0% acharam este documento útil (0 voto)
434 visualizações60 páginas

Jovens Betel Professor (20233t)

Enviado por

Darildo Paulino
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
434 visualizações60 páginas

Jovens Betel Professor (20233t)

Enviado por

Darildo Paulino
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 60
Jovens BATALHA ESPIRITUAL UMA GUERRA A SER VENCIDA DIARIAMENTE CY Betel Editora ua Carvalho ok Pio de Janeiro/Pu os 28 3876-8900 20 - Maciroia 21950-1860 cameo 21 87278-6560 /srcsto 21 99723-0055 uns: [email protected] wwweditorabetel.com.br 89 EaitoraBetel DIRETORIA CONSELHO DELIBERATIVO Bispo Primaz Mundial Manoel Ferreira Bigpo Oides José do Carmo Pr. Josué de Campos Pr. Marcio Tstdo Vergniano Pr. lel Aratjo de Aloncar Pr. José Fernandes Correia Nolota Pr. David Cabral Pr. Neuton Pereira de Abreu Pr. Eduardo Sampaio de Ofiveira Pr. Moisés Pereira Pinto Pr. Abingir Vargas Vieia Pr. Dimo dos Santos Pr. Desailton Antonio de Souza Pr. José Pedro Teixaira Pr. Jodo Nunes dos Santos Pr. Antonio Paulo Antunes Pr. Dei de Andrade Pr. Marcivon Neves de Oliveira Gerente Executivo: BBispo Samuel Caseio Ferroira sabatel@ecorabetel com.br DEPARTAMENTO DE PUBLICAGAO [email protected] Gerente Geral: BBispo Abner de Cassio Feria DEPARTAMENTO DE EDUCAGAO CRISTA doc@ecitorabotel com br EQUIPE Pedagogia, Organizagao e Copidesque: Bispa Mari Borgas Ferrara Orientag’o Educacional: Dea. Ana Olvera Comentarios: Pr Sergio Nascimento da Cost Projeto Grafico: Anderson Rocha Gabriel Joaquim Editoragao Eletré ‘Adeandra Medeiros Jefrey Goncalves (© 2023 EditoraBetelTodos os direitos reservades. Neriuma parte desta publicac3o pode ser repro- dutida ou transmitide, em qualquer meio, sem prévia autorizaglo por escrito da ecitoa, Jovens > Revista de Escola Biblica Dominical 3° Trimestre de 2023 - Ano 7- N° 24 Publicaco Trimestral » ISSN 2526-0723 NOVO CURRICULO DA REVISTA Ano3 / 2022 1° Trimestre Cartas Pastorais: principios para uma vida bem-sucedida 29 Trimestre Moldacos pelo cardter de Cristo 3°Trimestre Espirito Santo presente em todo o tempo 4° Trimestre Monarguia em Israel: 0s altos e baixos da lideranca de um povo Ano 4 / 2023 1° Trimestre Jesus: Messias, Rei, Profeta e Sacerdote 2° Trimestre Pentateuco: A Aliana de Deus com uma Nagao Sacerdotal 3° Trimestre Batalha Espiritual: Uma guerra a ser vencida diariamente 4° Trimestre Paulo: O Apéstolo de Cristo Ano5 / 2024 1° Trimestre Livros Histéricos 2° Trimestre Cartas aos Hebreus: O triunfo daqueles que confiam em Deus 3° Trimestre Daniel: Um profeta além de seu tempo 4° Trimestre Missées: O clamor da tiltima hora YA CARTA AO PROFESSOR Aos professores da EBD, este trimestre nos debrugaremos sobre o seguinte tema da Revista Conectar + Jovens: “Batalha Espiritual: Uma Guerra a ser vencida diariamente”, Este assunto tem como propésito basico apresentar a0 aluno que estamos imersos em uma Batalha Espiritual e que, se nao estivermos preparados para o combate, poderemos ficar pelo caminho. tema em destaque ¢ extremamente importante e pertinente para os dias atuais, tendo em vista que a Igreja ainda sofre muitas baixas por causa dos ata- ques do adversério, Desde a apresentacio dos inimigos, as titicas de combate, o poder da comunhao e unio, até o reconhecimento da Igreja como um grande hospital e a seguranca no grande General, Jesus, so temas que vio permear este trimestre. Cabe, portanto, ao professor entender que ele sera a ponte entre o conteiido e 0 discente. Vale lembrar que, nesta guerra, a morte em combate é ‘uma sentenca 4 morte eterna. A Batalha Espiritual é uma abordagem da Teologia Sistemética no que tange & Angelologia, que é a doutrina de estudo dos Anjos, Satands e os deménios. A Antropologia, que estuda o ser humano em sua condicao e particularidades, sua alma, espitito, coragdo e mente; a Escatologia, que é o estudo das iltimas coisas; ¢ também assuntos afins como pés-modernidade entre outros temas. Saber que as abordagens tém as doutrinas biblicas como base, ajudarao no pla nejamento das aulas e dos assuntos apresentados. Os temas foram divididos de forma que 0 docente consiga desenvolver os assuntos de forma cumulativa. Outro fator interessante que pode ser utiliza do como ponto de debate ¢ de saneamento de diividas sao os “Subsidios” e 0 “Complementando’ Vale lembrar que uma boa aula nao é somente expositiva ou um mondlogo, ou seja, aquela em que somente o professor fala, mas a que todos participam e trocam informagdes. Os assuntos abordados sio extrema ‘mente priticos, logo, exemplos vividos sao interessantes a serem compartilha dos, mas muita atengao na administragéo do tempo para nao se perder em testemunhos longos e histérias sem fim, pois, mesmo que sejam edi nada é mais importante que 0 testemunho biblico, a Palavra de Deus. Que o professor consiga, no final do trimestre, através da acio do Espirito Santo, que seus alunos compreendam que fazem parte de uma Batalha Espiri: tual, que eles possuem responsabilidades ¢ aces neste tao grande combate, Por fim, que vivam uma vida devotada & missio de Cristo perseverantes, inabalt veis ¢ certos da vitéria. Como intulto de oferecer subsic Cee ea eee Creek eee teers Rec Sea el preparou Jovens Conectars Revista do Professor Conheca sua revista Para obter 0 maximo de sua revista, 0 professor precisa conhecé-la bem. Para ajudé-lo, apresentaremos, detalhadamente, cada seco, na ordem em que aparecem. Texto de Referéncia - Consiste na apresentagao de um texto biblico escolhi- do mediante o tema da licao, para auxiliar © professor a produzir sua aula de acordo com os padrées das Escrituras. Versiculo do Dia - £ um versiculo que tem a fungao de centralizar a ideia princi- pal da licdo, proporcionando ao leitor um caminho para 0 trabalho pedagégico ¢ es- piritual que se iniciara. Verdade Aplicada - £ uma reflexio e uma conscientiza¢ao sobre 0 tema aborda- do em cada ligio, sendo assim, a verdade aplicada. Objetivos da LigSo - Tem a funcio de estabelecer os propésitos da ligio; é a meta a ser alcangada pelo professor diante de seus alunos. Momento de Oragao - E o momento em que devemos apresentar as nossas peti- ‘ges ao Senhor, para que todos os que acom- panham a licdo estejam no mesmo propési- to espiritual diante do tema abordado. Leitura Semanal - £ um auxilio bi- blico que deve ser acompanhado todos os dias da semana para auxiliar ¢ comple- mentar a licdo a ser apresentada naquela semana. Introducao - £ 0 ponto de partida da liggo a ser explanada, a sua tematica tem a fungao de atrair o leitor ao interesse de todo contetido da li¢ao, criando expecta- tivas e, muitas vezes, intrigando o aluno, fazendo com que a sua participagao seja efetiva durante a aula. Ponto-Chave - Expde um momento re- levante da ligao, o qual o professor deve dar significativa relevancia em seu contetido. Refletindo - E uma frase de efeito que levara a reflexao do tema proposto. Subsidio para o educador ~ Sio ele- mentos teolégicos que oportunizario ao professor, ampliagao do conhecimento do tema abordao. Complementando - So complemen- tos que tém como fun¢o principal instigar © professor a se inteirar sobre determina- dos assuntos e, assim, facilitar seu contato pedagégico, histérico, cognitivo e compor- tamental com 0 aluno. Eu ensinei que ~ £ uma sintese com a finalidade de fixar na mente e no coragio dos jovens o ponto central que foi explana do durante a