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Duplicata

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DUPLICATAS

DUPLICATAS: Lei no. 5.474 de 18 de julho de 1968 e Dec.-lei nº 436/69.

 ORIGEM E NATUREZA DAS DUPLICATAS : a Lei no. 5.474/68, em seu art. 1°, fala da
obrigatoriedade da emissão da fatura em uma compra e venda mercantil, que diz: “Em
todo contrato de compra e venda mercantil entre partes domiciliadas no território
brasileiro, com prazo não inferior a 30 dias, contado da data de entrega ou
despacho das mercadorias, o vendedor extrairá a respectiva fatura para
apresentação ao comprador.”
A fatura pode ser caracterizada por uma nota em que estão discriminadas as
mercadorias vendidas, com as suas identificações, sendo nela mencionada o valor unitário e
o valor total das mercadorias. Tem natureza comprobatória de uma venda a prazo de
mercadoria.
Com a emissão da fatura, tornou a Lei n° 5.474 facultativa a emissão da
duplicata, que, pela lei anterior, era de emissão obrigatória. Entretanto, determinou a lei,
que mesmo sendo a duplicação de emissão facultativa, não poderá existir outro título de
crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador,
conforme expressa o art. 2° da Lei das Duplicatas. Apesar de ser a sua emissão de
natureza facultativa, só podendo ocorrer nas vendas a prazo, depois de extraída a
fatura, na realidade a duplicata é de uso comum nas atividades comerciais, por
possibilitar ao vendedor, através do desconto, o gozo antecipado das importâncias
constantes no título.

 CONCEITO: é um título formal, circulante por endosso, sendo um título eminentemente


causal, pois tem seu alicerce no CONTRATO DE COMPRA E VENDA MERCANTIL ou na
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. Tem a sua origem necessariamente presa a um contrato
mercantil, disso decorrendo a sua natureza causal.

 FIGURAS INTERVENIENTES: intervêm na duplicata o vendedor e o comprador, ou a


empresa prestadora de serviços e o que se utiliza desses serviços. O vendedor há de ser
sempre um empresário e a empresa prestadora de serviços há de se revestir das
características mencionadas no art. 20 da Lei nº 5.474/68. Só estes podem emitir duplicatas,
sendo nulo o título emitido por quem não se revestir dessas condições. O comprador ou
quem se utiliza dos serviços prestados é quem aceita a duplicata, obrigando-se pelo seu
resgate, na época do vencimento. As duas figuras, sacador e sacado, são imprescindíveis à
existência da duplicata, muito embora possa essa existir com ou sem o aceite do devedor.
Eventualmente, poderão intervir na duplicata o endossante e o avalista.

 CAUSALIDADE DA DUPLICATA MERCANTIL: a duplicata é título causal, eis que sua


emissão somente pode se dar para a documentação de crédito nascido de compra e venda
mercantil ou da prestação de serviços (arts. 2º, 20, 21 e 22, da LD). Assim, a duplicata
originada de ato ou negócio jurídico diverso não tem validade. Porém, se a duplicata é
endossada a terceiro de boa-fé, em razão do regime cambiário aplicável à circulação do
título (LD, art. 25), a causa legítima não poderá ser oposta pelo sacado perante o
endossatário.

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A duplicata circula como todo e qualquer título de crédito, pois comporta endosso,
respondendo o endossante pela solvência do devedor; admite avalista, respondendo este
autonomamente em relação ao(s) avalizado(s); podendo, outrossim, o devedor ser
executado sem se valer do princípio da inoponibilidade das exceções aos terceiros de boa-fé
etc.

A ineficácia do título como duplicata, em função da irregularidade do saque, somente pode


ser invocada contra o sacador, o endossatário-mandatário ou terceiros de má-fé, ou seja,
quem conhece os vícios que inquinam o título, isso pelo princípio da abstração.

 CARACTERÍSTICAS:
1) É um título vinculado;
2) Não é possível a emissão de uma duplicata representativa de mais de uma fatura;
3) É um título causal, no sentido de que sua emissão somente é possível para representar
crédito decorrente de uma determinada causa prevista em lei;
4) A duplicata é um título de aceite obrigatório, o que significa que só pode ser recusado o
aceite em situações previamente definidas em lei, as quais estão presentes no art. 8 o, da lei
das Duplicatas:

Art. 8o, da Lei nº 5.474/68: “O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por
motivo de:
I- Avaria ou não-recebimento das mercadorias, quando não-expedidas ou não-entregues
por sua conta e risco;
II- Vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias,
devidamente comprovados;
III- Divergência nos prazos ou nos preços ajustados.”

5) No tocante aos demais atos constitutivos do crédito cambiário, aplicam-se à duplicata


todas as normas relativas à letra de câmbio (art. 25 da Lei das Duplicatas);
6) O devedor principal da duplicata é o comprador das mercadorias.

