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Ebd - Louvor e Adoração 2º Trimestre

O documento discute a importância da comunhão com Deus para os cristãos, destacando que os verdadeiros crentes amam a Deus acima de tudo e anseiam por sua presença. A comunhão com Deus deve estar acima de qualquer outro relacionamento.

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Ebd - Louvor e Adoração 2º Trimestre

O documento discute a importância da comunhão com Deus para os cristãos, destacando que os verdadeiros crentes amam a Deus acima de tudo e anseiam por sua presença. A comunhão com Deus deve estar acima de qualquer outro relacionamento.

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ESCOLA BÍBLICA

DOMINICAL
Ministério de Louvor e Adoração

Segundo Trimestre 2023


Por: José Roberto Lopes Leão
Coordenador da EBD - INVP

Apostila do Professor
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - INVP
ESCOLA DE LOUVOR E ADORAÇÃO
2º TRIMESTRE 2023

Texto Bíblico Básico:


Domingo, 02 de abril.
“Louvai ao Senhor com
Tema: O louvor que chega ao Trono da Graça. harpa, cantai a ele com
saltério de dez cordas.
Verdade Prática: Cantai-lhe um cântico
novo; tocai bem e com
O Cristianismo é uma comunidade de louvor —
júbilo” (Sl 33.2,3).
expressa, através da arte musical, o que Deus operou
em nossa vida.

Leitura Bíblica em classe: Salmos 33.1-14.


Interação: Professor, para aguçar a curiosidade de seus alunos, questione-os sobre o
significado da palavra “Haleluia”. Depois de ouvir as respostas, informe-os que o termo
procede do hebraico halal, “louvor”, “júbilo”, e da contração, Yah, do nome sagrado
Yahweh, traduzido “já” em algumas versões do Sl 68.4. Literalmente significa
“Louvemos a Yâh (Já)” ou “Louvemos ao Senhor”. O modo imperativo, “louvemos”, é
um convite litúrgico para celebrarmos o glorioso nome do Senhor nosso Deus.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
• Explicar o sentido de “cântico congregacional”.
• Descrever os fundamentos da música sacra.
• Distinguir liturgia de formalismo.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, cada aluno é singular e aprende de modo específico. Os educandos
mais analíticos aprendem quando a lição e minuciosamente exposta. Os mais dinâmicos
prendem através de atividades que os desafiem a descobrir novos conceitos.
Os interativos aprendem ao interagirem com o grupo e quando são estimulados por uma
situação concreta. Por fim, os pragmáticos aprendem quando executam uma atividade

2
relacionada à lição. Por conseguinte, o professor deve ser um facilitador da aprendizagem,
possibilitando, por meio de variados métodos, diversas situações de aprendizagem.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Música: Arte e ciência de combinar os sons de modo agradável.
Entoar louvores a Deus também faz parte das disciplinas da vida cristã. Aliás, o maior
livro das Sagradas Escrituras é o de Salmos. No Saltério Hebreu, Davi, Asafe, Salomão,
Moisés, os filhos de Jedutum e os de Corá, enaltecem sublime e altissonantemente o Deus
de Israel. Quer lhe cantando os atributos, quer lhe cantando as obras, deixam mui claro
que não há Deus como o de Israel.
I. O QUE É O CÂNTICO CONGREGACIONAL
Neste tópico, entraremos a ver duas coisas: a música sacra e o cântico congregacional.
1. A música sacra. É a arte que, dispondo das ciências musicais e acústicas, das cordas
vocais e de instrumentos músicos, tem por objetivo primacial enaltecer a Deus como o
Criador e Mantenedor de todas as coisas através da harmonia, melodia e ritmo (1Cr 16.23;
Sl 96.1). Jubal foi o primeiro ser humano a interessar-se pela arte musical (Gn 4.21).
2. O cântico congregacional. É a participação de toda a congregação dos fiéis nos hinos
em louvor ao Todo-Poderoso. O cântico congregacional teve início com o rei Davi,
segundo podemos depreender, da história do Filho de Jessé; atinge, porém, o auge no
reinado de Salomão. O primeiro organizou os músicos e cantores em turnos e corais (1Cr
23.1-26.32); o segundo sustentou-os, a fim de que o culto a Jeová fosse coroado de glória
e divino resplendor (2Cr 5.12-14).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A música sacra e o cântico congregacional são dois elementos indispensáveis na liturgia
do culto cristão.
II. OS FUNDAMENTOS DA MÚSICA SACRA
1. O preparo teológico dos músicos e compositores bíblicos. Os compositores bíblicos
foram notáveis teólogos. Autor do Salmo 90, foi Moisés o legislador dos hebreus e o
maior profeta do Antigo Testamento (Dt 34.10). Quanto a Davi, considerado profeta do
Senhor, compôs a maioria dos salmos (At 2.29,30). Já Salomão, seu filho, celebrado pelo
mesmo Deus como o mais sábio dos homens, além de compor os cantares, os provérbios
e o Eclesiastes, deixou-nos um belíssimo salmo (Sl 127; Pv 1.1).
No Salmo 73, Asafe louva ao Senhor tratando de um dificílimo problema existencial:
“Por que sofrem os justos”. Jeremias, por seu turno, inspirado pelo Espírito Santo, cantou
as tristezas e desditas da Cidade Santa. E os poemas de Isaías e de Habacuque? O primeiro
cantou os sofrimentos do Messias, retratando lhe o ministério com vivas cores. Como não
chorar ante o capítulo 53 de seu livro? Já o segundo mostra a alegria que deve acompanhar
o servo de Deus nas adversidades e tribulações.
2. Qualificações de um músico verdadeiramente cristão. De um músico sacro exige-
se não somente a arte, mas principalmente a correção doutrinária; ele é o teólogo que
3
verseja o conhecimento bíblico. Com singular habilidade, harmoniza e ritma a verdadeira
teologia. Aliás, parte da hinódia cristã foi composta por doutores nas Escrituras como
Ambrósio, Martinho Lutero e Charles Wesley.
Infelizmente, com o esfriamento do amor à Palavra de Deus, a música sacra é logo
substituída por arremedos melódicos e heréticos.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Aos músicos e compositores bíblicos exige-se não somente a arte, mas principalmente
correção doutrinária, pois eles, à semelhança de Davi, são também teólogos.
III. A MÚSICA NO CRISTIANISMO PRIMITIVO
A Igreja de Cristo, desde o seu nascedouro, compreendeu perfeitamente a função da
música em sua liturgia.
1. O exemplo do próprio Cristo (Mt 26.30). Na noite de sua paixão, o Senhor Jesus
cantou um hino, mostrando que, mesmo nos momentos mais difíceis e lutuosos é possível
entoar louvores ao Pai Celeste. Que hino era aquele? Provavelmente um dos salmos
messiânicos de Davi. O Salmo 22? Um dos hinos pascais? Embora não o saibamos, de
uma coisa temos absoluta certeza. Jesus ensina-nos que a música, autenticamente sacra,
faz parte de nossas disciplinas espirituais; por intermédio destas, edificamos o nosso
caráter e fortalecemos a nossa fé.
2. A doutrina litúrgica de Paulo. Algumas vezes, confundimos liturgia com formalismo.
Entre ambos, contudo, há abismais diferenças. Liturgia é o culto público que prestamos a
Deus; formalismo, o culto que, embora belo, é destituído de seu real valor. Voltemos ao
Novo Testamento. Sua liturgia era mui singela; entretanto, carregada de significados.
Quando nos reunimos, um tem salmo, outro apresenta cânticos espirituais e ainda outro,
a doutrina cristã. E os dons espirituais? Este manifesta-se em línguas estranhas; aquele as
interpreta. Este traz a revelação; aquele a palavra da ciência. Este a cura divina; aquele as
maravilhas. Eis uma reunião verdadeiramente pentecostal.
Aliás, o apóstolo Paulo, à semelhança do Senhor Jesus, utilizava-se também, em suas
devoções, a música sacra. Quando encarcerado em Filipos, de tal forma cantou
juntamente com Silas, que o seu louvor a Deus veio a abalar os alicerces da prisão (At
16.25-31).
Tem você cantado ao Senhor?

SINOPSE DO TÓPICO (III)


Liturgia é o culto público que prestamos a Deus, enquanto o formalismo é o culto que,
embora belo, é destituído de seu real valor.

4
CONCLUSÃO
É urgente voltarmos à música sacra. Deus merece (e reivindica) uma música de
excelência.
VOCABULÁRIO
Abismal: Grande distância ou diferença.
Altissonante: Que soa muito alto.
Arremedo: Imitação ridícula ou grosseira.
Definhar: Consumir-se pouco a pouco; extenuar-se.
Desdita: Falta de dita; infelicidade, desventura.

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - INVP
ESCOLA DE LOUVOR E ADORAÇÃO
2º TRIMESTRE 2023

Domingo, 09 de abril.
Tema: “Comunhão com Deus”.
Trabalhando em busca de perfeição.
Texto Áureo:
“A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei
ante a face de Deus?” (Sl 42.2).
Verdade Prática: O verdadeiro crente ama a Deus acima de tudo, porque Deus o amou
com um amor eterno, concedendo-lhe a graça divina em seu Filho.

Leitura Bíblica em Sala:


INTERAÇÃO
Salmos 42.1-5. Professor, a comunhão cristã possui dois
1 — Como o cervo brama pelas correntes lados: com os nossos irmãos e com a
das águas, assim suspira a minha alma por Trindade (1Jo 1.3; 4.20). Todavia, devemos
ti, ó Deus! dar a Deus a primazia em nossos
2 — A minha alma tem sede de Deus, do relacionamentos. A comunhão com Deus
Deus vivo; quando entrarei e me deve estar acima de tudo e de todos.
apresentarei ante a face de Deus? Portanto, seja disciplinado e devote sua vida
3 — As minhas lágrimas servem-me de primeiramente a Deus. Incentive os seus
mantimento de dia e de noite, porquanto me alunos para que façam o mesmo (Lc 10.27).
dizem constantemente: Onde está o teu Excelente aula!
Deus?
4 — Quando me lembro disto, dentro de
mim derramo a minha alma; pois eu havia
ido com a multidão; fui com eles à Casa de
Deus, com voz de alegria e louvor, com a
multidão que festejava.
5 — Por que estás abatida, ó minha alma,
e por que te perturbas em mim? Espera em
Deus, pois ainda o louvarei na salvação da
sua presença.

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OBJETIVOS
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a: Professor, o vocábulo comunhão, do grego
koinōnia, não significa apenas “associação” ou
• Descrever a comunhão dos “fraternidade”, mas “relacionamento íntimo”.
santos. Na Primeira Epístola de João encontramos a
• Explicar porque a alma humana expressão “a nossa comunhão (koinōnia) é com
anseia por Deus. o Pai e com seu Filho Jesus Cristo” (1.3). É
• Buscar a presença de Deus. preciso observar que o termo koinōnia não é
usado no Evangelho de João, no entanto, o
apóstolo prefere a palavra grega ginōskō, isto é,
“conhecer”. Porém, o sentido não se refere ao
conhecimento por vias intelectuais, mas à
intimidade com a coisa conhecida, refletindo o
sentido de koinōnia (Jo 15.15; 17.26). A
comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo
é o supremo bem que anela a alma do crente
regenerado. Use o gráfico abaixo para ilustrar
essa verdade.

COMUNHÃO CRISTÃ COM DEUS (1Jo 1.3) MEIOS DE COMUNHÃO COM A


Pai (1Jo 1.6) TRINDADE
Filho (1Co 1.9) A Escritura (Sl 119.33-35)
Espírito Santo (2Co 13.13; Fp 2.1) Adoração (At 16.25,26)
Oração (Mt 6.9-13)

INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Anelo: Aspiração ardente da alma pela presença benfazeja do Senhor.
Norman Snaith, comentando o Salmo 42, realça quão inefável é a comunhão que
desfrutamos com o Senhor: “O homem que já experimentou a alegria da comunhão com
Deus, não estará apático quanto às oportunidades de renovar, com Ele, a sua intimidade,
quer em suas devoções particulares, quer nas adorações públicas. Esse homem
simplesmente não consegue ficar longe de Deus. Sua alma sedenta haverá de o impelir
sempre à presença do Pai Celeste”.
Assim também diria William Bates, escritor puritano do século XVII. Ao discorrer sobre
a intimidade entre a nossa alma e o Supremo Ser, descreve ele a alegria que lhe ia na
alma: “A comunhão com Deus é o princípio do céu”.
I. O QUE É A COMUNHÃO COM DEUS?
Tem você sede de Deus? Anela por sua presença? Suspira por seus átrios? Anseia
aprofundar com Ele a sua comunhão? Aliás, sabe você o que é, realmente, a comunhão
com Deus?

7
1. Definição. A comunhão com Deus é a intimidade que o crente, mediante a obra
redentora de Cristo e por intermédio da ação do Espírito Santo, desfruta com o Pai
Celeste, e que o leva a usufruir de uma vida espiritual plena e abundante (Rm 5.1; 2Co
13.13).
Andar com Deus é o mais perfeito sinônimo de comunhão com o Pai Celeste. Tão
profunda era a comunhão de Enoque com o Senhor, que o mesmo Senhor, um dia, o
tomou para si (Gn 5.24). Andar com Deus significa, ainda, ter uma vida como a de Eliseu
que, por onde quer que fosse, era de imediato reconhecido como homem de Deus (2Rs
4.9). Comunhão com Deus é ser chamado de amigo pelo próprio Deus (Is 41.8).
2. A comunhão com Deus é uma disciplina consoladora. Apesar de seus grandes e
lancinantes sofrimentos, Jó sempre se refugiava na comunhão com o seu Deus (Jó 19.25).
Suas perdas eram grandes; aos olhos humanos, irreparáveis. Todavia, confiava ele nas
providências de um Deus de quem era íntimo. Até parece que Willard Cantelon, autor de
imortais devoções, inspirou-se na experiência de Jó, quando escreveu: “Posso suportar a
perda de todas as coisas, exceto do toque de Deus na minha vida”.
SINOPSE DO TÓPICO (I):
A comunhão com Deus é a intimidade que o crente possui com o Pai, mediante a obra
redentora de Cristo e da ação do Espírito Santo.

II. A ALMA HUMANA ANSEIA PELOS ÁTRIOS DE DEUS.


O ser humano não é o resultado de um processo evolutivo; é a plenitude de um ato
criativo de Deus (Gn 1.26). Se fomos criados por Deus, nossa alma, logicamente, aflige-
se por Deus; anseia por seus átrios. E só haveremos de descansar, quando em Deus
repousarmos (Sl 42.11). E se nos alongarmos do Criador? O vazio passa a ser a única
realidade de nosso ser.
1. O vazio humano. Billy Graham visitava, certa vez, uma universidade norte-americana,
quando perguntou ao reitor: “Qual o maior problema que o senhor enfrenta com os seus
alunos”. O educador respondeu-lhe: “Vazio. Há um vazio muito grande de Deus em seus
corações”. Como preencher este vazio?
Buscando preencher o vazio de sua alma, vagueia o homem pelo álcool, transita pelas
drogas e erra pelos devaneios da carne. Depois de toda essa busca, conclui: “Não tenho
neles prazer” (Ec 12.1 — ARA). Mas o que aceita a Cristo, experimenta uma vida
abundante e inefável (Jo 4.14).
2. A plenitude da comunhão divina. Sabia o salmista que somente em Deus
encontramos a razão de nossa existência e a satisfação plena de nossa alma. Eis por que
deixa emanar de seus lábios este lamento: “Por que estás abatida, ó minha alma? E por
que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei. Ele é a salvação
da minha face e Deus meu” (Sl 43.5).
John Bunyan, em O Peregrino, descreve a angústia da alma em sua jornada à Jerusalém
Celeste. Quanto mais caminha, mais falta do Senhor vai sentindo até que, ao longe, avista
a ditosa cidade, onde se encontra o amante de sua alma — Jesus Cristo.

8
SINOPSE DO TÓPICO (II):
Somente a presença de Deus no coração dos homens poderá preencher o vazio da alma
humana.
III. O DEUS DE NOSSA COMUNHÃO.
Afinal, por qual Deus anseia a nossa alma? Pelo Deus teologicamente correto que se
acomoda a todas as religiões e credos? Ou pelo Deus único e verdadeiro que se revelou a
si mesmo por intermédio de nosso Senhor?
1. O Deus onipotente. O Deus pelo qual suspira a nossa alma pode todas as coisas; para
Ele inexiste o impossível (Gn 17.1; Lc 1.37). Entretanto, há um grupo de teólogos
modernos que, menosprezando as Sagradas Escrituras, ensinam: Deus na verdade é
poderoso, mas não pode ser considerado Todo-Poderoso. Assim eles argumentam: “Fora
Ele realmente poderoso e tudo soubesse, certamente evitaria as tragédias que tanto
infelicitam a humanidade”. Será que esses falsos doutores desconhecem a soberania de
Deus? Se Ele permite determinados males, não nos cabe questionar-lhe as razões. De uma
coisa, porém, estou certo: todos os seus atos são movidos pelo mais puro, elevado e
sublime amor.
2. O Deus onisciente. O Deus, a quem tanto amamos, sabe todas as coisas; tudo lhe é
patente. No Salmo 139, o salmista canta-lhe a onisciência, declarando que Ele nos
conhece profundamente; esquadrinha nossos mais íntimos pensamentos, e não se
surpreende com nenhuma de nossas ações.
Lecionam, porém, alguns dos sectários do Teísmo Aberto: “Deus, às vezes, é incapaz de
penetrar nos recônditos de nosso livre-arbítrio, por ser-lhe este um mistério”. Ora, se por
um lado aceitamos o livre-arbítrio; por outro, cremos na soberania divina; esta é
inquestionável. E não será nenhuma “liberdade libertária” que haverá de impedir o nosso
Deus de sondar as mentes e corações (Ap 2.23).
3. O Deus de amor. Se Deus é amor, por que nos sobrevêm aflições, dores e perdas?
Ainda que não tivéssemos resposta alguma a essa pergunta, de uma coisa teríamos
convicção: Ele é amor; somente um Deus que é o mesmo amor, poderia enviar o seu
Unigênito para redimir-nos de nossos pecados (Jo 3.16; 1Jo 4.8). É por esse Deus que
almejamos.
Quando aceitamos a Cristo, cientifica-nos Ele: a jornada ser-nos-á pontilhada de lutas e
aflições, mas conosco estará até à consumação dos séculos (Jo 16.33). O Filho de Deus é
bem claro quanto às aflições que nos aguardam: “Se alguém quer vir após mim, negue-se
a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lc 9.23). Se Ele nos amou com um
amor eterno e sacrificial, por que deixaríamos nós de amá-lo? Oremos: “Cristo, tu sabes
que, apesar de nossas imperfeições e falhas, nós te amamos”. Leia o Salmo 34, e repouse
em cada promessa que você encontrar.
4. O Deus soberano. No epílogo de suas provações, confessa Jó: “Bem sei eu que tudo
podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido” (Jó 42.2). Implicitamente,
estava ele almejando aprofundar a sua comunhão com um Deus, cuja soberania é
inquestionável. Este é o nosso Deus; por Ele nos desfalece a alma.
9
Por conseguinte, não podemos aceitar os falsos mestres e teólogos que, torcendo as
Escrituras Sagradas, emprestam a Satanás uma soberania que pertence exclusivamente a
Deus. Refiro-me àqueles que dizem, por exemplo, que, para Cristo salvar um pecador, é-
lhe necessária a permissão do Diabo. Ora, Cristo jamais foi constrangido a negociar com
Satanás; sua missão é clara. Veio Ele para destruir as obras do Maligno, e foi exatamente
isso que fez na cruz do Calvário (1Jo 3.8). Nada devemos ao Adversário. Adoremos, pois
a Cristo. Mantenhamos com Ele a mais doce e meiga das comunhões. Por esse Deus
maravilhoso, anseia a nossa alma.
SINOPSE DO TÓPICO (III):
O único e verdadeiro Deus pelo qual o ser do crente anela é o Senhor onisciente,
onipresente, de amor e soberano.

CONCLUSÃO
Em suas Confissões, demonstra Agostinho um profundo e incontido anseio por Deus.
Abrindo o coração, suspira: “Quem me dera descansar em ti! Quem me dera viesses ao
meu coração e que o embriagasses, para que eu me esqueça de minhas maldades e me
abrace contigo, meu único bem”. O que evidencia esse anelo? Fomos criados por Deus,
e por Deus ansiamos.
Sua alma tem sede de Deus? Se não o amarmos de todo o coração, jamais poderemos ser
contados entre os seus filhos. Amar a Deus é a essência de nossa vida devocional.

