PRAGAS DAS CULTURAS I
“MANEJO DE PRAGAS NA CULTURA DA
SOJA”
Prof. Dr. Fernando J. Celoto
[email protected]
INTRODUÇÃO
Ocorrência de pragas desde a germinação até a colheita
Danos a cultura → alguns casos é alarmante
Não há recomendação de controle preventivo
- toxidez do meio ambiente
- eleva o custo de produção
- efeito sobre inimigos naturais
INTRODUÇÃO
Recomenda-se o Manejo Integrado de Pragas (MIP)
- avaliação da real importância dos insetos que atacam a soja
- níveis de danos
- época de ocorrência
- equilíbrio biológico
- critérios para aplicação de inseticidas
PRAGAS SUBTERRÂNEAS
Percevejo castanho
Coró
Percevejo-castanho (Scaptocoris castanea e
Atarsocoris brachiareae)
• P1 escavadora
• Época seca: aprofundam no solo
• Época chuvosa: vem para a superfície – revoadas
• Adulto: castanho
• Ninfas: branco-leitosas
Percevejo-castanho (Scaptocoris castanea e
Atarsocoris brachiareae)
REGIÕES DE OCORRÊNCIA
Fonte: Fundação MT (2010)
Percevejo-castanho (Scaptocoris castanea e
Atarsocoris brachiareae)
• Injeção de toxinas
• Redução do stand
• Definhamento de plantas
• Morte da planta em alguns casos
• Replantio $$$$
Percevejo-castanho (Scaptocoris castanea e
Atarsocoris brachiareae)
• Acompanhamento das revoadas
• Abertura de trincheiras (mapeamento das áreas)
• Subsolagem – Aração (expor a praga e condicionar solo)
• Inseticida no sulco de semeadura
• Adubação equilibrada (Ca e P - desenvolvimento radicular)
• Sementes de boa qualidade
• Tratamento de sementes
• uso de Metarhizium (Umidade)
Complexo de corós
Phyllophaga cuyabana
Liogenis fuscus
Cyclocephala verticalis
Diloboderus abderus
Coró, Pão-de-galinha,
• Dimorfismo sexual
• Larvas de coleópteros
• Branco leitosas
• Cabeça e pernas marrons
• Fase larval no solo
• Polífago
• Ataque isolados
Coró, Pão-de-galinha,
Figura 4. Distribuição
característica de espinhos e
de cerdas de
Phyllophaga sp. (esquerda)
e Cyclocephala
Cyclocephala
Demodema Phyllophaga
flavipennis (direita).
Fig. 4. Aspecto da larva em vista lateral. A) Diloboderus
abderus Sturm,1826; B) Cyclocephala flavipennis Arrow, 1914;
C) Demodema brevitarsis (Blanchard, 1850); D) Phyllophaga
triticophaga Morón & Salvadori, 1998. (escala = 1 cm) (Fotos:
Paulo Pereira, EMBRAPA).
CORÓ-DA-SOJA – Phylophaga cuyabana
• APÓS O ACASALAMENTO A POSTURA É FEITA NO SOLO
• LARVAS PASSA POR 3 INSTARES
• AO FINAL DO CICLO LARVAL, APROFUNDAN-SE NO SOLO (DIAPAUSA),
CONSTROEM UMA CÂMARA PUPAL
• PERÍODO LARVAL DE 12 A 20 MESES
• PUPA
Corós
- Ocorrência maior nos estados do PR, GO, MS, MT, MG e SP
- Os danos são causados pelas larvas maiores
- Plantas novas – 35% de redução no volume de raízes (1
larva/4 plantas
• 20 LARVAS/m2
• REDUÇÃO DE STAND
• REDUÇÃO NO DESENVOLVIMENTO
• MAIORES DANOS NOS ESTÁGIOS INICIAIS foto: Crebio Jose Avila, EMBRAPA
• CONSEQUENTEMENTE, AFETAM A PRODUÇÃO
SERÁ QUE O CORÓ É PRAGA MESMO?
