UNIDADE
CURSO TÉCNICO EM AUTOMAÇÃO
SISTEMAS LÓGICOS PROGRAMÁVEIS (SLP)
DOCENTE: Ezequias Matos
EMAIL:
[email protected] Atividade de sala e prática - 2 pontos ( Talvez 3)
Trabalho - 4 pontos (escrito e apresentado) → 21/03/2023 –
escrito e 27/03/2023 –apresentação.
Provas - 4 pontos → 28/03/2023
CLP
OBJETIVOS
Conhecer a estrutura, os componentes, as arquiteturas
e o funcionamento dos Controladores Programáveis
(CLP)
Conhecer a linguagem de programação de CLP baseada
em Diagrama LADDER
Conhecer uma ferramenta para editar, salvar, carregar e
monitorar um programa em um CLP
CLP
SUMARIO
• DEFINIÇÃO
• APLICAÇÃO
• HISTÓRICO
• ESTRUTURA BÁSICA
• COMPONENTES
• FUNCIONAMENTO
• MODOS DE OPERAÇÃO
• ARQUITETURAS
• LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO
• PROGRAMAÇÃO EM LADDER
• PRÁTICAS DE LABORATÓRIO
As 4 revoluções industriais
Figura 1: Elaborado pelo autor baseado em April ( 2013)
Pirâmide tradicional da
automação
• Informações hierarquizadas
• Sistemas e softwares com padrões
proprietários
• Alto acoplamento e dependência
Fonte: Adaptado de (Colombo, Karnouskos, e Bangemann 2013)
CLP
CLP, o que é?
• CLP = CONTROLADOR (LÓGICO) PROGRAMÁVEL
• PLC = PROGRAMMABLE LOGIC CONTROLLER
Definição segundo a Nema (National Electrical Manufacturers
Association )
Aparelho eletrônico digital que utiliza uma memória programável
para o armazenamento interno de instruções especificas(lógica,
temporização, etc.), para controlar através de módulos de entrada e
saída, vários tipos de máquinas e processos.
Definição segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas)
É um equipamento eletrônico digital com hardware e software
compatíveis com aplicações industriais.
CLP
CLP, o que é?
• CLP = CONTROLADOR (LÓGICO) PROGRAMÁVEL
• PLC = PROGRAMMABLE LOGIC CONTROLLER
• DISPOSITIVO MICROPROCESSADO
• PROGRAMÁVEL PELO USUÁRIO
• PROGRAMA: LÊ ENTRADAS, EXECUTA LÓGICA E CONTROLA SAÍDAS
• SUBSTITUIÇÃO DE RELÉS, CONTADORES E TEMPORIZADORES
• 20 TIPOS DE INSTRUÇÕES => RESOLVEM MAIS DE 80% DAS
APLICAÇÕES
• FUNÇÃO: INTERTRAVAMENTO, SEQÜENCIAMENTO E CONTROLE
CLP
CLP, o que é?
CLP E A AUTOMAÇÃO CIRCUITOS
INTEGRADOS
ELETRICIDADE
CLP
CLP, o que é?
CLP
CLP, o que é?
Os CLPs podem ser definidos, segundo a norma IEC 61131/2003, como
um equipamento eletrônico-digital compatível com aplicações industriais.
– Sistema eletrônico operando digitalmente, projetado para uso em um
ambiente industrial, que usa uma memória programável para a
armazenagem interna de instruções orientadas para o usuário para
implementar funções específicas, tais como lógica, sequencial,
temporização, contagem e aritmética, para controlar, através de
entradas e saídas digitais ou analógicas, vários tipos de máquinas ou
processos.
CLP
Porque usar um CLP?
➢ CONFIABILIDADE
• Redução na fiação
• Esquemas de redundância e votação
➢ FLEXIBILIDADE
• Diferentes E/S
• Alterações rápidas na programação
➢ COMUNICAÇÃO
• Com outros CLPs
• Sistemas SCADA e interfaces de operação
➢ VELOCIDADE
• Sensores ativados em fração de segundos mais rápidos que relés
CLP
Onde são aplicados?
➢ INDÚSTRIA DE PROCESSO
• Petróleo, Petroquímica, Química e Farmacêutica
• Geração de energia elétrica e vapor
• Tratamento de água (UTA) e efluentes
• Siderurgia
• Papel e Celulose
➢ INDÚSTRIA DE MANUFATURA
• Alimentícia e Bebidas: Empacotamento, Engarrafamento, Enlatamento
• Automotiva: Usinagem, Pintura e Montagem
• Transporte e manuseio de materiais
➢ PREDIAL
• Controle de acesso, elevadores e ar condicionado
• Detecção e combate a fogo
CLP - Histórico
O CLP foi idealizado pela necessidade de poder se alterar
uma linha de montagem sem que tenha de fazer grandes
modificações mecânicas e elétricas.
Foi bem aceito devido a redução de custos, redução de
espaço e fácil programação.