VOCABULÁRIO
Alongar: Pôr distante; afastar, apartar.
Benfazejo: Que faz o bem.
Emanar: Elevar-se voando, evolar, exalar-se.
Inefável: Que não se pode exprimir por palavras;
indizível.
Lancinante: Que lancina ou golpeia.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO PARA O PROFESSOR:


Subsídio Devocional
“Princípios para uma espiritualidade sadia
Além da necessidade de termos uma vida de oração, estudarmos a Palavra de Deus e
reservarmos todos os dias um tempo para buscar ao Senhor e adorá-lo em espírito e em
verdade, acredito ser indispensável observarmos os seguintes pontos para a
implementação do equilíbrio espiritual.
1) Espiritualidade sadia só é possível se somos guiados pelo Espírito Santo (Rm 8.1,14).
2) Não há espiritualidade sadia dissociada da Palavra de Deus. Ela é a nossa única regra
de fé e prática. Por isso, o discurso pode arrepiar você, provocar frenesi, fazer chover,
10
etc., mas se os princípios de vida espiritual se chocam com a Palavra de Deus, sua
espiritualidade é qualquer coisa, menos sadia (Sl 1; 119.107; Mt 7.24-27; Jo 17.17).
3) Uma espiritualidade sadia se apoia em Cristo, nosso Alvo, Autor e Consumador da
nossa fé (Fp 3.12-16; Hb 12.1-3) não em ícones humanos. Grandes homens só são
exemplos enquanto seguirem a Cristo (1Co 11.1; Gl 1.8,9).
4) Espiritualidade sadia não é definida por estatísticas grandiosas. Se fosse assim, o
islamismo, que cresce avassaladoramente em todo o mundo, seria padrão de
espiritualidade sadia. A verdadeira espiritualidade é caracterizada pelo fruto do Espírito,
obras de justiça, segundo o Evangelho de Cristo (Mt 7.21-23) […]”.
APLICAÇÃO PESSOAL
“A minha alma está anelante e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a
minha carne clamam pelo Deus vivo” (Sl 84.2). O verdadeiro anelo da alma do crente
regenerado é Deus! O Senhor é o supremo bem pelo qual anseia o cristão. O intelecto do
cientista deseja o conhecimento (Ec 1.2,18), mas o espírito a Deus (Sl 111.10). A natureza
pecaminosa do hedonista aspira o prazer (Ec 2.1), porém sua alma clama pelo Deus Vivo
(Sl 84.2). A engenhosidade dos construtores almeja novas invenções (Ec 2.4), todavia,
seu espírito anseia por ser coluna no templo de Deus (Ap 3.12). Enfim, não há proveito
nas grandes conquistas e realizações humanas, tudo é “vaidade e aflição de espírito”
(Ec 4.16). O fim último é: “Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é
o dever de todo homem” (Ec 12.13). Portanto, amemos ao Senhor de todo nosso
entendimento e alma.

11
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - INVP
ESCOLA DE LOUVOR E ADORAÇÃO
2º TRIMESTRE 2023

Domingo, 16 de abril.
Tema: Avivamento espiritual — A missão dinâmica da Igreja
Texto Áureo:
“Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e
no Espírito Santo” (1 Ts 1.5).

Verdade Prática:
O avivamento espiritual da igreja deve ser preservado, para que ela prossiga renovada no
Espírito e dinâmica em sua missão na Terra.
Texto Bíblico: 1 Tessalonicenses 1.1-10. Nós, Paulo, Silas e Timóteo, escrevemos esta carta à
igreja em Tessalônica, a vocês que estão em Deus, o Pai,
e no Senhor Jesus Cristo. Que Deus lhes dê graça e paz.
INTERAÇÃO: Sempre damos graças a Deus por todos vocês e os
mencionamos constantemente em nossas orações.
Professor, durante os encontros Quando oramos por vocês diante de nosso Deus e Pai,
dominicais, você e seus alunos, com relembramos seu trabalho fiel, seus atos em amor e sua
certeza irão desfrutar da bendita e firme esperança em nosso Senhor Jesus Cristo.
Sabemos, irmãos, que Deus os ama e os escolheu.
poderosa ação do Espírito Santo sobre Pois, quando lhes apresentamos as boas-novas, não o
suas vidas. Todavia, a chama do fizemos apenas com palavras, mas também com poder,
avivamento deve permanecer visto que o Espírito Santo lhes deu plena certeza de que
brilhante, pois Deus deseja que a era verdade o que lhes dizíamos. E vocês sabem como
nos comportamos entre vocês e em seu favor.
Igreja cumpra sua missão aqui na
Terra integralmente. Um avivamento Assim, apesar do sofrimento que isso lhes trouxe,
genuíno não implica somente em vocês receberam a mensagem com a alegria que vem
bênçãos pessoais para os membros, do Espírito Santo e se tornaram imitadores nossos e do
Senhor.
mas sim em salvação de almas. Com isso, tornaram-se exemplo para todos os irmãos
Através deste a igreja experimenta na Grécia, tanto na Macedônia como na Acaia.
uma unidade maior de fé e propósito Agora, partindo de vocês, a palavra do Senhor tem se
— uma genuína comunhão no espalhado por toda parte, até mesmo além da
Macedônia e da Acaia, pois sua fé em Deus se tornou
Espírito, como na igreja em
conhecida em todo lugar. Não precisamos sequer
Tessalônica. E também no que mencioná-la,
acontece em nossos dias. pois as pessoas têm comentado sobre como vocês nos
acolheram e como deixaram os ídolos a fim de servir
ao Deus vivo e verdadeiro.
Também comentam como vocês esperam do céu a
vinda de Jesus, o Filho de Deus, a quem ele ressuscitou
dos mortos e que nos livrará da ira que está para vir.
(NVT)

12
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
• Descrever as três virtudes do cristianismo.
• Saber que o avivamento é uma intervenção divina na vida da igreja e que esta se
dará até a volta do Senhor.
• Refletir sobre a necessidade de o crente manter-se renovado pelo Espírito Santo
até o arrebatamento da Igreja.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Desenhe a figura e o quadro sugeridos abaixo no quadro. Após, explique que na figura
estão as três grandes virtudes do cristianismo. Depois, leia com a classe as referências do
quadro. Faça um pequeno comentário sobre as mesmas. Então peça que os grupos se
reúnam. Eles terão um minuto para se reunir e três minutos para explicar o que Deus quer
dizer com amor, fé e esperança. Conclua a dinâmica explicando que se vivermos
continuamente na plenitude do Espírito Santo, como Deus deseja, o avivamento será um
estado permanente, gerando fé, amor e esperança.

INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Avivamento: Avivamento é sempre o retorno de algo à sua verdadeira natureza e
propósito.
Atos 17.1-12 relata o início e o crescimento da igreja em Tessalônica, cidade comercial
da Macedônia, na Grécia. Naqueles tempos, houve um grande avivamento espiritual
mediante a pregação da Palavra de Deus (1 Ts 1.5). Foi um movimento do Espírito tão
maravilhoso que serviu de modelo para todas as demais igrejas da região (1 Ts 1.7).
I. A CHAMA DO AVIVAMENTO DA IGREJA TESSALÔNICA (1 Ts 1.1-3)
1. A chama do zelo e do fervor espiritual (v.1). O apóstolo Paulo identifica os
destinatários da epístola como “a igreja dos tessalonicenses”. Ele difere no
endereçamento quando diz “dos tessalonicenses”, e não “aos” tessalonicenses, indicando

13
que aquela igreja tinha identidade própria. Ou seja, desde o seu nascimento, o zelo e o
fervor espiritual daqueles cristãos eram uma marca que os caracterizava.
2. A chama da fé ativa (v.3). Aqui vemos que a igreja creu e desenvolveu uma fé
dinâmica e crescente: “a vossa fé cresce muitíssimo” (2 Ts 1.3). Nesse texto, estão três
grandes virtudes do cristianismo: fé, amor e esperança. A expressão “obra da vossa fé”
(v.3) não se contrapõe à justificação pela fé. Essa “obra” não é um ato de justiça que
justifica o homem diante de Deus (Is 64.6; Ef 2.8,9). Na verdade, a “obra da fé” se refere
ao desempenho espiritual do cristão, pela fé, depois de salvo.
3. A chama do amor em ação. “Trabalho do vosso amor” (v.3). Não se trata de amor
filantrópico, mas do amor gerado pelo Espírito Santo, como “fruto do Espírito” (Gl 5.22).
Não é apenas de “um ato de amor”, mas do trabalho contínuo a favor do evangelho de
Cristo.
4. A chama da esperança. A frase “paciência da esperança” (v.3) tem a ver literalmente
com: “resistência, constância ou perseverança da esperança”. Só tem essa esperança quem
sabe esperar em Deus. Aquela igreja enfrentou perseguições e adversidades, no entanto,
o apóstolo a elogia pela capacidade que teve em manter acesa a chama da esperança. É
nas adversidades que devemos manter a esperança, pois temos realmente o que esperar,
segundo as promessas de Deus: “Fiel é o que prometeu” (Hb 10.23).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Os crentes da igreja de Tessalônica adquiriram qualidades importantes para a vida
espiritual, a saber: tiveram a fé fortalecida na tribulação (cf. 1.6); viveram a prática do
amor cristão (cf. 1 Ts 3.6); experimentaram a “paciência da esperança”.
II. MANTENDO A CHAMA DO AVIVAMENTO ACESA
1. A chama inicial deve permanecer acesa (1 Ts 2.1). Afirma o apóstolo: “bem sabeis
que a nossa entrada para convosco não foi vã”. Ele queria saber do resultado de todo
trabalho pioneiro que ali fora realizado com muito sacrifício. Graças a Deus, o trabalho
realizado não tinha sido inútil. O resultado era patente na vida daqueles irmãos. A igreja
precisa manter acesa a chama do “primeiro amor”.
2. A chama da pregação precisa ser reavivada (1 Ts 2.13). O evangelho tem sido
pregado com abnegação e fervor? Lamentavelmente, o que mais se vê são pregadores e
mestres presunçosos, vaidosos, gananciosos e trapaceiros, que apesar de na aparência não
demonstrarem nada disso, revelam-se nas atitudes. Aquele espírito amoroso e sacrificial
que deve permear a mente e o coração dos pregadores, parece ter desaparecido. O
evangelho como Paulo pregava era eficaz. A mensagem que aqueles crentes recebiam era
a própria Palavra de Deus (v.13). Por isso, tornavam-se imitadores das igrejas de Deus
(v.14). No versículo 20, Paulo fala de sua alegria pelos frutos resultantes de seu ministério
para Deus, pois a igreja de Tessalônica era, de fato, a sua glória e alegria, na presença de
Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Quando a Igreja mantém acesa a chama do primeiro amor, os crentes são conduzidos à
evangelização, produzindo muitos frutos.

14
III. A CHAMA DO AVIVAMENTO E A VOLTA DO SENHOR (1 Ts 4.13-18)
1. A chama da pureza moral (1 Ts 4.1-12). Paulo sabia que, enquanto a Igreja aqui
estivesse, seus membros estariam sujeitos às tentações e pecados na sua vida cotidiana.
Por isso, no texto bíblico acima mencionado, três coisas da vida do crente são tratadas
pelo apóstolo: a pureza moral (vv.1-8), o amor fraternal (vv.9,10) e o trabalho honesto
(vv.11,12). Quanto à pureza moral, fala da maldita realidade da prostituição em suas
várias formas. Esse tipo de pecado da sociedade deve ser totalmente rejeitado por um
crente que ama ao Senhor (1 Ts 4.1,2). O “amor fraternal” é o tipo de relacionamento que
deve ser cultivado pelo cristão (1 Ts 4.9,10). Sobre a prática do trabalho honesto, devemos
evitar atitudes que desabonem nossa conduta ou que representem engano, negligência e
irresponsabilidade em nossas atividades diárias, sejam elas quais forem (1 Ts 4.11,12).
2. Corrigindo conceitos equivocados (4.13). Paulo soubera que entre os cristãos de
Tessalônica propagavam-se equívocos doutrinários referentes à situação dos mortos em
Cristo e acerca da volta do Senhor. A liderança da igreja tem a responsabilidade de
esclarecer doutrinariamente os enganos dos crentes, bem como seu desconhecimento das
doutrinas vitais da Bíblia. Foi justamente o que Paulo fez: “Não quero que sejais
ignorantes acerca dos que dormem” (v.13).
3. A verdade acerca do estado dos mortos (1 Ts 4.14-17). A Bíblia ensina que, num
determinado momento da sua vinda, o Senhor voltará apenas para a sua Igreja, constituída
pelos vivos e pelos mortos em Cristo. Nesta fase, Jesus virá até as nuvens, e ouvida a voz
de convocação para os santos (v.16), os “mortos em Cristo” ressuscitarão primeiro, e num
“abrir e fechar de olhos” (1 Co 15.51), subirão ao encontro do Senhor nos ares. Os vivos
ouvirão, em seguida, a chamada do Senhor, e já transformados do seu estado material
para o espiritual, subirão ao encontro do Senhor, juntamente com os que foram
ressuscitados (v.17).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A Igreja avivada espera, a qualquer momento, a volta de Jesus em santidade, pois sem
santificação ninguém verá o Senhor. Somente os santos serão arrebatados.
Subsídio para o professor: Explique sobre o que está acontecendo na Universidade em
Asbury nos Estados Unidos da América: https://www.gospelprime.com.br/reportagem-
visita-asbury-em-movimento-considerado-de-avivamento/

CONCLUSÃO
Nesta lição, destacamos o fato de que todos os valores doutrinários da Bíblia continuam
tão atuais quanto foram no passado. O papel da Igreja, hoje, é manter acesa a chama do
avivamento espiritual para preservar os ensinos e valores bíblicos.

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - INVP
ESCOLA DE LOUVOR E ADORAÇÃO
2º TRIMESTRE 2023

Domingo, 23 de abril.
Tema: Nossas vidas sobre o Altar da Adoração.
Texto Áureo: Levítico 1.1-17
Verdade Prática:
Quando lemos a palavra em Levítico (11:45) vemos que Deus instituiu a figura do levita
para Sua exclusiva adoração. No Novo Testamento essa figura ainda permanecia no
tempo que Jesus de Nazaré vivia. E hoje Deus provê um Caminho (Jesus) para pessoas
pecadoras se aproximarem e viverem na Sua santa presença.

INTRODUÇÃO
Um altar é um lugar de sacrifício, de oferenda a Deus. No Velho Testamento,
encontramos muitos altares, os quais eram feitos de pedra ou de metal. Sobre eles os
adoradores ofertavam animais, cereais, óleo ou vinho. Esses altares foram erguidos em
momentos especiais na vida de pessoas e nações.

1) ALTARES DO VELHO TESTAMENTO


a) O altar de Abel: um altar de adoração. Poucos anos após a criação, Abel ofereceu
sacrifícios a Deus, num ato de culto. Ele reconheceu que o Senhor era digno de
adoração pelo que era – o Todo-Poderoso Criador do céu e da terra. De acordo
com a Bíblia, “com isso provou que era um homem justo, e Deus aprovou as suas
ofertas; e embora há muito esteja morto, ainda fala por meio de seu exemplo” (Hb
11.4).
b) O altar de Noé: um altar de gratidão. A primeira coisa que Noé fez ao sair da
arca foi construir um altar e fazer ofertas a Deus, num gesto de reconhecimento.
Ele e sua família estavam gratos por terem sobrevivido ao dilúvio. Eles
reconheceram a misericórdia de Deus, preservando através deles a vida em todo
o planeta. Por isso, o adoraram. E o Senhor colocou no céu o arco-íris, símbolo
de sua aliança com a humanidade.
c) O altar de Abraão: um altar de fé. Talvez esse seja o altar mais famoso de todo
o Velho Testamento. Num gesto profético – e até messiânico – Abraão sobre ele
colocou Isaque, e quase chegou a sacrificá-lo. Deus impediu o sacrifício do filho
de Abraão…, mas não impediu o sacrifício do seu próprio Filho, que foi entregue

16
por amor a nós! O altar de Abraão foi um altar de fé, pois ele foi o Pai da fé. Ali
ele demonstrou a sua irrestrita confiança no Senhor.
d) O altar de Isaque: um altar de superação. Ainda no livro de Gênesis,
encontramos Isaque, o filho de Abraão, seguindo o exemplo do seu pai. Ele
também construiu altares, e fez isso depois que os filisteus pararam de persegui-
lo. Durante um bom tempo os adversários tentaram intimidá-lo, invejando a sua
prosperidade e entulhando os seus poços. Mas Isaque foi perseverante, e quando
as tribulações haviam sido superadas, adorou ao Senhor.
e) O altar de Jacó: um altar de compromisso. Quem não se lembra da pedra que
Jacó erigiu como coluna, derramando sobre ela o óleo, depois do sonho da escada
que chegava ao céu? Ali, diante daquele altar improvisado, ele fez um voto,
dizendo: “Esta coluna memorial que eu levantei será um lugar de adoração a Deus,
e eu entregarei a Deus a décima parte de tudo que ele me der” (Gn 28.22).
f) O altar do tabernáculo: um altar de comunhão. Construído de acordo com as
ordens de Deus, esse não foi o altar de um homem, mas de toda uma nação. No
altar do tabernáculo – e posteriormente no altar do templo – eram oferecidos
sacrifícios pelos israelitas e por todo Israel. Era um altar de comunhão, ao redor
do qual os adoradores se encontravam, e junto ao qual todos podiam ter um
encontro com o Senhor.
g) O altar de Davi: um altar de conciliação. Davi havia pecado, e, como
consequência, uma praga devastava a terra. Compungido, ele se dirigiu até a eira
de Araúna, comprando-a para ali erguer um altar ao Senhor. O objetivo era reatar
o relacionamento com Deus que se havia rompido. O Senhor aceitou a oferta de
Davi. A praga cessou. E naquele exato lugar Salomão construiu, anos mais tarde,
o Templo de Jerusalém.
h) O altar de Elias: um altar de restauração. Na época do profeta Elias os israelitas
haviam dado as costas para o Senhor. O profeta restaurou o altar, que estava em
ruínas, e ofereceu um sacrifício a Deus. Como resposta, fogo desceu do céu, e
todos exclamaram: “O Senhor é Deus!”. Assim foi restaurado não apenas um altar
de pedras, mas a fé de todo um país.
2) O ALTAR DO CALVÁRIO: O ÚLTIMO ALTAR
Quando chegamos ao Novo Testamento, encontramos um único altar: o último altar, o
altar definitivo, aquele sobre o qual foi oferecido o sacrifício eficaz. Esse altar foi o Monte
Calvário. Ali, segundo a Bíblia, “Cristo de uma vez por todas se manifestou, para
aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo… oferecendo-se uma só vez para levar os
pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação”
(Hb 9.26,28).
Os sacrifícios do Velho Testamento foram apenas símbolos do sacrifício de Jesus Cristo.
É o sangue de Jesus que nos purifica de todo pecado, é pelas suas pisaduras que somos
sarados. É no Calvário que, como Abel, prestamos adoração. É junto à cruz que, como
Noé, podemos expressar a nossa gratidão. Vamos até o Salvador levados pela fé, como
fez Abraão. Como Isaque, vemos que aos pés do Salvador encontramos superação. Como
Jacó, é ali que firmamos o compromisso de tê-lo como nosso Senhor. Pelo sacrifício de
Jesus alcançamos comunhão (como profetizava o altar do tabernáculo), conciliação
(como prefigurava o altar de Davi) e restauração (como anunciava o altar de Elias).

17
Depois que Jesus entregou sua vida por nós no Calvário, não há mais lugar para sacrifícios
ou penitências. A promessa se cumpriu, e suas sombras tornaram-se desnecessárias.
Depois do Calvário, nenhum altar de pedra, metal ou madeira precisa ser erguido. Já não
há espaço para altares materiais. Resta-nos o altar espiritual do céu, e o altar espiritual da
alma. É ali que, “por meio de Jesus, oferecemos um sacrifício constante de louvor a Deus,
o fruto dos lábios que proclamam seu nome” (Hb 13.15).
3) NOSSAS VIDAS SOBRE O ALTAR
Falando sobre esse altar espiritual, o apóstolo Paulo, divinamente inspirado, faz-nos a
seguinte exortação: “Portanto, irmãos, suplico-lhes que entreguem seu corpo a Deus, por
causa de tudo que ele fez por vocês. Que seja um sacrifício vivo e santo, que Deus
considera agradável. Essa é a verdadeira forma de adorá-lo” (Rm 12.1).
Nossas vidas, portanto, devem estar sobre o altar! Mas… o que isso significa?
Nossas vidas sobre o altar significam entrega. Altar é lugar de rendição, de consagração
total. Quando um animal era levado ao altar, dali não saía vivo. Quando cereais eram
levados ao altar, ali eram consumidos pelo fogo. Nossas vidas sobre o altar representam
uma dedicação total, eterna e incondicional ao nosso Deus. A ele pertencemos!
Nossas vidas sobre o altar significam verdade. Viver para Deus é o nosso culto racional,
é a verdadeira forma de adorá-lo. Precisamos ser fora do templo aquilo que declaramos
ser quando estamos nele. Precisamos nos comportar durante a semana da mesma forma
como agimos no domingo. Precisamos viver aquilo que pregamos. O contrário disso é
uma mentira religiosa disfarçada de cristianismo!
Nossas vidas sobre o altar significam proteção. Ainda que para alguns a ideia de se
entregar completamente a Deus possa parecer assustadora, essa é, na verdade, a única
maneira de preservá-la. Quem tenta salvar a própria vida a perde, mas quem a perde por
amor a Deus a salva. Não há lugar mais seguro no universo do que o centro da vontade
de Deus. Estamos guardados se estamos sobre o altar, se nossas almas repousam nas mãos
de Cristo!
CONCLUSÃO
Coloquemos nossas vidas sobre o altar, porque Jesus é digno da nossa confiança e do
nosso amor!
Há uma história que nos ajuda a entender toda essa verdade. Um pequeno índio, depois
de ouvir a pregação do Evangelho, entendeu que precisava dar uma resposta ao amor de
Deus. Ele trouxe até o missionário a sua cuia. O missionário disse: “Isso não serve”. Então
voltou trazendo seu arco e suas flechas. O missionário repetiu: “Isso não serve”. Já sem
saber o que fazer, o indiozinho trouxe o seu cachorro. O missionário falou: “Isso não
serve”. Desesperado, sem saber como expressar a sua gratidão a Deus, o pequeno índio
se colocou de joelhos e começou a chorar. O missionário, então, declarou-lhe com um
sorriso: “Isso serve”.
O que Deus espera de nós é a nossa vida sobre o altar!