 REQUISITOS ESSENCIAIS (ART. 2º, § 1º, I A IX, LD):


1) A denominação "duplicata";
2) A data de sua emissão e o número de ordem;
3) O número da fatura;
4) A data certa do vencimento ou declaração de ser a duplicata à vista;
5) O nome e o domicílio do vendedor e do comprador;
6) A importância a pagar, em algarismos e por extenso;
7) A praça do pagamento;
8) A cláusula “à ordem”;
9) A declaração do reconhecimento de sua exatidão e da sua obrigação de pagá-la, a ser
assinada pelo comprador, como aceite cambial, assim podemos verificar que o ACEITE É
OBRIGATÓRIO;
10) A assinatura do emitente.

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 DEVOLUÇÃO DA DUPLICATA: o vendedor terá 30 dias, a contar da emissão, para remeter
a duplicata ao comprador, podendo valer de representantes, instituições financeiras ou
correspondentes. Remetida a duplicata ao comprador, este, aceitando-a ou não, devolvê-la-á
em dez dias. Não aceitando, não basta a simples devolução, havendo necessidade de
justificação da recusa por declaração escrita. Havendo expressa concordância do vendedor
ou de seu mandatário, o comprador poderá reter a duplicata até a data de seu vencimento,
hipótese em que deverá comunicar, por escrito, ao vendedor, a retenção e o aceite. Esta
comunicação constituir-se-á na garantia do credor, em caso de protesto e execução,
substituindo a duplicata.

 LETRA DE CÂMBIO X DUPLICATA: a diferença essencial entre a letra de câmbio e a


duplicata é justamente o regime aplicável ao aceite. Enquanto que o aceite na letra de
câmbio é optativo, na duplicata é obrigatório (art. 8º, LD).

 ACEITE: a duplicata é, em sua criação, um título causal, isto é, está subordinada à


existência de compra e venda ou à prestação de serviços. Somente após o aceite se reveste
da liquidez e certeza, representando obrigação cambial abstrata. Antes do aceite, portanto,
não há que se cogitar dos efeitos cambiários. Assim sendo, sua emissão deve corresponder
sempre a uma venda de mercadoria ou à efetiva prestação de serviços. O aceite é, pois,
imprescindível para que a duplicata se revista de abstração. Uma vez aceita, desprende-
se da sua origem. Não raras vezes o comprador ou não aceita a duplicata ou não a devolve.
Retendo-a com o consentimento do credor deve comunicar a este último a retenção e aceite,
por escrito. No extravio ou retenção indevida da duplicata poderá o credor emitir uma
triplicata que, na realidade, é uma duplicata da verdadeira duplicata, constituindo-se em
triplicata da fatura. Pois como diz o art. 23: "A perda ou extravio da duplicata obrigará
o vendedor a extrair triplicata, que terá os mesmos efeitos e requisitos e
obedecerá às mesmas formalidades daquela".

MODALIDADES DE ACEITE EM RAZÃO DA OBRIGATORIEDADE DO ATO DE VINCULAÇÃO


DO SACADO À DUPLICATA:

a) ACEITE ORDINÁRIO: resulta da assinatura do devedor no campo próprio do


documento, isto é, no canto esquerdo inferior do título, segundo o padrão do CMN.
Essa forma de vincular o sacado ao pagamento da duplicata somente cabe na
hipótese de utilização de papel. Se a duplicata é emitida em meio magnético, a
assinatura de próprio punho é impossibilitada. A duplicata com aceite ordinário é
título executivo extrajudicial contra o sacado e seu avalista, independentemente de
se encontrar protestada ou não. (LD, art.15,I).
b) ACEITE POR PRESUNÇÃO: decorre pelo recebimento das mercadorias pelo
comprador, quando inexistente recusa formal. Trata-se da forma mais corriqueira de
se vincular o sacado ao pagamento da duplicata. Esta modalidade de aceite se
verifica quando o comprador retém ou inutiliza o título, ou mesmo o devolve sem a
sua assinatura. Desde que recebidas as mercadorias, sem a manifestação formal de
recusa, é o comprador devedor cambiário, independentemente da atitude que adota
em relação ao documento que lhe foi enviado. Com a utilização do meio magnético
para fins de registro do crédito, o aceite por presunção tende a substituir

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definitivamente o ordinário, até mesmo porque a duplicata não se materializa mais
num documento escrito, passível de remessa ao comprador.
c) ACEITE POR COMUNICAÇÃO: verifica-se quase o seu desaparecimento das práticas
mercantis, devido o uso cada vez maior dos meios magnéticos e da despapelização.
Neste caso, a instituição financeira, na qualidade de descontadora, mandatária ou
caucionada, autoriza, mediante a retenção da duplicata pelo comprador e envio de
comunicação escrita ao vendedor, transmitindo o seu aceite. O instrumento da
comunicação deve ser documentado em papel, não se admitindo o uso de meios
magnéticos. O documento em que o comprador comunicou ao vendedor o aceite,
substitui a duplicata para fins de protesto e execução (LD, art. 7º, § 2º).

