2ª Série
SOCIOLOGIA
RELAÇÕES DE TRABALHO E CAPITALISMO
Significados que o termo trabalho assumiu ao longo da história
✓ No latim, o termo deriva do verbo tripaliare, que significa
torturar.
✓ Entre os gregos, o trabalho era associado a miséria
humana, à escravidão, ao lugar social ocupado pelos que
não eram reconhecidos como cidadãos.
✓ O trabalho para os Gregos:
Labor – É o trabalho braçal voltado para a sobrevivência.
Poiesis – Estava vinculado ao ato de fabricar, esculpir e criar.
Práxis – É a ação política desempenhada por aquele que se destina à
vida pública.
TRABALHO PARA A SOCIOLOGIA
Conjunto de atividade por meio
das quais o ser humano cria
condições para sua sobrevivência.
Por estas características, sempre
foi indispensável na vida dos
indivíduos.
MODOS DE PRODUÇÃO E TRABALHO
✓ Maneira como a sociedade
organiza a sua vida material;
MODO ✓ A forma como a sociedade
definiu a identidade
produtiva das suas
DE condições materiais de
existência historicamente;
PRODUÇÃO ✓ É possível distinguir vários
modos de produção na
história da sociedade:
comunal/primitivo, asiático,
escravista, feudal e
capitalista.
O TRABALHO EM DIFERENTES CONTEXTOS
Escravidão e Servidão – Idade Média
Características
Feudalismo
Nobres (administravam)
Clero (Orava)
Camponeses e Servos
(trabalhavam)
O TRABALHO EM DIFERENTES CONTEXTOS
Escravidão e Servidão – Idade Média
Características
Corporações de Ofício
Mestre
Oficial
Aprendiz
Objetivos das Corporações:
regulamentar preços, salários, qualidade da
matéria-prima e da produção.
Evitar excesso na produção e o
comércio varejo a estrangeiros
Ter preocupações caridosas com seus membros
O TRABALHO EM DIFERENTES CONTEXTOS
MUDANÇAS QUE OCORRERAM NA
ESTRUTURA DO TRABALHO
Artesanato.
Cooperação simples.
Manufatura.
Maquinofatura.
TRABALHO PARA A SOCIOLOGIA
A Revolução Industrial trouxe um novo contexto para
as relações sociais, inclusive para as relações de
trabalho. O surgimento e a consolidação do
CAPITALISMO foram importantes para esta nova
configuração.
O TRABALHO EM DIFERENTES CONTEXTOS
MODO DE PRODUÇÃO: CAPITALISTA
❑ É dominante no mundo ocidental desde o final do
feudalismo;
❑ É um sistema econômico em que os meios de
produção e distribuição são de propriedade privada
e com fins lucrativos;
❑ Decisões sobre oferta, demanda, preço, distribuição
e investimentos não são feitos pelo governo;
❑ Os lucros são distribuídos para os proprietários que
investem em empresas e os salários são pagos aos
trabalhadores pelas empresas.
O trabalho nas sociedades capitalistas
.
“A Ética protestante e o espírito do Capitalismo”
(MAX WEBER – 1903)
Para Max Weber, o protestantismo desempenhou papel
fundamental no convencimento dos trabalhadores a
aceitar a nova condição a que eram submetidos.
O protestantismo pregava a vida regrada e a inclinação para
o trabalho como caminho da salvação.
Tal discurso protestante, segundo Weber, incentivou a
propagação da ideologia capitalista. Instituiu a orientação para o
trabalho como fundamental para a realização individual e social.
As bases do trabalho na sociedade moderna capitalista
Calvinismo: “O trabalho dignifica o homem”
Separação do local de trabalho da casa .
Cooperação simples
Manufaturas
Maquinofaturas
Não Trabalhar passa a ser:
Pecado
Crime
Disciplinamento
Escola e Fábricas
Karl Marx e a divisão social do trabalho
Sob a ótica da teoria marxista, então, a
divisão social do trabalho se sustenta com
base nas relações de poder.
No que se refere à sociedade industrial,
objeto de estudo de Karl Marx, o processo
de divisão social do trabalho impulsionou a
constituição de dois grupos opostos:
burguesia e proletariado.
Classes sociais
● Posição que um grupo de indivíduos ocupa no processo
de produção: de um lado os proprietários dos meios de
produção e, de outro, os trabalhadores.
Luta de classes
● Este conceito expressa o “confronto” entre duas classes
sociais – a BURGUESIA (detentores dos meios de
produção, mas sem a força de trabalho) e o
proletariado (que possui somente a força de trabalho).
“A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes.”
Mais-valia
• É a quantidade de trabalho realizado pela qual o
proletário não é remunerado.
✓ Quando o capitalista aumenta a jornada de trabalho,
mantendo constante o salário, há a produção de mais-
valia absoluta.
✓ Quando o tempo de trabalho socialmente necessário para a
reprodução da força de trabalho é reduzido (por exemplo,
em decorrência de uma inovação técnica), gera-se mais-
valia relativa.
Alienação
● Quando o operário vende no mercado a força de trabalho, o produto que resulta do
seu esforço não mais lhe pertence e adquire existência independente dele.
Émile Durkheim e a Coesão social
COERÇÃO X COESÃO
Coesão – Quando cada
elemento trabalha de
modo que os demais
também trabalhem
adequadamente.
O sociólogo francês, considerava a sociedade um
organismo. Tal qual um organismo celular, a sociedade
precisava de coesão para seu pleno funcionamento. E
precisava também de que cada indivíduo fizesse seu
papel social com eficiência.
A Divisão Social do Trabalho intensificou-se com a
revolução industrial e a consolidação do capitalismo. Para
Durkheim isto gera interdependência, ou seja, uns
precisam dos outros, que ele nomeia como
SOLIDARIEDADE.
● SOLIDARIEDADE – São os laços que unem os indivíduos à coletividade.
➢ Solidariedade mecânica: É comum às sociedades menos complexas, como as
tribais, por exemplo, em que os indivíduos compartilham de uma consciência
coletiva e de uma ordem de valores e tradições comuns
➢ Solidariedade orgânica: Em organizações sociais mais complexas, onde se
aprofunda a especialização e a heterogeneidade cultural, há diversas ocupações
laborais, e com isso é necessário que haja uma interdependência entre os
indivíduos. Sendo assim, a coesão social depende de que as necessidades
individuais sejam supridas pela produção de outros membros do grupo.