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - INVP
ESCOLA DE LOUVOR E ADORAÇÃO
2º TRIMESTRE 2023

Domingo, 30 de abril.
Tema: Amós: Adoração com Justiça
Texto Áureo: “Vos que dilatais o dia mal e vos chegais ao lugar de violência que
cantais ao som do alaúde e inventais para vós instrumentos músicos, como Davi.” (Am
6.3.5.)

Verdade Prática: A profecia de Amós nos ensina que justiça e retidão são elementos
fundamentais para a adoração.
INTERAÇÃO
Professor(a) na lição deste domingo estudaremos o livro de Amos Veremos que o profeta,
pastor e cultivador de figas (11) foi enviado ao seu povo com uma palavra contundente
contra a idolatria que havia se tornado uma ‘praga no meio do povo de Deus. Ele também
fez graves denúncias contra as injustiças sociais. O livro de Amós nos mostra que a
prosperidade de Israel foi à causa da corrupção da nação Infelizmente, algumas pessoas
ainda hoje depois de prosperarem se esquecem do Senhor e das ordenanças da sua
Palavra.
As prédicas de Amós foram precisas e alcançaram o âmago da nação israelita. Contudo,
ele não apenas assinalou o pecado, mas advertiu o povo a buscar o arrependimento, pois
Deus é bom e misericordioso, ‘e se arrepende do mal” (Jl 213).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a) sugerimos que para a aula de hoje você dívida a classe em grupos. Peça que
os grupos façam um resumo com 4 temas principais abordados pelo profeta Amós.
Depois, solicite que apresentem à turma formando um único grupo. Em seguida escreva
no quadro o conteúdo abaixo e discuta com os alunos algumas características especiais
do livro de Amós.
É um grito profético em favor da justiça e da retidão, baseado no caráter de Deus.
Ilustra vividamente quando abominável é para Deus a religião quando divorciada de uma
conduta reta.
É uma confrontação radical e vigorosa entre Amós e o sacerdote Amazias (7.10-17)
Seu estilo audaz e enérgico, reflete a inabalável lealdade do profeta a Deus em usar pessoas
que lhe são tementes ainda que desprovidas de credenciais formais para que proclamem a sua
mensagem numa era de profissionalismo

19
Texto Bíblico:
INTRODUÇÃO
"Sinto imenso desprezo de suas
festas religiosas, não suporto suas O livro de Amós é surpreendentemente atual. Sua
reuniões solenes. profecia condena a idolatria e denuncia as injustiças
Não aceitarei seus holocaustos sociais que às vezes são normatizadas pelo “status
nem suas ofertas de cereal. Não quo” de um determinado grupo social. O mais triste é
darei a mínima atenção para suas saber que o sistema religioso, assim como os demais
melhores ofertas de paz. (político, jurídico e social) podem se mancomunar
Chega de seus ruidosos cânticos de junto à corrupção. Amós não pensou duas vezes em
louvor! Não ouvirei a música de tocar a dedo na ferida de Israel e desafiá-los ao
suas harpas. arrependimento, caso contrário, a nação receberia o
juízo de Deus.
Amós 5:21-23 (NVT) Ele profetizou aproximadamente três décadas antes
da destruição de Israel pelas tropas da Assíria. Ainda
hoje. a voz do profeta continua a ecoar alteando a
bandeira da justiça no estandarte da adoração cristã.
O livro de Amós é conhecido como o livro da justiça
de Deus e nos ensina que a adoração não pode
desassociar-se da retidão e dos princípios bíblicos e
justos” revelados na Palavra de Deus.

A. O PROFETA AMÓS
1. Sua vida. O nome Amós significa ‘carregador de fardos’. Em . alusão ao seu
nome, podemos dizer que sua fala era pesada e a sua palavra, uma carga do
Senhor. Por causa de sua origem humilde o profeta não apresenta seu sobrenome,
indicando que sua família não era conhecida (Am 11). Ele provinha de uma classe
trabalhadora portanto estava acostumado a “carregar fardos” Deus chamou um
homem calejado para uma dura tarefa. Amós permaneceu m soluto em cumprir
sua missão.
2. Foi duro nas denúncias e exortações porque sabia que se o povo não ouvisse suas
palavras o peso do juízo divino derramado sobre Israel seria ainda maior. Ele era
natural de Tecoa (Am 1.1). Essa cidade ficava a uns 20 km ao sul de Jerusalém
junto ao deserto da Judeia. Essa região ficava próxima à estrada que ligava
Jerusalém a Hebrom e Berseba. Foi nessa região que João Batista se levantou
como profeta. Amos foi um profeta sulista que atuou como missionário no Reino
do Norte (Israel). A certeza do chamado divino revestiu o profeta da coragem para
denunciar
3. Um homem simples. Amós fala a partir de sua realidade, por isso se apresenta
como um legitimo representante de uma classe explorada, que não tinha voz nem
vez. Ele era pastor boleiro e cultivador de sicômoros (Am 11: 7:14). Possuía
múltiplos empregos. Era um homem trabalhador que fez questão de identificar sua
origem humilde (Am 7.54 15). Sabia que seu ministério era ratificado, não pela
tradição por trás de um nome, mas pelo chamado divino: Tal como Davi, era
pastor, entretanto, suplementava o seu trabalho cultivando sicômoros (figueiras
bravas). Durante os meses de verão, os pastores mudavam o rebanho para lugares
mais baixos e pegavam serviços paralelos como “boieiro” ou “cultivador de
sicômoros para terem o direito de pastar com seus gados naquelas regiões.
20
Sicômoros era a fruta consumida pelos mais pobres. Os ricos se deliciavam com
o figo comum. O pecado do orgulho combatido por ele, não fazia parte de sua
vida Ele era um homem simples. Joao Crisóstomo ensinou que a humildade é a
raiz a mãe a ama-de-leite, o alicerce o vínculo de todas as virtudes. O cristão deve
expressar a humildade em sua vida, pois Deus se agrada dos simples (SI 24.4).
Israel ensoberbou-se; por isto foi humilhado de modo contrastante, os humildes
são honrados por Deus (Tg 4.10).
4. Um homem preparado. Como pastor, ele passava muito tempo sozinho,
meditando e observando a natureza. As ilustrações utilizadas em suas profecias
foram extraídas da vida diária, indicando a originalidade dos seus pensamentos,
Era leigo no sentido que não havia recebido formação em um estabelecimento
oficial, visto que não tinha estudado nas escolas de profetas. No entanto, não era
um homem ignorante. Embora não tivesse passado por uma educação profética
formal, cie demonstrou muito conhecimento.
Assim como Moisés e Davi, o tempo com o gado lhe proporcionou uma cultura
mental destinada a reflexão Amos demonstrou um grande conheci- mento da lei
de Moisés. Não devemos desprezar as pessoas que não tiveram a oportunidade de
passar por um sistema de formação oficial pois aprendemos com Amos que todos
podem ser usados por Deus, independente da classe social ou do currículo
formativo Deus procura ‘corações piedosos’ e não somente ‘mentes brilhantes’,
pois seu Espirito capacita aqueles que são chamados (Dn 2.21; Tg 1.5).

II – O CONTEXTO HISTÓRICO DE SUA PROFECIA


1º. Período de paz. Amós desenvolveu o seu ministério na época em que Jeroboão II
reinava em Israel, e Uzias, em Judá. Foi um período de grande prosperidade para
ambos os reinos. De acordo com o Antigo Testamento ele foi contemporâneo de
Oseias, Jonas Isaias e Miqueias O clima do governo entre Jeroboão II e Uzias era
amistoso. As nações que poderiam perturbar Israel tinham sido dominadas. A luta
contra a Síria terminou com a vitória de Israel. O rei tinha restabelecido os termos
de Israel Rs 14.25). Os reinos do Norte e Sul expandiram seus territórios de tal
modo que conseguiram recuperar quase todo o território do império dravídico-
salomónico.
Esse período ficou conhecido como a idade de ouro para ambos os reinos. A ideia
de um juízo divino parecia não se adequar as circunstancias daquela época. As
ameaças assírias de Tiglate-Pileser III (745-727 aC) se manifestariam apenas
algum tempo depois. A paz experimentada pelos israelitas lhes trouxe uma
sensação enganosas de segurança, por isto rejeitaram a mensagem de Amós. Que
Deus nos livre das sensações enganosas da vida! Devemos guardar o nosso
coração (Pv 4.23 Jr 17.9) entregando-o a autoridade de Cristo.
2º. Período de prosperidade. A paz política e a expansão territorial conduziram
Israel para um período de prosperidade material. As nações vizinhas eram
tributarias do Norte. As riquezas a afluíam para Israel Os novos ricos perdiam a
paciência com as restrições de trabalho impostas pelas leis do sábado. A vontade
de acumular riquezas se tomou maior do que o anseio de obedecer a Lei do
Senhor. A ganancia tem sido uma fonte de tropeço para multos (1 Tm 6.9.10). Os
pobres não eram tratados de forma justa (Dt 15.11; 24.15). A luxuria dos ricos era
conseguir à custa da opressão e exploração (Am 2.6-8).
21
Os ricos controlavam tudo inclusive o judiciário. As decisões dos tribunais eram
todas favoráveis aos ricos e extremamente opressivas aos pobres, Amós se
levantou contra as injustiças sociais e combateu os sistemas desonestos que
pervertiam o direito dos necessitados. Os homens de sua época estavam tão
contumazes em acumular riquezas que se esqueciam de atentar para a necessidade
de seus irmãos. Lembremo-nos de que o desprezo ao pobre e um grave pecado
diante de Deus (Dt 24.15: Is 3.15).
3º. Paganismo religioso. A força material de Israel contrastava com sua fraqueza
moral. O sumo sacerdote Amacias, por exemplo, era de classe leiga e não provinha
da descendência sacerdotal; tal questão era um grande ultraje a fé verdadeira em
Israel. Quando Amós profetizou que Israel só achava fora do prumo por causa dos
pecados de idolatria e materialismo introduzidos pela casa de Jeroboão (Am 77-
9), Amazias demonstrou que era um ”sacerdote comprado” defendendo os
interesses do rei ao tentar proibi-lo de continuar profetizando (Am 7.12.13).
As leis divinas estavam sendo burladas, a religião tinha se corrompido (Am 7.10-
14), Jeroboão II incentivou a prática dos cultos a fertilidade por meio de um
sistema de adoração ao bezerro de ouro (2 Rs 14.24-25). A adoração a Jeová
permanecia concomitantemente ac paganismo (Os 2.13,16,17). Centros pagãos
foram construídas nas principais cidades do Norte Gilgal Betel, Da Samaria (Am
4.4: 8.14). Alguém precisava combater estes pecados, o por este motivo, Deus
levantou o corajoso Amós.

III – ADORAÇÃO COM JUSTIÇA

1. A mensagem do profeta. O livro de Amos pode ser dividido em duas partes


principais. Na primeira seção situam-se os oráculos que vieram pela palavra (Am
1-6) aqui encontramos juízos entregues para oito nações Damasco, Gaza, Tiro
Edom, Amom, Moabe Judá e Israel (Am 1-2). O profeta apresentou uma série de
discursos de julgamento contra Israel (Am 3-6). As denúncias de Amós partem do
geral para o especifico. Primeiro falou as nações, depois foi especifico em detalhar
os pecados de Israel.
Na segunda seção do seu livro estão as visões (Am 7-9). Para fortalecer sua
intimação, Amós apresentou uma série de símbolos do juízo vindouro (Am 7,8 e
9) e por fim. terminou sua mensagem apresentando a restauração futura de Israel
(Am 9.11-15). Sua profecia confrontou, principalmente as instituições de Israel
ao denunciar os pecados que destruíamos fundamentos sociais, morais e
espirituais da nação. Estamos preparados para pregar uma mensagem de
confronto?
2. Responsabilidade social. Amós encontrou um mau governo em Israel, Oseias seu
contemporâneo, fez denúncias semelhantes (Os 5.1;7.5-7). As instituições de
Israel transformaram a justiça em alosna, uma erva daninha (Am 5.7). Elas
perverteram o direito do próximo. Não aceitavam a repreensão. Aborreciam na
porta aqueles que os repreendiam (Am 5.10). O portão de qualquer cidade era o
lugar onde a justiça era administrada (Dt 22.15). Se um profeta ou juízos
repreendessem, sofreria represálias. Por uma questão de conveniência, muitos se
silenciaram (Am 5.13).

22
Os pobres eram pisados, extorquidos e explorados (Am 510) também eram
rejeitados nos tribunais de justiça (Am 5.12). Seus direitos eram violados (Am
2.7;4.1; 5.11). Amós denunciou a prática do suborno (Am 8.4,6) e cumpriu o seu
papel de responsabilidade social ao denunciar a injustiça. A ira de Deus. na
pregação de Amós era a justiça divina reagindo contra as injustiças humanas.
3. Adoração com justiça. Conforme vimos, apesar dos múltiplos pecados e das
injustiças sociais a adoração nos espaços supostamente “sagrados” continuava de
forma natural. Os “ricos injustos’ gostavam de frequentar os santuários e exibirem
seus sacrifícios sonegando a Deus a verdadeira adoração (Os 8.13; Am 5.22). O
sacrifício desprovido de justiça representava uma transgressão ao Senhor. Os
cultos foram embelezados.com a contratação de levitas Muitos músicos
profissionais que não descendiam da linhagem de Levi foram contratados para
tocar nestes templos. A música oferecida para as pessoas era excelente, enquanto
a adoração sincera a Deus era precária (Am 5.23).
O espetáculo em volta do culto maquiava a superficialidade da adoração. Amós
declarou que a adoração era como “estrepito: um “barulho ensurdecedor” diante
dos ouvidos do Senhor (Am 5.23); Deus não estava aceitando aquela adoração
sincrética, espetaculosa teatral e desprovida de justiça. Os cânticos cultuais
perdem o valor quando não há arrependimento sincero (Am 8.3) A adoração crista
não é apenas um item da liturgia, mas uma prática de vida uma resposta obediente
a Palavra de Deus (Sl 51.17; 119.10; 1 Jo 2.24). Mais do que adorar a Deus
somente com os lábios, adoramos ao Senhor com nossas vidas.

SUBSÍDIO PARA O PROFESSOR:


“O cenário religioso e social de Israel era de total descaso para com as coisas de
Deus. Os sacerdotes se aproveitavam de suas funções para tratar de seus próprios
interesses e se tornarem ricos. Quem tinha dinheiro podia comprar sentenças
judiciais e juízes corruptos usurpando o direito dos mais necessitados: Pai e filho
dormiam com uma mesma prostituta. E todas tinham a certeza de que, se
seguissem os rituais descritos na te de Moises, não precisaram se preocupar com
as vidas pessoais.
A situação em tão séria que Deus deu a Amós uma visão em que apareceu um
prumo, um instrumento com o qual uma parede era medida para que se verificasse
se estava reta ou não. Como prumo, um hábil o construtor poderia ver se a parede
poderia ser aproveitada em uma reforma ou se deveria ser demolida para que outra
fosse colocada em seu lugar. E o prumo de Jeová mostrou que a parede Israel
estava torta.
Essa falta de retidão não era demonstrada apenas na forma como cultuavam, mas
principalmente na forma como os mais abastados tratavam os mais carentes,
exigindo deles tributos e fazendo pouco caso do que a lei ordenava a ajuda aos
pobres (COELHO, Alexandre: DANIEL Silas Rio de Janeiro: CPAD 2012 p. 33).

CONCLUSÃO

23
A justiça social pregada por Amos aponta para a obediência aos princípios da Palavra de
Deus. Devemos lembrar de que os fundamentos da verdadeira religião são constituídos
pela forma como tratamos o próximo. Adoração sem justiça é uma ofensa a Deus. Uma
religião que diz honrar a Deus, mas despreza, explora ou oprime o semelhante e uma
fraude. Amos nos ensina que a verdadeira adoração exige comunhão vertical, com Deus,
e horizontal com o próximo

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - INVP
ESCOLA DE LOUVOR E ADORAÇÃO
2º TRIMESTRE 2023

Domingo, 07 de Maio.
Tema: Amós: Adoração com Justiça
Texto Áureo:
“Vos que dilatais o dia mal e vos chegais ao lugar de violência que cantais ao som do
alaúde e inventais para vós instrumentos músicos, como Davi.” (Am 6.3.5.)
OBJETIVOS
• EXPOR os principais conteúdos apresentados na profecia de Amós:
• COMPREENDER quem foi o profeta Amos, sua origem. trabalho e estilo
profético,
• DEFENDER que a prática da justiça e um elemento insubstituível para a
verdadeira adoração

Verdade Prática: A profecia de Amós nos ensina que justiça e retidão são elementos
fundamentais para a adoração.

INTERAÇÃO
Professor(a) na lição deste domingo estudaremos o livro de Amos. Veremos que o profeta,
pastor e cultivador de figas (11) foi enviado ao seu povo com uma palavra contundente
contra a idolatria que havia se tornado uma ‘praga no meio do povo de Deus. Ele também
fez graves denúncias contra as injustiças sociais. O livro de Amós nos mostra que a
prosperidade de Israel foi à causa da corrupção da nação. Infelizmente, algumas pessoas
ainda hoje depois de prosperarem se esquecem do Senhor e das ordenanças da sua
Palavra.
As prédicas de Amós foram precisas e alcançaram o âmago da nação israelita. Contudo,
ele não apenas assinalou o pecado, mas advertiu o povo a buscar o arrependimento, pois
Deus é bom e misericordioso, ‘e se arrepende do mal” (Jl 213).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a) sugerimos que para a aula de hoje você dívida a classe em grupos. Peça que
os grupos façam um resumo com 4 temas principais abordados pelo profeta Amós.
Depois, solicite que apresentem à turma formando um único grupo. Em seguida escreva
no quadro o conteúdo abaixo e discuta com os alunos algumas características especiais
25
do livro de Amós. (Se for possível, se não, exponha de maneira clara e objetiva o tema
proposto). Da seguinte forma:
✓ É um grito profético em favor da justiça e da retidão, baseado no caráter de Deus;
✓ Ilustra vividamente quando abominável é para Deus a religião quando divorciada
de uma conduta reta;
✓ É uma confrontação radical e vigorosa entre Amós e o sacerdote Amazias (7.10-
17);
✓ Seu estilo audaz e enérgico, reflete a inabalável lealdade do profeta a Deus em
usar pessoas que lhe são tementes ainda que desprovidas de credenciais formais
para que proclamem a sua mensagem numa era de profissionalismo.

Texto Bíblico:
Amós 5.21-23 INTRODUÇÃO:
"Sinto imenso desprezo de suas festas O livro de Amós é surpreendentemente atual.
religiosas, não suporto suas reuniões Sua profecia condena a idolatria e denuncia as
solenes. injustiças sociais que às vezes são normatizadas
Não aceitarei seus holocaustos nem suas pelo “status quo de um determinado grupo
ofertas de cereal. Não darei a mínima
social. O mais triste é saber que o sistema
atenção para suas melhores ofertas de paz.
religioso, assim como os demais (político,
Chega de seus ruidosos cânticos de louvor!
Não ouvirei a música de suas harpas. jurídico e social) podem se mancomunar junto à
(NVT). corrupção. Amós não pensou duas vezes em
tocar a dedo na ferida de Israel e desafiá-los ao
arrependimento, caso contrário, a nação
receberia o juízo de Deus.
Ele profetizou aproximadamente três décadas
antes da destruição de Israel pelas tropas da
Assíria. Ainda hoje. a voz do profeta continua a
ecoar alteando a bandeira da justiça no
estandarte da adoração cristã. O livro de Amós é
conhecido como o livro da justiça de Deus e nos
ensina que a adoração não pode desassociar-se
da retidão e dos princípios bíblicos e justos”
revelados na Palavra de Deus.

I - O PROFETA AMÓS
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1. Sua vida. O nome Amós significa ‘carregador de fardos’. Em . alusão ao seu
nome, podemos dizer que sua fala era pesada e a sua palavra, uma carga do
Senhor. Por causa de sua origem humilde o profeta não apresenta seu sobrenome,
indicando que sua família não era conhecida (Am 11). Ele provinha de uma classe
trabalhadora portanto estava acostumado a “carregar fardos” Deus chamou um
homem calejado para uma dura tarefa. Amós permaneceu m soluto em cumprir
sua missão.
Foi duro nas denúncias e exortações porque sabia que se o povo não ouvisse suas
palavras o peso do juízo divino derramado sobre Israel seria ainda maior. Ele era
natural de Tecoa (Am 1.1). Essa cidade ficava a uns 20 km ao sul de Jerusalém
junto ao deserto da Judeia. Essa região ficava próxima à estrada que ligava
Jerusalém a Hebrom e Berseba. Foi nessa região que João Batista se levantou
como profeta. Amos foi um profeta sulista que atuou como missionário no Reino
do Norte (Israel). A certeza do chamado divino revestiu o profeta da coragem para
denunciar.
2. Um homem simples. Amós fala a partir de sua realidade, por isso se apresenta
como um legitimo representante de uma classe explorada, que não tinha voz nem
vez. Ele era pastor boleiro e cultivador de sicômoros (Am 11: 7:14). Possuía
múltiplos empregos. Era um homem trabalhador que fez questão de identificar sua
origem humilde (Am 7.54 15). Sabia que seu ministério era ratificado, não pela
tradição por trás de um nome, mas pelo chamado divino: Tal como Davi, era
pastor, entretanto, suplementava o seu trabalho cultivando sicômoros (figueiras
bravas). Durante os meses de verão, os pastores mudavam o rebanho para lugares
mais baixos e pegavam serviços paralelos como “boieiro” ou “cultivador de
sicômoros para terem o direito de pastar com seus gados naquelas regiões.
Sicômoros era a fruta consumida pelos mais pobres. Os ricos se deliciavam com
o figo comum. O pecado do orgulho combatido por ele, não fazia parte de sua
vida Ele era um homem simples. Joao Crisóstomo ensinou que a humildade é a
raiz a mãe a ama-de-leite, o alicerce o vínculo de todas as virtudes. O cristão deve
expressar a humildade em sua vida, pois Deus se agrada dos simples (SI 24.4).
Israel ensoberbou-se; por isto foi humilhado de modo contrastante, os humildes
são honrados por Deus (Tg 4.10).
3. Um homem preparado. Como pastor, ele passava muito tempo sozinho,
meditando e observando a natureza. As ilustrações utilizadas em suas profecias
foram extraídas da vida diária, indicando a originalidade dos seus pensamentos,
Era leigo no sentido que não havia recebido formação em um estabelecimento
oficial, visto que não tinha estudado nas escolas de profetas. No entanto, não era
um homem ignorante. Embora não tivesse passado por uma educação profética
formal, cie demonstrou muito conhecimento.
Assim como Moisés e Davi, o tempo com o gado lhe proporcionou uma cultura
mental destinada a reflexão Amos demonstrou um grande conheci- mento da lei
de Moisés. Não devemos desprezar as pessoas que não tiveram a oportunidade de
passar por um sistema de formação oficial pois aprendemos com Amos que todos
podem ser usados por Deus, independente da classe social ou do currículo
formativo Deus procura ‘corações piedosos’ e não somente ‘mentes brilhantes’,
pois seu Espirito capacita aqueles que são chamados (Dn 2.21; Tg 1.5).

