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CAPÍTULO 2 Do Livro de Plantas Medicinais

O capítulo descreve os processos de colheita e secagem de plantas medicinais. A colheita deve ocorrer no estágio de desenvolvimento adequado para cada parte da planta e evitar danos mecânicos. Após a colheita, as plantas podem ser secas naturalmente ou artificialmente usando desumidificadores, dependendo de fatores como umidade e características da planta. A secagem correta é importante para manter a qualidade e compostos ativos.
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CAPÍTULO 2 Do Livro de Plantas Medicinais

O capítulo descreve os processos de colheita e secagem de plantas medicinais. A colheita deve ocorrer no estágio de desenvolvimento adequado para cada parte da planta e evitar danos mecânicos. Após a colheita, as plantas podem ser secas naturalmente ou artificialmente usando desumidificadores, dependendo de fatores como umidade e características da planta. A secagem correta é importante para manter a qualidade e compostos ativos.
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CAPÍTULO 2

COLHEITA

Tecnologia e eficiência

O momento de colheita varia de acordo com o órgão da planta, o estágio de


desenvolvimento, a época do ano e a hora do dia. A distribuição de compostos ativos
pode estar muito desregular, estando alguns grupos de fenóis em partes mais
específicas. Em plantas perenes e anuais de ciclo longo, a maior concentração de
compostos ocorre a partir de algum estágio, idade, ou a interação entre esses fatores. As
maiorias produções de biomassa e óleo essencial em menta foram observadas no final
de agosto e início de setembro. Nas plantas de Mentha e Villosa há maior concentração
de óleo aos 88 dias a pós o transplantio de mudas. Na estação chuvosa o máximo de
produção ocorre aos 90 dias após transplantio.

O momento de colheita do alecrim por exemplo é depois da floração, no


segundo ou terceiro ciclo. Na pariparoba, os tricomas secretores de lipídios, proteínas e
polissacarídeos surgem no início da diferenciação foliar. Nas folhas adultas os tricomas
e os alcaloides estão em células isoladas.

Quando a parte da colheita é casca e ‘entre casca’, a colheita acontece quando a


planta está florida. Quando a parte colhida são flores, é no início da floração. Quando
frutos e sementes é no início da maturação, e quando raízes, na parte adulta, enquanto
para talos e folhas é antes do florescimento. A colheita deve ser realizada com o tempo
seco e após a secagem do orvalho. Quando se colhe após algum período de chuva, pode
ser reduzido o teor de compostos ativos em função do aumento de conteúdo de água.

Operações pós colheita

A conservação pós colheita é feita visando minimizar as mudanças indesejáveis.


Por isso deve-se evitar o esmagamento, proteger do calor do sol e transportar
imediatamente. As plantas colhidas geralmente vão pra uso direto da produção fresca,
extração de substâncias ativas ou aromáticas ou secagem para uso posterior ou
comercialização. Devem ser eliminados restos de terra, pedras, insetos ou partes da
planta em condições indesejáveis. Aquelas destinadas para chás, xaropes, pomadas e
outros devem ser consumidas rapidamente. A qualidade pode ser mantida na fase pós
colheita desde que realizados manejos técnicos adequados, conhecendo o desempenho
das plantas em condições adversas de luz, temperatura e umidade, além do uso de
embalagens e potencial de estocagem. Existem dois processos de secagem: o natural e
o artificial.

Secagem natural: Os ramos são cortados e pendurados em local sombreado,


processo tecnicamente lento e fora do sol. O local deve ser ventilado para evitar
proliferação de fungos e ajudar na eliminação de água, além de estar higienizado,
protegido de poeira, insetos e outros animais. Esse tipo de secagem so é recomendado
em locais com baixa humidade. Comparando-se este método com o da estufa e sala com
desumificador, a secagem natural possibilitou aroma e aparência inadequadas devido à
alta umidade do ar.

Secagem artificial: Possibilita a capacidade do ar de retirar água da planta. A


temperatura da secagem varia entre 20 e 40°C para partes floridas e folhas. 60 e 70°
para cascas e raízes. Uma boa alternativa na secagem de plantas medicinais é o
desumificador de ambiente e são usados em trabalhos de pequeno porte de prefeituras e
pastorais da saúde. A escolha do melhor método depende das características da planta e
dos componentes químicos, visto que o mais conveniente minimiza perdas na
composição.

Considerações

As plantas medicinais podem ser encontradas em diversos locais geográficos


brasileiro, podendo variar seu potencial de produção de óleos essenciais e compostos
bioquímicos de acordo com a disponibilidade de recursos ótimos para sua
sobrevivência. Os compostos químicos das plantas medicinais são micromoléculas
estruturalmente muito variadas e desempenham funções de proteção na planta.

A composição química pode estar nas raízes, nas cascas, folhas, flores e frutos.
O processo de colheita e a escolha dos utensílios (tesoura de poda, podão, enxada, etc.)
devem ser adequados à parte colhida. A matéria prima não deve ser amontoada para
evitar danos mecânicos, que podem ser porta de entrada de microorganismos que
aceleram o processo de deterioração e perda da qualidade. A escolha do método de
secagem depende do órgão vegetal a ser seco (raiz, flor, folhas, sementes), do composto
ativo e da disponibilidade de equipamentos. A opção pela secagem natural depende das
características da planta e do ambiente de secagem. A secagem artificial com
desumidificador de ar têm tido resultados satisfatórios.
Há fatores técnicos e particularidades na manutenção da qualidade
final das plantas medicinais. É importante otimizar: ponto de colheita, tipo de
secagem, embalagem e o tempo de armazenamento.

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