Manobras Elemantares
Manobras Elemantares
QBRAS EMEN
OBRA
OBR
VOO
DE
EMENT4
-ETA
PUB LICAOO PELA
ETA. EDITORA TÉCNICA DE AVIAÇÃO LTDA.
Ruo Reol Grondeza 193, Lojas 15e
l6-Botofogo-ZC02-20000-Rio desbneio-
MANOBRAS ELEMENTARES DE Võo
- MMA DAC51-01
*.***.*.*
6a. EDIÇÃO
PUBLICAÇÃO AUTORIZADA PELO D.A.C.
*.
FEVEREIRO/1978
penves
PRE F ACIO
s08 de pilotagem dos AEROCLUBES e ESCOLAS CIVIS DE AVIAÇÃO, pelas edições ante
riores deste MANUAL, foi preparada a 6a. ediçao.
FEVERE IRO/1978
ÍNDI CE
Capítulo Página
Bases das manobras elementares de vôo 5
Caderno de anotaçoes 5
1. Fami liarizaçao com o aviao
2. Partida do motor 6
3. Rolagem . 11
4. Açao dos comandos 13
Vôo em linha reta e horizontal1 15
Curvas . 17
7. Exercícios de coordenaçao dos comandos (element ares).. 19
8. Subidas normaiis 20
9. Voo planado .. 21
10. Curvas em subida 22
11. Curvas em vôo planado 23
12. Manobra para desenvolver a confiança do aluno no aviao ... 24
13. Exercícios de coordenaçao dos comandos (avançados) .. 25
14. Perdas ... 27.
15. Voo em retângulo ... 31
l6. Decolagens . 33
17. Aproximaçao a 90 35
18. Pousos . 37
19. Curvas em "S" sobre uma estrada 39
20. Aproximaçao a 1809.. 40
21. Aproximaçao a 180 na vertical .. 42
22. Aproximaçao a 360° na vertical .. 43
23. Séries de Oitos elementares ns. 1 a 2 44
24. Pousos forçados após a decolagem .s.. 46
25. Pousos forçados a 90 .... 46
26. Pousos forçados a 1809 47
2 7 . Parafusos normais.. 48
28. Parafusos acidentais . 50
29. Decolagens com vento de través 52
30. Curvas de grande inclinaçao lateral . 53
31. Pousos com vento de través ... 53
32. Oitos element ares (n? 3) 54
33. Oitos em redor de marcos .. 55
34. Oitos sobre marcos. 56
35. Séries de curvas. 59
36. Curvas de 7209 de grande inclinaçao lateral ... 61
37. Espirais . . 62
38. Pousos de pista com motor 63
39. Glissadas .. . 65
40. Glissadas laterais 66
41. Reconhecimento do terreno para pouso . 67
42. Voos para exame». 68
**
Relaçao das manobras de vôo para exame 70
PREFACI0 DA 1 EDICÃO
Ao centralizar-se na "U.S. Civil Aeronautics Authority" a organiza-
sao, controle e administraçao de toda a Aeronáutica Civil e Comercial dos Esta
dos Unidos da América do Norte e, simultâneamente, intensificar-se naquele País
a formaçao de pilot os civis, uma das prineiras medidas adotadas foi a padroniza-
çao de disposiçoes, normas e métodos destinados à tarefa fundamental e de licada
que e a instruçao dos pilotos e seus instrutores.
Sob essa orientaçao, a "U. s. Civil Aeronautics Authority"
empreen
deu em cooperaçao com as aviaçoes do Exército e da Marinha e das grandes escolas
civis de aviaçao americana, a organizaçao de programas uniformes e racionais pa
ra as diversas categorias de voo, publicando-os a seguir sob forma de manuais sim
ples e claros, profusamente ilustrados, pondo em evidencia os ensinamentos mais
necessários ao piloto civil.
Considerando o grande sucesso obtido com esse método padronizado de
instruçao na América do Norte, onde foram treinados quase todos os pilotos que
hoje defendem a liberdade nos diversos FRONTS, numa média de 15.000 por mês, com
um numero muitissimo pequeno de acidentes, a Diretoria de Aeronáutica Civilf por
intermédio de .sua Divisao Aerodesportiva e com a valiosa e desinteressada colabo
raçao de Mesbla S/A. , iniciou a traduçao desses manuais, que.gentilmente foram
cedidos pelo Governo norte-americano.
