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Cirurgia Bucal

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Hurian Machado — Odontologia UNIG Cinwrgiay Bucal | Aula 1 Atos Crnirgioey Basiooy Todo procedimento cirtirgico constitui-se em uma combinagdo de procedimentos técnicos executados de forma precisa e com instrumentos operatérios. 0s atos cinirgicos basicos sao: © Diérese © Exérese © Hemostasia © Sintese > Principios atv dturgia a) Boa visdo do campo cirtirgico; © Auxiliar treinado; © Bom afastamento dos tecidos; ¢ lluminagao adequada; Campo cirirgico livre de fluidos. b) Instrumental adequado; c) Biosseguranca. 1. Diéveso Ato de separar os tecidos com fins operatérios. Dé acesso ao local a ser operado. ‘* Incisio - Eo corte do tecido. ~ Deve-se evitar estruturas anatémicas nobres como vasos e nervos; - Sempre utilizar lamina nova e afiada; - Aincisdo deve ser firme e continua. © Divulséo Separacdo/ descolamento do tecido sem corte. - Para tecidos moles: tesoura. \ - Para periésteo: descoladores. Z Exévese Ato de remover parte ou todo érgio ou tecido. © Extragdes: alavanca ou forceps. * Patologias: cureta de Lucas; pinga de Allis. Ostectomia/Osteotomia: alta e baixa rotac3o; brocas; pinga goiva; cinzel e martela; lima para oss0. 3, Hemestagin Ato de controlar o sangramento. Existem diversos métodos, como: © Compressao: feito com gaze; pressionar S a 10min. © Termocoagulacao. © Ligadura. © Substdncias hemostaticas: so substncias que ultrapassam as fases do codgulo. Ex hemospon. 4, Simtege Repor os tecidos lesionados ou incisados ao seu local anatémico-fisiolégico. 1. Sutura: tecido mole Hurian Machado — Odontologia UNIG 2. Odontossintese: reimplante de elementos dentarios. 3. Osteossintese: realocar fraturas Osseas. Ex: fio de ago e mini-placas, * Tipos de sutura 1. Ponto simples "5 2. Continuo simples 3. Continuo entrelagado 4.EmU 5.EmX Aula2 News Trigémes - £0 V par de nervo craniano. = € um nervo misto, ou seja, possui funcso motora e sensitva Possui 3 raizes: 1. Nervo Oftélmico (v1): sensitivo; 2. Nervo Maxilar (v2): sensitivo; 3. Nervo Mandibular (v3): sensitivo e motor. © Origem aparente no encéfalo: ponte. *Origem aparente no crdnio: fissura orbital superior (v1), forame redondo (v2) e forame ‘oval (v3). 1. News Oftalanice (V1) Faz a inervaco sensitiva do globo ocular, palpebra superior, dorso do nariz e regio frontal Ramos principais: # Nervo Nasociliar; © Nervo Frontal; © Nervo Lacrimal, Hurian Machado — 2. Newe Mavilavy (V2) Ramos principais. a) Nervo Alveolar Superior Posterior Sai do forame redondo e penetra nas foraminas do tuber da maxila E responsdvel pela inervagio da polpa e periodonto dos dentes molares superiores exceto a raiz mésio-vestibular do 1° molar superior. Inerva ainda a gengiva vestibular da regio. b)_Nervo Infraorbital Sai do forame redondo — entra na orbita pela fissura orbital inferior —> passa pelo sulco infra-orbital —> canal infra-orbital > emite dois ramos (ramo alveolar superior médio e alveolar superior anterior) > sai do oss0 € langa mais um ramo ‘* Ramo Alveolar Superior Médio E responsdvel pela inervacio da polpa e periodonto dos dentes pré-molares e da raiz mésio-vestibular do 1° molar superior e a gengiva vestibular. Odontologia UNIG ‘© Ramo Alveolar Superior Anterior: inerva a polpa e 0 periodonto dos dentes anteriores (incisivos e canino) e a gengiva vestibular forme _ Tec ole See © Regido —Extradssea:——inerva sensitivamente a regiéo entre a palpebra inferior, a asa do nariz eo labio superior. ©) Nervo Ptérigopalatino Emite os seguintes ramos: ‘© Nervo Palatino Maior E responsdvel pela inervagio da mucosa do palato duro e gengiva palatina da regio dos pré-molares e molares até o limite com o palato mole. © Nervo Palatino Menor Inerva 0 palato mole. Hurian Machado — Odontologia UNIG ‘© Nervo Nasopalatino Percorre 0 septo nasal e atravessa o forame incisivo levando a inervacao para a mucosa € gengiva palatina da regio dos dentes anteriores. * Nervo Zigométtico Tem como funcéo principal a inervacio sensitiva da regio zigomatica e parte da regiao temporal. Emite os sequintes ramos: a) Ramo Zigomaticofacial; b) Ramo Zigomaticotemporal. 3, Newe Mandibular (V3) £0 ramo misto. Inerva também os musculos da mastigagao. - Ramos motores. Temporal; Massetérico; Pterigdideo Medial; Pterigdideo Lateral; Milo-Hidideo - Ramos sensitivos: © Nervo Bucal Inervagdo sensitiva da gengiva vestibular dos molares inferiores, mucosa e pele da bachecha © Nervo Lingual Inervacdo sensitiva dos 2/3 anteriores da lingua e gengiva lingual de todos os dentes inferiores. © Nervo Alveolar inferior Inervagdo sensitiva de todos os dentes inferiores e através do ramo mentoniano inerva 0 labio inferior, a pele do mento e a gengiva vestibular do incisivo central até 0 2° pré-molar. Obs: o nervo mentoniano é um ramo do nervo alveolar inferior. Ele s6 anestesia tecido mole, como 0 labio inferior, pele do mento e gengiva vestibular do incisivo central até o 2° pré-molar inferior © Nervo Auriculotemporal Responsdvel pela inervagao da ATM. Hurian Machado — Odontologia UNIG Aula 3 Biosgeguianen exw Odontologia Definictio: prevenir e reduzir riscos e danos a satide e ao meio ambiente no exercicio da