- Abrem galerias no solo
- Incorporação de palha
- Melhora a absorção de água
- Melhora o perfil químico do solo
- Aeração do solo
- Vida microbiana
- Monitoramento – adultos e trincheiras (larvas)
- Convivência com o inseto – conjunto de medidas
- Evitar milho safrinha em talhões infestados
- Plantio antecipado (soja)
- Controle químico é mais eficiente em larvas menores
- Proporcionar melhor desenvolvimento inicial da lavoura
Pragas que atacam plântulas
• Lagarta elasmo
• Lagarta rosca
Lagarta elasmo
Elasmopalpus lignosellus
(Lepidoptera:
• Adulto: micromariposa cinza que mede de 15 mm a 23 mm de envergadura
• Hábito polífago
• É muito atraída por focos luminosos (monitoramento por Armad Lumi)
• Postura sobre a planta, no solo ou nos restos vegetais da área
• A lagarta apresenta coloração variando verde-azulado, com listras
transversais marrons.
• Pode atingir 15 mm no máximo e se caracteriza por formar um abrigo feito
de seda, detritos e partículas do solo.
• A pupa apresenta coloração inicial amarelada ou verde, passando a marrom
e, logo antes da emergência do adulto, assume a coloração preta.
• Duração média de 42 dias (ovo = 3 dias; lagarta = 20 dias;
crisálida = 7 dias; adulto = 12 dias)
• Inicia logo após a germinação da soja, podendo estender-se
por 30 a 40 dias.
• Muitas vezes o inseto já está presente na área antes da
instalação da cultura, daí a importância de vistoriar a área
ou a palhada antes da semeadura.
• Atacam normalmente na fase inicial da cultura
• Veranicos favorecem o ataque da praga
• Principalmente em áreas de solo arenoso
• Palhada pode favorecer a praga
• Penetram nas plantas na altura do colo
• Cavam uma galeria ascendente na planta
• Plantas atacadas murcham
• Sintoma conhecido como “coração morto”
• Plantas atacadas tombam facilmente
• Provoca falhas na lavoura
Experimento TS
ataque de Lagarta-elasmo
cyantraniliprole-625 FS
Dose 75 mL
testemunha
Experimento TS
ataque de Lagarta-elasmo
Clorantraniliprole 625 FS
Dose 100 mL
testemunha
Testemunha
Tratamento 9 C, Testemunha C, soja com
Testemunha 1D quase totalmente destruída
soja com menor menor porte e falhas devido
porte ao ataque de lagartas
pelas lagartas Tratamento 12D
Tratamento 8C
Testemunha D
• Sistema de manejo de solo
• TS - carbamato ou fipronil ou diamidas
• Pulverização - clorpirifós
• Alta população – TS + sulco (clorpirifós)
Lagartas desfolhadoras
• Lagarta-da-soja – Anticarsia gemmatalis
• Lagarta Falsa-medideira – Pseudoplusia includens, Rachiplusia nu
• Lagarta das maçãs – Heliothis virescens, Helicoverpa spp
Lagartas na soja
Dinâmica alterada
INFESTAÇÃO
Necessidade de adoção de
novas estratégias de
manejo
Lagarta-da-soja – Anticarsia gemmatalis
LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE
• A. gemmatalis é conhecida como uma espécie de clima tropical e
subtropical com ampla distribuição, ocorrendo desde os Estados
Unidos da América do Norte até a Argentina
• Popularmente conhecido com “lagarta-da-soja”
Lagarta-da-soja – Anticarsia gemmatalis
LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE
• Adulto é uma mariposa pardo acinzentada com 40 mm de
envergadura
• Ovos de coloração verde, depositados nas folhas e hastes
Lagarta-da-soja – Anticarsia gemmatalis
LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE
• Larvas possuem coloração variando de verde a preta;
• Estrias brancas sobre dorso;
• Cinco pares de falsas pernas abdominais;
• Seis estádios larvais;
Lagarta-da-soja – Anticarsia gemmatalis
LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE
• Duração média de 47 dias (ovo = 3 dias; lagarta = 15 dias;
pupa = 9 dias; adulto = 20 dias; cada fêmea oviposita
cerca de 1000 ovos).