27
II - O CONTEXTO HISTÓRICO DE SUA PROFECIA

1. Período de paz. Amós desenvolveu o seu ministério na época em que Jeroboão


II reinava em Israel, e Uzias, em Judá. Foi um período de grande prosperidade
para ambos os reinos. De acordo com o Antigo Testamento ele foi contemporâneo
de Oseias, Jonas Isaias e Miqueias O clima do governo entre Jeroboão II e Uzias
era amistoso. As nações que poderiam perturbar Israel tinham sido dominadas. A
luta contra a Síria terminou com a vitória de Israel. O rei tinha restabelecido os
termos de Israel Rs 14.25). Os reinos do Norte e Sul expandiram seus territórios
de tal modo que conseguiram recuperar quase todo o território do império
davidico-salomónico.
Esse período ficou conhecido como a idade de ouro para ambos os reinos. A ideia
de um juízo divino parecia não se adequar as circunstancias daquela época. As
ameaças assírias de Tiglate-Pileser III (745-727 aC) se manifestariam apenas
algum tempo depois. A paz experimentada pelos israelitas lhes trouxe uma
sensação enganosas de segurança, por isto rejeitaram a mensagem de Amós. Que
Deus nos livre das sensações enganosas da vida! Devemos guardar o nosso
coração (Pv 4.23 Jr 17.9) entregando-o a autoridade de Cristo.

2. Período de prosperidade. A paz política e a expansão territorial conduziram


Israel para um período de prosperidade material. As nações vizinhas eram
tributarias do Norte. As riquezas a afluíam para Israel Os novos ricos perdiam a
paciência com as restrições de trabalho impostas pelas leis do sábado. A vontade
de acumular riquezas se tomou maior do que o anseio de obedecer a Lei do
Senhor. A ganancia tem sido uma fonte de tropeço para multos (1 Tm 6.9.10). Os
pobres não eram tratados de forma justa (Dt 15.11; 24.15). A luxuria dos ricos era
conseguir à custa da opressão e exploração (Am 2.6-8).
Os ricos controlavam tudo inclusive o judiciário. As decisões dos tribunais eram
todas favoráveis aos ricos e extremamente opressivas aos pobres, Amós se
levantou contra as injustiças sociais e combateu os sistemas desonestos que
pervertiam o direito dos necessitados. Os homens de sua época estavam tão
contumazes em acumular riquezas que se esqueciam de atentar para a necessidade
de seus irmãos. Lembremo-nos de que o desprezo ao pobre e um grave pecado
diante de Deus (Dt 24.15: Is 3.15).
3. Paganismo religioso. A força material de Israel contrastava com sua fraqueza
moral. O sumo sacerdote Amacias, por exemplo, era de classe leiga e não provinha
da descendência sacerdotal; tal questão era um grande ultraje a fé verdadeira em
Israel. Quando Amós profetizou que Israel só achava fora do prumo por causa dos
pecados de idolatria e materialismo introduzidos pela casa de Jeroboão (Am 77-
9), Amazias demonstrou que era um ”sacerdote comprado” defendendo os
interesses do rei ao tentar proibi-lo de continuar profetizando (Am 7.12.13).
As leis divinas estavam sendo burladas, a religião tinha se corrompido (Am 7.10-
14), Jeroboão II incentivou a prática dos cultos a fertilidade por meio de um
sistema de adoração ao bezerro de ouro (2 Rs 14.24-25). A adoração a Jeová
permanecia concomitantemente ac paganismo (Os 2.13,16,17). Centros pagãos
foram construídas nas principais cidades do Norte Gilgal Betel, Da Samaria (Am

28
4.4: 8.14). Alguém precisava combater estes pecados, o por este motivo, Deus
levantou o corajoso Amós.

III - ADORAÇÃO COM JUSTIÇA


1. A mensagem do profeta. O livro de Amos pode ser dividido em duas partes
principais. Na primeira seção situam-se os oráculos que vieram pela palavra (Am
1-6) aqui encontramos juízos entregues para oito nações Damasco, Gaza, Tiro
Edom, Amom, Moabe Judá e Israel (Am 1-2). O profeta apresentou uma série de
discursos de julgamento contra Israel (Am 3-6). As denúncias de Amós partem do
geral para o especifico. Primeiro falou as nações, depois foi especifico em detalhar
os pecados de Israel.
Na segunda seção do seu livro estão as visões (Am 7-9). Para fortalecer sua
intimação, Amós apresentou uma série de símbolos do juízo vindouro (Am 7,8 e
9) e por fim. terminou sua mensagem apresentando a restauração futura de Israel
(Am 9.11-15). Sua profecia confrontou, principalmente as instituições de Israel
ao denunciar os pecados que destruíamos fundamentos sociais, morais e
espirituais da nação. Estamos preparados para pregar uma mensagem de
confronto?
2. Responsabilidade social. Amós encontrou um mau governo em Israel, Oseias seu
contemporâneo, fez denúncias semelhantes (Os 5.1;7.5-7). As instituições de
Israel transformaram a justiça em alosna, uma erva daninha (Am 5.7). Elas
perverteram o direito do próximo. Não aceitavam a repreensão. Aborreciam na
porta aqueles que os repreendiam (Am 5.10). O portão de qualquer cidade era o
lugar onde a justiça era administrada (Dt 22.15). Se um profeta ou juízos
repreendessem, sofreria represálias. Por uma questão de conveniência, muitos se
silenciaram (Am 5.13).
Os pobres eram pisados, extorquidos e explorados (Am 510) também eram
rejeitados nos tribunais de justiça (Am 5.12). Seus direitos eram violados (Am
2.7;4.1; 5.11). Amós denunciou a prática do suborno (Am 8.4,6) e cumpriu o seu
papel de responsabilidade social ao denunciar a injustiça. A ira de Deus. na
pregação de Amós era a justiça divina reagindo contra as injustiças humanas.
3. Adoração com justiça. Conforme vimos, apesar dos múltiplos pecados e das
injustiças sociais a adoração nos espaços supostamente “sagrados” continuava de
forma natural. Os “ricos injustos’ gostavam de frequentar os santuários e exibirem
seus sacrifícios sonegando a Deus a verdadeira adoração (Os 8.13; Am 5.22). O
sacrifício desprovido de justiça representava uma transgressão ao Senhor. Os
cultos foram embelezados.com a contratação de levitas Muitos músicos
profissionais que não descendiam da linhagem de Levi foram contratados para
tocar nestes templos. A música oferecida para as pessoas era excelente, enquanto
a adoração sincera a Deus era precária (Am 5.23).
O espetáculo em volta do culto maquiava a superficialidade da adoração. Amós
declarou que a adoração era como “estrepito: um “barulho ensurdecedor” diante
dos ouvidos do Senhor (Am 5.23); Deus não estava aceitando aquela adoração
sincrética, espetaculosa teatral e desprovida de justiça. Os cânticos cultuais
perdem o valor quando não há arrependimento sincero (Am 8.3) A adoração crista
não é apenas um item da liturgia, mas uma prática de vida uma resposta obediente

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a Palavra de Deus (Sl 51.17; 119.10; 1 Jo 2.24). Mais do que adorar a Deus
somente com as lábios, adoramos ao Senhor com nossas vidas.

SUBSÍDIO
“O cenário religioso e social de Israel era de total descaso para com as coisas de Deus.
Os sacerdotes se aproveitavam de suas funções para tratar de seus próprios interesses e
se tornarem ricos. Quem tinha dinheiro podia comprar sentenças judiciais e juízes
corruptos usurpando o direito dos mais necessitados: Pai e filho dormiam com uma
mesma prostituta. E todas tinham a certeza de que, se seguissem os rituais descritos na te
de Moises, não precisaram se preocupar com as vidas pessoais.
A situação em tão séria que Deus deu a Amós uma visão em que apareceu um prumo, um
instrumento com o qual uma parede era medida para que se verificasse se estava reta ou
não. Como prumo, um hábil o construtor poderia ver se a parede poderia ser aproveitada
em uma reforma ou se deveria ser demolida para que outra fosse colocada em seu lugar.
E o prumo de Jeová mostrou que a parede Israel estava torta.

CONCLUSÃO:

A justiça social pregada por Amos aponta para a obediência aos princípios da Palavra de
Deus. Devemos lembrar de que os fundamentos da verdadeira religião são constituídos
pela forma como tratamos o próximo. Adoração sem justiça é uma ofensa a Deus. Uma
religião que diz honrar a Deus, mas despreza, explora ou oprime o semelhante e uma
fraude. Amos nos ensina que a verdadeira adoração exige comunhão vertical, com Deus,
e horizontal com o próximo

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - INVP
ESCOLA DE LOUVOR E ADORAÇÃO
2º TRIMESTRE 2023

Domingo, 14 de Maio.
Tema: Amós: DEUS PROCURA OS VERDADEIROS ADORADORES
Texto Áureo:
Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em
verdade, pois o Pai procura a tais que assim o adorem”. (Jo 4.23).

OBJETIVOS
• Definir a verdadeira adoração;
• Conscientizar de que a verdadeira adoração não é somente nos cultos,
com o louvor que sai da boca, mas com a própria vida no dia a dia diante
de Deus e das pessoas;
• Enfatizar a exclusividade na adoração.

Verdade Prática: Através da adoração pública doméstica e individual, demonstramos


o quanto é importante reconhecer o Deus cristão.

Texto Bíblico: João 4.20-24 (NVT)


INTRODUÇÃO:
"Então diga-me: por que os judeus insistem que
Há basicamente dois pilares Jerusalém é o único lugar de adoração, enquanto
principais históricos que nós, os samaritanos, afirmamos que é aqui, no
determinam a adoração monte Gerizim, onde nossos antepassados
cristã na igreja primitiva do adoraram?"
ponto de vista de seu Jesus respondeu: "Creia em mim, mulher, está
contexto litúrgico: o chegando a hora em que já não importará se você
primeiro, é que Jesus Cristo adora o Pai neste monte ou em Jerusalém.
era adorado como um ser Vocês, samaritanos, sabem muito pouco a respeito
divino juntamente com Deus daquele a quem adoram. Nós adoramos com
conhecimento, pois a salvação vem por meio dos
Pai; o segundo, qualquer
judeus.
possibilidade de adoração a Mas está chegando a hora, e de fato já chegou, em
qualquer outra divindade era que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
veementemente rejeitada. espírito e em verdade. O Pai procura pessoas que o
adorem desse modo.
Pois Deus é Espírito, e é necessário que seus
adoradores o adorem em espírito e em verdade".

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Para a comunidade gentílica da época neotestamentária grande estranheza. O cristianismo
primitivo herdou uma adoração monoteísta exclusivista que exigia de seus adoradores a
renúncia prestada a outros deuses.
SUBSÍDIO PARA O PROFESSOR:
Duas colunas: 1) Jesus como ser divino, reconhecido pela igreja primitiva como filho de
Deus. Há hoje várias seitas querendo tirar esta característica comum desde a igreja
primitiva que é a soberania divina de Jesus, alguns até ousam dizer que Ele não morreu
na cruz, mas se casou com Maria Madalena e se mudou para Índia... 2) A adoração é a 1
só Deus. Isto foi herdado da religião judaica que é monoteísta (adora apenas a um Deus).
A igreja continua a adorar a um só Deus, porém que faz parte de uma trindade (Pai, Filho
e Espírito Santo).
1 - O QUE É A ADORAÇÃO CRISTÃ?
O ajoelhar-se, inclinar a cabeça e prostrar-se são atitudes que revelam o estado da alma,
diante do poder inigualável de Deus. É assim que encontramos os personagens bíblicos
em suas histórias. Através da adoração pública, doméstica e individual esses homens e
mulheres ensinaram o quanto é importante reconhecer o Deus cristão como único e
singular Senhor, entre todos os outros. No entanto, a palavra adoração traz conotações
mais íntimas e afetivas, que apontam para expressões de amor (ágape). Ela não se
materializa na gênese do louvor e da liturgia.
O ato de prostração, inclinação diante de uma autoridade significa honra e respeito. O ato
de ajoelharmos diante de Deus demonstra externamente que nossas almas estão
humilhadas e ao mesmo tempo honradas de estar em Sua presença.
Devemos, porém, deixar claro que nem todo que se inclina perante uma autoridade o faz
com prazer. Muitos fazem por obrigação, medo ou um mero costume.
A postura de adoração pode dar aparência de adorador, mas o verdadeiro adorador adora
a Deus em Espírito e em verdade.
Diante disto, o comentador destaca o amor ágape que é o amor sem barganha, sem querer
nada em troca, ama-se simplesmente movido pelo sentimento do amor e nada mais;
Infelizmente, há muitos nas igrejas que tem na relação com Deus uma relação de negócio
e não de amor. Diz ele: “Eu dou, para receber 100 vezes mais”; “Vou à igreja para buscar
uma bênção”...
1.1 - A INTIMIDADE E A PARTICIPAÇÃO DO ADORADOR
Nascemos para relacionar-nos uns com os outros e para vivermos em comunidade com a
raça humana. Percebemos essa verdade na linguagem do discurso cristão primitivo,
enfatizado na maneira como eles se relacionam na adoração coletiva. Eles se referiam uns
aos outros como irmãos e irmãs, adorador de um mesmo Deus, e consideravam-se
membros de um mesmo corpo (1 Co 12.27). Não importava o status social, características
econômicas ou até mesmo o sexo (Gl 3.28; Cl 3.11). A profecia de Joel é citada como
explicação dessa intimidade e participação da igreja do Novo Testamento (At 2.17; Jl
2.28-32).

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Vamos pensar um pouco...
O homem é um ser relacional, não foi criado para ficar só e eu não estou falando de
casamento apenas, o ser humano precisa de amigos, precisa de outros seres humanos para
ser feliz.
Diz o ditado que “ninguém é feliz sozinho”. A verdade é que muitos tentam se isolar para
buscar paz interior, fazem retiros, vão para mosteiros e se trancam em salas isoladas. Não
é este o desejo de Deus.
Deus deseja que a Sua igreja se relacione com Ele e com os demais irmãos. Por isto o
nome irmão, vem de sangue, compromisso, DNA, história.
Mais do que irmãos, é desejo de Deus que sejamos um com Ele e com os demais, já parou
para pensar na profundidade disto?

1.2 - A CHAMA NA ADORAÇÃO


A repetição com que a palavra alegria (gr. Chara) e as referências a “regozijo” (Gr.
Aglliomai) são frequentes no Novo Testamento é uma amostragem do júbilo avivado e
experimentado especialmente na adoração dos cristãos primitivos. Essa chama estava
relacionada à ideia de um contato direto com Deus na pessoa do Espírito Santo que havia
sido derramado. Para os cristãos, Deus se comunicava diretamente com eles através
daquele acontecimento (At2.26-47). Os dons do Espírito Santo e o sucesso na
proclamação do evangelho retratavam o fervor na adoração da igreja. Eles haviam
experimentado o dom celestial e estavam participando do Espírito Santo, que promovia
neles uma alegria constante e um fervor em suas vidas.
Quando lembro das referências a alegria e regozijo na Bíblia, me faz lembrar do filme
“Desafiando Gigantes”, um filme cristão que recomendo a todos que assistam.
Há uma frase no filme onde um irmão diz: “Deus disse 365 em sua palavra não temas.
Com tantas vezes assim Ele deveria estar falando sério não acha?”.
Adorar a Deus é sinônimo de alegria, não combina um crente salvo de cara amarrada,
triste pelos cantos e murmurando da vida.
A alegria da salvação e a comunhão uns com os outros era a maior ferramenta missionária
da igreja antiga. A alegria era gerada pela presença do Espírito Santo em suas vidas e o
amor uns pelos outros pela transformação do velho homem em uma nova criatura.
1.3 - A RELEVÂNCIA E O PODER DA ADORAÇÃO
É indispensável para um cristão levar uma vida de adoração. Tendo em vista que os
crentes do Novo Testamento foram discipulados a pensar sobre si mesmos a partir de um
modo de ver coletivo, ou seja, abrangendo todos no Reino, por isso, que o culto cristão
deve ser repleto de significado e de plena relevância. Naquela época não havia templos
majestosos, nem uma liturgia pirotécnica, mas um grupo de cristãos reunidos como
sacrifício vivo apresentado a Deus (Rm 12.1-3). A vida deles e suas reuniões de cultos,
não eram apenas um exercício religioso, mas uma oportunidade para reafirmar o que eles
acreditavam. Era uma ocasião para a manifestação dos poderes divinos (1 Co 12-14).
“Pensar sobre si mesmos a partir de um modo de ver coletivo” - Isto é, os cristãos eram
e ainda são levados e pensar num estilo de vida que nega o egoísmo. O crente não pode
ser egoísta. O egoísmo vai contra tudo o que Deus propôs para a igreja, a começar do

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sacrifício de Jesus, homem que sem pecado e sem culpa não pensou em si, mas se
entregou por toda a igreja.
“Naquela época não havia templos majestosos, nem uma liturgia pirotécnica”: Pirotecnia
é o mesmo que fogos de artifício. Vemos com tristeza que muitas igrejas perderam a
forma simples de anunciar o evangelho, antes se preocupam em construir templos
suntuosos e modernos enquanto há irmãos passando necessidade. Outros criam
ferramentas de animação de auditório para animar o público, como se o culto fosse um
programa de auditório de TV.
Devemos aprender com Jesus, principalmente na sua forma de anunciar o evangelho.
2 - A ADORAÇÃO VERDADEIRA
A verdadeira adoração é prestada somente por aquelas pessoas que nasceram do Espírito
Santo. Tem sua forma auxiliada pelas Escrituras e centralizada em Deus. É fruto da
convivência que o novo cristão tem com Deus, pois requer preparação prévia. Toda
adoração verdadeira tem a perspectiva de que Deus é grande, e que, Ele merece louvor e
honras por parte da humanidade.
Os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e em verdade – Não há como se
tornar um verdadeiro adorador sem a experiência da transformação em Cristo e o novo
nascimento do Espírito Santo;
Há um ditado popular que todos são filhos de Deus. Biblicamente falando, todos são
criaturas, mas filhos de Deus somente aquele que nascerem de novo e tornarem-se filhos
de Deus por adoção em Jesus Cristo.
2.1 - OS VERDADEIROS ADORADORES
Adorar é agir em sinceridade de coração, autenticidade e não só de lábios, da boca para
fora, pois em vão adoram os que assim procedem (Mt 15.9). Chega de hipocrisia! A falsa
adoração é abominável ao Senhor. Deus não Se deixa enganar. A convocação do salmista
ecoa até os nossos dias dizendo: “Vinde, cantemos ao Senhor! Cantemos com júbilo à
rocha da nossa salvação! Apresentemo-nos ante a sua face com louvores e celebremo-lo
com salmos. Porque o Senhor é Deus grande e Rei grande acima de todos os deuses. Nas
suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas. Seu é o mar,
pois ele o fez, e as suas mãos formaram a terra seca. Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos!
Ajoelhemos diante do Senhor que nos criou” (Sl 95.1-6).
Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu
coração está longe de mim. Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são
preceitos dos homens. Mateus 15:8-9.
Estas palavras de Jesus são extremamente esclarecedoras, louvor vem de dentro, é algo
sincero e espontâneo. Não é um ato forçado com aparência externa de devoção.
Interessante o salmo apresentado pelo comentador bem como a afirmação: Deixemos de
hipocrisia. Quantos entram na igreja, mas deixam a cabeça lá fora presa a problemas e
conflitos. Não se entregam totalmente à adoração a Deus e, ainda muitos não adoram a
Deus em casa, nos seus relacionamentos e no trabalho.
Lembre-se, a adoração é uma grande ferramenta de evangelismo.
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2.2 - A ESPIRITUALIDADE VERDADEIRA
A nossa adoração de fachada não move o coração de Deus! Precisamos estar alicerçados
na Palavra, nos princípios e nas leis espirituais e não em doutrinas que são preceitos de
homens (Mt 15.8-9). É preciso tirar a máscara da mentira, da falta de união, da
murmuração; não adianta adorar a Deus não tendo comunhão com os irmãos (1 Jo 4.20-
21; Mt 15.13),mostrando espiritualidade só nos cultos diante do pastor, em casa ser um
inferno e na sociedade não ter testemunho de crente (1 Tm 3.7). O cristão não pode ter do
que se envergonhar (2 Tm 2.15).
Adoração da fachada, isto é, da boca para fora, apenas de aparência.
A adoração verdadeira, porém, deve seguir o que disse o comentador: Deve estar
alicerçada na palavra, nos princípios e nas leis espirituais e não em doutrinas que são
preceitos de homens.
2.3 - SACRIFÍCIO VIVO E AGRADÁVEL A DEUS.
Oferecer sacrifício vivo e agradável a Deus é entregar a vida a Ele. Dormir, comer,
trabalhar, passear, tudo como se fosse uma oferta a Ele. E nunca se ajustando às culturas
demonizadas, a ponto de não poderem pensar mais com razoabilidade. Na verdade,
quando o apóstolo pede para que ofereçam sacrifício vivo a Deus, é uma contraposição
aos animais mortos praticados no Antigo Testamento, pois a vida cristã é a nova vida no
Espírito Santo (Rm 6.4). É um culto com a participação da mente, do coração e vontade
no serviço obediente ao Senhor Jesus.
Porque sacrifício? Por que não é fácil ao homem abrir mão de suas vontades e subjugar
seus desejos para agradar a Deus. O homem, pela natureza pecaminosa, tenta a todo tempo
satisfazer seus desejos e ao mesmo tempo, acha-se auto suficiente, não aceitando ser
“mandado” por ninguém.
Antes, os sacrifícios eram de animais, agora, são das nossas atitudes. A entrega da nossa
vida a Deus deve ser sem reserva, tudo deve ser entregue ao ponto de todos os nossos atos
serem ofertas agradáveis a Deus.
3 - ADORAÇÃO EXCLUSIVA A DEUS.
Adoração exclusiva a Deus é a essência da adoração, e uma exigência divina (Jo 4.23).
Das coisas nós gostamos; as pessoas nós amamos (Mc 12.31), mas só a Deus adoramos
(Mt 4.10). Não devemos falar nem por brincadeira que adoramos alguma coisa ou pessoa,
a não ser Deus! Não mude a sua adoração e não adore pessoas nem coisas. Faça tudo em
Nome do Senhor Jesus dando a Ele toda honra e toda a glória. Não devemos atrair para
nós atenção em nossas celebrações, roubando de Deus a honra que lhe é devida.
“Das coisas nós gostamos; as pessoas nós amamos (Mc 12.31), mas só a Deus adoramos
(Mt 4.10)”. Esta deve ser nossa atitude, porém existem pessoas que infelizmente adoram
a coisas e pessoas o que concorre com a adoração a Deus. Lembre-se, Deus não divide
Sua glória com ninguém.
Tudo quanto fizermos, que Deus seja o centro, nunca a atenção deve ser centrada em nós.
3.1 - OS ÍDOLOS ESTÃO DENTRO DAS IGREJAS.