odontologia Termninolegiag Wilizaday Evy Biosgequranca © Antissepsia Procedimento que tem como objetivo o controle do ntimero de microrganismos, € consequentemente da infeccdo, a partir do uso de substncias bactericidas ou bacteriostaticas em tecidos vivos, como por exemplo, pele e mucosa. - Clorexidina 2% - extra-oral; + Clorexidina 0,12% - intra-oral. © Assepsia Conjunto de medidas utilizadas para promover a destruic3o completa de microrganismos presentes nos instrumentais e materiais. * Artigos criticos Instrumentos que podem servir como veiculo de contaminagao. a) Artigos criticos So aqueles que rompem barreiras naturais através da penetracao na pele ou em mucosas (ex. agulhas, laminas de bisturi). S80 instrumentos que obrigatoriamente devem estar estéreis ou serem de uso tnico (descartéveis). b) Artigos descartdveis So aqueles que perdem suas caracteristicas originais e devem ser descartados. ¢) Artigas semicriticos Sao aqueles que entram em contato com ™mucosas integras e exigem, pelo menos, severa desinfeccdo (espatulas, afastadores, etc) d) Borreiras Meio fisico utilizado como forma de impedir ou dificultar a contaminago de um individuo a outro. Ex: pano de campo, EPI, vacinas. ‘* Equipamentos de protecdo individual (EPI) Os EPI’s séo medidas fisicas que visam a protecdo da equipe odontolégica e do paciente. Esses equipamentos incluem: luvas, méscaras, gorros, dculos, jalecos, capotes cirurgicos e sapatilhas (propés). 1. Luvas Constituem uma das barreiras mais importantes na protecao do profissional e da equipe auxiliar. Elas impedem o contato direto das mos desnudas com a saliva, sangue ou membranas mucosas, evitando a reten¢3o dessas substancias e também a contaminag3o por microrganismos. 2. Méscaras © uso de médscaras é uma barreira para protecdo das vias aéreas superiores evitando 0 contato com pequenas particulas no ar e acessorios. 3. Gorros £ uma medida de protecSo individual tanto do profissional quanto do paciente. Os cabelos so grandes fontes de contaminacéo, pois neste Hurian Machado — Odontologia UNIG podemos encontrar microrganismos como o S. Aureus além de macrorganismos com os piolhos. Iré proteger da contaminac3o dos cabelos pelos aerossois e pelas particulas, impedindo também que os fios caiam no campo operatério, 4. Sapatilhas € para o controle de transmissio de microrganismos entre diferentes ambientes. 5. Oculos de protecéo Os olhos séo porta de entrada de varios microrganismos e possuem uma vascularizacao relativamente |imitada que facilita a sua infecc80, Os éculos de protecio so 0 melhor meio de proteger 0 globo ocular contra particulas que porventura possam lesé-lo ou causar algum tipo de infeccdo. Devem ser usados por todos os membros da equipe, inclusive pelo paciente. 6. Jaleco De preferéncia deve ter gola tipo padre, com mangas longas, punhos com eldsticos € comprimento cobrindo os joelhos. Pode ser confeccionado em pano tipo algodio ou polipropileno (descartdvel). = Técnica de degermac3o 1. Primeiramente retirar todos os adornos (anéis, pulseiras e rel6gios); 2. Posicionar-se perto da pia, de forma confortavel; 3, Nao tocar na pia com o corpo, pois esta apresenta-se contaminada e poderé molhar a roupa, facilitando a contaminagao; 4, Abrir a torneira com a mao dominante, com 0 cotovelo ou em caso de circuito elétrico, aciond-la com 0 pé; 5, Umedecer as mos e os antebracos em. gua mora e corrente (facilita remogo das impurezas, pois abre os poros); 6. Colocar quantidade suficiente de solucdo detergente na palma da mao e espalhé-la pelas maos e antebragos. * Descontaminagio Proceso que tem por objetivo a reduco, sem a eliminagao completa, dos microrganismos que se encontram sobre o instrumental ou superficies com presenca de matéria organica, tornando-os mais seguros para serem manipulados. Hurian Machado — Odontologia UNIG Aula 4 Medicamentoy nav Clinica Odentolégica No Pevicde Pré-Operaterie «Para evitar edema: inflamatérios hormonai corticoides/anti- © Para evitar infeccdes: antibidtico; Para controle da ansiedade: ansiolitico. Ne Pericde Teangoperatéric @ Anestésicos locais. No Pevicde Piy-Oporatorie ‘Para evitar dor: analgésico; ‘¢ Para evitar infecgao: antibidtico; ‘* Para diminui edema: corticoide (pode ser associado com compressas de gelo). Torna de Receitay PARA (nome do paciente) ESPECIFICAR O USO (interno, externo_ou t0pico) NUMERAR OS MEDICAMENTOS (1,2,3.. RECEITAR USO RISCAR A FOLHA // ASSINATURA (aluno ou professor) Pessoas acima de 40 kg ~receitar como adulto Pessoas abaixo de 40 kg — receitar como crianga 1 Analgésices Uso interno: 1. Dipirona 500 mg comprimidos ‘Tomar 1 comprimido de 6/6h por no maximo 2 dias; Indicagao: casos de dor. Uso interno: 2. Paracetamol 750 mg - comprimidos) -- 1 caixa (8 Tomar 1 comprimido de 6/6h por no maximo 2 dias; Indicag30: casos de dor. Uso interno: 3, Tylex (paracetamol + cadeina) 30 mg 6 comp. Tomar 1 comprimido de 8/8h por no maximo 2 dias; Indicag&o: casos de dor. Uso interno ~ sublingual: 4, Toragesic 10 mg ~~ & comprimidos 1 comprimido sublingual de 6/6h por no maximo 2 dias; Indicagéo: casos de dor em pacientes impossibilitados de engolir. Hurian Machado — Uso interno: 5. Dorflex Dipirona 300 mg Cafeina 50 mg DORFLEX Citrato de ofenadrina 35 mg ‘Tomar 1 comprimido de 6/6h por no maximo 2 dias; Indicagao: casos de dor. Uso interno, 6. Neosaldina Dipirona 300 mg Cafeina 50 mg NEOSALDINA Isometepteno 35 mg ‘Tomar 1 comprimido de 6/6h por no maximo 2 dias; Uso interno: 7. Acido mefetamico 500 mg comprimidos ‘Tomar 1 comprimido de 6/6h por no maximo 2 dias; Indicacdo: enxaqueca e desminorréia, 2 Ausiolilices Uso interno: 1. Alprazolam (Apraz, Frontal) ~ 2,0 mg (cirurgia maior - 1 comp. 2h antes do procedimento) Indicagao: ansiedade e sindrome do panico. Odontologia UNIG Uso interno: 2. Bromazepam -3me 6 comprimidos Tomar 1 comprimido de 8/8h por 2 dias; omg 2h antes do procedimento indicagéo: ansiedade. Uso interno: 3. Rivotril 2. mg 2h antes do procedimento Indicagao: ansidade. 