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Humberto de Campos - Roteiro

O documento discute a busca por orientação espiritual e conselhos do "Além", mas ressalta que os espíritos desencarnados também estão em processo de cura e aprendizado. Recomenda que as pessoas busquem orientação diretamente em Jesus Cristo, por meio da oração, perdão, amor e serviço aos outros.

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Humberto de Campos - Roteiro

O documento discute a busca por orientação espiritual e conselhos do "Além", mas ressalta que os espíritos desencarnados também estão em processo de cura e aprendizado. Recomenda que as pessoas busquem orientação diretamente em Jesus Cristo, por meio da oração, perdão, amor e serviço aos outros.

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ROTEIRO

Humberto de Campos
Psicografia de Chico Xavier

A requisição de palpites do plano invisível é tão velha quanto o


mundo.
O primeiro templo consagrado à fé religiosa na Terra terá sido, cer-
tamente, um tribunal de súplicas, em que o homem primitivo buscava a
manifestarão dos deuses.
E, em todos os tempos, o grito de socorro abafou o hino de hosanas.
O espírito encarnado no Planeta desempenha, acima de tudo, o pa-
pel de Édipo, rolando na tela das circunstâncias tecida por ele mesmo. O
filho de Laio, contudo, decifrou os enigmas que lhe eram propostos pela
Esfinge, nos arredores de Tebas, enquanto que o homem comum se apa-
vora e cai, ante os problemas da Morte, ao redor do sepulcro.
Todavia, não evocamos a imagem para urdir considerações literá-
rias em torno do tema antigo. Lembramos aqui o afã dos amigos terrestres,
procurando-nos o concurso fraternal a fim de resolverem as questões que
lhes dizem respeito. Os “vivos” pedem orientação aos “mortos” com estra-
nho fervor, como se os esgares do transe final do corpo nos houvessem
promovido a magos infalíveis. Organizações caridosas e personalidades
mediúnicas são diariamente atormentadas, no Espiritismo, de mil modos,
por milhares de solicitações dessa natureza. Com facilidade, renovaría-
mos no mundo os deliciosos oráculos gregos, cheios de fantasia pagã, se
a luz do Cristo não nos presidisse agora aos impulsos, porque, sem dú-
vida, a massa de reclamações e de pedincharia endereçadas à nossa es-
fera é de espantar.
Simpatizantes da causa doutrinária querem pareceres do Além,
acerca das mudanças do câmbio, de querelas judiciais ou surpresas do
subsolo...
No entanto, não é para esses trêfegos consulentes de médiuns invi-
gilantes que alinhavamos as presentes observações.
Reportamo-nos aos companheiros sinceros que pedem um roteiro
de espiritualidade para os serviços da vida.
Permanecem cansados e desiludidos, afirmam alguns. Inquietos e
torturados, declaram outros. Pretendem de nós, por vezes, longos comu-
nicados repletos de itens informativos.
Exigem particularidades. Desejam que nos pronunciemos sobre a
conduta que lhes compete na sociedade e no lar. Muitos nos situam inge-
nuamente entre os juízes de toga flamejante e aguardam de nossas mãos
libelos fulminatórios, como se não estivéssemos igualmente em luta por
extinguir os próprios defeitos e sanar as próprias imperfeições.
É para esses que recordamos as normas esposadas atualmente por
nós. A única diretriz respeitável que poderíamos indicar aos companheiros
de reta intenção é o retorno à estrada do Cristo. À exceção dos espíritos
missionários que consumiram a existência na renúncia santificante, o que
estamos fazendo além do túmulo, em boa linguagem, é o trabalho de la-
vanderia. Temos a roupa suja e é impossível prosseguir sem vestes lim-
pas, através de caminhos iluminados e claros.
A receita lógica, portanto, para a comunidade doa irmãos encarna-
dos, é o reajustamento no bem legítimo. Os interessados na aquisição de
conhecimento e santidade encetem o esforço no próprio círculo. Quem se
candidate à elevação, principie por elevar-se quem pretenda o convívio
das entidades superiores, comece por emergir do vale fundo em que se
concentram os motivos mais baixos da vida e subam para o monte da ilu-
minação...
Não esperem que os desencarnados lhes venham assinalar defici-
ências. Também nós, convalescentes da alma, experimentamos a sede de
cura definitiva.
Certa feita, enunciou Oscar Wilde que a arte de dar conselhos con-
siste em indicarmos para os outros aquilo de que mais carecemos. Não
incidiríamos, depois da morte, pelo menos nós, os pecadores confessos,
em erro semelhante.
Busquemos todos o Conselheiro Divino.
Conjuguemos com Ele os verbos orar e vigiar, perdoar e amar, aju-
dar e servir. Iniciemos a tarefa pelos irmãos incompreensivos mais próxi-
mos.
A época da revelação espiritual, por entre laboratórios e gabinetes
de pesquisa, deve ter passado para os estudiosos leais, que procuram a
luz. A atualidade pede recolhimento no próprio ser. A mente necessita cen-
tralizar-se, a fim de sentir a claridade sublime do Alto, na intimidade da
consciência.
Ai dos que não dominarem o corcel da imaginação na corrida que a
civilização moderna improvisou para a morte!...
Se os aprendizes do mundo permanecem, efetivamente, à espera
de orientação, por parte daqueles que os precederam na grande jornada,
ouçam nosso apelo: Recorramos a Jesus, não só no título de Salvador
Glorioso da Humanidade, mas também na condição de Mestre para a
nossa experiência individual. Quantos estiverem entediados da exibição
de “compridas túnicas” da extravagância, entre os fariseus de todos os
tempos, voltem conosco à simplicidade original. Lavemos o pensamento
nas fontes cristalinas da Verdade. Façamo-nos crianças e, buscando o
Eterno Amigo, supliquemos a Ele com sinceridade infantil:
– Senhor, ouvimos-Te a palavra, quando chamavas os pequeninos.
Ensina-nos a caminhar, a servir e a viver!...
E estejamos convictos de que o Guia dos Século; nos tomará as
mãos frágeis, sereno e acolhedor, para conduzir-nos “através dos vales da
sombra e da morte”, onde, em companhia d’Ele, “não temeremos mal al-
gum”.

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