difração por raio-x e lâmina petrográfica permitem
identificar a composição mineralógica e as
propriedades associadas à mineralogia, como por
exemplo a expansibilidade. Por mais cuidados que
recebam em suas extrações, as amostras
indeformadas, ainda apresentam a inevitável
limitação, representada pela descompressão que
experimentam, ao serem retiradas de sua posição
natural. Daí, a importância de ensaios "in situ",
como, por exemplo
Ver menos 

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