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Beatriz Justino
Joaquim Santana
Júlia Agostinho
Laurina Maguichire
Octávio Ziza
Rosário Charles
As Idiossincrasias Lexicais: Idiomatismos e Provérbios na Língua Portuguesa
Licenciatura em Ensino de Português com Habilitação em Ensino de Línguas Bantu
Universidade Licungo
Beira
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2021
Beatriz Justino
Joaquim Santana
Júlia Agostinho
Laurina Maguichire
Octávio Ziza
Rosário Charles
As Idiossincrasias Lexicais: Idiomatismos e Provérbios na Língua Portuguesa
Licenciatura em Ensino de Português com Habilitação em Ensino de Línguas Bantu
Trabalho Apresentado ao Departamento de
Português, Delegação da Beira, Faculdade
de Letras e Humanidade Para Fins
Avaliativos.
Docente
MA. Pascoal Guiloviça
Universidade Licungo
Beira
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2021
Índice
Introdução........................................................................................................................................4
As Idiossincrasias Lexicais: Idiomatismos e Provérbios na Língua Portuguesa.............................5
Idiomatismo ou Expressões Idiomáticas......................................................................................5
As características das expressões idiomáticas..........................................................................7
Fixidez......................................................................................................................................7
Idiomaticidade e Opacidade.....................................................................................................7
Alguns exemplos de expressões idiomáticas e seus significados:...............................................7
Provérbios....................................................................................................................................8
Provérbio popular...................................................................................................................10
Alguns exemplos de provérbios :...........................................................................................10
Provérbios religiosos..............................................................................................................10
Funções dos provérbios..........................................................................................................11
Caracteristicas dos provérbios...........................................................................................11
Diferença entre expressões idiomáticas e provérbios.............................................................13
Conclusão......................................................................................................................................15
Bibliografia....................................................................................................................................16
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Introdução
No âmbito das aulas, foi-0nos incumbidos de elaborar o presente trabalho que visa abordar sobre
as idiossincrasias Lexicais, cujo o objectivo principal foca-se na abordagem dos idiomatismos e
dos provérbios. Assim sendo, ao longo do trabalho, apresentaremos de forma clara e concisa
informações detalhadas sobre o tema em alusão, de modo que poderemos ver que no nosso dia-a-
dia temos proferido certas expressões que nos caracterizam ou reflectem um aspecto relacionado
com a nossa vida. Sem termos a mínima noção usamos frequentemente os idiomatismos e
provérbios na nossa língua.
Portanto, ao longo do trabalho, definiremos tanto os idiomatismos como também os provérbios,
daremos exemplos dos mesmos, falaremos das funções e características dos provérbios e por
último iremos deixar ficar a diferença entre os provérbios e idiomatismos ou expressões
idiomáticas.
O trabalho foi feito com base nas referências bibliográficas divulgadas através da interne de
modo a enriquecer o nosso trabalho, cuja estruturação está dividida em três partes: introdução,
desenvolvimento e conclusão.
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As Idiossincrasias Lexicais: Idiomatismos e Provérbios na Língua Portuguesa
Idiomatismo ou Expressões Idiomáticas
Na perspectiva de Fiore (2019:1111113), as expressões idiomáticas “são unidades fraseológicas,
ou locuções ou expressões fixas, que apresentam uma combinação de palavras cujo significado
não resulta dedutível pela soma dos significados dos componentes individuais.”
As expressões idiomáticas têm um significado figurativo e metafórico, partilhado entre os
membros duma comunidade linguística. Por isso, as EIS, em determinados contextos, podem até
substituir uma conversa inteira.
Ex.: “andar de boca em boca” – informação transmitida oralmente
As expressões idiomáticas “são porções de frases cujo significado ultrapassa o significado
literal das suas partes. Significam mais do que a interpretação das palavras que as compõem,
implicando uma leitura contextual. São comumente utilizadas na linguagem informal e, estando
algumas muito enraizadas na cultura linguística dos falantes, são aplicadas também em discursos
formais.As expressões idiomáticas retratam traços culturais de certos grupos e regiões, sendo
específicas e, por isso, de impossível tradução. Há, todavia, expressões equivalentes em outros
idiomas.” https://www.normaculta.com.br/expressõesidiomáticas/
Uma expressão idiomática ocorre quando um termo ou frase assume significado diferente
daquele que as palavras teriam isoladamente. Assim, a interpretação é captada globalmente, sem
necessidade da compreensão de cada uma das partes. Usamos expressões idiomáticas a todo
instante. Elas se encontram no quotidiano, no noticiário da televisão, em anúncios dos jornais, no
rádio, na tv, em discursos políticos, campanhas eleitorais, em filmes, em letras de música, na
literatura, etc.