3, Auti-lnplanatiriey Estereidag/ Corticéidey Uso interno: 1, Dexametasona (Decadron) 4 mg comprimidos Tomar 1 comprimido de 12/12h por 3 dias; Indicagdo: evitar crises alérgicas e edema; Uso interno: 2, Betametasona 2 mg ------ 2h antes do procedimento Uso externo: 3. Diprospan 2 ampolas------- 1 a0 dia Uso externo: injetavel intramuscular; Para injetaveis: dividir 0 local em 4 quadrantes e sempre aplicar no quadrante superior direto. Hurian Machado 4, Auti-Inflamatirioy Nao-Estereidaiy = Inflamaco: resposta do organismo a algum agente agressor. inais cardinais: dor, calor, rubor e edema = Os anti-inflamatérias irdo minimizar os efeitos do processo inflamatério e dar3o analgesia (aliviar a dor). Uso interno: 1, Diclofenaco de Potéssio (Cataflan) = 50 mg: 8/8h por 3 dias; - 7 mg: 12/12h por 3 dias; Indicago: inflamaco dos tecidos moles. Contraindicago: _gastrite, _hipertensdo descontrolada. Uso interno: 2. Diclofenaco de Sodio - 50 mg: 8/8h por 3 dias; + 75 mg: 12/12h por 3 dias; Indicagao: traumas musculares; Contraindicacdo: —_gastrite,-_hipertensdo descontrolada. Uso interno: 3, Nimensulida 100 mg ~ dias 12/12h por 3 Indicagao: dores, inflamac3o e febre. Pode ser usado em casos de gastrite ou hipertenséo descontrolada. Contraindicagbes: —gestantes, —_lactantes diabéticos. — Odontologia UNIG Uso interno: 4. Arcoxia 90 mg 12/12h por 3 dias Indicagio: dor pés-operatéria; para pacientes com gastrite e hipertensos; usado quando se quer um efeito mais potente (para grandes cirurgias) Uso interno: 5. Aceclofenaco (Proflan) 100mg - 12/12h Uso interno: 6. |buprofeno 300mg, --8/8h -6/6h ou 600mg 5, Autibistices Uso interno: 1. Amoxicilina 500mg a1 comprimidos Tomar 1. comp. de 8/8h por 7 dias, Indicagdes: infecgdes leves a moderdas. Efeito colateral mais comum: cdlicas e diarreia. Efeito colateral_ menos comum: choque anafilatico. Uso interno: 2. Cefalexina (Veflex) 500mg comp. Tomar 1 comprimido de 6/6h por 7 dias. IndicagSes: infeccdes leves a moderdas. Hurian Machado Uso interno: 3. Amoxicilina + clavulanato 875mg —- 20 comp. Tomar 1 comprimido de 12/12h por 10 dias. Indicagdes: infeccBes mais severas. Efeito colateral mais comum: célicas e diarreia Efeito colateral menos comum: choque anafilatico. Uso interno: 4, Clindamicina 600mg 8/8h por 7 a 10 dias ou 300mg ---~ 8/8h por 7 a 10 dias. Indicagdes: infecges no severas em pacientes alérgicos & classe das penici Uso interno: 5, Azitromicina S0Omg ‘Tomar 1 comprimido de 24/24h de 3 a 5 dias. ‘Uso interno: 6. Eriromicina 500mg Tomar 1 comprimido de 6/6h por 7 dias. Uso interno: 7. Cefaclor 500mg -—- 8h/8h por 7 250mg --~ 8/8h por 7 dias. — Odontologia UNIG Aula Anestesiologia Material Necessavie * Seringa carpule (com refluxo) Figura 6-2. Componentes da agulhs odoataigca para anes ‘eso oa Agua longs (na aguas ler). © Calibre: 27 G e 30 G (a 30 G é mais fina, pois é inversamente proporcional). ‘© Comprimento: longa (32 mm); curta (20mm). 27 G € longa, enquanto que a 30G é Figura 6-8. , Agulhsodontoligica longa: comprimento de ‘proximadamente 32 mm. B, Agulha odontologca cama: com- Pleat de apronznadancge 29 mn. 10 ‘Staion Caner Hurian Machado — Odontologia UNIG Tipey de lnjegae a) Infiltraggo Injegdo em pequenas terminagdes nervosas na rea do tratamento. b)_ Bloqueio do campo, infiltrativa terminal ou supraperiéstea Injego em ramos terminais maiores. ¢) Troncular ou bloqueio regional Injegdo préxima ao tronco nervoso principal, distante da drea de tratamento. Peo dod a Téemions Anegtegiony da Manila, '* Anestésicos tépico Seu efeito anestésico ndo é muito eficaz. 0 anestésico tépico é indicado para que o Paciente no sinta a dor causada pela introdugo da agulha. « Infiltrativa terminal (bloqueio de campo ou supraperiéstea) - Indicada de pré-molar a pré-molar na maxila. - Deve-se introduzir a agulha no fundo de vestibulo, em direcio ao pice do dente a ser anestesiado. - Deve-se introduzir menos de Smm (pode-se usar agulha curta). do é indicada para molares pois a Figura 1555. scrngs deveser mania paride o dolong do dee imran parca da pe mucosa sobre o ene Hurian Machado — Odontologia UNIG « Infiltrago local no palato - Deve-se manter distancia de Smm da borda gengival. - Deve-se introduzir menos de Smm (pode-se usar agulha curta) - Valida para qualquer dente. * Tuberosidade alta - Deve-se introduzir a agulha na altura da prega muco-vestibular sobre 0 2° molar superior, avanca-la para cima, para dentro e para tris a 452 - Profundidade de penetracao de 30 mm (usar agulha longa). Pressionar com algum instrumental rombo para minimizar a dor (pois causa uma isquemia no local) e injetar 0 anestésico. Durante a execugio dessa técnica, pode-se atingir 0 plexo venoso pterigoideo, formando um aumento de volume no local. *Tuberosidade baixa (bloqueio do nervo alveolar superior posterior - ASP) - Essa técnica deve ser feita com a boca entreaberta. - Deve-se introduzir a agulha na altura da prega muco-vestibular sobre 0 2° molar superior, avanga-la para cima, para dentro e para tras a 452. - 0 ponto de referéncia caso nda haja o 2° molar superior é a crista zigomatico alveolar. - Profundidade de penetracao de 16mm (pode usar agulha curta). 