35
Certas pessoas são verdadeiras vedetes nas igrejas: procuram ser reconhecidas, buscam
fama e brilho, apresentam-se como salvadoras do Evangelho, gostam de passar imagens
de super-crentes e que nelas se possam confiar. Porém chegam somente para cantar ou
pregar depois saem, não assistem aos cultos completos; passam vários minutos falando
das suas realizações e fazendo marketing dos seus produtos. Filhinhos, guardai-vos desses
ídolos (1 Jo 5.21).
Infelizmente creio que todos os irmãos já vivenciaram situações parecidas com as
relatadas acima.
Hoje muitos cultos só ficam cheios se houver nele uma celebridade cristã.
Já tem cantor e pregador exigindo alimentação especifica. Hotel 5 estrelas, voo de
determinada companhia aérea. Carro de marca e modelo especifico a disposição além de
grandes cachês.
O pior é que atrás destes "astros da fé" há uma legião de fãs, ou porque não dizer idolatras
que os acompanham histericamente.

CONCLUSÃO
Adorar a Deus, além de exigir uma vida santa de fé, fidelidade e submissão a Ele, é
também oferecer algo capaz de mexer com o coração do Todo-Poderoso, sem mistura,
contaminação nem para aparecer e receber glória e aplausos dos homens (Jo 7.18). A
adoração deve ter exclusividade, ser total e nunca dividida ou parcial.

36
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - INVP
ESCOLA DE LOUVOR E ADORAÇÃO
2º TRIMESTRE 2023

Domingo, 21 de Maio.
Tema: Construindo tudo para a minha glória.
Texto Áureo: “Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem
não darei, nem o meu louvor, às imagens de escultura.” (Is 42.8).
OBJETIVOS
• SABER que Deus honrou a Nabucodonosor:
• MOSTRAR os avisos de Deus para Nabucodonosor :
• APONTAR o preço do orgulho.

Verdade Prática:
Tudo o que conseguimos realizar ou ter em nossa vida vem de Deus e não reconhecer tal
fato pode não levar a pecar contra o Eterno.

INTERAÇÃO
Professor(a), na lição desta semana estudaremos a respeito da tentação do orgulho. Deus
abomina a soberba e este sentimento pernicioso é um prenúncio da queda segundo
Provérbios 16.15. Veremos que Nabucodonosor, um rei a quem o próprio Deus exaltou,
fazendo com que ele conquistasse muitos impérios e adquirisse muito bens e fama, tomou
uma atitude de auto exaltação. Como monarca, ele ignorou a soberania divina e começou
a acreditar que seu reino era fruto da sua sabedoria e esforço pessoal. Então, Deus decidiu
lhe ensinar uma importante lição, assim como havia ensinado ao seu povo. O rei perdeu
sua consciência e ficou durante um período de tempo se comportando como um animal
irracional. O Senhor abomina o orgulho e este sentimento será julgado no devido tempo,
porém, Ele dá graça aos humildes. Que jamais venhamos a sucumbir diante da tentação
da altivez, lembrando que tudo o que conseguimos realizar ou ter em nossa vida vem de
Deus.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), reproduza o quadro abaixo e utilize-o para mostrar aos alunos os êxitos e
erros de Nabucodonosor e as lições que podemos extrair da sua Vida. Reforce a ideia de
que Deus abomina um coração altivo. Conclua, lendo Mateus, 23.12 “ E o que a si mesmo
se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado”. (Mt 23.12).

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NABUCODONOSOR
O maior dos reis da Babilônia conhecido
como um construtor de cidades Descrito na
Pontos Fortes e Êxitos Bíblia como um dos governadores
estrangeiros a quem Deus usou para seus
propósitos.
Considerou-se um deus e foi persuadido a
construir uma estátua de ouro que todos
deveriam adorar.
Fraquezas e erros Tornou-se extremamente orgulhoso, o que o
levou à insanidade.
Tendia a esquecer-se das demonstrações do
poder de Deus que havia testemunhado.
A história registra as ações dos servos
voluntários de Deus e dos que
inconscientemente, foram seus instrumentos.
Lições de vida
A grandeza de um líder é afetada pela
qualidade de seus conselheiros.
O orgulho incontrolado é autodestrutivo.

Texto Bíblico: Daniel 4.28-34 (NVT)


INTRODUÇÃO
"Tudo isso, porém, aconteceu ao rei
Nabucodonosor. Deus, em sua soberania, honra pessoas e lhes
Doze meses depois, ele caminhava sobre o dá domínio, recursos e inteligência a fim de
terraço de seu palácio na Babilônia venham a se lembrar dEle, honrando-o e
e disse: ‘Vejam a grande cidade da Babilônia! reconhecendo que tudo vem do Senhor.
Com meu próprio poder, construí esta cidade Entretanto, há pessoas que são tentadas a
para ser o centro de meu reino e para mostrar o acreditar que sua própria mão, talentos e
esplendor de minha majestade’. esforços foram os responsáveis por realizar
"Enquanto essas palavras ainda estavam em sua
grandes feitos, e ainda desejam que esses
boca, veio do céu uma voz e disse: ‘Esta
feitos durem para sempre. O orgulho impede
mensagem é para você, rei Nabucodonosor!
Você não governa mais sobre este reino. essas pessoas de reconhecerem que foi Deus
Será expulso do convívio humano. Viverá nos que tudo ofereceu. Todavia, todo orgulho
campos com os animais selvagens e comerá será julgado no devido tempo pelo Todo-
capim, como os bois. Viverá desse modo por sete Poderoso. É a respeito da tentação do
períodos, até que entenda que o Altíssimo orgulho que trataremos nesta lição.
domina sobre os reinos do mundo e os dá a quem
ele quer’.
"Naquela mesma hora, a sentença se cumpriu e
Nabucodonosor foi expulso do convívio humano.
Passou a comer capim, como os bois, e foi
molhado pelo orvalho do céu. Viveu desse modo
até seu cabelo crescer como as penas das águias
e suas unhas se parecerem com garras de
pássaros."
"Passado esse tempo, eu, Nabucodonosor, olhei
para o céu. Minha sanidade voltou, louvei e
adorei o Altíssimo e honrei aquele que vive para
sempre. "Seu domínio é para sempre, seu reino,
por todas as gerações. 38
I - UM HOMEM QUE SE TORNOU GRANDE.
1. Um homem a quem Deus honrou. Nabucodonosor, cujo significado é ‘Nebo,
proteja a minha fronteira”, é um nome usado por quatro reis que governaram a
Babilônia. Mas a Palavra de Deus menciona que certamente seria Nabucodonosor
II. Este teria sido filho de Nabopolassar um rei babilônico que derrotou a Assíria
Já Nabucodonosor se tornou rei e teve grande protagonismo no cerco e destruição
de Jerusalém, de onde levou Daniel e seus três amigos para serem treinados na
corte babilônica.
Era um grande estrategista e administrador, e também passou a ser conhecido
como um homem quem marcou seu governo pelas grandes construções que
desenvolveu, como uma rua suspensa para que por ela se passassem uma
procissão ao deus Marduque. Também é atribuída a ele a construção dos jardins
suspensos da Babilônia, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Por todo esse
histórico, esse rei é descrito pelo profeta Daniel da seguinte maneira. “Tu, ó rei,
és rei de reis, pois o Deus dos céus te tem dado o reino, e o poder, e a força, e a
majestade” (Dn 2.37).
2. O Primeiro aviso. Devemos observar que Deus não permite que nos sobrevém
não determinadas consequências às nossas ações, sem antes nos dar a devida
advertência. Nabucodonosor teve um sonho no segundo ano do seu reinado onde
viu uma estátua composta de diversos elementos, como Ferro, ouro, prata e barro,
esses elementos representavam diversos reinos que seriam conhecidos ao longo
da história e todos seria sua ascensão e seu declínio. Daniel ao falar com rei
Nabucodonosor, procurou deixar claro que embora o reino deste monarca fosse
grandioso, ele também seria temporário: “E, Depois de ti, se levantará outro reino,
inferior ao teu, e um terceiro reino, de metal, o qual terá domínio sobre toda a
terra” (Dn 2.39). Deslumbrando com a interpretação do sonho, Nabucodonosor
reconhece que o Deus de Daniel é Deus acima dos deuses da Babilônia.
3. O segundo aviso. a Bíblia não diz quanto tempo se passou após o sonho do Rei e
a revelação do significado por Daniel, mas ela nos diz que Nabucodonosor fez
uma estátua. se a estátua do sonho era feita de vários elementos, a que o rei
mandou construir era de ouro, e grande (Dn 3.1). uma celebração foi feita a fim
de que esta estátua pudesse ser reverenciada. quando os amigos de Daniel se
recusaram a se dobrar diante da estátua, após serem advertidos, e se manterem
firmes em seu propósito de não se ajoelhar e diante dela, foram lançados em uma
fornalha. Ocorre que o rei viu que havia quatro homens na fornalha, e não estava
sendo afetados pelo fogo e o quarto homem tinha uma aparência Sobrenatural.
aquele era o segundo aviso do senhor para o rei que após tirar os jovens Hebreus
do fogo fez um decreto ordenando que todas as pessoas adorassem ao Deus dos
hebreus.

PENSE!
Podemos crer que Deus nos adverte de forma contínua para que não venhamos a ser
pessoas orgulhosas?

PONTO IMPORTANTE!
39
Deus abomina o orgulho, e por isso, nos dá diversas advertências, em sua palavra, a fim
de que não venhamos pecar contra ele.

SUBSÍDIO PARA O PROFESSOR:


Professor(a), inicie o tópico fazendo a seguinte indagação: Qual o significado da
palavra altivez? Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos.
Depois, explique que altivez significa orgulho, arrogante e soberba. Em seguida,
diga que foi o que ocorreu com Nabucodonosor.

II - OS AVISOS DE DEUS
1. O terceiro aviso. após o episódio com os três Hebreus, o rei teve um novo sonho
interpretado pelo profeta Daniel. Desta vez ele se lembra do sonho, mas não
consegue interpretá-lo. uma árvore enorme e forte crescia até chegar ao céu. não
faltava folhas nem frutos nessa árvore, e havia sustento para todos debaixo dela.
até os animais do Campo e as aves do céu estavam abrigados nela. entretanto,
neste mesmo sonho, “vigia, um santo”, descia do céu e determinava uma
desorganização na ordem estabelecida, mandando derrubar a árvore, afastar todos
os que nelas se abrigavam e espalhados os seus frutos (Dn 4.14). Somente o
tronco, com as raízes, seria preservado (Dn 4.15). curiosamente, ordem dos ser
Celeste incluíam uma orientação que não se aplicava a uma “árvore”, mas a uma
pessoa: que o seu coração fosse mudado hein o coração de animal por sete tempos
(Dn 4.16). Esse foi um sonho integrante para o rei, e Daniel foi chamado para
trazer luz à situação.
2. A revelação divina. Daniel, usado por Deus, traz a revelação daquele sonho: a
árvore era o rei Nabucodonosor, a quem Deus dera poder, honra e fizera a crescer
o reino da Babilônia. Deus decretar que Nabucodonosor passaria por uma
experiência de Humilhação, a fim de que reconhecesse que quem ordena os reinos
do mundo é o senhor, e que a glória pertence a Ele. o rei seria contado entre os
irracionais comeria erva como os bois e viveria ao relento até que pudesse
entender que o Altíssimo tem domínio sobre todos. Daniel dá ao rei um aviso:
“[…] desfaze os teus pecados pela justiça e as tuas iniquidades, usando de
misericórdia para com os pobres, e talvez se prolongue a tua tranquilidade (Dn
4.27) “. mas do que o profeta intérprete, Daniel foi o conselheiro para o rei. ele
sabia que aquela Revelação se cumpriria, e que era somente uma questão de
tempo, tendo em vista que ele escreve: “Todas essas coisas vieram sobre o rei
Nabucodonosor” (Dn 4.28).
3. O orgulho do rei. Daniel registra que depois de 12 meses que o rei teve o sonho
da árvore (Dn 4.29), ele teve o seu cumprimento. O rei Estava caminhando em
seu palácio, quando disse: “Não esta é a grande Babilônia que eu edifiquei para a
casa real, com a força do meu poder e para glória da minha magnificência?”. A
glória da Babilônia nos dias de Nabucodonosor era memorável. Ela havia sido
estabelecida com a permissão de Deus, e o rei, além de ter se tornado o império
poderoso, tinha vencido batalhas e recebido devido mérito por seus feitos. A nação
crescia a olhos vistos.
40
PENSE!
Há uma conexão entre justiça e orgulho?

PONTO IMPORTANTE:
Orgulho em justiça andam juntos na vida de pessoas que desprezam a Palavra de Deus.

SUBSÍDIO PARA O PROFESSOR:


“Embora muitos no mundo achasse Nabucodonosor um rei poderoso e (até mesmo
divino) Deus mostrou que ele era um homem comum. O rei ficaria insano e tornar-
se-ia como um animal por um período de tempo (‘sete tempos’). Deus humilhou
Nabucodonosor para deixar evidente que o Deus Todo Poderoso, não
Nabucodonosor, era o Senhor das Nações. Não importa quão poderosa uma pessoa
se torne, o orgulho apenas afastar a presença de Deus na sua vida. o orgulho é uma
das Tentações mais perigosa que se pode enfrentar. não permita que suas realizações
o levem a esquecer-se de Deus” ( Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal: Rio de
Janeiro: CPAD, p.1098).

III - O PREÇO DO ORGULHO.


1. O Julgamento divino. O rei sequer terminou o que estava dizendo, quando uma
voz vinda do céu declarou que naquele momento Rei seria julgado: “ passou de ti
o reino” (Dn 4.31). O julgamento do rei orgulhoso, que cedeu à tentação de crer
que ele era o responsável por toda a glória que estava diante dos seus olhos, havia
começado. O homem que exercia todo poder na Babilônia agora se encontrava
sem ser o intelecto e sem a sua glória real. Ao invés de comer dos pratos do palácio
e de dormir numa boa cama debaixo de um teto seguro, estava como os bois
comendo ervas e vivendo ao relento, como um animal. Sua gloriosa aparência se
converteu numa visão do julgamento Divino, o lembrete de que Deus não julgou
sem antes trazer os avisos necessários para que ele não pegasse.
2. Nada é para nossa Glória. Mesmo sendo avisado por Deus a respeito de
transitoriedade do seu reinado, Nabucodonosor não ouviu as orientações divinas
e entendeu, a duras penas, que a glória dos homens é insignificante diante da glória
de Deus. Ele teve que aprender que o futuro do cenário Mundial não depende do
que o rei faria e sinto que Deus havia ordenado em sua soberana vontade. e mesmo
as grandes obras que ele havia feito na Babilônia eram méritos dele como
administrador, mas a glória era somente para Deus. Deus exerce sua glória e seu
poder mesmo em uma nação que não conhece, Como foi o caso. Ele levanta e
derruba reinos no seu tempo determinados: “E o mundo passa, e a sua
concupiscência; Aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1 Jo
2.17).
3. Deus tem misericórdia. Deus Estendeu sua misericórdia ao monarca, fazendo
com que o castigo pela sua arrogância chegasse ao fim. foi notório a todos que o
rei estava sendo polido por sua arrogância, e uma vez recuperada sua razão ele

41
conseguiu entender que o Eterno “pode humilhar aos que andam na soberba” (Dn
4.37).

PENSE!
Você reconhece a Deus em todos os seus caminhos

PONTO IMPORTANTE:
Que Deus nos guarde de ser levado pelo esquecimento e arrogância. Que jamais
venhamos nos esquecer de que tudo que temos e somos vem do Senhor.

SUBSÍDIO PARA O PROFESSOR:


Professor(a), enfatize nesse tópico a loucura e a restauração de Nabucodonosor
(Dn 4.33-37). Explique que “demente, o rei nivela se é um animal, e passa a viver
ao desabrigo, em uma área onde a temperatura variável de 50 graus positivos no
verão, a abaixo de zero, no inverno. Recuperado, o rei finalmente responde
adequadamente ao Senhor. Nabucodonosor, então:
1) glorifica a Deus;
2) O honre como o Rei supremo do Universo;
3) Expressa sua Total dependência da vontade de Deus,
4) Reconhece que tudo que ele fez é correto ‘e pode humilhar os que andam na
soberba’”.
(RICHARDS, Lawrence O, Guia do Leitor da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2005
p.516).

CONCLUSÃO
Quando olhamos para as coisas que temos à nossa volta, podemos ser tentados de alguma
forma a imaginar que os nossos méritos, talentos e esforços foram suficientes para nos
proporcionar tais conquistas. Entretanto, Nabucodonosor nos mostra que este é um
pensamento injusto e perigoso, pois tudo que temos vem de Deus. também Vimos que
nada escapa do controle de Deus por mais que alguém acredite ser autossuficiente.

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - INVP
ESCOLA DE LOUVOR E ADORAÇÃO
2º TRIMESTRE 2023

Domingo, 28 de Maio.
Tema: A mordomia da Igreja Local
Texto Áureo: “Escrevo-te estas coisas […] para que saibas como convém andar na
casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.” (1 Tm
3.14,15).
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Apresentar a mordomia dos bens espirituais;
• Refletir sobre a mordomia da ação social da Igreja;

Verdade Prática:
O cristão deve valorizar a igreja local como ambiente de adoração, comunhão e serviço
ao Reino de Deus.
Textos Bíblicos Sugeridos:
Atos 9.31 – “A igreja tinha paz em toda a Judeia, Galileia e Samaria e ia se fortalecendo
à medida que andava no temor do Senhor. E, encorajada pelo Espírito Santo, crescia em
número”. (NVT).
I Co. 1.1,2 – “Eu, Paulo, chamado para ser apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de
Deus, escrevo esta carta, com nosso irmão Sóstenes, à igreja de Deus em Corinto,
àqueles que ele santificou por meio de Cristo Jesus. Vocês foram chamados por Deus
para ser seu povo santo junto com todos que, em toda parte, invocam o nome de nosso
Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso . (NVT).
Hb. 10.24,25 – “Pensemos em como motivar uns aos outros na prática do amor e das
boas obras. E não deixemos de nos reunir, como fazem alguns, mas encorajemo-nos
mutuamente, sobretudo agora que o dia está próximo”. (NVT).
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Já se perguntou a respeito de quem a igreja local é constituída? Uma pergunta sempre é
especial para o início de uma reflexão. A nossa, nesta lição, é sobre a igreja local. Essa
igreja, amada por muitos, mas “odiada” por outros. Há quem pense que se pode amar
Cristo, mas não a sua Igreja. Uma das coisas mais significativas no Novo Testamento,
a partir do ministério dos apóstolos, era o amor deles pela Igreja. Esse amor só foi
possível por causa do exemplo maior de Jesus Cristo, o fundador da Igreja. Nesta lição,
queremos que você seja encorajado a amar a Igreja, a servi-la e a defendê-la.
43
O que é Mordomia Cristã?
INTRODUÇÃO
Mordomia cristã é como é chamada a
A igreja local é formada por pessoas que se reúnem
responsabilidade de cada cristão em
relação à administração dos bens para adorar, congregar e servir a Deus. Nesta lição,
espirituais e materiais outorgados por refletiremos sobre as nossas responsabilidades
Deus a ele. A Bíblia diz claramente quanto ao lugar no qual desenvolvemos nossa
que somos mordomos de Deus nesta comunhão com o Pai Celeste e com os irmãos em
terra. Cristo. Que o Espírito Santo nos guie neste estudo!
Ignorar a importância fundamental da
mordomia cristã à luz do ensino
bíblico significa cometer um erro
muito grave que afronta, inclusive, o
propósito básico pelo qual Deus nos
criou. Deus criou o homem para sua
glória, e o fez à sua imagem e
semelhança. Portanto, a Bíblia nos
instrui a fazer todas as coisas para a
glória de Deus.
Obviamente essa verdade implica na
responsabilidade que temos como
representantes de Deus que devem
refletir a sua glória neste mundo;
como servos a quem Ele concedeu a
gestão de bens e recursos.
Por Daniel Conegero _ Estilo
Adoração.

