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Aula 07 - Farmacodinâmica

O documento discute o mecanismo de ação dos fármacos, incluindo os tipos de receptores envolvidos como enzimas, canais iônicos, receptores celulares, proteínas G, tirosina quinase e ácidos nucleicos. Também aborda a relação dose-resposta e os efeitos anormais dos medicamentos.

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Aula 07 - Farmacodinâmica

O documento discute o mecanismo de ação dos fármacos, incluindo os tipos de receptores envolvidos como enzimas, canais iônicos, receptores celulares, proteínas G, tirosina quinase e ácidos nucleicos. Também aborda a relação dose-resposta e os efeitos anormais dos medicamentos.

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24/04/2023

FARMACODINÂMICA
MECANISMO DE AÇÃO

Profa. Dra. MV. Camila Goloni


Curso de Medicina Veterinária

Contato: [email protected]

Farmacodinâmica

Estudo dos mecanismos fisiológicos, bioquímicos e moleculares de ação das drogas

MECANISMO DE AÇÃO do fármaco no organismo

Atuação em reações fisiológicas e bioquímicas das células, modificando-as

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24/04/2023

Farmacodinâmica
Mecanismo de ação do fármaco – Estrutura química
 Específico: ação farmacológica decorre de sua estrutura química
 Se ligam a receptores alterando a função celular
 Concentrações de moléculas menores comparado aos fármacos de ação inespecífica
 Menos efeitos adversos

 Inespecífico: ação farmacológica não decorre de ação direta em receptor, mas


provoca alterações nas propriedades físico-químicas da célula
 Grau de ionização
 Solubilidade
 Tensão superficial
 Atividade termodinâmica
 Atua normalmente em doses elevadas
Anestésicos Gerais
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Farmacodinâmica

Mecanismo de ação do fármaco – Específico

RECEPTORES
 Substância receptora capaz de interagir de forma específica com um ligante (fármaco)
 SISTEMA “CHAVE-FECHADURA”
 Intensidade do efeito está relacionado com o número de receptores na célula-alvo
 Tipos de receptores:
 Enzimas
Receptor: capacidade de ligar (reconhecer)
 Canais Iônicos
substâncias químicas e/ou propagar sinal gerado
 Receptor Celular
como resultado da ligação
 Proteína G
 Tirosina-quinase
 Ácidos nucléicos

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Farmacodinâmica

Agonista: indica que uma determinada substância, ao ligar-se ao receptor, ativa-o,


acarretando efeito farmacológico
Antagonismo: refere-se a substância que, ao combinar-se com o receptor, não o ativa

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Farmacodinâmica
Mecanismo de ação do fármaco – Específico
Tipos de receptores:
1. ENZIMAS
 Atuação de fármacos que inibem determinadas enzimas
 Efeito inibitório da ação ou da síntese da enzima

Exemplo:
Ação antiinflamatória de medicamentos
(AINES) que inibem enzimas da
inflamação (COX-2)

Miastenia gravis: doença autoimune que inibe a ação


da Ach na célula muscular pós-sináptica → fraqueza
muscular

Neostigmina: medicamento que bloqueia a


acetilcolinesterase → mais Ach é liberada

Acetilcolisnesterase – inativa a acetilcolina em ácido


acético e colina na fenda sináptica: fisiológico

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Farmacodinâmica
Mecanismo de ação do fármaco – Específico
Tipos de receptores:
2. CANAIS IÔNICOS
 Operado por ligantes Ex: anestésicos locais → bloqueia
condução do impulso nervoso pelo
 Ação no SNC, SNP, junção neuromuscular e coração bloqueio de canais iônicos
 Passagem de íons de forma seletiva
 Acetilcolina → receptor nicotínico → Na+ e Ca+2
 Despolarização – efeito excitatório
 GABA → receptor GABAA→ Cl-
 Hiperpolarização – efeito inibitório
 Ex: benzodiazepínicos: depressão do SNC
 Mudanças no potencial de ação do neurônio pós-sináptico

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Farmacodinâmica
Mecanismo de ação do fármaco – Específico
Tipos de receptores:
3. RECEPTORES CELULARES
 Proteínas Plasmáticas
 Atuação como receptores de substâncias endógenas
 Hormônios – ação prolongada
 Neurotransmissores – ação rápida
 Autacóides
Receptores captam a mensagem e enviam para dentro da célula ou modificam as
estruturas dos canais iônicos
 Diferentes velocidades: rápidos, intemediários e lentos

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Farmacodinâmica
Mecanismo de ação do fármaco –
Específico
Tipos de receptores:
4. PROTEÍNAS G
 Promovem cascata de sinalização celular
para se obter a resposta celular
 Gs: estimulante da adenilato ciclase