 PROTESTO: é a declaração solene e de caráter probatório. É o meio legal de assegurar o


direito de regresso contra duas classes de co-obrigados: os endossantes e seus respectivos
avalistas. A DUPLICATA É PROTESTÁVEL POR FALTA DE ACEITE, DEVOLUÇÃO E FALTA
DE PAGAMENTO (art. 13, LD). Assim, se o credor encaminha a cartório a duplicata sem a
assinatura do devedor, antes do vencimento, o protesto será por falta de aceite. Se
encaminha a triplicata não assinada ou as indicações relativas à duplicata vencida, também
antes do vencimento, o protesto será tirado por falta de devolução. Finalmente, se
encaminha a duplicata ou triplicata, assinadas ou não, ou apresenta as indicações da
duplicata, depois de vencido o título, o protesto será necessariamente por falta de
pagamento (Lei 9.492/97, art. 21, § § 1º e 2º).

São as circunstâncias em que o título é apresentado ao cartório que definem a natureza do


protesto. O protesto deve ser tirado na praça do pagamento (art. 13, § 3º, LD), mediante
apresentação da duplicata, da triplicata ou por simples indicações do portador, na falta de
devolução do título, no prazo de 30 dias, a contar de seu vencimento, sob pena de perda do
direito creditício contra os co-devedores do título e seus avalistas (art. 13, § 4º, LD).

Caso o cartório realize o protesto de título pagável em outra base territorial que não a sua,
poderá responder por perdas e danos, se o credor não obtiver êxito em executar o sacado,
endossante ou avalista (art. 33, Lei 9.492/97).

PROTESTO POR INDICAÇÕES: a retenção da duplicata pelo comprador impede, por óbvio, a
sua apresentação pelo vendedor ao cartório de protesto. Para a efetivação do ato formal,
nesse caso, a lei admite que o credor indique ao cartório os elementos que identificam a
duplicata em mãos do sacado. A partir dos dados escriturados no Livro de Registro de
Duplicatas (LD, art. 19), que o emitente desse título é obrigado a possuir, extrai-se boleto,
com todas as informações exigidas para o protesto (nome e domicílio do devedor, valor do
título, número da fatura e da duplicata etc). Esse boleto é enviado para cartório para
realização do protesto. Se o sacador desvirtua as indicações da duplicata, aumentando o seu
valor, por exemplo, ele responderá pelos danos decorrentes. Não se esqueça que o protesto
é ato praticado pelo credor, e o cartório apenas o reduz a termo, após a observância das
formalidades legais.

TRIPLICATA: o art. 23, da LD, autoriza o saque da triplicata, segunda via da duplicata
extraída com base nos dados constantes no Livro de Registro de Duplicatas, nas hipóteses
de perda ou extravio. Mas embora a retenção da duplicata não corresponda a nenhuma das

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situações previstas legalmente, não existe prejuízo para as partes na emissão da triplicata
também nesse caso.

EXECUÇÃO DA DUPLICATA : Para a cobrança do sacado, o devedor principal da duplicata,


importa identificar o tipo de aceite praticado. A complexidade do título executivo é função,
no caso, do ato que vinculou o executado à obrigação cambial. Quer dizer, se a duplicata
ostenta o aceite ordinário (a assinatura do sacado), a sua exibição é suficiente para o
ajuizamento da execução, não se exigindo o protesto. O mesmo critério é adotado, na
hipótese de o aceite ordinário ter sido lançado na triplicata (LD, art. 15, I). Mas, se o aceite
é presumido, o título executivo se constitui pela duplicata (ou triplicata) protestada (ou pelo
instrumento de protesto por indicações), acompanhada do comprovante do recebimento das
mercadorias (LD, art. 15, II). Quer dizer, se o sacado restituiu ao sacador a duplicata
assinada, basta esse documento para o ingresso da execução. Se o sacado a devolveu sem
assinatura, a execução depende de 3 documentos: 1) a duplicata, 2) o instrumento de
protesto e o 3) comprovante de recebimento das mercadorias. Se reteve a duplicata, e o
sacador optou pela emissão da triplicata, a execução depende das mesmas condições.
Finalmente, se, diante da retenção da duplicata, procedeu o sacador ao protesto por
indicações, o título executivo será composto por 2 documentos: 1) o instrumento de
protesto por indicações e o 2) comprovante de entrega das mercadorias. Se a execução se
dirige contra o avalista do sacado, o credor deve exibir o título (duplicata ou triplicata) de
que consta o aval, sendo dispensável o protesto. Por fim, se o executado é o endossante ou
avalista do endossante, o título executivo se constitui também com a exibição do título
(duplicata ou triplicata), em que foi praticado o ato cambiário de endosso ou aval,
acompanhado do instrumento de protesto que ateste a protocolização no cartório, antes de
transcorridos mais de 30 dias do vencimento. Nesse caso, vige o disposto no art. 13, § 4º,
da LD, que condiciona o exercício do direito creditício, mencionado na duplicata, à
efetivação do protesto no prazo legal apenas contra “endossantes e respectivos avalistas”.
Quer dizer contra o avalista do sacado, o protesto não é condição de executividade da
duplicata ou triplicata.