Este manual que ora apresentamos, despido de qualquer idéia de maior
valia, apenas desejosos de eontribuir com modesta parce la para a soluçao desse
magno problema, que é o desenvolvimento e aperfeigçoamento dos nossos pilotos ci
vis, que estao sendo preparados em grande numero, vem a s e r o primeiro de uma
sé
rie de manuais que estao sendo traduzidos com o mesmo fim.
Formu lamos pois, votos para que da leitura deste manual possam resultar
ensinamentos e doutrinas que contribuam para o desenvolvimento e
técnico dos jovens, que em número sempre crescente se inscrevem
aperfeiçoamento
escolaas
nas de
pilotagem dos nossos Aeroclubes, hoje disseminados por todo o território brasi -
leiro, constituindo centros de propagaçao da unidade nacional, pois, que é o seu
objetivo básico o desenvolvimento da aviaçao desportiva e de turismo entre nós.
Sendo esta primeira ediçao apenas uma tentativa, a s e r melhorada, pe
dimos aos nossos leitores a gentileza de nos enviarem suas
toes, a fim de que possamos impressoes e suges-
me lhorar sempre mais este pequeno trabalho.
Antecipadamente agradecemos aos que nos apontarem erros e omissoes,
que involuntariamente tenham escapado.
Manobras elementares de V8o - pág. 5
pág. 6
2 PARTIDA DO MOTOR
PARA POR EM MOVIMENTO OMOTOR D0 AVIÃO, DEVE-SE PROCEDER SEMPRE DO SEGUINTE MODO:
1 - Verificar a posiçao dos outros avioes próximos ao seu. O casca-
lbo e a poeira levantadas pela h lice do seu aviao, poderao danificar outros a
vioes. Coloque o aviao de forma tal que, a poeira soprada pela hélice, nao atin
ja os espectadores, outtros avioes ou penetre no hangar.
2 Colocar os calços sob a rodas. Ë perigoso o aviao começar a mo-
ver-se de imprevisto. E preciso lembrar-se também, de que alguém terá que girar
a helice para o motor começar a funcionar . Certificar-se de que o seu aviao e s
teja seguramente travado ou "calcado", antes de dar partida ao motor bem como ao
deixá-lo, depois de um vôo.
3 Fazer uma inspeçao do aviao. Esta inspeçao tem por fim verifi-
car se o aviao se econtra em condiçoes de vôo. Existem fichas de inspeçao, men-
cionando todas as partes a serem inspecionadas (cabos de comando, trem de pouso,
conex ao das velas de inf lamaçao, etc...).
soa ja
oinstrutor lhe explicará
tenha feito esta
isto mais detalhadamente Caso outra pes-
inspeçao,
convém efetua-la pessoalmente. Primeiro, por-
que nem sempre se pode contar com alguem para efetuar este serviço e,
segundo,
Manobras Elementares de V6o - pág. 7
porque este outro, que nao vai executar o vôo, talvez nao tenha o mesmo cuidado
que voce.
4 - Verificar o abastecimento de gasolina e óleo. Nunca confiar nos
indicadores de nível de gasolina, porque muitas vezes a sua indicaçao é falha.
Convém espiar, pessoalmente, para dentro dos tanques e verificar se estao cheios
Recolocar e apertar seguramente os bujoes dos tanques de gasolina e 6leo. A fal
ta de óleo ou gasolina nos tanques é uma desculpa imperdoável para um pouso for
çado; no entanto, quantas vezes isto acontece!
5 Colocar o cinto de segurança assim que entrar no aviao. Fazer
disto um hábito firme, mesmo quando entrar no aviao apenas para aquecer o motor.
Nas poucas ocasioes que realmente precisar do cinto, nao haverá tempo para fixá-
-lo.
6 A seguir, verificar se a torneira de gasolina est na posiçao
"toda aberta", se ambos os interruptores de inf lamaçao estao desligados e se o a
celerador está inteiramente fechado (puxado todo para trás)y
7 Nunca tentar virar a hélice e manipular o acelerador ao mesmo tem
po. Pedir a uma pessoa competente, um mecâni co por exemplo, para virar a héli-
Ce, porque nao é possivel estar em dois 1ugares ao mesmo tempo e muito menos ain
da fazer um bom trabalho, 'em' ambos, simultâneamente. O Regulamento da Aeronuti
ca Civil exige que haja sempre uma pessoa competente dentro do aviao quando o mo
tor estiver funcionando. Nao viole o Regulamento da Aeron utica Civil.