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I - A MORDOMIA DOS BENS ESPIRITUAIS.
1. A mordomia e a valorização da Palavra de Deus.
Ao longo dos séculos, Deus confiou a proclamação de sua Palavra aos seus
seguidores. Há mais de 1490 anos antes de Cristo, Deus falou com e por meio de
Moisés (Êx 3.1-22; 17.14). Tempos depois, falou por intermédio de outros
profetas a partir de Samuel até Malaquias. E, nos últimos dias, revelou-se através
de seu Filho, Jesus Cristo (Hb 1.1).
Hoje, pastores, evangelistas, discipuladores e professores da Escola Dominical
são os mordomos que cuidam da evangelização e do discipulado nas igrejas locais.
Por isso, todos devem zelar pela Palavra de Deus, lendo-a, estudando-a em
profundidade e realçando o seu inestimável e infinito valor.
Espera-se que, na liturgia do culto cristão, a Palavra de Deus tenha a primazia (Sl
119.11). Num culto, o louvor à Deus, a pregação e o ensino da Bíblia Sagrada
devem ter toda a prioridade. Se a mordomia da Palavra for negligenciada, os
prejuízos espirituais da congregação serão grandes e, às vezes, irremediáveis.

2. A mordomia na evangelização e no discipulado.


Uma das melhores formas de se exercer a mordomia da Palavra de Deus é
evangelizar todos os tipos de pessoas (Mc 16.15,16). De acordo com essa
demanda, a Palavra de Deus deve ser proclamada “a tempo e fora de tempo” (2
Tm 4.2). Somente ela pode transformar o interior das pessoas. Todavia, paralelo
à evangelização, deve ocorrer o discipulado eficaz (Mt 28.19), que é a mordomia
da Palavra exercida de maneira pessoal no curto, médio e longo prazos. Sem
discipulado não há aprofundamento da fé, perseverança, fidelidade e maturidade
cristã. Isso é o que as estatísticas missionárias revelam. Onde há real discipulado,
a maior parte das pessoas permanece em Cristo. Mas, quando o discipulado é
ignorado, esse dado cai vertiginosamente.

3. A mordomia no uso dos dons espirituais.


Os dons espirituais são concedidos por Deus para dar poder e unção à Igreja. Eles
confirmam a pregação da Palavra, a fim de glorificar a Cristo. A Bíblia mostra
que os dons espirituais foram confiados unicamente à Igreja, ou seja, aos salvos:
“Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros
da multiforme graça de Deus” (1 Pe 4.10 – grifo meu).

Na Bíblia há orientação para o uso correto dos dons espirituais (1 Co 14.40). Por
esse motivo, certas práticas estranhas ao Movimento Pentecostal não devem ser
estimuladas nem toleradas no culto público, tais como marchar, pular, rodopiar ao
som de batidas, correr de um Lado para outro, sapatear, fazer “aviõezinhos” etc.
Segundo a Bíblia, isso é meninice, imaturidade e, muitas vezes, revela apenas
carnalidade e infantilidade (1 Co 3.1).

SÍNTESE DO TÓPICO I
A mordomia dos bens espirituais envolve a valorização da Palavra de Deus, a
evangelização, o ministério de louvor e o discipulado e o uso dos dons espirituais.

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SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Quantos minutos você gasta por dia para Ler a Bíblia e orar? Quantas vezes na semana
você evangeliza uma pessoa? Você acompanha algum novo convertido na sua igreja
local? Você se preocupa com o exercício dos dons espirituais na sua igreja? Você tem
algum dom espiritual?
Essas são algumas perguntas que sugerimos para o início da exposição deste primeiro
tópico. A ideia é que a classe pense com seriedade acerca dessa disciplina indispensável
ao crente. O que permeia essas perguntas é encontrado na vida de muitos cristãos santos
que gastaram suas vidas para ler a Bíblia, orar, evangelizar, discipular, exercer os dons
espirituais: mordomia espiritual. Assim, estimule seus alunos a seguir os exemplos desses
servos abnegados.
II - A MORDOMIA DA AÇÃO SOCIAL DA IGREJA.
1. A Assistência Social no Antigo Testamento:
No Antigo Testamento, encontramos o fundamento para a obra de assistência
social:

1.1. Nos salmos.

Davi, homem de Deus, analisando a situação do próximo, afirmou: “Fui moço, e


agora sou velho, mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a
mendigar o pão” (Sl 37.25). Certamente, já com idade avançada, o salmista podia
concluir que o “Jeová-Jiré” não desampara jamais aqueles que o servem (Sl
82.3,4).

1.2. Nos provérbios.

O sábio escreveu: “Informa-se o justo da causa do pobre, mas o ímpio não


compreende isso” (Pv 29.7). O texto mostra que não podemos nos omitir quanto
à necessidade de nossos irmãos.

1.3. Nos profetas.

Isaías, o profeta messiânico, clamou pelos necessitados (Is 1.17). Jeremias, o


“profeta das lágrimas”, falou em defesa dos oprimidos (Jr 22.3). O profeta
Ezequiel não deixou de contribuir, protestando contra Jerusalém, pela sua omissão
em atender aos pobres (Ez 16.49). Zacarias foi usado por Deus de igual modo para
exortar sobre o cuidado com os necessitados, incluindo órfãos, viúvas e
estrangeiros (Zc 7.9,10).

2. Assistência social no Novo Testamento.


Aqui também encontramos fundamentos para a obra de assistência social:

2.1. Nos Evangelhos.


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Jesus, em seu ministério, multiplicou pães e peixes duas vezes para alimentar as
multidões (Mt 14.13-21; Mt 15.29-39). Isso indica que Jesus deu muita
importância à necessidade de socorrer os famintos. Assim, na igreja local, os
cristãos têm o privilégio de prover o alimento necessário para aqueles que
necessitam do pão cotidiano.

2.2. Nos Atos dos Apóstolos.

Os diáconos foram escolhidos para cuidar da assistência social da igreja. Tal


trabalho foi considerado pelos apóstolos um “importante negócio” (At 6.1-6).
Dentre as características da Igreja Primitiva, vemos que os crentes “tinham tudo
em comum” (At 2.44,45).

2.3. Nas Epístolas.

O apóstolo Paulo, ensinando sobre os dons, dá ênfase ao ministério de socorro aos


pobres e carentes (Rm 12.8). O apóstolo Tiago, de início, em sua carta, já afirma
que a verdadeira religião é visitar os órfãos e as viúvas e guardar-se da corrupção
(Tg 1.27), pois “a fé sem as obras é morta em si mesma” (Tg 2.17).

III - A MORDOMIA DOS CRENTES NA IGREJA LOCAL


1. Em primeiro lugar é preciso congregar.

É notório o crescimento dos “desigrejados”. Não temos espaço aqui para entrar
em detalhes sobre o fenômeno. Entretanto, um dos maiores perigos deste
movimento é esta falsa ideia: já que a “igreja sou eu”, não preciso frequentar os
cultos regulares, nem ser membro de uma igreja local.
Ora, não é isso o que a Bíblia ensina, mas exatamente o contrário: “não deixando
a nossa congregação, como é costume de alguns” (Hb 10.25). Quer sua igreja local
seja grande, quer seja pequena, ou um ponto de pregação, alegre-se em orar com
os irmãos, participar da ceia do Senhor, ouvir a Palavra de Deus, compartilhar os
dons espirituais e assistir aos mais necessitados. Tenha a alegria de congregar!
Ame a Cristo, o cabeça; mas ame também a Igreja, o seu corpo.

2. Líderes cristãos como mordomos.

Os pastores das igrejas locais, como mordomos cristãos, têm grande


responsabilidade diante de Deus pelas almas que lhe são confiadas. Essa
responsabilidade está amparada no próprio exemplo de Jesus. Nosso Senhor
ensina-nos como cuidar das almas que o Pai nos confiou. Ele lavou os pés aos
discípulos, e ensinou: “Entendeis o que vos tenho feito? […] Porque eu vos dei o
exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.12,15-grifo meu).
Aqui, está claro que nenhum líder deve comportar-se como “maior que os outros”,
inacessíveis aos humildes servos do Senhor, mas todos devem fazer parte da
“irmandade da bacia e da toalha”. Essa perspectiva consciente da liderança
evangélica é o mais eficaz antídoto contra o orgulho.
47
3. A mordomia dos membros e congregados.

Numa igreja local, além dos líderes terem uma responsabilidade específica, o
membro do Corpo de Cristo deve ser útil à Obra do Senhor, exercendo a mordomia
do Reino de Deus conforme a sua capacidade. Orando, louvando, testemunhando,
evangelizando, visitando enfermos e afastados, liderando departamentos e
realizando outras atividades. É preciso trabalhar “enquanto é dia” (Jo 9.4).

SÍNTESE DO TÓPICO III

A mordomia dos crentes na igreja local leva em conta a necessidade de congregar, os


líderes e também os membros como mordomos do Reino de Deus.

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

Há vária passagens no Novo Testamento nas quais podemos ver uma descrição clara do
que significa ser membro da igreja. Uma das seções mais volumosas está em 1 Coríntios
12 a 14. Em 1 Coríntios 12, Paulo explica a metáfora da igreja como um corpo com muitos
membros. Em 1 Coríntios 13, ele estabelece o amor como a atitude e a ação centrais que
todos os membros devem ter. E em 1 Coríntios 14, ele se volta à igreja em Corinto, cuja
visão a respeito do conceito de membresia está equivocada.

Alguns líderes e membros da igreja entendem o conceito de membresia como um conceito


organizacional ou ligado à administração. Por isso, eles refutam a ideia de que sua visão
seja antibíblica. Contudo, o conceito de membresia é extremamente bíblico. A Bíblia
explica ‘membros’ de um modo diferente da cultura secular. Por exemplo, observe o
termo em 1 Coríntios 12.27 e 28.

CONCLUSÃO:

A mordomia na igreja Local abrange muitas tarefas. Precisamos saber a nossa vocação e
perseverar nela para servir melhor ao Senhor e à sua Igreja. É um grande privilégio servir
a Deus com os dons que Ele nos deu. Portanto, seja um mordomo fiel na igreja em que
você congrega. Ame a Deus, ame ao próximo, ame à igreja e congregue com alegria.
Valorize a igreja local.

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - INVP
ESCOLA DE LOUVOR E ADORAÇÃO
2º TRIMESTRE 2023

Domingo, 04 de Junho.
Tema: “O Som que atrai a Glória de Deus”
Texto Áureo: “Com isso, os sacerdotes não puderam dar continuidade a seus
serviços, pois a presença gloriosa do Senhor encheu o templo de Deus”. (2 Crônicas.
5.14) NVT.

Texto Bíblico Básico (2 Cr. 5.11-14) NVT INTRODUÇÃO:


Então os sacerdotes saíram do lugar santo. Todos Estar conduzindo o período de
eles haviam se purificado, estivessem ou não de louvor de uma igreja é um trabalho
serviço naquele dia. muito sério e muitas vezes árduo.
E os levitas que eram músicos — Asafe, Hemã, Além da preocupação em
Jedutum, e todos os seus filhos e parentes — direcionar o meu louvor à Deus,
vestiam roupas de linho fino e estavam em pé do devo me preocupar em levar a
lado leste do altar, tocando címbalos, liras e igreja louvar a Deus, sem
harpas. Cento e vinte sacerdotes tocando atrapalhar nem chamar atenção a
trombetas os acompanhavam. mim mesmo ou para o grupo
musical.
Os que tocavam trombetas e os cantores, em
uníssono, louvaram e agradeceram ao Senhor. É por isso que este ministério não
Acompanhados de trombetas, címbalos e outros é para qualquer pessoa,
instrumentos, levantaram as vozes e louvaram o principalmente aquelas que dizem:
Senhor com estas palavras: "Ele é bom! Seu amor "…é que eu gosto de
dura para sempre!". Nesse momento, uma densa música…gosto muito de cantar…".
nuvem encheu o templo do Senhor . O fato de gostar de música e gostar
de cantar não é argumento
Com isso, os sacerdotes não puderam dar suficiente para uma pessoa atuar
continuidade a seus serviços, pois a presença no ministério da música!
gloriosa do Senhor encheu o templo de Deus.

Então posso entender que a música não tem um fim em si mesma, mas pode ser um
veículo poderoso para nos conduzir pelo poder do Espírito a lugares inimagináveis na
presença de Deus. A música agrega, comunica, influencia e Deus a criou para cumprir
um propósito muito específico. Me pergunto constantemente: o que nos torna aptos a
executar esta música que atrai a glória de Deus? De acordo com o texto bíblico acima,
49
podemos observar alguns princípios importantes que nos leva a uma resposta muito
coerente.

I – PRINCÍPIOS IMPORTANTES.
1. Os sacerdotes – Os sacerdotes eram homens que exerciam o ofício de
ministrarem diante de Deus. Para que eles pudessem cumprir este ofício era
necessário toda uma separação e preparação estabelecidas pelo próprio Deus. Não
era de qualquer maneira que eles podiam se aproximar de Deus. Em Cristo nos
tornamos sacerdócio real (1Pe 2.9; Ap 1.6). Ele mesmo nos estabeleceu e nos
capacitou, abrindo um novo e vivo caminho que nos leva à presença de Deus e
nos torna representantes de Sua luz neste mundo.
2. Se santificaram – Assim como deveriam se santificar porque não poderiam
exercer este ofício diante de um Deus Santo de qualquer maneira, nós também
devemos nos proceder desta mesma maneira, pois, (Hb 12.14) sem santificação
ninguém verá o Senhor. O sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado, ( Hb
9.13-14; 1Jo 1.7, 9; 1Co 6.11; Ap 1.5).
3. Os levitas que eram cantores – Sei que temos muitos ensinamentos preciosos
procedentes do ministério levítico, porém precisamos compreender que em Cristo
foi estabelecido um novo sacerdócio e que todos nos tornamos sacerdotes de uma
nova linhagem. Todos nós temos acesso a presença do Pai através de Jesus (Hb
10.19-22), não somente um grupo especial, mas todos os cristãos, independente
da função que exercemos no corpo de Cristo.
4. Vestidos de linho – vestes de linho eram vestes especiais utilizadas no A.T. pelos
sacerdotes e levitas (Ez 16.17). Jesus nos cobriu de vestes de salvação, nos
envolveu com o manto de justiça, lavou as nossas vestes e nos vestiu com vestes
de louvor (Is 61.10,11).
5. Estavam de pé para o oriente do altar – oriente do altar é a direção do nascer
do sol, isso me fala de centralidade em Cristo, mantermos os nossos olhos e
coração para esta direção (Efésios 1:9,10).
6. Com címbalos, alaúdes e harpas – tinham seus instrumentos em suas mãos, ou
seja, estavam cumprindo seu chamado utilizando as ferramentas corretas, embora
elas não tenham um fim em si mesmo.
7. Em uníssono – este trecho fala claramente do poder da unidade. Deus gera esta
unidade, através da cruz de Cristo somos capacitados a viver em comunhão
verdadeira, nos tornamos “um” com os outros (Ef 2.14-16) , onde há unidade há
unção, há presença de Deus (Sl 133).
8. Para louvarem o Senhor porque é bom – Mais uma vez fala de centralidade,
propósito e motivação alinhados com Deus. Somente ao Senhor é devida toda
honra e toda glória. A centralidade dos nosso louvor e adoração deve ser o Senhor
Deus, o único digno de toda honra e glória. (Rm 16.27, Ap 4.10).
II – EXPECTATIVA E MOTIVAÇÃO
São duas coisas que nós músicos precisamos estar mais atentos. Qual é a sua expectativa
e motivação ao estar ministrando? O que você deseja ver acontecendo no período de
cânticos e louvor? Lembre-se que também somos responsáveis pelo bom andamento do

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culto! Deus vai agir segundo a nossa expectativa e motivação. Você tem vindo com a
motivação e expectativa correta para o culto? Você tem se preparado o suficiente sendo
um instrumento de benção nas mãos de Deus? Baseado nestas perguntas, Deus tem gerado
uma expectativa e um sonho no meu coração, que quando eu estiver ministrando à Ele, a
Sua Glória venha sobre a congregação e como resultado pessoas sejam libertas,
restauradas, curadas, o diabo seja envergonhado e Deus exaltado!
Subsídio Histórico para o professor:
O significado de 2 Crônicas 5 fala da conclusão do templo. Assim foi terminada toda a
obra que Salomão fez para a casa do Senhor. Salomão trouxe todas as coisas que seu pai
Davi havia dedicado (ver 1 Crônicas 18:8-11; 22:3-16; 28:14-18; 29:2-5). A acumulação
era enorme a prata, e o ouro, e todos os instrumentos, foram colocaram entre os tesouros
da casa de Deus.
A Dedicação do Templo
Portanto terminada a construção, seguiu-se imediatamente a alegre e solene cerimônia,
de dedicação do povo e consagração de Deus. Com dignidade inspiradora, a Arca de Deus
foi carregada para seu lugar de descanso. Não uma nova, mas que por longos anos tinha
sido o centro da vida da nação.
Assim seu progresso até a posição foi acompanhado por grandes sacrifícios. Que falavam
eloquentemente e solenemente da única maneira de os homens pecadores se aproximarem
de Deus (2 Crônicas 5:1-10).
O louvor e a glória
Então veio uma grande explosão de harmonia em que a música vocal e instrumental foi
combinada no canto, a canção da bondade e misericórdia de Deus.
No entanto que visão deve ter sido quando Asafe, Heman e Jedutum na liderança com
seus filhos e irmãos, todos vestidos de linho branco, com címbalos, saltérios e harpas,
estavam na extremidade leste do altar, e com eles cento e vinte sacerdotes tocando as
trombetas! E eles eram como um, para fazer um som. Expressa a unidade do povo de
Deus.
Ou seja, único pensamento e objetivo supremos era louvar e agradecer ao Senhor. Essa
era a única mente em que todos eram um. Então o poderoso volume de muitas vozes, o
som de trombetas, címbalos e instrumentos musicais irromperam. A única nota de louvor
era “Ele é bom; pois Sua misericórdia dura para sempre”.
III – SANTIDADE – "…os sacerdotes, que se acharam, se santificaram…" – vs.11
Santo, significa, separado.
1. Quando nascemos de novo fomos separados do pecado a fim de servirmos a Deus
e vivermos para Ele (II Co 5:15, I Pe 1:14-16). Deus não pode manifestar Sua
Glória num ambiente impuro e de pecado. Existem muitos músicos que se dão ao
"luxo" de subir num púlpito de qualquer maneira, com a vida cheia de impurezas
e pecado. Deus não usa vasos sujos! Precisamos agir com Temor na presença de
Deus! Precisamos levá-lo a sério! Cuidado para não trazer "fogo estranho" diante
do Senhor pois Ele abomina! (Lv 10:1-2). Não suba num púlpito para ministrar

51
louvor se você está em pecado…não ministre se você está magoado ou magoou
alguém…, etc. Se você estiver em pecado "deixe a sua oferta perante o altar, vai
primeiro reconciliar-te com teu irmão; e então, voltando, faze a tua oferta" (Mt
5:23-24). Não pense que tudo o que aconteceu lá em Crônicas com a dedicação
do segundo templo, hoje não se aplica, a Bíblia é atemporal, isto é, tudo que nela
está escrito é para instrução.
2. Superar as expectativas – "…sem guardarem as suas turmas…" – vs.11:
Muitos músicos nestes dias infelizmente, tem "oferecido pouco" à Deus. Quando
falo de oferecer pouco estou me referindo ao tempo dedicado ao ministério, ao
tempo de estudo e ensaio, e principalmente, ao tempo de oração e meditação na
Palavra de Deus. Isso é oferecer pouco à Deus, é ser medíocre! Existem músicos
que vivem dando desculpas: "não posso ir ao culto porquê…", "não posso ensaiar
porquê…". Quem tem desculpas não tem frutos! Precisamos ser diferentes e esse
diferencial deve ser marcado pela preparação e dedicação em todos estes aspectos
mencionados. É por isso que muitas vezes o louvor não flui, porque não houve
oração, meditação e nem ensaio e preparação, os músicos estão tocando de má
vontade, etc.
3. Unanimidade – "…uniformemente tocavam as trombetas e cantavam…" –
vs.13: Ser unânime, significa: ter todos o mesmo propósito, mesmo interesse e
objetivo comum. Exemplos: At 2:42-47; 4:23-31. Um dos grandes problemas que
temos enfrentado no ministério da música é que não há unanimidade entre as
pessoas que compõem a equipe, cada um possui uma expectativa diferente e não
há uma mesma linguagem, atrapalhando assim, o mover de Deus no culto.
Devemos ir ao culto com uma mesma expectativa, pois o louvor que atrai a Glória
de Deus é onde as pessoas são unânimes e desejam as mesmas coisas, como
aconteceu no texto bíblico citado. O que tem acontecido é que muitos músicos
passam a semana inteira permitindo que a sua mente fique ocupada com tantas
"sujeiras" (más amizades e conversas, músicas, programas de TV, etc.) que
quando chegam para ministrar no culto, estão sem inspiração, insensíveis,
distraídos e pior, faltando "óleo" (unção) porque não houve uma preparação
adequada. É necessário que todos aqueles que estão no ministério de música falem
a mesma linguagem e andem por um mesmo caminho (Fp 2:1-4).
4. Adoração exclusiva à Ele – "…bendizendo e louvando ao Senhor…" – vs.13
"Porém tu és santo, o que habitas entre os louvores de Israel" – Sl 22:3.
Quando estivermos cantando os cânticos de louvor, toda atenção deve estar
voltada ao Senhor e não a nós como já dissemos. Nossas músicas devem possuir
um conteúdo que exalte ao Senhor, o que Ele representa, o que Ele é, e o que Ele
faz! Infelizmente, existem muitas músicas sem conteúdo e que não sabemos para
quem estamos cantando!!! Davi nos ensina como louvar e adorar a Deus: Sl 28:7;
35:28; 63:5; 68:4; 96:2-4; 145:1-3, 21. Como Davi declara no salmo 68, quando
Deus é exaltado Ele se levanta poderosamente e seus inimigos fogem diante dele!
Como resultado, a Sua Glória é manifesta (libertação, cura, arrependimento, etc.),
como mostra o verso 14 de II Crônicas 5.