12 * Infra-orbitério (bloqueio do nervo aleveolar Superior anterior e médio) - Indicada para dentes inclusos no palato. - A agulha deve estar paralela a0 eixo longitudinal sobre 0 12 pré-molar superior. - Profundidade de penetragao de 16mm (pode- se usar agulha curta}. - Deve-se fazer uma pressao digital na area para que 0 anestésico penetre no forame infra- orbitario. # Palatino maior (bloqueio do nervo palatine maior) = Deve-se manter uma disténcia de Icm da borda da gengiva - Identificar 0 forame palatino maior. Hurian Machado — Odontologia UNIG - O ponto de referéncia ¢ na altura da distal do 22 molar superior. ~ Deve-se introduzir menos de 5mm (pode-se usar agulha curta), ‘* Nasopalatino - Angulo de 452 com a papila incisiva. = Deve-se introduzir menos de Smm (pode-se usar agulha curta) - Pode-se minimizar a dor pressionando o local ou anestesiar 0 freio, na papila e por fim no nasopalatino (técnica das 3 pungées). VOLUME DE ANESTESICO PARA ‘AS TECNICAS MAXILARES. TECNICA ‘VOLUME (ml) Supraperidstea 06 ml Alveolar Superior Posterior ~tuberosidade 0,9 1,8 ml baixa Infaorbitirio(ASA.e M) 09 a12 mi Palatino maior 0.45 20.6 ml Nasopalatino 0.45 (max) Infitragdo n0 palato 02003 mi Blogueio do nervo maxilar (V2) ~ 18mi tuberosidade alta Aula 6 Técmicay Anestesiony day Mandibular Reumroy Sengitivey de Newe Mandiloular, (V3) * Nervo Lingual; *# Nervo Bucal; * Nervo Alveolar Inferior (langa os ramos para ‘© Nervo Mentoniano e Nervo Incisivo). Técnicas © Supraperiéstea = Deve-se introduzir a agulha no fundo de vestibulo, em direc3o ao dpice do dente a ser anestesiado. - Nao éa técnica de escolha para a mandibula. 13 Hurian Machado — Odontologia UNIG * Bloqueio do Nervo Alveolar Inferior (BNAl) - Possui como pontos de referéncia: altura a1 cm acima da oclusal dos dentes; a agulha deve estar posicionada nos pré-molares do lado oposto; deve-se introduzir a agulha imediatamente a frente da rafe pterigomandibular Profundidade de penetragdo de 20mm (deve- se usar agulha longa). O nervo lingual também é anestesiado nessa técnica devido a proximidade. '* Bloqueio do Nervo Bucal - Deve-se introduzir a agulha na borda anterior do ramo da mandibula ou fundo de vestibulo dos molares inferiores. - Deve-se introduzir menos de Smm (pode-se usar agulha curta) '* Bloqueio do nervo mentoniano ~ Técnica indicada para bidpsia no labio, na gengiva, etc. - Referéncia para introdugdo da agulha: pré- molares inferiores. ~ Deve-se introduzir a agulha no fundo de vestibulo dos pré-molares. - Deve-se introduzir menos de Smm (pode-se usar agulha curta).. Mitel '* Bloqueio do nervo incisivo/mentoniano - Indicada para exadontia de dentes anteriores. - Referéncia para introdugo da agulha: forame mentoniano. = 0 forame mentoniano sera localizado através da radiografia, a partir dai, deve-se introduzir a agulha ao longo eixo do dente buscando o forame mentoniano. ~ Deve-se pressionar/massagear o local para que o anestésico penetre no forame mentoniano. 14 Hurian Machado — Odontologia UNIG Aula 7 Anestésiosy Lecaiy tw Pration Ciuingicn Higtorice Nos tltimos 200 anos um grande nimero de drogas foi utilizado em anestesiologia, como éter, cloroférmio, ciclopropano, etc, sendo as substéncias gradualmente substituidas por outras, de melhor performance. Em 1884, Carl Koller usou cocaina como anestésico local. A palavra anestesia significa an = sem e aisthetos = sensacao e foi criada por Oliver W. Holmes (1846). Todos os anestésicos locais a excecdo da cocaina, séo sintéticos. Definicae Perda de sensibilidade em uma rea circunscrita do corpo causada pela depressao da excitagio das terminac&es nervosas ou pela inibig3o do processo de conducao dos nervos periféricos (Stanley Malamed). Ja anestesia geral 6 um estado reversivel de inconsciéncia produzido por —_ agentes anestésicos com abolicio da sensibilidade dolorosa em todo 0 corpo. Vaniageny da anestesia Local ty ‘velagio wv anestesia geral * Opaciente pode permanecer em alerta durante o efeito do anestésico. Pouca alteracdo da fisiologia normal. Baixa incidéncia de morbidade. * 0 paciente pode ter alta apés o procedimento operatorio clinico ou cirtrgico. Facil execucdo. Pequeno indice de insucesso. © Nao necessério jejum. Baixo custo. Nao hd necessidade de internagdo hospitalar. Deguaniageny dav anestesia local ony ‘velacie wv anestesia geral ‘© Omedo pode levar o paciente a refutar a sua aplicacao; '* A iinjecdo no local a ser administrado a anestesia dificulta ou até impede o procedimento, ‘© Dependendo