8 Manter o "manche" para trás, a fim, de conservar a cauda do aviao
no solo quando o motor começar a trabalhar. Mantendo o "manche" para trás, os
lemes de profundidade ficarao levantados e a corrente de ar da hélice forçará a
cauda para baixo,
9 Partida do motor. A pessoa que vira a hélice, deve gritar, "Li
vre". ("OFF"). Certificar-se novamente se ambos os interruptores dos magnetos es
tao desligados e responder: "ivre". Em seguida, o mec ni co dará, provave lmen-
te, algumas voltas à hélice, a fim de encher os cilindros com mistura combustí
vel e gritará "Contato" ("Contact"). Responder "Contato" e em seguida 1igar os
interruptores de inflamaçao, colocando-os na posiçao "Ligado" ("ON"). Quando a
pessoa, virando a hélice, quiser a inflamação desligada, gritará outra vez "Li
vre" ("OFF"). Des ligá-los e em seguida responder "Livre". E importante repetir
as indicaçoes dadas pelo mecânico, a fim de ter a certeza de que foi bem compre-
endido.
Sempre responder "Contato" antes de ligar os interrupto -
NOTE BEM:
res e desligá-los sempre antes de responder "Livre".
Nao falar com ninguem, a nao ser com a pessoa que estiver virando a
ra que o mecâníco nao tenha demasiado trabalho para por o motor a funcionar.
1 1 - Examinar a pressao do óleo imediatamente apos o motor começar a
trabaihar. Se dentro de poucos segundos a pressao indicada nao for correta, pa-
rar o motor e pedir ao mecânico para localizar o defeito.
12 Aquecer o motor a mais ou menos 1.000 RPM ou à RPM apropriada
para o motor do aviao. Isto significa que a helice gira à razao de 1.000 rota
çoes por minuto (r.p.m. ) conforme indicado pelo taquimetro. A este regime a bom
ba de oleo traba lha eficientemente e a hélice fornece uma corrente de ar bast an-
te forte em volta dos cilindros do motor, para que o mesmo nao se aqueça excessi
vamente. Se fizer trabalhar o mot or, com maior rotaçao, antes do óleo ter atin-
gido a sua temperatura apropriada, danificar o motor. Nunca deixe o motor tra-
balhar em marcha lenta (com o acelerador fechado) a nao ser durante pouco temj
porque assim a hélice nao fará circular o necessário ar para resfriar satisfato-
motor. O motor poderá atingir temperatura perigosa nestas condi-
riamente o uma
çoes, antes que ela se ja registrada no termome tro de óleo e chame a sua atençao.
13 Experimentar o motor com cada magneto, separadamente. motor
do seu aviao possui uma "inflamaçao dupla", o que significa que cada cilindro
tem duas velas de inflamaçao.
Cada jogo de ve las de inf lamaçao, recebe a sua cen
telha de um magneto diferente. Existem, geralmente, dois interruptores de inf la
maçao no aviao, sendo um para cada magneto. (Existem muitos avioes nos quais am
bos os magnet os sao comandados por um só interruptor de quatro posiçoes, marca-
das: "Desligados" ("OFF"), "Magneto 1", "Magneto 2", Ambos. ("Both"). Quando am
bos os magnetos estiverem des ligados, o motor pára.
Se com o motor a 1.500 rotaçoes, a
rotaçao com
qua lquer um dos magne
tos for menos 50 rotaçoes por minuto, do que quando trabalhando com ambos os mag
netos, haverá alguma coisa errada e convém, neste caso, que o mecânico examine o
motor
14- Depois de aquecido o mot or, segure o "manche" para trás e abra
o acelerador por completo, durante um curto espaço de tempo, para verificar se u
motor está desenvolvendo toda sua potência. Verificar as rpm do motor em marcha
lenta. Pergunte ao seu instrutor quais devem ser as indicaçoes do taquímetro (r.
P.m.), para esse particular tipo de motor. Examine também os outros instrume
tos, a temperatur: do öleo, a temperatura do ar do carburador, etc. . , verifican-
do se est ao dentro dos limites pres critos (consulte o seu instrutor a este res
peito).