CONCLUSÃO:
52
Gostaria de finalizar deixando essa reflexão como um desafio para os músicos e cantores
que atuam na área da música. Normalmente, a responsabilidade de preparação e separação
fica muito nas costas do “ministro de louvor”, como se somente ele tivesse que se
santificar, ouvir a voz de Deus e estar conectado com o Espírito Santo antes e no momento
de ministração. Porém como cristãos todos nós fomos estabelecidos como sacerdotes,
independente da nossa função operacional no corpo de Cristo. Portanto eu creio que
quando entendermos melhor esta realidade , caminharmos mais alinhados em comunhão
e tivermos o mesmo alvo “Jesus”, experimentaremos corporativamente níveis muito mais
profundos e visíveis da GLÓRIA DE DEUS.

53
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - INVP
ESCOLA DE LOUVOR E ADORAÇÃO
2º TRIMESTRE 2023

Domingo, 11 de Junho.
Tema: “O real significado da adoração e do louvor”
Texto Áureo: “Venham, vamos adorar e nos prostrar, vamos nos ajoelhar diante do
Senhor , nosso Criador, pois ele é o nosso Deus. Somos o povo que ele pastoreia, o
rebanho sob o seu cuidado. Quem dera hoje vocês ouvissem a voz do Senhor” ! (Sl 95.6,7)
NVT.
OBJETIVOS DA LIÇÃO:
• APRESENTAR a busca pela adoração como algo essencial ao ser humano.
• RELACIONAR adoração e louvor com amor e obediência.
• DISCUTIR a respeito dos perigos que corre uma igreja quando não vive em
adoração.
INTERRAÇÃO:
Olá professor(as), expectativas renovadas, novas oportunidades para crescimento. O tema
que estudaremos está diretamente ligado ao nosso cotidiano na Igreja. Por isso, nosso
desafio é torná-lo empolgante e contextualizado à sua realidade local. Nossas aulas não
podem ser momentos de debates teológicos inúteis, e sim, instantes de formação espiritual
continuada para esta nova geração que o Senhor levanta. Lembre-se, sua classe é de irmão
no ministério de louvor, eles estão cheios de expectativas, incertezas e projetos. Faça dos
momentos na Escola Dominical espaços de ministração mútua, abençoe a vida deles
sendo um instrumento de Deus para apontar uma vida espiritual mais profunda e viva.
Permita-se ser instrumento de Deus nesta aula.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
O conhecimento não pode ser visto como algo restrito ao educador(a), seus educandos
possuem um universo cultural riquíssimo e que precisa ser valorizado durante as aulas da
EBD. Por isso, uma boa sugestão didática é iniciar esta aula com a metodologia
denominada Brainstorming ou “Tempestade Mental”, “Tempestade de Ideias”. A
execução é muito simples. Inicie sua aula com as seguintes indagações: “O que é louvor
e adoração?”; “Existe alguma diferença entre louvar e adorar? Qual?” Ou ainda com
um pedido: “Defina em uma palavra cada um desses conceitos: adoração e louvor.”
Identifique as características do que seja louvor e adoração. Daí em diante, deixe os
educandos livres para participarem, anote as opiniões de cada um, compare as respostas,
averigue se existem opiniões conflitantes, solicite aperfeiçoamento. Por fim, use, sempre

54
que possível, as participações dos educandos como fio condutor para a aula a ser
ministrada.

Texto Bíblico básico: Marcos INTRODUÇÃO


12:28-34 - NVT
Adorar e louvar são as duas faces de uma mesma
Um dos mestres da lei estava ali moeda muito cara para nós: nosso relacionamento
ouvindo a discussão. Ao perceber com Deus. Isto é um fato: quem não adora ou
que Jesus tinha respondido bem, louva ao Pai sequer consegue se perceber como
perguntou: "De todos os alvo do amor do Criador. Por isso, torna-se muito
mandamentos, qual é o mais importante entender esses ensinamentos a respeito
importante?". dos fundamentos de nossa adoração e louvor a
Jesus respondeu: "O mandamento Deus. O objetivo é aprofundar nossa relação com
mais importante é este: ‘Ouça, ó Deus. Muito mais que um árido e estéril exercício
Israel! O Senhor, nosso Deus, é o de diferenciações terminológicas, nossas aulas
único Senhor. serão momentos reservados para, em comunidade,
Ame o Senhor, seu Deus, de todo o desenvolvermos nossa intimidade com Deus e o
seu coração, de toda a sua alma, de amor ao próximo.
toda a sua mente e de todas as suas
I - A SINCERA DÚVIDA DE UM ESCRIBA
forças’.
O segundo é igualmente importante: • A relação de Jesus com os líderes
‘Ame o seu próximo como a si religiosos de sua época. O contexto no qual
mesmo’. Nenhum outro mandamento está inserida a porção bíblica de nossa
é maior que esses". leitura em classe demonstra bem a
O mestre da lei respondeu: "Muito convivência tumultuada entre Jesus e as
bem, mestre. O senhor falou a autoridades religiosas de sua época.
verdade ao dizer que há só um Quando de sua entrada triunfal em
Deus, e nenhum outro. Jerusalém Ele foi criticado pelos fariseus
E sei que é importante amá-lo de (Lc 19.38-40). Depois de expulsar os
todo o meu coração, de todo o meu vendedores do Templo, escribas e
entendimento e de todas as minhas sacerdotes tramaram matá-lo (Mc
forças, e amar o meu próximo como 11.17,18). Sacerdotes, escribas e anciãos
a mim mesmo. É mais importante tentaram constituir provas para uma
que oferecer todos os holocaustos e acusação de blasfêmia indagando sobre
sacrifícios exigidos pela lei". sua autoridade (Mc 11.27,28). Sacerdotes
Ao perceber quanto o homem e fariseus quiseram prendê-lo (Mt
compreendia, Jesus disse: "Você 21.45,46), herodianos e fariseus buscaram
não está longe do reino de Deus". induzi-lo ao erro de insubordinação contra
Depois disso, ninguém se atreveu a César (Mc 12.13-17) e saduceus
lhe fazer mais perguntas. procuraram embaraçá-lo com uma questão
a respeito da interpretação da lei (Lc 20.27-
33).

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• A dúvida do escriba. Em meio a tantos embates, um daqueles religiosos parece
fazer uma pergunta genuína, desprovida de segundas intenções: “Qual é o
primeiro de todos os mandamentos?” (Mc 12.28). Claro que a inquietação do
doutor da lei não era sobre a sequência dos mandamentos, isto ele como guardião
da lei sabia muito bem. O questionamento era sobre qual o maior, o mais
importante, o mandamento imprescindível. Jesus cita o Shema Judaico, isto é, a
clássica declaração de Deuteronômio 6.4-9 que se inicia com o imperativo “ouve,”
que no curso da construção da sociedade judaica tornou-se uma espécie de
“declaração de fé”. Todavia, a conclusão que o escriba tira das palavras citadas
por Jesus é dura para o sistema religioso tradicional, pois como conclui o doutor
da lei, amar a Deus e ao próximo como a si mesmo é mais importante “do que
todos os holocaustos e sacrifícios” (Mc 12.33).
• A declaração de Jesus. Diante de uma afirmação tão radical, que colidia
diretamente com a natureza do culto sacrifical judaico, enfraquecido, mas ainda
existente naquela época, Jesus, assegura ao escriba que suas convicções o
aproximam do Reino de Deus (Mc 12.34). Jesus denuncia mais uma vez aqui neste
texto que adoração não tem relação com o que possuímos, isto é, com o “capital”
(financeiro, social ou intelectual) que temos, mas com aquilo que somos. Se
reconheço que não sou nada e que Deus é incomparável, então sou adorador! Se
não sou egoísta, mas percebo o outro como meu irmão, merecedor de toda a
misericórdia e amor que necessito, estou louvando a Deus! O que faço não deve
ser consequência de uma cobiça por algo a receber, mas o resultado de um
autoconhecimento básico: sou filho amado do Pai e membro do Corpo de Cristo.

Pense
É notório que boa parte dos conflitos que Jesus tinha com as pessoas que
comandavam o mundo religioso de sua época estava relacionada à sua visão
sobre adoração e louvor.
Ponto Importante
Ao ser indagado sobre o “maior mandamento”, Jesus não declara apenas: “Adorar
a Deus!”, o Mestre preocupa-se em afastar sua resposta da pura teoria e procura
contextualizá-la associando-a diretamente ao amor a Deus e ao próximo,
conceitos muito mais acessíveis a qualquer pessoa.

II – A RESPEITO DA ADORAÇÃO INDIVIDUAL

• Possíveis definições para louvor e adoração? Provisória e precariamente,


podemos descrever adoração e louvor como um estado de consciência onde se
reconhece simultaneamente a grandiosidade de Deus e a efemeridade da condição
humana. É a busca insaciável por mais da pessoa de Deus, sem nenhum interesse
alheio a esse fim. É desejo pessoal de dedicar o máximo de si a Deus e ao próximo.
Partindo destas ideias fica evidente que existem níveis e intensidades diferentes
na adoração e louvor, não necessariamente uma hierarquia ou uma escala.

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• A espontaneidade e simplicidade na adoração. Adoração não pode ser
mecanizada. Celebrações como “tarde de adoração”, “noite dos adoradores”
podem ter um ótimo apelo midiático, mas não possuem garantias espirituais. É
possível a realização de cultos com outros fins – políticos, econômicos, pessoais
– que não a adoração. Nunca se deve associar a adoração e o louvor a uma
sequência de protocolos a serem seguidos, e que não podem ser modificados. A
adoração e louvor, por vezes, estão relacionados na Bíblia a situações de fortes
sentimentos, arrebatamentos, e muitas vezes surpreendentes (Dn 10.7-10; At
22.7). Ao falar a respeito do “perfeito louvor”, Jesus cita a pureza e simplicidade
das crianças (Mt 21.16). Logo, devemos entender que louvar a Deus, ainda que
seja algo feito em um contexto coletivo, é uma atitude que devemos fazer de forma
espontânea, por meio da gratidão, quebrantamento e humilhação.
• Adoração como acesso individual a Deus. Não dá para adorar mais ou menos,
“quase adorar” ou adora-se a Deus ou não! Por isso, muitas pessoas procuram
enganar a si mesmas achando que a simples presença num contexto religioso as
faz adoradoras do Pai. A verdade é que aqueles que creem e buscam a Deus com
simplicidade de coração, com certeza o acharão (Sl 119.7). Deus, durante todo o
curso da humanidade, convida-nos a adorá-lo, reconhecê-lo como único Senhor
(Sl 29.2; 150.6; Is 55.6). A Bíblia está repleta de narrativas a respeito de pessoas
que, em sua disposição pessoal para adorar ao Senhor, foram abundantemente
abençoados enquanto adoravam: Isaías teve o pecado perdoado (Is 6.7); Moisés
conversou com Deus como quem dialoga com um amigo (Êx 33.11); Jacó teve
um encontro inesquecível com Deus (Gn 32.28) e Paulo teve toda sua visão de
mundo reorientada (2 Co 12.1-10).

Pense
Adoração e louvor não são uma sequência de protocolos a serem seguidos. Eles
devem ser espontâneos e brotar de um coração inteiramente rendido ao Pai.
Ponto Importante
Cada pessoa é única e reage de maneira diferente ao sentir a presença de Deus nos
momentos de adoração e louvor.

III – ALGUNS DESAFIOS NA ADORAÇÃO EM COMUNIDADE

• O cerimonialismo legalista contemporâneo. Normas para se prestar um culto


são necessárias, e a própria Bíblia traz essas orientações. Entretanto, um culto que
se concentra em ritos e cerimônias, sem contemplar a atuação do Espírito Santo,
tende a engessar a liberdade da adoração e do Espírito Santo em atuar na
congregação. Para algumas pessoas a adoração está diretamente vinculada à
execução de determinadas formalidades espirituais.
• A irreverência assumida como elemento litúrgico. Em nome de uma suposta
modernização, ou para usar um termo técnico, aculturação, algumas igrejas
perderam suas identidades. Já não se percebem como manifestações históricas do
Reino de Deus, são apenas meros ajuntamentos sociais. Não há nenhum
57
sentimento de reverência nesses locais. Para certos grupos, ir ao shopping e ir à
igreja significa a mesmíssima coisa, literalmente. O louvor é um espetáculo de
pirotecnia espiritual – às vezes nada mais que muito choro e gritos, outras vezes
apenas pulos e aplausos. Letras repetitivas à exaustão, vazias de conteúdo bíblico
e até mesmo de sentido lógico, povoam certas igrejas. Em nome de atrair o público
jovem o templo transforma-se em um local de entretenimento.
• O que significa realmente adoração e louvor? Perguntar-se a respeito do que é
adorar é um ótimo indício de que você está muito perto de experimentar a
plenitude da presença de Deus. Lembra do escriba cheio de dúvidas (v.34)?
Adoração e louvor são conceitos amplíssimos, enriquecidos pelas vivências
pessoais de cada um de nós. Muito mais importante que saber o conceito é poder
testemunhar as experiências quase indescritíveis de ter estado na presença de Deus
em amor e obediência, louvor e adoração, fragilidade e plenitude. Não há pressa
em compreender o que é adorar e louvar, temos mais doze domingos para nos
achegarmos mais a Deus, com muita humildade e temor, e perguntarmos a Ele:
podes me ajudar a viver diante de ti uma vida para teu louvor onde tudo o que faça
repercuta em adoração ao teu santo nome?
Pense
Você se sente motivado a louvar e adorar a Deus durante as celebrações em sua igreja?
De que forma você pode contribuir para que o ambiente comunitário em que você serve
a Deus torne-se um espaço de vivências de adoração?
Ponto Importante
A moderação é uma palavra-chave na construção das liturgias coletivas em uma
comunidade. A igreja não pode tornar-se um campo de combate de gostos e opiniões.
Princípios como “cuidado com os mais fracos” e “misericórdia” sempre devem estar
presentes.
SUBSÍDIO PARA O PROFESSOR:
“ADORAR. sãhãh: ‘adorar, prostrar-se, curvar-se’. Esta palavra é encontrada no hebraico
moderno no sentido de ‘curvar-se’ ou ‘inclinar-se’, mas não no sentido geral de ‘adorar’.
O fato de que ocorre mais de 170 vezes na Bíblia hebraica mostra algo do seu significado
cultural. Aparece pela primeira vez em Gênesis 18.2. O ato de se curvar em homenagem
é feito diante de um superior ou soberano. Davi ‘se curvou’ perante Saul (1 Sm 24.8). Às
vezes, é um superior social ou econômico diante de quem a pessoa se curva, como quando
Rute ‘se inclinou’ à terra diante de Boaz (Rt 2.10). Num sonho, José viu os molhos dos
seus irmãos ‘inclinando-se’ diante do seu molho (Gn 37.5,7,8). A palavra sãhãh é usada
com o termo comum para se referir a ir diante de Deus e na adoração (ou seja, adorar),
como em 1 Samuel 15.25 e Jeremias 7.2. Às vezes está junto com outro verbo hebraico
que designa curvar-se fisicamente, seguido por ‘adorar’, como em Êxodo 34.8: ‘E Moisés
… encurvou-se [‘adorou’, ARA]’. Outros deuses e ídolos também são o objeto de tal
adoração mediante a ação de se prostrar diante deles (Is 2.20; 44.15.17)” (VINE, W. E.;
UNGER, Merril F.; WHITE JR., William. Dicionário Vine. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2007. p. 31).

58
CONCLUSÃO
Ao falarmos de louvor e adoração precisamos ter a consciência de que estamos lidando
com temas absolutamente relevantes para o Reino de Deus. Neste tempo de poucos
referenciais e muitos escândalos, desenvolver um senso coletivo de intimidade e temor a
Deus será essencial para o amadurecimento de nossas igrejas.

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - INVP
ESCOLA DE LOUVOR E ADORAÇÃO
2º TRIMESTRE 2023

Domingo, 18 de Junho.
Tema: “O Avivamento na Vida da Igreja”
Texto Áureo: “E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras
línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” (At 2.4)
VERDADE PRÁTICA
Ao longo dos anos, a Igreja experimenta avivamentos por meio do batismo no Espírito
Santo e da atualidade dos dons espirituais.

Texto Bíblico Básico: Atos 2.1-13 NVT


No dia de Pentecostes, todos estavam reunidos num só lugar.
De repente, veio do céu um som como o de um poderoso
vendaval e encheu a casa onde estavam sentados.
Então surgiu algo semelhante a chamas ou línguas de fogo
que pousaram sobre cada um deles.
Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar
em outras línguas, conforme o Espírito os habilitava.
Naquela época, judeus devotos de todas as nações viviam em
Jerusalém.
Quando ouviram o som das vozes, vieram correndo e ficaram
espantados, pois cada um deles ouvia em seu próprio idioma.
Muito admirados, exclamavam: "Como isto é possível? Estes
homens são todos galileus
e, no entanto, cada um de nós os ouve falar em nosso próprio
idioma!
Estão aqui partos, medos, elamitas, habitantes da
Mesopotâmia, da Judeia, da Capadócia, do Ponto, da
província da Ásia,
da Frígia, da Panfília, do Egito e de regiões da Líbia
próximas a Cirene, visitantes de Roma
(tanto judeus como convertidos ao judaísmo), cretenses e
árabes, e todos nós ouvimos estas pessoas falarem em nossa
própria língua sobre as coisas maravilhosas que Deus fez!".
Admirados e perplexos, perguntavam uns aos outros: "Que
significa isto?".
Outros, porém, zombavam e diziam: "Eles estão bêbados!".

60
INTRODUÇÃO
Hoje vamos estudar o avivamento produzido por intermédio do Espírito em Atos.
Veremos que é uma promessa que diz respeito a todo crente salvo em Cristo Jesus. Esse
avivamento do Espírito traz vida à igreja local, dinamiza a sua obra e, em tudo, glorifica
a Cristo. O Avivamento gerado no Espírito Deus unge seus servos para uma grande obra
e autentica o ministério cristão. Assim, não podemos viver uma atividade ministerial que
não esteja sob o pleno domínio do Espírito. Do contrário, e a carne que tomara a frente,
valores opostos ao Evangelho prevalecerão.

APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Expor a realidade do Batismo no Espírito Santo e o Nos primórdios da Igreja, o povo de Deus
público-alvo; era avivado e caminhava sob a direção do
II) Examinar o dinamismo da Igreja Apostólica; Espírito Santo. Por isso, nesta lição,
III) Demonstrar a importância de um ministério
estudaremos o papel do enchimento do
ungido para os dias atuais.
Espírito no avivamento primitivo.
B) Motivação: A Igreja Apostólica foi bem-sucedida
no ministério de proclamação do Evangelho porque Analisaremos o aspecto dinâmico da
estava sob o domínio do Espírito Santo. Essa Igreja Igreja e, finalmente, tece-remos algumas
estava imersa no Espírito de Deus. Para a igreja do considerações quanto ao dinamismo
século XXI ser vitoriosa é preciso viver sob a direção avivado da Igreja Primitiva para os dias
do Espírito Santo, cultivar os dons espirituais e, em atuais.
tudo, glorificar a Cristo no Espírito Santo.
C) Sugestão de Método: Inicie a aula com uma
oração. Em seguida faça a seguinte pergunta: Por que
a Igreja precisa do Espírito Santo para executar a sua
missão? Incentive a participação dos alunos e ouça
com atenção as respostas. Explique que o livro dos
Atos dos Apóstolos revela uma igreja que atuava no
poder do Espírito. Se em Lucas 4.18 lemos que o
Espírito do Senhor estava sobre Jesus, em Atos dos
Apóstolos o Espírito do Senhor está sobre a Igreja ao
longo dos séculos (At 2.39).
Aplicação: Após explicar que o Espírito Santo atuava
de maneira abundante na Igreja Apostólica, faça uma
reflexão com a classe de como se encontra a relação
de cada um com o Espírito Santo. Pergunte: Como
está o seu relacionamento com o Espírito Santo?
Você compreendeu o que é viver na unção do
Espírito Santo e glorificando a Cristo em tudo?