O uso de expressões idiomáticas não se restringe a um aspecto específico da nossa vida, nem a
uma determinada camada social. As expressões idiomáticas são uma parte importante da
comunicação informal, tanto escrita como falada, e também são usadas frequentemente no
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discurso e na correspondência formal. Tudo que se pode expressar usando expressões
idiomáticas pode também ser transmitido por meio de frases convencionais.
O motivo que leva um falante ou um escritor a usar expressões idiomáticas é o desejo de
acrescentar à mensagem algo que a linguagem convencional não poderia suprir. Uma expressão
idiomática pode enriquecer uma frase, dando-lhe força ou sutileza, pode enfatizar a intensidade
dos sentimentos de alguém e pode ainda atenuar o impacto de uma declaração austera, com
humor ou ironia. O uso que um falante faz das expressões idiomáticas determina o seu grau de
domínio da língua, possibilitando-o expressar-se de muitas maneiras.
https://www.soportugues.com.br/secoes/expressoesIdiomaticas/
De acordo com Xatara (1998), citado por Fiori (2019:14), as expressões idiomáticas podem ser
classificadas em diferentes tipologias com base nos próprios aspectos semânticos e
morfossintácticos:
Expressões idiomáticas nominais ou substantivas: possuem o valor de substantivo e
encontram-se normalmente compostas nas seguintes combinações: substantivo +
adjectivo ou substantivo + preposição. Exemplo: “é memória de elefante” que quer dizer
que uma pessoa tem uma grande memória;
Expressões idiomáticas verbais: são aquelas que contêm pelo menos um verbo principal
que possa definir o número, a pessoa, o tempo e a conjugação” (Nogueira 2007, apud
Wang, 2018, p.15). São identificáveis também porque, na maioria dos casos, podem ser
substituídas por verbos, como no caso de “torcer o nariz”, ou seja, não concordar;
Expressões idiomáticas adjectivais: desempenham papéis básicos de atribuição e
predicação, modificando-as, com os adjetivos comuns. Estas podem aparecer na forma
prep. + subst. + adjet. como “no tempo da Maria Cachucha”, que designa algo muito
antigo;
Expressões idiomáticas adverbiais: normalmente o verbo é a parte fundamental da
oração e as expressões idiomáticas formam parte do predicado ou determinam a oração.
Podemos incluir nesta categoria expressões como: “à grande a à francesa”, expressão
usada quando se quer fazer algo em grande, com ostentação;
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Expressões propositivas Tal como afirma Pedro (2007, p. 54), “este tipo de expressão é
considerado como oração pela estrutura. Ortíz Alvarez (2000) recorre a Aritiunova
(1976) para explicar que essas unidades expressam uma ideia formulada como
proposição, ou seja, constituem uma construção sintáctica que pode expressar tratos
modais e temporais, por exemplo: “dar água na boca”. A expressão tem o significado de
que alguém sentiu vontade de comer alguma coisa que lhe pareceu gostosa.
As características das expressões idiomáticas
Segundo Fiori (2019:19), as expressoes ideomáticas são caracterizadas por serem fixas (fixidez)
e por conter aquilo que ele considera como sendo característica semantica própria
(idiomaticidade e opacidade).
Fixidez
O termo fixidez implica que não é possível aplicar mudanças, alterações ou comutações às
unidades fraseológicas que possuem fixação absoluta.
Idiomaticidade e Opacidade
Zuluaga Ospina (1980, apud Nogueira, 2008, p.83) define a idiomaticidade “como a
característica semântica própria de certas construções linguísticas, fixas, cujo sentido não pode se
estabelecer a partir do significado dos seus elementos constitutivos, nem tampouco de sua
combinação.”
