Mecânica dos Fluidos A
Conceitos Fundamentais – Parte 1
Prof. Dr. Rigoberto E. M. Morales
NUEM / PPGEM / UTFPR
[email protected] http://nuem.ct.utfpr.edu.br
Principais Tópicos
O Fluido como um Contínuo
Campo de Velocidade
Campo de Tensão
Exercícios
Conceitos Fundamentais – Parte 1 2
1
Massa Específica do Fluido
A massa específica do fluido é definido como a relação entre
massa por unidade de volume:
m
V
m = massa e V = volume.
A massa específica de líquidos variam pouco com a variação de
pressão e temperatura
A massa específica do gás varia consideravelmente com a variação da
pressão e temperatura
Massa específica da Água a 4° C : 1000 kg/m3
Massa específica do ar 4° C : 1.20 kg/m3
1
Alternativamente, Volume específico: v
Conceitos Fundamentais – Parte 1 3
Peso Específico do Fluido
Peso específico do fluido é igual à relação entre o peso
por unidade de volume.
g
g = aceleração local da gravidade, 9.807 m/s2
•Peso específico da água a 4° C : 9.80 kN/m3
•Peso específico do ar a 4° C : 11.9 N/m3
Conceitos Fundamentais – Parte 1 4
2
Fluido como um Contínuo
Os fluidos são compostos de moléculas em constante movimento.
Na engenharia, estamos interessados nos efeitos médios ou efeitos
macroscópicos de muitas moléculas.
1 mol de gás contém 1023 moléculas, não é possível simular a
trajetória de cada molécula. No entanto é possível medir os efeitos
macroscópicos de muitas moléculas: velocidade, pressão,
temperatura, etc.
O Conceito do Contínuo é a Base da MF clássica, ele deixa de lado o
comportamento individual das moléculas.
Falha quando a trajetória livre das moléculas se torna da mesma
ordem de grandeza da dimensão significativa do problema.
Conceitos Fundamentais – Parte 1 5
Fluido como um Contínuo
Conseqüência da Hipótese de contínuo: cada propriedade tem
um valor definido continuamente em todo espaço (x,y,z), em
particular o ponto C do espaço
Definição da densidade num ponto
infinitesimal > 10-7 cm
Conceitos Fundamentais – Parte 1 6
3
CINEMÁTICA
Conceitos Fundamentais – Parte 1 7
Campo de Velocidade
Num dado instante, o campo de velocidade, , é
uma função das coordenadas espaciais (x, y, z) e do
tempo (t) – referencial euleriano;
Ou em termos de suas componentes:
(u,v,w), também dependem de x, y, z e t.
Conceitos Fundamentais – Parte 1 8
4
Campo de velocidade- II
ESCOAMENTO TRANSIENTE:
As propriedades em cada ponto do escoamento mudam
com o tempo, então:
ESCOAMENTO PERMANENTE:
As propriedades em cada ponto do escoamento não
mudam com o tempo, então:
V
0 ou x, y, z ou 0 ou V V x, y, z
t t
Conceitos Fundamentais – Parte 1 9
Escoamentos Uni, Bi, e Tridimensionais
Um escoamento é Uni, Bi ou Tridimensional em função do
número de Coordenadas espaciais necessárias para se
especificar o campo de velocidade (Fox & McDonald)
Exemplos:
V V x, y , z , t 3D e transiente
V V x, y 2D e permanente
V V x, t 1D e transiente
V V x 1D e permanente
Todos os escoamentos são 3D
Alguns casos podem ser “aproximados” a 1D ou 2D
Conceitos Fundamentais – Parte 1 10
5
Escoamento 1D
O perfil de velocidades do escoamento laminar
completamente desenvolvido em um tubo tem a
forma mostrada na seguinte figura
O perfil de velocidades é parabólico e dado por:
r 2 A velocidade axial é
u u max 1 - função da posição
R
radial “r”
Conceitos Fundamentais – Parte 1 11
Escoamentos 2D em um Difusor Plano
Um exemplo do escoamento bidimensional é
mostrada na figura:
A velocidade varia em y e x
O canal é considerado como infinito em z. O
campo de velocidade em z é “considerado”
idêntico em todos os planos, ou seja, invariável na
direção z.