aula. Conversando com o Professor - Visa apresentar teorias de estudiosos com conhecimento pleno sobre deter- minado assunto, indo além do senso comum, afim de que o professor tenha ferramentas eficazes para 0 processo de ensinoaprendizagem. Jovens @ O tema desta edic¢ao é: “BATALHA ESPIRITUAL: UMA GUERRA A SER VENCIDA DIARIAMENTE” : Sumario Li¢&o 1 Batalha espiritual, uma guerra real enn Lig&o2 Sob ataque e ameacas didrias Li¢g&03 0 inimigo no espelho Lig&04 © engodo das riquezas do mundo Li¢g&o 5 Satands, 0 inimigo derrotado que tenta nos abater ... Li¢&o6 Deménios, soldados do maligno.. Li¢&07 0 campo de combate espiritual ... Li¢&o08 Os niveis do combate espiritual ...... Lig&O 9 As armas do COMbALE o.rnmnenrnernne Lig¢&o 10 Resgatando 0 soldado ferido ... Lig&o 11 © poder da unido e comunhao no combate ... Lig&o 12 0 suporte ao combate . Lig&o 13 0 General esta no fronte.... gesae SR ERR Conversando com 0 Professor .. my NUT 00110) | TONS TV t3 1b VERSICULO DO DIA “Vigiai e orai, para que nao entreis ae em tentacao; na verdade, 0 espirito Sepetcueion patallas) epagtlale esta pronto, mas a carne é fraca”, sdo uma realidade que precisa- Mt26.41. mos enfrenté-las diariamente, pois Deus nos revelou em Sua Palavra quem sao os nossos inimigos. ayy Vee. () ¥ Compreender que vivemios em uma constante Batalha Espiritual; MOMENTO DEORACAO FESS y Identificar que as batalhas do ‘Oremos para que Deus nos conce- AT representavam as pelejas es- da discernimento para combater pirituais de agora; as guerras espirituais com sobrie- y Apresentar os principais ad- dade e fé. versarios do ser humano. Pe ee a Ue RS Ere Seg sz Israel perdeu a guerra por causa da desobediéncia de Acé, es Inm3136 Balaao criou um estratagema para que Israel pecasse ‘Sue 11sm1710 Golias afrontava o povo de Deus. INTRODUGAO Apesar de nao ser visivelmente percebido © reino espiritual é uma realidade, pois | sua ago exerce influéncia no mundo na- | tural e somente aqueles que sao espirituais | conseguem perceber, Sejam nas persegui- Ges, tentacdes, inclinagées para o mal, ou até mesmo possessGes demoniacas, a rea- lidade espiritual ¢ uma guerra real. é Ponto-chave “Mesmo sem perceber nds estamos em constante Batalha Espiritual.” @AS BATALHAS DE ISRAEL A nagao de Israel possui, em sua histéria, intimeras guerras e batalhas, nas quais enfrentou desde inimigos pequenos a | grandes e poderosos. Quando Israel se | encontrava em comunhéo com Deus, sua vitoria era certa, no entanto, quan- do quebrava a alianga, era presa facil nas mios de seus opositores. 1.1. Um povo forjado na batalha Desde a saida do povo do Egito (1.400 a.C) até o seu retorno a Terra Prometida (430-425 a.C, aproximadamente ~ Stanley Ellisen), Is- | rael mostrou que foi vocacionado para a ba- Jovens Conectars Revista do Professor OU) Lars 647 ‘Somente com os olhos espirituais é que podemos ver a batalha, Sex 21544 O Espirito de Deus fortalecia Sansao contra 0s inimigos de Israel. Sob tH 101 ALei eo AT apontavam para a revelacdo de Jesus Cristo. | talha. No deserto, em diregao a Canaa, lutou contra os amalequitas (Bx 17.8-16) e Arade (Nm 21.1-3). Na terra, lutou, por exemplo, contra os povos cananeus (Js 6.12-21) e os filisteus (Jz 3.31). E, na monarquia, enfren- tou grandes poténcias mundiais como Siria (2Rs 68-10), Assiria (2Rs 17.4-6), Egito (2Rs 23.25-30) e Babildnia (2Rs 25.1-7). Deus nos ensina através da historia de Israel que, assim como 0 Seu povo no AT; nés estamos em constante ameaca e conflito. As batalhas es- tao ocorrendo e a garantia da vitéria esté em permanecer fiel a Cristo ea Sua Palavra. 1.2. O exemplo da vida belicosa de Israel Em Hebreus 10.1, o autor sagrado diz: “Por- que, tendo a lei a sombra dos bens futuros e nao a imagem exata das coisas nunca, pelos mesmos sacrificios que continuamente se | oferecem cada ano, pode aperfeicoar os que | acles se chegam’, Essa afirmacdo nos instrui | que tanto a Lei, quanto 0 AT apontavam para o Cristo (Le 24.26-27). A Biblia, desde | seus primérdios, apontava para o sacrificio | de Jesus e para a nova vida em Cristo, por- | tanto, a realidade belicosa da Antiga Alianca retrata para a Igreja do Senhor que, assim | como Israel, estamos em um combate real, | com uma diferenca significativa, os nossos inimigos nao sao 0 nosso proximo ou as na- Ges impias, mas sim, os principados e po- testades (Ef 6.12). % Refletindo “nds estamos envolvidos em uma luta travada nos céus e aqui na terra..”. Bispo Abner de Cassio Ferreira @0 MUNDO ESPIRITUAL O mundo espiritual é uma realidade. Com a queda de Satands, um tergo dos anjos foi expulso do céu e se op6e a criagao divina, em especial ao povo de Deus (Ap 12.4). 2.1. Seres espirituais A Biblia relata a ado de anjos ¢ demé- nios que permeiam a realidade humana e interferem indiretamente no desenrolar da histéria. As Escrituras nao afirmam categoricamente quando Deus criou estes seres angelicais todavia, possivelmente, foram criados antes da criagao do mundo (Ne 9.6; J6 38.4-7). Sabemos também que, apesar de terem sido criados para o bem, muitos se rebelaram contra Deus desejan- do ter a honra da qual s6 o Senhor é digno (Is 14.12,13). Sua natureza, apés a rebeliao, foi corrompida e desde entdo tenta, com todas as forcas, acabar com 0 povo de Deus (Jo 10.10). Cabe a nés estarmos vigilantes e s6brios, preparados para o combate. 2.2. Anjos e deménios Como podemos observar na Biblia, tanto os anjos como os deménios tém fungdes especificas € séo organizados em classes. | Sobre os anjos, essa palavra significa “men- sageiro” (tanto no hebraico, “malak”; quan- to no grego, “angelos”). Eles so espiritos ministradores a servigo daqueles que vio herdar a salvagdo (Hb 1.14), no entanto, sio divididos por classes. Sao citados os querubins (Gn 3.24; $1 99.1); 0s serafins (Is 6.2); € 0 arcanjo (Jd 9). Sobre os anjos, dois sio nomeados, a saber, Miguel e Gabriel (Ap 12.7; Lc 1.26). Os deménios, portanto, se opdem ao projeto de Deus por isso bata- Tham contra os anjos (Dn 10.13). | @NOSSOS PRINCIPAIS ADVER- SARIOS Apesar da oposicao de Satands e seus demd- nios, outros elementos que se contrapdem a0 povo de Deus, com 0 intuito de nos para, sio a carne e o mundo. O préprio Jesus nos alertou da fragilidade da natureza humana (Mt 26.41), bem como sobre o perigo do mundo e das riquezas (Mt 6.19,20). 3.1. Satands e seus dem6nios Nossa batalha é real, assim como nossos inimigos, nao conseguimos enxergi-los com os olhos naturais, mas pela f& é possi- vel ver seu poder e capacidade de influen- ciar as pessoas para agirem conforme sua natureza corrompida e destruidora. No AT, ‘o nome Satanas aparece 15-vezes, enquanto ‘© nome diabo nao é citado. Isso se da pelo processo de revelacao progressiva, pois no NTT, o nome Satanés aparece 34, e diabo 33 vezes. Na Antiga Alianga, 0 povo de Israel ainda nao estava pronto para entender a realidade espiritual como a entendemos e vivemos hoje. Também nao tinham ainda as armas necessarias para o combate como | a Igreja as possui. 