 Gi: inibidor da adenilato ciclase

 Go: canais iônicos (abre)

 Gq: ativadoras da fosfolipase (presente na


membrana celular)

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Farmacodinâmica

Mecanismo de ação do fármaco – Específico


Tipos de receptores:
5. TIROSINA-QUINASE
 Ativa fatores de crescimento: crescimento
celular, proliferação, sobrevivência e
diferenciação da célula
 Ex: palladia – inibidor de tirosina-quinase
 Usado em vários tipos de câncer
 Inibe a multiplicação celular
 Induz a apoptose

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Farmacodinâmica

Mecanismo de ação do fármaco – Específico


Tipos de receptores:

6. ÁCIDOS NUCLEICOS
 Receptores que regulam a transcrição de DNA
 Receptores no citoplasma ou no núcleo

 Estimulam a produção de proteínas essenciais para o crescimento celular

Ex: hormônios esteroides, tireoidianos

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Transcrição gênica

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FARMACODINÂMICA
RELAÇÃO DOSE/RESPOSTA

Profa. Dra. MV. Camila Goloni


Curso de Medicina Veterinária

Contato: [email protected]

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RELAÇÃO DOSE/RESPOSTA

Interação medicamento-receptor

• [ ] do medicamento = efeito biológico

• Em geral: efeito farmacológico depende da quantidade administrada

• Efeito máximo ocorre quando todos os receptores estão ocupados

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RELAÇÃO DOSE/RESPOSTA
Complexo Medicamento-Receptor

• Velocidade
da ligação medicamento-receptor = diretamente proporcional
ao número de receptores e à concentração do medicamento.

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RELAÇÃO DOSE/RESPOSTA

Potência

• Representada pela [ ] ou dose do medicamento


• Quanto menor a [ ] ou dose necessária para desencadear um efeito, maior a
potência do medicamento

Dose

Potência

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RELAÇÃO DOSE/RESPOSTA
Potência

• Medicamentos POUCO potentes


• Desvantagem = doses elevadas
• Administração incômoda

• Medicamentos MUITO potentes


• Desvantagem = Intoxicações mesmo em doses baixas

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RELAÇÃO DOSE/RESPOSTA

Eficácia Máxima

• Efeito máximo = Eficácia máxima = Eficácia


• Determinados por propriedades inerentes à ligação medicamento-receptor
Limitação da eficácia: quando há efeito colateral

• Platô na curva de dose-resposta

• Máximo de eficácia atingida= mesmo aumentando a dose não aumentará a


eficácia.

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RELAÇÃO DOSE/RESPOSTA

• Efeito máximo

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RELAÇÃO DOSE/RESPOSTA

Eficácia Máxima

• Fatores que limitam a eficácia máxima


• Ex.: Anti-inflamatórios (Maior eficácia e maior efeito colateral)
• Anti-histamínicos (menor eficácia e menor efeito colateral)

• Na maioria dos casos:


• Eficácia Potência

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Efeitos anormais dos medicamentos


• Hipersensibilidade:
• Reações alérgicas a determinado medicamento
• Ligação antígeno-anticorpo com liberação de histamina

• Hiporreativos
• Hiper-reativos
• Tolerância
• Taquifilaxia ou Dessensibilização
• Idiossincrasias ou efeito incomum

• Superssensibilidade

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Interações medicamentosas

• Uso de mais de um medicamento

• Modificação no efeito de ambos ou apenas um

• Diminuição
Dos efeitos
• Aumento

As interações dos medicamentos podem levar a aumento ou diminuição


dos efeitos dos mesmos: sinergismo ou antagonismo.

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Interações medicamentosas

SINERGISMO

ANTAGONISMO

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Interações medicamentosas

SINERGISMO

 Efeito de dois medicamentos ocorrendo na mesma direção


 Mesmos receptores

• Sinergismo por adição: efeito combinado dos dois é igual a soma


dos efeitos isolados de cada um deles

E + E = 2E

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Interações medicamentosas

• SINERGISMO

• Sinergismo por potenciação: efeito combinado dos dois ou mais


medicamentos é maior do que a soma dos efeitos isolados de cada um deles
• Substâncias que atuam por mecanismos de ação diferentes
• Interferências na biotransformação, distribuição ou excreção