Alguns exemplos de expressões idiomáticas e seus significados:
A céu aberto (significado: ao ar livre);
A dar com pau (significado: em grande quantidade);
Advogado do diabo (significado: defensor do que não merece defesa);
Agarrar com unhas e dentes (significado: dedicar-se de forma extrema);
Bater na mesma tecla (significado: insistir no mesmo);
Bode expiatório (significado: pessoa que leva com a culpa de outros);
Botar o carro na frente dos bois (significado: avançar etapas necessárias de um processo);
Lavar as mãos (significado: não se envolver em algo);
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Matar dois coelhos com uma cajadada só (significado: resolver duas situações de uma só
vez);
Meter o dedo na ferida (significado: insistir na situação mais constrangedora);
Não saber da missa nem a metade (significado: não saber a história toda);
Onde Judas perdeu as botas (significado: local longínquo);
Pôr minhoca na cabeça (significado: ficar pensando em assuntos e problemas
inexistentes);
Procurar uma agulha num palheiro (significado: procurar algo difícil de encontrar);
Provérbios
Caldas (2014:18) afiram que “a palavra provérbio vem do latim “proverbium” que significa
“palavra pronunciada em público”. São estruturas compostas que possuem mais de uma palavra,
portanto, integram o conceito de unidade fraseológica, como visto acima. Contudo, os provérbios
não podem, de maneira alguma, ser confundidos com as frases feitas, ou seja, os sintagmas
destacados por Rodriguez (2004). Esses sintagmas estão compostos por elementos fixos, como
os provérbios, mas muitas vezes necessitam de alguns complementos para serem incorporados à
fala”.
Os provérbios são frases curtas que transmitem ensinamentos retirados de experiências de vida,
ou seja, transmitem conhecimentos e sabedoria popular. São ricos em imagens e se referem a
acontecimentos quotidianos, sendo assim aplicáveis a diversas situações do dia-a-dia.Os
provérbios são de fácil memorização e repetição visto serem formados por frases curtas e
simples, ricas em ritmo e rimas. São, maioritariamente, antigos e de autores anônimos. Fazem
parte da cultura popular de um país. https://www.normaculta.com.br/proverbios/
É bastante difícil descobrir a origem de determinado provérbio. No entanto, certamente, eles
surgem de algum grupo ou comunidade linguística. O primeiro grupo a se imaginar é o povo, a
sua cultura popular. Sem dúvida, grande parte dos provérbios conhecidos hoje, originou-se do
dia-a-dia da colectividade. Porém, não só da criatividade popular se originaram esses provérbios.
Muitos deles são de origem clássica, ou seja, de origem bíblica ou religiosa.
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Segundo Bernard Pottier (apud Simon) in https://www.leffa.pro.br, “o provérbio é
uma fórmula completa que traduz uma verdade geral e tradicional, sobretudo, utilizada na
língua oral. Tem um peso histórico, instala-se na língua, donde seu aspecto freqüentemente
arcaico no que concerne à sintaxe e à semântica.”
Os provérbios, portanto, representam a riqueza lexical da língua e fazem parte do folclore, da
cultura de um povo, estando presentes em discursos de várias esferas, podendo ir do discurso
quotidiano até mesmo ao discurso jurídico. Eles dão um colorido a mais às conversas e causam
curiosidade. São enunciados ricos em linguagem conotativa e muito úteis no discurso, servindo
como um recurso de linguagem apto a ser aplicado com diferentes objectivos, não deixando de
ressaltar seu carácter persuasivo e sua propriedade de verdade universal.
Podemos lhar para o provérbio como uma expressão linguística que retrata o fazer e o viver da
humanidade. Está inserido na tradição de um povo e pertence-lhe como algo universal, aceite
como verdade e como evidência incontestável. Podemos considerar os provérbios como uma
unidade significativa, pois estão inscritos no código de nossa memória, fazem parte de nosso
acervo cultural, constituem um sistema com estatuto formal que leva a postular, por hipótese, a
existência de um domínio semântico independente em um determinado contexto, conforme diz
Greimas (apud Simon) in https://www.leffa.pro.br.
Provérbio popular
Segundo Xatara e Succi (2008), citados por Santos (2012), “o provérbio popular é uma unidade
léxica fraseológica fixa e, consagrada por determinada comunidade linguística, que recolhe
experiências vivenciadas em comum e as formula como um enunciado conotativo, sucinto e
completo, empregado com a função de ensinar, aconselhar, consolar, advertir, repreender,
persuadir ou até mesmo praguejar.”