• Larvas eclodem, passam por 6 instares, inicialmente são
de coloração verde-clara
• Larvas neonatas usam fio de seda para deslocar na planta
• Pupam no solo (duração em média 10 dias)
• Ciclo total de 33 a 47 dias
- Sua ocorrência é maior entre novembro e março, e seu pico
populacional dá-se em janeiro e fevereiro, conforme a região
- podem ocorrer quatro a seis gerações anuais
• Inicialmente raspam as folhas
• A partir do 3 instar comem as folhas e nervuras
• 1 lagarta consome até 90 cm2 de folha
• A desfolha causada pela lagarta-da-soja pode chegar a 100% se não
controlada a tempo.
• Manejo geral para desfolhadoras
Lagarta Falsa-medideira –
Pseudoplusia includens, Trichoplusia ni, Rachiplusia nu
LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE
• Tipicamente, apresentam apenas 2 pares de falsas pernas na região
abdominal fazendo com que, no seu deslocamento, ocorra intenso
movimento do corpo, parecendo medir palmos.
• Comum no Centro Oeste e PR –
• Favorecida por estiagem
• Várias spp podem ocorrer
• Apresentam 3 pares de pernas abdominais
• Mariposa com 35 mm de envergadura
• Ciclo de vida de 36 dias
• Cada fêmea oviposita 600 ovos em média
• Duração de 46 dias (ovo=5 dias; lagarta=20 dias; pupa = 7 dias;
adulto=14 dias; cada fêmea oviposita cerca de 500 ovos).
• alimentam-se das folhas da soja e não destroem as suas nervuras
• podem consumir de 80 cm2 a 200 cm2 de folhas durante a fase larval
Time de aplicação
COMPLEXO SPODOPTERA
Spodoptera eridanea, S. cosmiodes,
S. latifascia, S. frugiperda
LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE
- Atacam vagens e folhas
- Em alguns casos podem provocar desfolha intensa
• São mariposas com alta capacidade reprodutiva (2000
ovos/fêmea)
• Podem apresentar comportamento de lagarta rosca,
cortando plântulas recém emergidas
• Além de consumir folhas, atacam vagens.
• A sobrevivência na palhada dificulta o controle desse
grupo de pragas
S. cosmiodes
S. frugiperda
S. eridanea
S. cosmiodes
S. eridanea
S. frugiperda
Lagarta das maçãs – Heliothis virescens,
Helicoverpa zea, Helicoverpa armigera
LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE
- Praga tipicamente de algodão e milho
- Atacam as folhas e vagens da soja
- São mais tolerantes aos inseticidas
Identificação
Author: W. Billen
• ORDEM: LEPIDOPTERA
• FAMÍLIA: NOCTUIDAE
• SUBFAMÍLIA: HELIOTHINAE
• GÊNERO: HELICOVERPA
• Espécies: H. punctigera, H. zea, H. gelotopeon, H. armigera
Author: F.J. Celoto
Filogenia de Heliothinae. (Adaptado de Cho et al., 2008.)
Adulto e larvas
Author: F. J. Celoto, 2013
RECOMENDAÇÃO DA EMBRAPA
Tabela 3. Níveis de ação para controle de Helicoverpa armigera
nas diferentes culturas utilizando os inseticidas químicos.