 PRESCRIÇÃO (ART. 18, LD): a ação de cobrança da duplicata prescreve:


I) Contra o devedor ou aceitante e seu respectivo avalista, em três anos contados da data
do vencimento do título;
II) Contra o endossante e seus avalistas, em um ano contado da data do protesto;
III) De qualquer dos coobrigados contra os demais em um ano, contado da data em
que haja efetuado o pagamento do título.

 VENCIMENTO: A duplicata tem como vencimentos: a data certa do vencimento ou a


declaração de ser a duplicata à vista.
1) À vista: será paga no ato da apresentação.
2) A dia certo: terá data certa de vencimento.

 DUPLICATA SIMULADA o art. 172, do CP, afirma ser crime expedir ou aceitar duplicata
que não possa corresponder com a sua respectiva fatura de uma venda efetiva de bens ou
prestação de serviços. Observe-se que a simulação há de traduzir sempre uma inverdade,
sendo uma declaração enganosa da vontade.

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JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA : ao contrário do que se verifica com os demais títulos de
crédito próprios, os juros, em relação à duplicata, não incidem a partir do vencimento, mas
sim a partir do protesto do título. Tanto nas letras de câmbio quanto nas notas promissórias,
os juros incidem a partir do vencimento do título (LU, art. 48). Já no cheque, os juros
incidem a partir do momento em que o título é apresentado ao sacado (LC, art. 52, II). No
tocante à correção monetária, a todos os títulos começa a correr a partir do vencimento, a
teor do disposto na Lei 6.899/81.

 DUPLICATA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS: o crédito do prestador de serviços, segundo


a sua natureza empresarial ou profissional, pode ser documentado por 2 títulos diferentes:
1) a duplicata de prestação de serviços (arts. 20 e 21, LD) e 2) conta de serviços (art. 22,
LD). A duplicata de prestação de serviços pode ser emitida por sociedades empresárias cuja
atividade são serviços. A pessoa física também pode emiti-la, desde que desenvolva
empresarialmente a atividade econômica de fornecedora de serviços ao mercado, mas essa
hipótese é raríssima. A conta, por sua vez, é título para os profissionais liberais e
prestadores de serviços eventuais. Cuida-se de título pouco usado, eis que o cheque pós-
datado o substitui com extraordinárias vantagens. A duplicata de prestação de serviços está
sujeita ao mesmo regime jurídico da duplicata mercantil. Apenas existem duas observações
a demonstrar, que são: a) a causa que autoriza a sua emissão não é a compra e venda
mercantil, mas a prestação de serviços; b) o protesto por indicações depende da
apresentação, pelo credor, de documento comprobatório da existência do vínculo contratual
e da efetiva prestação de serviços. Aplica-se ainda as mesmas regras sobre aceite,
circulação, protesto e execução previstas para a duplicata mercantil. Quer dizer, também a
duplicata de prestação de serviços é título de aceite obrigatório, vinculando-se o sacado ao
pagamento da cambial, a menos que presente causa justificativa para a recusa. O art. 21, da
LD, menciona: a) incorrespondência entre o título e os serviços efetivamente prestados; b)
vícios ou defeitos na qualidade dos serviços e c) divergência em prazos ou preços. Quando
se verificam tais circunstâncias, o sacado da duplicata de prestação de serviços é devedor
do título e expõe-se à execução, mesmo que não o tenha assinado. A conta de serviços, por
sua vez, é título emitido pelo profissional liberal ou pelo prestador de serviços de natureza
eventual. Neste caso, a escrituração não é obrigatória, devendo o credor emitir a conta,
discriminando os serviços prestados por sua natureza e valor, além de mencionar a data e o
local de pagamento e o vínculo contratual que originou o crédito. Não há padrão de
observância obrigatória, para o documento que, uma vez emitido, deve ser levado ao
cartório de títulos e documentos, para registro e entrega ao adquirente dos serviços. Não
realizado o pagamento, o credor pode protestar a conta e executá-la. Constitui título
executivo extrajudicial a conta de serviços registrada, enviada ao devedor, protestada e
acompanhada de comprovação do vínculo contratual e da efetiva prestação dos serviços.
(LD, art. 22, § 4º).

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