Conceitos Fundamentais – Parte 1 12
6
Escoamento 3D
Escoamento 3D na
vizinhança de um disco
em rotação.
A velocidade varia nas
direções x, y e z.
Conceitos Fundamentais – Parte 1 13
Escoamento Uniforme
Para fins de análise, muitas vezes é conveniente introduzir a
noção de escoamento uniforme em uma dada seção;
A velocidade é constante através de qualquer seção normal ao
escoamento;
Na figura é mostrado como um escoamento 2D pode ser
modelado com 1D. Com a “aproximação” de escoamento
uniforme a velocidade varia apenas na direção x.
Conceitos Fundamentais – Parte 1 14
7
Campo de Velocidades: regime permanente
e 2D
Campo Vetorial (j,k)
Escoamento
laminar sobre
uma placa, plano
YZ. Campo escalar w(y,z)
Resultados
produzidos pelo Superposição
PHOENICS cfd
Conceitos Fundamentais – Parte 1 15
Outras Formas de Representação
Visual do Campo de Escoamento
É útil e conveniente visualizar a direção e o sentido
das velocidades das partículas por meio de:
Linhas de tempo (experimental)
Trajetória da partícula (experimental)
Linhas de emissão (experimental)
Linhas de Corrente (matemática)
Conceitos Fundamentais – Parte 1 16
8
Linhas de Tempo
Uma quantidade de partículas adjacentes são
marcadas simultaneamente num dado instante:
Conceitos Fundamentais – Parte 1 17
Trajetória e Linhas de Emissão
Linha de trajeto: é a trajetória traçada de uma partícula de
fluido em movimento (ref. Lagrangeano).
V dX dt
Linha de emissão: num local fixo no espaço você marca as
partículas que passam por lá. Após um curto período, teríamos
uma certa quantidade de partículas, todas identificáveis e
que em algum momento passaram pelo mesmo ponto no
espaço. Injetor de fumaça
Em regime permanente, a
linha trajeto coincide com
a linha de emissão.
Conceitos Fundamentais – Parte 1 18
9
Linhas de Corrente
São tangentes à direção do escoamento em cada ponto do
campo. Isto é, num dado ponto, a tangente a linha de corrente
é paralela ao vetor velocidade naquele ponto.
dy ds v V
Linha de dx u
corrente
Pela semelhança de
ds triângulos tem-se a definição
matemática da linha de
R(t)
corrente:
V
R(t+dt) dx dy dz
u v w
Conceitos Fundamentais – Parte 1 19
Linhas de Corrente
Propriedade 1: como as linhas de correntes são sempre
tangentes à velocidade, não pode haver escoamento normal a
elas.
no-
flow flow
Propriedade 2: linhas de corrente nunca se cruzam, do
contrário haveria extinção ou produção de massa no interior
do escoamento.
no-
flow flow
Impossível!
Conceitos Fundamentais – Parte 1 20
10
Importante
Em regime permanente, a trajetória das
partículas é coincidente com a linha de emissão
que por sua vez também coincide com a linha
de corrente
Conceitos Fundamentais – Parte 1 21
Exercício: 2.5
Um campo de velocidade é dado por:
V Ax B i Ayj ; A 3/s e B 1m/s
Obtenha uma equação para as linhas de corrente no plano xy incluindo
aquela para o ponto (x,y) = (1,2)
7
6
c=1
5 c=2
c=4
4 c=8
y(m)
3
y(3x+1)=C
2
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
x(m)
Conceitos Fundamentais – Parte 1 22
11
Exercício: 2.7
Um campo de velocidade é dado por:
V Axy i By 2 j; A 1m/s e B - 1/2m/s
Obtenha uma equação para as linhas de corrente no plano xy.
10
9
8 c=1
c=2
7 c=3
6 c=4
y(m)
5
4
3
2
1 Resp.: xy2 = C
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
x(m)
Conceitos Fundamentais – Parte 1 23
Exercício: 2.12
Um campo de velocidade é dado por:
V A i Bt j; A 2m/s e B 0,3m/s2
Obtenha as equações das linhas de corrente para uma partícula que passou
pelo ponto (x0,y0)=(1,1) nos instantes t=0s, 1s e 2s. Encontre também a
trajetória da partícula que passou pelo ponto (1,1) no instante 0s.