8 LIcko1 3.2. Acarne eo mundo Outros dois adversarios sao a carne e o mun- do. Tanto a carne quanto o mundo buscam ‘em simesmoso sentido eo propésito da vida. A realidade visivel nao deve guiar cegamente ‘0s nossos passos, pois © Apdstolo Paulo nos ensina: “Por isso, nao desfalecemos; mas, ain- da que o nosso homem exterior se corrompa, interior, contudo, se renova de dia em dia. Porquea nossa levee momentinea tribulagio produz para nés um peso eterno de gléria mui excelente, nao atentando nés nas coisas que se veem, mas nas que se nao veem; por- que as que se veem sao temporais, e as que se ndo veem sao eternas” (2Co 4.16-18). O prdprio Cristo foi tentado pelo Diabo, que lhe ofereceu o mundo ¢ suas riquezas (Mt 4.89). REN saere Nos tempos atuais, muitos canais de divulgagdo de contetide apresentam supostos mestres e ensinadores que, ou negam a realidade incisiva do mundo espiritual, ou hipervalorizam a atuacéo demoniaca, seu poder e influéncia, Cer- tamente que, assim como afirmado pela Biblia, o mundo espiritual é uma realida- de que transpassa a nossa, e somos di- reta e indiretamente influenciados pela aco espiritual. No entanto, devemos ter cuidaclo com o que nos é apresentado Nos “cardapios” da rede. E um engano achar que Satands disputa com o mes- mo nivel de poder contra Deus, pelo contrario, ele esté dominado (Mc 327) e seu tempo est chegando ao fim (Ap 1212), Da mesma forma é errado atri- buir tudo a Deus ou ao diabo, pois nao Jovens Conectar# Revista do Professor vivernos em um determinismo divino, ‘onde tudo esta orquestrado por Deus.O Senhor cumprird 0 Seu propésito e de- signio, contudo, nao podemos esquecer que Deus é Soberano, mas o homem é responsavel por suas escolhas. CONCLUSAO Assim como Israel enfrentou diversos inimigos que tentavam destrui-los, a Igreja do Senhor encontra-se diaria- mente contra os seus opositores. ®& Complementando No AT, os livros que foram escritos antes do cativeiro babilénico tendem a, como caracteristica teoldgica, afirmar que tanto 0 bem quanto o mal vinham de Deus, por exemplo, o caso da contagem do povo por Davi (25m 2411) eo espirito enviado por Deus para atormentar Saul (1Sm 16.23). Foi apés o cativeiro babildnico que os judeus entenderam que existia um ser espiritual que se colocava antag6nico ao Senhor, como na passagem relatada em | Crénicas 214, quando o texto relata que foi Satanas que tentou Davia contar 0 povo. Entende-se portanto que, no periodo de Jesus, os fariseus aceitavam essa realidade espiritual. 7 Eu ensinei que: Estamos incansavelmente em uma Batalha Espiritual, mas em Deus so- mos mais que vencedores. Deus néo_ esta batalhando contra o adversario, Eleja venceua guerra! SR Tt: aaah NEAT a \ LTS eum ey “Mas cada um é tentado, quando atrafdo e engodado pela sua pré- pria concupiscéncia’, Tg 1.14. (CME aT a v Entender a realidade do peca- do e da culpa; v Explicar a diferenca entre ten- tacdo e provacao; vy Apresentar as consequéncias como juizo e morte. pk Basa tate). Devemos estar em constante vi- gilancia e oracao, perseverantes e inabalaveis em nossa fé em Deus. MOMENTO DE ORACAO Oremos para que Deus nos livre das armadilhas do diabo e que se- jamos sempre perseverantes. bruyfeonectian, Seg 1Rm3.23 ‘Todos pecaram e carecem da graca de Deus. ‘Ter 1tg114 Somos tentados por aquilo que nos sentimos atraidos. Qua iets Opecado geraa morte. INTRODUCAO Sofremos diariamente ataques do ad- versario de nossa alma. Além do diabo, a nossa carne também nos incita para mal. Portanto é imperativo permanecer fiel e de pé para nao cairmos em combate. | # Ponto-chave “O pecado é apresentado todos os dias diante de nds pelo adversario para tirar anossa comunhao com Deus.” @REALIDADE DO PECADO E DACULPA Adio foi expulso do Eden porque pecou contra Deus. Ele recebeu uma ordem di- reta do Senhor mas, mesmo assim, o de- sobedeceu. O tentador o induziu ao erro, fazendo-o transgredir a Lei do Senhor. 1.1. O que é o pecado? A Biblia utiliza uma quantidade conside- ravel de palavras para se referir ao pecado, mas no NT, um termo é utilizado de forma abrangente e expressa o cerne da questo, 0 vocabulo grego, “hamartia” que tem a co- notacao de errar o alvo. Segundo a'Teologia “Pecado” é qualquer falta de conformidade com, ou transgressao de, qualquer Lei de Jovens Conectars Revista do Professor Oot usta O pecado acarreta a punicao de Deus. Sex [1¢0 1013 Nao somos tentados além de nossas forcas. Sob inmsaz ‘A morte adentrou na realidade humana por causa do pecado de Ado. Deus, dada como regra a criatura racional, (Jo 3.4; Gl 3.10,12; Tg 2.8-12). Outrossim, nao podemos limitar 0 pecado somente por aquilo que é realizado através do com- portamento, pois Jesus nos alertou que, an- tes mesmo de concretizar, j4 podemos ter pecado em nosso coracao (Mt 5.27,28). 1.2. A culpa como resultado do pecado O pecado tem ligagao direta com a trans- gressao da Lei devido a liberdade humana e, como consequéncia, resulta na culpa. Com isso, ao se referir a Lei, o Apdstolo Paulo as- severa que éla é boa e espiritual (1'Tin 1.8), pois expressa o elevado padriio da Santidade de Deus, Através dela é que 0 povo de Isra- el sabia quando cometia alguma falha (Rm 2.17,18). Para os gentios, entretanto, a propria consciéncia trazia-lhes a culpa (Rm 2.14,15). Podemos entio dizer que a culpa é uma con- digéo posterior ao erro, ainda mais quando 0 conhecemos através de suas leis e ordenan- gas (Gn 3.7), Muitas pessoas vivem com um sentimento de culpa e inquietagio, que sio resultados de uma atitude de rebelido contra ‘Deus, seja em atos ou até mesmo por meio de pensamentos. Segundo Wayne Gruden: “Um. cristo nunca deve dizer: esse pecado me der- rotou, eu desisto (...), pois dizer isso é deixar © pecado reinar em nosso corpo. E admitir a derrota e negar a verdade das Escrituras que dizem: considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus, Rm 6.11”. + Refletindo “O pecado tem graves consequéncias para as relacdes entre o pecador e Deus. Estes resultados incluem desaprovacao divina, culpa, punicao e morte”. Millard J. Erickson @TENTACAO E PROVACAO A tentagao tenta tirar o pior do homem, en- quanto a provacio tende a nos aperfeigoar. 2.4. O que éatentacao? E imprescindivel falar sobre tentagao para que possamos entender que ser tentado é diferente de pecar. Jesus também foi ten- tado, mas nao pecou (Hb 4.15). O pecado tem como protagonista Satands (Mt 4.1) ow os proprios desejos carnais (Tg 1.14,15). A tentagdo tem como finalidade levar 0 ho- mem ao erro, desviando-o do seu propési- to original estabelecido por Deus, visando algum tipo de prazer ou delucro. A Palavra nos afirma que ninguém é tentado acima de suas préprias forcas (1Co 10.13), e que Jesus, por ter sido tentado, pode nos socor- rer em nossas fraquezas (Hb 2.18; 4.15). Ante a tentagao, precisamos vigiar ¢ orar, pois o espirito esta pronto, mas a carne é fraca (Mc 14.38). 2.2. Caracteristicas da provacao Existe uma linha muito ténue entre provacao e tentagao, tendo em vista que, por vezes, nas linguas originais, se usa a mesma palavra para ambos, outrossim, enquanto a tentagao esta relacionada ao prazer ow ao lucro, a provacao tem como finalidade provar a fé. Podemos observar a provagdo de Abraio (Hb 11.17), J6 (J6 34.36), Daniel (Dn 6.16) e do proprio fiel (1Pe 1.7). A provagao também pode ser entendida como adversidade, tribulagdo, ou mesmo prova. Diferentemente da tenta¢io, que é uma inclinagao para o mal, a prova- cdo tem como objetivo a aprovagio de Deus: “Bem-aventurado 0 homem que suporta, com perseveranga, a provacio (..)", Tg 1.12. A melhor tradugio aqui é provagio e nao tenta¢ao, pois Deus nao tenta e nio pode ser tentado (Tg 1.13). Logo, a provacao serve para nos fortalecer e nos refinar, assim como 0 fogo refina 0 ouro (Zc 13.9; 1Pe 1.7). © juizo E MORTE O ser humano foi criado com a capaci- dade de escolha. Logo, em suas escolhas, sejam atitudes corretas ou erradas, terao sempre uma consequéncia (Gl 6.7). 