Cultura Nível de ação
Algodão convencional 2 lagartas/metro < 8 mm ou 1 lagarta/metro > 8 mm
ou 5 ovos marrons/metro
Algodão Bt Transgênico 2 lagartas >3mm/metro ou 1 lagarta >8mm/metro
Soja vegetativa 7,5 lagartas/m2
Soja reprodutiva 1 a 2 lagartas/m2
Feijão 1 a 3 lagartas/m2
Milho 2 lagartas/metro
Fonte: http://www.embrapa.br/alerta-helicoverpa/Manejo-Helicoverpa.pdf
MANEJO: AMOSTRAGEM VISUAL
MANEJO: PANO DE BATIDA
FASE FASE
VEGETATIVA REPRODUTIVA
40 LAGARTAS 20 LAGARTAS
AO MENOS 10
BATIDAS DE PANO
POR TALHÃO
• MANEJO DE LEPIDÓPTEROS
• ADOÇÃO DE VÁRIAS MEDIDAS DE CONTROLE
• DESDE O PLANTIO À COLHEITA, VISANDO DIMINUIR
POPULACAO DE INSETOS PARA A PRÓXIMA SAFRA
• AMOSTRAGENS
CONTROLE BIOLÓGICO
• Exercido pelo fungo Nomurea rileyi
• Efetivo em condições climáticas favoráveis
• Inseticidas biológicos
• Baculovírus, Bacillus thuringiensis
• Parasitóides de ovos (Trissolclus basalis) liberações
semanais
Controle químico
• Amostragens eficientes para determinar o momento certo para
aplicação
• Aplicações em lagartas pequenas são mais eficientes
• Pode-se usar os reguladores de crescimento (seletivos)
• Rotação de produtos
• Tecnologia de aplicação
• Uso de isca tóxica (inseticida + melaço)
Na prática
• Tratamento de sementes: Standak Top ou Premio (40 gramas de
ativo/100 kg de sementes) + Cruiser + fungicida
• Fase vegetativa: acefato, clorpirifós, metomil, metoxifenozide,
(intrepid), triflumuron
• Fase reprodutiva:
• Lagartas: clorantraniliprole, espinosade, flubendiamida,
teflubenzurom, Misturas prontas
• Percevejos: acefato, bifentrina + carbossulfan (Talisman),
lambdacialotrina + tiametoxam, betaciflutrina + imidacloprido,
malation
Soja Intacta RR2 PROTM
• Foi testada, pelos agricultores, em 500 áreas localizadas em
10 estados brasileiros (RS, SC, PR, SP, MG, BA, GO, MT, MS,
RO) e no Distrito Federal.
• Proporcionou benefício médio de R$ 346,91/ha
aos produtores no Brasil.
• Houve redução do uso de inseticidas (R$ 70,13/ha) e os
ganhos de produtividade, proporcionados pelas 6,59
sacas/ha (R$ 276,78) colhidas a mais em relação às
variedades que já existem no mercado.
Monsanto em Campo, 2012
Nova ferramenta de controle
INTACTA RR2 PRO™
• Testes de campo e ensaios de laboratório evidenciaram
que, além de eficaz contra as três principais lagartas que
atacam a cultura, Anticarsia gemmatalis, Pseudoplusia
includens e Rachiplusia nu, a proteína Bt (Cry1Ac)
presente na soja INTACTA RR2 PRO™ permite ainda o
controle da Heliothis virescens, praga primária na cultura
do algodão e que, na última safra, causou danos entre os
sojicultores das regiões onde o plantio de algodão é mais
expressivo (MT, MS, GO e BA).
Monsanto em Campo, 2012
Posicionamento
Fonte: Monsanto, 2012
Produtos registrados para Lagarta da soja
Produtos registrados para Falsa medideira
Aplicação de inseticida na dessecação de milheto para
o plantio direto da soja
• Avaliar o efeito dos inseticidas Metomil e Clorantraniliprole,
aplicados em diferentes doses, na época da dessecação do
milheto, no controle inicial de Spodoptera frugiperda, na cultura
da soja.
Importância do monitoramento prévio.
Lagarta militar
Avaliação
Lagarta militar
Tabela 2. EFEITO de inseticidas, aplicados na dessecação, no controle da lagarta-militar em
soja.). Selvíria/MS, março/abril - 2010.