Resp.:
20
trajetória
15
linha corrente t=0 Linhas de Corrente
linha corrente t=1 t=0-> y =1
linha corrente t=2
y(m)
10 t=1->y=0.15x+1.15
t=3->y=0.3x+1.3
5
Trajetória para partícula
0
0 5 10 15 20
que em t=0 estava em
x(m) (1,1):
y=0.038(x-1)2+1
Conceitos Fundamentais – Parte 1 24
12
Exercício: 2.18
Um campo de velocidade é dado por:
V Ax1 Bt i Cy j; A C 1s -1 e B 0,2s -1
Obtenha a linha de emissão que passa pelo ponto (x0,y0)=(1,1)
durante o intervalo de t = 0 a 2s. Compare com a linha de
corrente que passa pelo mesmo ponto nos instantes t = 0s,1s e
2s.
Resp.:
Linhas de corrente
8
7 Linhas de Corrente
6 t=0-> y =x
5 t=1->y1.2=x
y (m)
4 t=0s
t=1s
t=3->y1.4=x
3
2 t = 2s
1 emissão Linha emissão para pto.
0 (1,1) & 0<t0<2seg:
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 x=exp[(2-t0)+0.1(4-t02)]
x (m) y=exp[2-t0]
Conceitos Fundamentais – Parte 1 25
Exercício 2.18 trajetórias x emissão
A linha de emissão conecta as partículas que passaram em (1,1) entre os
instantes 0 a 2 s. A fig. também mostra as trajetórias das partículas que
passaram por (1,1) em 0, 1 e 2 s.
8
trajetória partícula t0=0
7
6
5
y(m)
linha emissão 0<t<2s
4 trajetória partícula t0=1
3
2
1 trajetória partícula t0=2
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
x (m)
Conceitos Fundamentais – Parte 1 26
13
Campo de Tensões
Tensão é uma força de superfície: atua nas fronteiras
do meio, em contato direto.
Para defini-la é necessário especificar:
1. Intensidade,
2. Direção e
3. Área onde ela atua.
Conceitos Fundamentais – Parte 1 27
Tensões Normais e Cisalhantes
dFn
nn lim
dA n 0 dA
n
dFt
nt lim
dA n 0 dA
n
O primeiro índice indica a área onde a tensão atua e o
segundo índice a direção.
snn tensão atua numa área cuja normal é paralela ao
vetor n e cuja direção também é paralela ao vetor n.
tnt tensão atua numa área cuja normal é paralela ao
vetor n e cuja direção é paralela ao vetor t.
Conceitos Fundamentais – Parte 1 28
14
Componentes da força e da tensão
sobre um elemento de área dAx
Primeiro índice: especifica a área onde a tensão atua.
Segundo índice: especifica a direção onde a tensão atua.
Conceitos Fundamentais – Parte 1 29
Tensor Tensão
Tensão num ponto tem 9 componentes:
3 normais e 6 tangenciais
σ xx τ xy τ xz
τ yx σ yy τ yz
τ zx τ xy σ zz
- Tensão Normal σ
- Tensão de Cisalhamento τ
Convenção de Sinais para Tensão:
Positiva – Quando o sentido da componente e o plano
são ambos positivos ou negativos;
Negativa – Quando o sentido da componente e o plano
onde atua possuem sinais contrários.
Conceitos Fundamentais – Parte 1 30
15
TAXA DE DEFORMAÇÃO
t = 0, pontos M e N
u
alinhados e dl = 0,
dy t = dt, ponto M’ se deslocou dl
em relação M
Qual é a taxa de variação do ponto N em
relação ao ponto M, isto é, como a varia com o
tempo?
Conceitos Fundamentais – Parte 1 31
TAXA DE DEFORMAÇÃO
Para um instante dt, a
u
deformação entre M e N é
dy dada por é:
d
d arctan
dy
Logo a taxa de deformação é:
d d
Taxa de deformação = lim =
t 0
dt dt
Da figura: tan(d) = d = dl/dy
du = dl/dt dt = dl/du
Então: d du
taxa de deformação
dt dy
Conceitos Fundamentais – Parte 1 32
16
Natureza da Taxa de Deformação
Taxa de deformação é um conceito relativo, quer dizer, ela
representa a taxa de um dado ponto relativo a sua
vizinhança;
Ela pode variar ponto a ponto no escoamento. Nesta primeira
abordagem serão tratados de casos uni-dimensionais apenas;
Tal como a tensão, a taxa de deformação de um ponto fluido
possui natureza tensorial; Dxy = du/dy
Para determiná-la é necessário o conhecimento do campo de
velocidades e suas derivadas...