Alguns exemplos de provérbios :
A cavalo dado, não se olham os dentes;
A mentira tem perna curta;
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A ocasião faz o ladrão;
Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura;
Quem não arrisca não petisca;
Quem fala o que quer, escuta o que não quer;
Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é tolo ou não sabe da arte;
Quem ri por último ri melhor;
Se Maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé.
Provérbios religiosos
Muitos provérbios têm origem na religião. O Livro dos Provérbios, parte do antigo testamento, é
uma coletânea de frases cujo objectivo é transmitir valores, aconselhar e educar.
Exemplos de provérbios religiosos:
Os últimos serão os primeiros.
Quando os justos florescem, o povo se alegra; quando os ímpios governam, o povo geme;
O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade;
Consagre ao Senhor tudo o que você faz e os seus planos serão bem-sucedidos;
Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona
encontra misericórdia.;
Dê a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus;
Dizei-me com quem andas e eu te direi quem és.
Funções dos provérbios
De acordo com Vicente (1997) in Sebastião (1999), os provérbios têm uma função importante
como mediadores das visões do mundo que nos rodeia, particularmente no universo de saberes
das comunidades. Para desenvolvermos um pouco mais esta perspectiva olhemos para às
seguintes funções:
Os provérbios criam ordem no mundo;
Os provérbios são usados por gente de todas as condições, culta ou inculta;
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Os provérbios estão presentes na linguagem e na literatura de todos os povos;
Eles resumem, documentam e adornam a linguagem, com a sua admirável concisão,
justeza, elegância e graça;
Há-os para todas as manifestações da vida espiritual e da vida prática: morais, históricos,
políticos, médicos, agrícolas, tópicos e satíricos.
Na conversação quotidiana servem como tópicos de argumentação e há-os para servir
posições entre si inconciliáveis.
Em suma, podemos agora referir que os provérbios são formas da cultura oral, que, de modo
conciso, servem como outras formas, para transmitir conhecimentos, contribuindo para a
ordenação dos factos naturais, sociais históricos. Todas as comunidades possuem este tipo de
manifestação pois correspondem às primeiras manifestações dos saberes e da experiência dos
Homens.
Caracteristicas dos provérbios
Segundo site https://www.leffa.pro.br no léxico os provérbios apresentam três características
importantes: Impessoalidade, Atemporalidade e Universalidade.
Impessoalidade: anônimos, tradicionais, são usados sempre em terceira pessoa.
Apresentam um caráter generalizado. Quando um provérbio é citado, é marcado por uma
expressão introdutória, (como dizem). Os provérbios são polifônicos. As palavras não são
do falante, mas as da comunidade ou do senso comum que falam por intermédio
dele. Considera-se como marcas da impessoalidade nos provérbios as seguintes
expressões:
Mais vale... que: Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
Antes... que: Antes pobreza honrada que riqueza roubada.
A expressão formada pelos pronomes quem: Quem não pode com o pote não
exibe a rodilha
A partícula se: Se queres bom conselho, consulta o teu travesseiro.
Substantivo genérico para pessoas: O homem prevenido vale por dois.
Nome de animais: Formiga sabe que folha corta.
Nomes de coisas substituindo pessoas: Águas passadas não movem moinho.
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Termos abstratos: A falta de um boi perde- se uma boiada.
Atemporalidade: os provérbios estão presentes no léxico principalmente no uso oral
desde os tempos mais remotos. Alguns podem ter uma relação mais direta com
determinado período da história, mas seu uso atravessa gerações e gerações.A
sociedade letrada considera alguns provérbios como retrógrados, arcaicos e
contraditórios, mas seus ensinamentos podem ser refletidos a qualquer momento.
Universalidade: muitos dos provérbios são conhecidos entre os povos de diferentes
línguas, por isso não podemos demarcar a validade de um provérbio para um determinado
espaço geográfico. Aos poucos, conquistam a memória dos povos, atravessam as mais
distantes regiões, adaptam-se à língua de chegada, como por exemplo o provérbio gato
escaldado tem medo de água fria, não só é falado em Português como também nas
seguintes línguas: Francês, Inglês, Alemão, Espanhol e Italiano.
Na perspectica de Caldas (2014:20), “uma característica marcante nos provérbios é a fixação.
Primeiro porque são enunciados fixos e imutáveis. São enunciados pré-fabricados, prontos para
serem usados em determinadas situações comunicativas”.