CLP - Histórico
• 1968 - Divisão de Hidramática da GM - especificação técnica
– Redução dos elevados tempos/custos para alterações dos painéis de relés
– Facilidade de programação por técnicos e engenheiros de processo
• 1969 - Instalado o primeiro CLP
– MODICON 084 - Modular Digital Controller (Indústria Norte- Americana)
– Sucesso imediato: maior vida útil; autodiagnostico; resistente ao ambiente
industrial; menor espaço
• 1970/73 - Baseados em CPUs com tecnologia “bit slice”
– AMD 2901 e 2903
• 1973 - Modicon Modbus - habilidade de comunicação
– Aumento da distância CLP-campo para centenas de metros
• 1974/75 - Microprocessadores - ampliação da capacidade
CLP - Histórico
• Década de 1980
– Tentativa de padronização - Protocolo MAP da GM
– Redução do tamanho dos CLPs - micro CLPs
– Uso de PCs como dispositivos de programação e interface de operação
• Década de 1990
– Consolidação dos protocolos mais populares: Modbus, Profibus, ...
– Desenvolvimento de CLPs baseados em PCs (Modicon)
– IEC-1131-3 - Padronização internacional das linguagens de
programação
• diagramas de contato (LADDER)
• diagramas de blocos funcionais (diagramas lógicos)
• listas de instruções
• textos estruturados (Linguagem “C”)
CLP - Estrutura Básica
MODULAR COMPACTO
CLP - Estrutura Básica
Entradas
Digitais
Saídas
Digitais
Entradas Saídas
Analógicas Analógicas
CLP - Estrutura Básica
FONTE
MODULOS DE MODULOS DE
CPU
COMUNICAÇÃO ENTRADA E SAIDA
CLP - Estrutura Básica
Fonte de Alimentação (Power Supply)
É importante lembrar que a fonte do CLP deve estar
separada da fonte das cargas do processo como
sensores e atuadores. Estes não devem ser ligados a
fonte do CLP por motivos de isolamento elétrico e
limitações de potência, e assim devem possuir uma fonte
de alimentação exclusiva.
O CLP trabalha com tensões contínuas que vão de
3,3V a 24V, e necessita de uma fonte robusta e
confiável que lhe forneça as tensões a níveis tolerados
de ruído e oscilação
Geralmente as fontes dos CLPs são alimentadas com tensão alternada entre
90V a 250V e devem ser protegidas contra curto-circuito e sobrecargas,
proteção que pode ser feita utilizando fusíveis de ação rápida ou disjuntores
termomagnéticos devidamente dimensionados.
CLP - CPU
A CPU de um controlador lógico
programável realiza todas as operações
lógicas da automação a ser executada e
ainda é responsável por diversas outras
funções como comunicação,
diagnósticos e execução do RTOS
(sistema operacional de tempo real) do
CLP.
CLP - Unidade de Controle (CPU)
Ciclo de Scan
Entradas
Execução do Memória
Programa Interna
LEGENDA:
Leitura dos Estados
Atualização dos Estados Saídas
CLP - Unidade de Controle (CPU)
Ciclo de Scan
• Varredura das entradas. É o tempo necessário
para que o controlador varra e leia todos os
dados de entrada, isto é, examine os
dispositivos externos de entrada quanto à
presença ou ausência de tensão.
• Varredura do Programa. É o tempo necessário
para que o controlador execute as instruções do
programa. Durante a varredura do programa, o
CLP examina as instruções no programa ladder,
usa o estado das entradas armazenado na
tabela imagem de entrada e determina se uma
saída será ou não energizada.
CLP - Unidade de Controle (CPU)
Ciclo de Scan
• Varredura das saídas. É o tempo necessário
para que o controlador varra e escreva todos os
dados de saída. Baseado nos dados da imagem
de saída, o CLP energiza ou desenergiza seus
circuito de saída que exercem controle sobre
dispositivos externos.
• Comunicação. É o momento do ciclo de
operação no qual a comunicação se realiza com
outros dispositivos, tais como um computador,
entre CLPs através de uma rede.
• Housekeeping / overhead. É o tempo gasto no
gerenciamento da memória e na atualização dos
temporizadores e registros internos.
Varredura Contínua
do Programa
(Scanning) - Ciclo de
Operação House-Keeping
Lê as Entradas
e Atualiza a
Tabela Imagem Executa Comunicação
com CLPs e PCs
Executa o Programa
Aciona as
e Atualiza a Tabela
Saídas
Imagem das Saídas
CLP
Módulos de Entrada / Saída
CLP
Módulos de Entrada / Saída
As portas digitais de entrada e saída
do CLP, como todo circuito elétrico,
possuem limitações de tensão,
corrente e frequência de acionamento.
Observar esses limites, bem como
suas corretas ligações elétricas, é um
passo fundamental no projeto ou na
manutenção de qualquer sistema
automatizado.
