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Impacto Ambiental em Terraplenagem

O documento apresenta o estudo de impacto ambiental de uma obra de terraplenagem para construção de uma feira de artesanato em Maceió, Alagoas. Ele descreve as características físicas, biológicas e socioeconômicas da região, incluindo clima, hidrografia, solo, relevo, flora, fauna e população local. O diagnóstico ambiental tem como objetivo verificar se a obra poderá ser realizada sem interferir no meio ambiente da região.

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Impacto Ambiental em Terraplenagem

O documento apresenta o estudo de impacto ambiental de uma obra de terraplenagem para construção de uma feira de artesanato em Maceió, Alagoas. Ele descreve as características físicas, biológicas e socioeconômicas da região, incluindo clima, hidrografia, solo, relevo, flora, fauna e população local. O diagnóstico ambiental tem como objetivo verificar se a obra poderá ser realizada sem interferir no meio ambiente da região.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL: OBRA DE TERRAPLENAGEM

Maceió
dezembro/2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL: OBRA DE TERRAPLENAGEM

Maceió
dezembro/2021
ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO 4
2. CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO 5
3. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 6
3.1 Introdução 6
3.2 Objetivo 6
3.3 Como é Realizado 7
4. MEIO FÍSICO 7
4.1 Clima 7
4.2 Hidrografia 8
4.3 Solo 8
4.4 Relevo 8
5. MEIO BIÓTICO 8
6. MEIO SOCIOECONÔMICO 9
1. INTRODUÇÃO

O início de qualquer empreendimento de construção civil é marcado pela análise do


solo e topográfica do terreno para mensurar a necessidade de adaptações que viabilizem a
obra. Um dos serviços mais solicitados nesse sentido é de terraplenagem que consiste em
alisar ou aplanar um terreno. Como um serviço que altera a topografia do local, movimenta
camadas de solo, utiliza maquinários pesados pode se configurar numa etapa
significativamente agressiva ao meio ambiente.

Nem sempre é necessário realizar tal atividade, a depender da conformidade do


terreno, portanto, não são em todas as obras que o serviço de terraplenagem é indispensável.
Algumas adaptações arquitetônicas podem contribuir para impactar menos na estética,
modificando o mínimo possível a paisagem do local a ser construído. Adicionalmente, o
emprego da topografia natural pode auxiliar no conforto térmico da edificação ao final.

É possível, notar, então, que apesar dos impactos relacionados aos serviços de
terraplenagem é preciso encontrar um equilíbrio entre os custos envolvidos e as medidas
mitigadoras desses impactos. Para tal é salutar a ponderação ou contabilização dos impactos
nos diferentes tipos de serviço de terraplenagem.

Segundo Brito (2012) as obras de terraplenagem em meio urbano provocam


modificações no relevo ocasionando o aparecimento de formas e inclinações no terreno que
favorecem os processos erosivos. De maneira geral, os empreendimentos de construção civil
são responsáveis por uma diminuição considerável de áreas verdes nas áreas urbanas e os
serviços de terraplenagem contribuem para perda de permeabilidade do solo.

Durante a fase inicial de construção as obras de corte e aterro diminuem a qualidade já


comprometida do ar no ambiente urbano. Além disso os impactos no solo podem ser graves
como o ocasionado pelo vazamento de óleo das máquinas. Isso leva a alteração da
composição química natural do solo, prejudica a biota e os mecanismos de recuperação
natural do solo ficam comprometidos. Uma vez que no solo ocorrem importantes processo de
nos ciclos biogeoquímicos, a alteração ocasionada pela intensa ocupação do solo nas áreas
urbanas afeta todo o equilíbrio dos ecossistemas. Vale ressaltar que os serviços de
terraplenagem seja a construção e ou ajuste de caminhos de serviço e de vias de acesso
representa um importante agente de degradação ambiental
4
2. CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO

O estado de Alagoas é banhado pelo Oceano Atlântico e faz fronteira com os estados
de Pernambuco, Sergipe e Bahia. O estado está localizado entre as latitudes 8°54'57”S e
9°19'50” S e as longitudes 35°09'08 ”W e 38°13'38” W. O relevo é dividido em três tipos
principais, a partir de leste a oeste pela planície litorânea, seguindo-se a região dos tabuleiros,
e o planalto que corresponde à maior parte do território alagoano

Há ocorrência de clima tropical úmido e clima tropical semi-úmido na região mais


litorânea do estado, que corresponde à zona de mata, a parte mais úmida do Agreste, e o
litoral. Estes climas são caracterizados por chuvas abundantes ao longo do ano e uma estação
seca bem definida. A oeste de Alagoas, no Agreste e Sertão, a classificação climática
compreende os tipos mais secos, com clima semiárido quente, em que a evaporação supera as
chuvas, o município possui, em média, temperatura máxima de 29,8ºC e mínima de 20,9ºC.

