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Excelentíssimo senhor doutor juiz federal da comarca especial de Axixá da
secção judiciaria do Maranhã
DOC. JUNTADOS:
1-identidade da autora
2-certidão de nascimento da Saouri Maria Silva Santos
3-identidade do genitor da autora
4-identidade da genitora da autora
5-comprovante de contribuição da genitora da autora
6-carteira profissional da genitora da autora
7-declaração de profissão da genitora da autora
8-comprovante de contribuição do genitor da autora
9-carteira de profissão do genitor da autora
10-carteira de trabalho da autora
LAIS MILENA LOPES SILVA, brasileira, solteira, pescadora, escrita no CPF:
613158363-35 e RG: 04724412013-5, residente e domiciliada na travessa são
josé, Barrio centro, Axixá, s/n, CEP:65148000, na cidade de Axixá, vem a
presencia de vossa excelência, por meio de seu advogado, infra-assinado,
ajuizar
AÇÃO DE CONCESSÃO DE SALÁRIO - MATERNIDADE RURAL em fase do
INSTITUTO NACIONAL SEGURO SOCIAL-NSS, autarquia federal,
FATOS
A autora por meio de seu representante legal, requereu junto a Autarquia de
previdenciária a concessão do benefício de salário-maternidade rural devido o
nascimento de sua filha SAORI MARIA SILVA SANTOS nascida em 18/01/2019
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como consta o doc.2 em anexo. A autora é beneficiaria indireta, pois, seus
pais PAULO SEGIO DA SILVA E TERCILIA LOPES tem suas atividades no
trabalho na pescaria familiar como consta nos doc.5, doc.6, doc.7, doc.8 e
doc.9 em anexos, sendo autora gestante teve a intervenção do seu trabalho
familiar interrompida devido a cuja atividade requer esforço física da autora a
mesma com objetivo de aumenta a renda para o sustento de sua filha a autora
realizou o pedido por meio do requerimento ao instituto nacional de seguro
social para ser beneficiada com o salário-maternidade na data de
10/12/2022.Observando que a autora somente realizou o pedido do benefício
após três anos por razão de haver tido o conhecimento de que poderia ser
beneficiada com o benefício com o limite de idade da criança de até cinco
anos.
O requerimento foi indeferido por razão xxxxxxxxxxx
DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO
MM. juiz, conforme se verifica em anexo o requerimento da autora junto a
autarquia previdenciária se trata se requerimento de salário maternidade
rural. No entanto, quando do indeferimento o servidor da autarquia indefere
alegando falta de qualidade de segurada do regime geral de Previdência
Social- RGPS. Todavia, as provas anexadas aos autos demonstrarão que ela era
segurada especial desde o ano 2018, vivendo sob o regime de agricultora
familiar com sua família na zona rural deste município, como se comprova
pelo conjunto probatório anexo.
Deste modo, REQUER A CONCESSÃO DE SALÁRIO MATERNIDADE RURAL
Dados do processo administrativo:
NÚMERO DO PEDIDO ADMINISTRATIVO – NB:XXX;
DATA DO NASCIMENTO: XXX;
DATA DO REQUERIMENTO: XXX
DOS REQUISITOS À CONCESSÃO DO BENEFÍCIO: Inicialmente, cumpre salientar
que a segurada preenchia todos os requisitos do benefício, demonstrada pelas
seguintes provas.
PROVA DO NASCIMENTO DA CRIANÇA: Certidão de nascimento
PERÍODO DE CARÊNCIA E COMPROVAÇÃO DE ATIVIDADE RURAL: Cadastro
Individual, Cadastro Domiciliar e Territorial, Declaração do Agente de Saúde,
Declaração do INCRA e demais documentos anexos.
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O salário-maternidade foi estendido à categoria das seguradas especiais em
virtude da alteração do art. 39 da Lei de Benefícios, promovida pela Lei nº
8.861, de 25 de março de 1994, que acrescentou o parágrafo único ao
dispositivo citado, in verbis:
Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do art. 11 desta
Lei, fica garantida a concessão:
Parágrafo único. Para a segurada especial fica garantida a concessão do
salário-maternidade no valor de 1 (um) salário mínimo, desde que comprove o
exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, nos 12 (doze)
meses imediatamente anteriores ao do início do benefício.