Conceitos Fundamentais – Parte 1 33
Qual é a Relação entre Tensão e
Taxa de Deformação?
Robert Hooke (1635-1703) propôs uma relação
linear para sólidos:
d
G , G coef. Lamé (N/m 2 )
dy
Por similaridade, Isaac Newton (1642-1727) propôs
para fluidos que:
du
, viscosidade dinâmica (N.s/m 2 )
dy
Conceitos Fundamentais – Parte 1 34
17
Viscosidade Dinâmica (Absoluta)
Fluidos Newtonianos (água, todos os gases e maioria dos
líquidos) são aqueles que apresentam uma relação linear
entre a tensão e a taxa de deformação.
txy
(N/m2)
N s kg
2
ou
du / dy m m s
du/dy (1/s)
A viscosidade m é uma propriedade do fluido e tem natureza
escalar.
Conceitos Fundamentais – Parte 1 35
Unidades de Viscosidade
N.s/m2
viscosidade
dinâmica kg/m.s
1 Poise = 0,1 kg/m.s
m2/s
viscosidade
cinemática
n / 1 Stokes = 0,00001 m2/s
Valores típicos:
ar@20oC 0,02cP
água @20oC 1cP
óleo SAE 10W30 @20oC 100cP
Conceitos Fundamentais – Parte 1 36
18
Viscosidade
dinâmica (ou
absoluta) de
fluidos comuns
Observe: com aumento
da temperatura,
1. de líquidos diminui
2. de gases aumenta
Conceitos Fundamentais – Parte 1 37
Movimento com Cisalhamento
Simples
Ocorre onde a taxa de deformação, du/dy, é constante; logo o perfil de
velocidade é linear: u(y) = ay+b;
Na prática isto ocorre quando camadas planas de fluido deslizam uma
sobre a outra;
(a) (b) (c)
h
y
x
Casos (a), (b) e (c) tem duas placas espaçadas h e deslizando com
velocidade U0 relativa entre si.
A taxa de deformação é constante e igual a |du/dy| = U0/h; ela depende
apenas do movimento relativo entre um ponto e outro;
Conceitos Fundamentais – Parte 1 38
19
Condição não-deslizamento
superfície sólida
O fluido não desliza na interface com uma fronteira sólida, mas fica
aderido a ela.
Isto é, se a fronteira não se move o fluido na fronteira tem velocidade
nula; se a fronteira se move com velocidade U0, o fluido também tem
velocidade U0
Caso Placa Placa
(a) (b) (c) Sup. Inf
(a) u(h)=U0 u(0)=0
h (b) u(h)=U0/2 u(0)= -U0/2
y (c) u(h)=0 u(0)= U0
x
(a ) u y U 0 h y 0 du dy U 0 h
b u y U 0 h y U 0 2 du dy U 0 h
c u y U 0 h y U 0 du dy U 0 h
Conceitos Fundamentais – Parte 1 39
Movimento com Cisalhamento
Simples
As situações problemas apresentadas nos
exercícios: 2.33; 2.41; 2.45 e 2.46 são casos
aplicados onde pode-se aproximar a situação real
para o movimento de cisalhamento simples.
Um estudo detalhado do campo de tensões e
deformação é realizado na análise diferencial
realizada no capítulo 5 (Mec. Flu B).
Conceitos Fundamentais – Parte 1 40
20
Prob. 2.33 – Determine a força F que o fluido causa na
placa quando ela se desloca com velocidade V por uma
abertura c de comprimento L preenchido por um fluido
com viscosidade .
Tensão que o
fluido exerce no
sólido
yx
Resposta:
V
F 2 L
c
Conceitos Fundamentais – Parte 1 41
Prob. 2.41- viscosímetro de cilindros concêntricos com
folga anular ‘a’ e altura ‘H’. Determine em função da
vel. Vm, R, r, a, H, M e g.
R Tensão que o
sólido exerce no
fluido
wR
rq a
z
Aproximação cisalhamento puro:
q r
a/R << 1.