3.1.0 juizo sobre o pecador O juizo é a sentenga dada por Deus a todo aquele que transgride Sua Lei. A propria Lei de Deus reflete Sua Santidade; assim, todo pecado é uma afronta ao cardter Santo de Deus, por isso pecar é um ato de rebeldia e inimizade contra Ele. As vezes, podemos perguntar por que Deus é tao rigoroso em re- lacdo a transgressao de Sua Lei e ao pecado? Para responder a essa questo, devemos en- | tender que, se Deus nao levasse a sério a Sua Lei e nao punisse rigorosamente a transgres- sao desta, Ele estaria afirmando que nao con- sideraria Sua Lei algo sério, todavia, o que Ele 2 Licko2z faz é completamente o contrdrio: leva muito a sério a Sua Lei, pois Ele nao brinca de ser Deus, nem com Sua Santidade. Terrivel ¢ cair nas maos do Deus Vivo (Hb 10.31). 3.2. Amorte é o resultado do pecado: ‘A morte € 0 resultado do juizo de Deus sobre 0 pecado humano (Rm 5.12). E uma condigdo de separacdo, sendo que a morte fisica ¢ 0 esfacelamento da estrutura hu- mana, a separacao do corpo, da alma e do espirito, da mesma forma que a morte espi- ritual é a separagao do homem com Deus (Ef2.5). A morte eterna, chamada também. de segunda morte, é a separacgao eterna da presenga de Deus (Ap 20.14), A morte re- presenta a condicdo de desvio e depravagio maxima, pois mostra o quanto o ser huma- no se desviou do projeto original de Deus. No entanto, damos gracas a Deus, pois Je- sus morreu a nossa morte e pagou o prego do nosso pecado (2Co 5.21), ¢, através de Sua graca, voltamos a ter acesso a presenga de Deus e viver a vida eterna. No final da oragdo do Pai Nosso obser- vamos a seguinte peticdo: “endo nos deixes cair em tentago; mas livra-nos do mal (.)”, Mt 613. Joachim Jeremias (2006) nos elucida sobre a questéo desta tentacdo que Jesus orienta a cla- Mmarmos ao Pai para que sejamos livres. O damor aqui é uma peticao para o li- vramento da grande apostasia que vira no fim dos tempos: “Como guardaste a palavra da minha paciéncia, também eu te guardarei da hora da tentagao que ha de vir sobre todo o mundo, para ten- Jovens Conectar+ Revista do Professor tar os que habitam na terra’, Ap 310.0 Apéstolo Paulo também afirma sobre a apostasia que precederia a vinda co an- tictisto (21523) Portanto, que possamos estar em constante vigitancia e em ora- ‘cdo para que Deus nos fortalega contra asinvestidas do diabo e da indlinacao da carne, e que 0 Senhor nos guarde e nos livre da apostasia e do abandono da fé. | CONCLUSAO E Jesus quem nos sustenta na caminhada, e mesmo que as forgas das trevas tentem nos abater, ou que venhamos a tropegar e até mesmo cair, é Ele quem nos levanta e nos poe de pé, pois tem cuidado de nés. Complementando O pecado do primeiro casal foi desobedecer a estrita ordem de Deus. Em seu coracao eles sentiram-se seduzidos pela seguinte proposicao: “(.),e sereis como Deus, sabendo o bem eo mal”, Gn. 35. Ser como Deus (no hebraico “Elohim’), significa que o primeiro casal escolheu ser um “outro” deus, pois a palavra “Elohim” é também um termo genérico para divindade. Portanto, o cerne do pecado deles foi escolher viver uma vida independente de Deus. 7 Eu ensinei qu Estamos sob ataques do inimigo, o qual utiliza a tentaco para nos fazer pecar contra o nosso Deus, e, conse- ‘quentemente, ficar debaixo do Seu juizo. Portanto, é preciso vigiar! “Para que a justica da lei se cum- prisse em nds, que ndo andamos segundo a carne, mas segundo 0 O cristéo deve mortificar diaria- mente a sua carne e viver no Espiri- es to,afim de quea cada dia seja mais Fee parecido com Cristo. (CMTE ¥ Apresentar os significados do. eT cele te ete termo carne; Y Explicar os desejos da carne; Explicar sobre a luta entre a Oremos para que possamos mor- tificar a nossa carne e viver o pro- Complementarese cuosidsdes feferentes liao estudade, oe sito de Deus. carne eo Espirito. Es estas gure [DB Ja¥ens 972 sein Video-aulas com fy ovens -centivo 3 Leb “um bate-papo Jo- - | pees a eee eed Conecter Jovem. biiypconecarovens Deyreonec ee 4 F Seg Is 40. Acarne como fragilidade da natureza humana. Ter lotsa Acarne como termo comum a humanidade. Ooo 1ersa7 carne é hostil ao Espirito. INTRODUGAO Na Batalha Espiritual um dos nossos | maiores inimigos, se encontra diante de | nossos préprios olhos quando estamos | em frente ao espelho, ou seja, nés mes- mos. Nossa natureza humana e caida tende a viver uma vida longe de Deus ¢ contraria aos Seus planos. # Ponto-chave “A natureza humana pecaminosa tende a buscar a felicidade e o propésito da vida fora de Deus”. @A\ NATUREZA PECAMINOSA HUMANA | ‘Apés 0 pecado no Eden, o homem saiu de seu propésito original vindo a se dis- tanciar de Deus. Logo sua natureza se tornou corrupta e depravada agindo de forma hostil ao Criador. 1.1. Conceitos biblicos sobre a carne © termo carne (do grego, “sarx”) na Bi- blia possui uma quantidade consideravel de significados distintos. No AT, pode designar 0 tecido humano (Gn 2.21; Bx 4.7); ow 0 tecido muscular dos animais, que servem de alimento (Is 22.13); pode Jovens Conectar+ Revista do Professor ES OO IRm85-8 A carne nao pode agradar a Deus. Sey 16168 vida na carne conduz a morte. S25 161519-21 ‘Quem comete as obras da carne nao herdard ‘o Reino de Deus. | significar 0 corpo todo (Nm 8.7); indica também a fragilidade e a efemeridade (SI 78.39; Is 40.6). Jé no NT, a carne tem, as vezes, 0s mesmos sentidos que os do AT, no entanto, o termo ganha outras cono- tages, a ideia de descendéncia corporal (Rm 11.14); 0 ser humano (Jo 1.14; Mt 24.22). Por vezes, ao significar aquilo que é fragil e perecivel, o termo ganhou o sentido de oposi¢do a Deus. Portanto, | Paulo indica outro significado, 0 de opo- sigdo e de cunho pejorativo (Rm 7.14). 1.2. O pecado original © pecado original (conhecido também de adamico) é aquele que é transmitido a todos os seres humanos descendentes de Adio (Rm 5.12). Esse pecado 6 na ver- dade, a condigao de que a humanidade se encontra debaixo do pecado, pois sua vontade natural é contraria 4 vontade di- vina. Portanto, nés somos pecadores tanto por pratica quanto por condicao, nada do que o homem possa fazer consegue justifi- car-se diante de Deus (Rm 3.23). Por isso, o homem natural encontra-se debaixo do juizo divino (Rm 5.18), da ira divina (Rm 1.18). O homem sem Cristo esta na carne (Ef 2.12), pois nao estd no Espirito (Rm 8.9), o homem carnal esta vendido ao pe- cado (Rm 7.14), € escravo do pecado que habita em sua carne (Rm 7.18). + Refletindo “Por estar a natureza humana téo deteriorada pela Queda, pessoa alguma tem a capacidade de fazer o que é espiritualmente bom sem a ajuda graciosa de Deus. A esta condicao chamamos corrup¢ao total ou deprava¢ao da natureza.” Stanley M. Horton @ACARNEE O ESPIRITO Existe dentro de nés uma luta constante entre o bem e o mal, entre a carne e 0 espirito. Quem vencerd? 2.1. Ainten¢ao da carne Apesar de o termo carne ter o significa- do de corpo, fragilidade, humanidade, em algumas passagens, em especial, na mensagem do Apéstolo Paulo, o vocdbu- lo ganha uma conotacio distinta e bem conceitual. Na teologia paulina, “carne” ganha um aspecto de oposicao a vontade divina que luta contra o espirito (G15.16; Rm 13.14). Logo, o termo se refere a es- fera daquilo que é humano e terreno em oposicao ao celeste e espiritual. A carne tende a buscar o sentido e propésito da vida na esfera da criagao, ela tenta con- quistar a plenitude por meio das coisas terrenas e naturais por forca e mérito proprio (Rm 8.7). 