Diferença entre expressões idiomáticas e provérbios
Expressões idiomáticas e provérbios podem ser categorizados como fraseologias de valor
referencial que representam imagens de algo concreto e cujo sentido literal difere do seu
significado. Porém, enquanto as expressões idiomáticas são porções de frases cujo significado
ultrapassa o significado literal, os provérbios são frases completas utilizadas para transmitir
algum tipo de ensinamento.
Caldas (2014:19), afirma ainda que “da mesma forma que uma expressão idiomática possui uma
estrutura fechada e cristalizada, o provérbio também possui. Nos dois casos, a estrutura não pode
ser desmembrada para que se analise seus elementos separadamente. A diferença entre o
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provérbio e a expressão idiomática é que o primeiro é um enunciado independente e de sentido
completo, enquanto a segunda, necessita de um complemento para completar o sentido.”
Ex.1: expressão idiomática: Abandonar o barco.
Ex.2: Provérbio: A vingança é um prato que se come frio.
Segundo o Dicionário Terminológico, uma expressão idiomática é um segmento frásico, cujo
significado não resulta, consequentemente, dos significados parciais dos elementos que a
compõem, nem da sua forma de combinação, ou seja, a interpretação do significado de uma
expressão idiomática não se pode basear apenas numa leitura literal dos seus constituintes, mas
implica sempre uma leitura fraseológica (p. ex.: «Dar com a língua nos dentes»).
Um provérbio, segundo o Dicionário Houaiss, é uma frase curta de origem popular,
frequentemente com ritmo e rima, rica em imagens, que sintetiza um conceito a respeito da
realidade ou uma regra social ou moral, integrando algum tipo de alegoria ou ensinamento (p.
ex.: «Em casa de ferreiro, espeto de pau»).
Noutra perspetiva, seguindo a classificação de H. Burger (Phraseologie. Eine Einführung am
Beispiel des Deutschen, Berlim, 2003), e segundo um critério funcional, os provérbios e as
expressões idiomáticas são categorizados como fraseologias de valor referencial que possuem a
capacidade de denotar objetos ou «estados de coisas» da realidade extralinguística. Porém, e
através da aplicação de uma subdivisão semântica, os provérbios são classificados como
fraseologias proposicionais, com capacidade para realizar asserções sobre objetos e «estados de
coisas» («Em casa de ferreiro, espeto de pau», «A galinha da vizinha é sempre melhor do que a
minha»), e as expressões idiomáticas são classificadas como fraseologias denominativas, que
referem/denominam objetos e «estados de coisas». Por exemplo, um «sorriso amarelo» é a
denominação para um sorriso pouco natural, e «esticar o pernil» significa «morrer». In
https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a-diferenca-entre-proverbio-e-expressao-
idiomatica/32210
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Conclusão
Após o término da elaboraacao do presente trabalho, podemos concluír que as espressões
idiomáticas e os provérbios estão sempre no nosso quotidiano, não só pelo uso constante das
pessoas mas também por estarem presentes através das artes e também dos orgãos
comunicativos.
Ao longo do trabalho, podemos ver que uma expressão idiomática ocorre quando um termo ou
frase assume significado diferente daquele que as palavras teriam isoladamente e por essa razão
não podem estar separadas e que existem várias expressões idiomáticas e muito agradáveis. E
quanto aos provérbios vimos que são uma fórmula completa que traduz uma verdade geral e
tradicional, sobretudo, utilizada na língua oral e também que estes são um dos recursos que
formam o léxico de uma língua.
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Bibliografia
FIORE, Frederica, “Ensino de Expressões Idiomáticas para aprendentes italianos de Português
Língua Estrangeira”, Nova FCSH, Lisboa, 2019
SANTOS, Ana Paula Gonçalves, “Análise da escolha lexical no estudo de provérbios em ldp”,
Universidade Federal de Minas Gerais, EDUFU, Brasil, 2012
CALDAS, Ivy Muriel Mattos, “de grão em grão a galinha enche o papo: a presença dos
animais nos provérbios brasileiros”, Universidade de Brasília, Brasília, 2014
https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a-diferenca-entre-proverbio-e-expressao-
idiomatica/32210 acessado no dia 18.01.20121 às 21h32mn
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https://www.normaculta.com.br/expressõesidiomáticas/ acessado no dia 18.01.2021 às 17h35mn
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18h04mn