da localizacéo do ato operatério, no € possivel obter bloqueio do impulso nervoso. * Dependendo da regiéo ou da etiopatogenia da leso, pode nao dar seguranca. '* Nao produz inconsciéncia. + Nao obtém imobilidade. * AS condicées psicossomaticas do paciente podem contra-indicar a anestesia local. Caracteristiony de wv anestésice local, ideal Deve ser transitério e reversivel. Nao deve irritar 0s tecidos vivos. Deve ter toxicidade —_sistémica insignificante. © Tem de ser eficaz em qualquer local da sua aplicagao. Deve ter pequeno periodo de laténcia. Nao deve ser capaz de produzir alergias. © Deve ser estéril. * Nao deve sofrer répida no organismo. biotransformacao 15 Hurian Machado — Odontologia UNIG Founay ativay dos anestésives leoaiy Os anestésicos locais injetdveis so do grupamento farmacolégico aminas. Sua estrutura quimica é formada por uma extremidade lipofflica, responsdvel pela sua capacidade de penetrar na bainha de mielina {estrutura rica em lipideos), e outra extremidade hidrofilica, responsavel por sua capacidade de se difundir pelos tecidos, jd que 60% do corpo humano possui dgua em sua composicao, Os anestésicos locais que ndo possuem a por¢éo hidrofilica ndo séo adequados para injecdo, pois nao se difundem pelos tecidos. E a caso da benzocaina que s6 tem sua aplicacdo para uso tépico. So clasificados como ésteres ou amidas, de acordo com suas ligaces quimicas. Classiticage doy anestésicey Locnis a) Esteres © Esteres do dcido benzoico ~ Butacaina; - Cocaina; ~ Benzocaina; - Hexilicaina; - Piperocaina; ~ Tetracaina. © Esteres do dcido paraminobenzdico - Cloroprocaina; + Procaina; - Propoxicaina. b) Amidas + Articaina; ~ Bupivacaina; - Dibucaina; 16 ~ Etidocaina; + Lidocaina; ~ Mepivacaina; = Prilocaina. Fatorey que inpluenciaty we efeite de anestésice local Concentragao no local de a¢ao; Velocidade de absor¢ao e distribuicgo nos tecidos; © Capacidade de excresao; © Via de administracio; Vascularizacao do tecido infiltrado; pH tecidual Criterieg para selegie de “yal anvestésice” ideal '* Duragdo esperada para o controle da dor maior que o tempo do procedimento; © Aceitacdo, por parte do paciente, do desconforto pés-anestesia; Possibilidade de automutilacso; Satide do paciente. Faumracecinttion doy anestisioey lecaty Os anestésicos locais, exceto a cocaina, quando injetados nos tecidos vivos _produzem vasodilataco. Por isso, geralmente se associa ao sal anestésico uma outra droga vasoconstritora para se contrapor vasodilatacao. A associago de um sal anestésico a um vasoconstritor tem os seguintes objetivos principais: * Aumentar a duragdo do efeito anestésico, uma vez que 0 vasoconstritor diminui a velocidade de absorcao do sal; Hurian Machado — Odontologia UNIG ‘© Como o vasoconstritor diminui o calibre dos vasos_—sanguineos_—nos procedimentos cirdrgicos, obter-se-d um campo operatério com menor sangramento. Critérios para sele¢ao do vasoconstritor: ‘© Necessidade de se obter tempo maior ou menor de anestesia; © Quando a hemostasia é necessaria; '* Escolhe-se também o vasoconstritor de acordo com as condicdes sistémicas do paciente. Contertde dag solucdey anestésiony Solugdes _prontas {tubetes com 1,8 ml), para comercializagao ‘© Salanestésico - Lidocaina; - Mepivacaina; - Prilocaina; - Articaina; + Etidocaina. '* Vasoconstritor - Adrenalina; - Noradrenalina; - Levonordefina; - Fenilefrina; - Felipressina ou octapressina. ‘© Preservativo ou vasoconstritor Uma vez contendo vasoconstritor é necessério adicionar estabilizador quimico, porque os vasaconstritores sao instaveis quimicamente. Os mais utilizados nos paises da América do Norte eda Europa é o bisulfito de sédio, do qual nao temos relatos de reagdes alérgicas 7 Outro preservativo é 0 metilparabeno, droga que acreditamos ter um potencial maior de produzir alergias. * Cloreto de Sédio Utilizado para manter a isotonia da soluggo com relago 20s fluidos corporais. © Agua destilada Usada como veiculo de diluigao. Gonparnente Ester a) Procaina = Usada como referéncia para o grupo de toxicidade considerada = 1; - De todos os sais anestésicos, é a que possui a maior capacidade de vasodilatacao; ~ pH sem vasoconstritor: 5,0 a 6,5; = pH com vasoconstritor: 3,5 a 5,5; + Inicio de ago: 6 a 10 minutos; - Concentracdes ideias: 2% a 4%; - Meia-vida do anestésico: 1 hora; - Dose maxima: 6,6 mg/kg, com maximo de 400 me b) Benzocaina - Usada apenas topicamente; = Pouca solubilidade em 4gua; - Pequena absorcdo para o cardiovascular; - Inadequada para injecao; - Inibe a ago antibacteriana das sulfas; - Usada nas concentragées de 10% a 20%. sistema Gonpartrento Aurida a) Lidocaina + Introduzida em 1948; ~ Poténcia: 2 (procaina: 1); ~ Toxicidade: 2 (procaina: 1); Hurian Machado — Odontologia UNIG - Metabolismo: figado; + Excreggo: rins; - Propriedades vasodilatadoras: maior do que a da mepivacaina e da prilocaina; ~ pH sem vasoconstritor: 6,5; - pH com vasoconstritor: 5,0 2 5,5; + Inicio de ago: 2. 