PERCEVEJOS
As ninfas apresentam o abdome
volumoso, com a metade
anterior do corpo pardo-escura
ou negra e o abdome amarelo-
avermelhado, com várias
manchas negras
➡ adulto: 10 mm de comprimento, coloração verde-clara;
➡ possui mancha escura que pode apresentar um fundo avermelhado.
➡ Com 13mm;
➡ Prolongamentos laterais do
protórax;
➡ Mancha branca no escutelo;
➡ Menos polifago;
➡ Abundante no centro-oeste.
Postura ?
Percevejo-verde-pequeno Percevejo-marrom Percevejo-verde
Piezodorus guildinii Euschistus heros Nezara viridula
➡ Sucção seiva ramos, hastes ou vagens;
➡ Retenção foliar – soja louca;
➡ Vagens chochas e mal formadas;
➡ Manchas nos grãos;
➡ Redução no vigor e germinação;
➡ Redução no teor de proteína;
➡ Inoculação de patógenos.
Danos de percevejos
Sem danos visíveis Com puncturas, sem
deformação
Com puncturas, com
deformação Totalmente
deformadas
Fonte: Belorte et al. (2003)
OCORRÊNCIA DE PERCEVEJO NA SOJA
Fenologia da planta / mês Pico
populacional
Período de cultivo da soja Período
crítico Período de
dispersão
Número de percevejos
Período de
colonização
Insetos saindo da Período
Diapausa ou de De alerta
Plantas
Outros hospedeiros Plantas
hospedeiras
Hospedeiras
Alternativas Nichos de
diapausa
Embrapa Soja
Monitoramento
Tabela 2. Efeito de Tiametoxam + Cipermetrina (Engeo) na qualidade de
sementes de soja. Porcentagem média de sementes danificadas por
percevejos em cada tratamento. Selvíria/MS, Fev-Março/2004.
Dose % Média de
NC Sementes
Tratamentos
mL p.c./ha percevejos/batida Danificadas
1. Tiametoxam + Cipermetrina 200 1 2,5 c
2. Tiametoxam + Cipermetrina 250 1 2,5 c
3. Tiametoxam + Cipermetrina 250 2,3 5,2 b
4. Monocrotofós 375 1 8,0 b
5. Endossulfan 1500 1 8,5 b
6. Testemunha - - 15,2 a
C.V.% 7,23
Tabela 4. Efeito de Tiametoxam + Cipermetrina (Engeo) no Rendimento
da soja (Rendimento em sacas/ha, e porcentagem de acréscimo em
relação à testemunha por tratamento. Selvíria/MS, Abril/2004.
Dose Nível de controle nº Produtividade Produtividade
Tratamentos mL médio de %A
p.c./ha percevejos/batida Kg/ha Sacas (60kg)/ha
1. Engeo 200 1 2573,0 a 42,9 9,2
2. Engeo 250 1 2578,2 a 43,0 9,2
3. Engeo 250 2,3 2550,0 a 42,5 8,1
4. Azodrin 375 1 2560,4 a 42,7 8,3
5. Thiodan 1500 1 2550,0 a 42,3 7,7
6. Testemunha - - 2356,9 a 39,28 -
Teste de germinação
4 PERCEVEJO/BATIDA
0,5 PERCEVEJO/BATIDA
Teste de germinação
Semente oriunda de parcela Semente oriunda de parcela
testemunha. Índice acima de tratada com inseticida. Índice
4 percevejo/batida de 0,5 percevejo/batida
Teste de Tetrazólio
Semente oriunda de parcela Semente oriunda de parcela
tratada com inseticida. Índice testemunha. Índice acima de
de 0,5 percevejo/batida 4 percevejo/batida
Controle - Percevejos
- Parasitóides de adultos
- Parasitóides de ovos (Trissolcus basalis e Telenemus podisi)
- Controle microbiano (Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae)
- Inseticidas químicos
OBS.: utilização do sal de cozinha
Maziero, 2006.
APLICAÇÃO EM BVO
Engeo (27,5+55) Connect (75+9,37 Dissulfan (437,5
Maziero, 2006.
Farias et al, 2006.