M g r2 a
Resposta:
2 R 3 Vm H
Conceitos Fundamentais – Parte 1 42
21
Prob. 2.45 – viscosímetro discos paralelos. Obtenha
uma expressão para o torque em função de h, R, w e
.
Tensão que o
fluido exerce
no sólido.
zq
w dA=rdq.dr
Resposta:
du dz w r h
w R4
T
2h
Aproximação cisalhamento puro válida quando não há escoamento radial:
2
Fcentrifuga w R R dA h w h h
1
Fatrito w R h dA R
Conceitos Fundamentais – Parte 1 43
Prob. 2.46 – viscosímetro cone e placa, tensão
constante em z e r. Ângulo q < 0,5 graus. Deduza uma
expressão para a taxa de deformação e avalie o torque
em função de w, e R.
Respostas:
z du w r w
taxa deformação
dz r q q
Note que a taxa de deformação
não varia com r, mas é
constante em todo espaço
entre os discos.
wr
w R3
torque T 2
r.tanq ~ rq zq q 3
Conceitos Fundamentais – Parte 1 44
22
Prob. 2.58 – Esboce a variação da tensão de
cisalhamento, txy, como uma função de y em x1 e x2 e
também txy ao longo da placa para o escoamento
abaixo:
U∞ U∞ U∞
y Camada
Limite
x1
x2
1. Estime primeiro a taxa de deformação,
du/dy, na parede e na borda da camada
limite.
2. Avalie agora a tensão de cisalhamento;
Conceitos Fundamentais – Parte 1 45
Porque Tensão e Deformação são
Linearmente Dependentes?
A relação t = du/dy é um modelo! Portanto não há razão
alguma que na natureza os fluidos devam seguir este modelo.
Entretanto, os gases seguem este modelo;
Água, óleos em geral e uma grande maioria de líquidos
podem ser bem representados por este modelo;
Mas há líquidos que não são representados: tintas, fluidos
biológicos, emulsões em geral.
Conceitos Fundamentais – Parte 1 46
23
Fluidos Não-Newtonianos ou
Não Lineares
A relação ‘mais’ geral entre tensão e deformação:
n – índice de comportamento do escoamento.
k – índice de consistência.
n = 1, fluido newtoniano, k =
n > 1, fluido dilatante
n < 1 fluido pseudo plástico
Conceitos Fundamentais – Parte 1 47
Fluidos Não-Newtonianos ou
Não Lineares
n > 1, fluido dilatante – (raros) a taxa de crescimento da tensão
aumenta com o aumento da taxa de deformação.
n < 1 fluido pseudo plástico – (mais freqüentes) a taxa de
crescimento da tensão diminui com o aumento da taxa de
deformação.
n = 1 fluido Newtoniano – a
taxa de crescimento da tensão
é constante.
Plástico Bingham – até atingir
tensão limite é sólido, acima
dela tem comportamento
newtoniano.
Conceitos Fundamentais – Parte 1 48
24
Viscosidade Aparente, h
É uma conveniência matemática para ajustar a forma de
modelos lineares.
Desmembrando a tensão em um termo linear e outro com
potência (n-1):
A viscosidade aparente é h = k(du/dy)^(n-1).
Note que ela não é mais propriedade do fluido mas
depende do campo de velocidades.
Ela pode variar ponto a ponto dentro do campo do
escoamento
Conceitos Fundamentais – Parte 1 49
n > 1, fluido dilatante – (raros) viscosidade aparente
aumenta com o aumento da taxa de deformação.
n < 1 fluido pseudo plástico – (mais freqüentes)
viscosidade aparente diminui com o aumento da taxa de
deformação.
n = 1 fluido Newtoniano –
viscosidade aparente é
coincidente com a
viscosidade dinâmica.
Conceitos Fundamentais – Parte 1 50
25
Reologia
tan =
Mecânica dos Fluidos
Mecânica dos Sólidos
tan = G
Fluido Newtoniano Sólido Hookeano
Comportamento Comportamento
Puramente Viscoso Linear Puramente Elástico Linear
du/dy
REOLOGIA
Fluidos comportamento Materiais comportamento Sólidos comportamento
Não-linear Visco-elástico Não-linear
tensão x deformação tensão x deformação
Conceitos Fundamentais – Parte 1 51
26