3 minutos; - Concentraco eficaz: 2%; ~ Meia-vida: 1,6 por hora; - Dose maxima: 4,4 mg/kg, maximo 400 mg. b) Mepivacaina ~ Poténcia: 2 (procaina: 1 e lidocaina: 2); - Metabolismo: figado; ~ Excrego: rins; - Propriedade vasodilatadora: muito pequena; - pH sem vasoconstritor: 4,5; - pH com vasoconstritor: 3,0 2 3,5; = Inicio de aco: 1,5 a2 minutos; ~ Concentracao eficaz: 3% sem vasaconstritar e 2% com vasoconstritor; - Meia-vida: 1,9 por hora; - Dose maxima: 4,4 mg/kg, com maxima 300mg. ¢) Prilocaina - Metabolismo: —hepdtico, _produzindo metabélitos contendo ortotoluidina e N- propilalanina, grandes doses de prilocaina podem produzir metemoglobinemia; + Excrecdo: renal; - Vasodilatag3o: produz menor vasodilatacdo que a lidocaina, porém maior que a mepivacaina; - pH sem vasoconstritor: 4,5; = pH com vasoconstritor: 3,0 2 4,0; = Inicio de ago: 2 a 4 minutos; - Meia vida: 1,6 horas; = Dose méxima: 6,0 mg/kg, com maximo de 400mg 4d) Articaina ~ Poténciai 1,5 vez e 1,9 vez a da procaina; - Toxicidade: semelhante & da lidocaina; 18 - Metabolismo: plasma e figado; + Excre¢ao: rins; - Propriedade vasodilatadora: lidocaina; = pH com vasoconstritor: 4,6 a 5,4; = Inicio de agdo: 1 a 3 minutos; = Concentracao ideal: 4%; - Meia vida: 1,25 por hora; ~ Dose maxima: 7 mg/kg, maximo de S00 mg e 5S mg/kg de peso em criangas de 4a 12 anos. igual a da e) Etidocaina - Poténcia: 4x a da lidocaina; - Toxicidade: 2x mais téxica do que a lidocaina; - Metabolismo: figado; + Excregao: rins; - Propriedade vasodilatadora: maior do que a da lidocaina, prilocaina e mepivacaina; - pH da solucao entre 3,02 4,5, dependentes se tiver vasoconstritor ou no; = Inicio de agdo: 1,5 a 3 minutos; = Concentracao eficaz: 1,5 ~ Meia-vida: 2,6 por hora, Principaiy Vaseconstriteres - Adrenalina; - Noradrenalina; - Levonordefina; - Felipressina; - Fenilefrina. a) Adrenalina - Aadrenalina é disponivel na forma sintética e também é obtida da medula supra-renal dos animais; - Atua diretamente nos receptores alfa e beta- adrenérgicos, estimulando-os; - Pode promover aumento da frequéncia cardiaca, do fluxo sanguineo coronariano e da pressio arterial. Causa. também vasoconstrigio; = Promove, ainda, broncodilatagdo e pobre estimulo ao sistema nervoso central; Hurian Machado — Odontologia UNIG - Pacientes sauddveis podem receber 0,2 mgde adrenalina por consulta, equivalente a 11 tubetes na concentragio de 1:100.000; + Pacientes com deficiéncia cardiovascular podem receber até 0,04 mg de adrenalina por consulta, na concentragéo de 1:100.000, equivalente a 2,2 tubetes. b) Noradrenalina - Produzida nas supra-renais; ~ Miocardio (estimulo); ~ Artérias coronérias (aumento do fluxo sanguineo — dilatago); - Presséo arterial (aumento); - Rede vascular (vasoconstrigo); + Sistema respiratorio (broncodilatacao); + Dose maxima: 0,34 mg por consulta para paciente saudaveis; - ASAI ou IV: 0,14 mg por consulta. ¢) Levonordefina + Sintético; - Miocardio (estimulo); - Artérias coronérias (aumento do sanguineo); + Pressdo arterial (aumento); - Sistema respiratério (broncodilatac30); - Efeitos so mais brandos do que os da adrenalina; - Dose maxima para qualquer paciente: 1 mg por consulta. fluxo 4) Felipressina = Sintético andlogo ao ADH antidiurético vasopressina); ~ Miocardio (auséncia de efeitos}; - Artérias coronarias (redusao do fluxo); + Rede vascular (vasoconstri¢go pequena); - Presséo arterial (praticamente alteragdes); Doses maximas em pacientes ASA Ill ou ASA IV: 0,27 mg #/- 5 tubos 0,03 me; - Pacientes saudéveis suportam grandes doses. (horménio sem e) Fenilefrina - Sintético; ~ Miocérdio (pequeno estimulo); - Pressdo arterial (aumento); - Rede vascular (potente vasoconstri¢ao); Sistema respiratério —(pequena broncodilatago); + Efeitos so mais brandos do que os da adrenalina; ~ Dose maxima: paciente saudavel, 4 mg por consulta; - Paciente ASA Ill ou ASA IV, 1,6 mg por consulta Classificaco do estado fisico pela Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA| I. Individuo saudével normal; Il. Paciente com doenga sistémica leve a moderada; IIL Paciente com doenga sistémica grave, que limita aatividade, mas ndo é incapacitante; IV. Paciente com doenga sistémica grave, que limita a atividade e é uma constante ameaga a vida; V. Paciente moribundo, cuja sobrevivéncia nao deve ultrapassar 24h, com ou sem uma cirurgia; VI. Paciente com morte cerebral, doador de orgos. 19 Sedacie Consciente 0 tratamento odontoldgico, seja ele clinico ou cirurgico, sempre despertou 0 medo e a ansiedade a quem se submete. Isso ocorre em virtude de que no passado o controle da dor e da ansiedade eram —_—rudimentares, estigmatizando o tratamento odontolégico. Com a evolugao técnica da profisséo surgiram anestésicos locais, que nos dias de hoje, quando utilizados de forma adequada, constituem um método seguro e eficiente de Proporcionar 0 controle da dor seja durante uma cirurgia dentoalveolar (extragdes de dentes inclusos, cirurgia para implantes dentérios, freios de lingua ou labio, pequenas lesdes, implantes dentarios, etc] ou tratamento odontolégico clinico. Hurian Machado — Odontologia UNIG A. sedagio consciente foi definida pela Associacdo Americana de Odontologia de 1997 como uma depresséo minima do nivel de consciéncia do paciente que afeta sua capacidade de respirar automética€ independente e de _responder apropriadamente a estimulacao € ao comando verbal, e que é produzida por método farmacologico ou pela combinacdo deles. As técnicas de anestesia local com