2.2. A prontiddo do Espirito Na passagem do Getsémani, Jesus afirma que a “carne é fraca’, mas o Espirito est4 pronto (Mt 26.41). Apesar da afirmagao de Jesus falar sobre a fragilidade humana, 0 que nos chama atengo é a prontidao do Espirito. Sendo assim, o homem natural busca o bem em si mesmo e deseja sempre cuidar e saciar a si mesmo. Em contrapar- tida, aquele que esté em Cristo encontra- -se morto no que tange as ambi¢Ges e aos impulsos carnais em oposicao aos valores da sociedade corrompida. A proposicao paulina afirma: “Portanto, agora nenhu- ma condenagio ha para os que estao em Cristo Jesus, que nao andam segundo a carne, mas segundo o espirito” (Rm 8.1). © AVIDANA CARNE E NO ESPi- RITO Ocaminho da vit6ria sobre nés mesmos esté na prontidao do Espirito e na mor- tificagao da carne. 3.1. A mortificagao da carne Fica portanto a pergunta, como vencer a carne? Paulo diz: “Miseravel homem que eu sou! Quem me livraré do corpo desta morte? Dou gracas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim que eu mesmo, com o entendimento, sirvo a lei de Deus, mas, com a carne, a lei do pecado? Rm 7.24,25. Logo a resposta est4 na mortificagao da carne e uma vida pautada pela agéo do Espirito (Rm 8.4). Nao devemos, portan- to, viver uma vida pautada no egoismo, na sensualidade, nos prazeres mundanos, nos vicios e tudo aquilo que tenta tomar o lugar de Deus, mas em uma vida no espirito. 3.2. A vida no Espirito Viver no espirito é cumprir a vontade de Deus, buscar as coisas que sao do alto, em. 16 LIGAO3 uma sociedade materialista, cada dia fica mais dificil olhar para cima (Rm 8.5), 0 mundo tende a buscar sempre o imedia- tismo e os prazeres momentaneos. Jesus afirma que aquilo que O alimentava era fazer a vontade do Pai (Jo 4.32-34); logo, © que nos fortalece e da forgas é cumprir © propésito de Deus e realizar a Sua von- tade. Quando nos santificamos, e passa- mos a viver uma vida de jejum, oragio meditagao na Palavra de Deus mais nos comprometemos com 0 Seu Reino, e nos afastamos das paixdes da carne. Assim, procure alimentar o seu espirito e mor- tificar a sua carne. UBSIDIO PARA 0 EDUCADOR Apesar de ser tricotémico, possuir corpo, alma e espirito, o ser huma- no também é um ser holistico, inte- gral. Nao obstante, devemos ter 0 cuidado de entender que a carne, com 0 significado de corpo, nado & algo negativo, pelo contrario, o cor- po é uma parte integrante do indivi- duo e foi criado por Deus. O proprio Jesus veio em carne (Jo 1.14), como um ser humano. Todavia, a carne que se opée ao Espirito 6, devido ao pecado original, a forca que im- pele o ser humano a viver uma vida imediatista, quando a sua felicida- de plena esta nas circunstancias mundanas e seculares. Portanto, assim como afirma Paulo, devemos. cuidar muito bem do nosso corpo (Co 6.19), néo devendo existir uma espécie de dualismo mas,.sim, a Jovens Conectars Revista do Professor busca de uma vida plena em har- monia com a vontade de Deus em corpo, alma e espirito (Rm 12.1). CONCLUSAO A vida no espirito s6 vencerd a carne quando mortificarmos o velho homem, que diariamente tenta ressuscitar, e vi- vermos de acordo com a vontade de Deus expressa em Sua Palavra. & Complementando Nos séculos Ile lll dC, surgiu uma heresia em meio ao cristianismo, de influéncia gnéstica, que afirmava que tudo que era material era mau e tudo que era espiritual era bom, chamada de docetismo.O docetismo era tao bizarro que afirmava que Jesus nao tinha sido crucificado, pois no poderia possuir um corpo, tendo em vista que, para eles, a matéria era ma. Em Jo§o 20.27, 0 autor faz questdo de relatar 0 evento de quando Jesus, apés ressuscitar, apresenta as maos furadas para Tomé; mostrando que, depois da Glorificagdo, haverd uma espécie de materialidade na vida futura. @.. Eu ensinei que: Existe em cada um de nds uma forca que tende a buscar o prazer imediato, o sentido e 0 propésito da existéncia nesta realidade e lon- ge de Deus. Este inimigo, chamado por Paulo de carne, deve ser venci- do através da mortificagao do ve- Iho homeme em uma vida pautada pela aco do Espirito Santo. Fe) 0) Rea kyle “Pois que aproveita ao homem ga- nhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dara o homem em recompensa da sua alma?”, Mt16.26. ¥ Conceituar biblicamente o termo mundo; Mostrar os perigos do consu- mismo; wApresentar a felicidade de Deus como propésito de vida. speanincsparaajivenide Apesar de vivermos no mundo, no devemos participar de seus valores e ideais que estéo em opo- sicdo as Escrituras e ao Reino de Deus Oremos para que nao sejamos se- duzidos pelos valores mundanos. SRS Te Seo 1054 Os filhos de Deus vencem o mundo através da fé. ‘Jer 10235 Nao devemos amar o mundo. ue 10216 Os valores do mundo esto em oposicao aos do Reino de Deus. te INTRODUCAO © mundo é apresentado como governado pelo inimigo chostil a Deus ea Igreja. A Pala- vra de Deus nosalerta sobre o perigo de amar omundo ese conformar com ele. # Ponto-chave “Os valores mundanos se opdem aos valores do Reino de Deus.” @0 MUNDO EM oPosicAo A DEUS O mundo €¢ retratado na Biblia através de varios sentidos, como o Planeta Ter- ra, a humanidade e em especial a huma- nidade pecadora e alienada de Deus. 1.1. Conceitos biblicos de “mundo” Na Biblia, 0 vocabulo traduzido por “mun- do” possui diferentes palavras e diferentes significados, nem todos esto em oposi¢ao a Deus. No AT, o mundo pode ser tradu- zido por terra, como o planeta (Sl 24.1), © conjunto das nagées conhecidas (1Rs 10.23) ea propria raca humana ($19.8). To- davia, o NT abrange ainda mais o significa- do de mundo; apresentando-o como uni- verso (Rm 1.20), a terra habitada (do grego, “oikoumene”) em seu contexto geografico e Jovens Conectar+ Revista do Professor oh OU) Hb 11.26 Molsés escolheu uma vida de obediéncia aDeus. Sey isia9a7 Nao levamos nada deste mundo apés a morte. S80 IRM 12.2 Nao podemos nos conformar com os modelos deste mundo. espacial (Mt 24.14; Rm 10.18), 0 tempo/ge- racdo/eras/século (do grego, “aion”) com- preendido entre a criagdo e 0 juizo final (Mt 13.39; Mt 24.3), 0 cosmo transitério | como teatro da historia humana (1Jo 2.17), como sinénimo do género humano (Rm. 4.13). Estas afirmagées apresentam 0 mun- | do como parte da criagao e nao apresentam alguma conotagao hostil a Deus. 1.2. O antagonismo do mundo Um dos significados do conceito de mundo apresentado na Biblia ¢ 0 de opositor a Deus ea Igreja (Jo 15.18-20). O mundo represen- ta, em especial, a sociedade corrompida que esta distante de Deus. Esta sociedade esta debaixo dos poderes do diabo (1Jo 5.19), que é considerado o seu principe (Jo 14.30). Poderes angelicais que se opdem a Deus re- gem 0 mundo alienado e pecaminoso (1Co 2.6; Ef 2.2), de tal forma que o principe des- te mundo sera julgado primeiro (Jo 12.31). Outrossim, apesar de inimigo, 0 mundo nao esta fora do controle de Deus, mas Ele é objeto do Seu amor (Jo 3.16, 2Co 5.19). Os cristdios no podem deixar 0 mundo (1Co | 5.10), pelo contrario, devem cuidar de seus | afareres e obrigagoes (Co 7.32,33), ele pre- | cisa estar, mas nao pertencer ao mundo. | | | ¥ Refletindo “Para muitos crentes, mundanismo éum dos mais dificeis conceitos de se entender, e por isso continuamos aser vulnerdveisa ele ¢.. O conceit biblico de mundanismo tem mais aver com o modo de pensar, de uma mentalidade desassociaca dios conceitos biblicos e de aces reprovadaas pelas Escrituras” Bispo Abner Ferreira @MAMOME AS RIQUEZAS Algumas vezes, as riquezas sio apresenta- das nas Escrituras como entraves para ago de Deus na vida do ser humano (SI 49.6,7). 