Posteriormente, a Lei nº 9.876, de 26 de novembro de 1999, acrescentou a
alínea III e o parágrafo único ao art. 25 da Lei n. 8.213/91, com a seguinte
redação:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de
Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o
disposto no art. 26:
(…)
III – salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do
art. 11 e o art. 13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no
parágrafo único do art. 39 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se
refere o inciso III será reduzido em número de contribuições equivalente ao
número de meses em que o parto foi antecipado.” (Incluído pela Lei nº 9.876,
de 26.11.99).
Os requisitos, portanto, para concessão do benefício em discussão são, de um
lado, a demonstração do nascimento do filho e, de outro, a comprovação do
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labor rural da mãe como segurada especial, ainda que descontínuo, nos dez
meses imediatamente anteriores ao início do benefício (estipulado este no
art. 71 da LBPS), salvo em caso de parto antecipado, em que o referido
período deve ser reduzido em número de meses equivalente à antecipação,
tudo com fundamento na análise conjunta dos arts. 25, inc. III e parágrafo
único, e 39, parágrafo único, ambos da LBPS.
In casu, a maternidade resta comprovada pela Parte Autora por meio da
certidão do nascimento de… (nome do(a) filho(a) da Parte Autora), ocorrido
em… (data do nascimento), ora anexada.
No que tange à qualidade de segurado especial, prevê o art. 11, inciso VII, da
Lei nº 8.213/91:
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas
físicas:
VII – como segurado especial: o produtor, o parceiro, o meeiro e o
arrendatário rurais, o garimpeiro, o pescador artesanal e o assemelhado, que
exerçam suas atividades, individualmente ou em regime de economia familiar,
ainda que com o auxílio eventual de terceiros, bem como seus respectivos
cônjuges ou companheiros e filhos maiores de 14 (quatorze) anos ou a eles
equiparados, desde que trabalhem, comprovadamente, com o grupo familiar
respectivo.
A Parte Autora trabalhou na lavoura, juntamente com outros membros de sua
família, em regime de economia familiar buscando o sustento próprio e de
seus entes mais próximos.
O conceito de regime de economia familiar está disciplinado pelo § 1º do art.
11 da Lei n. 8.213/91, que dispõe:
Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho
dos membros da família é indispensável à própria subsistência e é exercido em
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condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de
empregados.
Como prova do exercício de atividade rural, foram juntados ao requerimento
administrativo os documentos abaixo relacionados, os quais não deixam
dúvida de que Parte Autora efetivamente trabalhou na lavoura.
A fim de corroborar as assertivas contidas na presente ação judicial, juntam-
se, ainda, os seguintes documentos: Os documentos vindos com a inicial, de
fato, comprovam não só a qualidade de agricultora da Parte Autora, como
também demonstram a dedicação à lida do campo no lapso de tempo exigido
para se usufruir do benefício requerido.
A fim de corroborar as assertivas contidas na presente ação judicial, juntam-
se, ainda, os seguintes documentos:
Os documentos vindos com a inicial, de fato, comprovam não só a qualidade
de agricultora da Parte Autora, como também demonstram a dedicação à lida
do campo no lapso de tempo exigido para se usufruir do benefício requerido
Neste sentido:
PREVIDENCIÁRIO. SALÁRIO-MATERNIDADE. SEGURADA ESPECIAL. REQUISITOS
LEGAIS. COMPROVAÇÃO DA MATERNIDADE E DO LABOR RURAL. JUROS E
CORREÇÃO MONETÁRIA. 1. Para a segurada especial é garantida a concessão
do salário – maternidade no valor de um salário mínimo, desde que comprove,
além da maternidade, o exercício de atividade rural, ainda que de forma
descontínua, nos 12 meses imediatamente anteriores ao do início do
benefício. 2. Existindo nos autos documentos que caracterizam razoável início
de prova material, corroborados pelos depoimentos das testemunhas ouvidas
em juízo, de que a autora exercia atividade agrícola, estão presentes os
requisitos legais para a concessão do benefício de salário-maternidade. 3. As
certidões da vida civil são hábeis a constituir início probatório da atividade
rural, nos termos na jurisprudência pacífica do Egrégio STJ. 4. Podem ser
utilizados como início de prova material documentos em nome de membros do
grupo familiar. […] (TRF4, AC 0018124-33.2015.404.9999, Quinta Turma,
Relatora Taís Schilling Ferraz, D.E. 24/02/2016, sem grifo no original).