sedacéo consciente pela via venosa requerem uma equipe multidisciplinar composta de médicos anestesiologistas, cirurgiio bucomaxilofacial (ou cirurgiio-dentista treinado) e auxiliares treinados para tal procedimento, bem como 0 ambiente operatério deve estar equipado adequadamente com aparelhagem propria, como balas de oxigénio a 100%, oximetro (aparelho que mede a concentracgo de oxigénio no sangue), monitor cardiaco (aparelho de eletrocardiograma) e material € drogas emergenciais adequadas. Satide, idade, tempo operatério e grau de ansiedade so fatores avaliados para 0 sucesso da técnica. Em geral, 0 medicamento mais utilizado € 0 midazolam, que pode vir ou ndo associado a analgésicos, anti-inflamatérios € antibidticos, dependendo da indicacao. Os exames em geral necessérios para avaliag3o do paciente séo: de sangue (hemograma completo), de urina (EAS), eletrocardiograma e risco cardiolégico cirtirgico. Os pacientes submetidos 8 anestesia local codontologica com sedagao consciente venosa podem se beneficiar com sonoléncia durante 05 procedimentos, porém seus reflexos e consciéncia ndo séo removidos e se necessario pode ser obtida amnésia do periodo transoperatério (Dormonid). A anestesia local odontolégica com sedacao consciente venosa ou inalatoria jé vem sendo 20 utilizada hd muitos anos em paises como os EUA, 0 Canadé e os paises da Europa. © Obj ‘os da sedago consciente - Diminuir a ansiedade e o medo sem provocar sonoléncia excessiva; - Amnésia do periodo transoperatério; - Manter cooperacao ao paciente; + Reduzir reflexos indesejaveis; - Potencializar 0 efeito anestésico, Aula & Puinctpiog dav Exodontia Sityples A exodontia é um procedimento que combina 08 principios da cirurgia e os da fisica. Quando esses dois principios_ séo_—_aplicados corretamente, um dente pode ser remavido sem sequelas ao paciente. Principiog erty Crourgiav - Boa visio do campo cirirgico; - Instrumental adequado; + Biosseguranga Indicagiey dav Exedentia = Carle; ~ Doenca periodontal; - Indicaco ortadéntica; - Supranumerdrios; - Dentes mal posicionados. Contraindicnciey * Fatores sistémicos: - Transtornos cardiacos; - Distirbios hemorragicos; - Hipertens&o arterial Hurian Machado — Odontologia UNIG * Fatores locais: - Trismo; - Neoplasias malignas; - Areas irradiadas. Em paciente que fizeram radioterapia na regido da cabeca e pescogo, nao fazer exodontia, mesmo depois de muito tempo, pois pode causar necrose dssea_ no local da _extragdo (osteorddionecrose). Avaliagie Pré-Operatéria - Anamnese; - Exame fisico; - Exame radiografico. Tecniow dav Exedontia Sityples - Pré-operatério; - Montagem da mesa cirtirgica; - Preparo do paciente; Anestesia; - Técnica da exodontia; - Sutura (pontos mais utilizados: simples, U e X); - Orientacdes. Prepare do Paciente 1, Posicionar o paciente; 2. Fazer a antissepsia intra-oral com clorexidina a 0,12% (bochecho) e extra- oral com clorexidina a 2% ou alcool 70%; 3. Colocar o campo cirtirgico. Téeniow Evsdention Técnica fechada (sem retalho e astectomia). 1. Sindesmotomia (deslocamento) Deslocamento amplo da gengiva, expondo o colo dentério e alvéolo, possibilitando de maneira correta a aplicacao do forceps. £ feita a divulsio. * Instrumentos. - Descolador de peridsteo do tipo Molt; = Sindesmétomo; - Descolador de Free. 2. Luxagéo/Avulséo E conseguida através do rompimento das fibras do ligamento periodontal e da dilataco das paredes alveolares © Instrumentos. + Forceps; - Alavanca. 3. Curetagem Fricgdo do alvéolo. © Instrumental: Cureta de Lucas. 4, Verificaco de espiculas dsseas * Instrumental: Pinca Goiva e lima para osso. 5. Inrigagdo = Deve ser abundante, com liquido estéril na ferida cirargica ~ O objetivo da irrigacao é evitar a infeccao. 6. Manobra de Chompret Consiste em apertar 0 osso que expandiu 7. Curativo compressive Hurian Machado — Odontologia UNIG Tipoy de Forceps 150: de pré-molar a pré-molar superior; 151: de pré-molar a pré-molar inferior; 18R: molares superiores direito; 18L: molares superiores esquerdo; 17: molares inferiores; 16 ou 23: para molares inferiores com coroa destruida; ‘#69: raizes superiores e inferiores. Mevimentey de Luxacie dey Dewtey 1. Apical Movimento em direcdo ao dpice do dente. | 2. Oscilatérios Movimento vestibulo-lingual/palatina. Uy 3. Rotatérios Girar no préprio eixo. Esse movimento é feito somente em dentes unirradiculares, y J 22 4. Avulso \y Anatomia dev Taloun Osgen © Maxila A tdbua dssea vestibular é mais fina em todos os dentes da maxila, © Mandibula A tébua éssea vestibular é mais fina de pré- molar a pré-molar e nos molares a tébua dssea lingual € mais fina. Alavaneay: Principiey do User - Deve-se inserir a alavanca no espago do ligamento periodontal; - Evitar o dente vizinho como apoio. ‘* Movimentos feitos pelas alavancas: 1. Alavanca 2. Rodae eixo Tt Hurian Machado — Odontologia UNIG 3. Cunha Acidentey So as intercorréncias que ocorrem durante 0 ato cirdirgico (trans-operatério), Compolicacéey So aquelas que ocorrem apés 0 ato cirtirgico (p6s-operatorio). Principaiy Cuidadey Preventwoy 1, Conhecer as complicagées; 2. Exames pré-operatorios; 3. Avaliar capacitagao técnica; 4, Planejamento cirtirgico; 5. Instrumentos adequados; 6. Respeitar cadeia