2.1. O perigo das riquezas O grande perigo das riquezas nao é 0 di- nheiro em si mesmo mas, sim, aquilo que ele traz: a avareza, a ganancia e o desejo desenfreado de ter e possuir (1'Tm 6.10). Quando Jesus convidou o jovem rico para ser um de seus discipulos ele negou, pois tinha muitos bens (Mt 19.22), dinheiro e riquezas trazem consigo um sentimento de falsa seguranga, e conforto. Agur, em suas palavras de sabedoria pede a Deus somente 0 necessério para viver (Pv 30.8,9). Nao é pecado ser rico, pois exis- tem pessoas com pouco poder aquisitivo que so mesquinhas e avarentas e pessoas abastadas que sao generosas e caridosas. 2.2.0 ideal do consumismo O homem é um ser em busca de algo. Di- ferentemente dos animais, os seres huma- nos sao insacidveis, em especial, no quesi- to de desejar. Aplicamos 0 nosso tempo, em trabalho, esforgo e capital naquilo que desejamos, mas Jesus nos alertou sobre © investimento em coisas pereciveis (Mt | 6.19.21). Muitos, por nao conseguirem aquilo que desejam, desenvolvem um sen- timento de frustracao, ansiedade e etc, por terem uma vida de opuléncia. Buscam no consumir e no ter um propésito momen- taneo de vida. A vida do cristao deve ser 0 oposto, sua vida deve consistir em buscar avidamente o Reino de Deus (Rm 14.17). ©0 PERIGO DO DESEJO, DO TER E DAS REALIZACOES O consumismo, a facilidade do prazer, o lazer e o divertimento tendem a ocupar a primazia de nossa vida, a Biblia nos aler- ta sobre tais perigos. 3.1. Ser ou ter? Viemos em um mundo hedonista e capi- talista que prioriza mais a cultura do TER a SER, trazendo consigo uma inversio de valores. Tal cultura acarreta ansiedade, le- vando 0 individuo a inquietagdes onde o foco culmina em TER: riquezas, fama, se- guidores, etc. Contudo, Jesus nos ensinou sobre as prioridades que devem habitar 0 nosso coracao (Mt 6.19,20). No Sermao da Montanha, Cristo focou o SER ao abordar sobre as bem-aventurangas do Reino (Mt 5,3-10). Somos imagem e semelhanga de Deus, e nosso carater deve ser moldado ao de Cristo (2Co 3.18). Nao basta TER um rétulo de cristo, é preciso SER uma nova criatura (Gl 6.15); nao basta TER um com- promisso na igreja, é necessario SER com- prometido com Cristo, priorizando-O em nossa vida, pois as demais coisas nos serao acrescentadas (Mt 6.13). 20 Lich 3.2, Prazer e felicidade Segundo 0 dicionério eletrénico Houaiss, 0 prazer é uma sensacdo ou emogio agradavel ligada a satisfacdo e ao contentamento. Nao existe pecado algum em sentir prazer a partir de coisas licitas e sadias, pois a felicidade é um estado ou qualidade de bem-estar. Nao obs- tante, existem prazeres que aparentemente parecem bom mas, no seu fim, so caminhos de morte (Pv 14.12). O sistema mundano se- duz através das paixdes, da cobicga da carne e dos olhos (1Jo 2.16). Em contrapartida, maior prazer daquele que est em Cristo esta em viver uma vida em servigo a Deus € a0 préximo, sem contar que a alegria que vem do Senhor o fortalece (Ne 8.10). A Igreja contemporanea foi negativa- mente influenciada por uma visdo teo- légica nefasta chamada de Teologia da Prosperidade. Essa doutrina que afirma basicamente que 0 maior ideal da vida do cristao é ser préspero materialmente. E essa prosperidade é garantida a partir da oferta que o individuo apresenta ao Senhor. Essa visio teolégica é um engo- do, pois ela minimiza o sacrificio de Cristo em prol de um céu na terre; sua énfase encontra-se basicamente nos persona- gens biblicos do AT, ndo se atentando a mensagem apostolica eo fim de cada um deles e nem ao cristianismo protestante/ evangélico histérico, para citar a critica da Reforma Protestante as indulgéncias. Outro elemento afirmado 6 qué se pode “barganhar” com Deus, uma espécie de troca, banalizando o relacionamento da Jovens Conectars Revista do Professor | | | graca entre Deus e o ser humano. A Teo- logia da Prosperidade é uma espécie de_ materialismoe consumismoenvoltos por mensagens cristas forjadas. CONCLUSAO O mundo tende a nos fazer desvirtuar dos ideais que Deus nos oferece. O mundo ofe- rece coisas que sao passageiras e efémeras, mas Deus nos oferece coisas eternas. & Complementando Sobre os relatos de prosperidade dos personagens do AT devemos atentar aalguns pontos da interpretacéio biblica (hermenéutica). O ideal de vida do AT esta pautado na observancia e no cumprimento da Antiga Alianca, descendéncia numerosa, longevidade e prosperidade material. Deve-se entender que o AT precisa do NT e daacaéo salvadora do Cristo, e uma atualizacao da mensagem veterotestamentarla; Jesus desperta uma nova percepcdo de vida:a do porvir. Logo, nossa vida nao se resume ‘a actimulos de bens ou de riquezas, mas avida eterna com Deus: “Se esperamos em Cristo s6 nesta vida, somos os mais miseraveis de todos os homens,” 1Co 1519, 7 Eu ensinei que: Em uma sociedade pautada no con- sumismo e na busca pelo prazer a todo custo, o cristo deve se posicio- nar, ter dominio proprio e vigiar para indo ser seduzido pelas tentacdes que o mundo oferece, pois existe uma recompensa maior em Deus. TO co DERROTADOQUE ey a => Lay i ay atone a “E o Deus de paz esmagaré em breve Satands debaixo dos vossos pés. A graca de nosso Senhor Je- sus Cristo seja convosco, Amém!” Rm 16.20 Temos a vitéria garantida sobre Satands, que foi derrotado na cruz e em Cristo, somos mais que ven- cedores. @ OBIETIVOS DALICAO Discorrer sobre 0 pecado de Satanas; MOMENTO DE ORACAO ne te eno Oremos para que permanecamos Inimigo; : sempre humildes e dependentes v Explicar que 0 diabo esta de- de Deus e que no caiamos no pe- baixo da autoridade de Cristo. cado do diabo, o orgulho. en es Be el eee eee Poa & LEITURASEMANAL [i Seg imt25.at O diabo sera lancado no fogo eterno. 2) IMe133 Jesus foi tentado no deserto por Satands. O08 |2consa Satands se transfigura em anjo de luz. INTRODUCAO | Podemos i que Satands € 0 grande adversério da humanidade e em especial do povo de Deus. Cabe a nés conhecer biblicamente 0 nosso inimigo para nos defender de seus ardis. # Ponto-chave “Satands tem como propésito se por ao povo de Deus, mas ele ja foi derrotado, é questao de tempo atéa vitéria final.” @ 0 PECADO DE SATANAS Como alguém em si consciéncia acha que pode resistir a Deus ou ser igual a Ele? A resposta estd no proprio pecado de Satanas. 1.1. Conhecendo o inimigo Assim como o ser humano, Satands nao foi criado como um anjo mau, ele e outros an- jos se rebelaram contra Deus e abandona- ram sua condigao original (2Pe 2.4). Possi- velmente, foi um querubim que era modelo de perfei¢ao entre as hostes angelicais (Ez. 28.17), no entanto, devido a sua sabedoria e formosura, seu interior se encheu de or- gulho a ponto de tentar ser igual a Deus (Is Jovens Conectars Revista do Professor Ou i197 Devemos nos sujeitar a Deus e resistir ao diabo. 50) [tPe5.8 O diabo esta ao nosso derredor. 89) 1e1284,15, Foi na cruz que Jesus despojou os poderes de Satanas. 