Com certos defeitos de inf lamaçao, fazendo
o motor falhar em võo, ve
rifica-se que o motor trabalha norna lnente quando apenas 1ligado ao magneto
bom,
porém, deixa de funcionar normalnente quando ambos os magnetos ou somente o mag-
neto defeituoso estiver ligado. Nao se esqueça disto e se alguma vez experimen-
tar dificuldades com o motor em vôo, experimente em primeiro lugar, o motor, com
cada um dos magnetos, separadamente, passando de um magneto para outro, observan
do qualquer alteraçao nas RPM do
motor. /gu
Manobras Elementares de Vôo - pág. 9
PP
Data
A) HELICE
1. Examinar as PÁS quanto à existência de entalhos, fendas
e mossas
2. Examinar o CUB0 e FERRAGENS DE FIXAÇÃO quanto a defei-
tos, aperto e frenagem
3. Examinar a trajetória das PÁS DA HÉLICE..
B) MOTOR
1. Examinar a CAPOTA DO MOTOR quanto a fendas e segurança
2. Examinar os TUBOS DE DESCARGA e o ANEL COLETOR DA DES
CARGA quanto a fendas e segurança. .
3. Examinar o MECANISMO DAS VÁLVULAS, LUBRIFICANDO-O à me
dida que for necessårio »... . .
4. Examinar a limpeza e o APERTO DOS TERMI NAIS DAS VELAS.
5. Examinar a parte acessíve l da INSTALAÇÃO EL¾TRICA e DO
ANEL DE DISTRIBUIÇÃO DOS CABOS DE INF LAMAÇÃO
6. Limpar os FILTROS DA CANALIZAÇAO principal de GASOLINA
7. Drenar um pouco de gasolina do dreno inferior, exami
nando-a . . °**°***
c) TREM DE POUSO
1. Examinar os PNEUS quanto a defeitos e inflaçao correta
Manobras Elementares de Vôo - pág. 10
D) ASAS
l. Examinar o REVESTIMENTO quanto a avarias, nervuras de-
formadas e o estado das suas pontass
2. Examinar a segurança das FERRAGENS DE FIXAÇÃO . .
3. Examinar a segurança e as conexoes terminais dos MON
TANTES e dos ESTAIS DE VO0..
Examinar as DOBRADIÇAS, PINOS e GUINHOIS DOS AILERONSs
e dos COMPENSADORES
5. Examinar os CABOS, DE COMANDO, TUBas e ROLDANAS acessi-
veis, quanto à sua segurançaa
E) EMPENAGENS
1. Examinar o REVESTIME NTO quanto a avarias, nervuras de-
formadas e bordos danificados ..
2. Examinar a segurança das FERRAGENS DE FIXAÇÃo
3. Examinar a segurança e as conexoes terminais dos MON
TANTES e ESTAIS ....
4. Examinar as DOBRADIÇAS, PINOS e GUINHÓIS das superfi -
eieis de comando e dos COMPENSADORES
5. Examinar os CABOS DE COMANDO, TUBOS e ROLDANAS quantO
à segurança e lubrificaçao ....
6. Examinar o mecanismo de regulagem do PLANO FIXO ....
7. Examinar o estado e a lubrificaçao da SAPATA ou da RO
DA DA BEQUILHA..
F) FUSELAGEM
1. Examinar o REVESTIMENTO quanto a avarias e deformaçao
2. Examinar o conjunto do MANCHE e as partes acessíveis do
sistema de comando quanto ao seu livre movimento e se-
gurança de fixaçao. .
3. Examinar o conjunto dos PEDAIS DO LEME de direçao e o
SISTEMA DE COMANDO, como acima
4. Examinar o mecanismo de regulagem do PLANO FIXO quanto
ao seu livre movimento . .
5 Verificar a existência do EXTINTOR DE INCENDI0 e da
CAIXA DE MEDICAME NTOS...
Manobras Elementares de Vdo pág. 11
NAÇÃO... .
8. Examinar a segurança dos CINTOS DE SEGURANÇA ...
G) AQUECIMENTO DO MOTOR
1. Certificar-se de que os CALÇ0S estao colocados diante
das rodas .
2. Aquecer o motor e verificar o seu perfeito funcionamen
to .