Com relação às características sócio-econômicas, estima-se que Maceió possua


1.025.360 habitantes, 455 estabelecimentos de ensino fundamental, 150 de ensino médio e
148 estabelecimentos de saúde do SUS. Suas principais atividades econômicas são a indústria,
agropecuária e serviços.

A obra de terraplenagem a qual é objeto de estudo, está compreendida no bairro de


Ipioca, que possui aproximadamente 20.048 km² de extensão. Segundo o censo do IBGE de
2010, o bairro tem cerca de 7.580 habitantes, fica a aproximadamente 20 km do centro de
Maceió, sendo o último bairro da capital alagoana, o mapa a seguir traz a localização do
bairro.

Figura 1: Localização geográfica do bairro.

5
Fonte: Autores, 2021.

O Estudo de Impacto Ambiental (EIA), onde são apresentadas as principais informações e


conclusões do EIA da fase de terraplenagem de uma área a ser destinada a construção de uma feira de
artesanato, localizada no bairro de Ipioca. Fração do terreno a ser destinada para este fim, está na
Figura 2 a seguir.

Figura 2: Localização Geográfica da obra.

Fonte: Google EARTH, 2021

3. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

3.1 Introdução

O diagnóstico ambiental é uma parte do estudo de impacto ambiental em que serão


determinados os recursos utilizados por uma empresa e como eles influenciam (positiva ou
negativamente) no meio ambiente. Ele leva em conta todo e qualquer dano que um
6
empreendimento pode vir a causar, e deve ser realizado ainda na etapa de planejamento, antes
mesmo da construção e do início das atividades.

3.2 Objetivo

O principal objetivo do diagnóstico ambiental é verificar se um empreendimento


poderá exercer suas atividades sem interferir no meio ambiente. Ou, caso isso aconteça, o que
é previsto como necessário para reverter ou amenizar essa situação. A ideia é garantir que as
empresas atuem em conjunto com o ambiente, sem prejudicá-lo.

A realização do Diagnóstico Ambiental é direcionada à solução dos problemas,


levando em consideração os riscos envolvidos, as exigências legais (legislações e normas) e
os aspectos financeiros da empresa, para que assim seja definida as metas e qual a melhor
forma de alcançá-las.

Desse modo, o sucesso de um projeto está diretamente ligado a um diagnóstico


desenvolvido por uma equipe multidisciplinar capacitada, que assegura uma qualidade técnica
em todas as suas etapas, visando a solução dos problemas.

3.3 Como é Realizado

Além de estudar toda a influência do projeto em relação ao meio ambiente, o


diagnóstico ambiental analisa e descreve os recursos naturais que estão ali presentes. As
etapas do processo envolvem:

 Avaliação do Meio Físico que consiste na descrição dos aspectos referente ao


clima, solo, relevo e hidrografia da região de estudo;
 Avaliação do Meio Biológico que consiste nos estudos da flora e da fauna
(mastofauna, herpetofauna, avefauna, etc) da região, levando em consideração
a existência de espécies protegidas e em extinção;
 Avaliação do Meio Socioeconômico que consiste na população que será/é
afetada pelo empreendimento, o uso e ocupação do solo os sítios
arqueológicos, patrimônio cultural e histórico, entre outros.

A partir desse diagnóstico, é então decidido se a empresa pode ou não executar suas
atividades na região escolhida.
7
4. MEIO FÍSICO

4.1 Clima

Os sistemas climáticos são responsáveis por precipitações de inverno, ocorrendo às


vezes de forma antecipada no outono.

O Estado recebe grande quantidade de energia solar durante todo o ano, com variação
de 2200 a 2600 horas de sol, o que determina a existência de climas quentes com temperaturas
anuais em torno de 22ºC a 28ºC. Em relação às chuvas, as estações inverno (período chuvoso)
e verão (seco) são ainda mais bem definidas. As precipitações são mais volumosas nos meses
entre março e agosto, sendo as máximas ocorridas entre abril e julho. A partir de outubro,
chove muito pouco no Litoral Norte.