E + E = 3E

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SINERGISMO

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Interações medicamentosas

ANTAGONISMO
• Diminuição ou anulação completa dos efeitos de um deles

• Antagonismo farmacológico: competição pelo mesmo receptor

• Antagonismo farmacológico competitivo


• Reversível
• Irreversível
• Antagonismo farmacológico não competitivo

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Interações medicamentosas

ANTAGONISMO
• Antagonismo farmacológico competitivo reversível

• Antagonista compete com o agonista pelos mesmos receptores


• Complexo inativo

• Lei da ação das massas


• Se aumentarmos a quantidade de agonistas, estes deslocam o
antagonista do receptor

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Interações medicamentosas
• ANTAGONISMO
• Antagonismo farmacológico competitivo reversível

• Lei da ação das massas

Efeito Nulo

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Interações medicamentosas
• ANTAGONISMO
• Antagonismo farmacológico competitivo reversível

• Lei da ação das massas

Adição de mais agonistas

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24/04/2023

Interações medicamentosas
• ANTAGONISMO
• Antagonismo farmacológico competitivo reversível

• Lei da ação das massas

Deslocamento dos antagonistas

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Antagonista competitivo reversível

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• Se a concentração do
angatonista for muito alta o
agonista perderá o efeito

• Ocupação de muitos
receptores pelo antagonista

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Interações medicamentosas

ANTAGONISMO
• Antagonismo farmacológico competitivo irreversível

• Antagonista se “desliga” muito lentamente dos receptores ou não se “desliga”


• Mesmo aumentando a [ ] do agonista, não é possível alcançar o efeito máximo
Ex: Organofosforados inibem de forma irreversível a enzima
acetilcolinesterase

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Reversível x irreversível

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Interações medicamentosas
• ANTAGONISMO
• Antagonismo farmacológico não competitivo
• Moduladores alostéricos

• Antagonista bloqueia, em algum ponto, a cadeia de eventos que levaria à


resposta do agonista
• Mesmo aumentando a [ ] do agonista, não é possível desfazer o bloqueio

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Interações medicamentosas

• ANTAGONISMO
• Antagonismo químico ou antidotismo
• Neutralização
• As duas substâncias não reagem com os receptores do organismo
• Agem EM SOLUÇÃO, entre si, antagonizando

E+E=0

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“Não importa o quão devagar você vá, desde


Obrigada! que você não pare”

Contato: [email protected]

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
• FARMACODINÂMICA
• “Como o medicamento atua no organismo”

• Medicamentos não criam funções no organismo, apenas modificam as


funções pré-existentes

• Medicamentos estruturalmente inespecíficos

• Medicamentos estruturalmente específicos

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
• RECEPTORES
• Constituinte celular que possui especificidade para interagir com determinados
medicamentos

• Mudanças na estrutura química dos medicamentos podem acarretar em perda


do efeito

• Intensidade do efeito varia de acordo com o número de receptores disponíveis

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
• RECEPTORES

• Alta potência

• Especificidade química

• Especificidade biológica

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
• RECEPTORES

• Alvos para a ação dos medicamentos

• Enzimas (Ex.: COX-2)


• Moléculas transportadoras
• Receptores celulares

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
• RECEPTORES

• Receptores ligados à proteína G

• Sistema Adenilato Ciclase/AMPc


• Sistema Guanilato Ciclase/GMPc
• Sistema Fosfolipase C/Fosfato de Insitol
• Sistema Fosfolipase A2/Ácido Araquidônico/Eicosanóides
• Regulação de canais iônicos

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
• RECEPTORES

• Receptores NÃO ligados à proteína G

• Receptores de Tirosinaquinase

• Receptores que regulam a transcrição de DNA

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
• RELAÇÃO DOSE/RESPOSTA

• Agonistas
• Ativa a função do receptor

• Antagonistas
• Não ativa a função do receptor

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
• RELAÇÃO DOSE/RESPOSTA

• Potência

Dose

Potência

• Maior potência nem sempre significa que o


medicamento é melhor

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
• RELAÇÃO DOSE/RESPOSTA

• Eficácia máxima=Efeito máximo=Eficácia

• Limitação: efeitos colaterais

• Anti-inflamatórios esteroides X Anti-histamínicos

• Potência não necessariamente se correlaciona à eficácia

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
• RELAÇÃO DOSE/RESPOSTA

• Variação biológica

• Invíduos diferentes = Respostas diferentes

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
• EFEITOS ANORMAIS DOS MEDICAMENTOS

• Hiper-reativo
• Hiporreativo
• Tolerância
• Taquifilaxia
• Idiossincrasia
• Hipersensibilidade

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
• INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

SINERGISMO

ANTAGONISMO

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
• INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

• Sinergismo
• Por adição
Por potenciação

• Antagonismo
• Farmacológico
• Competitivo (parcial reversível ou irreversível)
• Não competitivo
• Fisiológico
• Químico ou antidotismo

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