3. Experimentar o motor ou motores com cada MAGNETO sepa-
radamente e com todos os TANQUES
4. Verifi car o perfeito funcionamento dos COMANDOS DO MO-
TOR e folga nos mesmos
5. Examinar a posiçao do AQUECEDOR D0 AR DO CARBURADOR...
6. Examinar o funcionamento do CORRETOR ALTIMETRICO . . . . .
7. Examinar o funcionamento do EQUIPAME NTO DE RÁDIO ....
8. Temperatura do óleo.
Pressao do óleo ...
R. P. M. ....
Quantidade de gasolina
Quantidade de óleo ...
motor marcha lenta
9. R. P. M. do em
ATESTO que o aviao acima foi inspecionado hoje, sob a minha fiscali
voo.
3 ROLAGEM
Durante a rolagem, observe se há outros avioes próximos ao seu e to-
A visibilidade, quando no solo, é bastan-
me cuidado com o s obstaculos no chao.
te limitada. Cuidado para que a hélice nao jogue poeira nos espectadores ou que
o vento da mesmà nao prejudique outros avioes no solo.
o leme de direçao é o comando mais importante durante a rolagem. Os
movimentos do aviao sao comandados pela pressao do ar que passa pelas superfi
Manobras Elementares de Vôo pág. 12
rado, será preciso aumentar a rotaçao para iniciar a rolagem, mas uma vez em m o
vimento, deve-se diminuir o regime do motor. As rotaçoes deverao variar sempre
velocidade. Conserve a mao sempre levemente sobreo
que necessário para
a mesma
acelerador.
Antes de decolar, examine o campo em todas as direçoes e execute uma
volta completa pela direita, a fim de observar a chegada de qualquer aviao, Os
avioes que chegam, executam na sua aproximaçao ao campo, uma volta pela esquer
da, de maneira que, fazendo no solo uma volta completa pela direita, poderá ver
perfeitamente qualquer aviao que se aproxima para pousar. Os avioes que pousam
têm a preferência. Se, ao aprontar-se para a decolagem, observar a aproximaçao
de um avião, vire o seu avião de frente para o tráfego, como sinal ao piloto que
vem pousando, de que o mesmo foi visto e que aguarda o seu pouso (Se as regras
de tráfego do campo exigem que os avioes que chegam trafeguem em círculos pela di
reita, a volta que deverá fazer no solo antes de decolar, será pela esquerda)
Fami liarizar-se bem com todas as regras e ordens de tráfego do seu
campo local. Depois de pousar, execute uma volta completa pela esquerda ou di
reita (conforme as regras locais de tráfego) e examine o tráfego no solo e no ar
antes de rolar novamente para a pista de decolagem ou para o hangar.
Sempre olhar para todas as direçoes durante a rolagem - Um pescoço doente é pre-
ve ao acionar os comandas.
Fazendo-se pressao no "manche" fara a
viao em vôo em linha reta e horizonta l, requer atençao e uma porçao de ajusta
gens mecânicas.
O instrutor far uma demonstraçao de võo em linha reta e horizontal
bujão do tanque de gasolina, etc.. . ), que fique na mesma altura que o horizonte,
quando o aviao estiver voando horizontaImente. Durante a demonstraçao o aluno
deverá escol her algum ponto de referência, que Ihe pareça, visto do seu lugar,
lugar,
estar em linha com o horizonte, quando em vôo em linha reta e horizontal.
Observar que a extremidade da asa parece formar uma linha. Quando es
ta linha estiver parale la ao horizonte, o aviao estará voando em linha horizon-
tal.
Olhar para ambos os lados do aviao e observar se a distancia do hori
zonte as pontas de ambas as asas é a mesma. Se esta o for, indicará que as asaas
pág.17
6 CURVAS -
curva, as mesmas forças que agem sobre o aviao e o fazem derrapar ou glissar,
tambén agem sobre o piloto. Quando o aviao derrapa, o piloto sente a tendência
de escorregar no seu assento, para o lado externo da curva; na glissada, o piloi-
to sente a tendência de escorregar para o lado interno da curva. Numa curva per
feita nao haverá ne nhuma dessas tendências. 0 piloto terá apenas a sensaçao de
ser empurrado mais firmemente sobre o assento. Isto resulta devido à força cen-
trífuga desenvolvida.