61
I - O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO E O PÚBLICO-ALVO
a. O chamado abrangente de Jesus. A Primeira condição para receber o Batismo
no Espírito Santo é passar pela experiência de salvação. Sendo necessário
arrepender-se e crer no Evangelho (Mc 1.15), pois sem arrependimento e fé, não
há salvação. A segunda condição é obedecer a Deus, pois nosso arrependimento
e fé devem apresentar frutos dignos (1Jo 5.2-4). E, finalmente, a terceira condição
é santificar-se, pois sem santificação, ninguém verá a Deus (Hb 12.14). Esse
chamado de Jesus é para todas as pessoas. Ele antecede a experiência do batismo
no Espírito Santo.
b. A promessa é para todos os salvos.* Os primeiros a receberem essa
manifestação sobrenatural do Espírito Santo foram os discípulos que, salvos, se
reuniram no cenáculo para perseverar em oração (At 1.12-14). Eles esperavam o
cumprimento da promessa feita por Jesus (At 2.1; cf.1.4,5,8). E, de repente, o
Espírito foi derramado sobre todos os que estavam reunidos e assentados na casa
(At 2.1,2). Ao final do segundo capítulo de Atos, o apóstolo Pedro afirma que a
promessa “diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos
quanto Deus, nosso Senhor, chamar” (At 2.39). Assim, o texto bíblico atesta a
abrangência atemporal e perene da promessa: o batismo no Espírito Santo e para
todos os salvos em todas as épocas, culturas e geografias.

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

*O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO “A promessa do


batismo no Espírito Santo não foi apenas para aqueles presentes
no dia de Pentecostes, mas também para todos os que cressem
em Cristo durante toda esta era. O batismo no Espírito Santo
com o poder que o acompanha, não foi uma ocorrência isolada,
sem repetição, na história da igreja’. Não é somente a Bíblia que
nos está a atestar essa verdade; a própria história comprova a
realidade do Pentecostes em todas as eras”. Amplie mais o seu
conhecimento, lendo a obra Fundamentos Bíblicos de um
Autêntico Avivamento, editada pela CPAD, p.104.

c. O engano dos Cessacionista. O Cessacionista é uma corrente da Teologia


Reformada e de algumas igrejas históricas, que afirma que os dons espirituais
cessaram na vida da Igreja. Segundo essa corrente, o batismo no Espírito Santo e
os dons espirituais eram apenas para os dias apostólicos. Há uma “ginástica de
interpretação bíblica” para justificar essa invencionice histórica. Há outros ainda
que, seguindo seus teólogos, afirmam que o batismo no Espírito Santo é a própria
conversão.

62
SINOPSE I
O Batismo no Espírito Santo é um chamado para todo crente experimentar o dom
celestial. Portanto, os sensacionistas estão equivocados.

II - O DINAMISMO DA IGREJA APOSTÓLICA

a. A Igreja nasce avivada. Do ponto de vista histórico, a Igreja passou a existir no


dia de Pentecostes. Isso ocorreu sob a atuação direta do Espírito Santo. A Igreja
nasceu avivada! Assim como o Tabernáculo foi consagrado pela descida da glória
divina (Êx 40.34,35), a Igreja foi consagrada pela descida do Espírito Santo (At
2). Portanto, ali no Pentecostes, o Senhor da Igreja iniciou o maior avivamento da
história humana.
b. A Igreja depois do Pentecostes. Os sinais do poder de Deus nos Atos dos
Apóstolos podem ser resumidos assim: Conversões e Batismos (At 2.41), os quais
eram frutos do avivamento espiritual em Jerusalém. Após o Pentecostes, a Igreja
Apostólica pregava na autoridade do nome de Jesus, na unção e no poder do
Espírito Santo. Por isso, nessa igreja havia perseverança na doutrina, na comunhão
e na oração (At 2.42); havia também temor, sinais e maravilhas (2.43); além de
cuidado especial para com os irmãos carentes (2.44,45; 4.32,33). O avivamento
espiritual da Igreja Apostólica revela um profundo compromisso em duas esferas:
a espiritual (piedade – Palavra e Oração) e a social (Comunhão – suprir a
carência).
SINOPSE II
A igreja do Pentecostes nasceu avivada e permaneceu avivada. Isso explica o dinamismo
dessa Igreja.

VIDA CRISTÃ
“TODOS DEVEM MINISTRAR
A aplicação desse princípio tem algumas implicações
revolucionárias. Por exemplo, significa que cada pessoa que
participa da vida Cristo tem um papel vital em seu piano para a
igreja. Os dons e os ofícios podem diferir, mas cada um de nós
possui uma função única. ‘Uma igreja que afunila seu trabalho de
alcançar outras pessoas, por depender de especialistas – seus
pastores ou evangelistas – para o trabalho de testemunho, está
vivendo em desacordo tanto com sua Cabeça [Cristo] como
padrão sistemático dos primeiros cristãos'” (COLEMAN, Robert.
A Che-gada do Avivamento Mundial. Rio de Janeiro: CPAD,
1996, p.77).

63
III - UM MINISTÉRIO UNGIDO PARA OS DIAS ATUAIS
a. Na unção do Espírito Santo. A pregação cristã deve ser acompanhada de poder,
sinais e milagres. Esses sinais podem ser manifestos por meio de salvação de vidas
para Jesus; expulsão de demônios; imposição de mãos sobre os enfermos para
serem curados conforme Jesus declarou que aconteceria (Mc 16.18). Um
ministério avivado, ungido pelo Espírito Santo, é indispensável à missão da Igreja
nestes dias.
b. Autenticado por Deus. Um ministério ungido não se desenvolve apenas por
intermédio dos instrumentos formais e acadêmicos dentro dos padrões
hermenêuticos, e exegéticos e homiléticos da pregação. Todos esses instrumentos
são importantes para o aprimoramento do obreiro. Mas só eles não bastam. É
preciso que Deus aprove o trabalho do obreiro. Foi assim que aconteceu em
Marcos, quando Jesus autenticou a pregação dos discípulos, “confirmando a
palavra com sinais que se seguiram” (Mc 16.20). Portanto, o modelo da pregação
do Novo Testamento é uma mensagem confirmada pelos sinais e prodígios de
Deus.
c. Glorifica a Cristo. O ministério ungido pelo Espírito glorifica a Cristo e não o
homem. Não por acaso, nosso Senhor declarou que a missão do Espírito Santo é
glorificá-lo (Jo 16.13,14). Assim, toda mensagem do Evangelho e atividade sob a
direção do Espírito Santo devem glorificar a Cristo. Aos coríntios, o apóstolo
Paulo ensina que “quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei
tudo para a glória de Deus” (1 Co 10.31). Deus em Cristo e que deve ser
glorificado a partir de nossa instrumentalidade na obra do Senhor.

SINOPSE III
Um ministério cristão deve ser ungido pelo Espírito Santo, autenticado por Deus
e glorificar a Cristo.

Auxílio Vida Cristã:


“O ESPÍRITO SANTO CAPACITANDO PARA O SERVIÇO
E plenamente manifesto que o amor verdadeiro por Cristo e a esperança da salvação
começa no Calvário. Por outro lado, o real serviço para Cristo começa no Pentecostes.
Poder para servir e a primogenitura a que tem direito todo filho de Deus. O Trabalho
cristão eficiente e de valor, depende de vida sob pleno controle do Espírito Santo.
O Batismo no Espírito Santo é a porta para uma vida abundante e triunfante, pois sem a
bênção pentecostal não pode haver testemunho pleno nem poder para servir. Um breve
exame do panorama espiritual antes do dia de Pentecostes revela que o Espírito Santo
dinamizava as pessoas para trabalhos especiais de acordo com as necessidades da
ocasião” (CONDE, Emílio (Coord.). O Espírito Santo Glorificando a Cristo. Rio de
Janeiro: CPAD, 1967, pp.146,47)

64
CONCLUSÃO
A Igreja Apostólica nasceu sob o avivamento do Pentecostes, debaixo do glorioso
batismo no Espírito Santo. Ao longo de sua história, aprendemos que a razão do seu êxito
não foi o conhecimento humano de seus pregadores, membros e congregados. O que fez
toda a diferença no ministério da Igreja Apostólica foi a unção do Espírito Santo sobre
essa igreja. Não podemos deixar a chama apagar. A unção do Espírito Santo continua
disponível hoje.

65
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - INVP
ESCOLA DE LOUVOR E ADORAÇÃO
2º TRIMESTRE 2023

Domingo, 25 de Junho.
Tema: “É fundamental cultivarmos uma vida de oração”
Texto Áureo: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está
perto.” (Isaías 55.6).
VERDADE PRÁTICA
Todo aquele que serve e tem comunhão com Deus compreende a necessidade e a
importância de uma vida de oração.

Textos Bíblicos de Referência: (NVT)


ESBOÇO DA LIÇÃO:
1. Por essa época, o rei Herodes Agripa começou
1– A importância da oração
a perseguir violentamente algumas pessoas da
igreja. 2– O que acontece quando a Igreja ora?
2. Mandou matar à espada Tiago, irmão de João. 3– Os resultados de uma vida de oração
3. Quando Herodes viu quanto isso agradava os Conclusão
judeus, também prendeu Pedro durante a
celebração da Festa dos Pães sem Fermento.
4. Depois, lançou-o na cadeia, sob a guarda de
quatro escoltas, cada uma com quatro soldados. A
intenção de Herodes era apresentar Pedro aos
judeus para julgamento público depois da Páscoa.
5. Enquanto Pedro estava no cárcere, a igreja
orava fervorosamente a Deus por ele.
11. Por fim, Pedro caiu em si. "É verdade
mesmo!", disse ele. "O Senhor enviou seu anjo
para me salvar daquilo que Herodes e os judeus
planejavam me fazer!" (Atos 12: 1-5 e 11)

66
INTRODUÇÃO
No enfrentamento das batalhas da vida é fundamental que o discípulo de Cristo procure
cultivar uma vida de constante oração. Na presente lição veremos o exemplo da Igreja
Primitiva, que tinha a oração como uma de suas mais relevantes características e os efeitos
da oração na Igreja e na vida pessoal do cristão.

I – A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO
A oração é uma das armas espirituais importante, poderosa em Deus, para destruição das
fortalezas do inimigo [2Co 10.4]. Para vencer as batalhas da vida, é necessário que ela
seja uma prática constante e diária na vida do cristão.
1. No nosso cotidiano. Por conta de uma vida muito corrida, infelizmente, temos a
tendência de nos aproximarmos de Deus da mesma forma, correndo. Encontramos
e temos tempo para tudo na vida. Não é pecado trabalhar, estudar, fazer atividades
esportivas, namorar, casar, ter filhos, entre outros. No entanto, cometemos um
grave erro quando, em meio a tudo isso, não encontramos um tempo de qualidade
para uma vida de oração a Deus.

SUBSÍDIO PARA O PROFESSOR:


Todo aquele que deseja servir e ter comunhão com Deus deve
compreender a necessidade e a importância de uma vida de
oração. Orar é falar com Deus. Por toda a Bíblia temos
exemplos extraordinários tanto acerca do que é a oração, quanto
do que se pode alcançar através dela. Através das
Sagradas Escrituras, somos estimulados a orar sem cessar, e a
crer que a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos
[Tg 5.16b].

2. Deus sempre está atento às nossas orações. A narrativa de Lucas no capítulo 12


do livro de Atos nos mostra como o plano do rei Herodes foi inutilizado pela
intervenção direta de Deus, uma prova de que Ele sempre está atento às orações
do Seu povo. Embora Pedro estivesse sob a vigilância de quatro grupos de quatro
soldados [At 12.4], Deus agiu em resposta às orações da Igreja, libertando Seu
servo das cadeias.

67
Subsídio do Professor: Comentário Bíblico Moody: “Embora os crentes
estivessem orando fervorosamente pela libertação de Pedro, ficaram
admirados quando suas orações foram respondidas. Quando a criada que
atendeu às batidas de Pedro, reconheceu a voz do apóstolo, correu de volta
para avisar a igreja reunida, deixando Pedro em pé junto à porta trancada. Os
crentes pensaram que Rode estivesse imaginando coisas ou que ela tivesse visto o
anjo da guarda de Pedro [Mt 18.10; Hb 1.14]. Quando deixaram Pedro entrar, seus
amigos começaram a lhe fazer perguntas excitadamente. Ele precisou lhes fazer
sinal para silenciarem.”

3. Uma prática de vida. A oração era uma prática diária da Igreja Primitiva [At
2.42]. Os discípulos conheciam a importância e o poder da oração [Lc 11.1; At
4.31]. Eles não só aprenderam a orar com Jesus [Lc 11.1-4], como também viram
o Mestre em constante oração [Mt 14.23; Lc 6.12-13; 22.41-42]. O texto de Atos
12.5 nos ensina duas lições: devemos nos preocupar com o nosso próximo e
devemos orar com fervor. Como resposta às orações da Igreja, Deus enviou um
anjo até a prisão onde Pedro estava [At 12.7].

Subsídio do Professor: Comentário Bíblico Wiersbe: “Herodes prometeu


matar Pedro após a cerimônia da Páscoa, que durava oito dias, para agradar
aos judeus. Por segurança, ele designou quatro escoltas com quatro guardas
cada para vigiar Pedro. Dois guardas ficavam dentro da cela, um de cada
lado de Pedro, e os outros dois, na porta da cela. “Mas havia oração
incessante a Deus por parte da igreja a favor dele” [At 12.5]. Como essas
palavras trazem emoção ao crente! Os cristãos, quando Satanás faz o seu
pior, podem se voltar a Deus em oração com a certeza de que Ele
responderá.”

EU ENSINEI QUE:
A oração é uma das armas espirituais importante,
poderosa em Deus, para destruição das fortalezas do
inimigo.

68
II – O QUE ACONTECE QUANDO A IGREJA ORA?
Sem sombra de dúvidas, algo poderoso e maravilhoso acontece quando a Igreja ora. O
capítulo 12 de Atos nos ensina lições preciosas acerca da relevância da oração coletiva.
2.1 - Novos desafios. O rei Herodes começou a perseguir os cristãos com prisões e maus-
tratos. Vendo que sua atitude ganhava apoio dos judeus, ele intensificou sua maldade e
matou Tiago ao fio da espada. Seu próximo alvo era Pedro. Enquanto Pedro estava no
cárcere, a Igreja orou incessantemente a Deus por ele [At 12.5]. A prisão de Pedro foi
uma oportunidade de a Igreja unir-se em oração. Muitas vezes não entendemos os
propósitos de Deus nos momentos difíceis que vivenciamos, mas precisamos
compreender que todas as coisas cooperam para o nosso bem.

Subsídio do Professor: O texto bíblico de Atos 2 nos mostra o resultado


da oração na Igreja Primitiva. Comentário Bíblico Beacon: “Os resultados
foram espantosos. Quase três mil almas (pessoas) somaram-se ao
relativamente pequeno grupo de crentes que tinham sido cheios com o
Espírito naquele mesmo dia. Era uma tremenda demonstração do poder do
Espírito Santo. Estes novos convertidos perseveravam na doutrina (melhor
“ensino”, Didachê) dos apóstolos, e na comunhão (koinōnia). Isto é, havia
uma unidade de fé e de espírito. O partir do pão provavelmente se refere a
uma celebração frequente da Ceia do Senhor. As orações aconteciam tanto
nas casas particulares quanto no Templo [cf. v. 46].”

2.2 - Paz e descanso. Como alguém que está prestes a morrer pode dormir sossegado? O
que deu a Pedro tanta confiança e paz? Em primeiro lugar, havia muitos cristãos orando
intercedendo por sua vida [At 12.12]. Em segundo lugar, o motivo dessa paz que Pedro
sentia era a certeza de que Herodes não poderia matá-lo. Jesus lhe havia dito que viveria
até uma idade avançada. Ele simplesmente se apropriou dessa promessa e descansou no
Senhor. Ele não sabia quando ou de que maneira o livramento viria, mas descansava
porque estava sob uma promessa [Jo 21.18-19].

Subsídio do Professor: Simon Kistemaker (Comentário do Novo


Testamento – Atos Volume 1 – Editora Cultura Cristã) comenta sobre Atos
12.6: “Lucas não coloca a ênfase sobre Herodes Agripa, nem sobre os
soldados, mas em Pedro. Ele retrata o prisioneiro dormindo profundamente
entre dois guardas e pinta um quadro de completa confiança e fé em Deus:
na véspera de seu julgamento e morte. Pedro dorme. O texto correlato do
Antigo Testamento está registrado num dos salmos de Davi. Quando fugia
de seu filho Absalão” – Sl 3.5

69
2.3 - O agir de Deus é libertador. Pedro recebeu a visita de um anjo e coisas
sobrenaturais começaram a acontecer diante de seus olhos. Ele viveu uma nova
experiência e pensou que se tratava de uma visão [At 12.9]. O anjo trouxe luz e liberdade
à cela da prisão [At 12.7]. Pedro estava algemado, preso entre dois soldados, mas o anjo
lhe despertou, ordenou que se levantasse e logo as cadeias caíram de suas mãos
automaticamente. Livre das algemas, ele vestiu-se e calçou-se para depois seguir os
passos do anjo. Pedro passou por várias etapas até a libertação se dar por completo. Mas
tudo começou com um toque especial em sua vida. Pedro teve de se levantar antes de
caminhar. Para desfrutar do livramento foi necessário Pedro seguir as orientações do
mensageiro do Senhor.

Subsídio do Professor: Comentário Bíblico Wiersbe: “Não devemos


nunca subestimar o poder de uma igreja que ora. Os crentes oraram de
forma incessante [At 12.5], decisiva e corajosa. Deus honrou as orações
deles e trouxe glória para si mesmo, apesar da descrença deles quando
Pedro apareceu. Rode, a serva, respondeu pela fé quando ouviu baterem à
porta, pois, pelo que ela sabia, podia ser um esquadrão de soldados de
Herodes que viera prendê-los!”

III – OS RESULTADOS DE UMA VIDA ORAÇÃO


A oração é imprescindível para a nossa vida espiritual. O chamado de Deus para que
tenhamos uma vida de oração permanece de pé [2Cr 7.14; Jr 29.13-14; Lc 18.1].
3.1 - Maior comunhão com Deus. O apóstolo Pedro nada poderia fazer para se livrar
daquela prisão. A única arma que a igreja possuía era a oração. Não há dúvidas de que a
oração proporciona maior comunhão com Deus. Através da oração, somos fortalecidos
em Deus e renovados. A oração ajuda a nos aproximarmos de Deus [Tg 4.8]. A Palavra
de Deus nos garante que Deus não rejeita um coração quebrantado e contrito [Sl 51.17].
3 Subsídio do Professor: Comentando sobre Tiago 5.17, Hernandes Dias
Lopes afirma: “Não podemos separar a Palavra de Deus da oração. Em Sua
Palavra Deus nos dá as promessas pelas quais devemos orar. Elias orou com
persistência. Muitas vezes, nós fracassamos na oração porque desistimos
muito cedo, no limiar da bênção. Elias orou com intensidade. A palavra
“instância” [Tg 5.17] significa que Elias orou de coração. Ele pôs o seu
coração na oração. Devemos orar pela nação hoje, para que Deus traga
convicção de pecado sobre o povo e um reavivamento para a Igreja.”

3.2 - Direção do Espírito Santo. Um dos resultados de uma constante vida de oração é
a direção segura do Espírito Santo de Deus. É Ele quem guia as nossas vidas. É Ele quem
ilumina, pela Palavra de Deus, os nossos passos [Sl 119.105]. Desde os primórdios, é o
Espírito Santo quem orienta a Igreja de Cristo [At 13.1-4]. Como verdadeiros discípulos
de Cristo, precisamos ter em mente que, ao orarmos, estaremos mais sensíveis à direção
do Espírito Santo, pois isto nos traz segurança, esperança e consolo em todos os
momentos.
70
Subsídio do Professor: Comentário Bíblico Beacon: “Pedro recebeu a
ordem de vestir-se imediatamente e atar as suas sandálias [At 12.8]. Deus
não faz por nós o que podemos fazer por nós mesmos. Em seguida, o anjo
disse ao prisioneiro libertado para colocar nas costas a sua capa (manto
exterior) e segui-lo. Pedro obedeceu, ainda confuso. Ele pensou que
estivesse tendo uma visão [At 12.9]. Não parecia ser possível que isto
pudesse ser verdade.”

3.3 - Novas experiências com Deus. Poucos homens passaram pelas experiências vividas
pelo apóstolo Pedro. Ele andou sobre as águas; curou paralíticos; ressuscitou Dorcas, teve
a visão da revelação da salvação dos gentios, e mesmo assim, quando o anjo lhe aparece
na prisão, ele não conseguiu discernir se aquilo era real ou um sonho [Mt 14.29; At 3.6-
8; 9.32-42; 10.10-16; 12.9]. Mesmo com tanta experiência, esse texto nos ensina que a
cada dia novas experiências decorrentes de uma vida de oração podem nos surpreender.

Subsídio do Professor: Hernandes Dias Lopes: “Os crentes, embora


sujeitos a fraquezas, podem ter vitória na oração. Elias era homem sujeito
às mesmas fraquezas (teve medo, fugiu, sentiu depressão, pediu para
morrer), mas era justo e a oração do justo pode muito em sua eficácia. O
poder da oração é o maior poder no mundo. A história mostra o progresso
da humanidade: poder do braço, poder do cavalo, poder da dinamite, poder
da bomba atômica. Mas o maior poder é o poder de Deus que se manifesta
através da oração dos justos.”

CONCLUSÃO
Os discípulos nunca pediram para que Jesus os ensinasse a expulsar demônios, a fazer
milagres, ou andar sobre as águas. Mas pediram a Jesus que os ensinasse a orar [Lc 11.1].
Eles certamente entenderam a importância de uma vida de oração.

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