Assim, estão presentes os requisitos que autorizam a concessão do benefício
de salário-maternidade maternidade pretendido, na qualidade de segurada
especial, tendo por comprovado o efetivo exercício de atividade rurícola em
regime de economia familiar, a carência exigida por lei, e demonstrado o
nascimento do(a) filho(a) que originou o direito à benesse.
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DA SEGURADA ESPECIAL:
O direito ao benefício à Segurada Especial é previsto claramente na Lei nº
8.213/91, nos seguintes termos:
Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do caput do art. 11
desta Lei, fica garantida a concessão:
(...)
Parágrafo único. Para a segurada especial fica garantida a concessão do
salário-maternidade no valor de 1 (um) salário mínimo, desde que comprove o
exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, nos 12 (doze)
meses imediatamente anteriores ao do início do benefício.
No presente caso, o trabalho rural fica perfeitamente demonstrado, conforme
provas que junta em anexo.
Para tanto, requer o deferimento ainda da produção de prova documental e
testemunhal para comprovação do alegado.
Assim, diante da demonstração inequívoca da manutenção da atividade rural
à data do parto, é de ser concedido o pedido, nos termos da jurisprudência
atual.
Razão pela qual merece guarida o presente pedido.
DA JUSTIÇA GRATUITA
Ante a ausência de condições financeiras da Requerente, requer esta que lhe
seja deferida os benefícios da justiça gratuita, com fulcro no artigo 5º, LXXIV,
da CRFB/88 e no artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil, em virtude
de ser pessoa hipossuficiente na acepção jurídica da palavra e sem
possibilidades de arcar com os encargos decorrentes do processo, sem
prejuízo de seu próprio sustento e de sua família, conforme Declaração de
Hipossuficiência e extrato bancário.
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DOS PEDIDOS:
Diante do exposto, requer:
1. A citação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, na pessoa do seu
representante legal, para que responda a presente demanda, no prazo legal,
sob pena de revelia;
2. A concessão do benefício da justiça gratuita em virtude da Parte Autora
não poder arcar com o pagamento das custas processuais e honorários
advocatícios sem prejuízo do seu sustento ou de sua família, condição que
expressamente declara, na forma do art. 4º da Lei n.º 1.060/50;
3. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS para conceder o
benefício de salário-maternidade, bem como pagar as parcelas vencidas desde
o… (requerimento administrativo/ data do parto), monetariamente corrigidas
desde o respectivo vencimento e acrescidas de juros legais moratórios, ambos
incidentes até a data do efetivo pagamento;
4. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS para arcar com
as custas processuais e honorários advocatícios;
5. Requer, ainda, provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em
direito, notadamente a documental e testemunhal.
6. Informa, por fim, não ter interesse na realização de audiência de
conciliação/mediação, nos termos do art. 319, VII, do CPC.
Dá-se à causa o valor de R$ 1.045,00 (mil e quarenta e cinco reais), para
efeitos procedimentais.
Termos em que,
Pede deferimento
CIDADE/UF, DIA de MÊS de 20222
XXX OAB/UF Nº XX
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Pede deferimento.
São Luís/MA, XX de janeiro de 2022
João Márcio Pereira
OAB/MA – 19.20
Estagiário: Ivaneyson Celestino
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