• Telenomus podisi
73,0%
41,0%
0,2%
PARASITÓIDES
Trissolcus basalis
23,0%
51,2%
98,0%
PARASITÓIDES
Embrapa
DEFENSIVOS INDICADOS PARA Euschistus heros (2010)
Inseticidas registrados no MAPA para Euschistus heros
Nome técnico Dose p.c./ha
acefato 0,8 – 1,0 kg
Betaciflutrina + imidacloprido 0,5 – 1,0 L
Bifentrina + carbossulfano 0,25 – 0,35 L
cipermetrina 0,25 L
Cipermetrina + tiametoxam 0,15 – 0,25 L
clorpirifós 0,72 L
Ciproconazol + tiametoxam 0,15 – 0,2L
endossulfan 1,0 – 1,25 L
Esfenvalerato + fenitrotiona 0,25 – 0,35 L
fenitrotiona 1,0 – 1,5 L
Lambdacialotrina + tiametoxam 0,2 L
Metamidofós 0,5 L
Zetacipermetrina 0,20 L
Inimigos naturais das pragas da soja
Predadores
1. Hemípteros
Em geral, insetos pequenos, alimentam-se especialmente de ovos,
lagartas pequenas ou pequenas ninfas de percevejos.
Podisus sp. Orius sp. Tropiconabis sp.
2. Coleópteros
Todos são polífagos, nas fases jovem e adulta, alimentando-se
de diversas pragas.
Callida spp. Calosoma granulatum
Lebia concinna
Parasitoides
As espécies de parasitoides mais comuns pertencem às
ordens Diptera e Hymenoptera.
1. Parasitoides de lagartas
Lagarta-da-soja - Anticarsia gemmatalis
Microcharops sp. Patelloa similis
Lagarta-falsa-medideira (Pseudoplusia includens)
A principal espécie de parasitoide que ocorre em lagartas de
Pseudoplusia includens é Copidosoma truncatellum
Parasitoides de ovos da lagartas desfolhadoras da soja
Os ovos da são naturalmente atacados por Trichogramma
spp.
2. Parasitoides de percevejos
2.1 Parasitoides de ovos
Além de ovos do percevejo-verde, seu hospedeiro
preferencial, parasita também ovos do percevejo-
pequeno, do percevejo-marrom e outras espécies
de pentatomídeos que ocorrem na soja.
Recomenda-se a liberação de adultos de T. basalis,
na quantidade de 5000/ha (três cartelas).
Trissolcus basalis
Telenomus podisi
Esse parasitoide tem mostrado preferência por ovos do percevejo
marrom;
Tem sido também observado, causando mortalidade em ovos de
Piezodorus guildinii.
2.2 Parasitoides de adultos e ninfas
Trichopoda nitens - espécie importante na
regulação das populações de Nezara
viridula, chegando a atingir níveis de até
95% de parasitismo, no período de
entressafra.
Hexacladia smithii em populações de E.
heros.
No interior desse percevejo, os
parasitoides se desenvolvem em número
de dois a 39/hospedeiro, num período
médio de 35 dias, afetando o potencial
reprodutivo do percevejo marrom
3. Entomopatógenos
3.1 Vírus
O baculovírus da lagarta-da-soja Baculovirus anticarsia é um vírus de
poliedrose nuclear (VPNAg) altamente infectivo e letal às larvas de
Anticarsia gemmatalis
As lagartas ao se alimentar das folhas contaminadas com o vírus, torna-se
infectada, apresenta movimentos lentos
As lagartas morrem cerca de sete dias após a
infecção apresentando corpo mole e
amarelado, ficando presa ao substrato apenas
pelas falsas pernas.
Lagarta-da-soja infectada por vírus
3.2 Fungos
O mais conhecido é o fungo Nomuraea rileyi que ataca a lagarta-da-soja e
outras espécies de lagartas.
Ocorre com elevada prevalência, durante os
períodos de alta umidade relativa (>80%),
dizimando populações da lagarta-da-soja e
tornando desnecessária a aplicação de outras
medidas de controle.