14 13,14). Devido a tal pecado, Deus 0 ex- pulsou de Sua presenga, de forma que um tergo dos anjos 0 seguiram em sua rebeliao (Ap 12.4). Apesar de ser poderoso, Satands nao € onipotente, onisciente e onipresente, nio esté A altura de nosso Deus, que detém todo o poder. 1.2. 0 pecado do orgulho Em 1 Timéteo 3.6, 0 Apéstolo Paulo nos apresenta 0 pecado do diabo: “nao neéfito, para que, ensoberbecendo-se, nao caia na condenacao do diabo”, ou seja, seu peca- do foi a soberba e 0 orgulho, de tal forma que colocou em seu coragio que, de algu- ma forma, poderia se igualar a Deus. A soberba e 0 orgulho cegam e ¢ 0 principio da queda (Pv 16.18). Deus resiste aos orgu- Ihosos, mas se atém aos humildes (Tg 4.6). A soberba é um sentimento de exaltacao, independéncia e autossuficiéncia. O crente deve ter muito cuidado no que tange aos seus talentos e proficiéncias a ponto de se achar melhor do que os outros. Esperar 0 tempo certo também ¢ importantissimo na caminhada; queimar etapas pode ser um erro. A melhor coisa é esperar o tempo de Deus, pois o Senhor tem sempre o melhor para os seus filhos (Jr 2911). 23 % Refletindo “Satanas 6 um ser limitado e Jimitado por Deus. Ele s6 pode ir até onde Deus permite, nenhum centimetro a mais. Nas palavras de Martinho Lutero, Satands é um cachorro na coleira de Deus.” Hernandes Dias Lopes @AS INTENCOES DO INIMIGO Apés a sua queda, 0 diabo estabeleceu um propésito de existéncia, a mais vil possivel: se opor a Obra de Deus e de Seu povo. 2.1. Ele veio para matar, roubar e destruir Nos ensinos de Jesus no Evangelho de Joao, Ele se apresenta como o Bom Pastor, e 0 inimigo como o ladrio, que vem somente para matar, roubar e destruir o rebanho de Deus (Jo 10.10). Desde 0 principio da his- téria da humanidade, Satands se manifesta ‘como 0 opositor da obra de Deus, seja como a serpente (Gn 3.1), ou no fim como 0 dra- gio (Ap 12.9). Ele induziu a Davi a contar © povo (1Cr 21.1), trouxe destruigio e des- graca ao patriarca J6 (J6 1.9-12), tentou Je- sus no deserto (Mc 1.13), entrou em Judas para trair Jesus (Jo 13.27), impediu Paulo que fosse & Tessalénica (1Ts 2.18), utilizard 0 antiCristo com poder, sinais e prodigios (2Ts 2.9), desvia os cristios da vontade de Deus (1'Tm 5.15). A agdo de Satands é real, por isso o cristo deve viver uma vida de vi- gilancia e oragao (Mt 26.41). 2.2. Opositor da obra de Deus Como opositor da obra de Deus, Satands utiliza seus ardis para desvirtuar e enga- nar (Mt 24.24), ele se transforma até mes- mo em um anjo de luz (2Co 11.14). Paulo nos adverte de que se até mesmo um anjo apresentasse uma mensagem diferente do Evangelho da graca apresentado por ele, que 0 considerassem maldito (GI 1.8). Nos tiltimos dias, podemos observar a aparicao de falsos lideres, falsos evangelhos, men- sagens que tendem mais a separar do que unir, que incentivam 0 egoismo, 0 mate- rialismo, a rivalidade entre os irmaos, as disputas doutrindrias. O diabo nao brinea de ser diabo, ele leva muito a sério a sua missdo, pois 0 seu tempo esta acabando: seu julgamento jé ocorreu assim como a sua condenagao (Jo 16.11). © DEBAIXO DOS PES DE CRISTO Apesar do inimigo ser poderoso, e nao estar limitado pelas barreiras fisicas, 0 diabo tem suas limitagdes e est debaixo do poderio do nosso Deus. 3.1. A vitoria na cruz Satands ¢ um adversério real, por isso nao devemos subestima-lo; nem mesmo © ancanjo Miguel desprezou o poder do inimigo em sua peleja, mas o repreen- deu em nome do Senhor (Jd 9). No en- tanto, o Senhor Jesus o venceu na cruz do Calvario, levando a cabo a vontade de Deus até as tiltimas consequéncias. Foi na cruz que Jesus despojou os poderes das trevas, de tal forma que os envergo- nhou publicamente (Cl 2.14,15), através de sua morte, que destruiu 0 poder do diabo (Hb 2.14). Estar em Cristo é estar no esconderijo do Altissimo (SI 91.1), é utilizar das armas de Deus contra as as- 24 LGAs. tutas ciladas do diabo e se fortalecer na forca do Seu poder (Ef 6.10). 3.2. A vitéria final A Igreja do Senhor, passou por alguns revezes em relagio a opressao e a perse- guigdo. Muitos cristéos morreram e foram perseguidos. Tiago foi a primeiro dos dis- cipulos a perder a vida (At 12.2). A Igreja padeceu perseguicao, primeiramente, pe- los judeus, pelos pagaos e também sofreu ataques internos por meio das heresias, todas essas formas de ataque a obra e ao povo de Deus tem 0 diabo como mentor. No entanto, quando Cristo estabelecer 0 Seu Reino eterno, Satands seré completa- mente vencido (Mt 25.41). Hoje, ele esta em parte vencido mas, naquele grande dia, sua autoridade e atuacao serao termi- nantemente cessados. ESOL Satands esta no inferno? Essa é uma pergunta que se faz rotineiramente, mas, vamos ao testemunho biblico. Primeiramente, a Biblia diz que exis- tem alguns anjos caidos presos nas cadelas da escuridao, do rego, “tar- taros” (2Pe 2.4), porém, em nenhum lugar das Escrituras, aparece o diabo habitando no inferno, Satands des- crito vagando pela terra U6 17), Ele 6 principe das potestades do ar (Ef 2.2), tendo em vista que as potestades malignas se encontram nos ares (Ef 612). 0 diabo nao est no inferno, “ha- des” - lugar intermediario dos mortos sem Cristo (Mt 1618), no “tartaro” - pri- dio dos anjos caidos (2Pe 2.4), muito Jovens Conectar+ Revista do Professor | menos no “geena” - lago de fogo, se- gunda morte (Mt 18.9), que ainda nao foi inaugurado; mas, ele esté ao nosso derredor, buscando a quem possa tra- gar (IPe58), CONCLUSAO Satands foi derrotado, em parte na cruz, e serd derrotado permanentemente no Juizo Final, cabe a nés permanecermos firmes até aquele Grande Dia. ¥ Complementando Existe um certo fascinio pelo nome Liicifer. Filmes, sejam de terror ou séries apresentam este nome como o nome préprio de Satanas antes da Queda, mas é importante esclarecer que tanto Satands (adversario) como diabo (caluniador) nao sao nomes préprios e ‘sim, adjetivos do tentador. Por incrivel que pareca, o termo Lucifer nao se encontra na Biblia, nem nas versdes antigas, seja a hebraica ou a grega, 0 termo é uma transliteracao da traducdéo, em latim chamada de Vulgata por Jerénimo que traduziu o termo “estrela da manha” (Is 1412) por Lticifer, que significa “aquele que tem luz prépria. 7 Eu ensinei que: O diabo, o nosso grande opositor, mesmo derrotado na cruz, ainda faz grande estrago, por isso é preci- ‘so estar preparado para a batalha, nao subestimando e nem super va- lorizando-o. Nossa forca e vitéria nessa peleja vem do Senhor! 26 @Bsovens omen dein “Porque nao temos que lutar con- \ tra a carne ou sangue mas, sim, i contra os principados, contra as potestades, contra os principes LY das trevas deste século, contraas hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”, Mt 10.8. Os deménios sao anjos caidos, que se rebelaram contra Deus, sob a lideranga de Satanas, e que atuam no mundo espiritual como agentes OBJETIVOS DA LICAO da maldade. v Apresentar quem sao os de- ménios; i MOMENTO DE ORACAO Mostrar as inten¢c6es dos de- Né ue Oremos para que Deus venha nos ménios; encher de autoridade contra as vy Explicar a autoridade da Igre- hostes da maldade. ja sobre os deménios. ‘video-aulas com ‘uo bate-papo 20- tarista a Revista Conectars Jovem, ‘entivo 8 Let turairaz textos com informnacoes ‘complementores e crlosidades refetenies liao estudada a irene tae Seg imtr21 Jejum e oragao fazem parte do arsenal contra 0s demonios. “8F IMe315 Jesus, em Seu ministério, curava e expulsava 0s deménios. 