asséptica Principaiy Acidemtes © Fratura de raiz Fotores que focilitam a fraturo: - Raiz fina e longa; - Dilaceragao radicular (raiz curva); + Fora excessiva. Tratamento de escolha: Remover o fragmento utilizando 0 préprio forceps (deve-se descolar 0 tecido + osteotomia) ou limas endodénticas, Situacdes onde pode-se deixar o fragmento: - Fragmento radicular menor que Smm; - © dente envolvido deve estar livre de infeccao, A fratura de raiz 6 0 acidente mais comum durante as exodontias. * Lesdes nos tecidos moles Podem ocorrer na pele (extra-oral) e na ‘mucosa (intra-oral). Causadores: - Afastadores; - Forceps; ~ Brocas; - Alavancas, Tratamento de escolha: - Na pele: pomada antibistica (ex: Nebacetin); + Na boca: pomada a base de corticoide (ex: Omcilon-A), '* Fratura de instrumento Nunca introduzir a agulha completamente durante uma anestesia, pois existe o risco de fratura. E se houver fratura do instrumental, 0 ideal é remover. A técnica de bloqueio do nervo alveolar inferior & a técnica mais susceptivel a fratura da agulha. Hurian Machado — Odontologia UNIG ‘© Danoanervos Nervos mais susceptiveis a serem lesados: = N. Lingual; - N. Alveolar inferior; = N, Mentoniano, 1. Neuroproxia Ocorre quando encosta no nervo. Retorna a fungo normal em 3 meses. 2, Axonotmese corre quando 0 nervo é puxado. Retorna a fungdo normal em até 6 meses. 3. Neurotmese Ocorre quando o nervo é rompido. & irreversivel. '* Deslocamento de dente ou raiz © dente ou a raiz podem se deslocar para dentro do seio maxilar. Dentes que tém relacdo com 0 seio maxilar: = Do 19 Pré-Molar Superior até 0 3° Molar Superior. OBS: 0 12 Molar Superior é © dente mais préximo do seio maxilar; O 3 Molar Superior incluso € © Unico dente no qual pode ser alojado totalmente dentro do seio maxilar. 24 Tratamento de escolha: © ideal & remover imediatamente apds o acidente. Caso ndo seja possivel, deve-se suturar, medicare encaminhar para fazer a remogio. Para fazer a remogao, deve-se fazer © acesso cirtirgico ao seio maxilar, chamado de Acesso de Caldwell-Luc. 1, Anestesiar 0 nervo infraorbitario; 2. Incisdo reta na altura dos dpices dos dentes, que se estende da distal do canino até os molares; 3. Feita a inciséo, devese fazer o descolamento e iniciar a osteotomia acima do pice dos pré-molares; 4, Retirar a raiz/dente; 5, No final, deve-se reposicionar o tecido e prescrever antibidticos. ‘ea avalate forantrestomy alr ute The Caldwell-Luc Operation '* Comunicagao bucossinusal - Ocorre quando o dente sai na extracSo, porém juntamente com o dente, vem um pedaco do osso, comunicando a boca com o seio maxilar. = Dente mais susceptivel: 12 Molar Superior. a) Pequena comunicacéo (até 3mm) - Limitada a regido apical; - Deve-se suturar e receitar antibidtico; - Acompanhar a cicatrizacao alveolar. Hurian Machado — Odontologia UNIG b) Grande comunicagao (mais de 3mm) - Deve-se fazer a coaptacgo (unir) das bordas da ferida, através da Técnica de Retalho Vestibular, que consiste em: 1, Fazer duas incisdes paralelas; 2. Coaptacéo; 3. Sutura. - Receitar antibidtico, Para realizar 0 diagnéstico de comunicacao bucossinusal, deve-se realizar a Manobra de Valsalva. Consiste em soprar 0 ar pelo nari. © Fratura de mandibula - Pode ocorrer durante a exodontia de dentes posteriores na mandibula. = O dente mais comum de causar fraturas de mandibula é 0 3° Molar Inferior; ~ A fratura pode correr durante a utilizagdo da alavanca. Tratamento de escolha: - Reduco incruenta (barra de Erick); - Reduco cruenta. Principaiy Complicaciey '* Infecgées restritas ao alvéolo (alveolite) - Dor latejante 3 a4 dias apés a exodontia; = Odor fétido; - Alvéolo vazio e seco. Pacientes: mandibul alveolite. fumantes + cirurgia. na paciente mais susceptivel a ter Tratamento: - Irrigagao sob presso em grande quantidade, utilizando soro fisiolégico + seringa com agulha. - Receitar antibidtico, Prevencio: - Respeitar a cadeia asséptica; ~ Antissepsia no pré, trans € pés-operatério com clorexidina. * Hemorragias Ocorre pois 0 codgulo no se formou adequadamente, Tratamento: - Anestesia; - Remover sutura; - Remover codgulo com irrigacdo e curetagem; - Suturar novamente. Referénciay: * Material de apoio cedido pelos professores da disciplina; Livro: Hupp JR. Cirurgia Oral e Maxilofacial contempordnea. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008, 52 ed. Livro: Malamed SF. Manual de Anestesia Local. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013, 6? ed. Recade para vect que adquirin essa apestila. Caso tenha alguma duvida, entre em contato comigo ou tire essa duvida com algum professor. Talvez possa ter coisas diferentes da forma que vocé aprendeu, mas isso ndo quer dizer necessariamente que eu ou vocé estejamos errados. Professores e autores tém diferentes pontos de vista as vezes. Essa apostila no pode ser vendida por terceiros € nem plagiada. Plagio € crime de violag3o aos direitos autorais no Art. 184. Obrigado e bons estudos! @ E-mail para contato: [email protected] Hurian Machado ‘Ah, se por acaso vocé postar algum story no Instagram estudando por essa apostila, me marca para que eu reposte :) # Instagram: @DOUTOR_SORRISO — Odontologia UNIG 26

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