Deve estar sempre presente na mente do aluno, o fato importante de
que as forças que agem sobre o aviao, somente poderao agir também sobre o piloto
quando o seu corpo acompanha perfeitamente todos os movimentos do avião, sei qual
quer tens ao muscu lar. 0 aluno que conservar os músculos contraídos, afastahdo o
Corpo do lado da inclinaçao ou tentando ficar com o corpo perpendicular ao hori
Manobras Elementares de Vôo - pág. 18
zonte, nunca poderá ter uma boa coordenaçao e sensibi lidade na pilotagem. 0 alu
no deverá relaxar os músculos, a fim de sentir as pressoes acima citadas.
Se o aluno nao fizer corpo com o aviao, nao perceberá nem glissadas ,
nem derrapagens.
0 instrumento chamado nível de curva, montado no paine1, consitui um
meio ainda mais perfeito de indicar a atitude do avião nas curvas. Este
mento consiste de uma esfera de metal, solta dentro de un tubo de vidro levemen-
instru
te curvado fechado em ambos os lados, contendo alcool ou outro líquido apropria-
do. Quando o avião glissa ou derrapa, a esfera se desloca da sua posição cen-
tral, para um dos lados do tubo, permitindo assim ao piloto também ver a derrapa
gem ou a glissada. Este instrumento é ainda mais sensível do que os sentidos de
qualquer piloto, sendo por isto extremamente útil para aperfei çoar o piloto na
coordenaçao dos comandos. Entretanto, nao se deve confiar unicamente neste ins-
trumento. Haverá ocasião de ter que voar em avioes não equipados com nível de
Curva e neste caso é necessário perceber as glissadas ou derrapagens sem o auxí-
lio deste instrumento.
Primeiramente o aluno deve ocupar-se com curvas de pequenae média
inclinaçao. curva de inclinaçao média é uma curva feita com um angulo
Uma de in
clinaçao lateral de 30 a 509. Numa curva de pequena inclinaçao, o angulo de in
clinaçaolateral é inferior a 30. 0 ins trutor demons trará a posição das asas
em relaçao ao horizonte, para cada um dos casos acima. Ambas as manobras sao
exe
cutadas com o motor no regime de cruzeiro.
Antes de entrar numa curva, o aluno deve olhar para todos os lados,
para verificar a presença ou nao de outros avioes, especia lmente na área para a
qual e le vai girar.
Para efetuar uma curva o aluno deve exercer pressoes
perfeit amente
coordenadas, sobre o "manche" e o leme de direçao. Se a pressao aplicada sobre o
pedal do leme de direção for demasiada, o nariz do aviao girará demasiadamente rá
pido em relaçao ao angulo de inclinaçao e causará a derrapagem do aviao. Se a
pressao sobre o pedal do leme de direçao for insuficiente, o nariz do avião nao
girará o bastante em relaçao ao angulo de inclinaçao e causará uma glissada do a
viao.
A perfeita coordenaçao das pressoes sobre o leme de direção e o "man-
che", è essencial. Qualquer derrapagem ou glissada será o resultado direto da
falta de coordenaçao dos comandos por parte do piloto.
Assim que o aviao inicia a curva, o nariz do mesmo tende a baixar, e
xigindo, portanto, exercer leve pressao para trás sobre o "manche", a fim de man
ter o nariz em posiçao de vôo horizontal e impedir perda de altitude.
Uma vez atingidas a curva e a inclinaçao lateral dese jada, o aluno
deve suprimir a pressao sobre o leme de direçao e os ailerons, levando estes co-
mandos de novo à sua posiçao neutra, continuando a exercer uma pressao sobre o
teral, dado o fato de que a asa do lado exterior da curva se des lo:a com maior
velocidade (o que dá mais sustentaçao) do que a asa do lado interior; em conse
quência, após iniciar a curva no angulo de inclinaçao desejado, deve-se exercer
um pouco de press ao sobre o "manche" para o lado contrário para o qual está sen
do executada a curva.
Para sair da curva, aplicam-se simultâneamente o "manche" e o pedal
do leme de direçao para o lado contrário ao da curva, aliviando a pressao para
8. SUBIDAS NORMAIS
Antes de iniciar uma subida normal, o aluno deve verificar se nao há
co acima da posiçao normal para o vôo em linha reta e horizontal. Ao mesmo tem--
po deve avançar o acelerador , o necessario para manter a mesma rotaçao de cruzeei
ro.