08 1es12 (Os demdnios temiam o poder de Jesus. INTRODUGAO Por Satands nao estar em todo lugar a0 | mesmo tempo ele utiliza seus soldados, os deménios, para cumprirem seu propésito de subjugar o ser humano. Mas, a Igreja é levantada por Deus para, em nome de Jesus, resgatar e libertar os seres humanos do jugo do inimigo. |? Ponto-chave “Cristo deu autoridade a Igreja contra 0s deménios”. @DEMONIOS, OS ESPIRITOS IMUNDOS Os deménios sao relatados na Biblia como seres subordinados ao diabo, que se opde ao projeto de Deus, e tentam aprisionar os seres humanos. 1.1. Testemunho biblico A palavra deménio aparece trés vezes no AT (Dt 32.17; Sl 106.37; Lv 17.7), ja no NT o termo é bem desenvolvido e citado diversas vezes, em especial, no Ministério de Jesus (Le 11.20). No grego classico, etimologicamente, a palavra se referia a deuses inferiores pagios e ¢ 0 mesmo vocabulo utilizado por Paulo em Jovens Conectars Revista do Professor a ala mn eR 0) 1me1637 Em nome de Jesus expulsamos os deménios. 0) 1ke8.27 As pessoas que ndo tém Cristo podem ser possuidas pelos deménios. 90 1 12.43-45 Ao retornar a uma pessoa, 0 demonio leva consigo sete espiritos imundos. seu discurso em Atenas, “supersticiosos” (At 17.22), que significa também “aque- les que reverenciam a deménios”, Em sua primeira Carta aos Corintios, Paulo es- creve sobre aqueles que oferecem sacrifi- cios as divindades e afirma que as ofere- cem aos deménios (1Co 10.20). Existem muitos que, mesmo depois de converti- dos, ainda se orientam por conselhos de astrologia ¢ de outras praticas misticas e exotéricas, a nossa verdadeira orientagao deve ser a Biblia que é a Palavra de Deus. 1.2. Quem s&o? Os deménios sao conhecidos como os soldados do maligno (Ef 2.2), eles tam- bém so conhecidos como espiritos imundos (Ap 18.2), principados, po- testades, hostes espirituais da maldade, tronos, dominagées (Ef 6.12; Cl 1.16). Estes termos estao elencados de acordo com sua posicao ¢ area de atuagao, tendo em vista que um principado no mundo antigo era um reinado, de acordo com Strong. Vemos um testemunho claro na passagem de Daniel 10.13, em que um “principe do reino da Pérsia” resistiu ao anjo do Senhor por vinte e um dias. Jesus diz que o reino das trevas € organizado e 27 unido (Mt 12.26). Logo, nés como Igre- ja do Senhor nao podemos admitir no nosso meio desuniao, maledicéncias, in- trigas e rebelides, somos chamados para fazer a diferenca. + Refletindo “Depois de se rebelarem contra Deus, os deménios nao tém mais 0 poder que tinham quando eram anjos, porque o pecado é uma influéncia enfraquecedora e destrutiva.” Wayne Grudem @AFUNCAO DOS DEMONIOS A atuacao dos deménios costuma estar relacionada aos seus adjetivos, que séo espiritos imundos. Sua intengao é colo- car 0 homem na maior pentiria posstvel, longe da presenga salvifica de Deus. 2.1. Atividades dos dem6nios Sob a lideranga de Satands, os deménios atuam em oposigao as obras de Deus de modo a tentarem destrui-las. Eles usam de mentiras (Jo 8.44), engano (Ap 12.9), morte ($1 106.37; Jo 8.44), e diversas ou- tras ages destrutivas de cunho perverso. Eles tentam cegar as pessoas de modo a impedi-las de se chegarem ao conhe- cimento da verdade do Evangelho (2Co 4,4), tentam manter as pessoas escravas, impossibilitando sua aproximagio de Deus (Gl 4.8). Eles também atuam por meio de tentagao, divida, culpa, medo, doenga, confusao, inveja ¢ calinia no in- tuito de impedir os propésitos de Deus na existéncia do Céu. 2.2. Agao demoniaca No Ministério de Jesus podemos vé-IO se opondo aatuagao demonfaca. Eles atacavam as pessoas por meio de doengas mentais (Mt 17.15-18), possessées (Mc7.30), loucura (Le 8.27), convulsées (Lc 9.42), incapacidade de falar (Le 11.14). Apesar de todos esses rela~ tos sobre a acio dos deménios, no que tange ao corpo, devemos ter em mente que nem toda doenga é de origem maligna, se fosse assim, 0 cristdo nao precisaria ir ao médico, mas isso nos alerta que existem enfermida- des que tém sua origem na esfera espiritual, no entanto, o Senhor armou a Igreja com armas e dons espirituais para lutar contra os ataques do adversério. © 0S DEMONIOS E AIGREJA Jesus venceu e deu a Sua Igreja poder so- bre as forcas do mal. A Igreja foi armada por Deus contra as hostes da maldade. 3.1. Os dem6nios e o Reino de Deus Um dos sinais do Ministério de Jesus e da chegada do Reino de Deus foi a expulsao de deménios das pessoas (Mt 12.28). O Reino de Deus ¢ 0 meio pelo qual Deus governa, 0 Rei- no é maior que a Igreja, pois engloba a aco de Deus na histéria da humanidade, mas a Igreja esta contida no Reino. Logo, uma das primeiras manifestagées do reinado de Deus &a derrocada de Satands € seus anjos. Jesus subjuga os poderes das trevas estabelecendo 0 Seu Reino. Hoje, a Igreja do Senhor é 0 Seu povo, sobre o qual Deus governa ¢ reina. 3.2. Autoridade para repreender os deménios Ja no Ministério de Jesus, Ele outorgou | aos Seus discipulos autoridade e poder 28 LICAOG sobre os deménios: “Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpi- Ges, € toda a forca do inimigo, e nada vos fara dano algum, Lc 10.19. E, no Seu nome, Sua Igreja expulsaria os es- piritos imundos (Mc 16.17). A exigén- cia é esta: Que sejamos verdadeiramen- te discipulos de Jesus e participantes de Sua triunfante Igreja (Jo 8.31), vivendo Seus ensinamentos e Sua vida. O Se- nhor nos deu poder para destruir for- talezas (2Co 10.3-4)! AEN nek siren og Na tradicdo judaica, os deménios s40 conhecidos como anjos caidos que se rebelaram contra Deus e deixaram sua posicao inicial de tal modo que foram precipitados para fora da presenca do Todo-Poderoso. A Biblia afirma que alguns desses anjos caldos foram presos e sé se- ro soltos no juizo (2Pe 2.4), este lu- gar, traduzido por inferno (no grego, “tartaro”) era um lugar de prisdo, pa- lavra usada na cultura grega como “a prisdo dos tités”, seres responsa- veis pelo caos ea desordem da terra primitiva. Alguns desses anjos sero soltos na Grande Tribulagdo (Ap 91- 3) para atormentar os homens. Na queda, a Biblia diz que a terca parte dos anjos seguiram Satands a se re- belaram contra Deus (Ap 12.4). Mes- mo que a oposicao pareca ferrenha, a vitéria é do povo de Deus. Pela matematica, para cada deménio existem dois anjos, sem contar que Jovens Conectars Revista do Professor ‘© Senhor dos Exércitos ja decretou a vitoria. E s6 questao de tempo e perseveranca (Rm 16.20). CONCLUSAO Os verdadeiros discipulos de Jesus, pre- cisam se revestir de toda Armadura de Deus, para lutar contra as forcas do mal, pois nossas armas nao so carnais e sim, espirituais. ® Complementando Existe um debate sobre se “crentes” podem ser possuidos por deménios. As Escrituras sio unanimes em afirmar que o cristéo é Templo e morada do Espirito (1Co 3.16), que somos filhos de Deus (Rm 814), logo, se somos habitados pelo Santo Espirito, nao ha espaco para os deménios. Entretanto, devemos nos ater a algumas Passagens: Jesus repreende Satanas em Pedro, logo apds reconhecer a Jesus como o Messias (Mt 16.23) ea atua¢&o na vida de Judas, um dos doze (Lc 22.3). O certo é que existem graus de influéncia e opressao demoniacas. O cristo genuino, ser alvo de ataques malignos, mas ele jamais tera o seu corpo fisico, que é templo do Espirito Santo, possuido por Santanas. e Eu ensinei que: A Igreja em Cristo, foi municiada com a Armadura de Deus para vencer as batalhas contra 0 diabo seus deménios.

Você também pode gostar