Lagarta-da-soja infectada por Nomuraea
rileyi
Pragas de difícil
controle
Gorgulho possui aproximadamente 8 mm de comprimento;
Cor preta e élitros com listras amarelas no dorso da cabeça e nas
asas;
Adulto agarra-se no caule da planta de soja com suas pernas e
dilacera os tecidos como as mandíbulas.
São causados tanto pelos adultos, que raspam o caule e
desfiam os tecidos, como pelas larvas, brocando e
provocando o surgimento de galha.
Controle
➡ Rotação de cultura, planta armadilha para
oviposição, controle mecânico e/ou químico na
bordadura, época de semeadura e preparo de solo.
Tamanduá da soja (Sternechus subsignatus)
- Amostragem: entressafra – retirar para cada 10 ha, 4 amostras de
solo centradas nas antigas fileiras de soja, com 1 m de
comprimento e largura e profundidade da pá.
- contar o número de larvas hibernantes: para cada 3 a 6
larvas/amostras – expectativa de perda de 7 a 14
sacos de soja na próxima safra.
- em lavoura já estabelecida: controle quando 1 ou 2 adultos por
fileira, respectivamente em V3 ou V4 a V6.
Tamanduá da soja (Sternechus subsignatus)
- Controle:
- rotação de culturas (soja – milho – soja) associado a plantas iscas e
controle químico na bordadura da lavoura.
- espécies não hospedeiras: milho, milheto, sorgo e girassol.
- espécie preferencial da praga: soja, feijão - controle químico
- pulverizações noturnas (entre 22:00 e 2:00 horas com (fipronil sem
espalhante ou metamidofós) associado ao tratamento de sementes
com fipronil (25 a 50 g i.a./100 kg de sementes)
Bicudo-da-soja, Sternechus subsignatus
Mosca Branca (Bemisia spp)
- Comum
- no Mato Grosso
- dano: adultos e ninfas sugam seiva, excretando parte desta
favorecendo a presença de fumagina.
- adultos localizam-se preferencialmente na página inferior da folha,
onde ovopositam.
- produtos indicados para controle:
- tiametoxan, imidacloprido, acetamiprido, endossulfam, dimetoato,
malation e monocrotofós
Mosca-branca
Bemisia tabaci
Biótipo B
Adultos – Bemisia Tabaci Biótipo B
Ácaros – Tetranychus urticae e Tetranychus urticae
- Geralmente associado a
desequilíbrio
- Provocam desfolha
- Controle com acaricidas –
abamectina, diafentiuron,
enxofre, clorfenapir
Lesmas, Caracóis e Piolho-de-cobra
- Podem ocorrer durante todo o ciclo da cultura
- Atacam plântulas recém-emergidas
- Controle com metaldeído, cal-virgem, calda
concentrada de uréia (5 – 10%).
- Inseticidas promissores: abamectina, cartap,
fipronil, metomil, tiodicarbe.
- Preparo de isca (quirera de milho + levedura +
inseticida, aplicado na dose de 40 kg/há)
Plantas atacadas por
lesma. Itapura/SP, 2010.
Fazenda Menina, Itapura/SP.
Tecnologia Bt: Controle/Supressão de pragas. Rotação de
Dessecação Spodoptera, Elasmo, Diatraea, Helicoverpa cultura /
antecipada Safrinha
Amostragens: Verificar
necessidade de aplicação de
inseticida para controle de
RESUMO DO MIP SOJA
pragas foliares Dessecação
TS /
para
PSP colheita
Dessecação Plantio Período reprodutivo R1....R8 Período reprodutivo R1....R8 Colheita
Amostragens: Verificar
necessidade de
aplicação de inseticida
Interrupção Controle de para controle de
do ciclo de pragas de Obs: O uso de defensivos deve seguir as
percevejos
pragas solo recomendações contidas no registro do mesmo,
junto ao Ministério da Agricultura (MAPA) e
indicações da bula do produto.