CLP
Módulos de Entrada
5V 5V 5V
Condicionador Indicação Isolação Multiplexação
de Sinal de Estado Elétrica (MUX)
5V
Terminais 24/48/120/220 V Conversão
de Conexão 4~20 mA 1~5 V A/D
Sensor de
Campo
CLP
Módulos de Entrada
110/220 Vac
CLP
Módulos de Entrada
CLP
Módulos de Entrada
CLP – Módulos de Saída
As saídas digitais são utilizadas para acionar atuadores como lâmpadas,
contatores, válvulas solenoide, motores, entre outros dispositivos, e podem
ser encontradas basicamente em três tipos:
• Saída por relé;
• Saída por transistor;
• Saída por tiristor.
CLP
Componentes - Módulos de Saída
5V 5V 5V
Memorização Isolação Indicação Estágio de
de Sinal Elétrica de Estado Potência
5V
Demultiplexação 24/48/120/220 V Terminais
(DEMUX) 4~20 mA 1~5 V de Conexão
5V
Conversão Dispositivos
D/A de Campo
CLP
Componentes - Módulos de Saída
CLP
Componentes - Módulos de Saída Digitais
CLP – Módulos de Saída
Saída a relés
Muitos CLPs utilizam como elemento ativo de saída circuitos com relés. Essa
técnica possui algumas características que devem ser estudadas antes de
serem aplicadas:
• Os relés podem trabalhar em uma ampla faixa de tensão e corrente. É
comum encontrar saídas digitais de 250 Vac/dc de 2 A a 10 A, por exemplo,
o que diminui a necessidade de circuitos auxiliares;
• Os relés podem comutar circuitos em corrente contínua ou alternada;
• Por serem elementos eletromecânicos, estão sujeitos a limitações como
desgaste dos contatos e velocidade de comutação.
CLP – Módulos de Saída
Módulos de Saída – Estágio de Potência
TRANSISTOR TRIAC RELÉ
Alimentação CC CA CA e CC
Desgaste com o tempo Não Não Sim
Silenciosos Sim Sim Não
Rapidez Rápido Rápido Lento
Correntes máximas (A) 0,5 a 1,0 5,0 3,0
Suporta surtos de tensão Não Não Sim
CLP – Módulos de Saída
CLP - Memória
CLP - Memória
R - Leitura ou Read
O - Somente ou Only
M – Memoria ou Memory
P - Programável ou Programmable
R - Leitura ou Read
O - Somente ou Only
M – Memoria ou Memory
E – Apagável ou Erasable
P - Programável ou Programmable
R - Leitura ou Read
O - Somente ou Only
M – Memoria ou Memory
CLP - Memória
CLP - Memória
E - Eletricamente ou Electrically
E – Apagável ou Erasable
P - Programável ou Programmable
R - Leitura ou Read
O - Somente ou Only
M – Memoria ou Memory
E - Eletricamente ou Electrically
A – Alterável ou Alterable
R - Leitura ou Read
O - Somente ou Only
M – Memoria ou Memory
CLP -
Memória
CLP - Memória
Arquitetura da Memória
É formada por memórias de somente
leitura (ROM) e em seu conteúdo está
armazenado o sistema operacional.
Armazena resultados e/ou operações
intermediárias, geradas pelo sistema.
Não pode ser acessada nem alterada
pelo usuário.
Memória do sistema
Memória executiva Armazena informações de estado das
E/S ou imagem das E/S.
Memória de estado
Armazena valores do processamento
Memória de dados das instruções utilizadas pelo programa
Memória do usuário do usuário.
Armazena o programa do usuário.
CLP
Componentes - DISPOSITIVO DE DIAGNÓSTICO E
PROGRAMAÇÃO
▪ MICROCOMPUTADOR (PC) OU HAND-HELD
▪ SOFTWARE
• PROGRAMA APLICATIVO = CRIAR, EDITAR, DOCUMENTAR,
SALVAR E CARREGAR
• MONITORAR O FUNCIONAMENTO
• DIAGNOSTICAR FALHAS
• EX: RS-LOGIX, IPDS (AB), TRISTATION (TRICONEX), PGM
(RELIANCE)
CLP
Componentes - SOFTWARE
▪ RELÉS DE ENTRADA (CONTATOS)
• CONECTADOS A CHAVES-LIMITE, BOTOEIRAS E SENSORES
▪ RELÉS DE SAÍDA (BOBINAS)
• CONECTADOS A SOLENÓIDES E LÂMPADAS
▪ RELÉS INTERNOS (CONTATOS E BOBINAS)
• PERMITEM ELIMINAR OS RELÉS EXTERNOS
◦ Contadores
contagem de pulsos (crescente, decrescente e ambos)
◦ Temporizadores
contagem de tempo com retardo para energizar / desenergizar
◦ Arquivos de Dados
registros de dados para manipulação de dados e cálculos
CLP