Nao elevar o nariz do aviao bruscamente; acionar os comandos suave
mente. Ao subir, o aluno verificará que o motor volta ao regime de cruzeiro, em
consequência do maior esforço necessário na subida.
o instrutor demonstrará ao aluno a atitude correta do aviao em uma
horizonte numa subida norma1. Este ponto de referência será futuramente de gran
de ut ilidade para verificar se a subida é normal.
ttet
ANCAC PAR0AetavEAOA
neira anormal, é sinal de que a subida é por demais acentuada. O aluno deve ter
em mente, que numa subida o motor terá de trabalhar muito mais do que em vôo ho-
rizontal e que quanto mais acentuado for o angulo da subida, maior será o traba-
lho do motor.
Manobras Elementares de Vdo pág. 21
qual o avião ganha altura mais rapidamente. Se o aluno exceder este angulo óti
mo, o avião embora subindo num angulo acentuado, na realidade estará ganhandu al
tura mais devagar. Continuando a subir num angulo demasiadamente acentuado, a
SUBIDA MAXIMA 34
A subida máxima é executada da mesma maneira, exceto quanto ao acele
rador, que deve ser aberto por completo, o que permite executar a subida em
angulo um pouco mais acentuadO.
9 V0O PLANADO
Um voo planado norma, é o executado com
um angulo e velocidade tais, que pro
com uma
a
trajetória a
seguir. E, pois, importante, verificar antes de iniciar o vôo pla
nado, se nao há algum aviao à sua frente.
Para come çar o vôo planado, o aluno abrirá a entrada do ar quente do
carburador, fechará lenta e suavemente o acelerador e baixará o nariz do aviao
levemente. Quando o nariz do aviao estiver na posiçao apropriada, o que será de
mons trado pelo ins trutor, aliviar a pressao sobre o "manche", para manter o na-
riz nesta posiçao e a velocidade normal. 0 equilibrador ou estabi lizador deverá
ser ajustado nesta posiçao.
Durante o vôo planado o aluno deve abrir o acelerador, de 20 em 20 se
gundos mais ou menos, lenta e suavemente até um têrço do seu curso total e fechá
-lo novamente. Isto expe lirá do motor o excesso de gasolina e impedirá que ele
se afogue e pare de funci onar. Para sair do vôo planado, abrir o acelerador sua
vemente, ate o regime de cruzeiro, aliviando a pressao sobre o "manche" a fim de
recuperar a posiçao normal de vôo horizontal.
Antes de fechar o acelerador ligar o aquecedor do carburador,
urador t
10. CURVAS EM SUBIDA
Uma curva pouco acentuada em subida é simplesmente uma curva suave e
xecutada durante a subida do aviao. Assim, o aluno ao executar una curva em su-
bida, deverá conjugar os princípi os aprendidos durante o treinamento das subidas
e curvas normais.
Tal como em todas as curvas, a perfeita coordenaçao dos comandos
de maxima importância. Numa curva em subida verificar-se-á a ne cessidade de e
xercer um pouco mais de pressao para trás sobre o "manche", visto o nariz do a
pressao para trás sobre o "manche", de maneira que quando o aviao retome o vôo em
linha reta, esteja novamente em subida normal.
Uma curva em subida máxima executada de forma simi lar a uma curva
em subida suave, exceto quanto ao acelerador, que deve ser aberto por completoa
fim de permit i r o' aumento do angulo de subida. A inclinaçao lateral nas curvas
em subida maxima, deve ser um pouco menor do que nas curvas em subida normal. A-
dotar como regra geral, que quanto mais acentuada a subida, tanto menor deve ser
a inclinaçao lateral nas curvas.
A saída da curva em subida maxima é feita como numa curva em subida
no nal, exceto que o aviao ao sair da curva estará na atitude de subida máxima.
E PRECISo MAN
SEQUENCIA A ENTRADA DO AVIÃO EM PARAFUSO.
TER O NARIZ DO AVIÃO BAIXO E CONSERVAR SEMPRE VELOCIDADE
DE VOO sUFICIENTE. O ALUNO DEVE DOMINAR O AVIÃO E PILOTA
-1 E NAO SIMPLESMENTE MOVER OS COMANDOS E DEIXAR-SE LE
VAR A ESMO PELO AVIÃO.
O aluno deve lembrar-se de que é preciso ace lerar o motor, de vinte
em vinte segundos, tal como em todos os vôos planados, abrindo o acelerador ate
carburador antes de fechar o ace le-
um têrço do seu curso. Ligar o aquecedor do
rador.