4.2 Hidrografia

O bairro, localizado no município de Maceió-AL, encontra-se na Região Hidrográfica


do Pratagy, onde se encontram os Rios Pratagy, Meirim, Saúde, Estiva, rio Sauaçuí, Sapucaí,
e riachos Doce e Caroucha.

4.3 Solo

Em geral, a região é composta por solos do tipo Latossolos Amarelos e Latossolos


Acinzentados. Não se observa impedimentos ao uso destes solos para implantação do
empreendimento, já que a dinâmica dos processos construtivos e destrutivos, junto à área
proposta, não marcam evidências de regressão ou transgressão, até porque, não sofre impactos
de ondas, nem tão pouco de marés.

4.4 Relevo

O relevo da área em questão é composto por um tabuleiro na parte mais alta, além de
uma planície l’itorânea próximo à AL-101, o que facilita a movimentação e também diminui
os impactos ambientais que poderiam ocorrer caso o relevo fosse mais acidentado.

5. MEIO BIÓTICO

Em relação ao meio biótico, a área possui muita formação de floresta Ombrófila (Mata

8
Atlântica) nas encostas e tabuleiros costeiros. Há também o registro de formações de
vegetação do Cerrado, como resultado das alterações climáticas. As áreas de cerrado em
Alagoas ocorrem numa faixa bioclimática que apresentam até 180 dias secos.

Na planície arenosa costeira, a vegetação se divide entre formações pioneiras de praia,


de restinga, e formações de mangue que ocorrem nos estuários dos rios e lagoas. A região
tem uma grande quantidade de espécies de animais, várias delas com interesse para a
preservação, seja por existirem apenas em alguns locais da região, seja por serem espécies
ameaçadas de extinção.

As variações das marés alteram o teor da salinidade nas regiões estuarinas e causam a
fuga dos peixes que não suportam tal variação, o que faz a sua população ser reduzida em
função da turbidez da água onde é considerada doce. Nesses pontos ocorre maior turbidez
pela influência antrópica nas margens dos cursos d’água, pela carga orgânica carreada para
tais corpos.

No que se refere à preservação, a situação é preocupante, pois a maioria dos rios e


riachos não apresentam condições ambientais, muito pelo contrário. A maior ameaça à
integridade desses rios é a urbanização desordenada e sem infraestrutura responsável pela
degradação dos rios, através do desmatamento das matas ciliares, lançamento de esgotos in
natura, depósito de resíduos sobre o leito dos rios ou em suas margens.

O registro de capivara deu-se por meio de pegadas nas margens de um corpo hídrico.
Quanto a seu status de conservação, é classificada como “Pouco preocupante” e não é citada
na lista nacional de espécies ameaçadas.

Quanto aos répteis e anfíbios, os levantamentos apontaram a existência de pelo menos


23 espécies e 87 indivíduos. Desses, 10 espécies são de anfíbios anuros e 37 répteis (lagartos,
de um modo geral, foram os mais representativos com oito espécies) e com relação a riqueza
de serpentes cinco espécies foram registradas.

6. MEIO SOCIOECONÔMICO

Na região de influência do empreendimento observa-se diferentes padrões sociais,


principalmente no que se refere aos níveis de emprego, renda, saúde, educação, mortalidade
infantil e infraestrutura de saneamento, complementadas pelos aspectos relativos ao padrão de
9
ocupação observado nas faixas lindeiras à rodovia existente e do tipo de atividade econômica
desenvolvida.

Ipioca se localiza em Alagoas, sendo considerado um bairro limítrofe no Litoral Norte


de Maceió. Ao contrário do que muitos pensam, não se caracteriza como outro município do
estado, mas sim um bairro-distrito da capital alagoana.

O bairro está em crescendo evolução, tendo a consolidação do polo de serviços em


torno do Parque Shopping e os trabalhos de duplicação da pista do Litoral Norte (que devem
diminuir ainda mais o tempo de deslocamento, hoje estimado em 20 minutos) tornam o bairro,
além de um polo turístico, um destino de projetos residenciais de alto padrão no Estado.

De acordo com o censo de 2010, o bairro tem 7.580 habitantes, sendo a população
masculina de 3.719 hab, e a população feminina, 3.861 hab. Em Ipioca, Maceió, existem mais
mulheres do que homens. Sendo a população composta de 50.94% de mulheres e 49.06% de
homens.

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